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Ascensão da China na economia mundial BIBLIOGRAFIA: PINTO, E. C. (2011) O eixo sino-americano e as transformações do sistema mundial: tensões e complementaridades comerciais, produtivas e financeiras. In: LEÃO, R. P. F., PINTO, E. C. e ACIOLY, L. A China na Nova Configuração Global: impactos políticos e econômicos. Brasília: Ipea. Nova conjuntura do sistema político e econômico global • Ampliação do unilateralismo norte-americano – Guerra no Afeganistão e Iraque – Luta contra o terrorismo • Políticas fiscal e monetária expansionistas • (Res)Surgimento de novos atores: Rússia, Índia, China Sistema internacional unipolar, mas com redução do poder relativo dos EUA Antecedentes da ascensão chinesa • Reformas de 1978 – Possibilidade de comercialização do excedente agrícola – Agressivo programa de promoção das exportações e proteção do mercado interno – Formação de grandes empresas estatais e redefinição da relação entre planejamento e mercado – Promoção de empresas coletivas – Transição gradual de um sistema de preços controlados para um sistema misto de preços regulados, controlados e de mercado Antecedentes da ascensão chinesa • Criação de Zonas Econômicas Especiais (ZEEs) – zonas de processamento de exportações em escala superior – Configuradas como objetivo de atrair investimentos estrangeiros – Benefícios fiscais, infraestrutura, menos burocracia, salários flexíveis etc. Antecedentes da ascensão chinesa • Criação de 14 Zonas de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico (ZDET), “cidades abertas” – 1984 • Fim do monopólio estatal do comércio exterior – 1986 • Repressão à manifestação de estudantes na Praça da Paz Celestial – 1989 • Grande Compromisso – garantia do processo de reformas e abertura após enfrentamentos de Deng Xiaoping no âmbito do PCC Antecedentes da ascensão chinesa • Política industrial – Seleção de 120 grupos empresariais para formar um “national team” em setores de importância estratégica voltados para o enfrentamento das grandes empresas multinacionais nos mercados chineses e mundiais – Diversificação das exportações por meio de política tecnológica, de investimentos e modernização da infraestrutura • Adesão à OMC em 2001 Taxa de crescimento real do PIB Fonte: Pinto (2011: 26) Participação no PIB global (em %) Fonte: Pinto (2011: 57-8) China e EUA • Dinâmica de acumulação capitalista mundial: liderada por EUA e China em substituição à tríade EUA-Alemanha-Japão • Três dimensões: – Comércio exterior – IDE – Conexões entre reservas internacionais chinesas e títulos do Tesouro dos EUA Comércio exterior • Mudança nas participações dos EUA e China no comércio exterior • Consolidação da China como exportador de produtos de alta tecnologia Participação nas exportações e importações globais: EUA e China (em %) Fonte: Pinto (2011: 35) Fonte: Pinto (2011: 40) Fonte: Pinto (2011: 41) Aumento do conteúdo tecnológico das exportações chinesas 1. Crédito subsidiado 2. Incentivos fiscais para os investimentos estrangeiros de alta tecnologia 3. Estímulo ao IDE em área de alta tecnologia com transferência de tecnologia e exigência de conteúdo nacional Integração da cadeia produtiva global • Duas formas através das quais as firmas multinacionais exercem maior controle de seus ativos em escala global: – IDE – de mais fácil identificação – Terceirização – de difícil identificação, pois parte do processo não se dá via IDE, mas sim por meio do comércio entre firmas da cadeia de valor • Países asiáticos (Japão, Taiwan, Coreia do Sul) fornecem suprimento de máquinas, equipamentos, peças para a indústria chinesa, que os transforma e reexporta para os EUA IDE: fluxos e estoques para China e Hong Kong (US$ bilhões) Fonte: Pinto (2011: 48) Relocalização e desverticalização da firma norte-americana Fonte: Pinto (2011: 49) Relocalização e desverticalização da firma norte-americana Fonte: Pinto (2011: 49) Relocalização e desverticalização da firma norte-americana • Apesar do IDE norte-americano na China ser crescente, o processo de globalização produtiva tem criado uma nova forma de organização industrial por meio da terceirização do processo produtivo • As empresas norte-americanas de marcas mundiais permanecem no topo do processo produtivo: parte do déficit comercial norte- americano com a China esconde o processo de relocalização produtiva As conexões financeiras • China como principal comprador de títulos públicos norte-americanos (reservas internacionais) Fonte: Pinto (2011: 56) Considerações sobre a política industrial chinesa • A China não pode ser considerada “maquilladora”: – O IDE na China ocorre com transferência tecnológica – Esforço do governo chinês em desenvolver capacidades tecnológicas e garantir competitividade global para suas firmas: Huawei, Chery Automobile EUA e China na dinâmica macroeconômica global • Eixo sino-americano dita a dinâmica da acumulação capitalista • Crise de 2008: recuperação lenta nos EUA, e rápida na China – Ainda que não seja capaz de contra-arrestar totalmente os efeitos da desaceleração norte- americana, o crescimento chinês tem contribuído para sustentar o crescimento mundial Fonte: Pinto (2011: 58-9) Considerações finais • Ascensão da China no cenário mundial provoca mudança na dinâmica macroeconômica e de acumulação capitalista • Esferas de comércio e produtiva • Perspectivas quanto a: continuidade do crescimento chinês, e possíveis complementaridades entre EUA e China
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