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GESTAO AMBIENTAL

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Sapucaia do Sul, Julho de 2018 
 
 
 
 
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E 
TECNOLOGIA SUL-RIO-GRANDENSE 
CAMPUS SAPUCAIA DO SUL 
 
 
 
GESTÃO AMBIENTAL 
 
IGUALDADE 
DE GÊNERO 
 
 
Wagner Ramone Jahnke Dias 
Igor Camargo Betat 
 
 
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Igualdade de gênero 
 
1. Justificativa 
“Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas”, 
este é o objetivo que, segundo a ONU, deve ser alcançado até o ano de 2030 em 
todo o mundo. Também conhecida como igualdade sexual, esta é considerada a 
base para a construção de uma sociedade livre de preconceitos e discriminações, 
partindo do preceito de que homens e mulheres devem ser livres para fazer as suas 
escolhas e desenvolver as suas capacidades pessoais sem a interferência ou 
limitação de estereótipos. 
Todas as responsabilidades, direitos e oportunidades devem ser igualmente 
concedidas para todos os gêneros, sem haver qualquer tipo de restrição baseada no 
fato de determinada pessoa ter nascido com o sexo masculino ou feminino. 
Entretanto, para que isto ganhe abrangência e tome corpo em meio ao que tange 
o pensamento da sociedade em que nos incluímos, acreditamos na ideia de que a 
promoção e divulgação de materiais com este cunho são de suma importância para 
um diálogo mais aberto quanto aos rumos os quais tomamos. Promover a reflexão 
e a conscientização são essenciais para que sejam alcançadas estas expectativas da 
ONU, anseios da sociedade moderna. Mesmo que de forma modesta, partindo 
inicialmente com foco no espaço “micro” em que atuamos, acreditamos que são 
através destes pequenos passos que poderemos almejar grandes conquistas no 
amanhã. 
 
 
 
 
 
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2. Introdução 
Igualdade de gênero é um conceito que define a busca por equivalência social 
entre homens e mulheres, ou seja, mesmos direitos, deveres, privilégios e 
oportunidades de desenvolvimento. Abordagens a respeito deste tema não são 
apenas necessidades entre as altas cúpulas do governo, chefes de estado, políticas 
públicas e ações de grandes órgãos, mas sim algo a ser destacado por todos, em 
nosso dia a dia. A Igualdade entre mulheres e homens é uma questão de direitos 
humanos e uma condição de justiça social. 
Entretanto, apesar de estarmos em pleno século 21, ainda são perceptíveis 
muitos pontos que contradizem ao panorama ideal a que vem-se buscando, como 
pelo fato de que as mulheres ainda recebem um salário inferior ao de homens que 
ocupam o mesmo cargo. Em alguns países, a mulher não tem sequer o direito de se 
expressar, de votar, usar a roupa que deseja e, até mesmo, escolher com quem vai 
se casar. 
Com o alastramento das informações e formação de coletivos feministas 
proporcionados pelas redes sociais, a sociedade passou a ser mais sensível às 
temáticas relacionadas aos direitos humanos, algo que se reflete diretamente na 
maneira como é vista a mulher. Pensando nisto, e a fim de difundir a igualdade de 
gênero no ambiente em que nos encontramos, a ideia inicial é a de promover a 
comunicação e a troca de informações a respeito do tema aqui abordado, buscando 
um meio amplo e de fácil acesso à comunidade, com a maior abrangência possível. 
 
 
 
 
 
 
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3. Objetivo 
O principal objetivo deste trabalho é o de encontrar formas de dialogar, 
compartilhar experiências e propagar conteúdos com a temática da divulgação da 
igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres. Buscar por ferramentas e 
mecanismos modernos, diretos e de fácil acesso aos mais diversos públicos, 
partindo do princípio de que este é um assunto de interesse geral da sociedade e sua 
propagação é de suma importância para a reflexão e evolução do conjunto como 
um coletivo. 
 
4. Metodologia 
Entendemos que a promoção de palestras e debates são ótimas formas as quais 
se é possível expor debater a respeito do tema, porém, são meios que restringe em 
enorme escala a participação dos demais componentes do meio, devido as mais 
diversas atividades do dia a dia. 
Partindo desse preceito, após estudos iniciais e, levando-se em conta 
especialmente a abrangência, a fácil propagação de conteúdos e, principalmente, a 
maior visibilidade ao público alvo, encontramos, nas redes sociais, uma eficiente e 
poderosa ferramenta a qual é possível explorar, sem custos e com relativa 
facilidade, para a obtenção de nosso propósito: a informação quanto a igualdade de 
gêneros e o empoderamento das mulheres. 
Contudo, analisando o meio ao qual estávamos nos inserindo para a aplicação 
da interação aqui exposta, nos deparamos com diversos trabalhos em comum, ao 
qual já existiam grandes cadeias de propagação de conteúdo, todos eles abertos à 
interação via comentários e, com isso, grandes debates. Estes modelos de 
divulgação e promoção dos direitos das mulheres possuíam já grande abrangência 
de público, e neste momento, um fato fora por nós constatado: para chegarmos ao 
nosso objetivo, e ter uma abrangência meramente considerável, caberia o emprego 
de muito tempo e dedicação incessante, onde a interação acontece 24 horas por dia, 
7 dias por semana. 
 
 
 
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No processo de readaptação da aplicação do nosso tema, e ainda em análise 
quanto aos materiais e fontes de distribuição de conteúdo a respeito do 
empoderamento das mulheres, nos atentamos principalmente aos grupos e páginas 
do Facebook. A partir deste momento, tratamos de focar e estruturar este trabalho 
em cima destes meios aqui destacados e, principalmente, na sua utilidade social no 
processo do debate, da troca de ideias e discussões construtivas a respeito da 
temática geral deste estudo. 
 
5. Cronograma de ação 
Os estudos e o desenvolvimento deste trabalho foram realizados ao longo de 
parte do primeiro semestre de 2018. 
 
6. Custos 
A princípio, não há nenhum custo referente à aplicabilidade deste estudo, 
porém, é constatado para que se inicie todo um processo de visibilidade e ganho de 
espaço em meio às redes sociais, páginas e até mesmo grupos de Facebook deste 
ou de qualquer outro tema realizam investimentos, sejam eles em publicidade, ou 
então com a criação e estilização de conteúdos. 
 
7. A igualdade de gêneros e o empoderamento das mulheres 
A ONU, em oportunidade histórica de reunir os países e a população global 
para decidir sobre novos caminhos que possam vir a melhorar a vida das pessoas 
em todos os lugares, definiu 17 objetivos para transformar o mundo, e um dentre 
estes se trata da igualdade de gêneros, o que abrange o empoderamento de todas as 
mulheres e meninas, listando os seguintes pontos a serem trabalhados: 
I. Acabar com todas as formas de discriminação contra todas as mulheres e 
meninas em toda parte; 
 
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II. Eliminar todas as formas de violência contra todas as mulheres e meninas 
nas esferas públicas e privadas, incluindo o tráfico e exploração sexual e de 
outros tipos; 
III. Eliminar todas as práticas nocivas, como os casamentos prematuros, 
forçados e de crianças e mutilações genitais femininas; 
IV. Reconhecer e valorizar o trabalho de assistência e doméstico não 
remunerado, por meio da disponibilização de serviços públicos, 
infraestrutura e políticas de proteção social, bem como a promoção da 
responsabilidade compartilhada dentro do lar e da família, conforme os 
contextos nacionais; 
V. Garantir a participação plena e efetiva das mulheres e a igualdade de 
oportunidades para a liderança em todos os níveis de tomada de decisão na 
vida política, econômica e pública; 
VI. Assegurar o acesso universal à saúde sexual e reprodutiva e os direitos 
reprodutivos,como acordado em conformidade com o Programa de Ação 
da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento e com a 
Plataforma de Ação de Pequim e os documentos resultantes de suas 
conferências de revisão; 
a) Realizar reformas para dar às mulheres direitos iguais aos recursos 
econômicos, bem como o acesso a propriedade e controle sobre a terra e 
outras formas de propriedade, serviços financeiros, herança e os recursos 
naturais, de acordo com as leis nacionais; 
b) Aumentar o uso de tecnologias de base, em particular as tecnologias de 
informação e comunicação, para promover o empoderamento das mulheres; 
c) Adotar e fortalecer políticas sólidas e legislação aplicável para a promoção 
da igualdade de gênero e o empoderamento de todas as mulheres e meninas 
em todos os níveis 
 
 
 
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8. Igualdade de gênero nas redes sociais 
Com a ascensão da internet, que globalizou e popularizou as informações, 
vimos que a causa da igualdade de gêneros deu uma boa avançada. Agora vemos 
nas diversas mídias sociais, debates e inúmeros grupos que defendem e apoiam os 
direitos das mulheres. No mundo atual, tudo é exposto rapidamente. 
Nos últimos tempos, através dos movimentos sociais e da disseminação da 
importância da mulher através das mídias, temos experimentado o acesso 
progressivo à educação, ao mundo do trabalho, ao exercício político e o combate à 
violência. 
As redes sociais são a maneira mais fácil e completa de expor uma opinião hoje 
em dia, e o assunto feminismo é um dos mais discutidos, sendo elas importantes 
ferramentas para se colocar o tema em pauta, fica mais acessível para as pessoas, e 
isto desperta inúmeras opiniões diferentes. 
Em meio a essa distribuição de materiais referentes a busca pela igualdade de 
gêneros, encontramos vários símbolos deste movimento, que ao longo dos anos vai 
tomando maior visibilidade e sendo facilmente reconhecido. Um destes, muito 
interessante, trata a respeito de um cartaz, que fora utilizado ainda em tempos da 
Segunda Guerra Mundial, e fora adotado pela causa. Chamado de “Rosie, a 
Rebitadora”, originalmente o cartaz foi idealizado para ser uma propaganda de 
guerra dos Estados Unidos. Criada por J. Howard Miller para a fábrica 
Westinghouse Electric Corporation, com o objetivo de incentivar as mulheres 
americanas trabalhadoras durante a Segunda Guerra Mundial. 
A imagem foi utilizada internamente durante um curto período de tempo e fazia 
parte de uma série, que também incluía outras como uma em que se lia: “Dúvida 
sobre o seu trabalho?… Pergunte ao seu supervisor”. A intenção da icônica imagem 
era chamar atenção das mulheres e atraí-las ao trabalho extra doméstico, ou seja, 
período em que os homens não poderiam fazer isso já que estavam na guerra. 
 
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No entanto, o cartaz teve pouca repercussão durante o período e somente anos 
mais tarde, em meados dos anos 1970, com o fortalecimento do movimento 
feminista, a ilustração voltou com força total reutilizada como forma de 
empoderamento feminino. Hoje, é facilmente encontrada e distribuída em meio às 
redes sociais. 
 
Figura 1 - “Rosie, a Rebitadora” 
Outro grande símbolo e que se tornou símbolo de empoderamento dentre a 
causa feminista e busca pelos direitos da mulher, foi a utilização da imagem da 
artista Frida Kahlo. Nascida em 6 de julho de 1907, em Coyoacán, na época uma 
pequena cidade nos arredores da Cidade do México. A artista foi marcante no 
cenário intelectual de sua época, onde mostrava personalidade e posicionamento 
diante de uma realidade que até então era predominada por homens. Usando uma 
breve passagem sua como exemplo, pode ser dada como quando sua obra fora 
 
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qualifica como surrealista em um ensaio que escreveu para a exposição de Kahlo 
na galeria Julien Levy de Nova Iorque. Não obstante, ela mesma declarou mais 
tarde: “Pensavam que eu era uma surrealista, mas eu não era. Nunca pintei sonhos. 
Pintava a minha própria realidade.” 
 
Figura 2 – Frida Kahlo 
 
A artista tem sua presença não só com a imagem em meio às redes sociais, mas 
também da nome a muitas páginas e grupos, os quais servem como grandes 
aglomerados de informação e divulgação de eventos e discussões quanto à 
igualdade entre gêneros e o empoderamento das mulheres. A principal página neste 
contexto, aplica ao deu nome um trocadilho com o nome da artista, e é de grande 
atividade e engajamento no cenário das redes sociais, trata-se da página “Não me 
Kahlo”. 
Focada principalmente na divulgação de materiais de apoio a causa da 
igualdade de gêneros, ela também serve como ponte de apoio e acesso a informação 
quanto a meios de combate à violência contra a mulher, reinvindicações de causas 
a muito reclamadas, como o direito ao aborto, organização de eventos e 
 
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manifestações, com o intuito da união e capacitação de ativistas do movimento 
feminista e, principalmente, dá a oportunidade de mulheres compartilharem 
experiências, sejam de forma anônima, onde compartilham acontecimentos 
diretamente no chat e a página replica, ou então diretamente em comentários em 
fotos as quais as mulheres vão se identificando. 
 
 
Figura 3 – Não me Kahlo 
 
Dentre as atividades de promoção da igualdade de gênero, são expostos 
grandes feitos e a importância da mulher em distintas áreas, como vemos em 
exemplo na figura 3. A página conta com blog e site próprio, onde uma gama de 
outros conteúdos de produção própria e de apoiadores destacam e incentivam a 
mulher a ir em busca dos seus direitos e espaços. 
 
 
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Figura 4 – Não me Kahlo 
 
São comuns as chamadas para manifestações em busca de direitos e 
reconhecimentos, tornando a página em um centro, onde não apenas discussões são 
geradas, mas também atitudes são tomadas, como por exemplo na figura 4. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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9. Conclusão 
Embora estejamos em pleno século XXI, ainda não é possível dizer que a 
mulher encontra-se socialmente em igualdade de condições com o homem. É 
inquestionável que houveram inúmeras conquistas e que a situação de diferença 
do homem sobre a mulher diminuiu consideravelmente, mas não se pode afirmar 
que homens e mulheres são iguais perante a lei material e formalmente. 
Existe um entendimento de que, nos dias atuais, as mulheres estão não somente 
mais informadas a respeito de seus direitos, como também tão mais capazes de 
exercê-los. E na busca de maiores equalizações no que diz respeito a direitos e 
liberdades, pontos importantes são abordados todos os dias em meio as redes 
sociais, onde cada vez mais pessoas tomam interesse pelo tema e discutem meios 
de combater desigualdades e reforçar o papel da mulher em meio a sociedade 
moderna. 
As redes sociais, que tem como propósito a interação e a troca de ideias, são 
importantes ferramentas para o debate e a evolução dos mais diversos temas. 
Páginas que vão de acordo com a igualdade de gêneros e o empoderamento das 
mulheres fazem um importante papel social, dando espaço a todas as vozes e pontos 
de vistas, discutindo, debatendo e buscando meios em conjunto para que a 
sociedade evolua como um todo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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10. Bibliografia 
 
• Portal Brasil. Feminismo pela igualdade de direitos. Disponível em: 
<http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2012/02/feminismo-pela-
igualdade-dos-direitos>. Acesso em: 10 de junho de 2018. 
 
• PINTO, Céli Regina Jardim. Feminismo, Historia e Poder. Disponível 
em: <http://www.scielo.br/pdf/rsocp/v18n36/03.pdf>. Acessoem: 18 junho 
de 2018. 
 
• CONTE, Isaura Isabel. Mulheres Auto-Estima e Feminismo. Disponível 
em: <http://br.monografias.com/trabalhos915/mulheres-autoestima-
feminismo/mulheres-autoestima-feminismo.pdf >. Acesso em: 29 junho de 
2018. 
 
• Blog Não me Kahlo, Disponível em <http://www.naomekahlo.com/>. 
Acesso em 4 de julho de 2018.

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