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2 Dicas valiosas para sua construtora fugir das estatísticas e oferecer condições de trabalho seguras em todos os canteiros de obras ÍNDICE 4 Antes de assentar o primeiro tijolo, você precisa ter certeza de que tudo foi devidamente projetado, orçado e planejado para orientar a execução da obra e evitar maiores surpresas durante a construção do empreendimento, certo? Acontece que tão importante quanto elaborar ferramentas de gestão como planejamentos financeiros e cronogramas é atestar que o canteiro de obras funcione da forma mais segura possível e garanta a integridade física de todo trabalhador que nele for atuar. De acordo com a última atualização do Anuário Estatístico da Previdência Social, entre 2007 e 2013 foram registrados cinco milhões de acidentes de trabalho no Brasil. Os dados também mostraram que a construção civil é o quinto setor econômico com o maior número de acidentes e o segundo mais letal aos trabalhadores. Para se ter uma ideia, a participação da construção no total de acidentes de trabalho fatais no país passou de 10% em 2007 para 16% em 2013, respondendo por uma média de 450 mortes por ano - ou seja, cerca de uma por dia. INTRODUÇÃO 5 Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria da Construção e do Mobiliário (Contricon), esses números alarmantes são resultado da falta de treinamento e do uso de equipamentos de proteção nas obras. Isso pode ser somado ainda ao fato de que a maioria das atividades que fazem parte do dia a dia de uma obra apresentam características um tanto arriscadas, como trabalho em altura e contato com equipamentos e produtos químicos que exigem o dobro de atenção na sua utilização. Em meio a esse cenário, a boa notícia é que ações preventivas de segurança podem contribuir bastante para amenizar os riscos e reduzir estatísticas desfavoráveis como essas, das quais sua construtora não precisa - e nem deve! - participar. Para isso, a segurança também precisa ter seu próprio planejamento para cada obra e estar presente em todas as etapas da construção. Neste e-book feito em parceria entre o Sienge e o Construct, você vai encontrar seis dicas que podem começar a ser aplicadas já no plano de ação do seu próximo projeto. Boa leitura! 6 1. USO ADEQUADO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO A não utilização adequada de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e Coletiva (EPCs) é um dos principais causadores de acidentes de trabalho na construção civil, a partir de agora esses mecanismos deverão fazer parte do uniforme de trabalho de todo e qualquer trabalhador que adentrar os canteiros de obras da sua construtora! Os EPIs são dispositivos utilizados pelo trabalhador com a finalidade de protegê-lo de riscos à sua saúde e segurança enquanto desenvolve determinadas atividades profissionais. Já os EPCs servem a esse mesmo objetivo, mas para proteger um grupo de pessoas. Você sabia que existe uma Norma Regulamentadora (NR) que exige que o empregador adquira EPIs de acordo com o risco de cada atividade, oriente quanto à utilização adequada e exija seu uso e responsabilize-se pela sua troca e manutenção? 7 Sendo assim, é fundamental fazer levantamentos e avaliações das atividades que serão desenvolvidas em seus canteiros de obras para se certificar que os trabalhadores estejam operando em condições seguras. Para isso, você pode pedir opinião especializada – a um técnico de segurança do trabalho, por exemplo - e ainda pesquisar sobre os equipamentos que outras construtoras estão utilizando. Conheça alguns dos principais EPIs e EPCs aplicados na construção civil no quadro abaixo: EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) CAPACETE: protege a cabeça de impactos causados pela queda de objetos elevados. ÓCULOS DE SEGURANÇA: protege contra a entrada de partículas nos olhos durante a utilização de serras e lixadeiras, por exemplo. PROTETOR AUDITIVO: ameniza a exposição ao ruído que pode danificar a audição ao longo do tempo. MÁSCARA: protege contra a poeira gerada pelo corte de madeira e cerâmicas como tijolos e telhas, além de evitar o contato das vias respiratórias com produtos químicos, como tintas. LUVAS: disponíveis em diversos materiais para finalidades específicas, elas fornecem proteção em trabalhos com risco de cortes e evitam o contato direto das mãos com materiais como cimento e argamassa. CALÇADO DE SEGURANÇA: protege os pés de perfurações (ao pisar em pregos, por exemplo) e quedas de objetos e evita que o trabalhador seja vítima de escorregões. CINTO DE SEGURANÇA TIPO PARAQUEDISTA: principal equipamento de proteção utilizado em trabalhos em altura, possui pontos de conexão a outros elementos de segurança e é capaz de reter uma pessoa em caso de queda. 8 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPCs) TAPUMES: anteparo geralmente de madeira que limita o local da execução da obra para proteger quem está do lado de fora. CHUVEIROS LAVA-OLHOS: ajuda o trabalhador a fazer limpeza imediata dos olhos no caso de contato com materiais da obra. PLATAFORMAS: instaladas entre os pavimentos, evitam que objetos caiam diretamente no solo e atinjam algum trabalhador. CONES, CAVALETES, BIOMBOS, FITAS, CORRENTES, TELAS E REDES ISOLADORAS: sinalizam áreas restritas e alertam sobre o trânsito e uso de máquinas e equipamentos, por exemplo. EXTINTORES DE INCÊNDIO: combatem focos de chamas e evitam incêndios conforme o tipo de material gerador do fogo. Feito isso, é fundamental verificar se os equipamentos de proteção individuais e coletivos fornecidos estão sendo realmente utilizados. Afinal, não basta apenas entregá-los às equipes se as pessoas ainda não estiverem conscientizadas da importância do seu uso, concorda? 1.1 DICAS PARA ESTIMULAR O USO DOS EQUIPAMENTOS Um trabalhador pode deixar de utilizar um dispositivo de proteção por diversos motivos: não ter consciência do real risco que sua atividade representa, achar incômodo e até pela falta de hábito. Sendo assim, sua construtora precisa avaliar se está agindo da forma certa para incentivar o uso. Para ajudar a contornar essas situações, algumas dicas interessantes que a construtora pode colocar em prática são: 9 OFERECER equipamentos de proteção de qualidade que sejam confortáveis de usar e não atrapalhem o desenvolvimento do trabalho; ENVOLVER os colaboradores na escolha do fornecedor dos EPIs, pedindo para que façam os testes e escolham os produtos que ofereçam mais conforto e - por que não? - melhor design. Assim, não terão desculpa para não usar, já que foram eles mesmos quem escolheram; ORGANIZAR-SE para entregar periodicamente os equipamentos certos para cada atividade e trocá-los antes da data de validade; ESTABELECER a utilização de EPIs e EPCs como regra da construtora e realizar auditorias de fiscalização para criar o hábito do uso. Afinal de contas, de nada adianta investir em equipamentos de proteção se os principais contemplados não enxergarem sentido nessa iniciativa! 10 Uma boa comunicação na segurança do trabalho é chave para ajudar a prevenir doenças e acidentes relacionados às atividades de uma empresa. Para empresas de construção civil, onde boa parte dos trabalhadores desenvolvem atividades fisicamente intensas e atuam em locais propensos a acidentes, como os canteiros de obras, a atenção ao tema segurança do trabalho costuma ser enfatizada. Provavelmente na sua empresa existe uma comissão permanente ou um departamento exclusivamente dedicado a garantir que todas as normas de segurança sejam cumpridas, que os funcionários sejam treinados para evitar acidentes, que a assistência médica saiba agirquando coisas ruins acontecem. Mas será que sua empresa dá a devida atenção ao papel específico da comunicação em todo esse processo? Frequentemente, como gestores, negligenciamos o tema comunicação. Assumimos que sabemos nos comunicar bem o suficiente, já que fazemos isso o tempo todo e sem precisar pensar muito a respeito. Acreditamos que 2. A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO NA SEGURANÇA DO TRABALHO 11 nossos líderes, pares e liderados compreendem bem nossas mensagens e comunicam-se bem uns com os outros. Deixamos de fazer um planejamento de comunicação orientando cada objetivo de negócio ou cada processo. Deixar de planejar a comunicação é um grave erro! Sem planejamento, não se estabelecem critérios de sucesso e não se identificam oportunidades de ganho de eficiência, não se identificam os pontos que podem funcionar melhor ou pior dependendo do tipo e da qualidade da comunicação. Quando deixamos de planejar a comunicação na segurança do trabalho, o custo de uma falha ou da falta de comunicação pode ser um grave acidente ou até mesmo a morte de uma pessoa. Sobre o tema de comunicação na segurança do trabalho, há um artigo interessante, da australiana Angelica Vecchio-Sadus, especialista saúde e segurança corporativa. Angelica fala sobre como uma comunicação efetiva contribui para o fortalecimento de uma cultura que prima pela segurança do trabalho. A autora destaca que precisamos unir prática e teoria das normas de segurança para que as precauções sejam eficazes, e ter esses objetivos previstos em seu plano de comunicação é o que faz a diferença. Veja alguns exemplos de como conseguir isso. 12 2.1 MISSÃO, POLÍTICA E PLANO ESTRATÉGICO PARA SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO Definir a política das medidas de saúde e segurança da sua empresa, assim como sua missão, ajuda na hora de delimitar e comunicar a direção dos processos nessa área, e pode até se tornar uma referência nas tomadas de decisão. O plano estratégico complementa isso levantando as melhores maneiras de repassar esses objetivos e prioridades a todos os envolvidos na organização. Uma boa forma de engajar sua equipe é por meio de eventos como uma “Semana da Segurança”. Nesses eventos, colocar o tema em evidência ajuda a promover um ambiente de trabalho mais saudável, conscientizando todos os funcionários e os envolvendo no comprometimento da gestão da segurança. Atividades criativas podem ser oferecidas, como seminários, concursos e artigos promocionais. Num viés mais formal, conferências sobre o tema também são uma dinâmica a ser organizada, visando compartilhar mais informações sobre saúde e segurança no trabalho e até estudos de outras organizações. Fóruns para se reunir com outros profissionais do ramo também podem ser considerados. 13 2.2 TREINAMENTOS E CAMPANHAS Treinamentos são as melhores ferramentas para cobrir qualquer lacuna de conhecimento que grupos e áreas de alto risco tenham. Assim, a percepção de risco é ajustada. Programas de treinamento pró-ativos funcionam bem para estimular atitudes positivas e construtivas para saúde e segurança do local de trabalho, mantendo sempre em mente as necessidades específicas da sua equipe. Para envolver toda a equipe no processo de melhorias, campanhas para estimular a comunicação de incidentes e acidentes também são importantes, pois muitos trabalhadores ainda têm receio de denunciar condições e situações irregulares por medo de serem recriminados. 2.3 BROCHURAS, CARTAZES E VÍDEOS Como há muitas informações sobre saúde e segurança no trabalho que devem ser repassadas, torná-las facilmente acessíveis e compreensíveis é um dos passos principais. Vídeos e até um website para fornecer e centralizar todos os documentos referentes a este setor na sua empresa podem ser bons recursos para disponibilizar essas informações. Vale apenas lembrar que o site deve ser divulgado internamente, pois precisa de visibilidade para cumprir seu objetivo. No canteiro de obras, onde os riscos são mais presentes e existe um foco 14 para prevenção, a comunicação deve ser ainda mais intensiva. O uso de placas e instruções de segurança ajudam a alertar os trabalhadores sobre os cuidados necessários para prevenção de acidentes. É cada vez mais comum que os trabalhadores estejam com seus smartphones, na obra, por exemplo, e seu uso em geral é positivo, mas pode haver riscos, especialmente quando o uso não é profissional e planejado, mas para aqueles momentos de lazer, quando chegam piadas do grupo de amigos ou mensagens da família. Para evitar que trabalhadores atendam a ligações pessoais ou se distraiam com mensagens instantâneas, canteiros de obras no Distrito Federal criaram o “cantinho do WhatsApp”, sempre em uma área livre de riscos e onde os trabalhadores podem ficar mais relaxados. Hoje temos uma grande variedade de publicações sobre questões de saúde e segurança no trabalho, desde simples folhetos instrutivos sobre temas específicos, como cartilhas de dicas de segurança, até outras fontes de informação para relatórios mais detalhados, livros, entre outros. Em caso de problemas de linguagem, posters com ilustrações e símbolos podem simplificar e esclarecer certas mensagens. Para destacá-los, você pode colocar em paineis exclusivos para esse tipo de comunicação! 2.4 CUIDADO COM A LINGUAGEM UTILIZADA COM CADA PÚBLICO O modo como você se comunica com seus funcionários faz toda a diferença para que eles acreditem na sua mensagem. A regra aqui é dar feedbacks objetivos. O ideal é que você não utilize uma linguagem ambígua e subjetiva, 15 ou seja, repleta de adjetivos e que possibilite diversas interpretações. Dizer que seu funcionário é desorganizado, desleixado ou desatento só resulta em ressentimento e discordância em relação aos comportamentos de segurança defendidos por sua empresa. Afirmar também que um acidente foi resultado de “azar” fornece a interpretação de que não poderia ter sido evitado. Essa constatação vai na contramão do trabalho preventivo de segurança do trabalho que deve identificar os riscos envolvidos nas tarefas do dia a dia. Veja abaixo outros três exemplos de como tornar frases negativas em positivas: EXEMPLO #1 NEGATIVA Qual é o problema? POSITIVA Como posso ajudar? EXEMPLO #2 NEGATIVA Você não entende POSITIVA Deixe-me explicar novamente EXEMPLO #3 NEGATIVA Já disse anteriormente a você para não fazer isso POSITIVA Que tal tentar dessa forma? 16 3. ATENÇÃO ÀS NORMAS! Você já foi apresentado a uma das principais Normas Regulamentadoras aplicadas à construção civil, a NR 6, que dispõe sobre o fornecimento e uso de EPIs adequados ao risco de cada atividade, mas existem diversas outras que devem ser observadas pelo setor e sua construtora precisa ficar atenta. As NRs, relativas à segurança e medicina do trabalho e formuladas para garantir condições saudáveis e seguras ao trabalhador, devem ser cumpridas por todas as empresas e órgãos privados e públicos que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Ao ser constatado o não cumprimento dessas normas por meio de fiscalizações, a construtora fica sujeita a penalidades, como multas. 17 CONHEÇA ABAIXO 10 DAS PRINCIPAIS NRS APLICADAS À CONSTRUÇÃO CIVIL: #1 NR 4 – SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM MEDICINA DO TRABALHO (SESMT): a construtora deve manter tais serviços para promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho. #2 NR 7 – PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICODE SAÚDE OCUPACIONAL (PCMSO): exige a elaboração e implementação do programa com o objetivo de preservar a saúde dos trabalhadores. #3 NR 9 – PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS (PPRA): estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação do programa, visando levantar e controlar os riscos existentes no ambiente de trabalho. #4 NR 10 – SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE: estabelece condições mínimas para garantir a segurança de operários que trabalhem direta ou indiretamente com serviços de eletricidade. #5 NR 11 – TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE MATERIAIS: normas de segurança para operação de máquinas transportadoras. 18 #6 NR 12 – SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS: medidas de proteção para garantir a saúde e integridade física do trabalhador na utilização de máquinas e equipamentos de todos os tipos. #7 NR 21 – TRABALHOS A CÉU ABERTO: regulamenta o oferecimento de abrigos para proteção no caso de intempéries. #8 NR 26 – SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA: devem ser adotadas cores para indicar os riscos existentes nos locais de trabalho. #9 NR 18 – CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO: estabelece diretrizes para a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança no meio ambiente de trabalho na indústria da construção. #10 NR 35 – TRABALHO EM ALTURA: estabelece condições mínimas e medidas de proteção para a realização do trabalho em altura - leia o post sobre a NR 35 no blog! Vale a pena destacar que normas de segurança não devem ser encaradas como meras obrigações e formalidades, e sim como mecanismos para ajudar a construtora a oferecer ambientes de trabalho mais seguros e impulsionar resultados por meio da motivação e produtividade. Faça download do guia de normas da construção para 2016 e conheça outras NRs aplicadas ao segmento da construção. 19 4. MANUTENÇÃO PREVENTIVA DE MÁQUINAS É melhor prevenir do que remediar, certo? Quando se fala em máquinas e equipamentos, então, os custos com manutenções preventivas são significativamente menores se comparados aos gastos com reparos corretivos e emergenciais. Mas essa não é a única vantagem de se realizar revisões preventivas no maquinário utilizado pela construtora. Outro benefício extremamente importante está relacionado à segurança dos operadores, uma vez que poderão utilizar todos os recursos oferecidos pelos equipamentos sem se preocuparem em sofrer acidentes pelo seu mau funcionamento. Manutenções preventivas são as reparações – como lubrificações, calibrações e aferições - feitas com a intenção de reduzir a probabilidade de falha de uma máquina ou equipamento. São intervenções devidamente programadas para acontecer antes da data provável do aparecimento de uma falha, visando evitá-la. 20 Por isso, vale a pena elaborar um planejamento de manutenções preventivas de todas as máquinas e todos os equipamentos que fazem parte do patrimônio da construtora para mantê-los sempre em perfeito estado de funcionamento. Esse cronograma pode ser feito com base em recomendações do fabricante ou no histórico de uso, por exemplo. Pense nas betoneiras utilizadas para misturar concreto e demais materiais na execução de uma obra. As descargas elétricas estão entre as principais causas de acidente envolvendo essas máquinas, por isso, os cabos devem estar sempre em bom estado para evitar que qualquer parte desencapada gere choques – muitas vezes tão intensos que acabam até custando a vida do trabalhador. Furadeiras, serras e lixadeiras também são exemplos de ferramentas de uso constante nas obras e, por esse motivo, precisam estar com suas manutenções sempre em dia. O disco de uma serra pode subitamente se desprender do seu eixo durante o uso por ter afrouxado com o tempo e ainda não ter passado pela manutenção necessária. Isso pode gerar desde ferimentos superficiais até lesões mais sérias que perigam, inclusive, afastar o operário do trabalho temporariamente. 21 5. COMPORTAMENTO SEGURO Porém, a implementação de uma cultura de segurança sólida no canteiro de obras envolve muito mais do que controlar riscos e padronizar procedimentos de prevenção. Faz parte desse projeto também – e principalmente – trabalhar a mentalidade das pessoas para melhorarem sua capacidade de compreensão da situação e, com isso, adotarem atitudes mais seguras. Afinal, pode-se dizer que uma cultura de segurança passa a existir quando os trabalhadores mudam seu comportamento e passam a fazer escolhas seguras por conta própria. Confira quatro ações que você pode executar para implementar uma cultura de segurança: 22 #1 CAMPANHAS DE CONSCIENTIZAÇÃO: conforme você viu no primeiro capítulo deste e-book, os motivos para um trabalhador não apresentar um comportamento seguro podem ser muitos, entre eles, não estar ciente dos riscos oferecidos pela sua atividade. Por isso, vale a pena promover campanhas de conscientização para mostrar aos operários os perigos presentes no canteiro de obras, inclusive apresentando estatísticas de acidentes de trabalho voltadas ao segmento. Uma dica para tornar as campanhas mais dinâmicas é desenvolver gincanas de "equipe contra equipe": se um membro da equipe A for pego sem EPI, seu time perde pontos, e quem utilizar os dispositivos recebe uma premiação. Também é possível fazer vídeos das famílias dos trabalhadores pedindo que tenham cuidado, pois os estão esperando em casa, os quais podem ser assistidos pela equipe antes de começar o dia de trabalho. #2 TREINAMENTOS: ao saberem que devem tomar mais cuidado, agora os trabalhadores precisam saber como agir para driblar os riscos o máximo possível. É o momento de realizar treinamentos para orientar e praticar o uso de equipamentos de proteção individual e coletiva e simular situações críticas para preparar os operários para possíveis adversidades que possam ocorrer. A Softplan, por exemplo, criou um kit com materiais que você pode usar para conscientizar sua equipe a acabar com o mosquito Aedes Aegypti, transmissor da Dengue, Chikungunya e Zika. 23 #3 LIMPEZA E ORGANIZAÇÃO: essas duas palavras são sinônimos de segurança em um canteiro de obras. Os lugares onde as pessoas vão transitar durante a construção do empreendimento não podem ter objetos obstruindo a passagem - como entulhos, ferramentas, tijolos, areia e tábuas espalhados pelo chão. Sempre que necessário, esses materiais devem ser recolhidos e estocados de forma organizada. #4 AUDITORIAS: a qualquer momento um agente fiscalizador pode bater à porta do seu canteiro de obras para verificar como está a aplicação das normas de segurança. Sua construtora não precisa esperar isso acontecer e ainda correr o risco de levar uma multa, não é mesmo? Por isso, a dica aqui é criar um sistema interno de fiscalização periódica para incentivar o comportamento seguro e evitar acidentes. Sabendo que na indústria da construção é muito comum trabalhar com equipes terceirizadas, é interessante que campanhas e treinamentos sejam realizados periodicamente a cada novo projeto, considerando as particularidades de cada canteiro de obras. 24 6. TECNOLOGIA A SERVIÇO DA SEGURANÇA Depois de ler essas dicas, algumas dúvidas podem estar passando pela sua cabeça agora, do tipo: as orientações são boas, mas de que forma vou organizar todas essas informações? Como saber, por exemplo, que é hora de comprar novos EPIs ou fazer manutenção de determinado equipamento? A gestão eficiente da segurança dos profissionais que trabalharem nasobras da sua construtora pode ser apoiada por uma solução tecnológica especializada no segmento de construção civil, que registra e controla informações para ajudar você a não perder um só prazo e oferecer condições de trabalho seguras em toda obra que for realizar. O sistema auxilia nessa missão por meio de funcionalidades como: 25 #1 ACOMPANHAMENTO DA SAÚDE DOS TRABALHADORES: a solução é capaz de armazenar todo o histórico de saúde do trabalhador, disponibilizando exames e atendimentos já realizados e controlando datas dos próximos exames obrigatórios, de forma a preservar a saúde dos envolvidos na obra e evitar acidentes. #2 GESTÃO DE EPIS: controla a necessidade de higienização, manutenção e troca (dado o período de validade) dos EPIs utilizados pelos trabalhadores nas obras. #3 INTEGRAÇÃO ENTRE ÁREAS: as informações de saúde e segurança registradas na solução alimentam processos de outras áreas da construtora, como Recursos Humanos (acompanhamento da saúde) e Compras (gestão de EPIs). #4 APOIO ÀS NORMAS DE SEGURANÇA: o sistema registra e integra informações provenientes de documentos exigidos pelas NRs, como os programas PPRA e PCMSO. #5 CONTROLE DE MANUTENÇÕES PREVENTIVAS: assim como faz com os equipamentos de proteção, a solução também armazena cronogramas para a realização de manutenção preventivas de máquinas e equipamentos utilizados na obra e dispara lembretes quando as datas se aproximam, garantindo que estejam sempre em perfeito estado e evitando acidentes pela má conservação. 26 Proporcionar condições de trabalho seguras envolve muitos detalhes que, se não forem gerenciados adequadamente, podem colocar a perder todo o investimento em segurança realizado pela construtora. Ao mesmo tempo, a empresa precisa focar no seu negócio e fica realmente muito difícil controlar todos essas particularidades de forma manual. É por isso que uma solução tecnológica, ao operar de maneira organizada e automatizada, é capaz de cuidar de todos os detalhes e ser uma aliada e tanto da construtora quando o assunto for segurança no canteiro de obras, assegurando o controle efetivo de todas as atividades rotineiras e o cumprimento de prazos e protegendo a integridade física dos trabalhadores. 27 CONCLUSÃO Como você viu no início deste e-book, a construção civil é o segundo setor econômico do Brasil com o maior número de acidentes de trabalho fatais. De que forma sua construtora está colaborando para reduzir essas estatísticas e ajudar o segmento a conquistar uma posição mais favorável neste ranking? Essa foi a motivação principal para a elaboração deste material: apresentar iniciativas simples que podem começar a ser trabalhadas pela sua construtora agora mesmo e gerar bons resultados já nas próximas obras que for realizar. A ideia também é chamar a atenção para ações que são obrigatórias por lei – como o fornecimento de equipamentos de proteção e o cumprimento de normas de segurança – mas nem sempre são colocadas em prática, as quais poderiam, e muito, assegurar condições de trabalho mais seguras a todos os envolvidos no canteiro de obras. Outro ponto importante a se concluir é que segurança e organização andam juntas. Diante disso, nada melhor do que se apostar em uma solução tecnológica especializada no segmento para gerenciar e automatizar processos e, com isso, padronizar e profissionalizar ainda mais os processos da construtora, elevando-a a um patamar de competitividade superior do mercado. 28 O Sienge é um sistema de gestão, também chamado de ERP – Enterprise Resource Planning, especializado na Indústria da Construção. Você pode gerenciar e integrar todas as áreas de uma empresa sem ter que abrir mão de um software que atenda com propriedade a produção da sua empresa. Com o Sienge e sua equipe altamente capacitada neste segmento, todas as necessidades do setor estão ao seu alcance. Você encontra outros materiais disponíveis em nosso blog, sempre com novidades interessantes. Visite: www.sienge.com.br/blog/ SOBRE O SIENGE 29 O Construct App é o primeiro aplicativo de comunicação pensado especialmente para projetos de construção civil. Fácil e agradável de usar, qualquer pessoa que saiba enviar um e-mail ou mensagens instantâneas pelo celular saberá usar e aproveitar ao máximo todos os recursos do Construct App. Com ele você tem todas as suas obras na palma da mão. Organize e centralize a comunicação com todos os envolvidos nas obras num mesmo lugar, de forma totalmente segura e confiável. Compartilhe fotos, vídeos e vários outros formatos de documentos em tempo real. Crie notas e marque-as sobre a planta de projeto. Gere e compartilhe relatórios em segundos, com apenas alguns cliques. Acompanhe nosso Blog Construct para saber de dicas para melhorar os resultados da sua empresa e para se desenvolver como profissional de construção civil. E conhecer o Construct App, agende uma demonstração gratuita! Nossa equipe espera por você! SOBRE O CONSTRUCT O primeiro aplicativo de comunicação móvel em projetos 30 REFERÊNCIAS Blog do Sienge Casas e Projetos Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) Gazeta do Povo Guia Trabalhista Portal SESMT Segurança do Trabalho NWN INTRODUÇÃO 1. uso adequado de equipamentos de proteção 2. atenção às normas! 3. Manutenção preventiva de máquinas 4. Comportamento seguro 5. Tecnologia a serviço da segurança CONCLUSÃO SOBRE o sienge REFERÊNCIAS