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Prevalência e fatores associados à anemia ferropriva e hipovitaminose A em crianças menores de um ano

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FACULDADE METROPOLITANA DE MANAUS
CURSO GRADUAÇÃO EM BIOMEDICINA 
DISCIPLINA: HEMATOLOGIA
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Prevalência e fatores associados à anemia ferropriva e hipovitaminose A em crianças menores de um ano
Equipe: 
 Valdiane santos 
Ociane Rocha
Marcos Mestrinho 
Ivone Matos 
Adelciane Balieiro
Isabela
Professora:
 Profª Rosilene 
1.INTRODUÇÃO 
A nutrição nos primeiros anos de vida é fundamental para o crescimento e desenvolvimento de toda criança, portanto práticas alimentares inadequadas podem comprometer seu estado nutricional.
As deficiências de ferro e de vitamina A na infância estão entre as carências com maior prevalência no mundo. Acometendo principalmente menores de um ano de idade.
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1.1 Anemia ferropriva
● Segundo a Organização Mundial da Saúde, anemia define-se por concentração de hemoglobina anormalmente baixa no organismo por carência de um ou mais nutrientes essenciais. A deficiência de ferro é a principal causa de anemia, nesse caso ferropriva.
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1.2 Ferro, elemento essencial
O ferro apresenta várias funções, uma delas é o transporte de oxigênio. Sua deficiência pode comprometer o desenvolvimento mental, cognitivo e físico, e também diminuir resistência às infecções.
A baixa escolaridade materna, pouca duração no aleitamento materno e baixo peso ao nascer são alguns fatores de risco para anemia.
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1.3 Hipovitaminose A
A vitamina A é um importante nutriente, por sua função na integridade cutânea, proteção de estruturas e funções oculares entre outras funções.
Um dos principais fatores para tal deficiência é a ingestão insuficiente de alimentos ricos nesse micronutriente como carne, frutas e hortaliças.
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2.METODOLOGIA
Estudo transversal aninhado a um estudo de coorte.
Realizado no período de 2011 a 2013, em Viçosa, MG.
A amostra totalizou 93 crianças de ambos os sexos com idade de 6 a 12 meses.
As crianças foram avaliadas na Policlínica Municipal de viçosa e encaminhadas para a realização do exame de sangue no laboratório de análises clínicas da Divisão de saúde da Universidade federal de viçosa.
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2.METODOLOGIA
Critérios de inclusão: residir no município de Viçosa.
Critérios de exclusão: possuir doenças crônicas ou episódios de doenças agudas que alterassem o estado nutricional infantil, gestação gemelar, e consumo regular de medicamentos.
Foram coletados 8mL de sangue venoso de cada criança (papa de hemácias, plasma e soro) separados e centrifugados.
Foram analisados o hemograma completo e a proteína C reativa.
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2.METODOLOGIA
Dosagem retinol sérico: sistema de cromatografia liquida de alta eficiência (HPLC), modelo LC-10VP, Shimadzu.
Crianças anêmicas: hemoglobina inferior a 11 g/dL.
Ponto de corte de classificação de valores baixos de vitamina A foi < 0,70 mMol /L, e para caracterizar deficiência < 0,35 mMol/L.
Variáveis socioeconômicas maternas: idade, escolaridade, raça, trabalho, classificação ABEP e participação em programas como o Bolsa Família.
Quanto as crianças: aleitamento materno, uso de suplementos alimentares e o consumo alimentar de ferro e vitamina A.
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2. METODOLOGIA
As analises: processadas no software Stata 10.0.
As variáveis apresentadas em frequência simples.
A associação entre fatores analisados e as deficiências de ferro e vitamina A : teste do qui-quadrado de Pearson.
Comparação de médias de hemoglobina e vitamina A: testes t de Student para variáveis paramétricas e o de Mann-Whitney para não paramétricas.
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3. RESULTADOS
Amostra : 93 crianças, das quais 50,5% (47) eram do sexo feminino e tinham 6 meses de idade.
Idade média das mães: 26,1 anos, sendo que a maioria era adulta (86,0%), não branca (53,8%) e tinha mais de nove anos de estudo (65,6%).
Segundo a ABEP 60,2% dessas famílias encontravam-se na categoria C,D e E, e 11,8% recebiam o bolsa família.
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3.RESULTADOS
Quanto as crianças, 65,6% estavam em aleitamento materno e 50,5% utilizavam suplementação alimentar.
Sendo que: 
 Prevalência de anemia foi 29,0%.
Deficiência da vitamina A foi 19,1%.
 90,3% das crianças foi encontrado valores baixos de vitamina A.
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3.RESULTADOS
Portanto a presença de anemia ferropriva foi maior em mães adolescentes e aquelas que tinham até oito anos de estudo.
Já os valores baixos de vitamina A foram mais prevalentes em mães não brancas.
Em mães assistidas pelo bolsa família foi encontrado maiores de níveis de hemoglobina.
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3. RESULTADOS
 23,7% foi a prevalência de inadequação do consumo de ferro entre as crianças.
 22,6% foi a de consumo de vitamina A.
Sendo assim a maior mediana de consumo de ferro e vitamina A, está entre crianças que não apresentavam anemias e baixos níveis de vitamina A.
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4. DISCUSSÃO
A prevalência de anemia de 29,0% encontrada nas crianças configura-se como problema de saúde publica na população em estudo. 
Crianças com idade entre 6 e 24 meses se caracterizaram como grupo de risco para anemia.
Referente idade materna: maior a prevalência de anemia entre filhos de mães adolescentes.
Escolaridade: maior entre mães que tiveram até 8 anos de estudo.
Deficiência de ferro e vitamina A: maior no grupo de crianças que não eram assistidas pelo Programa Bolsa Família
Valores baixos de vitamina A: maior entre mães não brancas, devido as condições socioeconômicas.
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5. CONCLUSÃO
● Identificou-se elevada prevalência de anemia ferropriva e hipovitaminose A nas crianças avaliadas.
● Além disso, também pode-se observar que crianças de mães adolescentes e com baixa escolaridade estão mais propensas a ter anemia ferropriva na infância e mães não brancas com maior prevalência de vitamina A.
● Analisando esses resultados verificamos a grande importância de tomar medidas de prevenção para suprir tais deficiências na população.
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