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MANDADO DE SEGURANÇA DIREITO TRIBUTÁRIO

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA.... VARA ESPECIALIZADA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE CUIABÁ ESTADO DE MATO GROSSO
CARLOS DA SILVA, nacionalidade, estado civil, empresário, portador do RG nº..., inscrito no CPF sobre n°..., residente e domiciliado na Rua..., n°..., Bairro ..., CEP..., Cuiabá- MT , com e-mail..., por intermédio de seu (a) advogado(a)..., conforme procuração anexa, com escritório localizado na Rua..., CEP ..., e-mail ..., vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fulcro no artigo 5º, inciso LXIX da Constituição Federal, Lei 12.016/09 e artigos 319 e 320 ambos do Código de Processo Civil impetrar:
MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO LIMINAR
Em face da PREFEITURA MUNICIPAL DE CUIABÁ, ato do agente Tributário Sr..., da Secretaria Fazendária do Município de Cuiabá, pessoa jurídica de direito público, com sede a Rua .., n°..., Bairro ..., CEP ..., Cuiabá-MT, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
I - 	DOS FATOS 
	 O impetrante é empresário no ramo de distribuição de doce, após anos de dedicação e esforços conseguiu acumular uma quantia de 1.500.000,00 para a construção de sua casa em um condomínio de luxo na cidade de Cuiabá, e para não se preocupar com nada contratou a construtora ZUM ZUM CONSTRUÇÕES LTDA para fazer a mencionada construção.
	Ocorre que, logo depois de finalizada a obra o impetrante deu entrada no pedido do HABITE-SE junto a Prefeitura Municipal de Cuiabá, momento esse que fora informado pelo agente tributário que lhe atendeu, da impossibilidade de proceder à expedição do referido documento haja vista que a empresa contratada para fazer a construção da sua casa não fez o recolhimento do ISSQN devido a prestação de serviço de construção da sua casa. 	
II – DO CABIMENTO DO MANDADO DE SEGURANÇA
O mandado de segurança por ser uma medida democrática e um dos direitos fundamentais do cidadão, encontra-se previsto na Constituição Federal em seu artigo 5º, inciso LXIX, in verbis:
"Art. 5º. (...)
LXIX - conceder-se-á Mandado de Segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público."
Nesse mesmo sentido é a redação do artigo 1º da Lei 12.096 de 2009, in verbis:
Art. 1o  Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça.
III – DO MÉRITO 
	
	O ato praticado pelo impetrado ao exercer suas funções extrapolou os limites legais, visto que, ao impossibilitar a expedição do habite-se, agiu de forma abusiva e ilegal, pois negou ao impetrante e seus familiares seu direito líquido e certo a propriedade, ou seja, direito a moradia, direito a habitar e residir em sua própria casa. 
	Neste sentido, a Constituição Federal, em seu artigo 5°, inciso LIV, resguarda o direito do impetrante. 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
 LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
	Portanto, o impetrado jamais poderia impedir a expedição do tão sonhado HABITE-SE da impetrante, pois restava ao fisco municipal se valer da lei de execução fiscal para cobrar o tributo que entendia cabível, e de quem realmente deveria cobrar, que no caso a empresa construtora.
	Ademais, resta claro que o tributo exigido do impetrante viola os princípios legais básicos que regulam a administração pública, motivo pelo qual deve ser considerada ilegal o ato do impetrado.
	No tocante ao caso concreto a jurisprudência entende que não se pode restringir ou interditar um bem imóvel por meio coercitivo de cobrança de tributo.
	Neste sentido a ementa: 
DIREITO TRIBUTÁRIO – RECURSO DE APELAÇÃO CÍVEL – MANDADO DE SEGURANÇA – “HABITE-SE” – EXPEDIÇÃO CONDICIONADA AO PAGAMENTO DE TRIBUTO – CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIO EM TERRENO E RECURSOS PRÓPRIOS – NÃO INCIDÊNCIA DO ISSQN – VIOLAÇÃO DE DIREITO LÍQUIDO E CERTO – RECURSO IMPROVIDO. Não incide ISSQN, nos casos em que a empresa constrói em terreno e com recursos próprios, ainda que haja contrato de venda futura. A expedição do “habite-se” não pode ser condicionada ao pagamento de tributo pendente, cuja cobrança deve ser feita pelo meio processual previsto em lei, sob pena de violar direito líquido e certo. DIREITO TRIBUTÁRIO – REEXAME NECESSÁRIO DE SENTENÇA – MANDADO DE SEGURANÇA – PRELIMINAR DE AUSÊNCIA DE INTERESSE LÍQUIDO E CERTO – QUESTÃO QUE SE CONFUNDE COM O MÉRITO – “HABITE-SE EXPEDIÇÃO CONDICIONADA AO PAGAMENTO DE TRIBUTO – CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIO EM TERRENO E RECURSOS PRÓPRIOS – NÃO INCIDÊNCIA DO ISSQN – VIOLAÇÃO DE DIREITO LÍQUIDO E CERTO – SENTENÇA RATIFICADA”. Não incide ISSQN, nos casos em que a empresa constrói em terreno e com recursos próprios, ainda que haja contrato de venda futura. A expedição do “habite-se” não deve ser condicionada ao pagamento de tributo pendente, cuja cobrança há que ser feita pelo meio processual previsto em lei, sob pena de violar direito líquido e certo. (Apelação/ Reexame Necessário 2906/2010, DES. MÁRCIO VIDAL, QUARTA CÂMARA CÍVEL, Julgado em 17/08/2010, Publicado no DJE 21/09/200)
Além disso, o impetrante não possui os requisitos para responder solidariamente com o contribuinte pela cobrança do tributo, conforme previsto no artigo 124, inciso I e II do CTN. 
Art. 124. São solidariamente obrigadas:
I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal;
II - as pessoas expressamente designadas por lei.
IV– CONCESSÃO DA MEDIDA LIMINAR
	Para a concessão da liminar é preciso a comprovar o periculum in mora e o fumus boni iuris, o que no caso em comento estão comprovados. 
O periculum in mora encontra-se presente na impossibilidade da expedição do HABITE-SE, pois restringe o impetrante de utilizar o bem.
O fumus boni juris está satisfatoriamente demonstrado, pois a construtora ZUM ZUM CONSTRUÇÕES LTDA, em regra, é o contribuinte do ISSQN, não havendo portanto, solidariedade no recolhimento do imposto supracitado.
Diante do exposto, requer a concessão da medida liminar a fim de determinar que a autoridade coatora expeça o HABITE-SE para o impetrante.
V – DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer digne-se Vossa Excelência a:
a) Conceder medida liminar, determinando que o impetrado se abstenha de negar a o impetrante o Habite-se, sob o fundamento de existência de débito tributário de ISSQN, por ser o ato praticado ilegal e inconstitucional, vez que são relevantes os argumentos supra despendidos;
b) Seja notificada a Autoridade Impetrada, cientificando-a da concessão da medida liminar, e para que se abstenha de praticar o ato apontado como ilegal, bem como, preste informação que julgar necessárias;
c) Requer, ainda que seja intimado o Doutor Representante do Ministério Público para externar o seu parecer;
d) Por derradeiro, requer digne-se Vossa Excelência, que ao final ratifique em sentença a liminar concedida, por ser medida da mais absoluta justiça.
Requer provar o legado por todos os meios de provas admitidos, em especial as provas documentais inequívocas.
Dar-se a causa o valor de R$ XXX.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
ADVOGADO (a)
 OAB
	
Discentes: Adoniran de Menezes
 Deisy Cristina de Oliveira 
	 Edimara da Silva Bispo
		 Eliane Tirapeli Xavier

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