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20 Os conflitos na nova ordem mundial

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227PROMILITARES.COM.BR
OS CONFLITOS NA NOVA 
ORDEM MUNDIAL
CONFLITO NA CAXEMIRA
“Folha de S. Paulo”, 03/05/2003
Índia e Paquistão são ex-colônias britânicas. Em 1947 conseguiram 
independência. Os ingleses repartiram a região de acordo com a 
religião das maiorias. Assim surgiu a Índia, de maioria hindu, e o 
Paquistão, de maioria muçulmana.
A região da Caxemira continua dividida entre Índia e Paquistão 
através de um acordo. Instabilidades político-econômicas no Paquistão 
poderiam facilmente deflagrar um conflito.
A Caxemira é uma região montanhosa ao norte a Índia e o 
Paquistão. Os dois países abrandaram a retórica dura recentemente, 
mas nenhuma das partes parece estar pronta dos dois países. Grande 
parte da população da região é muçulmana e quer a anexação ao 
Paquistão, que a Índia nega.
A rivalidade levou a uma corrida armamentista que culminou com a 
entrada de Índia e Paquistão, em 1998, no clube dos países detentores 
de armas nucleares. Ambos desenvolveram ao máximo sua infraestrutura 
militar. Desde então, as hostilidades na Caxemira passaram a ser 
acompanhadas com mais atenção pela comunidade internacional.
CONFLITO ENTRE JUDEUS E 
PALESTINOS
O impasse teve início no século 19, quando judeus sionistas 
expressaram o desejo de criar um Estado moderno em sua terra 
ancestral e começaram a criar assentamentos na região, na época 
controlada pelo Império Otomano.
Desde então, houve muita violência e controvérsia em torno da 
questão, assim como vários processos de negociações de paz durante 
o século 20 e ainda estão em andamento.
Tanto israelenses quanto palestinos reivindicam sua parte da terra com 
base na história, na religião e na cultura. Os israelenses, representados 
pelo Estado de Israel, têm soberania sobre grande parte do território, que 
foi conquistado após a derrota dos árabes em duas guerras, o conflito 
árabe-israelense de 1948 e a Guerra dos Seis Dias, de 1967.
Os palestinos, representados pela Autoridade Nacional Palestina 
(ANP), querem assumir o controle de parte dos territórios e estabelecer 
um Estado Palestino soberano e independente.
Grande parte dos palestinos aceitam as regiões da Cisjordânia e 
da faixa de Gaza como território para um futuro Estado palestino. 
Muitos israelenses também aceitam essa solução.
Uma discussão em torno dessa solução ocorreu durante os 
Acordos de Oslo, assinados em setembro de 1993 entre Israel e a 
Organização para a Libertação da Palestina (OLP), que permitiu a 
formação da ANP. No entanto, Israel e ANP não chegaram a uma 
posição comum.
Apesar de vários outros acordos e planos de paz, como os de 
Camp David e das negociações do chamado Quarteto para o Oriente 
Médio (Estados Unidos, União Europeia, Rússia e ONU), a situação 
ainda se vê hoje em um impasse.
A GUERRA CONTRA O TERRORISMO
No dia 11 de setembro de 2001, os Estados Unidos sofrem um 
atentado que entra tragicamente para a História. As Torres Gêmeas do 
World Trade Center, em Nova Iorque, são atingidas por dois aviões e 
totalmente destruídas. Uma terceira nave colide com o Pentágono, em 
Virgínia. O quarto avião caiu no Sul da Pensilvânia, após um conflito 
entre alguns passageiros e os terroristas, e tinha provavelmente como 
alvo a Casa Branca. Esta foi a maior ação dos inimigos contra os norte-
americanos em seu próprio território. 
228
OS CONFLITOS NA NOVA ORDEM MUNDIAL
PROMILITARES.COM.BR
Aproximadamente três mil pessoas morreram neste ataque, o 
que gerou entre os americanos um terrível trauma, aliado a uma raiva 
ainda maior. Osama Bin Laden e seu grupo terrorista assumiram as 
responsabilidades pelo atentado. E então o Afeganistão, acusado 
de apoiar o saudita, tornou-se o alvo número um das tropas norte-
americanas. Assim tem início a chamada Guerra ao Terror, instaurada 
pelo Presidente George Bush.
O Congresso implanta várias leis para proteger o país e aprova a 
decisão do Presidente de invadir o Afeganistão, como uma represália ao 
atentado cometido em território americano. Assim, no dia 07 de outubro 
de 2001, tropas norte-americanas, apoiadas pela Aliança do Norte, 
revoltosos afegãos que apoiaram os EUA contra os terroristas da Al Qaeda 
e os Taliban, invadiram este país, aliadas também a forças internacionais 
do Reino Unido, do Canadá e da Austrália. A investida contra o governo 
foi vitoriosa, pois lograram expulsar os Taliban do poder. 
A INVASÃO DO IRAQUE
O governo do presidente George W. Bush, em nome da “guerra 
global contra o terrorismo”, passou a acusar Saddam Hussein de 
esconder armas de destruição em massa e de desprezar as resoluções 
da ONU que exigiam o desarme total e completo do país. Alegou que 
mais tarde ou mais cedo, o ditador alcançaria aquelas armas a grupos 
terroristas e se as usariam contra cidadãos americanos. 
Depois de que o Conselho de Segurança da ONU negou-se a 
autorizar uma guerra preventiva contra o Iraque, os governos anglo-
americanos de George W.Bush e Tony Blair resolveram mesmo assim ir 
em frente. Concentrando 242 mil soldados no Kuwait, aviões, grandes 
navios, inclusive cinco porta-aviões, cercando o debilitado Iraque por 
todos os lados, a ofensiva anglo-americana, iniciada em 19 de março de 
2003, não teve dificuldades em, movendo-se diretamente para Bagdá, 
liquidar com a resistência iraquiana ao completar 25 dias de combates.
Despejando sobre Bagdá e outras cidades mais de 20 mil bombas e 
mísseis, o ataque da coligação anglo-americana literalmente pulverizou 
o regime de Saddam Hussein, deixando que suas cidades fossem 
submetidas ao saque e a pilhagem por multidões famintas e humilhadas.
A luta contra o terrorismo, pretexto utilizado pelos Estados Unidos 
na guerra contra o Iraque, tornou-se o grande motivo para que a 
hiperpotência americana ocupasse militarmente parte do Oriente Médio 
nos moldes do colonialismo do século 19, ocasião em que um império 
qualquer daqueles tempos, ocultando seus interesses econômicos ou 
estratégicos, ocupava um país do Terceiro Mundo a pretexto de querer 
civilizá-lo ou dotá-lo de instituições políticas avançadas. 
OS CONFLITOS ATUAIS NA ÁFRICA
GEOPOLÍTICA E CONFLITOS 
ÉTNICOS NA ÁFRICA
Os conflitos atuais da África são, como vimos, motivados pela 
combinação de causas variadas, embora predomine, neste ou naquele 
caso, um determinado componente étnico (Ruanda, Mali, Somália, 
Senegal), religioso (Argélia), ou político (Angola, Uganda). Isto sem 
contar os litígios territoriais, muito frequentes na África Ocidental. 
No meio desses conflitos que atormentam a África no final do século 
XX e início do século XXI, estão vários povos e nações que buscam 
sua autonomia e sua autodeterminação face a poderes centrais 
autoritários, exercidos muitas vezes por uma etnia majoritária.
Boa parte dos conflitos africanos resulta da partilha colonial 
promovida pelos europeus, que alterou as fronteiras entre as nações 
africanas, criando limites artificiais, que agruparam num mesmo 
espaço geográfico povos rivais.
Com o processo de descolonização ocorrido ao longo do século 
XX, muitos desses povos passaram a guerrear, motivados por disputas 
territoriais, conflitos étnicos, religiosos e mais recentemente, até mesmo 
pela posse dos recursos hídricos. Como exemplos podemos verificar:
• Na Somália, oito clãs disputam o poder numa guerra civil que 
dilacerou completamente o país. 
• Na Libéria, a guerra interna matou mais de 150 mil pessoas e 
produziu cerca de 700 mil refugiados. 
• Cifra semelhante pode ser verificada na vizinha Serra Leoa. 
A situação não é muito diferente em países como o Chade 
ou Sudão. 
Esses conflitos, classificados genericamente de étnicos e que 
eclodem periodicamente em países da África Subsaariana, têm como 
tônica o envolvimento de povos vizinhos, cujas características são mais 
ou menos diferentes. Alguns desses conflitos são esporádicos e duram 
alguns dias ou semanas, como tem acontecido na Nigéria. Outros, como 
na região da África Oriental (Planalto dos Grandes Lagos), no Sudão, na 
Somália, no Congo, mas tambémna África Ocidental (Libéria, Serra 
Leoa, Costa do Marfim), são bem mais graves e persistentes podendo 
durar vários anos e têm sido responsáveis por milhões de vítimas.
Na maior parte dos casos, os conflitos são internos, entre populações 
mais ou menos próximas, muitas vezes misturadas, como é o caso de 
tutsis e hutus em Ruanda e no Burundi. Todavia, tem sido cada vez 
mais comum que esses conflitos acabem envolvendo países vizinhos, 
como o que ocorreu recentemente na República Democrática do 
Congo (ex-Zaire) onde forças armadas de Ruanda, Uganda, Zimbábue e 
Angola não só tomaram partido das facções congolesas em luta, como 
acabaram se enfrentando em pleno território congolês.
A novidade dos conflitos recentes é que eles não são mais 
explicados apenas por razões geopolíticas de grande envergadura (tipo 
capitalismo x socialismo), como acontecia no tempo da Guerra Fria. Por 
outro lado, a ação de grupos fundamentalistas islâmicos, fenômeno 
que pode ser considerado de grande envergadura no início do século 
XXI, têm importância pequena ou quase nula no contexto geopolítico 
do centro-sul do continente. Vale ressaltar que na região da bacia do 
Congo e do Planalto dos Grandes Lagos, o número de muçulmanos é 
bem pouco expressivo e é justamente nessas regiões que os conflitos 
têm sido mais mortíferos e duradouros.
A multiplicação dos conflitos pode ser explicada também pelo 
crescimento demográfico dos diferentes grupos étnicos e pela 
necessidade de cada um deles em estender suas terras cultivadas para 
compensar os efeitos da degradação dos solos. A exacerbação dos 
conflitos entre hutus e tutsis em Ruanda resultou, parcialmente, da luta 
por terras férteis num pequeno país cuja densidade demográfica é de 
aproximadamente 300 habitantes por km2.
Ademais, a África Subsaariana tem sofrido, mais do que em 
outras partes, dos problemas ambientais inerentes ao mundo tropical, 
sobretudo porque as produções agrícolas se fazem principalmente sobre 
solos lateríticos pobres e frágeis. Na África, fora dos vales, os diferentes 
grupos étnicos que praticam a agricultura, cujos rendimentos declinam 
sistematicamente, se esforçam em estender seu território em detrimento 
dos grupos vizinhos.
229
OS CONFLITOS NA NOVA ORDEM MUNDIAL
PROMILITARES.COM.BR
CONFLITO NO TIBETE
A questão do Tibete, que volta a ser palco de uma revolta contra o 
governo de Pequim, é um dos principais conflitos políticos e territoriais 
que a China enfrenta há 50 anos.
A China reivindica o Tibete como seu desde o século 13. O país 
ocupou militarmente este reino do Himalaia em 1950, um ano depois 
da instauração da República Popular por Mao Tse-tung. A região é 
uma teocracia budista de 1,2 milhões de km² e cerca de 2,7 milhões 
de habitantes.
Em maio de 1951, os governos de Lhasa – capital do Tibete – e 
Pequim chegaram a um acordo que selou a “volta à pátria” do Tibete 
com a assinatura do 14° Dalai Lama, o líder espiritual dos tibetanos.
Após alguns anos de frágil convivência e incidentes esporádicos, 
em março de 1959 aconteceu uma revolta contra “a ocupação” e a 
“socialização forçada” que foi reprimida com um saldo de milhares 
de mortos.
Na ocasião, o Dalai Lama, que disse ter assinado o acordo de 
1951 sob pressão, abandonou o país e fundou um governo no exílio 
no norte da Índia, em Dharamsala, que defende a não violência sem 
renunciar à recuperação dos direitos políticos e culturais de seus 
compatriotas.
Cortejado em todo o mundo, particularmente nos países 
ocidentais, o Dalai Lama se opõe ao crescente domínio das autoridades 
chinesas sobre seu país, os deslocamentos de população em favor 
dos “Han”, a etnia maioritária da China e a destruição de edifícios 
culturais e religiosos.
A atribuição do prêmio Nobel da Paz ao Dalai Lama em 1989, 
seis meses após uma revolta fortemente reprimida no Tibete, foi 
recebido por Pequim como falta de consideração ao posicionamento 
do governo chinês.
Em 1965, este território recebeu uma autonomia parcial, pouco 
antes do início da Revolução Cultural (1966-1976), que culminou na 
destruição de milhares de monastérios e textos sagrados, além da 
detenção de religiosos.
Entre 1979 e 1987, houve tentativas de diálogos. Pequim se 
mostrou disposta a perdoar “a traição” do Dalai Lama e aceitar seu 
retorno, desde que este renunciasse a suas funções e que residisse 
na capital chinesa, e não em Lhasa. O dignatário tibetano recusou 
a oferta.
Em junho de 1988, no ato que é considerado a grande concessão, 
o Dalai Lama renuncia à independência do Tibete e pede um poder 
realmente autônomo.
O presidente chinês Jiang Zemin, em 1997, propôs instaurar um 
diálogo com o Dalai Lama se este admitisse oficialmente que o Tibete 
é “uma parte inseparável da China”. O líder tibetano se negou a fazê-
lo e acusou o governo chinês de “genocídio cultural”.
A QUESTÃO CURDA
A questão curda de fato está entre os problemas de mais difícil 
solução do Oriente Médio, já pródigo em terríveis impasses políticos. 
Os curdos constituem uma população de mais de 20 milhões de 
pessoas que não conta com um Estado nacional. Para agravar o 
problema, estão dispersos por vários países, principalmente a Turquia, 
o Irã, o Iraque e a Síria.
Nenhum deles, é claro, está disposto a ceder território para a 
criação de um Curdistão independente. O contencioso maior é com a 
Turquia, onde curdos representam cerca de 20% da população e onde 
uma atuante guerrilha terrorista, acompanhada de violenta repressão, 
levou a uma guerra civil de baixa intensidade.
Para agravar ainda mais a questão, curdos tornaram-se uma 
espécie de arma com a qual os Estados da região pressionavam uns 
aos outros. Um exemplo: a Síria deu abrigo a guerrilheiros curdos que 
atuavam contra a Turquia, o que levou Ancara a firmar aliança com 
Israel de forma a constranger os sírios. Esse já complexo xadrez se 
complica ainda mais quando se considera que existem importantes 
minorias curdas no Azerbaijão e na Geórgia, ex-repúblicas soviéticas 
nas quais Moscou ainda tem grande interesse.
As dificuldades para a criação de um Estado nacional curdo 
são tantas que a tendência é que o “status quo” seja mantido. 
Resta saber se os curdos iraquianos vão se conformar em renunciar 
à independência agora que o regime de Saddam Hussein, que os 
perseguiu implacavelmente, caiu.
O fiel da balança serão os EUA. A lógica sugere que Washington 
evitará contrariar Ancara e fomentar ainda mais instabilidade na 
região.
A verdade é que os curdos constituem um dos últimos grandes 
povos sem Estado. Pior ainda: a população curda vive espalhada pelos 
quatro Estados limítrofes - Iraque, Turquia, Irã e Síria – e os diversos 
partidos curdos sempre lutaram pela independência ou um alto grau 
de autonomia. Não é por nada que sempre foram vistos como uma 
ameaça para a integridade territorial dos países da região. (A Turquia 
nem sequer admite que existam curdos no seu território, chamando-
os de “turcos das montanhas”). Mas o drama do movimento nacional 
curdo é a sua divisão. Uma situação que permitiu que várias vezes 
fossem manipulados, não só pelas grandes potências mas também 
pelos Estados da região que utilizam os combatentes curdos para 
desestabilizar e chantagear os países vizinhos. O próprio PKK já foi 
apoiado pela Síria contra a Turquia, até que o governo de Ancara 
conseguisse pressionar Damasco para que expulsassem o Partido dos 
Trabalhadores e entregassem o seu líder, Abdula Ocalan.
Hoje o PKK, que milita pela separação das zonas curdas da 
Turquia, utiliza o novo Curdistão iraquiano como base para atacar o 
inimigo turco. É portanto perfeitamente legítimo que as autoridades 
de Ancara peçam ao governo iraquiano – aliás presidido por um 
curdo, Jalal Talabani – e aos americanos que têm tropas no Iraque, que 
acabem com os ataques, expulsem o grupo terrorista e entreguem 
seus líderes. Senão eles serão obrigados a fazer o serviço por conta 
própria. Nenhum Estado pode tolerar que um Estado vizinho sirva de 
230
OS CONFLITOS NA NOVAORDEM MUNDIAL
PROMILITARES.COM.BR
santuário para grupos terroristas que matam seus soldados e colocam 
bombas no seu território. O problema é que mesmo se o PKK não 
é flor que se cheire, nem mesmo no Curdistão, não há nenhum 
partido curdo que esteja disposto a combatê-lo diretamente. Ovelhas 
desgarradas sim, mas ovelhas irmãs.
O CONFLITO BASCO
A questão basca, ou questão dos bascos, é um conflito territorial 
e étnico surgido no final do século XV e início do XVI com a unificação 
da Espanha em um só reino e a anexação da porção sul da região à 
Espanha e da porção norte da região à França.
O povo basco teria ocupado a região da Península Ibérica por volta 
de 2000 a.C. tendo resistido durante séculos a invasões e à dominação 
por outros reinos, inclusive os romanos. Sua cultura resistiu ao tempo 
e às conquistas, se tornando, a língua basca, a língua mais antiga 
falada atualmente na Europa, mesmo tendo surgido como língua 
escrita apenas no século XVI o que, apenas contribuiu para fortalecer 
o espírito nacionalista do povo basco.
A principal característica da questão basca é que os bascos lutam 
para manter sua identidade como povo, sua língua, cultura e modo 
de vida. Ao invés de serem incorporados e suplantados por outra 
cultura, como a maioria dos povos que habitaram a Península Ibérica 
e a Europa. Outro ponto interessante é o apoio que a luta armada do 
grupo guerrilheiro ETA (Euzkadi Ta Askatana, que em vasconço 
significa “Pátria Basca e Liberdade”) tem da população basca. Ou, 
pelo menos tinha.
O ETA surgiu em 1959 como um movimento socialista fundado 
através da união de diversos grupos políticos que atuavam na região. 
Desde a Guerra Civil Espanhola (1936-39) e do bombardeio à cidade 
de Guernica pelos nazistas alemães como represália ao apoio do povo 
basco aos republicanos, então aliados dos anarquistas e socialistas e, a 
proibição do vasconço em todo o território basco pelo general Franco, 
o sentimento nacionalista basco foi se tornando cada vez mais forte. 
Estes fatos, também contribuíram para que o ETA decidisse pela luta 
armada e tivessem o apoio da população.
Mas, com o final da ditadura de Franco em 1975 e os direitos 
cedidos pela Constituição de 1978 que defende o respeito pela 
diversidade cultural e linguística, e de um estatuto especial 
assegurando à Catalunha, à Galiza e ao País Basco o direito de utilizar 
suas próprias línguas e ainda outros direitos que lhes confere certa 
autonomia, a guerrilha do grupo ETA começa a perder força ante a 
população basca.
Desta forma, em março de 2006 o ETA declara uma trégua que 
durou apenas 14 meses. O ETA já decretou várias tréguas desde 1981, 
mas, apenas oito delas foram de fato efetivadas.
Atualmente o Partido Nacionalista Basco (PNV) tenta um 
acordo com o governo espanhol para a realização até o final de 
2008, em caráter consultivo e, até 2010 de forma definitiva, de dois 
plebiscitos onde o povo basco decidirá sobre o tipo de governo a ser 
adotado e sobre a relação política entre o País Basco e a Espanha. No 
entanto, o primeiro – ministro espanhol, José Luis Zapatero, rejeita o 
plano Ibarretxe, como é chamado o plano lançado pelo PNV. Até lá as 
expectativas apontam que o ETA deverá decretar mais um cessa fogo 
como próximo ao plebiscito como manifestação de apoio ao PNV.
CONFLITO NA GEÓRGIA
Em 1992, após um conflito que deixou 
milhares de mortos, a Ossétia do Sul proclamou 
sua independência da Geórgia – que não 
aceitou a separação. Desde então, a região vive 
sobre clima de tensão com a Geórgia querendo 
retomar a região e a Ossétia do Sul – apoiada 
pela Rússia – defendendo sua autonomia. 
Em 2009, as forças militares georgianas 
invadiram a Ossétia do Sul. O presidente 
da Geórgia, Mikhail Saakashvili, decretou a 
mobilização geral do país e denunciou que 
aviões russos bombardearam o território 
georgiano após a ofensiva. 
Horas depois de líderes russos terem 
condenado o ataque georgiano e alertado a 
Geórgia de que seu ataque na região provocaria 
uma retaliação, a televisão russa mostrou 
imagens de tanques russos e informou que eles 
estavam se dirigindo à região da Ossétia do Sul. 
A informação foi confirmada pela Rússia e pela 
Geórgia. 
Líderes da comunidade internacional 
condenaram o conflito que estava ocorrendo 
na região georgiana da Ossétia do Sul e pediram 
que o diálogo entre as partes seja restabelecido. 
231
OS CONFLITOS NA NOVA ORDEM MUNDIAL
PROMILITARES.COM.BR
A PRIMAVERA ÁRABE
Sete anos depois da eclosão de uma onda revolucionária no mundo árabe, apenas a Tunísia consolidou seu processo democrático no norte da 
África e Oriente Médio. Foi justamente no menor país do Magreb que teve início a insurreição regional que ficou conhecida como Primavera Árabe. 
O estopim foi o ato desesperado de um jovem vendedor de frutas que ateou fogo ao próprio corpo em protesto contra a opressão. A autoimolação 
de Mohamed Buazizi, que havia tido seu carrinho e suas mercadorias confiscadas pela polícia em 17 de dezembro de 2010 na localidade de Sidi 
Buzid, desencadeou uma revolta popular que forçou o ditador Zin el Abidin Ben Ali a fugir do país. Foi a primeira de uma série de revoluções que 
varreria uma dúzia de nações nos meses seguintes, mas todas as demais continuam sendo autocracias mais ou menos rígidas, como o Egito, ou se 
transformaram em Estados falidos, caso do Iêmen e Líbia, ou viraram sangrentos campos de batalha, o caso da Síria.
Os dois Estados hegemônicos que encarnam as duas grandes correntes do islamismo – Arábia Saudita, sunita, e Irã, xiita – influenciaram 
algumas dessas revoltas, e as potências globais também aproveitaram para marcar sua presença em um arco muçulmano que vai do Atlântico ao 
golfo Pérsico. A Primavera Árabe, conceito que serve para fixar o olhar em um período de mutações, desembocou em uma nova guerra religiosa no 
âmbito islâmico, encenada como guerra mundial de baixa intensidade na Síria. Embora a corrente revolucionária tenha fracassado, e quase todos 
os seus brotos tenham minguado, algumas transformações foram introduzidas para sempre no cotidiano de jovens e mulheres e, acima de tudo, 
abriu-se a janela da comunicação através das redes sociais.
TUNÍSIA: 
Durante os primeiros compassos da Primavera Árabe, Tunísia e Egito se desenvolveram como almas gêmeas. Seus cidadãos, por meio de revoltas 
pacíficas, derrubaram seus respectivos tiranos, o egípcio Hosni Mubarak e o tunisiano Ben Ali, pondo em marcha processos de transição para a 
democracia que num primeiro momento levaram o islamismo político ao poder.
A Tunísia é vista pela comunidade internacional como o único caso de sucesso entre as revoltas árabes. As tensões entre forças islâmicas e laicas em 
2013 não desembocaram em uma confrontação armada graças ao papel de mediação da sociedade civil, que em 2015 obteve o Nobel da Paz por isso. 
As eleições do ano seguinte resultaram num Governo de grande coalizão entre antigos adversários, o que serviu para apaziguar os ânimos.
EGITO: 
No Egito, por outro lado, o Exército provocou uma reviravolta no panorama político com seu golpe de Estado de 2013, e desde então a 
evolução dos dois países norte-africanos trilhou caminhos diametralmente opostos. Os observadores independentes coincidem em descrever o 
regime liderado pelo marechal Abdel Fattah al Sisi como sendo ainda mais brutal e autoritário que o de Mubarak. Não por acaso, calcula-se que 
nos últimos quatro anos até 60.000 pessoas foram presas por razões políticas ou por fazer uso de suas liberdades individuais, e a tortura é moeda 
corrente nos calabouços. No Egito atual, praticamente não há espaço para qualquer tipo de dissidência.
LÍBIA: 
Na Líbia, a principal mudança que sobreveio depois do assassinato de Muamar al Gadafi  foi o ar de liberdade. As ruas se povoaram de 
bandeiras, de cânticos, de jornais e de discussões impensáveis um ano antes. Mas logo ficou claro que ninguém tinha pensado em como construir 
232
OS CONFLITOS NA NOVA ORDEM MUNDIAL
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apaz. As lutas entre facções, entre o leste e o oeste do país, criaram 
um vazio de poder que o Estado Islâmico aproveitou para se assentar 
em Sirte, a cidade natal de Gadafi, de onde só seria expulso no ano 
passado. O ex-presidente norte-americano  Barack Obama admitiu 
em 2016 que o “pior erro” de seu Governo foi “não planejar o dia 
seguinte à decisão correta de intervir na Líbia”.
Sete anos de diálogo com todo o apoio da comunidade 
internacional não serviram para selar a paz entre o leste e o oeste da 
Líbia. O petróleo continua sendo a principal fonte de riqueza para os 
seis milhões de habitantes do país, mas a economia se ressentiu dos 
sete anos de confrontos. Em meio ao vazio de poder surgiram máfias 
de traficantes que lucram à custa dos migrantes subsaarianos  – e 
também magrebinos – que tentam cruzar o Mediterrâneo para chegar 
clandestinamente à Europa. A liberdade foi diminuindo à medida que 
as milícias assumiram maiores parcelas de poder.
SÍRIA: 
Encerrando o sétimo ano de guerra, os maciços protestos 
populares que eclodiram na Síria em março de 2011 ficaram para trás. 
A caminho das armas, alimentado primeiro pela repressão estatal e 
mais tarde pela ingerência de potências regionais, acabou por privar 
os sírios do seu próprio futuro, hoje nas mãos da Turquia, Arábia 
Saudita, Irã, Estados Unidos e Rússia.
O balanço da guerra é desolador. Mais de 340.000 pessoas 
perderam a vida, sendo um terço delas civis. Metade da população 
abandonou seus lares por causa dos combates: cinco milhões se 
refugiaram nos países vizinhos, e outros 6,5 milhões foram deslocados 
internamente. A fatura econômica da reconstrução se aproxima dos 
800 bilhões de reais, ao mesmo tempo em que as duas principais 
fontes de renda do país – petróleo e agricultura – desabaram. A guerra 
destruiu quase metade dos centros médicos e escolas da Síria.
A vertiginosa depreciação da libra síria fez a poupança dos cidadãos 
evaporar. Os cercos, os acordos de deslocamento e a volatilidade das 
frentes de batalha causaram drásticas mudanças demográficas, com 
um maciço êxodo rural que sufoca e empobrece as principais cidades. 
Atualmente, as tropas de Bashar al Assad recuperaram dois terços do 
país, e os focos da guerra estão mais concentrados.
Das palavras de ordem gritadas pelas ruas sírias em 2011, a 
única que se materializou foi a liberdade propiciada pelas redes 
sociais. Exaustos, os sírios hoje clamam por segurança, escola para 
seus filhos e hospitais para seus pais. Regressar não é uma opção 
para parte dos refugiados internos e externos, convencidos de que 
a repressão os esperaria.
IÊMEN: 
No Iêmen, um dos países mais pobres do mundo, a Revolução 
serviu de guarda-chuva para que as diversas forças centrípetas do país 
tratassem de promover seus interesses. Hoje, a pobreza se transformou 
em miséria, 7 de seus 26 milhões de habitantes passam fome, e um 
milhão foram contaminados pelo cólera. Além disso, abriu-se uma 
divisão sectária que não existia, entre os yazidis, que seguem um ramo 
do islamismo próximo do xiismo e compõe 40% da população e o 
resto da população, que é sunita. 
BAHREIN: 
No Bahrein, um país comparativamente rico, a reivindicação 
de maior representatividade política foi estimulada por diferenças 
comunitárias. O peso dos xiitas, que representam dois terços dos 
750.000 bahrenitas e há décadas se queixam de discriminação, 
conferiu um matiz sectário aos protestos, que a família governante Al 
Khalifa (sunita) reprimiu sem contemplações e com a ajuda de tropas 
sauditas e emiradenses. A recusa em dialogar, refletida na destruição 
da praça da Pérola (onde se instalaram os indignados), radicalizou os 
manifestantes, que passaram de pedir uma monarquia constitucional 
a bradar pela morte do rei.
ARGÉLIA: 
O presidente Abelaziz Buteflika, que estava havia 12 anos no poder, 
conseguiu furar a onda de manifestações sem empreender grandes 
mudanças. Revisou-se a Constituição em 2016 mas sem que houvesse 
uma evolução democrática nem um processo de abertura. Prova disso é 
que nas próximas eleições presidenciais, em 2019, só cabem duas opções: 
ou Buteflika se apresenta para um quinto mandato (apesar de não se 
dirigir diretamente à nação desde 2012) ou será designado o homem que 
o chamado ‘poder’ indicar como candidato”.
MARROCOS: 
No Marrocos, a onda de revoltas no mundo árabe impulsionou 
a aprovação, num referendo de julho de 2011, de uma nova 
Constituição que substituiu a de 1996. A nova Carta Magna transferia 
ao primeiro-ministro alguns poderes do rei, mas Mohamed VI 
continuava mantendo inclusive a capacidade de destituir o chefe de 
Governo. Com o passar dos anos, os protestos foram se apagando, e 
o poder do monarca se reafirmou. O Movimento 20 de Fevereiro, que 
promoveu os protestos, está quase extinto.
Mas repente, em 28 de outubro de 2016, em Al Hoceima (norte), 
um vendedor de peixes morreu esmagado num caminhão de lixo 
ao tentar impedir o confisco da sua mercadoria. Milhares de jovens 
voltaram a sair às ruas reivindicando melhoras sociais na região do 
Rife. Parecia que a “primavera” voltava a brotar, da mesma forma 
que em 2011. Mas, após oito meses de protestos tolerados, o Estado 
optou pela repressão. Mais de 400 jovens permanecem sob custódia 
atualmente, segundo a Anistia Internacional.
Para muitos ativistas, o país sofreu uma regressão em suas 
liberdades nos últimos sete anos. Entretanto, outros acreditam que 
aquela chama da primavera não ardeu em vão, e que seu efeito cedo 
ou tarde se fará notar.
JORDÂNIA: 
Apanhada entre os conflitos da Síria e do Iraque, sob o olhar atento 
de Israel e da Arábia Saudita, a  Jordânia  se esforça para permanecer 
como uma ilha de estabilidade no Oriente Médio. O complexo equilíbrio 
demográfico do país, entre clãs de beduínos e a população de origem 
palestina, se viu alterado desde 2011 pela chegada de um milhão de 
refugiados sírios, o equivalente a 10% da população. Centenas de 
combatentes jordanianos que se alistaram nas fileiras do jihadismo na 
Síria e no Iraque estão agora retornando ao reino.
A Jordânia se livrou dos sobressaltos da Primavera Árabe. Depois 
dos primeiros protestos, o rei Abdullah II se comprometeu a impulsionar 
um processo de reformas denominado Agenda Nacional. O monarca 
tenta manter dentro do tabuleiro político a Irmandade Muçulmana, 
principal grupo de oposição. Ao contrário do que ocorreu no Egito 
depois do golpe que derrubou o presidente islâmico Mohamed 
Morsi, em 2013, Amã não proibiu a Irmandade Muçulmana e tolera 
sua atividade. O ramo jordaniano desse grupo islâmico não prega 
a abolição da monarquia, mas reivindica uma redução das amplas 
atribuições executivas do rei.
Depois de ter boicotado as duas eleições anteriores, os políticos 
muçulmanos apresentaram candidaturas no pleito legislativo de 
2016, onde sua coalizão somou 15 dos 130 assentos em disputa. O 
programa da Irmandade Muçulmana insiste na aplicação das reformas 
democráticas prometidas pelo soberano hachemita depois da eclosão 
da Primavera Árabe, as quais ainda continuam pendentes.
LÍBANO: 
O país mediterrâneo acabou sendo uma exceção na cronologia 
da Primavera Árabe. Em 2005, o assassinato do ex-primeiro-ministro 
Rafik Hariri já desencadeara a chamada Revolução dos Cedros, com 
imensos protestos que provocaram a retirada das tropas sírias após 
29 anos de presença no país. O espectro político libanês se dividiu 
em dois blocos: a liderança xiita do Hezbollah e a sunita de Saad 
Hariri, filho do dirigente assassinado. Desligados da tutela direta de 
Damasco, a Primavera Árabe passou longe do Líbano.
233
OS CONFLITOS NA NOVA ORDEM MUNDIAL
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A guerra síria destruiu as boas expectativas econômicas, 
atrapalhadas pela fuga do turismo, pela redução das remessas 
financeiras e pelo ônus de acolher 1,5 milhão de refugiados sírios – 
que representam 25% da população total –, solapando a já deficiente 
infraestrutura libanesa. Os líderes políticos conseguiram forjar um 
consenso tácitopara preservar o Líbano de uma nova guerra civil e do 
jihadismo importado da Síria, sem no entanto dissipar as tensões que 
aprofundam a divisão entre xiitas e sunitas.
EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO
01. (UPE-SSA 1 2018) “A onda de protestos contra o governo já 
completou um mês, resultando na morte de 35 pessoas e deixando 
outras 717 feridas. Os dados, contabilizados até quinta-feira, dia 4 
de maio, pelo Ministério Público, mostram um aumento significativo 
na violência policial. Até o momento, não é possível prever um fim 
próximo do conflito, porque o Executivo está promovendo uma 
Assembleia Nacional Constituinte para criar uma Carta Magna sob 
medida e evitar as eleições.”
(Fonte: Jornal El Pais, edição de 5 de maio de 2017, com modificações. Adaptado.)
No mapa, o país que apresenta o problema geográfico atual, referido 
na notícia transcrita, está indicado por um dos numerais.
Assinale a alternativa cujo numeral representa esse país.
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
02. (UERJ 2017) Leia.
A ROTA ATÉ OS JIHADISTAS
Componentes produzidos por 51 empresas caem em poder do 
Estado Islâmico
Mais de 50 empresas de 20 países, entre elas uma brasileira, 
foram identificadas na cadeia de suprimentos dos dispositivos 
explosivos improvisados usados pelo Estado Islâmico em centenas 
de atentados terroristas. Além de mercadorias controladas, itens 
tão simples quanto ligas de alumínio, celulares ou fertilizantes, que 
podem parecer inofensivos à primeira vista, estariam na lista dos mais 
de 700 componentes encontrados em um levantamento realizado ao 
longo de 20 meses pelo Instituto de Pesquisa de Conflito Armado.
A estratégia de ação do Estado Islâmico mencionada na reportagem 
apresenta semelhança com a seguinte prática das corporações 
empresariais contemporâneas:
a) padronização das tecnologias.
b) incorporação dos fornecedores.
c) desterritorialização da produção.
d) superexploração da mão de obra. 
03. (MACKENZIE 2019) Leia o fragmento de reportagem e observe 
o mapa.
O Iêmen é o país mais pobre do Oriente Médio e está em guerra 
civil desde 2015. O conflito agravou as já precárias condições de 
extrema pobreza e fome da população. Desde 2017, a Organização 
das Nações Unidas classifica a situação como “a pior crise humanitária 
do mundo”. Diálogos de paz entre os dois lados da guerra civil [...] 
levaram à promessa mútua de libertar prisioneiros de guerra e um 
cessar-fogo em uma das cidades mais críticas do conflito. Mas os 
efeitos do pacto, mediado pela ONU, ainda são incertos.
234
OS CONFLITOS NA NOVA ORDEM MUNDIAL
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A respeito da guerra civil no Iêmen, avalie as proposições.
I. O apoio da Arábia Saudita, país de maioria xiita, permitiu aos 
insurgentes houthis derrubarem o governo do presidente Abd 
Rabbuh Mansur Al-Hadi, que conta com a ajuda do Hezbollah 
para tentar voltar ao poder.
II. O Irã, forte aliado de Al-Hadi, tem apoiado militarmente o 
governo iemenita a fim de manter sua influência sobre as reservas 
petrolíferas do Iêmen.
III. A ONG Save the Children, que lida com direitos da infância, 
estima que cerca de 85 mil crianças morreram de fome ou doença 
grave no Iêmen desde o começo da guerra.
É correto o que se afirma em
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) I e II, apenas.
e) I, II e III.
04. (UPF 2019) A primeira metade do século XX foi marcada por 
devastadoras guerras entre Estados. A segunda metade, porém, no 
contexto da Guerra Fria, teve como característica o acirramento de 
conflitos civis, muitos dos quais se prolongam até os dias atuais.
(TERRA; ARAÚJO; GUIMARÃES. Geografia Conexões: estudos de 
 geografia geral e do Brasil. São Paulo: Moderna, 2015, p. 636)
A partir dos seus conhecimentos sobre os conflitos regionais na ordem 
global, analise os itens a seguir.
I. Culturalmente distintos dos povos dos países onde vivem, os 
curdos reivindicam um Estado próprio. Vivem, em sua maioria, na 
Turquia e extrapolam as fronteiras desse país, ocupando áreas do 
Iraque, do Irã, da Síria, da Armênia e do Azerbaijão.
II. Desde 2011, a Síria vive uma sangrenta guerra civil, e a população, 
na busca de maior liberdade democrática, iniciou uma revolta 
contra o governo. A Rússia apoia o atual regime sírio, como forma 
de manter sua influência no Oriente Médio.
III. A Caxemira é um país localizado entre Paquistão, China e Índia. 
A população da Caxemira deseja a unificação com a Índia, 
porém, os interesses nucleares na região levaram a uma série de 
enfrentamentos com os vizinhos.
IV. Em 1948, Israel declarou sua independência, dissolvendo o 
Estado árabe-palestino e incorporando ao seu território as terras 
palestinas conquistadas. O conflito entre israelenses e palestinos 
perdura até os dias atuais.
Está correto o que se afirma em
a) II, III e IV, apenas.
b) I, II e IV, apenas.
c) I e II, apenas.
d) III, apenas.
e) I, II, III e IV.
05. (CFTMG 2019)
O mapa acima retrata algumas das principais zonas de conflito na 
atualidade. Nesse contexto, NÃO é correto afirmar que em
a) 1 ocorre disputa por poder e ações de grupos terroristas.
b) 2 ocorre guerra civil e atuação de milícias islâmicas.
c) 3 ocorrem conflitos entre democracias liberais e disputas religiosas. 
d) 4 ocorrem choques étnico-religiosos e movimentos separatistas.
06. (MACKENZIE 2018)
MAIS DE 500 MIL MORTOS EM SETE ANOS DE GUERRA NA SÍRIA
NATALIA SANCHA - Beirute 12 MAR 2018
Conflito também levou 5,6 milhões de sírios ao refúgio, 
incluindo 2,6 milhões de crianças e adolescentes.
A guerra civil na Síria, prestes a completar sete anos, já tirou a 
vida de 511.000 pessoas, segundo um balanço apresentado nesta 
segunda-feira pelo Observatório Sírio dos Direitos Humanos, uma 
organização que se tornou uma das fontes mais confiáveis graças 
à presença de informantes no terreno. Desse total, 353.935 mortos 
foram identificados, sendo 106.390 civis (incluindo 19.811 menores 
e 12.513 mulheres). As forças do presidente Bashar al Assad e seus 
aliados são responsáveis por 85% das vítimas civis. O Observatório, 
com sede no Reino Unido, contabilizou pelo menos outros 155.000 
mortos com identidade desconhecida. Também nesta segunda-feira, o 
UNICEF (órgão da ONU para a infância) informou que os dois primeiros 
meses deste ano foram os mais mortíferos para as crianças sírias, com 
mais de 1.000 mortos e feridos.
(https://brasil.elpais.com/brasil/2018/03/12/ 
internacional/1520865451_577510.html
A respeito da guerra civil na Síria, julgue as afirmações a seguir.
I. O conflito teve início com um levante pacífico contra o regime 
do presidente Bashar al Assad. A precária situação dos direitos 
humanos, a corrupção governamental e o elevado desemprego 
motivaram os protestos que evoluíram para uma guerra civil 
quando o governo passou a empregar força letal.
II. Os principais apoiadores do governo são a Turquia e Arábia 
Saudita, já a Rússia e o Irã apoiam os grupos contrários a Bashar 
al Assad.
III. A milícia libanesa Hezbollah apoia fortemente o governo sírio, 
uma vez que é composta por muçulmanos de origem Xiita, 
opondo-se historicamente aos Estados Unidos e Israel.
É correto o que se afirma em
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I e III, apenas.
e) I, II e III.
07. (USF 2018)
CRISE DIPLOMÁTICA NO GOLFO PÉRSICO: 
PAÍSES VIZINHOS ROMPEM RELAÇÕES COM O CATAR
Desde o dia 5 de junho de 2017, o Catar é alvo de um embargo 
por parte de seus vizinhos do Golfo Pérsico. Arábia Saudita, Egito, 
Emirados Árabes Unidos e Bahrein romperam relações diplomáticas 
com o país. O grupo fechou as fronteiras terrestres e marítimas e 
impôs severas restrições aéreas ao emirado.
(Disponível em: <https://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/crise-
diplomatica-no-golfo-persico-paises-vizinhos-rompem-relacoes-com-o-catar.htm>. Acesso 
em: 09/10/2017.)
Os países vizinhos do Catar, mencionados no texto, acusam-no de 
a) apoiar a venda de petróleo e armamentos nucleares em conjunto 
com a Coreia do Norte.
b) negociar o beneficiamentode material radioativo com os Estados 
Unidos.
c) apoiar o terrorismo e desestabilizar a região a que pertencem 
esses países.
d) apoiar historicamente Israel no conflito com os palestinos.
e) monopolizar a venda de recursos minerais e alimentos na região.
235
OS CONFLITOS NA NOVA ORDEM MUNDIAL
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08. (ENEM 2018) Em Beirute, no Líbano, quando perguntado sobre onde 
se encontram os refugiados sírios, a resposta do homem é imediata: “em 
todos os lugares e em lugar nenhum”. Andando ao acaso, não é raro ver, 
sob um prédio ou num canto de calçada, ao abrigo do vento, uma família 
refugiada em volta de uma refeição frugal posta sobre jornais como se 
fossem guardanapos. Também se vê de vez em quando uma tenda com 
a sigla ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados), 
erguida em um dos raros terrenos vagos da capital.
(JABER, H. Quem realmente acolhe os refugiados? 
 Le Monde Diplomatique Brasil. out. 2015 - adaptado.) 
O cenário descrito aponta para uma crise humanitária que é explicada 
pelo processo de
a) migração massiva de pessoas atingidas por catástrofe natural.
b) hibridização cultural de grupos caracterizados por homogeneidade 
social.
c) desmobilização voluntária de militantes cooptados por seitas 
extremistas.
d) peregrinação religiosa de fiéis orientados por lideranças 
fundamentalistas.
e) desterritorialização forçada de populações afetadas por conflitos 
armados.
09. (PUCPR 2017) Analise o gráfico a seguir.
O aumento das solicitações de refúgio em território brasileiro pode 
ser explicado
a) pelos recentes conflitos armados entre o governo colombiano 
e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), 
intensificados a partir de 2015.
b) pela sangrenta guerra separatista ainda em curso no Sudão, onde 
a oposição ao governo atual pleiteia perante a ONU a criação do 
Sudão do Sul.
c) pelo elevado número de palestinos que, mesmo após o fim dos 
conflitos entre árabes e judeus, permanecem no Brasil como 
refugiados.
d) pela destruição que um terremoto de 7,0 na escala Richter 
provocou no Haiti em dezembro de 2015, obrigando milhares 
de haitianos, que já enfrentavam sucessivas crises econômicas e 
instabilidade política, a migrarem para o Brasil.
e) pelos conflitos armados no Oriente Médio, destacando-se a 
guerra civil síria originada por manifestações populares contrárias 
ao regime ditatorial de Bashar al-Assad em 2011.
10. (UFJF-PISM 2 2017) Leia o texto:
[...] uma sociedade que constitui suas relações por meio do racismo, 
[...] [tem] em sua geografia lugares e espaços com as marcas dessa 
distinção social: no caso brasileiro, a população negra é francamente 
majoritária nos presídios e absolutamente minoritária nas universidades; 
[...] essas diferentes configurações espaciais se constituem em espaços 
de conformação das subjetividades de cada qual.
(Adaptado de Carlos Walter Porto-Gonçalves, 2003: 
Movimentos Sociais e Conflitos na América Latina.)
Sobre as relações étnico-raciais no Brasil, é correto afirmar que:
a) a democracia racial é uma característica da sociedade brasileira e 
tem permitido que diferentes grupamentos étnico-raciais ocupem 
indistintamente o espaço nas cidades e nos campos brasileiros.
b) a intolerância contra as religiões de matrizes africanas no Brasil 
demonstra o quanto o preconceito pode afetar as territorialidades 
desses grupamentos que têm sofrido restrições de suas práticas 
religiosas no espaço das cidades.
c) a existência dos quilombos contemporâneos no Brasil demonstra 
que há um contingente da população negra que teve suas terras 
tituladas pela Lei de Terras de 1850, antes, portanto, da abolição 
da escravidão.
d) o acesso igualitário ao mundo do trabalho entre brancos e negros 
no Brasil demonstra que a força da democracia racial consiste em 
promover competições desiguais entre setores diversificados da 
população.
e) o Estatuto da Igualdade Racial considera que a “população negra” 
é o somatório dos grupos raciais de pretos e mestiços que são 
definidos e declarados pelos técnicos do IBGE durante o censo, de 
acordo com a cor da pele das pessoas.
EXERCÍCIOS DE
TREINAMENTO
01. (IFPE 2017) Observe a figura seguinte, a qual informa o quantitativo 
de pessoas e as principais rotas de refugiados.
Com base nos dados acima e no atual contexto de crise envolvendo 
migrantes internacionais, julgue as assertivas a seguir.
I. No período atual, as migrações são motivadas por questões de 
natureza econômica, envolvendo busca de emprego e, portanto, 
melhores condições de vida; e de natureza política, pois os 
refugiados fogem de guerras civis e de perseguições em seus 
países.
II. O Sudão tornou-se independente do Sudão do Sul em 2011 e, 
desde então, vive uma guerra civil que, de forma semelhante a 
Eritrea, Somália, Afeganistão e República Democrática do Congo, 
pouco tem chamado a atenção das potências mundiais.
III. As principais rotas de migrações internacionais seguem o destino 
da Europa, seja entrando pela Espanha e Itália, seja pela Turquia 
e Grécia, o que significa dizer que o sul europeu é a porta de 
entrada, porém nem sempre é o destino final.
IV. A xenofobia, a intolerância e o racismo ganham força na Europa, 
sendo uma expressão disso o aumento dos votos recebidos por 
candidatos de extrema direita que explicitamente culpam os 
imigrantes pelos problemas nacionais.
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OS CONFLITOS NA NOVA ORDEM MUNDIAL
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V. O conflito mais dramático em curso é o da Síria, em que milhões 
de cidadãos já deixaram o país para fugir dos confrontos entre 
as forças leais ao governo, as forças rebeldes pró-potências 
ocidentais e as do grupo fundamentalista Estado Islâmico.
Estão CORRETAS apenas as proposições
a) I, III e V.
b) II, III, IV e V.
c) I, III e IV.
d) II e V.
e) I, III, IV e V.
02. (UFJF-PISM 3 2017)
Alguns pensamentos lutam em minha cabeça,
Como uma guerra entre anjos e demônios,
Uma guerra entre meus punhos e os muros,
Entre minhas mãos e o tempo glacial,
Entre mim e a nostalgia,
Entre mim e a língua francesa,
Uma guerra, entre mim e os olhares estranhos,
Meu olhar e o olhar da polícia,
Uma guerra entre mãos e cercas,
Entre nação e governo,
Uma guerra entre pássaros e fronteiras.
(Trecho da poesia de autoria de Babak, refugiado iraniano em Calais, norte 
da França. Fonte: <https://caminhodasdunasblog.wordpress.com/2016/06/19/
eucaminharei/>. Acesso em: 21 de agosto de 2016.)
Sobre a situação dos refugiados na Europa, pode-se afirmar que:
I. refugiado é toda a pessoa que se evade de seu país de origem em 
busca por oportunidades de trabalho, o que o caracteriza como 
um imigrante.
II. refugiado é toda a pessoa que se retira de seu país de origem 
em razão de conflitos armados e perseguições política, religiosa 
ou racial.
III. os refugiados são vítimas da xenofobia por parte de segmentos 
da classe média empobrecidos com as políticas de austeridades 
na Europa.
Assinale a alternativa CORRETA:
a) Somente a alternativa I.
b) Somente a alternativa II.
c) Somente a alternativa III.
d) Somente as alternativas I e II.
e) Somente as alternativas II e III.
03. (CFTMG 2019) A nigeriana Mate Sunday, atualmente com 38 
anos, precisou sair de seu país para fugir dos atentados do Boko 
Haram, grupo fundamentalista islâmico considerado terrorista pela 
ONU. Ela chegou ao Brasil em 2014, grávida, e passou por algumas 
casas de acolhida até se encontrar com seu marido, também refugiado, 
e conseguir reunir a família em São Paulo.
“Foi muito difícil”, diz Mate. “Primeiro, é o problema da língua, 
segundo é um país que não conheço. Tudo é mudança. Cultura 
diferente, língua diferente, comida diferente. Eu sofri bastante com 
essas coisas”.
(SUDRÉ, Lu. Refugiados no Brasil sofrem com racismo e falta de políticas públicas.In: Brasil 
de Fato. Disponível em: <https://www.brasildefato.com.br>. Acesso em: 24 set 2018.)
O Brasil tem recebido, nos últimos anos, inúmeras solicitações de 
refúgio, mesmo com os problemas narrados pela nigeriana Mate 
Sunday.São fatores responsáveis por esses pedidos, EXCETO: 
a) projeção internacional do Brasil como potência econômica 
emergente e regional.
b) Abertura da legislação brasileira à recepção dos estrangeiros 
fugidos de conflitos.
c) Criação de unidades policiais especiais de proteção à segurança 
física dos refugiados.
d) Presença de instituições religiosas e de Organizações Não 
Governamentais que acolhem os refugiados.
04. (FAC. ALBERT EINSTEIN - MED 2018) Leia o trecho abaixo:
CAMPO DE KUTUPALONG, Bangladesh, 05 de setembro de 2017 
– De pés descalços e correndo para salvar sua vida, a rohingya Dilara, 
de 20 anos, conseguiu chegar à Bangladesh recentemente com seu 
filho mais novo no colo. Sua família foi devastada devido ao conflito 
em Mianmar.
(...) Cerca de 123 mil mulheres, crianças e homens como Dilara e 
seu filho chegaram em Bangladesh após dias caminhando, forçados 
a fugir da violência em Rakhine, ao norte de Mianmar. Muitos estão 
famintos, em condições físicas precárias e precisam de ajuda para 
salvar suas vidas.
(ACNUR, www.acnur.org, acesso em 30/10/2017)
A respeito dessa notícia e do povo rohingya, assinale a alternativa 
correta:
a) O povo rohingya é originário da Índia e do Paquistão e migrou 
para Mianmar durante o século XX devido às perseguições que 
sofriam por serem muçulmanos. Em Mianmar, foram aceitos pelos 
budistas que não temem sua religião, mas, nos últimos tempos, 
passaram a exigir a autonomia do território em que vivem, 
causando o conflito.
b) Em Mianmar, a minoria rohingya é considerada como “imigrantes 
ilegais de Bangladesh”, trazidos pelos colonizadores britânicos 
que governaram Mianmar até 1948. Porém, os historiadores 
apontam para uma presença de muçulmanos na região que 
remonta ao século XI. Rohingya significa “habitante de Rohang”, 
o nome pelo qual era conhecida Rakhine.
c) Os rohingya são um grupo muçulmano que migrou do Paquistão 
para Mianmar nos últimos vinte anos com o objetivo de impor sua 
religião aos budistas da região de Rakhine, ao norte de Mianmar, 
sendo sustentados por grupos fundamentalistas do Paquistão que 
pretendem ampliar sua ação em território asiático.
d) O exército de Mianmar é acusado de promover uma limpeza 
étnica com a perseguição e morte de centenas de rohingyas, 
grupo minoritário muçulmano originário do norte do país e que, 
inconformados com a forma como são tratados pela população e 
governo, exigem a autonomia da região de Rakhine.
05. (ACAFE 2018) Analise as afirmações a seguir e assinale a 
alternativa que contém todas as corretas.
I. “A existência de movimentos separatistas na Espanha e 
também em outros lugares do mundo chama a atenção para a 
inconsistência da ideia de unicidade do Estado moderno, em que 
o estabelecimento de suas fronteiras obedece mais a relações 
históricas de poder do que propriamente ao sentimento de 
pertencimento de suas populações”.
II. As Forças Armadas Revolucionárias do Comum (FARC) abandonam 
o processo de disputa eleitoral e passam para a luta armada, o 
que representa um passo decisivo para a incorporação das FARC à 
sociedade e ao sistema democrático.
III. O BREXIT, que confirmou a saída do Reino Unido da União 
Europeia, colocou em xeque um processo de unificação que se 
iniciou com o acordo do carvão e do aço nos anos 1950 do século 
XX.
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OS CONFLITOS NA NOVA ORDEM MUNDIAL
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IV. A crise na República Bolivariana da Venezuela é decorrente do 
bloqueio econômico implantado pelos EUA, a partir da crise dos 
mísseis.
V. A história das duas Coreias remonta ao final da 2ª Guerra Mundial, 
cujo território era ocupado pelos japoneses, derrotados naquele 
conflito. Portanto, a existência de duas Coreias é um produto da 
Guerra Fria que se instala no pós-guerra. 
a) III - IV
b) II - III - IV
c) I - III - V
d) IV - V
06. (UNICAMP 2017) De acordo com a Organização das Nações 
Unidas, a população global submetida a deslocamentos forçados 
cresceu substancialmente durante os últimos decênios, passando de 
37,3 milhões para 65,3 milhões em 2015. Desse total, os refugiados 
representam 16,1 milhões de pessoas, 1,7 milhão a mais que o total 
registrado 12 meses antes. Mais da metade dos atuais refugiados do 
mundo (54%) procede de três países afetados por conflitos armados.
(Adaptado de Agência da ONU para Refugiados – ACNUR – 
Documento Tendencias Globales, 2015.)
Indique quais são esses três países.
a) Myanmar, Síria e Somália.
b) Afeganistão, Síria e Somália.
c) Afeganistão, Grécia e Macedônia.
d) Grécia, Macedônia e Myanmar.
07. (ESPCEX/AMAN 2017) “Os deslocamentos de população conhecidos 
como migrações podem ser gerados por necessidades internas dos 
próprios grupos populacionais ou por fatores externos a eles. Geralmente 
estão vinculados a um contexto socioeconômico global ou a um contexto 
nacional ou regional, ou podem estar ligados a causas econômicas, 
razões políticas, étnicas ou religiosas [...].”
(Terra, Lygia; Araújo, Regina; Guimarães, Raul. Conexões: 
 estudos de Geografia Geral e do Brasil, 2015, p. 90.)
Sobre os deslocamentos internacionais de população, pode-se afirmar 
que
I. diversos fatores podem motivar as migrações, mas, atualmente, 
são os conflitos religiosos os maiores responsáveis pelos 
movimentos migratórios no mundo.
II. países como Catar e Kuait, no Oriente Médio, desde a década de 
1970, transformaram-se numa zona de forte atração migratória, 
principalmente de imigrantes de outros países asiáticos, para 
trabalharem nos campos de petróleo e em áreas como a 
construção civil, comércio e transportes.
III. as baixas taxas de fecundidade, abaixo do nível necessário 
para reposição populacional, e a necessidade de mão de obra 
não qualificada nos países europeus têm posto fim às políticas 
migratórias restritivas nesse continente.
IV. os EUA são o país com o maior número de imigrantes 
internacionais, atraídos pelas possibilidades de emprego; por 
outro lado, é dos países asiáticos a maior parte dos emigrantes 
que deixa seus países em busca de melhores condições de vida.
V. uma das vantagens dos imigrantes em situação irregular é que 
conseguem desfrutar dos serviços de saúde e educação do país de 
destino, como qualquer cidadão.
Assinale a alternativa que apresenta todas as afirmativas corretas.
a) I e V.
b) II e IV.
c) I, III e IV.
d) II, III e V.
e) I, II e V.
08. (ENEM 2018) A situação demográfica de Israel é muito particular. 
Desde 1967, a esquerda sionista afirma que Israel deveria se desfazer 
rapidamente da Cisjordânia e da Faixa de Gaza, argumentando a 
partir de uma lógica demográfica aparentemente inexorável. Devido 
à taxa de nascimento árabe ser muito mais elevada, a anexação dos 
territórios palestinos, formal ou informal, acarretaria dentro de uma 
ou duas gerações uma maioria árabe “entre o rio e o mar”.
(DEMANT, P. Israel: a crise próxima. História, n. 2. jul.-dez. 2014.)
A preocupação apresentada no texto revela um aspecto da condução 
política desse Estado identificado ao(à)
a) abdicação da interferência militar em conflito local.
b) busca da preeminência étnica sobre o espaço nacional.
c) admissão da participação proativa em blocos regionais.
d) rompimento com os interesses geopolíticos das potências globais. 
e) compromisso com as resoluções emanadas dos organismos 
internacionais.
09. (ACAFE 2018) Observe o mapa a seguir.
A questão dos refugiados sírios tem tomado destaque na atualidade. 
Sobre isso, marque V para as afirmações verdadeiras e F para as falsas 
e assinale a alternativa com a sequência correta.
( ) Apesar de os países desenvolvidos serem os mais preparados para 
receber refugiados, o principal destino dos que fogem de conflitos 
e guerras têm sido os países em desenvolvimento.
( ) A imagem da crise que emocionou o mundo – a foto do corpo de 
Alan Kurdi, um menino de 3 anos – ocorreu nas praias do país que 
mais abriga refugiados sírios em seu território: a Turquia.
( ) Parte dos políticos europeus tentam classificar os sírios como 
migrantes que teriamsaído de seus países por motivos 
econômicos e não como refugiados de guerra ou de conflitos. A 
diferença na aplicação entre os conceitos visa a isentar seus países 
de implementar políticas de asilo a essas pessoas.
( ) O Estado Islâmico tem sido um dos principais recebedores de 
refugiados sírios que não conseguem entrar legalmente na 
Europa.
( ) Os sírios não transpõem as fronteiras de seu país antes de 
receberem a autorização de entrada nos países que os refugiarão. 
a) V – V – V – F – F
b) V – F – V – F – F
c) F – V – F – F – V
d) F – V – V – V – F
238
OS CONFLITOS NA NOVA ORDEM MUNDIAL
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10. (MACKENZIE 2019) Leia o trecho de reportagem e observe o 
mapa.
CONFLITO NA CAXEMIRA: POR QUE ÍNDIA E PAQUISTÃO DISPUTAM 
REGIÃO QUE VIVE NOVA ESCALADA DE TENSÃO
O Paquistão anunciou [...] que derrubou dois caças e capturou um 
piloto da Força Aérea indiana em meio à escalada da tensão [...] na 
região da Caxemira.
O ataque aconteceu um dia depois de a Índia ter lançado um 
bombardeio aéreo contra um campo de treinamento de militantes 
paquistaneses - uma retaliação ao atentado que matou mais de 40 
soldados indianos há menos de duas semanas.
(Conflito na Caxemira: por que Índia e Paquistão disputam a região que vive nova escalada 
de tensão. BBC Brasil. 27 fev. 2019. Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/
internacional-47386170> Acesso em: 16 mar. 2019.)
A respeito do conflito na região da Caxemira, analise as afirmativas 
a seguir.
I. Esse conflito preocupa a comunidade internacional, pois Índia e 
Paquistão são possuidores de tecnologia nuclear para fins bélicos.
II. Um dos fatores que contribuem para esse conflito é a questão 
hídrica. A Caxemira concentra nascentes de grande importância 
para os países mencionados na reportagem.
III. A boa convivência entre os hindus da “Caxemira Indiana” e os 
muçulmanos da “Caxemira Paquistanesa” demonstra que esse 
conflito tem caráter puramente econômico.
IV. O governo indiano cedeu o território de Aksai Chin à China 
em 1962, em retribuição ao apoio militar na guerra contra o 
Paquistão, ocorrida um ano antes.
É correto o que se afirma em
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I e IV, apenas
e) I, III e IV, apenas.
EXERCÍCIOS DE
COMBATE
01. (UFF 2010) A frase “conexões entre a realidade que percebemos 
e abstrações geométricas e algébricas são resultado de como vemos 
e interpretamos o mundo” é reforçada pelas situações retratadas na 
charge e na fotografia abaixo.
A articulação da frase e da charge com a realidade expressa na foto 
permite identificar uma prática da sociedade no espaço geográfico.
A prática espacial explicitamente identificada é:
a) vigilância comunitária.
b) proteção ambiental.
c) contenção territorial.
d) controle paisagístico.
e) reforma urbana.
02. (UFF 2009) Analise o mapa e o gráfico.
Considerando-se a expansão do Islamismo, a partir de aspectos 
numéricos e geográficos, conclui-se corretamente que:
a) a distribuição espacial dos muçulmanos corresponde à mesma 
etnia.
b) o Islã encontra-se estabilizado tanto numérica quanto 
geograficamente.
c) a expansão do Islamismo é inviabilizada pela modernização das 
sociedades.
d) as migrações internacionais são um importante fator de expansão 
do Islã.
e) os países mais populosos do mundo apresentam predomínio de 
mulçumanos.
239
OS CONFLITOS NA NOVA ORDEM MUNDIAL
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03. (FGV 2010) “Esquecida pela globalização e imersa em pobreza, 
fome, doenças e conflitos, a África é rica em recursos naturais 
cobiçados por regiões mais prósperas.”
Com vistas à descolonização e ao neocolonialismo africano, após a 
Segunda Guerra Mundial, assinale a alternativa INCORRETA.
a) No início da Segunda Guerra Mundial, a África contava com 
quatro Estados independentes – Egito, África do Sul, Etiópia e 
Libéria. A libertação da maioria das colônias ocorreu na década 
de 1960. Em outros casos, foi conquistada a partir de guerras 
e movimentos armados, provocando a retirada gradativa das 
potências europeias.
b) O alicerce dos novos Estados africanos foi constituído, 
principalmente, pela estrutura administrativa criada pela 
colonização europeia. Quando as independências ocorreram, os 
poderes político e militar passam das antigas metrópoles para as 
elites nativas urbanas, que instalaram regimes autoritários.
c) O panorama de extrema pobreza dos países da África Subsaariana 
deve-se ao fraco crescimento econômico registrado desde as 
independências. Nas classificações de 2008 do IDH (Índice de 
Desenvolvimento Humano) e do IPH (Índice de Pobreza Humana) 
da ONU, os 27 últimos lugares são ocupados por países dessa 
região Africana. 
d) O Pan-africanismo, defendido por Kwame Nkrumah, presidente de 
Gana (1957 e 1966), influenciou profundamente os líderes das lutas 
anticoloniais, conseguindo moldar uma forte política externa dos 
estados africanos independentes, enfraquecendo a hegemonia das 
elites étnicas regionais.
e) Segundo o pensamento terceiro-mundista, em voga há três 
décadas, atribuía-se apenas à herança colonial a pobreza 
africana, porém outros fatores corroboram para essa condição; 
entre eles, vastas áreas da África Tropical apresentam solos 
de baixa fertilidade, quinze países não têm saídas marítimas 
e as desvantagens geográficas são agravadas pelas pressões 
demográficas.
04. (UNIMONTES 2009) Conflitos armados nos últimos 15 anos 
custaram à África US$300 bilhões – o equivalente a toda a ajuda 
recebida pelo continente no mesmo período –, afirma um relatório 
divulgado por organizações não governamentais.
(http://www.saferworld.org.uk)
Sobre os conflitos na África, assinale a alternativa INCORRETA.
a) Com o fim da Guerra Fria, os focos de tensão na África reduziram-
se bruscamente, pois não havia potências dispostas a financiar os 
conflitos.
b) A maioria dos conflitos ocorridos na África, após o processo de 
descolonização, é decorrente de divergência étnica.
c) Na África Subsaariana, ocorre a maior parte dos conflitos tribais 
do continente africano.
d) As missões de paz internacionais diminuíram os conflitos africanos, 
mas ainda há vários focos de tensão.
05. (UERJ 2010) Quinze anos depois do genocídio que vitimou mais 
de 800 mil pessoas, visitar Ruanda ainda é uma espécie de jogo de 
adivinhação – a cada rosto que passa tenta-se descobrir quem foi 
vítima e quem foi algoz na tragédia de 1994. O governo do país 
recorre à união do povo. O censo e as carteiras de identidade étnicas 
não existem mais, todos agora são apenas considerados ruandeses. O 
esforço do presidente Paul Kagame em evitar um novo conflito é tão 
grande que chamar alguém de “tutsi” ou “hutu” de maneira ofensiva 
é crime, com pena que pode chegar a 14 anos.
(Marta REIS)
A presença do trauma do genocídio é o principal problema social 
de Ruanda, maior inclusive que a pobreza. Tratar esse trauma coletivo 
devia ser prioridade número um, e não transformá-lo num tabu. A 
política do governo é a do esquecimento por lei, por obrigação. Errada 
é a vitimização do genocídio, pois existe uma história de conflitos 
anterior e posterior ao massacre.
(Marcio GAGLIATO)
A polêmica sobre os efeitos do genocídio de Ruanda, ocorrido em 
1994, aponta para contradições dos processos de constituição de 
estados nacionais na África contemporânea. Com base na análise dos 
textos, a resolução dessas contradições estaria relacionada à adoção 
das seguintes medidas:
a) conciliação político-religiosa – afirmação das identidades locais.
b) punição das diferenças culturais – unificação da memória nacional.
c) denúncia da dominação colonial – integração ao mundo globalizado.
d) reforço do pertencimento nacional – revisão das heranças da 
descolonização.
06. (UNIMONTES 2009) A Colômbia é um dos países latino-americanos 
mais marcados pela ocorrência de conflitos internacionais como guerras 
civis, golpes de Estado e outros. Estima-se que cerca de 200 mil colom-
bianos tenham sido mortos nesses conflitos entre 1896 e 1960.Sobre a atual situação geopolítica da Colômbia, assinale a alternativa 
CORRETA.
a) O Estado colombiano é liderado pelo grupo de guerrilheiros das 
Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – FARC.
b) O Plano Colômbia, financiado pelos Estados Unidos, enfraqueceu o 
narcotráfico praticado pela FARC e libertou os reféns dessa guerrilha.
c) O atual governo colombiano, como na maioria dos países 
da América Latina, tem uma tendência ao socialismo, o que 
aproximou o Estado dos ideais dos guerrilheiros.
d) Os paramilitares, diferentemente dos guerrilheiros de esquerda, 
apresentam uma posição de radicais de direita e cometem crimes 
com a desculpa de proteger a população contra as guerrilhas.
07. (UFF 2010) “Choque de civilizações” é o título do livro de 
autoria do cientista norte-americano Samuel Huntington, no qual são 
identificados conjuntos civilizacionais e seus possíveis enfrentamentos, 
conforme ilustrado no mapa abaixo:
(Fonte: BONIFACE, Pascal e VÉDRINE, Hubert. Atlas do Mundo Global. 
São Paulo: Estação Liberdade, 2009.)
240
OS CONFLITOS NA NOVA ORDEM MUNDIAL
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A partir da análise do mapa, outro título adequado às ideias de Samuel 
Huntington é:
a) “O mundo Ocidental em risco”.
b) “A ascensão dos nacionalismos periféricos”.
c) “O triunfo global do mundo africano”.
d) “O fim da história e da ideologia”.
e) “O declínio das religiões imperiais”.
08. (PUC-RJ 2009) Veja a imagem.
“Somos o único país da Terra cujas fronteiras não são divisões 
geográficas nem políticas, mas vogais e consoantes.
Nosso país começa onde se fala basco e termina onde não se 
fala mais. Uma vez que o basco não tem relação com qualquer 
língua conhecida, isso cria fronteiras melhores que as impostas pelos 
governos.”
(Pescador basco, 1959).
Em relação ao fragmento territorial e trecho acima selecionado, é 
CORRETO afirmar que:
a) o desejo separatista do povo basco tem as suas raízes no processo 
de regionalização europeia, desde o fim da 2ª Guerra Mundial, 
já que os seus principais líderes não confiavam, devido ao forte 
nacionalismo e à importância do seu patrimônio linguístico 
milenar, no modelo de formação de uma comunidade europeia 
sob influência inglesa.
b) as questões de ordem étnico-cultural se colocam, em tempos 
modernos, como a grande herança milenar do povo basco. 
No século XX, esse povo (republicano e nacionalista) criou a 
organização ETA (“Pátria Basca e Liberdade”) para pressionar, 
politicamente, os governos espanhóis. Somente a partir da 
segunda metade dos anos de 1960 essa organização passou à 
luta armada contra o Estado espanhol.
c) os bascos franceses são mais radicais do que os da Espanha, 
já que os primeiros são altamente articulados com as células 
terroristas dos movimentos islâmicos de resistência, responsáveis 
pelos distúrbios sociais nos subúrbios parisienses no ano de 2005.
d) durante o longo período da ditadura do general Francisco Franco 
(1939-1975), as autonomias culturais e linguísticas regionais 
espanholas foram permitidas. Contudo, os bascos espanhóis, 
apoiados pelos republicanos, socialistas e anarquistas da 
Catalunha, lutaram contra o regime autoritário em vigência na 
Península Ibérica.
e) com o retorno da democracia à Espanha (1982), a organização 
ETA tendeu a ganhar apoio popular, pois a sociedade civil em 
reorganização passou a considerar o “debate político” como 
única forma de atuação das organizações sociais em busca da 
autonomia política exigida pelos bascos e demais autonomicistas 
da Península Ibérica, como os da Catalunha.
09. (PUC-RJ 2009) Observe a imagem a seguir:
Os confrontos armados na região do Cáucaso são resultado de 
anos de disputas e desentendimentos, que ultrapassam a própria 
Eurásia. Assinale a única alternativa que apresenta uma explicação 
INCORRETA sobre os conflitos na região.
a) O ditador Josef Stálin decidiu transformar, em 1922, o território da 
Ossétia do Sul em Região Autônoma da República Socialista Soviética 
da Geórgia. A medida colocou parte dos ossetas, grupo etnicamente 
ligado à Rússia, dentro do domínio territorial georgiano.
b) Apesar de o território georgiano não possuir grandes reservas de 
petróleo e gás natural, ele abriga importantes dutos que abastecem 
as economias da Europa Ocidental com hidrocarbonetos, fato que 
amplia a ação russa contra as forças de emancipação.
c) A participação dos países da região do Cáucaso na União Europeia 
contraria os interesses do governo russo, que não mede esforços 
em convencer esses países a fazerem parte da Organização Xangai 
de Cooperação (SCO).
d) A intenção do governo georgiano em juntar-se à OTAN, aliança 
militar do Ocidente, pode ser considerada um desagravo ao 
governo russo, o que leva os EUA a agirem mais diretamente na 
resolução dos atuais conflitos na região.
e) A posição estratégica do território georgiano – está na rota dos 
dutos projetados para conduzir gás e óleo do Turcomenistão e do 
Azerbaijão (países pró-Moscou) até o litoral mediterrâneo – torna 
a ação militar russa mais intensa e imediata na área.
10. (UERJ 2010) Veja bem, este país, em seus dias de glória, parecia 
até um zoológico. Um zoológico limpinho e bem arrumado. Todos 
tinham o seu lugar e viviam felizes. Quem era chamado de halwai 
fazia doces. Quem era chamado de criador de gado criava gado. Os 
intocáveis limpavam latrina.
Até que, em 1947, quando os britânicos foram embora, todas as 
jaulas foram abertas. Aí a lei da selva substituiu a lei do zoológico. Os 
mais ferozes devoraram os demais e ficaram barrigudos. Resumindo: 
antigamente havia mil castas e destinos na Índia. Hoje só há duas 
castas: a dos homens barrigudos e a dos homens sem barriga.
(ARAVIND ADIGA Adaptado de O tigre branco. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008.)
241
OS CONFLITOS NA NOVA ORDEM MUNDIAL
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O fragmento de texto acima faz referência a uma das transformações 
ocorridas na Índia, a partir de 1947.
Essa transformação explicita a relação entre as seguintes características 
na sociedade indiana:
a) diversidade de etnias e liberdade de expressão.
b) divisão do trabalho e hierarquização dos grupos.
c) centralização do Estado e eliminação da censura.
d) racionalização da produção e preservação das tradições.
GABARITO
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
01. E
02. C
03. C
04. B
05. C
06. D
07. C
08. E
09. E
10. B
EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO
01. E
02. E
03. C
04. B
05. C
06. B
07. B
08. B
09. A
10. B
EXERCÍCIOS DE COMBATE
01. C
02. D
03. D
04. A
05. D
06. B
07. A
08. D
09. C
10. B
ANOTAÇÕES
242
OS CONFLITOS NA NOVA ORDEM MUNDIAL
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