Buscar

LTE 01

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 61 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 61 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 61 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Aula 01
Legislação Tributária Estadual p/ PGE-MA - Procurador do Estado
Professor: Alexandre JK
02468062140 - WINDSON JOSE DAVID E SILVA
Legislação Tributária p/ PGE-MA ± 2016 
Teoria e Exercícios - Prof. Alexandre JK ± Aula 01 
Prof. Alexandre JK www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 60 
AULA 01 
 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. Incidência do ICMS 02 
2. Não Incidência do ICMS 11 
3. Contribuinte do ICMS 16 
4. Local da Operação/Prestação 18 
5. Definição de Estabelecimento 28 
6. Momento da ocorrência do Fato Gerador 30 
7. Questões da Aula ± Sem comentários 34 
8. GABARITO 43 
9. Questões da Aula comentadas 44 
 
 Olá pessoal! 
Bem vindos a segunda aula de nosso curso! Hoje iremos começar a 
ver os primeiros artigos da Lei Kandir. Analisaremos relevantes aspectos 
do ICMS, como o seu fato gerador, local da operação e o momento de sua 
ocorrência, entre outros detalhes. 
 
MINHA PÁGINA NO FACEBOOK COM DICAS, ARTIGOS, NOVIDADES 
E MUITO MAIS!!: 
https://www.facebook.com/profajk 
 
02468062140
02468062140 - WINDSON JOSE DAVID E SILVA
Legislação Tributária p/ PGE-MA ± 2016 
Teoria e Exercícios - Prof. Alexandre JK ± Aula 01 
Prof. Alexandre JK www.estrategiaconcursos.com.br Página 2 de 60 
Lei Kandir ± LC 87/96 ± Parte 01 
 
1 ± Incidência do ICMS 
 
Art. 1º Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir o 
imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre 
prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de 
comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no 
exterior. 
 Art. 2º O imposto incide sobre: 
I - operações relativas à circulação de mercadorias, inclusive o 
fornecimento de alimentação e bebidas em bares, restaurantes e 
estabelecimentos similares; 
II - prestações de serviços de transporte interestadual e 
intermunicipal, por qualquer via, de pessoas, bens, mercadorias ou 
valores; 
III - prestações onerosas de serviços de comunicação, por qualquer 
meio, inclusive a geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a 
retransmissão, a repetição e a ampliação de comunicação de qualquer 
natureza; 
IV - fornecimento de mercadorias com prestação de serviços não 
compreendidos na competência tributária dos Municípios; 
V - fornecimento de mercadorias com prestação de serviços 
sujeitos ao imposto sobre serviços, de competência dos Municípios, 
quando a lei complementar aplicável expressamente o sujeitar à 
incidência do imposto estadual. 
 
02468062140
02468062140 - WINDSON JOSE DAVID E SILVA
Legislação Tributária p/ PGE-MA ± 2016 
Teoria e Exercícios - Prof. Alexandre JK ± Aula 01 
Prof. Alexandre JK www.estrategiaconcursos.com.br Página 3 de 60 
Pessoal, vamos começar a falar sobre 
quando o ICMS incide, ou seja, quando 
existirá o seu fato gerador. Não comentarei 
o Art. 1º, pois já falamos sobre a competência do imposto na aula 
inaugural. A maioria das incidências também foram comentadas na aula 
00. Entram nessa categoria os incisos I, II e III do Art. 2º. A redação do 
Inciso I é mais completa do que aquela prevista na constituição. O motivo 
disso é para acabar com uma polêmica criada entre Estados e Municípios, 
pois esses últimos entendiam que em bares e restaurantes o que 
predominava era a prestação de serviço e não o fornecimento de 
mercadorias. Entretanto, nessas situações, tudo ficará apenas sujeito 
ao ICMS por força de lei. 
 Agora vamos ver os incisos IV e V. Esse assunto é SEMPRE é 
cobrado em provas de fiscos Municipais e Estaduais, justamente pelo 
aparente conflito de competência tributária. Primeiramente, o ICMS é um 
tributo que incide sobre o fornecimento de mercadorias e apenas sobre 
DOIS serviços: 1) Transporte INTERESTADUAL e INTERMUNICIPAL e 2) 
Serviços de Comunicação. Até ai tudo bem. Mas como fica a situação em 
que um serviço é prestado com o fornecimento de mercadorias? É ai que a 
coisa pega e sai tiro pra todo lado, rsss! 
 Primeiramente, regra geral, tirando aqueles dois serviços reservados 
ao ICMS, todos os outros serviços PODERÃO sofrer a incidência do ISS 
desde que estejam na lista anexa da LC 116/03. Agora o que acontecerá 
se um serviço estiver na lista anexa e envolver o fornecimento de 
mercadorias? A resposta para essa situação é: depende! A primeira 
possibilidade é a da cobrança dos dois impostos. Existem apenas CINCO 
situações na lista anexa que permitem a cobrança CONJUNTA do ICMS 
sobre as mercadorias e do ISS sobre os serviços. É o que eu chamo de 
hipóteses de fracionamento da base de cálculo. Vamos a elas: 
 
02468062140
02468062140 - WINDSON JOSE DAVID E SILVA
Legislação Tributária p/ PGE-MA ± 2016 
Teoria e Exercícios - Prof. Alexandre JK ± Aula 01 
Prof. Alexandre JK www.estrategiaconcursos.com.br Página 4 de 60 
 
7.02 ± Execução, por administração, empreitada ou subempreitada, 
de obras de construção civil, hidráulica ou elétrica e de outras obras 
semelhantes, inclusive sondagem, perfuração de poços, escavação, 
drenagem e irrigação, terraplanagem, pavimentação, concretagem e a 
instalação e montagem de produtos, peças e equipamentos (exceto o 
fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador de 
serviços fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao 
ICMS). 
7.05 ± Reparação, conservação e reforma de edifícios, estradas, 
pontes, portos e congêneres (exceto o fornecimento de mercadorias 
produzidas pelo prestador dos serviços, fora do local da prestação 
dos serviços, que fica sujeito ao ICMS). 
14.01 ± Lubrificação, limpeza, lustração, revisão, carga e 
recarga, conserto, restauração, blindagem, manutenção e 
conservação de máquinas, veículos, aparelhos, equipamentos, motores, 
elevadores ou de qualquer objeto (exceto peças e partes empregadas, 
que ficam sujeitas ao ICMS). 
14.03 ± Recondicionamento de motores (exceto peças e 
partes empregadas, que ficam sujeitas ao ICMS). 
17.11 ± Organização de festas e recepções; bufê (exceto o 
fornecimento de alimentação e bebidas, que fica sujeito ao ICMS). 
 
Assim sendo, nessas cinco situações, o ISS incidirá sobre o valor da 
prestação do serviço e o ICMS incidirá sobre o valor do fornecimento de 
mercadorias. Repare que não é bitributação. A base de cálculo foi 
fracionada. Um exemplo disso seriam o subitem 17.11 ± Organização de 
festas e recepções; bufê: em uma festa de casamento, cobra-se ISS pela 
organização e ICMS para o fornecimento de alimentação e bebidas. 
02468062140
02468062140 - WINDSON JOSE DAVID E SILVA
Legislação Tributária p/ PGE-MA ± 2016 
Teoria e Exercícios - Prof. Alexandre JK ± Aula 01 
Prof. Alexandre JK www.estrategiaconcursos.com.br Página 5 de 60 
A segunda possibilidade, é a de que haja a prestação dos serviços 
com o fornecimento de mercadorias sem exceção quanto ao ICMS. Nessa 
situação, que representa a maioria dos subitens, o ISS incidirá sobre 
TUDO, ou seja, sobre o serviço e sobre a mercadoria! Veja esse exemplo 
da lista anexa: 25.01 ± Funerais, inclusive fornecimento de caixão, urna 
ou esquifes; aluguel de capela; transporte do corpo cadavérico; 
fornecimento de flores, coroas e outros paramentos; desembaraço de 
certidão de óbito; fornecimento de véu, essa e outros adornos; 
embalsamento, embelezamento, conservação ou restauração de 
cadáveres. Vamos pegar com exemplo mórbido o caixão. Quando ele sai 
da fábrica que o produziu para o prestador de serviço, ele está sujeito ao 
ICMS. A partir do momento em que essa mercadoria está no estoque do 
prestador do serviço, ele se sujeita apenas ao ISS, pois ele faz parte daprestação e porque não há ressalva quanto ao ICMS. 
 Ainda sobre a competência: como fica a prestação de serviços com 
fornecimento de mercadorias na qual os serviços NÃO CONSTEM na lista 
anexa?? Nessa situação, incidirá o ICMS sobre TUDO! 
 Mais uma hipótese de competência é aquela onde ocorre uma 
prestação de serviços que não está presente na lista anexa SEM 
fornecimento de mercadorias. Aqui vai incidir o ICMS sobre tudo né? 
ERRADO! Como não houve fornecimento de mercadorias e não se trata de 
nenhum dos dois serviços dos Estados, não incidirá absolutamente NADA 
por falta de previsão legal! Que bom né? RSSS! Na verdade era um caso 
de INCOMPETÊNCIA! 
Para finalizar essa questão de competência, temos mais quatro 
situações, que a depender de QUEM FORNECE O MATERIAL DA 
PRESTAÇÃO, teremos a incidência do ICMS sobre tudo ou do ISS sobre o 
serviço! 
 
 
02468062140
02468062140 - WINDSON JOSE DAVID E SILVA
Legislação Tributária p/ PGE-MA ± 2016 
Teoria e Exercícios - Prof. Alexandre JK ± Aula 01 
Prof. Alexandre JK www.estrategiaconcursos.com.br Página 6 de 60 
 
7.06 ± Colocação e instalação de tapetes, carpetes, assoalhos, 
cortinas, revestimentos de parede, vidros, divisórias, placas de gesso e 
congêneres, com material fornecido pelo tomador do serviço. 
14.06 ± Instalação e montagem de aparelhos, máquinas e 
equipamentos, inclusive montagem industrial, prestados ao usuário final, 
exclusivamente com material por ele fornecido. 
14.09 ± Alfaiataria e costura, quando o material for fornecido 
pelo usuário final, exceto aviamento. 
39.01 - Serviços de ourivesaria e lapidação (quando o material for 
fornecido pelo tomador do serviço). 
 
 Caro aluno, qual seria a lógica dessas exceções? É simples. Se o 
usuário final não fornecer a material para prestação de serviço, vai se tratar 
de uma verdadeira venda de mercadoria, sujeita, portanto, ao ICMS. 
Veja o caso do subitem 14.09 (Alfaiataria e costura, quando o material for 
fornecido pelo usuário final, exceto aviamento): se o usuário final leva o 
pano para que o alfaiate faça um terno para ele sob medida, está 
configurada uma prestação de serviços. Entretanto, se o próprio alfaiate 
fornece o pano, trata-se da venda de uma mercadoria, um terno. É isso! 
 A seguir, bolei uma tabela para sua consulta que resume todas essas 
situações apresentadas. 
02468062140
02468062140 - WINDSON JOSE DAVID E SILVA
Legislação Tributária p/ PGE-MA ± 2016 
Teoria e Exercícios - Prof. Alexandre JK ± Aula 01 
Prof. Alexandre JK www.estrategiaconcursos.com.br Página 7 de 60 
 
 
§ 1º O imposto incide também: 
I - sobre a entrada de mercadoria ou bem importados do exterior, 
por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual 
do imposto, qualquer que seja a sua finalidade; (Inciso com redação dada 
pela Lei Complementar nº 114, de 16/12/2002) 
II - sobre o serviço prestado no exterior ou cuja prestação se 
tenha iniciado no exterior; 
 
 
 
02468062140
02468062140 - WINDSON JOSE DAVID E SILVA
Legislação Tributária p/ PGE-MA ± 2016 
Teoria e Exercícios - Prof. Alexandre JK ± Aula 01 
Prof. Alexandre JK www.estrategiaconcursos.com.br Página 8 de 60 
 
III - sobre a entrada, no território do Estado destinatário, de 
petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele 
derivados, e de energia elétrica, quando não destinados à 
comercialização ou à industrialização, decorrentes de operações 
interestaduais, cabendo o imposto ao Estado onde estiver localizados o 
adquirente. 
§ 2º A caracterização do fato gerador independe da natureza 
jurídica da operação que o constitua. 
 
 
Inicialmente, antes de comentarmos mais 
essas incidências, faz-se necessário falar 
sobre um aspecto importante do ICMS. 
Regra geral, qualquer tributo, depende apenas da prática do fato 
gerador para que uma pessoa se torne contribuinte. Assim sendo, se você 
aufere renda, mesmo que em apenas um único evento, torna-se 
contribuinte do Imposto de Renda. Se você possui a propriedade de um 
veículo automotor, torna-se contribuinte do IPVA. Perceba que basta que 
uma ação sua no mundo real se enquadre na hipótese abstrata prevista em 
lei para que você vire sujeito passivo. Bem, como eu disse, essa é a regra 
geral. No ICMS isso também ocorre. Há situações em que basta a prática 
do fato gerador para pagar esse imposto, como é o caso da importação. 
Entretanto, para o fato gerador clássico de circulação de mercadorias, faz-
se necessário alguns requisitos para tornar-se sujeito passivo. Imagine 
que você ganhe de presente um perfume de natal da sua avó. Nós amamos 
nossas avós, OK? RSSS. Mas, muitas vezes elas não têm um gosto tão 
jovial e parecido quanto o nosso. Ai você abre aquele perfume e vem aquele 
cheiro estranho e você resolve vendê-lo no Mercado Livre. Pergunto: você 
está vendendo uma mercadoria lacrada. Você será contribuinte do 
02468062140
02468062140 - WINDSON JOSE DAVID E SILVA
Legislação Tributária p/ PGE-MA ± 2016 
Teoria e Exercícios - Prof. Alexandre JK ± Aula 01 
Prof. Alexandre JK www.estrategiaconcursos.com.br Página 9 de 60 
ICMS? A resposta é NÃO!!!! Apesar de você se enquadrar na hipótese de 
incidência, você não tem os requisitos para que isso aconteça. UÉÉÉÉ, 
professor!! E qual seriam esses requisitos? Vamos deixar a própria Lei 
Kandir responder: 
 
Art. 4º Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que 
realize, com habitualidade ou em volume que caracterize intuito 
comercial, operações de circulação de mercadoria ou prestações de 
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, 
ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior. 
 
 Vejam então que a coisa fica mais clara e definida através da 
inteligência do Art. 4º. Para ser contribuinte do ICMS precisamos realizar 
as operações e prestações com habitualidade, ou seja, de forma repetida 
e usual ou em um volume que mostre que praticamente somos um 
comércio. Assim sendo, voltando ao exemplo nosso anterior, se nossa avó 
nos tivesse dado 1000 caixas de perfume que ela tivesse trazido dos 
Estados Unidos e resolvêssemos vender tudo no Mercado Livre, seriamos 
os mais novos contribuintes do ICMS! Entretanto, vender apenas uma caixa 
de perfume não caracteriza nem habitualidade e nem possui um volume 
necessário que caracterize intuito comercial! 
02468062140
02468062140 - WINDSON JOSE DAVID E SILVA
Legislação Tributária p/ PGE-MA ± 2016 
Teoria e Exercícios - Prof. Alexandre JK ± Aula 01 
Prof. Alexandre JK www.estrategiaconcursos.com.br Página 10 de 60 
 
 Falamos tudo isso para explicar o § 1º. Ele traz justamente casos 
que se adaptam ao nosso exemplo. Nos incisos I e II temos casos de 
importações. Experimente importar qualquer coisa do exterior para ver o 
que ocorre!! Você irá pagar ICMS! No caso do inciso III temos uma 
consequência lógica do que explicamos na aula passada. Temos que 
lembrar que existe uma imunidade na saída dos Estados para operações 
com petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele 
derivados, e de energia elétrica, pois a ideia foi deixar todo o ICMS para o 
Estado que for consumir essas mercadorias. Assim sendo, se um Estado A 
manda para um Estado B petróleo, três coisas poderão ocorrer: 1) não 
haverá futura comercialização ou industrialização com o petróleo ± fato 
gerador na entrada do Estado B, 2) haverá futura comercialização ou 
industrialização com o petróleo - fato gerador na futura saída interna do 
Estado B e 3) revenda de petróleopara Estado C ± imunidade novamente. 
Por fim, o § 2º traz uma regra básica do CTN: A caracterização do 
fato gerador independe da natureza jurídica da operação que o constitua, 
ou seja, não importa o fato de que estejam sendo vendidas 1000 camisas 
pirateadas da seleção brasileira na 25 de março em loja que nem CNPJ 
02468062140
02468062140 - WINDSON JOSE DAVID E SILVA
Legislação Tributária p/ PGE-MA ± 2016 
Teoria e Exercícios - Prof. Alexandre JK ± Aula 01 
Prof. Alexandre JK www.estrategiaconcursos.com.br Página 11 de 60 
possui. Lembrem-se que para ser contribuinte de tributo no Brasil, basta 
a prática do fato gerador. 
 
2 - Não Incidência do ICMS 
 
Art. 3º O imposto não incide sobre: 
I - operações com livros, jornais, periódicos e o papel destinado 
a sua impressão; 
II - operações e prestações que destinem ao exterior mercadorias, 
inclusive produtos primários e produtos industrializados semi-elaborados, 
ou serviços; 
III - operações interestaduais relativas a energia elétrica e 
petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele 
derivados, quando destinados à industrialização ou à comercialização; 
IV - operações com ouro, quando definido em lei como ativo 
financeiro ou instrumento cambial; 
V - operações relativas a mercadorias que tenham sido ou que se 
destinem a ser utilizadas na prestação, pelo próprio autor da saída, de 
serviço de qualquer natureza definido em lei complementar como 
sujeito ao imposto sobre serviços, de competência dos Municípios, 
ressalvadas as hipóteses previstas na mesma lei complementar. 
VI - operações de qualquer natureza de que decorra a transferência 
de propriedade de estabelecimento industrial, comercial ou de outra 
espécie; 
VII - operações decorrentes de alienação fiduciária em garantia, 
inclusive a operação efetuada pelo credor em decorrência do 
inadimplemento do devedor; 
02468062140
02468062140 - WINDSON JOSE DAVID E SILVA
Legislação Tributária p/ PGE-MA ± 2016 
Teoria e Exercícios - Prof. Alexandre JK ± Aula 01 
Prof. Alexandre JK www.estrategiaconcursos.com.br Página 12 de 60 
 
VIII - operações de arrendamento mercantil, não compreendida 
a venda do bem arrendado ao arrendatário; 
IX - operações de qualquer natureza de que decorra a transferência 
de bens móveis salvados de sinistro para companhias seguradoras. 
Parágrafo único. Equipara-se às operações de que trata o inciso 
II a saída de mercadoria realizada com o fim específico de exportação 
para o exterior, destinada a: 
I - empresa comercial exportadora, inclusive "tradings" ou outro 
estabelecimento da mesma empresa; 
II - armazém alfandegado ou entreposto aduaneiro. 
 
Vamos agora ver as situações em que o 
ICMS não incidirá! Assim como no caso da 
incidência, os Incisos II, III e IV foram 
vistos na aula passada e serão ignorados nesse momento. 
1) I - operações com livros, jornais, periódicos e o papel destinado 
a sua impressão ± trata-se de uma imunidade constitucional. Tome muito 
cuidado, pois agendas, calendários, NÃO são imunes, pois não se 
enquadram na definição de livros, jornais e periódicos. 
2) V - operações relativas a mercadorias que tenham sido ou que se 
destinem a ser utilizadas na prestação, pelo próprio autor da saída, 
de serviço de qualquer natureza definido em lei complementar 
como sujeito ao imposto sobre serviços, de competência dos 
Municípios, ressalvadas as hipóteses previstas na mesma lei 
complementar ± essas são aquelas hipóteses onde apenas irá incidir o 
ISS. Pense em um cabeleireiro. Ele ao cortar o cabelo de seus clientes, 
utiliza mercadorias para realizar o serviço, como sprays, shampoos, etc. 
02468062140
02468062140 - WINDSON JOSE DAVID E SILVA
Legislação Tributária p/ PGE-MA ± 2016 
Teoria e Exercícios - Prof. Alexandre JK ± Aula 01 
Prof. Alexandre JK www.estrategiaconcursos.com.br Página 13 de 60 
Sobre o fornecimento desses produtos, incidirá apenas o imposto 
municipal, que já está embutido no preço global do serviço. 
3) VI - operações de qualquer natureza de que decorra a 
transferência de propriedade de estabelecimento industrial, 
comercial ou de outra espécie ± pessoal, o que está acontecendo aqui? 
Está ocorrendo a venda de mercadorias? A saída de mercadorias? NÃOOO! 
O que ocorre aqui é a simples troca de dono de uma empresa como um 
todo. Assim sendo, imagine que João, dono do Bar Pinga de Fogo, o venda 
para Zeca Pagodinho. Nessa situação, não há circulação de mercadorias, 
elas se encontram no mesmo local! Apenas ocorreu a troca da titularidade 
do estabelecimento comercial. 
4) VII - operações decorrentes de alienação fiduciária em garantia, 
inclusive a operação efetuada pelo credor em decorrência do 
inadimplemento do devedor ± a operação de alienação fiduciária em 
uma é um direito real de garantia. Não está no campo do ICMS. É o que 
ocorre quando você compra um carro e realiza um financiamento bancário. 
Se você não pagar o financiamento, o banco tira o veículo de sua posse. 
Ocorre quando um comprador adquire um bem a crédito. O credor (ou seja, 
aquele que possui o crédito) toma o próprio bem em garantia. O comprador 
fica possuidor direto e depositário, com todas as responsabilidades e 
encargos civis e penais, mas para possuir o bem definitivamente, deve 
quitar a dívida antes. Então, depois que o veículo saí da loja (nesse 
momento há fato gerador do ICMS), em nenhum momento posterior na 
alienação fiduciária ocorrerá a incidência do imposto. 
5) VIII - operações de arrendamento mercantil, não compreendida 
a venda do bem arrendado ao arrendatário - O leasing é um contrato 
GHQRPLQDGR� QD� OHJLVODomR� EUDVLOHLUD� FRPR� ³DUUHQGDPHQWR� PHUFDQWLO´�� $V�
SDUWHV� GHVVH� FRQWUDWR� VmR� GHQRPLQDGDV� ³DUUHQGDGRU´� H� ³DUUHQGDWiULR´��
conforme sejam, de um lado, um banco ou sociedade de arrendamento 
mercantil e, de outro, o cliente. O objeto do contrato é a aquisição, por 
parte do arrendador, de bem escolhido pelo arrendatário para sua 
02468062140
02468062140 - WINDSON JOSE DAVID E SILVA
Legislação Tributária p/ PGE-MA ± 2016 
Teoria e Exercícios - Prof. Alexandre JK ± Aula 01 
Prof. Alexandre JK www.estrategiaconcursos.com.br Página 14 de 60 
utilização. O arrendador é, portanto, o proprietário do bem, sendo que a 
posse e o usufruto, durante a vigência do contrato, são do arrendatário. O 
contrato de arrendamento mercantil pode prever ou não a opção de 
compra, pelo arrendatário, do bem de propriedade do arrendador. Se 
ASSEMELHA a um financiamento, mas não pode ser caracterizado como 
um. 
 Portanto, no arrendamento mercantil, ao fim do contrato, você pode 
optar por pagar uma parcela final e ficar com o bem arrendado. Nessa 
hipótese, pode ocorrer o fato gerador do ICMS, a depender da legislação 
estadual. 
6) IX - operações de qualquer natureza de que decorra a 
transferência de bens móveis salvados de sinistro para companhias 
seguradoras - temos mais uma situação alheia a ideia de circulação de 
mercadorias. Pessoal, quando você faz um seguro de um veículo e ele dá 
perda total devido a um acidente, você deixa esse bem com a seguradora 
e ela lhe transfere um valor pré-determinado em contrato. Percebam como 
seria um absurdo determinar a incidência do ICMS nessa saída. Não há 
habitualidade, não há volume e trata-se de uma operação própria da 
atividade de seguros. Você não é vendedor profissional de sucatas! 
 
 Por fim o Parágrafo Único traz uma equiparação de uma operação 
à exportação, ou seja, o trajeto final da mercadoria será o exterior. 
Entretanto, o trajeto inicial se encontra dentro do País. Assimsendo, 
quando uma Indústria de brinquedos enviar mercadorias para as figuras 
descritas nos Incisos I e II com o objetivo de exportá-las, não haverá 
incidência do ICMS, pois será considerada uma operação destinada 
diretamente ao exterior por ficção legal. É claro que essa não incidência é 
condicionada à efetiva exportação dos brinquedos! Para ajuda-los, trago 
as seguintes definições: 
02468062140
02468062140 - WINDSON JOSE DAVID E SILVA
Legislação Tributária p/ PGE-MA ± 2016 
Teoria e Exercícios - Prof. Alexandre JK ± Aula 01 
Prof. Alexandre JK www.estrategiaconcursos.com.br Página 15 de 60 
a) empresa comercial exportadora: As empresas comerciais 
exportadoras, sem a denominação "Trading Company", geralmente são 
empresas que têm outras atividades, como uma indústria por exemplo, 
habilitada a operar com importação e exportação, mas que não são 
constituídas na forma e com os requisitos exigidos para as tradings 
companies. Quando consta, dentre outras, a atividade de importação e/ou 
exportação em seu objeto social, estas empresas podem atuar da mesma 
maneira que as trading companies. 
 
b) tradings: As empresas comerciais exportadoras, denominadas trading 
companies, têm como objetivo adquirir mercadorias no mercado interno 
com a finalidade de exportá-las. As operações efetuadas por "tradings" 
caracterizam-se, principalmente, por: Exportação de produtos de 
diferentes fornecedores de forma consolidada; Necessidade de menor 
capital de giro, devido às operações casadas; Melhor atendimento aos 
clientes, por oferecer variada gama de produtos; Redução dos custos 
operacionais; Estoques que permitam regularidade de fornecimento; 
Atuação em diversos mercados. 
 
c) armazém alfandegado: Armazém alfandegado ou armazém geral 
alfandegário permite que mercadorias/equipamentos, tanto importados 
como destinados à exportação, fiquem estocados até o desembaraço 
alfandegário, sendo de total responsabilidade do referido armazém a 
observância das leis e normas fiscais vigentes na praça. Para tanto é 
necessária autorização governamental para funcionamento. 
 
d) entreposto aduaneiro: é o regime aduaneiro especial que permite 
tanto na importação como na exportação, o depósito de mercadorias, em 
local alfandegado, com suspensão do pagamento de tributos e sob controle 
fiscal e aduaneiro. 
02468062140
02468062140 - WINDSON JOSE DAVID E SILVA
Legislação Tributária p/ PGE-MA ± 2016 
Teoria e Exercícios - Prof. Alexandre JK ± Aula 01 
Prof. Alexandre JK www.estrategiaconcursos.com.br Página 16 de 60 
3 ± Contribuinte do ICMS 
 
Art. 4º Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que 
realize, com habitualidade ou em volume que caracterize intuito 
comercial, operações de circulação de mercadoria ou prestações de 
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, 
ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior. 
Parágrafo único. É também contribuinte a pessoa física ou 
jurídica que, mesmo sem habitualidade ou intuito comercial: 
(Parágrafo único com redação dada pela Lei Complementar nº 114, de 
16/12/2002) 
I - importe mercadorias ou bens do exterior, qualquer que seja a 
sua finalidade; (Inciso com redação dada pela Lei Complementar nº 114, 
de 16/12/2002) 
II - seja destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja 
prestação se tenha iniciado no exterior; 
III - adquira em licitação mercadorias ou bens apreendidos ou 
abandonados; (Inciso com redação dada pela Lei Complementar nº 114, 
de 16/12/2002) 
IV - adquira lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos 
derivados de petróleo e energia elétrica oriundos de outro Estado, 
quando não destinados à comercialização ou à industrialização. (Inciso com 
redação dada pela Lei Complementar nº 102, de 11/7/2000, em vigor a 
partir de 1/8/2000) 
 
 
 
02468062140
02468062140 - WINDSON JOSE DAVID E SILVA
Legislação Tributária p/ PGE-MA ± 2016 
Teoria e Exercícios - Prof. Alexandre JK ± Aula 01 
Prof. Alexandre JK www.estrategiaconcursos.com.br Página 17 de 60 
Pessoal, já falamos bastante sobre o 
contribuinte do ICMS nessa aula. Vejam 
que o Parágrafo Único trouxe hipóteses 
que se enquadram na regra geral do Direito Tributário, ou seja, basta 
praticar o fato gerador apenas uma única vez para se tornar contribuinte, 
independentemente de habitualidade ou volume que caracterize intuito 
comercial. Dessas hipóteses, a única da qual ainda não falamos é a do 
Inciso III - adquira em licitação mercadorias ou bens apreendidos ou 
abandonados. Ai você me pergunta: qual a lógica da incidência do ICMS 
nesse caso? É simples, caro aluno! Essa é uma situação que deriva de uma 
importação fracassada, pois ou a mercadoria foi abandonada pelo 
importador ou ela foi apreendida na hora do desembaraço aduaneiro por 
irregularidades. Seja como for, o ICMS da importação não foi exigido, 
pois não ocorreu o fato gerador da importação, que é o desembaraço 
aduaneiro. Portanto, na hora em que essas mercadorias ou bens forem 
leiloados, ocorrerá a exigência do imposto que deveria ter ocorrido no 
passado! Simples assim! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
02468062140
02468062140 - WINDSON JOSE DAVID E SILVA
Legislação Tributária p/ PGE-MA ± 2016 
Teoria e Exercícios - Prof. Alexandre JK ± Aula 01 
Prof. Alexandre JK www.estrategiaconcursos.com.br Página 18 de 60 
4 ± Local da Operação/Prestação 
 
Art. 11. O local de operação ou da prestação, para os efeitos da 
cobrança do imposto e definição do estabelecimento responsável, é: 
I - tratando-se de mercadoria ou bem: 
a) o do estabelecimento onde se encontre, no momento da 
ocorrência do fato gerador; 
b) onde se encontre, quando em situação irregular pela falta de 
documentação fiscal ou quando acompanhado de documentação inidônea, 
como dispuser a legislação tributária; 
c) o do estabelecimento que transfira a propriedade, ou o título 
que a represente, de mercadoria por ele adquirida no País e que por ele 
não tenha transitado; 
d) importado do exterior, o do estabelecimento onde ocorrer a 
entrada física; 
e) importado do exterior, o do domicílio do adquirente, quando 
não estabelecido; 
f) aquele onde seja realizada a licitação, no caso de arrematação 
de mercadoria ou bem importados do exterior e apreendidos ou 
abandonados; (Alínea com redação dada pela Lei Complementar nº 114, 
de 16/12/2002) 
g) o do Estado onde estiver localizado o adquirente, inclusive 
consumidor final, nas operações interestaduais com energia elétrica e 
petróleo, lubrificantes e combustíveis dele derivados, quando não 
destinados à industrialização ou à comercialização; 
 
 
02468062140
02468062140 - WINDSON JOSE DAVID E SILVA
Legislação Tributária p/ PGE-MA ± 2016 
Teoria e Exercícios - Prof. Alexandre JK ± Aula 01 
Prof. Alexandre JK www.estrategiaconcursos.com.br Página 19 de 60 
 
h) o do Estado de onde o ouro tenha sido extraído, quando não 
considerado como ativo financeiro ou instrumento cambial; 
i) o de desembarque do produto, na hipótese de captura de 
peixes, crustáceos e moluscos; 
§ 1º O disposto na alínea c do inciso I não se aplica às mercadorias 
recebidas em regime de depósito de contribuinte de Estado que não o do 
depositário. 
§ 2º Para os efeitos da alínea h do inciso I, o ouro, quando definido 
como ativo financeiro ou instrumento cambial, deve ter sua origem 
identificada. 
§ 5º Quando a mercadoria for remetida para armazém geral ou para 
depósito fechado do próprio contribuinte, no mesmo Estado, aposterior 
saída considerar-se-á ocorrida no estabelecimento do depositante, 
salvo se para retornar ao estabelecimento remetente. 
 
Passaremos a ver o local da 
operação/prestação do ICMS. Esse 
assunto é importantíssimo para evitar 
eventuais conflitos de competência e definir algumas situações meio 
nebulosas quanto ao real contribuinte do imposto. Vamos ver situação por 
situação, primeiramente apenas se tratando de mercadoria ou bem: 
a) o do estabelecimento onde se encontre, no momento da 
ocorrência do fato gerador ± esse é o caso clássico de circulação de 
mercadoria. É quando a Empresa A vende para a Empresa B mercadoria de 
seu estoque. 
 
02468062140
02468062140 - WINDSON JOSE DAVID E SILVA
Legislação Tributária p/ PGE-MA ± 2016 
Teoria e Exercícios - Prof. Alexandre JK ± Aula 01 
Prof. Alexandre JK www.estrategiaconcursos.com.br Página 20 de 60 
b) onde se encontre, quando em situação irregular pela falta de 
documentação fiscal ou quando acompanhado de documentação 
inidônea, como dispuser a legislação tributária ± percebam a utilidade 
dessa regra. Você, fiscal, no meio da rodovia, para um caminhão que está 
transportando televisores. Ao pedir para o caminhoneiro as notas fiscais 
das mercadorias, ele desmaia. Minutos após, de forma milagrosa, ele 
levanta e sai correndo, sendo capturado por policiais. Ao ser indagado sobre 
quem era o remetente o destinatário da mercadoria, ele informa que ao 
desmaiar bateu a cabeça e não se lembra mais de nada!! RSSSSS, vai 
rindo, é bem assim! E ai, como fica? Pra quem vai o ICMS, pra onde é 
devido? Pois é! É por isso que foi criada essa regra! 
 
c) o do estabelecimento que transfira a propriedade, ou o título que 
a represente, de mercadoria por ele adquirida no País e que por ele 
não tenha transitado ± os alunos de primeira viagem se assuntam com 
essa hipótese, pois ela parece uma situação meio mágica! RSSS. Como 
alguém vai vender algo que nem passou pelo estabelecimento dessa 
pessoa? Existem duas possibilidades: 
1) Venda Triangular ± Imagine que a Empresa A venda mercadoria para 
a Empresa B. No mesmo dia, antes de A enviar as mercadorias para B, a 
Empresa B vende todo o seu estoque, incluindo as compras de A, para C. 
Perceba que B vendeu mercadorias que ainda nem tinham chegado em seu 
estabelecimento. A seguir, a Empresa B liga para a Empresa A e pede para 
ela entregar as mercadorias diretamente na Empresa C. O objetivo é 
economizar frete. Nessa situação, onde ocorre o fato gerador? Apenas em 
A?? NÃOOO! Ocorre na venda de A para B e na venda de B para C, mesmo 
que as mercadorias nunca passem por B. 
2) Armazém Geral ou Depósito Fechado ± Primeiramente cabe definir 
cada conceito apresentado: a) Armazém Geral - são empresas que tem 
por objeto a guarda e conservação de mercadorias, e a emissão de títulos 
02468062140
02468062140 - WINDSON JOSE DAVID E SILVA
Legislação Tributária p/ PGE-MA ± 2016 
Teoria e Exercícios - Prof. Alexandre JK ± Aula 01 
Prof. Alexandre JK www.estrategiaconcursos.com.br Página 21 de 60 
especiais que as representem (conhecimento de depósito: que representa 
a mercadoria e circula livremente por endosso, transferindo, assim, a 
propriedade da mesma; e warrant: unido ao conhecimento, mas dele 
separável à vontade do depositante, que se presta à função de títulos 
constitutivos de direito de penhor sobre a mercadoria) e b) Depósito 
Fechado - o estabelecimento filial que tem por finalidade exclusiva a 
guarda de mercadorias de contribuinte, vedada a prática de atividade 
mercantil. O depósito fechado será entendido FRPR� ³H[WHQVmR� GR�
HVWDEHOHFLPHQWR´� PDWUL]� FXMD� SHUVRQDOLGDGH� MXUtGLFD� JXDUGD� DV�
características de estabelecimento filial. 
 Feitas as definições iniciais, passamos a entender esses locais da 
operação. As empresas utilizam Armazéns Gerais e Depósitos Fechados 
com o objetivo de armazenamento de mercadorias. As Legislações 
Estaduais consideram que as saídas de mercadorias para esses locais não 
configuram incidência do ICMS, pois são consideradas como extensão 
da empresa (é como se fosse um anexo da empresa por ficção legal, como 
são os consulados para os países estrangeiros). Assim sendo, quando uma 
Empresa A vende para uma Empresa B uma mercadoria armazenada 
nesses locais, na verdade, por ficção legal está vendendo de seu próprio 
estabelecimento, de seu próprio local. É por isso que, mesmo a mercadoria 
não estando fisicamente no estabelecimento da Empresa A que o local da 
operação será considerado em seu próprio estabelecimento (§ 5º). 
 Agora, é claro que toda essa explicação só vale se o contribuinte e o 
seu respectivo Armazém Geral ou Depósito Fechado encontrarem-se no 
mesmo Estado. Caso contrário a tributação será feita pela regra geral 
(débito na saída e crédito na entrada). Portanto, se um Armazém Geral de 
São Paulo receber mercadorias de contribuinte do Rio de Janeiro, deve-se 
creditar na entrada das mercadorias e se debitar na saída. (§ 1º). 
 
02468062140
02468062140 - WINDSON JOSE DAVID E SILVA
Legislação Tributária p/ PGE-MA ± 2016 
Teoria e Exercícios - Prof. Alexandre JK ± Aula 01 
Prof. Alexandre JK www.estrategiaconcursos.com.br Página 22 de 60 
d) importado do exterior, o do estabelecimento onde ocorrer a 
entrada física ± essa é uma regra IMPORTANTÍSSIMA para fins de guerra 
fiscal. O que acontece normalmente é que uma empresa que nem tem 
estabelecimento de fato em um Estado que possui um porto, declara que o 
possui para usufruir de benefícios fiscais e pagar menos ICMS. Assim 
sendo, imagine uma Empresa A que importe mercadorias da China através 
do Porto de Itajaí, SC e que essas mercadorias sejam imediatamente 
vendidas/enviadas para um contribuinte de São Paulo, que as irá revender. 
Considere que o Estado de SC concede uma série de benefícios fiscais 
irregulares para essa empresa, que a faça pagar um ICMS efetivo de 2%, 
portanto, muito menor do que realmente era devido. Considere também 
que essa empresa apenas possui uma sala de 10m2 em SC, com apenas 
um funcionário e uma mesa. O que vai acontecer? A Empresa A vai destacar 
12% de ICMS na Nota Fiscal, quando na verdade pagou muito menos do 
que isso. São Paulo será obrigado a dar esse crédito para quem comprou a 
mercadoria para revenda. Portanto, São Paulo acaba por pagar o benefício 
concedido por SC de forma irregular. 
 Com o objetivo de acabar com essa prática, a Lei Complementar, 
definiu que na importação o ICMS irá diretamente para o Estado onde 
ocorrer a entrada física da mercadoria. Assim sendo, no caso que 
apresentei a operação geraria 18% de ICMS diretamente para São Paulo, 
inviabilizando o esquema de benefícios irregulares de SC. Não fique muito 
preocupado agora com essa questão de benefícios fiscais do CONFAZ, pois 
veremos isso melhor quando tratarmos da LC 24/75. 
 
e) importado do exterior, o do domicílio do adquirente, quando não 
estabelecido ± é a mesma situação da letra D, só que agora o adquirente 
é não estabelecido (pessoa física). 
 
02468062140
02468062140 - WINDSON JOSE DAVID E SILVA
Legislação Tributária p/ PGE-MA ± 2016 
Teoria e Exercícios - Prof. Alexandre JK ± Aula 01 
Prof. Alexandre JK www.estrategiaconcursos.com.br Página 23 de 60 
f) aquele onde seja realizada a licitação, no caso de arrematação de 
mercadoria ou bem importados do exterior e apreendidos ou 
abandonados; (Alínea com redação dada pela Lei Complementar nº 
114, de 16/12/2002) ± pessoal, esse caso é bem parecido com aquele 
que vimos de uma mercadoria em situação irregular. Pra onde vai o imposto 
em uma importação irregular? Nãotemos mais destinatário certo! É a 
mesma ideia: vai para o local onde for realizada a licitação, pois é lá que 
ocorrerá o fato gerador do ICMS que deveria ter sido pago na importação. 
 
g) o do Estado onde estiver localizado o adquirente, inclusive 
consumidor final, nas operações interestaduais com energia 
elétrica e petróleo, lubrificantes e combustíveis dele derivados, 
quando não destinados à industrialização ou à comercialização - já 
vimos bastante essa hipótese anteriormente. 
 
h) o do Estado de onde o ouro tenha sido extraído, quando não 
considerado como ativo financeiro ou instrumento cambial ± vimos 
na aula passada que o ouro, quando ativo financeiro ou instrumento 
cambial, sujeita-se ao IOF e quando mercadoria sujeita-se ao ICMS. Agora, 
o ouro não é produzido pelo homem, ele é extraído da natureza, e por esse 
motivo, nada mais justo que deixar com o Estado de onde ele tenha sido 
extraído o ICMS respectivo. 
 
i) o de desembarque do produto, na hipótese de captura de peixes, 
crustáceos e moluscos ± essa é outra situação interessante. Imagine um 
pescador em alto mar que se situe entre dois Estados distintos. Ele vai lá, 
pescando seu peixinho, pegando seu camarão. Na hora que voltar para o 
porto, como saber de qual Estado veio cada peixe e camarão? Pois é! Não 
dá! É por isso que se definiu o desembarque do produto como parâmetro 
de local para a ocorrência do fato gerador. 
02468062140
02468062140 - WINDSON JOSE DAVID E SILVA
Legislação Tributária p/ PGE-MA ± 2016 
Teoria e Exercícios - Prof. Alexandre JK ± Aula 01 
Prof. Alexandre JK www.estrategiaconcursos.com.br Página 24 de 60 
 
II - tratando-se de prestação de serviço de transporte: 
a) onde tenha início a prestação; 
b) onde se encontre o transportador, quando em situação irregular 
pela falta de documentação fiscal ou quando acompanhada de 
documentação inidônea, como dispuser a legislação tributária; 
c) o do estabelecimento destinatário do serviço, na hipótese do inciso 
XIII do art. 12 e para os efeitos do § 3º do art. 13; 
 
Agora vamos ver os locais de prestação 
para os serviços de transporte. Eles são 
bem tranquilos. 
a) onde tenha início a prestação ± é a regra geral para os serviços de 
transporte. Assim sendo, frete começou em São Paulo, imposto para SP. 
 
b) onde se encontre o transportador, quando em situação irregular 
pela falta de documentação fiscal ou quando acompanhada de 
documentação inidônea, como dispuser a legislação tributária ± é a 
mesma explicação que dei para as mercadorias, pois nesse caso não temos 
como saber onde esse transporte iniciou-se. 
 
c) o do estabelecimento destinatário do serviço, na hipótese do 
inciso XIII do art. 12 e para os efeitos do § 3º do art. 13 ± esse é o 
caso do diferencial de alíquota que vimos na aula passada. Como um 
pedaço do ICMS ficará para o Estado do adquirente, o local da operação 
será o do estabelecimento destinatário do serviço. 
 
02468062140
02468062140 - WINDSON JOSE DAVID E SILVA
Legislação Tributária p/ PGE-MA ± 2016 
Teoria e Exercícios - Prof. Alexandre JK ± Aula 01 
Prof. Alexandre JK www.estrategiaconcursos.com.br Página 25 de 60 
 
 
III - tratando-se de prestação onerosa de serviço de 
comunicação: 
a) o da prestação do serviço de radiodifusão sonora e de som e 
imagem, assim entendido o da geração, emissão, transmissão e 
retransmissão, repetição, ampliação e recepção; 
b) o do estabelecimento da concessionária ou da permissionária 
que forneça ficha, cartão, ou assemelhados com que o serviço é pago; 
c) o do estabelecimento destinatário do serviço, na hipótese e para 
os efeitos do inciso XIII do art. 12; 
c-1) o do estabelecimento ou domicílio do tomador do serviço, 
quando prestado por meio de satélite; (Alínea acrescida pela Lei 
Complementar nº 102, de 11/7/2000, em vigor a partir de 1/8/2000) 
d) onde seja cobrado o serviço, nos demais casos; 
IV - tratando-se de serviços prestados ou iniciados no exterior, o do 
estabelecimento ou do domicílio do destinatário. 
§ 6º Na hipótese do inciso III do caput deste artigo, tratando-se de 
serviços não medidos, que envolvam localidades situadas em diferentes 
unidades da Federação e cujo preço seja cobrado por períodos definidos, 
o imposto devido será recolhido em partes iguais para as unidades da 
Federação onde estiverem localizados o prestador e o tomador. (Parágrafo 
acrescido pela Lei Complementar nº 102, de 11/7/2000, em vigor a partir 
de 1/8/2000) 
 
 
 
02468062140
02468062140 - WINDSON JOSE DAVID E SILVA
Legislação Tributária p/ PGE-MA ± 2016 
Teoria e Exercícios - Prof. Alexandre JK ± Aula 01 
Prof. Alexandre JK www.estrategiaconcursos.com.br Página 26 de 60 
Agora vamos ver o local para as 
prestações onerosas de serviços de 
comunicação. Existem algumas regrinhas 
específicas para esse assunto que sempre caem, portanto fiquem atentos. 
 
a) o da prestação do serviço de radiodifusão sonora e de som e 
imagem, assim entendido o da geração, emissão, transmissão e 
retransmissão, repetição, ampliação e recepção ± a regra geral para 
o local das prestações onerosas de serviços de comunicação é onde se der 
a prestação, simples assim! Então mesmo que a empresa tenha um 
domicílio no Estado A, se a prestação se der no Estado B, o ICMS será 
devido a esse último. 
 Entretanto, o § 6º traz uma exceção que SEMPRE é cobrada em 
prova. No caso de: 1) serviços não medidos, 2) que envolvam localidades 
situadas em diferentes unidades da Federação e 3) cujo preço seja cobrado 
por períodos definidos, o ICMS será destinado 50% para o Estado do 
prestador e 50% para o Estado do tomador. É o caso dos serviços de 
assinatura de TV à cabo. Se tivermos o prestador em SP e o tomador no 
RJ, o imposto será repartido entre esses dois entes federativos. 
 
b) o do estabelecimento da concessionária ou da permissionária 
que forneça ficha, cartão, ou assemelhados com que o serviço é 
pago ± aqui a ideia é totalmente oposta à anterior. Veja que 
independentemente de onde a ficha, cartão, ou assemelhados com que o 
serviço é pago forem utilizados, o ICMS irá para o estabelecimento da 
concessionária ou da permissionária que os forneceu. É só lembrar desse 
caso específico na prova juntamente com o fato de que é o contrário da 
regra geral. 
02468062140
02468062140 - WINDSON JOSE DAVID E SILVA
Legislação Tributária p/ PGE-MA ± 2016 
Teoria e Exercícios - Prof. Alexandre JK ± Aula 01 
Prof. Alexandre JK www.estrategiaconcursos.com.br Página 27 de 60 
c) o do estabelecimento destinatário do serviço, na hipótese e para 
os efeitos do inciso XIII do art. 12 ± novamente temos a ideia já 
explicada do diferencial de alíquota. 
 
c-1) o do estabelecimento ou domicílio do tomador do serviço, 
quando prestado por meio de satélite; (Alínea acrescida pela Lei 
Complementar nº 102, de 11/7/2000, em vigor a partir de 
1/8/2000) ± temos novamente uma situação parecida com aquela do 
pescador dos peixes e camarões. No caso de um satélite, como saber em 
cima de qual Estado ele está na hora da prestação? RSSS. Talvez coloquem 
os fiscais novatos em um balão para medir isso, que tal? RSSS. Não dá né? 
É por isso que foi criada essa regra para eliminar um possível conflito de 
competência. 
 
d) onde seja cobrado o serviço, nos demais casos ± temos uma regra 
residual, quando não for possível aplicar as demais. 
 
IV - tratando-se de serviços prestados ou iniciados no exterior, o 
do estabelecimento ou do domicílio do destinatário ± é a mesma ideia 
do importador de mercadorias. Para que seja justo o destinodo imposto, 
define-se o local do estabelecimento ou do domicílio do destinatário do 
serviço para efeitos do ICMS. 
 
 
 
 
 
02468062140
02468062140 - WINDSON JOSE DAVID E SILVA
Legislação Tributária p/ PGE-MA ± 2016 
Teoria e Exercícios - Prof. Alexandre JK ± Aula 01 
Prof. Alexandre JK www.estrategiaconcursos.com.br Página 28 de 60 
5 ± Definição de Estabelecimento 
 
§ 3º Para efeito desta Lei Complementar, estabelecimento é o 
local, privado ou público, edificado ou não, próprio ou de terceiro, 
onde pessoas físicas ou jurídicas exerçam suas atividades em caráter 
temporário ou permanente, bem como onde se encontrem 
armazenadas mercadorias, observado, ainda o seguinte: 
I - na impossibilidade de determinação do estabelecimento, 
considera-se como tal o local em que tenha sido efetuada a operação ou 
prestação, encontrada a mercadoria ou constatada a prestação; 
II - é autônomo cada estabelecimento do mesmo titular; 
III - considera-se também estabelecimento autônomo o veículo 
usado no comércio ambulante e na captura de pescado; 
IV - respondem pelo crédito tributário todos os estabelecimentos 
do mesmo titular. 
§ 4º (VETADO) 
 
A Lei Kandir jogou nos parágrafos do artigo 
referente ao local da operação/prestação a 
definição de estabelecimento. Vamos 
ver as características uma a uma. 
 
- estabelecimento é o local, privado ou público, edificado ou não, 
próprio ou de terceiro, onde pessoas físicas ou jurídicas exerçam 
suas atividades em caráter temporário ou permanente, bem como 
onde se encontrem armazenadas mercadorias ± temos uma série de 
informações importantes aqui. Veja que para se configurar estabelecimento 
é irrelevante o fator de quem é o seu proprietário. Também não importa se 
02468062140
02468062140 - WINDSON JOSE DAVID E SILVA
Legislação Tributária p/ PGE-MA ± 2016 
Teoria e Exercícios - Prof. Alexandre JK ± Aula 01 
Prof. Alexandre JK www.estrategiaconcursos.com.br Página 29 de 60 
o estabelecimento possui as portas abertas ao público (um shopping) ou 
não (uma sede administrativa). Outro fator irrelevante é o fato desse 
estabelecimento ser temporário ou permanente, o que abre a possibilidade 
de se definir como estabelecimento um stand de vendas em uma feira de 
brinquedos que dure apenas um dia. A última informação relevante é a de 
que um local que só sirva para armazenar mercadorias também pode ser 
considerado como estabelecimento. 
 
- é autônomo cada estabelecimento do mesmo titular ± isso significa 
que cada estabelecimento devera possuir uma inscrição estadual própria e 
ter os seus próprios livros fiscais, como se uma empresa totalmente 
independente o fosse. 
 
- considera-se também estabelecimento autônomo o veículo usado 
no comércio ambulante e na captura de pescado ± no caso que vimos 
do pescador de peixes e camarões e no caso do vendedor ambulante (porta 
a porta), os seus respectivos veículos serão considerados como um 
estabelecimento autônomo. Isso faz um certo sentido, já que eles saem 
pelo Estado, muitas vezes sem destino certo, para tentar realizar vendas 
de mercadorias. 
 
- respondem pelo crédito tributário todos os estabelecimentos do 
mesmo titular ± apesar dos estabelecimentos serem autônomos, na hora 
que a bomba estoura todo mundo tem que ser solidário!! RSSS. Assim 
sendo, para fins de responsabilidade pelo crédito tributário, todos os 
estabelecimentos do mesmo titular podem responder. 
 
 
02468062140
02468062140 - WINDSON JOSE DAVID E SILVA
Legislação Tributária p/ PGE-MA ± 2016 
Teoria e Exercícios - Prof. Alexandre JK ± Aula 01 
Prof. Alexandre JK www.estrategiaconcursos.com.br Página 30 de 60 
6 ± Momento da ocorrência do Fato Gerador 
 
Art. 12. Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no 
momento: 
I - da saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda 
que para outro estabelecimento do mesmo titular; 
II - do fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias 
por qualquer estabelecimento; 
III - da transmissão a terceiro de mercadoria depositada em 
armazém geral ou em depósito fechado, no Estado do transmitente; 
IV - da transmissão de propriedade de mercadoria, ou de título que 
a represente, quando a mercadoria não tiver transitado pelo 
estabelecimento transmitente; 
V - do início da prestação de serviços de transporte interestadual e 
intermunicipal, de qualquer natureza; 
VI - do ato final do transporte iniciado no exterior; 
VII - das prestações onerosas de serviços de comunicação, feita 
por qualquer meio, inclusive a geração, a emissão, a recepção, a 
transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação de comunicação 
de qualquer natureza; 
VIII - do fornecimento de mercadoria com prestação de serviços: 
a) não compreendidos na competência tributária dos Municípios; 
b) compreendidos na competência tributária dos Municípios e com 
indicação expressa de incidência do imposto de competência estadual, 
como definido na lei complementar aplicável; 
 
 
02468062140
02468062140 - WINDSON JOSE DAVID E SILVA
Legislação Tributária p/ PGE-MA ± 2016 
Teoria e Exercícios - Prof. Alexandre JK ± Aula 01 
Prof. Alexandre JK www.estrategiaconcursos.com.br Página 31 de 60 
 
IX - do desembaraço aduaneiro de mercadorias ou bens 
importados do exterior; (Inciso com redação dada pela Lei Complementar 
nº 114, de 16/12/2002) 
X - do recebimento, pelo destinatário, de serviço prestado no 
exterior; 
XI - da aquisição em licitação pública de mercadorias ou bens 
importados do exterior e apreendidos ou abandonados; (Inciso com 
redação dada pela Lei Complementar nº 114, de 16/12/2002) 
XII - da entrada no território do Estado de lubrificantes e 
combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo e energia elétrica 
oriundos de outro Estado, quando não destinados à comercialização ou à 
industrialização; (Inciso com redação dada pela Lei Complementar nº 102, 
de 11/7/2000, em vigor a partir de 1/8/2000) 
XIII - da utilização, por contribuinte, de serviço cuja prestação se 
tenha iniciado em outro Estado e não esteja vinculada a operação ou 
prestação subseqüente. 
§ 1º Na hipótese do inciso VII, quando o serviço for prestado 
mediante pagamento em ficha, cartão ou assemelhados, considera-se 
ocorrido o fato gerador do imposto quando do fornecimento desses 
instrumentos ao usuário. 
§ 2º Na hipótese do inciso IX, após o desembaraço aduaneiro, a 
entrega, pelo depositário, de mercadoria ou bem importados do exterior 
deverá ser autorizada pelo órgão responsável pelo seu desembaraço, 
que somente se fará mediante a exibição do comprovante de pagamento 
do imposto incidente no ato do despacho aduaneiro, salvo disposição em 
contrário. 
 
02468062140
02468062140 - WINDSON JOSE DAVID E SILVA
Legislação Tributária p/ PGE-MA ± 2016 
Teoria e Exercícios - Prof. Alexandre JK ± Aula 01 
Prof. Alexandre JK www.estrategiaconcursos.com.br Página 32 de 60 
 
§ 3º Na hipótese de entrega de mercadoria ou bem importados do 
exterior antes do desembaraço aduaneiro, considera-se ocorrido o fato 
gerador neste momento, devendo a autoridade responsável, salvo 
disposição em contrário, exigir a comprovação do pagamento do 
imposto. (Parágrafo acrescido pela Lei Complementar nº 114, de 
16/12/2002) 
 
Pessoal, já vimos os fatos geradores e os 
locais onde se consideram ocorridos. Agora 
veremos os momentos em que se 
consideram ocorridos, informação importante para fins de pagamento do 
imposto. Irei comentar muito pouco sobre essas hipóteses, pois jáexplicamos praticamente todas elas. Percebam que a maioria segue uma 
correlação lógica com a própria essência do ICMS. Acredito que uma 
pequena leitura desses incisos seja suficiente para a memorização. Se 
houver dúvidas, por favor me perguntem. 
 Apenas acho interessante apenas comentar sobre o caso da 
importação. Já vimos que o ICMS incide nesse caso. O momento a ser 
considerado é o do desembaraço aduaneiro, que representa a liberação 
de uma mercadoria pela alfândega para a entrada no país. Define-se como 
sendo o ato final ao despacho aduaneiro, ou seja, é o procedimento pelo 
qual o órgão federal considera a operação de importação terminada. Então, 
a partir deste momento as mercadorias podem ser liberadas ao importador. 
Assim sendo, regra geral, a mercadoria ou bem não poderão ser liberados 
antes do pagamento do ICMS (§ 2º). Entretanto, se por um motivo, seja 
ele qual for, a mercadoria for liberada ANTES do desembaraço, considera-
se o fato gerador do imposto ocorrido nesse momento (§ 3º). 
 Por fim, gostaria de comentar sobre a previsão do § 1º. Quando o 
serviço for prestado mediante pagamento em ficha, cartão ou 
02468062140
02468062140 - WINDSON JOSE DAVID E SILVA
Legislação Tributária p/ PGE-MA ± 2016 
Teoria e Exercícios - Prof. Alexandre JK ± Aula 01 
Prof. Alexandre JK www.estrategiaconcursos.com.br Página 33 de 60 
assemelhados, vimos que o a lógica do local da prestação é invertida. 
Nesse caso saibam que o fato gerador também não ocorre pela utilização 
do serviço e sim no momento do FORNECIMENTO desses instrumentos 
que possibilitam a comunicação. Assim sendo, lembrem-se que nessa 
situação a lógica é toda invertida! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
02468062140
02468062140 - WINDSON JOSE DAVID E SILVA
Legislação Tributária p/ PGE-MA ± 2016 
Teoria e Exercícios - Prof. Alexandre JK ± Aula 01 
Prof. Alexandre JK www.estrategiaconcursos.com.br Página 34 de 60 
QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS 
 
Q.01 ± (CESPE ± AGENTE FISCAL ± SEFAZ AL ± 2002) 
O ICMS incide sobre a entrada de mercadoria importada do exterior, 
ainda que se trate de bem destinado a consumo ou ativo fixo do 
estabelecimento, assim como sobre serviço cuja prestação tenha-
se iniciado no exterior. 
 
Q.02 ± (CESPE ± AGENTE FISCAL ± SEFAZ AL ± 2002) 
O ICMS não incide sobre o fornecimento de mercadorias com 
prestação de serviços compreendidos na competência tributária 
dos municípios. 
 
Q.03 ± (CESPE ± TÉCNICO FISCAL ± SEFAZ AL ± 2002) 
O ICMS incide sobre as operações que destinem a outro estado 
energia elétrica ou petróleo, inclusive lubrificantes ou combustíveis 
líquidos e gasosos dele derivados 
 
Q.04 ± (CESPE ± FISCAL ESTADUAL ± SEFAZ AC ± 2006) 
Assinale a opção que apresenta uma situação sobre a qual não 
incide imposto sobre operações relativas à circulação de 
mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte 
interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS). 
a) Operação de arrendamento mercantil. 
b) Serviço de transporte de carga para dentro do estado do Acre, cuja 
prestação se tenha iniciado no exterior. 
02468062140
02468062140 - WINDSON JOSE DAVID E SILVA
Legislação Tributária p/ PGE-MA ± 2016 
Teoria e Exercícios - Prof. Alexandre JK ± Aula 01 
Prof. Alexandre JK www.estrategiaconcursos.com.br Página 35 de 60 
c) Entrada no território do estado do Acre de mercadoria sujeita ao regime 
de pagamento antecipado do imposto, proveniente de outra unidade 
federada. 
d) Na adjudicação ou arrematação, em hasta pública, de mercadoria 
abandonada de contribuinte importador. 
 
Q.05 ± (CESPE ± FISCAL ESTADUAL ± SEFAZ AC ± 2006) 
Com relação às operações de circulação de mercadorias, incide o 
ICMS sobre 
a) operação que destine lubrificantes derivados do petróleo a outra unidade 
federada, para industrialização. 
b) operação com ouro, quando definido em lei como instrumento cambial. 
c) operação com periódicos e livros. 
d) operação de fornecimento de alimentação e bebidas em qualquer 
estabelecimento, incluídos os serviços prestados. 
 
Q.06 ± (CESPE ± FISCAL ESTADUAL ± SEFAZ AC ± 2009) 
A respeito do local da operação ou da prestação do ICMS, assinale 
a opção incorreta. 
a) O do estabelecimento da concessionária ou permissionária que fornecer 
a ficha, cartão, selo postal ou qualquer outro instrumento assemelhado, 
quando a prestação for efetuada por meio desses instrumentos. 
b) Para efeitos de cobrança do imposto, no caso de mercadoria, será 
considerado o local da operação o do estabelecimento onde se encontre a 
mercadoria no momento em que ocorrer o fato gerador. 
02468062140
02468062140 - WINDSON JOSE DAVID E SILVA
Legislação Tributária p/ PGE-MA ± 2016 
Teoria e Exercícios - Prof. Alexandre JK ± Aula 01 
Prof. Alexandre JK www.estrategiaconcursos.com.br Página 36 de 60 
c) No caso de mercadoria importada do exterior, ainda que se destine a uso 
de um estabelecimento, o local da operação será o do domicílio, no estado 
do Acre, do adquirente, quando este não for estabelecido. 
d) Quando o serviço de comunicação for prestado por meio de satélite, o 
local da operação será o estabelecimento do tomador do serviço, quando a 
prestação do serviço for gratuita. 
 
Q.07 ± (ESAF ± AGENTE FISCAL ± SEFAZ PI ± 2001 - adaptada) 
A empresa ALFA Arrendamento Mercantil, estabelecida no Piauí, 
adquiriu duas máquinas produzidas em São Paulo, máquina A e 
máquina B, para arrendá-las pelo prazo de 3 anos à empresa BETA 
Industrial Ltda., também estabelecida no Piauí. Ao final do prazo de 
arrendamento, a arrendatária exerceu a opção de compra para a 
máquina B e devolveu a máquina A. Considerando as operações 
descritas, assinale a opção correta. 
a) Na saída das máquinas da empresa ALFA para a empresa BETA incide 
ICMS. 
b) No retorno da máquina A para a arrendadora ALFA incide o ICMS sendo 
a base de cálculo o valor residual garantido (preço estipulado no contrato 
para exercício da opção de compra). 
c) No retorno da máquina A para a arrendadora ALFA incide o ICMS, não 
podendo a base de cálculo ser inferior ao valor de mercado da máquina. 
d) Na venda das máquinas A e B à Alpha incide ICMS. 
e) Em nenhuma das operações (quer de saída das máquinas da 
arrendadora para a arrendatária, quer do retorno para a arrendadora, quer 
pelo exercício da opção de compra) incide ICMS, por se tratar de operações 
especiais sujeitas ao controle do Banco Central 
 
02468062140
02468062140 - WINDSON JOSE DAVID E SILVA
Legislação Tributária p/ PGE-MA ± 2016 
Teoria e Exercícios - Prof. Alexandre JK ± Aula 01 
Prof. Alexandre JK www.estrategiaconcursos.com.br Página 37 de 60 
Q.08 ± (ESAF ± AUDITOR FISCAL ± SEFAZ MG ± 2005) 
João adquiriu, no estabelecimento comercial varejista Loja A, bem 
de consumo durável, obtendo financiamento da instituição 
financeira X. Como garantia do financiamento, o bem ficou alienado 
fiduciariamente à instituição X. João não adimpliu o financiamento, 
e X executou a garantia. Considerando a situação descrita, assinale 
as assertivas abaixo com (F) para falsa e (V) para verdadeira e, a 
seguir, assinale a opção que indica a seqüência correta. 
( ) Na saída do bem de Loja A para João, incide o ICMS. 
( ) Na transmissão do domínio do bem de João para X, não incide o ICMS. 
( ) Na transferência da posse do bem de João para X em virtude da 
execução da garantia em razão do inadimplemento de João, incide o ICMS. 
a) F, V, F 
b) V, F, V 
c) V, F, F 
d) F, F, V 
e) V, V, F 
 
Q.09 ± (ESAF ± AUDITORFISCAL ± SEFAZ RN ± 2005) 
Considerando as normas do Estado do Rio Grande do Norte, 
relativas ao imposto sobre a circulação de mercadorias e sobre a 
prestação de serviços de sua competência (ICMS), assinale os 
enunciados abaixo com F para falso e V para verdadeiro e, a seguir, 
assinale a opção que indica a seqüência correta. 
( ) A pessoa física que, mesmo sem habitualidade, importe mercadorias do 
exterior, é contribuinte do imposto. 
02468062140
02468062140 - WINDSON JOSE DAVID E SILVA
Legislação Tributária p/ PGE-MA ± 2016 
Teoria e Exercícios - Prof. Alexandre JK ± Aula 01 
Prof. Alexandre JK www.estrategiaconcursos.com.br Página 38 de 60 
( ) A pessoa jurídica domiciliada no Rio Grande do Norte que adquira 
energia elétrica oriunda de outro Estado, para comercialização, é 
contribuinte do imposto na entrada do Estado. 
( ) O lançamento do imposto considera-se tacitamente homologado após 
cinco anos, contados a partir do primeiro dia do mês seguinte ao de sua 
efetivação. 
( ) É isento de ICMS o consumo residencial de energia elétrica. 
a) F, V, V, F 
b) V, V, F, F 
c) V, F, F, F 
d) F, F, V, V 
e) F, F, V, F 
 
Q.10 ± (FCC ± AGENTE FISCAL ± SEFAZ SP ± 2006) 
Analise os eventos abaixo e relacione o local da operação com a 
correspondente situação: 
I. Tratando-se de mercadoria ou bem, quando em situação irregular, o do 
estabelecimento transportador. 
II. Tratando-se de serviço de transporte, quando em situação fiscal 
irregular pela falta de documentação fiscal do transporte, onde se encontre 
o transportador. 
III. Transportador autônomo estabelecido no Paraná contratado por 
empresa de São Paulo para trazer gado de Mato Grosso do Sul até 
Esteio/RS, paga o ICMS sobre o transporte para São Paulo. 
IV. Tratando-se de prestação onerosa de serviço de comunicação prestado 
por meio de satélite, o do estabelecimento ou domicílio do tomador do 
serviço. 
02468062140
02468062140 - WINDSON JOSE DAVID E SILVA
Legislação Tributária p/ PGE-MA ± 2016 
Teoria e Exercícios - Prof. Alexandre JK ± Aula 01 
Prof. Alexandre JK www.estrategiaconcursos.com.br Página 39 de 60 
Para efeito de cobrança do ICMS, há relacionamento correto 
APENAS em 
a) II e IV. 
b) II e III. 
c) I e II. 
d) II. 
e) I. 
 
Q.11 ± (FCC ± AGENTE FISCAL ± SEFAZ SP ± 2006) 
Ocorre o fato gerador do ICMS, 
a) na prestação de serviços compreendida na competência tributária dos 
municípios, se houver fornecimento de mercadoria. 
b) na prestação de serviços não-compreendidos na competência tributária 
dos municípios. 
c) no fornecimento de mercadoria com prestação de serviços 
compreendidos na competência tributária dos municípios, mas que, por 
indicação expressa da Lei no 6.374/89, que dispõe sobre a instituição do 
ICMS no Estado de São Paulo, sujeitem- se à incidência do imposto de 
competência estadual. 
d) no fornecimento de mercadoria com prestação de serviços 
compreendidos na competência tributária dos municípios, mas que, por 
indicação de lei complementar, sujeitem-se à incidência do imposto de 
competência estadual. 
e) no fornecimento de mercadoria com prestação de serviços 
compreendidos na competência tributária dos municípios, mas que, por 
indicação da lei municipal, sujeitem-se à incidência do imposto de 
competência estadual. 
02468062140
02468062140 - WINDSON JOSE DAVID E SILVA
Legislação Tributária p/ PGE-MA ± 2016 
Teoria e Exercícios - Prof. Alexandre JK ± Aula 01 
Prof. Alexandre JK www.estrategiaconcursos.com.br Página 40 de 60 
 
Q.12 ± (FCC ± AGENTE FISCAL ± SEFAZ SP ± 2009) 
O local das operações relativas à circulação de mercadorias e das 
prestações de serviços é fundamental para a definição do sujeito 
ativo da obrigação principal, titular da competência para exigir o 
cumprimento da obrigação tributária, como também para a 
definição do sujeito passivo responsável pelo seu cumprimento. 
Com base no art. 11 da Lei Complementar no 87/96, NÃO é devido 
ao Estado de São Paulo o imposto decorrente de 
a) importação de mercadoria do exterior, desembaraçada no porto de Vila 
Velha-ES, e enviada diretamente para estabelecimento comercial localizado 
em Campinas-SP. 
b) apreensão de mercadoria por AFR, em um plantão rodoviário, na Rodovia 
Castelo Branco, no município de Cravinhos-SP, a qual se encontrava em 
situação irregular pela falta de documentação fiscal. 
c) importação de mercadoria do exterior, apreendida pela Receita Federal 
no aeroporto de Viracopos, em Campinas-SP, leiloada em Londrina-PR e 
arrematada por comerciante de Cotia-SP. 
d) aquisição de bens destinados a uso ou consumo do estabelecimento, por 
contribuinte de Cotia-SP, oriundos de empresa localizada em Betim-MG, 
relativamente ao diferencial de alíquota. 
e) fornecimento de energia elétrica pela Usina Hidrelétrica de Furnas, 
estabelecida no rio Corumbá, em Caldas Novas-GO, para adquirente de 
Serra Negra-SP. 
 
Q.13 ± (FCC ± AUDITOR FISCAL ± SEFAZ RO ± 2010) 
Contribuinte é 
02468062140
02468062140 - WINDSON JOSE DAVID E SILVA
Legislação Tributária p/ PGE-MA ± 2016 
Teoria e Exercícios - Prof. Alexandre JK ± Aula 01 
Prof. Alexandre JK www.estrategiaconcursos.com.br Página 41 de 60 
I. qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com ou sem 
habitualidade, operações de circulação de mercadoria ou prestações de 
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação. 
II. qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com habitualidade ou 
em volume que caracterize intuito comercial, operação de circulação de 
mercadoria que se inicie no exterior. 
III. a pessoa, física ou jurídica, que, mesmo sem habitualidade ou intuito 
comercial, seja destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja 
prestação se tenha iniciado no exterior. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) II e III. 
b) III. 
c) I. 
d) I e III. 
e) II. 
 
Q.14 ± (FCC ± AUDITOR FISCAL ± SEFAZ RJ ± 2014) 
A empresa ABC tem matriz localizada neste Estado, cuja atividade 
principal é a venda no atacado de mercadorias em geral, sendo que 
seus principais clientes são varejistas e pequenas indústrias, 
localizadas neste Estado, nos Estados de Minas Gerais e Bahia e no 
exterior. Neste contexto, temos uma hipótese de não incidência do 
ICMS na saída de mercadoria da matriz 
a) com destino a outro estabelecimento da mesma empresa, localizado em 
outro Estado, para posterior exportação. 
b) para depósito, em nome do remetente, em armazém geral, localizado 
em Minas Gerais. 
02468062140
02468062140 - WINDSON JOSE DAVID E SILVA
Legislação Tributária p/ PGE-MA ± 2016 
Teoria e Exercícios - Prof. Alexandre JK ± Aula 01 
Prof. Alexandre JK www.estrategiaconcursos.com.br Página 42 de 60 
c) com destino à empresa transportadora paulista, contratada por cliente 
varejista, para transportar a mercadoria até seu estabelecimento na Bahia. 
d) com destino à varejista paulista, a título de venda, com o intuito de ser 
utilizada como ativo permanente. 
e) com destino à indústria, localizada neste Estado, para ser utilizada como 
insumo de produto a ser exportado. 
 
Q.15 ± (FCC ± AUDITOR FISCAL ± SEFAZ RJ ± 2014) 
O Hotel Qbela Praia, localizado no litoral do Estado de São Paulo, 
possui um restaurante na cobertura, com vista panorâmica, onde 
são servidos o café da manhã, o almoço e o jantar, e também possui 
serviço de quarto 24 horas, que serve refeições e bebidas com 
cardápio e preços diferenciados, e frigobar nos apartamentos de 
luxo. Considerando estas informações, NÃO há incidência de ICMSa) no jantar, serviço no restaurante, desde que o hóspede tenha optado 
pela tarifa de hospedagem que incluía o valor da refeição. 
b) no café da manhã, servido no quarto, desde que o pagamento seja 
realizado no dia de saída do hotel, no momento do fechamento da conta. 
c) no almoço, servido no restaurante, desde que o cliente opte pelo buffet 
de preço fixo e o pagamento seja realizado no dia da saída do hotel. 
d) no almoço, servido no restaurante, desde que os insumos utilizados 
estejam sujeitos à isenção do ICMS e as bebidas estejam no regime de 
substituição tributária. 
e) no café da manhã, servido no restaurante, desde que o cliente opte pelo 
buffet de preço fixo e as bebidas estejam sujeitas à substituição tributária. 
 
 
02468062140
02468062140 - WINDSON JOSE DAVID E SILVA
Legislação Tributária p/ PGE-MA ± 2016 
Teoria e Exercícios - Prof. Alexandre JK ± Aula 01 
Prof. Alexandre JK www.estrategiaconcursos.com.br Página 43 de 60 
AULA 01: GABARITO 
 
 
GABARITO 
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 
C C E A D D D E C A D C A A A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
02468062140
02468062140 - WINDSON JOSE DAVID E SILVA
Legislação Tributária p/ PGE-MA ± 2016 
Teoria e Exercícios - Prof. Alexandre JK ± Aula 01 
Prof. Alexandre JK www.estrategiaconcursos.com.br Página 44 de 60 
QUESTÕES COMENTADAS 
 
Q.01 ± (CESPE ± AGENTE FISCAL ± SEFAZ AL ± 2002) 
O ICMS incide sobre a entrada de mercadoria importada do exterior, ainda 
que se trate de bem destinado a consumo ou ativo fixo do estabelecimento, 
assim como sobre serviço cuja prestação tenha-se iniciado no exterior. 
Comentários: 
O ICMS incide na importação no momento do desembaraço aduaneiro. Esse 
é um dos fatos geradores do imposto que não dependem de nada, apenas 
da conduta de importar. 
GABARITO: C 
 
Q.02 ± (CESPE ± AGENTE FISCAL ± SEFAZ AL ± 2002) 
O ICMS não incide sobre o fornecimento de mercadorias com prestação de 
serviços compreendidos na competência tributária dos municípios. 
Comentários: 
Regra geral isso está correto! Se uma prestação de serviço estiver contida 
na lista anexa da LC 116/03 e houver o fornecimento de mercadorias 
concomitante a ela, incidirá apenas o ISS. Entretanto, há algumas 
hipóteses de exceção previstas na lista anexa em que inicidirá o ISS sobre 
o serviço e o ICMS sobre as mercadorias. Como a questão foi genérica, é 
possível afirmar que está correta. 
GABARITO: C 
 
 
 
02468062140
02468062140 - WINDSON JOSE DAVID E SILVA
Legislação Tributária p/ PGE-MA ± 2016 
Teoria e Exercícios - Prof. Alexandre JK ± Aula 01 
Prof. Alexandre JK www.estrategiaconcursos.com.br Página 45 de 60 
Q.03 ± (CESPE ± TÉCNICO FISCAL ± SEFAZ AL ± 2002) 
O ICMS incide sobre as operações que destinem a outro estado energia 
elétrica ou petróleo, inclusive lubrificantes ou combustíveis líquidos e 
gasosos dele derivados 
Comentários: 
Essa é uma imunidade prevista na constituição. O ICMS NÃO incidirá nessas 
operações. A ideia foi deixar todo o imposto para o Estado que for consumir 
a mercadoria. 
GABARITO: E 
 
Q.04 ± (CESPE ± FISCAL ESTADUAL ± SEFAZ AC ± 2006) 
Assinale a opção que apresenta uma situação sobre a qual não incide 
imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre 
prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de 
comunicação (ICMS). 
a) Operação de arrendamento mercantil. 
Essa é uma operação similar a um financiamento. Portanto, não é uma 
operação de circulação de mercadorias, não incidindo o ICMS, regra geral. 
Alternativa correta. 
b) Serviço de transporte de carga para dentro do estado do Acre, 
cuja prestação se tenha iniciado no exterior. 
O ICMS não incide sobre prestação de serviços de transporte internacionais. 
Muito cuidado com a previsão dos regulamentos que diz incidir ICMS sobre 
o ato final de transporte quando ele for iniciado no exterior. Apesar de 
haver essa previsão, a CF não atribui competência para os Estados sobre 
esse fato gerador. Fique atento, pois na prova, se for exigida a literalidade, 
e não houver outra questão absurda, marque como correta! Alternativa 
incorreta. 
02468062140
02468062140 - WINDSON JOSE DAVID E SILVA
Legislação Tributária p/ PGE-MA ± 2016 
Teoria e Exercícios - Prof. Alexandre JK ± Aula 01 
Prof. Alexandre JK www.estrategiaconcursos.com.br Página 46 de 60 
c) Entrada no território do estado do Acre de mercadoria sujeita ao 
regime de pagamento antecipado do imposto, proveniente de outra 
unidade federada. 
O regime de antecipação é uma espécie de substituição tributária aplicada 
a compras interestaduais, onde haverá a incidência do ICMS. Alternativa 
incorreta. 
d) Na adjudicação ou arrematação, em hasta pública, de 
mercadoria abandonada de contribuinte importador. 
Nessa situação, ocorrerá a incidência do ICMS independentemente de 
qualquer fator. Alternativa incorreta. 
GABARITO: A 
 
Q.05 ± (CESPE ± FISCAL ESTADUAL ± SEFAZ AC ± 2006) 
Com relação às operações de circulação de mercadorias, incide o ICMS 
sobre 
a) operação que destine lubrificantes derivados do petróleo a outra 
unidade federada, para industrialização. 
Essas mercadorias não incidem na saída de um Estado para outro devido à 
imunidade constitucional. Alternativa incorreta. 
b) operação com ouro, quando definido em lei como instrumento 
cambial. 
Essa é uma outra imunidade constitucional. Nessa situação o ouro não está 
sendo utilizado como mercadoria. Não é a mesma situação de quando você 
compra uma jóia em uma loja de um shopping. Aqui, o outro está sendo 
utilizado como lastro de uma operação financeira sujeita ao IOF. Alternativa 
incorreta. 
c) operação com periódicos e livros. 
02468062140
02468062140 - WINDSON JOSE DAVID E SILVA
Legislação Tributária p/ PGE-MA ± 2016 
Teoria e Exercícios - Prof. Alexandre JK ± Aula 01 
Prof. Alexandre JK www.estrategiaconcursos.com.br Página 47 de 60 
Os livros e periódicos estão livres do ICMS devido a imunidade 
constitucional. Alternativa incorreta. 
d) operação de fornecimento de alimentação e bebidas em qualquer 
estabelecimento, incluídos os serviços prestados. 
Vimos que nesse caso o ICMS incidirá sobre TUDO. Alternativa correta. 
GABARITO: D 
 
Q.06 ± (CESPE ± FISCAL ESTADUAL ± SEFAZ AC ± 2009) 
A respeito do local da operação ou da prestação do ICMS, assinale a opção 
incorreta. 
a) O do estabelecimento da concessionária ou permissionária que 
fornecer a ficha, cartão, selo postal ou qualquer outro instrumento 
assemelhado, quando a prestação for efetuada por meio desses 
instrumentos. 
Na prestação de serviços de comunicação que houver o fornecimento de 
ficha, cartão, selo postal ou qualquer outro instrumento assemelhado o 
local do fato gerador será o do estabelecimento da concessionária ou da 
permissionária. Alternativa correta. 
b) Para efeitos de cobrança do imposto, no caso de mercadoria, 
será considerado o local da operação o do estabelecimento onde se 
encontre a mercadoria no momento em que ocorrer o fato gerador. 
Perfeito. Na saída de uma mercadoria, o local para efeitos do fato gerador 
será o do estabelecimento em que ocorrer essa operação. Alternativa 
correta. 
c) No caso de mercadoria importada do exterior, ainda que se 
destine a uso de um estabelecimento, o local da operação será o do 
domicílio, no estado do Acre, do adquirente, quando este não for 
estabelecido. 
02468062140
02468062140 - WINDSON JOSE DAVID E SILVA
Legislação Tributária

Outros materiais