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AULA – 01.11.02 
 
 
 
1. Da Prevenção 
1.1. Noções 
O ECA estabelece nos artigos 70 a 85 o Título “Da Prevenção”, onde preceitua 
medidas que devem ser tomadas para se evitar que qualquer mal aconteça aos seres em 
desenvolvimento. Caso estas não sejam realizadas quando necessárias responderá o autor 
da ação ou omissão, pessoa física ou jurídica, esta administrativamente (arts. 245 ao 258 do 
ECA), aquelas criminalmente e administrativamente (arts. 225 ao 258). Para tanto dividiu 
tal titulo em geral e especial. 
 
1.2. Prevenção Geral 
Compreende os artigos 70 a 73, do ECA. Inicia o capitulo dispondo ser dever de 
todos, sociedade, família, Estado, prevenir, atuar antes que o fato aconteça, a ocorrência de 
ameaça ou violação dos direitos da criança e do adolescente. É importante se frisar que as 
normas dispostas neste Capitulo se aplicam subsidiariamente às regras dispostas na parte 
onde se trata da prevenção especial, pois, havendo regra especial esta deverá ser aplicada. 
 
1.3. Prevenção Especial 
Em tal Capítulo o ECA estabelece normas a serem observadas com o objetivo de 
garantir à criança e ao adolescente o acesso a informação, cultura, lazer, esportes, diversões 
e espetáculos, compreende ainda, o fornecimento de produtos e serviços, como também de 
autorização para viagens. 
 
1.3.1. Informação, Cultura, Lazer, Esportes, Diversões e Espetáculos (arts. 74 
ao 80, ECA) 
Embora esteja abolida a censura no Brasil o ECA estabelece ser dever do Poder 
Público regular diversões e espetáculos públicos informando a classificação adequada. A 
programação de rádios e televisão também deverá apresentar a faixa etária recomendada 
àquela exibição, estando incurso nas sanções dos artigos 252 a 254, do ECA, caso não a 
faça. 
Por outro lado, é direito da criança e do adolescente ingressarem nestes ambientes, 
mas se forem menores de 10 (dez) anos, somente o farão acompanhados pelos pais ou 
responsáveis. As revistas e materiais que divulguem matéria ou fotografias impróprias para 
menores deverão embalá- las com capa opaca, de forma a evitar que de fora se tome 
conhecimento do conteúdo. 
 
1.3.2. Produtos e Serviços (arts. 81 e 82, ECA) 
Nesta seção o ECA, estabelece que é proibido vender armas, munições, explosivos, 
bebida alcoólica de qualquer teor, produtos que possam causar dependência física ou 
psíquica, fogos de estampido cujo potencial possa causar danos, revistas e publicações, 
pornográficas e bilhetes lotéricos ou equivalentes a criança ou adolescente. A infração a 
estas vedações sujeitará o autor às penas dos artigos 242 ao 244 e 257, do ECA. 
 
1.3.3. Hospedagem 
O artigo 82, do ECA estabelece que é proibida a hospedagem de criança ou 
adolescente em hotel, motel, pensão ou estabelecimento congênere, salvo se autorizado 
pelo juiz ou acompanhado pelos pais ou responsável, ficando o descumpridor sujeito a 
sanção do artigo 250. 
 
1.3.4. Autorização para Viajar (Arts. 83 ao 85, ECA) 
1.3.4.1. Noções 
Necessário se faz observar que no tocante a autorização para viajar o ECA faz 
diferenciação entre criança e adolescente preceituando de forma diversa para ambas, como 
veremos a seguir. 
 
1..3.4.2. Necessidade 
Dispõe no artigo 83 que “nenhuma criança poderá viajar para fora da Comarca onde 
reside, desacompanhada dos pais ou responsável, sem expressa autorização judicial.” 
Assim sempre que a criança e não o adolescente tiver que viajar para fora da Comarca onde 
reside desacompanhada deverá obter previamente autorização judicial para tanto. 
 
1.3.4.3. Desnecessidade 
Segue estabelecendo que tratando-se de Comarcas contíguas à da residência da 
criança, na mesma unidade da Federação, ou incluída na mesma região metropolitana ou 
quando a criança estiver acompanhada de ascendente ou colateral maior, até o terceiro grau, 
comprovado documentalmente o parentesco, ou ainda, de pessoa maior, expressamente 
autorizada pelo pai, mãe ou responsável, não será necessária a autorização para este viajar. 
Necessário se faz observar que mesmo sendo vizinhas as Comarcas, mas em Estados 
diferentes a autorização será exigida. 
 
1.3.4.4. Viagem Internacional 
Neste caso tanto para a criança como para o adolescente a autorização judicial será 
necessária quando não estiver acompanhado de ambos os pais ou responsável, ou caso não 
esteja na companhia de um autorizado expressamente pelo outro, através de documento 
com firma reconhecida. 
Obs.: sem prévia e expressa autorização judicial, nenhuma criança ou adolescente 
nascido em território nacional poderá sair do país em companhia de estrangeiro residente 
ou domiciliado no exterior (art. 85, ECA). 
 
2. Infração Administrativa às Normas de Proteção 
2.1. Procedimento para Apuração 
2.1.1. Legitimidade Ativa 
Tem legitimidade ativa para iniciar o procedimento destinado a apurar a infração e, 
caso seja necessário, aplicar penalidades administrativas, o Ministério Público e o Conselho 
Tutelar, por representação, ou ainda, um servidor designado pelo juiz (Comissário de 
Menores), através de um auto de infração, assinado por duas testemunhas, caso possível, 
sendo que sem elas também terá validade (art. 194, ECA). 
 
2.1.2. Intimação 
O representado ou intimado terá o prazo de 10 (dez) dias para apresentar defesa 
perante o judiciário, contando o prazo da intimação pessoal feita pelo autuante, oficial de 
justiça, correio com AR, ou por edital com prazo de 30 (trinta) dias, se não for encontrado 
(art. 195, ECA). É necessário observar que o texto legal fala em intimação e não citação, 
desta forma caso não haja defesa não há revelia. 
2.1.3. Instrução 
A defesa não sendo apresentada no prazo legal o juiz dará vista dos autos ao 
Ministério Público por 5 (cinco) dias, decidindo em igual prazo (art. 196, ECA). Caso a 
defesa seja ofertada será designada uma audiência proferindo-se decisão na mesma, ou caso 
haja subsídios depois de dar vista ao Ministério Público, o juiz a proferirá, no prazo 
mencionado. 
 
2.1.4. Decisão 
A decisão poderá ser proferida após a oitiva do representante do Ministério Público 
em audiência ou mesmo sem ela, caso o juiz encontre elementos necessários para tanto. Se 
for procedente a representação ou o auto de infração, o autor do fato estará incurso nas 
penalidades previstas nos artigos 245 a 258, do ECA. Contra a sentença caberão os recursos 
previstos no ECA, neste caso o de apelação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA – 05.11.02 
 
DA POLÍTICA DE ATENDIMENTO 
 
A política de atendimento traçada pelo ECA, para atender os direitos de crianças e 
adolescentes, será feita através de um conjunto de medidas a serem tomadas pelos órgãos 
governamentais e não-governamentais de todas as esferas no Poder Público (União, 
Estados, Municípios e Distrito Federal) , na forma prevista no artigo 86: “A política de 
atendimento dos direitos da criança e do adolescente far -se-á através de um conjunto 
articulado de ações governamentais e não governamentais, da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios.” 
 
Linhas de Ação 
Como linha de ação estatui o ECA em seu artigo 87 preceitos de caráter genérico 
que deverão ser seguidos pelas entidades de assistência à criança e ao adolescente, sendo: 
- políticas sociais básicas ; 
- políticas e programas de assistência social, em caráter supletivo, para 
aqueles que deles necessitem; 
- serviços especiais de prevenção e atendimento médico e psicossocial às 
vítimas de negligência, maus -tratos, exploração, abuso, crueldade e 
opressão; 
- serviço de identificação e localização de pais, responsável, crianças e 
adolescentes desaparecidos;- proteção jurídico-social por entidades de defesa dos direitos de crianças e 
adolescentes. 
Diretrizes 
Embora a lei determine uma atuação conjunta entre todos os Entes Públicos, há que 
ressaltar-se a importância do papel do Município, uma vez que o homem vive no Município 
e não no Estado ou União, sendo que, ali serão refletidos diretamente seus problemas, 
sendo natural que se busquem no local as soluções. 
O artigo 88 do ECA, também determina a criação de Conselhos municipais, 
estaduais e nacional dos direitos das crianças e adolescentes, assim como outros órgãos 
tendentes a resguardarem os direitos dos mesmos. 
É importante ressaltar que deve haver uma mobilização da opinião pública no 
sentido da indispensável participação dos diversos segmentos da sociedade. 
 
Entidades de Atendimento 
Sendo governamentais ou não, tais entidades serão encarregadas de executar as 
medidas de proteção e sócio -educativas aos menores. A entidade não-governamental 
somente poderá atuar depois de registrar-se no Conselho Municipal dos Direitos da Criança 
e do Adolescente. Será negado o registro de entidades que não oferecerem instalações 
físicas adequadas, condições de higiene, salubridade e segurança. Não apresentarem plano 
de trabalho compatível com os princípios do ECA, estiverem irregularmente constituídas e 
tenham em seus quadros pessoas inidôneas. 
Os regimes a serem seguidos pelas entidades são: 
1. orientação e apoio sócio - familiar; 
2. apoio sócio-educativo em meio aberto; 
3. colocação familiar; 
4. abrigo; 
5. liberdade assistida; 
6. semiliberdade; 
7. internação 
Os dirigentes das mesmas se equiparam ao guardião para todos os direitos e 
deveres, tendo o menor sob sua guarda até para fins previdenciários (art. 92, parágrafo 
único, ECA). Caso abrigue menores em situação de urgência, sem prévia autorização 
judicial, deverá comunicar o fato ao Juiz até o segundo dia útil imediato, sob pena de 
infração ao disposto no artigo 235, do ECA (art. 93). 
Em todos os casos o abrigo será uma situação provisória e excepcional, só podendo 
ser deferido como forma de transição para colocação em família substituta (art. 101, 
parágrafo único). 
 
Entidades de Abrigo 
Os artigos 92 e 93, do ECA, traçam as diretrizes básicas para serem observadas 
pelas entidades que desenvolvam programas de abrigo, estabelecendo princípios como 
preservação dos vínculos familiares, integração em família substituta, quando esgotados os 
recursos de manutenção na família de origem, atendimento personalizado e em pequenos 
grupos, não desmembramento de grupos de irmãos, evitar, sempre que possível, a 
transferência para outras entidades de crianças e adolescentes abrigados, participação na 
vida da comunidade local, preparação gradativa para o desligamento, uma vez que ali 
permanecem por um tempo determinado. 
 
1.7. Entidades de Internação 
A entidade de internação busca ressocializar o adolescente autor de ato infracional 
grave e que foi submetido à privação de sua liberdade. Na forma do artigo 94, do ECA, 
traça as obrigações que devem ser observadas pelas mesmas, sendo: 
I- observar os dire itos e garantias de que são titulares os adolescentes; 
II- não restringir nenhum direito que não tenha sido objeto de restrição na 
decisão de internação; 
III- oferecer atendimento personalizado, em pequenas unidades e grupos 
reduzidos; 
IV- preservar a identidade e oferecer ambiente de respeito e dignidade ao 
adolescente; 
V- diligenciar no sentido do restabelecimento e da preservação 
Fiscalização 
A fiscalização das entidades de atendimento governamentais ou não governamentais 
é de responsabilidade do Poder Judiciário, do Ministério Público e do Conselho Tutelar 
(art. 95, do ECA). 
 
 Irregularidades praticadas pelas Entidades de Atendimento 
O ECA diferencia as medidas aplicáveis às entidades de atendimento 
governamentais e não governamentais que deverão ser aplicadas às mesmas, sem prejuízo 
da responsabilidade civil e penal, dispondo em seu artigo 97 tais medidas. 
 
Penalidades Aplicáveis às Entidades Governamentais 
a) Advertência; 
b) Afastamento provisório do dirigente; 
c) Afastamento definitivo do dirigente; 
d) Fechamento de unidade ou interdição de programa; 
e) Responsabilidade civil e criminal do dirigente ou preposto. 
 
1.10. Penalidades Aplicáveis às Entidades Não-Governamentais 
a) Advertência; 
b) Suspensão total ou parcial do repasse de verbas públicas; 
c) Interdição de unidades ou suspensão de programas; 
d) Cassação do registro obrigatório; 
e) Responsabilidade civil e criminal do dirigente ou preposto. 
 
Apuração de Irregularidades 
 Noções 
Para aplicação das penalidades acima previstas o ECA prevê procedimento 
especifico para apuração de irregularidades praticadas por entidades sejam elas 
governamentais ou não-governamentais. 
 Procedimento 
O procedimento é previsto no ECA em seus artigos 191 a 193. 
 
Competência 
Cave a autoridade judiciária da criança e adolescência da Comarca onde estiver 
sediada a entidade presidir o feito para apuração da irregularidade, exceto na esfera civil e 
criminal. 
 
Legitimidade Ativa 
Tem legitimidade para iniciar o procedimento para apuração de irregularidade o 
juiz, por portaria, o Ministério Púb lico ou o Conselho Tutelar, por representação, devendo 
apresentar o fato resumidamente. 
 
 
Motivo Grave 
Caso haja motivo grave poderá o juiz, após ouvir o Ministério Público, decretar 
liminarmente o afastamento provisório do dirigente da entidade (art. 191, parágrafo único, 
ECA). 
Citação 
O dirigente devera ser citado para apresentar defesa, no prazo de 10 (dez) dias, 
juntando documentos e produzindo provas (art. 192, ECA). 
Instrução 
Apresentada ou não a resposta o juiz decidirá de plano e caso seja necessário 
marcará uma audiência de instrução e julgamento onde as partes poderão apresentar suas 
alegações finais, sendo proferida então a sentença. 
 Decisão 
Na decisão, caso seja procedente o pedido, o juiz poderá conceder prazo para que a 
irregularidade seja sanada e, caso seja atendida, o processo será extinto sem julgamento do 
mérito. Não sendo suprida e o prazo se expirando a penalidade será aplicada. Caso seja de 
afastamento oficiará de imediato a autoridade superior ao afastado para que promova tal 
fato no prazo determinado na sentença. Sendo de multa e advertência as mesmas serão 
impostas ao dirigente e não à entidade (art. 193 e §§, ECA). 
Obs.: nota-se que o artigo 193, § 4º, ECA, refere-se à pena de multa aplicável ao 
dirigente que não consta entre as penalidades do artigo 97.

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