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* SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA Profª Mariana Santos Felisbino Mendes RN, MSc, PhD UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE ENFERMAGEM SAÚDE DA MULHER * São áreas de atuação prioritárias da Atenção Básica à Saúde. Oferta deve respeitar os direitos sexuais e reprodutivos. Complexidade, abordagem considerando diversos aspectos, diferentes conformações familiares; Adolescentes. Saúde Sexual e Reprodutiva * Marcos Internacionais 1948: Declaração Universal dos Direitos Humanos – ONU O direito à vida, à alimentação, à saúde, à moradia, à educação, ao afeto, os direitos sexuais e os direitos reprodutivos são considerados Direitos Humanos fundamentais. 1994: Conferência Internacional da ONU sobre População e Desenvolvimento (CIPD) - Cairo. Conferiu um papel primordial à saúde, aos direitos sexuais e aos direitos reprodutivos, abandonando a ênfase na necessidade de limitar o crescimento populacional como forma de combater a pobreza e as desigualdades, focalizando-se no desenvolvimento do ser humano. Evolução das políticas públicas Direitos sexuais e reprodutivos * Marcos internacionais 1995: IV Conferência Mundial sobre a Mulher - Pequim. Aavançou-se na definição dos direitos sexuais e direitos reprodutivos como Direitos Humanos. 2000: Conferência do Milênio, Organização das Nações Unidas (ONU) – Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Evolução das políticas públicas Direitos sexuais e reprodutivos * “Objetivos do Milênio” Reduzir mortalidade materna em 75% de 1990 a 2015 Em 2000, a ONU selecionou os 8 maiores “Problemas Mundiais” * BRASIL: 1970: Explosão demográfica Planejamento familiar X Controle de natalidade 1984: Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PAISM) Participação ativa do Movimento Feminista Evolução das políticas públicas Direitos Sexuais e Reprodutivos * BRASIL: 1988: Constituição Federal do Brasil - Leis Orgânicas da Saúde Título VII da Ordem Social - Capítulo VII, artigo 226, § 7º, a responsabilidade do Estado no que se refere ao planejamento familiar. 1996:Lei 9263 que regulamentou o § 7º do artigo 226 da Constituição Federal – Lei do Planejamento Familiar Proibição de qualquer ação que visasse controle demográfico. Evolução das políticas públicas Direitos Sexuais e Reprodutivos * BRASIL: 2000: Ampliação da oferta de métodos anticoncepcionais reversíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). 2004: Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM) - incorpora o enfoque de Gênero, a Integralidade e a Promoção da Saúde 2005: Política Nacional dos Direitos Sexuais e dos Direitos Reprodutivos/MS/2005 2007: Programa “Mais Saúde: Direito de Todos” – MINISTÉRIO DA SAÚDE >>> (PAC) expansão das ações do planejamento familiar 2011: Rede Cegonha Evolução das políticas públicas Direitos Sexuais e Reprodutivos * O direito de... Viver e expressar livremente a sexualidade e orientação sexual sem violência, discriminações e imposições, e com total respeito pelo corpo do(a) parceiro(a). Escolher o(a) parceiro(a) sexual e se quer ou não ter relação sexual. Viver plenamente a sexualidade sem medo, vergonha, culpa e falsas crenças; e independentemente de estado civil, idade ou condição física. Ter relação sexual, independentemente da reprodução. Sexo seguro para prevenção da gravidez e de doenças sexualmente transmissíveis (DST) e Aids. Serviços de saúde que garantam privacidade, sigilo e um atendimento de qualidade, sem discriminação; bem como à informação e à educação sexual e reprodutiva. Direitos Sexuais * O direito das pessoas decidirem, de forma livre e responsável, se querem ou não ter filhos, quantos filhos desejam ter e em que momento de suas vidas. O direito de acesso a informações, meios, métodos e técnicas para ter ou não ter filhos. O direito de exercer a sexualidade e a reprodução livre de discriminação, imposição e violência. Direitos Reprodutivos * Integralidade corporal: direito à segurança e controle sobre o próprio corpo. Não é somente um direito individual mas social, uma vez que sem ela as mulheres não podem atuar como membros responsáveis da comunidade. Autonomia pessoal: tratar a mulher como sujeito, saber ouvi-la. No âmbito dos serviço de saúde o respeito a autonomia pessoal das mulheres requer confiança: é preciso levar a sério os desejos e experiências das mulheres Bases éticas dos direitos sexuais e reprodutivos * Igualdade: engloba duas esferas, as relações homens e mulheres (sistema de gênero) e relação entre mulheres (condições como classe, idade, nacionalidade e outros) 4. Diversidade: respeito pelas diferenças entre as mulheres- valores, religião, orientação sexual, condições médicas ou familiares. Bases éticas dos direitos sexuais e reprodutivos * Saúde sexual é parte da saúde reprodutiva que inclui: desenvolvimento sexual saudável, relacionamentos responsáveis e equitativos com prazer sexual, e a ausência de enfermidades, doença, deficiência, violência e outras práticas de risco relacionadas com a sexualidade. Saúde Sexual Conceito Sexualidade é uma importante dimensão da vida, abrangendo aspectos biológicos, psíquicos, sociais, culturais e históricos. Não se restringe à meta reprodutiva, sendo constitutiva das relações amorosas e do laço afetivo entre as pessoas. * Capacidade de uma pessoa de manter uma vida sexual responsável , satisfatória, segura, bem como de ter condições de reproduzir e liberdade para decidir se, como e com que frequência fazê-lo. Saúde Reprodutiva Conceito * Saúde da mulher como um contínuo Uma abordagem do ciclo de vida Puberdade Pré-concepção Gravidez Pós Parto Recém-nacido Interparto Menopausa Pós-reprodução ANTES, DURANTE E DEPOIS DA GRAVIDEZ E CONCEPÇÃO * Saúde Sexual e Reprodutiva * Saúde Sexual e Reprodutiva * Cada vez mais enfatizados no campo científico; Potencial na geração de uma gravidez mais saudável para a mãe e o filho; Bastante desconsiderados na prática, por profissionais e usuários; Atenção primária, caráter promocional e preventivo. Pré-concepcional * Pré-concepcional Consulta realizada (pelo casal ou pela mulher) antes da gravidez >>> Avaliação pré-concepcional; Identificar os fatores de risco ou doenças que possam alterar a evolução normal de uma futura gestação; Procura espontânea >>> mobilizá-las, idade reprodutiva, outros momentos assistenciais; No Brasil, muitas gravidezes não são planejadas, e não é incomum o início tardio dos cuidados pré-natais ou até mesmo, a adoção de comportamentos de risco nos meses iniciais da gestação. * Pré-concepcional Diminui o número de gravidezes indesejadas e abortos; Aumenta o intervalo interpartal; Promove hábitos e estilos de vida saudáveis à S. sexual e reprodutiva; Previne e/ou posterga gravidezes em mulheres com infecções ou condições crônicas, que tem repercussões no processo reprodutivo; Identificação e tto de infecções e/ou condições crônicas que possam interferir na gestação e nascimento. * Pré-concepcional Morbidade e mortalidade materna e perinatal; Anomalias congênitas; Partos pré-termo e baixo peso ao nascer; Aborto espontâneo e o provocado; Dificuldades em viver a gestação e a maternidade de forma plena; CONSULTA DE ENFERMAGEM APREENSÃO DE NECESSIDADES EM SAÚDE PRÉ-CONCEPCIONAL RESPOSTAS * * Pré-concepcional * * Pré-concepcional * Pré-concepcional * Pré-concepcional Para as demais DST, nos casos positivos, deve-se instituir diagnóstico e tratamento no momento da consulta (abordagem sindrômica) e orientar a paciente para a sua prevenção. Deve-se também sugerir a realização de exame de eletroforese de hemoglobina se a gestante for negra e tiver antecedentes familiares de anemia falciforme ou se apresentar histórico de anemia crônica. É importante,também, a avaliação pré-concepcional dos parceiros sexuais, oferecendo a testagem para sífilis, hepatite B e HIV/Aids. * Cuidados do período puerperal; Discutir com a puérpera seu futuro reprodutivo, baseado na evolução do período gravídico-puerperal; Estimular aleitamento materno e inscrever o recém-nascido no Programa da Criança; Contracepção (*); Intervalo ideal: mínimo de 2 anos. Entre concepções * O adolescente, o jovem ou o adulto, homem ou mulher; Independentemente de ter ou não uma união estável ou de constituir uma família, pode fazer, individualmente ou com o(a) parceiro(a), uma escolha quanto a ter ou não ter filhos. Planejamento reprodutivo Planejamento familiar * É um importante recurso para a saúde de homens, mulheres e crianças; Contribui para uma prática sexual mais saudável; Possibilita o espaçamento dos nascimentos e a recuperação do organismo da mulher após o parto, melhorando as condições que ela tem para cuidar dos filhos e para realizar outras atividades. Planejamento reprodutivo * Implica não só a oferta de métodos e técnicas para a concepção e a anticoncepção, mas também a oferta de informações e acompanhamento, num contexto de escolha livre e informada. Opções de métodos anticoncepcionais para todas as etapas da vida reprodutiva, de modo que as pessoas tenham a possibilidade de escolher o método mais apropriado às suas necessidades e circunstâncias de vida. Planejamento Reprodutivo * Métodos comportamentais Tabelinha, Billings, temperatura basal Métodos de barreira Camisinhas, diafragma, DIU Métodos hormonais Pílula, anel, injeção, adesivo, implante Métodos definitivos (cirúrgicos) Laqueadura tubária, vasectomia Anticoncepcional Métodos temporários * Ciclo Menstrual * * Método Ogino-Knaus = Rítmo ou Tabela Observa-se de 06 a 12 ciclos menstruais. Subtrai-se 18 do ciclo mais curto e 11 do ciclo mais longo. Manter abstinência sexual no período indicado pelo cálculo. Ex. Ciclo mais curto 28 – 18= 10, ciclo mais longo 30 -11= 19, abstinência do dia 10 ao dia 19 de cada mês. Método de Temperatura Basal A abstinência sexual vai desde o primeiro dia da menstruação até o terceiro dia consecutivo de elevação da temperatura corporal (ocorre 1 a 2 dias após a ovulação) devido ao aumento da produção de progesterona. Métodos comportamentais * Método de Billings = Muco Cervical A abstinência sexual deve começar no primeiro dia após a menstruação até o quarto dia após o ápice do muco cervical (fluído claro e elástico). Método Sintotérmico = tab. + temp. + muco A abstinência sexual deve começar quando os cálculos do Ogino-Knaus indicarem o período fértil ou quando inicia o aparecimento do muco cervical e terminar no quarto dia após o ápice do muco ou na noite do 3º dia consecutivo do aumento da temperatura. Métodos comportamentais * Métodos comportamentais Amamentação A amamentação é um método importante de contracepção, pois é acessível a maioria das mulheres; Depende da sucção frequente para liberação de prolactina e inibição das gonadotrofinas liberadas pela hipófise. * Diafragma Cone flexível de latex ou silicone introduzido no fundo da vagina. Pode apresentar 6 tamanhos diferentes que será definido pelo médico para adequação perfeita ao colo uterino. Deve ser usado com espermicida. Introduzir de 15 a 30 minutos antes da relação e retirar de 6-8 após a última relação sexual com penetração. Métodos de barreira * * Camisinhas masculina Envoltório de látex que recobre o pênis evitando o contato direto entre penis e vagina, além de reter o semem no ato sexual; Retirar imeditatamente após o ato sexual (segurar as bordas); Métodos de barreira * Camisinhas feminina Tubo de poliuretano com uma extremidade fechada e a outra aberta acoplada a dois anéis flexíveis também de poliuretano na cérvix uterina, paredes vaginais e vulva. Alta eficácia: 82-97% Métodos de barreira * Inserção Condom Feminino * Dispositivo Intra Uterino (DIU) - Mirena Dispositivo de polietileno em forma de T, com um reservatório que contem 50mg do hormônio levonogestrel. Métodos de barreira * Dispositivo Intra Uterino (DIU) Dispositivo de polietileno em forma de T, com uma parte recoberta de cobre em espiral que é colocada dentro do útero. O cobre bloqueia a atividade dos espermatozóides, dificultando seu acesso ao óvulo e evitando a gravidez com eficácia de 98%. Métodos de barreira * Inserção do DIU * * Espermicidas Cremes vaginais com propriedades espermicidas para antes e depois do ato sexual; Existem várias apresentações de espermicidas: cremes, geléias, supositórios, tabletes e espumas. Alto índice de falha Químicos ou espermaticidas: * Métodos hormonais * MECANISMO DE AÇÃO Inibição da liberação de FSH pelo estrogênio suprimindo o desenvolvimento do folículo estimulante (inibe a ovulação); Inibição da liberação de LH pela progesterona impedindo a ovulação além de tornar o muco cervical inviável para a passagem dos espermatozóides; Juntos alteram o endométrio, não favorecendo a implantação do ovo. Contraceptivos hormonais orais COMBINADOS * Vantagens: Altamente eficaz ( 98,5%); Não interfere no relacionamento do casal; Protege contra gravidez ectópica; Previne cólicas menstruais. Desvantagens: Requer disciplina; Não protege contra DST/AIDS; Efeitos colaterais (humor, libido, peso, cefaléia, acne, mastalgia); Complicações (AVE, IAM, TVP) >> Fumantes Contraceptivos hormonais orais COMBINADOS * Mecanismo de ação: espessamento do muco cervical dificultando a passagem do espermatozóide, inibição da ovulação (parcial), menor ação contraceptiva; Eficazes para lactantes. Início: 6 semanas após o parto (proteção adicional). Exige rigidez nos horários de ingestão. Em caso de aborto espontâneo ou provocado iniciar o uso imediatamente ou após 7 dias. Efeitos colaterais mais comuns: alterações no fluxo menstrual, cefaléia e sensibilidade mamária. Contraceptivos hormonais orais de progestogênio (minipílulas) * Trimestral AMP-D (Acetato de medroxiprogesterona de depósito) Oferece proteção anticoncepcional já no primeiro ciclo de uso Dose de 150 mg a cada 3 meses Mecanismos de ação: impede a ovulação e espessamento do muco cervical Técnica de aplicação: região glútea, IM profunda, não massagear o local da injeção. Mais usados: Depo-provera, Tricilon Contraceptivos hormonais injetáveis * Mensal – hormônios combinados Iniciar uso nos primeiros 5 dias do ciclo Período pós-aborto: iniciar imediatamente. Período pós-parto: se a mulher não estiver amamentando o método pode ser iniciado. Não é necessário esperar pelo retorno da menstruação. Mais usados: Perlutan, Mesigyna, Ciclofen Contraceptivos hormonais injetáveis * Recomendada apenas em situações de emergência Deve ser iniciada o mais rápido possível Aceitável até 72 horas após a relação sexual 2ª dose após 12 horas Principio ativo: mesmos hormônios da pílula anticoncepcional normal, porém com uma dosagem até 20 vezes maior. Tipos: norlevo, postinor, postfemin, poslov Lançamento farmacêutico: dose única Reações adversas: naúseas, sangramento intenso, embolia (antecedentes pessoais). Pílula do dia seguinte * Conjunto de seis cápsulas plásticas contendo progestogênio, aplicadas no tecido subcutâneo, na face interna do braço da mulher. Duração: 5 anos Mecanismo de ação: espessamento do muco cervical, impedem a ovulação em aproximadamente metade dos ciclos após o 1º ano de uso. Eficazes a partir de 24h após a inserção. Efeitos colaterais: cefaléia, nauseas, sensibilidade aumentada nas mamas Implantes - Norpant * Implantes * Possui três camadas que liberam lentamente progestogênioe estrogênio através da pele. Troca de adesivo semanal. Intervalo após o uso de três semanas consecutivas. Manter o mesmo dia da semana para a remoção do adesivo. Tipo mais conhecido no mercado: EVRA Adesivos Transdérmicos * Adesivos Transdérmicos * Anel de evastane com diâmetro externo de 54mm e espessura de 4mm. Contém 2,7mg de etinilestradiol e 11,7mg etonogestrel. Uma membrana externa de evastane circundante controla a liberação do anel. Mantido na vagina por três semanas. Não interfere nas relações sexuais. Contra-indicações semelhantes aos hormônios orais. Anel vaginal * Anel vaginal * Desenvolvida por um pesquisador brasileiro- Dr Eusimar Coutinho- década de 80 Experiência favorável em países asiáticos No Brasil- Marca Lovelle- Laboratório Biolab Sanus. Cartelas com 21 comprimidos Diminui queixas referentes ao sistema gástrico. Pílula vaginal * Absolutas: hipertensão grave, diabetes com lesões vascularses, doença hepática crônica, tumor hepático, hemorragia genital de causa indeterminada, tromboflebite, AVC, neoplasias hormônio dependentes. Relativas: tabagismo, idade, Diabetes Mellitus, hipertensão, cefaléia intensa, varizes acentuadas. (PBH, 2008) Contraceptivos hormonais Contra indicações * Eficácia dos métodos contraceptivos hormonais *: Gravidezes/ 100 mulheres no primeiro ano de uso. Fonte: The Essentials of Contraceptive Technology, 2007. * Artefatos inseridos na cavidade uterina, aos quais podem ser adicionados cobre ou hormônios. Com cobre: com filamentos e anéis de cobre. Tcu-380A (10 anos) e MLCu-375 (5 anos). Com hormônio: Ling-20 (5-7 anos)- Ação da progesterona Inerte: Alça de Lippes. Não se usa na atualidade. As usuárias deste método podem utilizá-lo até 6 meses após a menopausa. DIU * Mecanismos de ação: espermicida(cobre), alteração do muco cervical, do endométrio, da motilidade das trompas, anovulatório( progesterona) Efeitos colaterais mais frequentes: hipermenorréia e dismenorréia Inserção/ retirada do DIU DIU * Eficácia do DIU *: Gravidezes/ 100 mulheres no primeiro ano de uso. Fonte: The Essentials of Contraceptive Technology, 2007. * É direito de todo cidadão. Capacidade civil plena, maiores de 25 anos ou pelo menos dois filhos vivos. Prazo mínimo de sessenta dias entre a manifestação da vontade e a cirurgia. Risco à vida da mulher ou do concepto. É vedada durante o parto ou aborto. Depende do consentimento de ambos os cônjuges. Métodos definitivos: Lei nº 9.263 * Fundamentação Teórica Tipos: Salpingectomia parcial: é o tipo mais comum de esterelização feminina Anéis: são colocados em volta de uma pequena alça de trompa com um aplicador especial. O mais utilizado é o anel de silicone Laqueadura Tubária * Eletrocoagulação: utiliza corrente elétrica pra queimar uma pequena porção das trompas Grampos: essa técnica causa menor lesão nas trompas Química: quinacrine Transcervical: anestesia local para inserção de um tubo pelo útero. Laqueadura Tubária * Vias de acesso: Minilaparotomia: procedimento realizado através de uma pequena incisão cirúrgica abdominal Laparoscopia: procedimento realizado através de pequena incisão cirúrgica no abdome, através do qual se insere o laparoscópio, que é um instrumento fino e longo, contendo lentes, que permite a visualização dos órgãos abdominais e localização das trompas. Laqueadura Tubária * Vaginal: procedimento realizado através da incisão no fundo de saco posterior da vagina (colpoceliotomia posterior). Orientações pós-cirurgia. Importância do comparecimento ao serviço de saúde para controle ginecológico. Laqueadura Tubária * Fundamentação teórica: Técnica cirúrgica realizada com anestesia local: uma ou duas incisões na pele do escroto. Técnica sem bisturi- com anestesia local: orifício com 2mm na pele do escroto Cicatrização: aproximação da pele com o auxílio do esparadrapo anti-alérgico Vasectomia * Eficácia dos métodos definitivos *: Gravidezes/ 100 mulheres no primeiro ano de uso. Fonte: The Essentials of Contraceptive Technology, 2007. * * Dupla proteção * Resultados artigo Kleyde Identificaram-se dificuldades na definição e na conquista da fecundidade desejada, falhas na assistência à saúde reprodutiva e desigualdades sociais e de gênero. * Na Atenção Básica, a atuação dos profissionais de saúde, no que se refere ao planejamento reprodutivo, envolve, principalmente, três tipos de atividades: Aconselhamento. Atividades educativas. Atividades clínicas. Forma integrada, tendo-se sempre em vista que toda visita ao serviço de saúde constitui-se numa oportunidade para a prática de ações educativas. Atenção à Saúde Sexual e Reprodutiva * Consulta de enfermagem: Anamnese Exame físico Exame ginecológico Exames laboratoriais Procura espontânea >>>>mobilizá-las; idade reprodutiva; em outros momentos assistenciais Atenção à Saúde Sexual e Reprodutiva* Oferta Os métodos reversíveis adquiridos pelo MS a serem oferecidos nos serviços de saúde do SUS, atualmente são: Pílula combinada de baixa dosagem 0,003 etinilestradiol + 0,15 levonorgestrel Minipílula norestiterona 0,35 mg Anticoncepcional de emergência 0,75 mg Injetável mensal enantato de norestiterona 50mg + valerato de estradiol 5mg Injetável trimestral acetato de medroxiprogesterona 150 mg Preservativo masculino Diafragma DIU Tcu 380 A (DIU T de cobre) * * HATCHER RA et al. Pontos Essenciais da Tecnologia de Anticoncepção. Baltimore: Universidade de Jonhs Hopkins, 2004. BRASIL. Ministério da Saúde.Secretaria de Politicas de Saúde da Mulher. Assistência em Planejamento Familiar: manual técnico. 4ª edição. Brasília: Ministério da Saúde, 2002. SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE. SUS/BH. Protocolos de atenção à Saúde da mulher: SMSA, 2008. NETO AA. Manual de Planejamento Familiar: COOPMED, 2008 RICCI SS. Enfermagem Materno Neonatal e saúde da Mulher. Guanabara Koogan: Rio de Janeiro: 2010. PITANGUY. J. O movimento nacional e internacional de saúde e direitos reprodutivos. In: GIFFIN K., costa S.H. Questões da saúde reprodutiva. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 1999. Sugestão de leitura * http://www.canalminassaude.com.br/video/-aula-03---saude-sexual-e-reprodutiva-dos-adolescentes/4ae1110ac8250ce7d2514e5de8cb32fe/ Leis nacionais e documentos internacionais * oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio definidos na Conferência do Milênio, realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em setembro de 2000, quatro possuem relação direta com a saúde sexual e com a saúde reprodutiva: a promoção da igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres; a melhoria da saúde materna; o combate ao HIV/Aids, malária e outras doenças; e a redução da mortalidade infantil. * oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio definidos na Conferência do Milênio, realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em setembro de 2000, quatro possuem relação direta com a saúde sexual e com a saúde reprodutiva: a promoção da igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres; a melhoria da saúde materna; o combate ao HIV/Aids, malária e outras doenças; e a redução da mortalidade infantil. * Déc de 60 ate 90 - O enfoque da assistência era o ciclo gravídico-puerperal (BRASIL, 2002). Nas primeiras décadas do século XX, a saúde da mulher foi incorporada às políticas nacionais de saúde, mas os programas implementados ainda voltavam-se exclusivamente para a assistência aos aspectos referentes à gestação e ao parto. o PAISM propunha uma abordagem global da saúde da mulher em todas as fases do seu ciclo vital, e não apenas no ciclo gravídico-puerperal * SUS >> Obrigação de garantir assistência integral à concepção e também contracepção, quando este for o desejo da mulher, homem, etc. PNAISM >> Política reflete o compromisso com a implementação de ações de saúde que contribuam para a garantia dos direitos humanos das mulheres e reduzam a morbimortalidade por causas preveníveis e evitáveis. Enfatiza a melhoria da atenção obstétrica, o planejamento familiar, a atenção ao abortamento inseguro e às mulheres e às adolescentes em situação de violência doméstica e sexual. Além disso, amplia as ações para grupos historicamente alijados das políticas públicas nas suas especificidades e necessidades LEI DE 2005 >>> ampliação da oferta de métodos anticoncepcionais reversíveis no SUS, incentivo à implementação de atividades educativas em saúde sexual e saúde reprodutiva para usuários(as) da rede SUS; capacitação dos profissionais da Atenção Básica em saúde sexual e saúde reprodutiva; ampliação do acesso à esterilização cirúrgica voluntária (laqueadura tubária e vasectomia) no SUS; implantação e implementação de redes integradas para atenção às mulheres e aos adolescentes em situação de violência doméstica e sexual; ampliação dos serviços de referência para a realização do aborto previsto em lei e garantia de atenção humanizada e qualificada às mulheres em situação de abortamento; entre outras ações. * É uma formulação mais recente, ainda em processo e que envolve complexidade pois se relaciona com identidade e com a vida íntima dos indivíduos. A ideia de direitos sexuais implica, portanto, a aceitação dos diferentes tipos de expressão sexual, a autonomia para tomar decisões sobre o uso do próprio corpo e a igualdade de gênero. * Dentre os direitos reprodutivos destacam-se * Conceito que começou a ser pensado/elaborado na década de 90 com a explosão da AIDS * Falar da idade reprodutiva 15 a 49 anos Rever ciclo reprodutivo: Após a menarca >>> marco do início da capacidade e possibilidade reprodutiva >>> menopausa (término) * A saúde sexual e reprodutiva da mulher, portanto, vai abordar uma diversidade de temas tais como Podemos ver que engloba homens e mais recentemente adolescentes, entretanto o foco da disciplina é Saúde da Mulher. * Os cuidados em saúde sexual e reprodutiva com um todo ou relativos a qualquer ação que os compõem devem considerar... Neste sentido, dentre todas esta áreas que englobam a saúde sexual e reprodutiva vamos dar ênfase neste momento à avaliação pré-concepcional e ao planejamento reprodutivo Os cuidados pré-concepcionais vêm sendo cada... Devido ao seu potencial... Uma minoria de mulheres e homens realiza cuidados pré-concepcionais, mesmo nos casos em que a gravidez é desejada, especialmente na rede pública de saúde. Além disso a avaliação préconcepcional auxilia na diminuição da frequência de eventos como: Instrumento/tecnologia utilizada para desenvolver a avaliação pré-concepcional é a consulta de enfermagem, para apreensão, sendo necessário necessário escuta qualificada e caráter participativo, respeitando a autonomia da mulher. Instrumento/tecnologia utilizada para desenvolver a avaliação pré-concepcional é a consulta de enfermagem, para apreensão, sendo necessário necessário escuta qualificada e caráter participativo, respeitando a autonomia da mulher. Suponhamos a mulher que deseja no seu planejamento reprodutivo ter filhos. Quais então são os aspectos relevantes para planejar uma gravidez saudável e com o menor risco possível à mulher e à criança, antes da sua concepção??? * DM, HAS, Eplepsia, Hepatite B e C, infecções pelo HIV, doença falciforme. Período pos parto, vão ver com detalhes mais a frente Intervalo entre partos Inicia-se novo período pré-concepcional Minipilula so com progesterona – após 6 semanas DIU e preservativo não interferem na amamentação Outros métodos: outros alimentos, retorno da menstruação, o que ocorrer primeiro * Considerando que o planejamento pode ser realizado pelo homem e pela mulher, isoladamente, mesmo quando estes não querem instituir uma família, vem sendo amplamente discutida a utilização do termo planejamento reprodutivo em substituição a planejamento familiar, havendo a defesa de que se trata de uma concepção mais abrangente. * Os profissionais de saúde da Atenção Básica devem procurar compreender as expectativas das pessoas no que diz respeito à reprodução e ajudá-las a concretizarem essas expectativas, respeitando suas escolhas. * A atenção em planejamento familiar é muito importante oferecer diferentes Anticoncepção: evitar gravidez não planejada e indesejada Variedade de métodos, Informação, Escolha, Contra-indicações, fatores de risco, Oferta * A tecnologia contraceptiva é bem variada, lembrando que o método 100% eficaz é a abstinência. Em seguida temos outros métodos que apresentam boa eficácia e podem ser utilizadas de forma individual ou combinada * Menstruação do endométrio * Também chamados de naturais ou abstinência periódica. São aqueles que identificam o período fértil e evitam relação sexual nesse período. Tabelinha é pouco eficaz quando não é combinada com outros métodos. O período fértil coincide com período de maior libido da mulher. No período fértil a temp basal aumenta de 0.3 a 0.8 grauscelsius porém esse aumento pode ser confundido na presença de quadros infecciosos. É mais utilizado para quem quer engravidar, pois a mulher sabe exatamente o melhor período para fecundação. 1 -ovulação ocorre cerca de 14 dias antes da próxima menstruação, mas não necessariamente 14 dias após a menstruação 2- sobrevida dos gametas. óvulo -24 horas ; espermatozóides - até 72 horas * * Ou artificiais Alta taxa de falha? * Ou condom. A masculina é de latex. A feminina é de poliuretano, material mais resistente (lubrificantes). Único uso e já vem lubrificados. Camisinha masculina: envoltório de látex que recobre o pênis evitando o contato direto entre penis e vagina, além de reter o semem no ato sexual. Retirar imetiatamente após o ato sexual, segurando a bordas, a fim de evitar que o semen escape para a vagina. Taxa de falha 3 a 14/100 – 98% * Ou condom. A masculina é de latex. A feminina é de poliuretano, material mais resistentes. Camisinha masculina: envoltório de látex que recobre o pênis evitando o contato direto entre penis e vagina, além de reter o semem no ato sexual. Retirar imetiatamente http://www.slideshare.net/portaldasaulas/metodos-contraceptivos-9733082# http://portal.sipeb.com.br/eesaojose/files/2013/04/PLANEJAMENTO-FAMILIAR-AULA-02-Modo-de-Compatibilidade1.pdf * Ou artificiais http://www.slideshare.net/portaldasaulas/metodos-contraceptivos-9733082# http://portal.sipeb.com.br/eesaojose/files/2013/04/PLANEJAMENTO-FAMILIAR-AULA-02-Modo-de-Compatibilidade1.pdf * * Tempo de ação é de 2 horas, necessitando reaplicações dependendo da duração do ato sexual. Pode causar alergias. Não precisa ser utilizado todos os dias, não interfere na saúde da mulher nem no ciclo menstrual * ACO recomendado para a mulher que amamenta. Ou com outras contra-indicações ao uso de estrogênios (LES) Pois só contem progestogênio Menor ação na inibição da ovulação 15-40% Muito eficaz para a lactente (que já tem uma certa proteção, LAM). Menos eficaz para a não lactante Entre aquelas mulheres que optam por não ter filhos naquele momento ou definitivamente, o MS orienta a dupla proteção. Ou seja além da proteção para não engravidar, é preciso também pensar na proteção de DSTs que também faz parte da abordagem da saúde reprodutiva. Pensando também em uma realidade global de índices elevados de DSTs >>> destaque para HPV e HIV. Negociar o uso do preservativo. Quando se pensa em planejamento reprodutivo é importante pensar na prevenção das DSTs. * Essas atividades devem ser desenvolvidas de * Essas atividades devem ser desenvolvidas de * Algumas secretarias municipais e estaduais de saúde também fazem aquisição de métodos complementares aos oferecidos pelo MS
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