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05.7 Ascensão da China na economia mundial

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Ascensão da China na economia 
mundial 
BIBLIOGRAFIA: 
PINTO, E. C. (2011) O eixo sino-americano e as 
transformações do sistema mundial: tensões e 
complementaridades comerciais, produtivas e 
financeiras. In: LEÃO, R. P. F., PINTO, E. C. e ACIOLY, 
L. A China na Nova Configuração Global: impactos 
políticos e econômicos. Brasília: Ipea. 
 
Nova conjuntura do sistema político e 
econômico global 
• Ampliação do unilateralismo norte-americano 
– Guerra no Afeganistão e Iraque 
– Luta contra o terrorismo 
• Políticas fiscal e monetária expansionistas 
• (Res)Surgimento de novos atores: Rússia, 
Índia, China 
 Sistema internacional unipolar, mas com 
redução do poder relativo dos EUA 
 
Antecedentes da ascensão chinesa 
• Reformas de 1978 
– Possibilidade de comercialização do excedente 
agrícola 
– Agressivo programa de promoção das exportações e 
proteção do mercado interno 
– Formação de grandes empresas estatais e redefinição 
da relação entre planejamento e mercado 
– Promoção de empresas coletivas 
– Transição gradual de um sistema de preços 
controlados para um sistema misto de preços 
regulados, controlados e de mercado 
Antecedentes da ascensão chinesa 
• Criação de Zonas Econômicas Especiais (ZEEs) 
– zonas de processamento de exportações em 
escala superior 
– Configuradas como objetivo de atrair 
investimentos estrangeiros 
– Benefícios fiscais, infraestrutura, menos 
burocracia, salários flexíveis etc. 
 
Antecedentes da ascensão chinesa 
• Criação de 14 Zonas de Desenvolvimento 
Econômico e Tecnológico (ZDET), “cidades 
abertas” – 1984 
• Fim do monopólio estatal do comércio exterior – 
1986 
• Repressão à manifestação de estudantes na Praça 
da Paz Celestial – 1989 
• Grande Compromisso – garantia do processo de 
reformas e abertura após enfrentamentos de 
Deng Xiaoping no âmbito do PCC 
 
 
Antecedentes da ascensão chinesa 
• Política industrial 
– Seleção de 120 grupos empresariais para formar 
um “national team” em setores de importância 
estratégica voltados para o enfrentamento das 
grandes empresas multinacionais nos mercados 
chineses e mundiais 
– Diversificação das exportações por meio de 
política tecnológica, de investimentos e 
modernização da infraestrutura 
• Adesão à OMC em 2001 
 
 
 
Taxa de crescimento real do PIB 
Fonte: Pinto (2011: 26) 
Participação no PIB global (em %) 
Fonte: Pinto (2011: 57-8) 
China e EUA 
• Dinâmica de acumulação capitalista mundial: 
liderada por EUA e China em substituição à 
tríade EUA-Alemanha-Japão 
• Três dimensões: 
– Comércio exterior 
– IDE 
– Conexões entre reservas internacionais chinesas e 
títulos do Tesouro dos EUA 
Comércio exterior 
• Mudança nas participações dos EUA e China 
no comércio exterior 
• Consolidação da China como exportador de 
produtos de alta tecnologia 
Participação nas exportações e 
importações globais: EUA e China (em %) 
Fonte: Pinto (2011: 35) 
Fonte: Pinto (2011: 40) 
Fonte: Pinto (2011: 41) 
Aumento do conteúdo tecnológico das 
exportações chinesas 
1. Crédito subsidiado 
2. Incentivos fiscais para os investimentos 
estrangeiros de alta tecnologia 
3. Estímulo ao IDE em área de alta tecnologia 
com transferência de tecnologia e exigência 
de conteúdo nacional 
 
Integração da cadeia produtiva global 
• Duas formas através das quais as firmas 
multinacionais exercem maior controle de 
seus ativos em escala global: 
– IDE – de mais fácil identificação 
– Terceirização – de difícil identificação, pois parte 
do processo não se dá via IDE, mas sim por meio 
do comércio entre firmas da cadeia de valor 
• Países asiáticos (Japão, Taiwan, Coreia do Sul) fornecem 
suprimento de máquinas, equipamentos, peças para a 
indústria chinesa, que os transforma e reexporta para 
os EUA 
IDE: fluxos e estoques para China e 
Hong Kong (US$ bilhões) 
Fonte: Pinto (2011: 48) 
Relocalização e desverticalização da 
firma norte-americana 
Fonte: Pinto (2011: 49) 
Relocalização e desverticalização da 
firma norte-americana 
Fonte: Pinto (2011: 49) 
Relocalização e desverticalização da 
firma norte-americana 
• Apesar do IDE norte-americano na China ser 
crescente, o processo de globalização produtiva 
tem criado uma nova forma de organização 
industrial por meio da terceirização do processo 
produtivo 
• As empresas norte-americanas de marcas 
mundiais permanecem no topo do processo 
produtivo: parte do déficit comercial norte-
americano com a China esconde o processo de 
relocalização produtiva 
As conexões financeiras 
• China como principal comprador de títulos 
públicos norte-americanos (reservas 
internacionais) 
Fonte: Pinto (2011: 56) 
Considerações sobre a política 
industrial chinesa 
• A China não pode ser considerada 
“maquilladora”: 
– O IDE na China ocorre com transferência 
tecnológica 
– Esforço do governo chinês em desenvolver 
capacidades tecnológicas e garantir 
competitividade global para suas firmas: Huawei, 
Chery Automobile 
EUA e China na dinâmica 
macroeconômica global 
• Eixo sino-americano dita a dinâmica da 
acumulação capitalista 
• Crise de 2008: recuperação lenta nos EUA, e 
rápida na China 
– Ainda que não seja capaz de contra-arrestar 
totalmente os efeitos da desaceleração norte-
americana, o crescimento chinês tem contribuído 
para sustentar o crescimento mundial 
Fonte: Pinto (2011: 58-9) 
Considerações finais 
• Ascensão da China no cenário mundial 
provoca mudança na dinâmica 
macroeconômica e de acumulação capitalista 
• Esferas de comércio e produtiva 
• Perspectivas quanto a: continuidade do 
crescimento chinês, e possíveis 
complementaridades entre EUA e China

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