Buscar

ATLAS DE URINÁLISE

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

ATLAS DE URINÁLISE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUIXADÁ, 2018. 
 
 
SUMÁRIO: 
 
1. URINÁLISE 
1.1 EXAME DE URINA 
1.2 ETAPAS 
1ª ETAPA: INFORMAÇÕES SOBRE COLETA 
2ª ETAPA: EXAME FÍSICO 
3º ETAPA: EXAME QUÍMICO 
4ª ETAPA: EXAME MICROSCÓPICO 
1.3 PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO – POP’s - URINA 
1.4 IMAGENS DOS SEDIMENTOS PRESENTES NA MICROSCOPIA 
1.4.1 CÉLULAS 
CÉLULAS EPITELIAIS ESCAMOSAS 
CÉLULAS EPITELIAIS TUBULARES 
CÉLULAS DE TRANSIÇÃO 
1.4.2 HEMÁCIAS 
1.4.3 LEUCÓCITOS 
1.4.4 CILINDROS 
CILINDROS LEUCOCITÁRIOS 
CILINDROS EPITELIAIS 
CILINDROS ERITROCITÁRIOS 
CILINDROS CÉREOS 
CILINDROS GRANULARES 
CILINDROS HIALINOS 
 
1.4.5 CRISTAIS 
URATOS AMORFOS 
OXALATOS DE CÁLCIO 
ÁCIDO ÚRICO 
FOSFATO AMORFO 
FOSFATO TRIPLO 
CARBONATO DE CÁLCIO 
FOSFATO DE CÁLCIO 
CISTINA 
TIROSINA 
1.4.6 BACTÉRIAS 
1.4.7 LEVEDURAS 
1.4.8 ESPERMATOZÓIDES 
1.4.9 Trichomonas vaginalis 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. URINÁLISE 
1.1. EXAME DE URINA 
A medicina laboratorial teve início a partir da análise de urina. Foram 
encontradas referências ao estudo da urina em desenhos feitos por nossos 
primeiros ancestrais e em hieróglifos egípcios. Embora os médicos da 
Antiguidade não dispusessem de sofisticados métodos de exames, baseavam-
se na análise da urina do paciente, para obter um diagnóstico. Este consistia 
na observação da turvação, odor, volume, cor, viscosidade e até mesmo a 
presença ou não de açúcar em certas amostras (STRASINGER, 2000; 
BOLODEOKU et al., 1996). 
A solicitação de sua realização inclui razões como: a) auxiliar no diagnóstico de 
doenças; b) realizar triagem de populações para doenças assintomáticas, 
congênitas, ou hereditárias; c) monitorar a progressão de doenças; d) monitorar 
a efetividade ou complicação da terapia e, e) realizar a triagem de 
trabalhadores de indústrias para doenças adquiridas (NCCLS, 2001). 
O exame de urina constitui ferramenta importante no: a) diagnóstico e 
acompanhamento de infecções do trato urinário; b) diagnóstico e 
acompanhamento de doenças não infecciosas do trato urinário; c) detecção de 
glicosúria de grupos de pacientes admitidos em hospitais em condição de 
emergência; d) controle de pacientes diabéticos e e) acompanhamento de 
pacientes com determinadas alterações metabólicas como vômitos, diarréia, 
acidose, alcalose, cetose ou litíase renal recorrente (European Urinalysis 
Guideline, 2000; NCCLS, 2001). 
 
1.2. ETAPAS 
1ª ETAPA: INFORMAÇÕES SOBRE COLETA 
A urina deve ser coletada em frasco de material inerte, limpo, seco e à prova 
de vazamento. É recomendado o uso de recipientes descartáveis porque 
eliminam a possibilidade de contaminação. O paciente deve entregar a urina no 
laboratório no prazo máximo de 2 horas após a coleta ou então manter a 
amostra refrigerada. 
Segundo as recomendações da SBPC/ML (Sociedade Brasileira de Patologia 
Clínica/Medicina Laboratorial), a primeira amostra da manhã é ideal para o 
exame de urina de rotina, por ser mais concentrada, garantindo assim a 
detecção de substâncias químicas e elementos presentes na urina. A região 
urogenital deve estar limpa, sendo realizada assepsia do local e o primeiro jato 
de urina deve ser desprezado. Coletar em torno de 50 mililitros de urina do jato 
médio. Desprezar o restante de urina no vaso sanitário. 
Não há necessidade de nenhum preparo especial do paciente para a coleta de 
urina para exame de rotina, mas deve-se ter em mente que algumas 
características se modificam ao longo do dia, dependendo do tempo de jejum, 
da composição da dieta, da atividade física e do uso de determinados 
medicamentos. Deve-se lembrar, entretanto, que a qualidade do resultado 
depende diretamente da qualidade e confiabilidade da coleta da amostra. 
2ª ETAPA: EXAME FISICO 
Atualmente o exame físico da urina é considerado, atualmente, a segunda 
etapa do exame de urina e é constituído da observação de características 
físicas como cor, odor, aspecto ou transparência, depósito e densidade. 
COR: 
Amarela: Urocromo, urobilina e uroeritrina. 
Amarelo Pálido: Urina muito diluída. 
Amarelo Âmbar: Urina muito concentrada. 
Marrom: Presença de bilirrubina ou biliverdina em grande quantidade. Produtos 
resultantes da oxidação de hemoglobina e mioglobina, metronidazol, porfirinas 
Laranja: Excreção de urobilina em grande quantidade ou presença de 
fenazopirimidima (Pyridium), nitrofurantoína, riboflavina, corantes de alimentos. 
Rosa: Presença de sangue, uratos, porfirinas. 
Vermelho opaco: Presença de sangue (hemácias) em grande quantidade, 
porfirinas. 
Vermelho brilhante: Hemoglobina livre, fenotiazina, antraquinona, fenolftaleína 
ingestão de beterraba, ingestão de amoras (betacianina). 
Vermelho escuro/marrom: Mioglobina. 
Vermelho escuro/púrpura: Porfirinas, corantes de alimentos, aminopirina, 
metildopa, fenotiazina. 
Verde/azul: Azul de metileno, biliverdina, pseudomonas (piocianina) , 
indometacina, síndrome da infusão de porfobol. 
Preta: Ácido homogentísico, melanina, mioglobina, porfirinas, bilirrubina, fenol, 
cloroquina, levodopa, metronidazol, metildopa, hidroquinona. 
Púrpura: Sulfato de Indoxil (Klebsiella, Providencia), ingestão de beterraba, 
ingestão de amoras (betacianina). 
Branca: Lipúria, leucocitúria intensa, fosfatúria. 
ASPECTO 
O aspecto da urina avalia o grau de transparência da amostra de urina e reflete 
a quantidade de estruturas do sedimento organizado ou não organizado (ex. 
células, hemácias, leucócitos, cristais) em suspensão (Quadro 2). Em 
condições normais as amostras de urina não apresentam alteração de sua 
transparência. 
Límpido: Macroscopicamente a amostra de urina não apresenta ou apresenta 
raras estruturas em suspensão após homogeneização. No exame microscópico 
do sedimento urinário não se verificam alterações quantitativas nos elementos 
normais e geralmente não se observam estruturas anormais 
Ligeiramente turvo: Macroscopicamente a amostra apresenta pequena 
quantidade de estruturas em suspensão após homogeneização. No exame 
microscópico do sedimento urinário se verificam pequenas alterações 
quantitativas nas estruturas normais, podendo ser observados estruturas 
anormais. 
Turvo: Macroscopicamente a amostra apresenta moderada quantidade de 
elementos em suspensão após homogeneização. Microscopicamente se 
verificam grandes alterações quantitativas nas estruturas normais e, 
geralmente, se observam estruturas anormais de valor diagnóstico. 
Muito turvo: Macroscopicamente a amostra apresenta grande quantidade de 
elementos em suspensão após homogeneização. No exame microscópico do 
sedimento urinário se verificam grandes alterações quantitativas nas estruturas 
normais e geralmente se observam estruturas anormais de valor diagnóstico. 
3ª ETAPA: EXAME QUIMICO 
O exame químico da urina é a terceira etapa do exame de urina sendo, 
atualmente, realizado através de tiras reagentes que são tiras plásticas nas 
quais se encontram fixadas diferentes áreas reagentes. As tiras reagentes mais 
freqüentemente utilizadas nos laboratórios são que disponibilizam dez áreas 
reagentes as quais permitem a realização da determinação semi-quantitativa 
de bilirrubina, de corpos cetônicos, da densidade, de glicose, de hemoglobina, 
de leucócitos, de nitrito, de pH, de proteínas e urobilinogênio. A realização do 
exame químico através das tiras reagentes pode oferecer informações sobre a 
função hepática, função renal, metabolismo de carboidratos, infecções do trato 
urinário e até mesmo sobre o equilíbrio ácido-básico. 
pH: a capacidade
ou incapacidade dos rins de secretar ou reabsorver ácidos ou 
bases. Valores altos ou baixos podem indicar cálculos renais e presença de 
microrganismos. 
Densidade: capacidade de concentração de substâncias sólidas diluídas na 
urina. Baixa, pode representar uso excessivo de líquido, até diabetes e 
hipertensão. Já alta densidade pode ser indicativo de desidratação, 
insuficiência cardíaca etc. 
Bilirrubina: característico de doenças hepáticas e biliares. 
Urobilinogênio: indica danos ao fígado e distúrbios hemolíticos. 
Corpos cetônicos (cetona): produtos da metabolização das gorduras, comum 
durante jejum prolongado e pacientes diabéticos. 
Glicose: detecção e monitoramento de diabetes. 
Proteína: relacionada a doenças do trato urinário e renal. 
Sangue: indica hemorragia que atinge o sistema urinário (infecção, cálculo 
renal etc). 
Nitrito: infecção bacteriana nos rins ou do trato urinário. 
Leucócitos (glóbulos brancos): doença do trato urinário e inflamação renal. 
4ª ETAPA: EXAME MICROSCOPICO 
O exame microscópico é a quarta e última etapa do exame de urina. A 
microscopia do sedimento urinário se constitui, historicamente, no 
procedimento laboratorial importante e mais utilizado, do exame de urina, no 
diagnóstico de doenças do trato urinário. É chamado de sedimento urinário 
qualquer material encontrado em suspensão na urina após homogeneização. O 
material em suspensão pode ser constituído de células epiteliais, hemácias, 
leucócitos, bactérias, cilindros, cristais, grânulos, leveduras, muco e, ainda, 
várias outras estruturas. O sedimento urinário é responsável pelas variações no 
aspecto e depósito, que constituem parte do exame físico 
1.3. PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO – POP’s 
O Procedimento Operacional Padrão (POP) é um documento que descreve o 
trabalho a ser executado, pois contém as instruções sequenciais das 
operações e a frequência de execução, especificando o responsável pela 
execução, listagem dos equipamentos, peças e materiais utilizados na tarefa; 
descrição dos procedimentos da tarefa por atividades críticas, de operação e 
pontos proibidos de cada tarefa; roteiro de inspeção periódica dos 
equipamentos de produção. 
O laboratório deverá definir, documentar e manter um programa para controlar 
os seus procedimentos e documentos pertinentes (livros, especificações, 
tabelas, gráficos, desenhos, pôsteres, regulamentos, normas, etc), seja de 
fonte interna ou externa, que fazem parte da documentação da Qualidade. 
Todos os POP do laboratório devem conter itens e informações que facilitem o 
entendimento do leitor. A linguagem utilizada no POP deverá estar de acordo 
com o grau de instrução das pessoas envolvidas nas tarefas, portanto dê 
preferência para uma linguagem simples e objetiva. Evite copiar procedimentos 
de livros ou de outras organizações, pois os procedimentos devem se ajustar 
ao seu laboratório. 
A elaboração do POP deve ser feita por um funcionário treinado, habilitado e 
qualificado para a execução de sua tarefa. Essa pessoa é quem deve escrever 
o procedimento, por estar familiarizada com fatores que influenciam seu 
processo analítico, manuseio da amostra, aplicação e interpretação de seus 
controles internos e externos, manutenção e operação de equipamentos de sua 
área. Alguns documentos possuem fotos, imagens ou esquemas, que são 
excelentes ferramentas que auxiliam na memorização e no entendimento do 
conteúdo. 
1.4 IMAGENS DOS SEDIMENTOS PRESENTES NA URINA 
1.4.1. CÉLULAS 
É normal encontrar células epiteliais nas amostras de urina. No entanto, um 
aumento da quantidade destas células na urina pode indicar problemas de 
saúde. Por meio da análise microscópica as células epiteliais na urina são 
classificadas de acordo com o tipo e a quantidade. A quantidade pode ser 
ocasional, moderada, pouca ou muita. 
Enquanto as células escamosas são encontradas na pele, na vagina e nas 
partes exteriores da uretra, os transitórios estão localizados na bexiga, uréter e 
pélvis renal. As células tubulares são encontradas nos nefronios do rim. 
 
CELULAS EPTELIAIS ESCAMOSAS 
 
 
CELULAS EPTELIAIS TUBULARES 
 
CELULAS DE TRANSIÇÃO 
 
 
1.4.2. HEMACIAS 
A presença de um número aumentado de eritrócitos na urina é denominada 
hematúria (sangue na urina). Pode ser microscópica ou macroscópica, 
dependendo de sua intensidade. As hematúrias podem ser transitórias e 
benignas, mas também podem indicar lesões inflamatórias, infecciosas ou 
traumáticas dos rins ou vias urinárias. 
 
 
1.4.3 LEUCOCITOS 
Podem estar presentes em pequena quantidade na urina normal. Porém em 
quantidade elevada é denominada piúria. Os neutrófilos são o tipo mais 
comum, mas também podem ser observados eosinófilos e linfócitos. 
Quantidades aumentadas indicam a presença de lesões inflamatórias, 
infecciosas ou traumáticas em qualquer nível do trato urinário. Também pode 
ser um indicativo de contaminação da amostra. Por isso, deve-se sempre 
excluir contaminação por via genital. É preciso observar qual tipo de célula 
branca está aumentada para buscar a causa sistêmica ou local correspondente 
 
 
1.4.4. CILINDROS 
São elementos exclusivamente renais compostos por proteínas e moldados 
principalmente nos túbulos distais dos rins. Por essa razão todas as partículas 
que estiverem contidas em seu interior são provenientes dos rins. Indivíduos 
saudáveis, principalmente após exercícios extenuantes, febre ou uso de 
diuréticos, podem apresentar pequena quantidade de cilindros, geralmente 
hialinos. 
Nas doenças renais, apresentam-se em grandes quantidades e em diferentes 
formas, de acordo com o local da sua formação. Os cilindros podem estar 
presentes em diferentes doenças: como hemáticos -(doença renal intrínseca), 
leucocitários (pielonefrites), de células epiteliais (lesões nos túbulos renais), 
granulosos (doença renal glomerular ou tubular e algumas situações 
fisiológicas) e céreos (insuficiência renal, rejeição a transplantes, doenças 
renais agudas e estase do fluxo urinário). 
 
 
 
 
CILINDROS LEUCOCITARIOS 
São cilindros hialinos que contém leucócitos ao seu redor e em seu interior. 
São indicativos de infecção ou inflamação no interior do néfron tais como: 
Pielonefrite e Glomerulonefrite. Geralmente ocorre concomitante c/ leucocitúria 
e mostra a necessidade de se realizar uma cultura de urina. 
 
CILINDROS EPTELIAIS 
Se diferencia dos leucocitários pela existência do núcleo redondo. São 
indicativos de lesão tubular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CILINDROS ERITROCITARIOS 
São cilindros hialinos que contém aglomerados de hemácias ou hemoglobina 
ao seu redor e em seu interior. Em muitos casos está associado a 
glomerulonefrite, lesões glomerulares, tubulares e capilares renais, sendo 
formados devido ao sangramento no interior dos nefros. Por isso são muito 
importantes para definir se a lesão é glomerular, ureteral, da bexiga, da 
próstata ou da uretra. 
 
CILINDROS CEREOS 
A presença desses cilindros representa um estágio avançado da evolução 
natural dos cilindros hialinos patológicos, sendo indicativo de lesão lubular 
crônica. Possui como característica uma "dobradinha" na cauda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
CILINDROS GRANULARES 
Estes cilindros são oriundos da desintegração de cilindros celulares que 
permanecem nos túbulos devido à estase urinária, ou podendo ser resultantes 
de restos de leucócitos e bactérias. Normalmente aparecem 1 ou 2 por campo 
e são finos e grosseiros. 
 
CILINDROS HIALINOS 
A presença de cilindros hialinos em pequena quantidade na urina é normal, 
principalmente após exercícios
físicos, desidratação, calor e estresse. Porém 
pode aparecer de forma patológica quando o individuo apresentar 
glomerulonefrite, pielonefrite, doença renal crônica e insuficiência cardíaca 
congestiva 
 
 
1.4.5. CRISTAIS 
Os cristais na urina são geralmente formadas devido à ingestão insuficiente de 
água, uma dieta rica em proteínas ou alterações no pH da urina. Cristais na 
urina indica que algo está errado com o sistema urinário. 
 
 
URATOS AMORFOS 
Presente em urinas com pH ácido. Numerosos na urina fortemente ácida. 
Como o ácido úrico, só se apresentam como componentes normais nos 
carnívoros. Aparecem como sais de urato ( sódio, potássio, magnésio e cálcio). 
Não apresentam significado clínico. 
 
 
OXALATOS DE CALCIO 
Presente em urinas com pH ácido ou neutro. Se grande quantidade de cristais 
de oxalato de cálcio estiver presente em urina recém-emitida, deve-se 
suspeitar de processo patológico como intoxicação pelo etilenoglicol, diabetes 
mellitus, doença hepática ou enfermidade renal crônica grave. A ingestão de 
grande quantidade de vitamina C pode promover o aparecimento desses 
cristais na urina, pois o ácido oxálico é um derivado da degradação do ácido 
ascórbico e produz a precipitação de íons de cálcio. Essa precipitação pode dar 
lugar também a uma diminuição no nível de cálcio sério. 
 
 
 
 
 
ACIDO URICO 
Presente em urinas com pH ácido. Os estados patológicos em que se 
encontram aumentados no sangue são: Gota, metabolismo das purinas 
aumentado, pode ocorrer em enfermidades febris agudas e nefrites crônicas. 
 
 
FOSFATO AMORFO 
Presente em urinas com pH alcalino ou neutro. Diferencia-se do urato de 
amorfo pelo pH. Não possui significado clinico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
FOSFATO TRIPLO 
Presente em urinas com pH alcalino. Podem ocorrer nos seguintes estados 
patológicos: pielite crônica, cistite crônica, hipertrofia de próstata e retenção 
vesical. Aparecem também em urinas normais. 
 
 
CARBONATO DE CALCIO 
Presente em urinas com pH alcalino. Não possui significado clinico. 
 
 
FOSFATO DE CALCIO 
Presente em urinas com pH alcalino ou neutro. Não possui significado clinico. 
 
CISTINA 
Presente em urinas com pH ácido. A presença desses cristais tem sempre 
significado clínico, como na cistinose, cistinúria congênita, insuficiente 
reabsorção renal ou em hepatopatias tóxicas. 
 
 
TIROSINA 
Presente em urinas com pH ácido ou neutro. Aparecem em enfermidades 
hepáticas graves ou em tirosinose. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.4.6. BACTERIAS 
A suspeita de infecção urinária pode acontecer se bactérias estiverem 
presentes em amostras recentemente obtidas por coleta de jato médio, 
particularmente se numerosos leucócitos estiverem também presentes. 
Normalmente a urina não possui bactérias, mas se a amostra não for colhida 
nas condições adequadas, pode ocorrer contaminação. Especialmente em 
mulheres, bactérias e leucócitos na urina podem ser resultados de 
contaminação com secreções vaginais. 
Em infecções do trato urinário com envolvimento dos rins, além de leucócitos e 
bactérias, podem ser observados cilindros leucocitários e mesmo cilindros 
contendo bactérias. 
 
1.4.7. LEVEDERURAS 
As células leveduriformes podem ser observadas no sedimento urinário devido 
à contaminação por secreção vaginal ou ainda por contaminação pela pele ou 
pelo ambiente. As leveduras estão presentes em secreções vaginais de 
indivíduos com infecção pelo fungo, freqüentemente em pacientes diabéticos 
e/ou imunossuprimidos. As principais leveduras observadas são Candida sp. 
Essas se apresentam como células ovóides, com tamanho de 5 a 7 micra, 
incolores e refringentes. Muitas vezes apresentam brotamentos, devido à 
germinação, e pseudohifas. Na transcrição do resultado a presença de 
leveduras deve ser relatada da seguinte forma: "Presença de células 
leveduriformes (pseudohifas) com aspecto morfológico de Candida sp". 
 
1.4.8 ESPERMATOZOIDES 
Estas células podem estar presentes tanto em amostras de urina de homens, 
quanto de mulheres. A presença de espermatozóides em amostras de urina de 
mulheres não deve ser relatada, por questões éticas, a não ser quando há 
solicitação explícita de comprovação de abuso sexual. Em amostras de urina 
de homens a presença de espermatozóides pode indicar espermatorréia, uma 
das causas de infertilidade masculina; nesses casos deve-se relatar a presença 
de espermatozóides. Esses são facilmente reconhecidos pela cabeça oval, 
com tamanho de 4 a 6 micra, e pela cauda de 40 a 60 micra de comprimento. 
 
1..4.9 TRICHOMONAS VAGINALIS 
O Trichomonas vaginalis é o parasita encontrado com maior frequência em 
amostras de urina. Por ser um protozoário flagelado é facilmente identificado 
pela sua movimentação rápida e irregular pela lâmina. Porém quando não se 
move é muito difícil de distingui-lo de um leucócito. O achado na urina 
geralmente indica contaminação por secreções genitais, sendo uma frequente 
causa de vaginites e uretrites. Alguns outros parasitas também podem ser 
encontrados, normalmente resultado de uma contaminação fecal.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando