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UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES RELAÇÕES INTERNACIONAIS ANA CAROLINA S. GUERREIRO, R.G.M.: 11151505809 ANA CAROLINA SIMÕES SILVA, R.G.M.: 11152401077 ELEN FERNANDA DE. S. MARQUES, R.G.M.: 11151100869 KAROLLAINY RODRIGUES SILVA, RGM: 11151103944 LAYON NASCIMENTO, R.G.M.: 1141102745 PAULA TRINDADE VASCONCELOS, R.G.M.: 11151102338 COMISSÃO DOS DIREITOS HUMANOS: CAMPO DE REFUGIADOS NA TURQUIA Mogi das Cruzes, SP 2018 1. COMUNIDADE INTERNACIONAL – ESTADOS UNIDOS A Comunidade internacional, segundo BRAGA, 2009 apud BOMFÁ. p.02, tem como fonte um vínculo subjetivo (amizade, religiosidade, vizinhança), que dá origem a uma relação espontânea e de confiança entre os que a integram. Os Estados se unem por questões de interesses próprios, independentemente do vínculo que é criado entre eles, sendo assim a comunidade internacional tem por objetivo em conjunto com os países associados resolver determinadas situações, como por exemplo, ataques terroristas, decisões políticas de outras nações e ajuda humanitária para com os refugiados. Segundo ROCARD, 2013 “Mesmo com frequente menção da expressão comunidade internacional, para alguns ela simplesmente não existe, e para outros, refere-se mais pragmaticamente, a todos os países quando decidem agir em conjunto, ou uma definição mais precisa: abrange todos os países com influência internacional – isto é, qualquer país cuja identidade e soberania seja reconhecida, e que escolha participar em discussões e tomadas de decisões globais” Juntos os estados soberanos têm como objetivos, acabar com as guerras e demarcar fronteiras e até mesmo estabelecer privilégios democráticos e desenvolver o comércio. Os acordos oficiais realizados compõem então a lei internacional. Mesmo com a elaboração de tratados, ainda persiste a violência entre os países, foram criadas as instituições partilhadas, com o intuito de desenvolver e aprofundar o direito internacional (ROCARD, 2013). A comunidade internacional juntamente com alto comissariado das Nações Unidas (ACNUR) está disposta a priorizar a situação dos refugiados e buscar apoio dos países que recebem uma quantidade cada vez maior. Segundo PRADO, 2013 “Uma reunião promovida pela Agência da ONU para Refugiados, ACNUR, determinou o apoio da Comunidade Internacional aos países que acolhem refugiados sírios. No acordo, os países destacam a urgência de ações internacionais que reduzam o impacto econômico e social nos países vizinhos à Síria, que abrigam cerca de dois milhões de refugiados. Na declaração final do encontro, os países que integram o Comitê Executivo do ACNUR estão alarmados com a situação na Síria, que já forçou mais de 2,1 milhões de pessoas a fugir para outros países desde março de 2011. Eles reconheceram o profundo impacto sofrido no Iraque, Jordânia, Líbano, Turquia e Egito, com a chegada dos refugiados.” Além disso, com a exigência que a comunidade propôs sobre o posicionamento da Organização das Nações Unidas, foi criada a United Nations Supervision on Syria (UNSMIS), a qual visava programar o plano de Kofi Annan e suspender a violência (MEDEIROS, 2018. p.19). O conflito sírio que por muito tempo passa por períodos de instabilidades política e social, mostra para a comunidade internacional que é uma grande luta da população civil, principalmente por parte dos opositores contra a ditadura de Bashar Al Assad, que não representa a maioria da população, pois o mesmo além de ser um ditador restringe liberdades da sociedade. Conflitos estes que geram grandes impactos, como as implicações e tensões regionais da guerra civil, além acarretar nos fluxos migratórios, já que o Estado sírio faz divide suas fronteiras com a Turquia, com o Iraque Jordânia Líbano e mais para a região do noroeste com o Estado de Israel. A Síria também geopoliticamente é retratada como um “barril de pólvora” nas fronteiras, pois está no oriente médio e suas divisões são destacadas como uma série de conflitos como os sociais, políticos e religiosos, que por segurança muitos indivíduos cometem o refúgio nesses países em busca de paz. Segundo os dados da ONU os refugiados passam por situações precárias de sobrevivências, como escassez de água potável e regiões onde o sistema de esgotamento é encontrado em céu aberto, além das violências que são submetidos. Os campos de concentração dos refugiados, bem como os abrigos são inadequados para a sobrevivência desses indivíduos. Do mesmo modo que o conflito atrai interesses hegemônicos dos Estados como o da Rússia e da China que ambos os países vetam seu voto no Conselho da Segurança na ONU por qualquer intervenção no país. Vale destacar que no caso da Rússia os interesses estratégicos e geopolíticos são ainda maiores, pois o país possui uma base militar russa. O papel das organizações como a ONU e a OTAN são “relevantes” para o caso sírio, apesar de ambas obterem uma postura neutra dentro do caso, a maior ação tomada militarmente foi os esforços nas fronteiras entre a Síria e a Turquia. Além dessas questões há outros grandes interesses que a mídia não mostra claramente a situação do país, bem como os países receptores de refugiados. Para onde vão esses indivíduos? Como vivem? Como a população local vive mediante aos conflitos? As residências dessas pessoas? Questionamentos estes que os meios de comunicações midiáticos “escondem”, em que se pode evidenciar que o caso sírio é bem impactante do que possa imaginar. Para o Secretário Geral da ONU Antônio Guterrez, é necessário o apoio e ajuda aos refugiados sírios para que não haja o crescimento do terrorismo na região. Em visita à Turquia no ano de 2017, em reunião com o presidente Recep Tayyip Erdogan reforçou a necessidade do combate ao terrorismo e agradeceu ao presidente o acolhimento de sírios nos campos de refugiados. Para a ONU e outros organizações internacionais o que está ocorrendo na Síria crimes de guerra contra humanidade, haja vista que grande parte das pessoas afetadas com a guerra, são civis, muitos infelizmente muitos foram massacrados em ataques, tanto ataques do governo ou dos rebeldes e muitos procuram abrigo em países vizinhos, principalmente na Turquia. Para a ONU o governo sírio é um dos principais responsáveis pela onda de violência que assola o país, recentemente foi acusado de armas químicas contra a população civil do país. Infelizmente com toda a guerra, o que pode-se observar foi o crescimento do Estado Islâmico na região, que os mesmos têm o objetivo de impor a sua doutrina religiosa em determinados locais que se diz intitulado como Estado, porém não há reconhecimento internacional, visto que os mesmos não possuem um território determinado. Líderes árabes condenaram o uso de armas química usadas pelo governo sírio e os mesmos solicitaram que houvesse uma investigação internacional, o que culminou nos ataques dos Estados Unidos no território sírio com o apoio da França e Reino Unido, para o primeiro ministro canadense apoiou o ataque, pois é inadmissível um ataque com armas químicas, lembrando que os apoiadores do governo sírio Rússia e Irã, afirmaram que poderia ocorrer retaliação devido a esses ataques. Diversos grupos e países, se toram envolvidos com o conflito Sírio, pois foram acusados de semear o ódio entre os diversos grupos religiosos existentes na Síria, onde a grande maioria é segue vertente sunita, contra a vertente xiita alauíta do então presidente Bashar al-Assad. Líderes árabes condenaram o uso de armas química usadas pelo governo sírio e os mesmos solicitaram que houvesse uma investigação internacional. SegundoNOVO, 2018 a comunidade internacional tem a responsabilidade de não poupar esforços para trazer paz e estabilidade à Síria. A solução seria uma intervenção da ONU com respaldo da OTAN. 2. REFERÊNCIAS BOMFÁ, Carlos Antônio Petter. A formação da comunidade internacional frente ao fenômeno da globalização do modelo norte-americano. PUC, Rio de janeiro. Disponível em: <http://facefaculdade.com.br/antigo/arquivos/revistas/A_FORMAO_DA_COMUNIDA DE_INTERNACIONAL_FRENTE_AO_FENMENO_DA_GLOBALIZAO.pdf> Acesso em: 22 de outubro de 2018. BRONZEADO DE ANDRADE, George bronzeado. A guerra civil síria e a condição dos refugiados: Um antigo problema, “reinventado” pela crueldade de um conflito marcado pela inação da comunidade internacional. Revista de Estudos Internacionais, v. 2, n. 2, p. 121-138, 2013. ESTEVES, João Amorim. A intervenção da comunidade internacional na Primavera Árabe. Lusíada. Direito (Porto), n. 5-6, p. 95-170, 2015. FURTADO, Gabriela; RODER, Henrique; AGUILAR, Sérgio LC. A guerra civil síria, o oriente médio e o sistema internacional. Série Conflitos Internacionais, v. 1, n. 6, p. 1-6, 2014. GRAYLEY, Monica. Em visita a refugiados, Guterres diz que é hora de acabar com conflito na Síria. Nova York, 2017. Disponível em : <https://news.un.org/pt/story/2017/03/1581261-em-visita-refugiados-guterres-diz-que- e-hora-de-acabar-com-conflito-na-siria>. Acesso 22/10/2018 às 23h10. LETRA, LEDA. Síria e refugiados são foco da agenda de Guterres na Turquia. Nova York, fevereiro, 2017. Disponível em: <https://news.un.org/pt/story/2017/02/1577031- siria-e-refugiados-sao-foco-da-agenda-de-guterres-na-turquia> Acesso 22/10/2018 às 23h20. MEDEIROS, Tácio. Crise de Refugiados na Guerra Civil Síria: uma análise das violações e direitos humanos. Monografia - Curso de Direito, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2018. NOVO, Benigno Nuñez. Síria miniguerra mundial e a comunidade internacional. Abril, 2018. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/65401/siria-miniguerra-mundial- e-a-comunidade-internacional>. Acesso 22/10/2018 às 23h45 ROCARD, Michel. What is the Internacional community? . Project Syndicate, maio, 2013. Disponível em: < https://www.project-syndicate.org/commentary/defining-the- international-community-s-role-and-responsibility-by-michel- rocard?barrier=accesspaylog> Acesso em 23 outrubro 2018.
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