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APOSTILA AULAS PRÁTICAS DE URINÁLISE E LÍQUIDOS CORPORAIS

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AULA PRÁTICA N° 01 
Conhecendo o Sistema Urinário 
 
1. Objetivos 
• Reconhecer as principais estruturas que compõem os rins. 
• Identificar em que regiões do rim se situam os néfrons (glomérulos e túbulos renais). 
• Compreender os mecanismos de formação e excreção de urina. 
 
2. Materiais 
 Rins de porco (comprados em açougue), faca ou bisturi, pratos descartáveis e garrafas 
lavadeiras com água. 
 
3. Procedimento 
 a)- Adquirir rins de porco em açougue, mantendo-os congelados até o momento do transporte 
para o laboratório. 
b)- Transportá-los para o laboratório em bolsa térmica. 
c)- Cortar o rim ao meio sobre pratos descartáveis, conforme mostra a figura abaixo: 
 
 d)- Observar as principais estruturas que compões o rim: cálices renais, artéria renal, pirâmide 
de Malpighi, córtex renal e pelve renal. 
e)- Usar uma garrafa lavadeira com água para umedecer os rins durante toda a aula. 
 
Avaliação da aula prática: 
1)- Qual é a importância da excreção urinária? 
 
2)- Observe o desenho a seguir e associe-o às estruturas observadas no rim cortado em sala de aula: 
 
 
 
3)- Ordene o trajeto do filtrado urinário desde a passagem pelos glomérulos até a excreção da urina 
para o meio externo, descrevendo tanto as estruturas microscópicas quanto as macroscópicas: 
 
4)- Quais são os três processos responsáveis pela formação final da urina? Explique-os: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA PRÁTICA N° 02 
Fundamentos de Laboratório para o Exame de Urina Rotina 
 
1- Objetivos: 
• Identificar os instrumentos necessários na execução do exame de urina rotina; 
• Identificar principais cuidados no manuseio da amostra de urina para o exame de urina rotina; 
• Executar técnicas de centrifugação e focalização microscópica de amostra de urina conforme 
padronização do exame de urina rotina; 
• Executar o exame físico da amostra de urina. 
 
2- Materiais: 
 Frascos devidamente identificados contendo amostra de urina tipo I, refratômetro, tubo cônico, 
centrífuga, pipetas de 50µl e 100µL, lâminas, lamínulas e microscópio. 
 
3- Procedimentos: 
3.1- Exame físico da Urina: 
 a)- Para realização do exame físico da urina, todos os alunos devem estar utilizando luvas. 
 b)- Homogeneizar o frasco de urina ainda tampado para ressuspender o sedimento. 
 c)- Observar as seguintes características: 
• Cor 
A cor normal da urina é o amarelo, resultado da eliminação de 3 pigmentos: urocromo 
(amarelo), uroeritrina (vermelho) e urobilina (laranja). Esses pigmentos, provenientes do metabolismo 
normal do organismo, são eliminados em pequena concentração e tornam a urina amarela. O tom 
pode variar devido à concentração ou à diluição da urina. 
Variações dessa cor podem ser encontradas como resultado de condições patológicas ou da 
eliminação de corantes ou medicamentos: incolor ou palha ou amarelo pálido sugere diluição da urina 
(ingestão de grande quantidade de líquido, diabetes, poliúria e doenças renais); amarelo escuro ou 
laranja sugere concentração da urina (febre, desidratação, queimaduras, uso de medicamentos e 
alimentação rica em carotenos); vermelha ou rosa sugere hematúria (presença de sangue), uso de 
medicamentos ou contaminação menstrual; âmbar sugere presença de bilirrubina; marrom ou preta 
sugere a presença de melanina em casos de melanoma, hematúria (oxidação de hemácias) e alguns 
medicamentos; e verde ou azul sugere a presença de corantes ou ITU por Pseudomonas. 
 
• Odor: 
A urina normal tem cheiro característico ou “sui generis” devido à presença de certos ácidos 
voláteis. Odores anormais podem ocorrer devido a uma conservação ou armazenamento impróprios. 
Ao envelhecer, a urina adquire odor forte de amoníaco devido à transformação bacteriana de uréia 
em amônia. O cheiro pútrido indica presença de ITU. A urina de pacientes com excesso de corpos 
cetônicos apresenta odor característico de acetona ou de frutas. 
 
• Aspecto: 
Trata-se da transparência da amostra de urina. A urina é normalmente transparente após a 
emissão. Com o tempo, ela tende a se tornar turva, devido à precipitação de cristais amorfos. 
 
• Densidade 
A densidade representa a medida dos solutos dissolvidos na urina. Clinicamente esta medida 
é usada para se obter informações sobre o estado dos rins e o estado de hidratação do paciente. A 
densidade normal da urina varia entre 1010 e 1030. Essa densidade pode ser medida pela fita 
reagente ou através de refratômetro. 
 d)- Para medir a densidade através de refratômetro, pingar 2 gotas ou 100µL de amostra de 
urina no aparelho e proceder a leitura. 
 
3.2- Obtenção do sedimento urinário: 
 a)- Transferir aproximadamente 12mL de urina homogeneizada para um tubo cônico. Tampar 
o tubo e centrifugar a 1.500RPM durante 5 minutos. 
b)- Em seguida, descartar o sobrenadante, deixando aproximadamente 0,5mL de sedimento a 
ser examinado. 
c)- Homogeneizar bem. 
d)- Pipetar 50µL, colocar em lâmina de vidro, cobrir com lamínula (22x22) e focalizar no 
microscópio. 
 
3.3- Focalização microscópica da urina: 
 A focalização microscópica é feita com ocular de aumento de 10x e objetivas de 10x e 40x. 
 a)- No aumento de 10x, com pouca luminosidade e condensador baixo, observar o que 
aparece na urina. 
 b)- No aumento de 40x, com maior luminosidade observar o que aparece. 
 c)- Defina uma estrutura no aumento de 10x, centralize-a no campo visual do microscópico e 
mude a lente objetiva para 40x. Observe como foi o aumento dessa estrutura. 
 
Avaliação da aula prática: 
1)- Quais os principais cuidados relacionados à biossegurança observados no decorrer da aula? 
 
2)- Por que a homogeneização é uma etapa fundamental tanto para observar as características 
físicas da urina quanto para a sua transferência para o tubo cônico? 
 
3)- Caracterize a urina utilizada de acordo com as seguintes características: 
 Cor: ______________________________ 
Odor: _____________________________ 
 Aspecto: ___________________________ 
 Densidade: _________________________ 
 
4)- Qual a finalidade da obtenção do sedimento urinário para análise microscópica? 
 
5)- Por que a focalização da urina deve ser feita utilizando pouca luminosidade no microscópio? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA PRÁTICA N° 03 
Exame Físico e Químico da Urina e Preparação do sedimento urinário 
 
1- Objetivos: 
• Manusear corretamente a fita reagente e o refratômetro. 
• Identificar os elementos químicos pesquisados na fita reagente. 
• Executar os exames físico e químico da amostra de urina, correlacionando os parâmetros com 
as diversas condições clínicas. 
 
2- Materiais: 
 Frascos devidamente identificados contendo amostra de urina tipo I, tiras reagentes, tubo 
cônico, centrífuga, pipetas de 50µl e 100µL, lâminas, lamínulas e microscópio. 
 
3- Procedimentos: 
3.1- Exame físico da Urina: 
 a)- Identificar e homogeneizar a amostra de urina para o exame; 
b)- Observar e anotar as características físicas da urina. 
 
3.2- Exame químico da Urina: 
a)- Utilizar as tiras reagentes para fazer a pesquisa de elementos anormais e pH; 
b)- Homogeneizar a amostra; 
c)- Colocar aproximadamente 12mL de amostra em um tubo cônico; 
d)- Mergulhar a tira reagente completamente e retirá-la imediatamente; 
e)- Remover o excesso de amostra sobre o papel toalha; 
f)- Aguardar de 40 a 60 segundos e fazer a leitura, comparando as cores da reação com a 
tabela contida no frasco. 
OBS: O resultado deverá ser expresso como negativo, caso o elemento não seja detectado e de + a 
++++ quando o elemento estiver presente. No caso de nitrito, colocar positivoou negativo. 
 
3.3- Obtenção do sedimento urinário: 
 a)- Tampar o tubo com amostra já utilizado para mergulhar a fita reagente e centrifugar a 
1.500RPM durante 5 minutos. 
b)- Em seguida, descartar o sobrenadante, deixando aproximadamente 0,5mL de sedimento a 
ser examinado. 
c)- Homogeneizar bem. 
d)- Pipetar 50µL, colocar em lâmina de vidro, cobrir com lamínula (22x22) e focalizar no 
microscópio. 
 
Avaliação da aula prática: 
 Responda às questões que se seguem: 
1)- Preencha os resultados encontrados para a amostra: 
CARACTERES GERAIS: 
Cor: ........................................................ 
Cheiro: .................................................... 
Aspecto: ................................................. 
Densidade: .............................................. 
PESQUISA DE ELEMENTOS ANORMAIS: 
pH: ........................................................ 
Sangue: ................................................. 
Glicose: .................................................. 
Proteínas: ............................................... 
Bilirrubina: ............................................. 
Corpos cetônicos: ................................... 
Nitrito: ................................................... 
Urobilinogênio: ........................................ 
 
2)- Correlacione os elementos físicos e químicos pesquisados com uma possível causa de alteração: 
 
3)- Que cuidados devem ser tomados no manuseio da fita reagente para EAS? 
 
4)- Por que, para o exame de rotina da urina, a amostra mais representativa é o jato médio da 
primeira urina da manhã? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA PRÁTICA N° 04 
Testes Confirmatórios na Urina 
 
1- Objetivos: 
• Manusear corretamente e com segurança os reagentes utilizados nos testes confirmatórios 
com a amostra de urina. 
• Identificar a importância dos testes confirmatórios de proteínas e glicose na urina. 
• Executar as reações de Benedict e de Robert corretamente. 
 
2- Materiais: 
 Frascos devidamente identificados contendo amostra de urina tipo I, tiras reagentes, tubo 
cônico, pipetas graduadas de 2,0mL e de 5,0mL, tubos de ensaio pequeno e grande, pipetas de 
Pasteur, bico de bunsen e isqueiro ou fósforo. 
 
3- Procedimentos: 
3.1- Exame químico da Urina: 
a)- Utilizar as tiras reagentes para fazer a pesquisa de elementos anormais e pH; 
b)- Homogeneizar a amostra; 
c)- Colocar aproximadamente 12mL de amostra em um tubo cônico; 
d)- Mergulhar a tira reagente completamente e retirá-la imediatamente; 
e)- Remover o excesso de amostra sobre o papel toalha; 
f)- Aguardar de 40 a 60 segundos e fazer a leitura, comparando as cores da reação com a 
tabela contida no frasco. 
OBS: O resultado deverá ser expresso como negativo, caso o elemento não seja detectado e de + a 
++++ quando o elemento estiver presente. No caso de nitrito, colocar positivo ou negativo. 
 
3.3- Realização dos testes confirmatórios: 
 
1ª parte)- Pesquisa de Proteínas – Reação de Robert 
Princípio da pesquisa: pela ação conjunta de um ácido forte (ácido nítrico) e um sal de metal 
pesado (sulfato de magnésio) sobre as proteínas presentes na urina, ocorre a formação de 
metaproteínas insolúveis, representadas por um anel branco que aparece na superfície de separação 
entre os dois líquidos, reagente de Robert e urina. 
 
Procedimento: 
 Transferir 2,0mL de urina centrifugada para um tubo de ensaio pequeno. Colocar o reagente 
introduzindo uma pipeta, com 2,0mL do reagente, no fundo do tubo e deixar escoar lentamente, de 
modo que não haja mistura dos dois líquidos. A formação de um anel branco na superfície de 
separação dos dois líquidos indica a presença de proteínas. 
 
Resultado: 
• Ausência de anel: negativo 
• Anel granuloso: traços 
• Anel branco com 1mm de espessura: + 
• Anel branco com 2mm de espessura: ++ 
• Anel branco com 3mm de espessura: +++ 
• Anel branco com mais de 4mm de espessura: ++++ 
 
2ª parte)- Pesquisa de Glicose – Reação de Benedict 
A glicose é um tipo de carboidrato que possui grupamento hidroxila (-OH) livre no carbono 1 
de sua molécula, como mostra a figura abaixo: 
 
 
Observa-se que moléculas que apresentam a hidroxila livre no C-1 são bons agentes 
redutores. Por esse motivo a extremidade que contém o -OH passa a ser chamada extremidade 
redutora e o açúcar, de açúcar redutor. A capacidade que esses compostos apresentam de reduzir 
íons metálicos em soluções alcalinas é um bom método de identificação desses compostos. 
A reação abaixo esquematiza o princípio do teste de Benedict, utilizado no exame de urina 
rotina para confirmar a presença de glicose, quando esta é detectada na fita reagente. A reação é 
baseada na redução de íons Cu2+ a Cu+, com formação de um precipitado vermelho ou amarelo: 
 
 
Princípio da pesquisa: a glicose ou outra substância redutora presente na amostra de urina 
provoca a redução do sulfato de cobre (CuSO4) a óxido cuproso (Cu2O), de cor laranja na presença 
de calor e álcali. 
Nessa reação, o aparecimento de um precipitado de coloração vermelho-tijolo indica que os 
íons Cu2+ do reagente de Benedict** foram reduzidos a Cu+, indicando a presença de um açúcar 
redutor. 
 
Procedimento: 
Transferir 2,5mL do reagente de Benedict para um tubo de ensaio, adicionar quatro gotas de 
urina, homogeneizar e levar à fervura (5 ebulições no bico de bunsen, ou banho maria fervente por 5 
minutos). 
 
Resultado: 
• Azul: negativo 
• Verde: traços 
• Amarelo: + 
• Laranja: ++ 
• Vermelho tijolo: +++ 
 
** Preparo do reativo de Benedict: inicialmente, devem ser preparadas duas soluções, em separado, 
a saber: 
Solução A: 
– 173g de citrato de sódio (Na3C6H5O7.2H2O) 
- 90g de carbonato de sódio (Na2CO3) 
- 600 ml de água destilada quente (~80ºC) 
O íon Cu2+ também reage com o meio alcalino, segundo o esquema abaixo: 
 
Para evitar que essa reação aconteça, mascarando o teste para açúcares redutores, é adicionado o 
citrato de sódio, que mantém o Cu2+ em solução, através da formação de um complexo. 
 
Solução B: 
– solução 17,3% de sulfato de cobre (CuSO4) em água destilada. Dissolver por agitação. 
Para preparar o regente de Benedict, coloque a solução A em um balão volumétrico de 1000ml; em 
seguida, adicione a solução B sob agitação constante e complete o volume com água destilada. 
 
Avaliação da aula prática: 
1)- Qual a importância dos testes confirmatórios de Robert e de Benedict? 
 
2)- O que indica o resulta positivo no teste de Benedict? Qual a interpretação clínica mais provável? 
 
3)- Quais são os reagentes que compõem o reativo de Robert? E o reativo de Benedict? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA PRÁTICA N° 05 
Exame Sedimentoscópico da Urina 
 
1- Objetivos: 
• Manusear corretamente centrífuga e microscópio no intuito de obter e analisar 
adequadamente o sedimento urinário. 
• Identificar a importância do exame microscópico da urina inserido no exame de urina-rotina. 
• Interpretar corretamente os achados do exame microscópico da urina. 
 
2- Materiais: 
 Frascos devidamente identificados contendo amostra de urina tipo I, tubo cônico, pipetas 
automáticas de 50 microlitros, lâminas e lamínulas, centrífuga, microscópio. 
 
Hemácias 
 
- Até 50/campo ⇒ número exato. 
- Acima de 50/campo ⇒ numerosas. 
- Campo tomado por hemácias ⇒ campos repletos. 
 
Leucócitos 
- Até 50/campo ⇒ número exato. 
- Acima de 50/campo ⇒ numerosas. 
- Campo tomado por hemácias ⇒ campos repletos. 
- Relatar aglomerados de leucócitos,quando presente. 
 
 
Células epiteliais 
- Células não encontradas ⇒ ausentes. 
- Até 3/campo ⇒ raras. 
- De 4 a 10/campo ⇒ algumas. 
- Acima de 10/campo ⇒ numerosas. 
- Descrever o tipo celular encontrado e relatar a presença de células “chave”, 
fragmentos de células renais e corpos graxos ovais, quando presentes. 
Cilindros - Registrar o tipo e o número/campo no aumento de 100x. 
 
Cristais 
- Cristais não encontrados ⇒ ausentes. 
- Até 3 cristais/campo ⇒ raros. 
- De 4 a 10 cristais/campo ⇒ alguns. 
- Acima de 10 cristais/campo ⇒ numerosos. 
Muco - Ausente, escasso, moderado ou aumentado. 
Flora bacteriana - Ausente, escassa, moderada ou acentuada. 
 
Espermatozóides - Em urina de mulher ⇒ citar apenas em casos de solicitação explícita. 
 
3- Procedimentos: 
3.1- Exame Microscópico da Urina: 
a)- Transferir 10 mL de urina para o tubo de centrífuga; 
b)- Ajustar a centrífuga para 1500 rpm por 5 minutos; 
c)- Ao final deste período, desprezar o sobrenadante para obtenção do sedimento urinário; 
d)- Ressuspender o sedimento obtido, tendo o cuidado para não ocasionar hemólise; 
e)- Transferir uma gota do sedimento para uma lâmina de vidro e cobrir com lamínula; 
f)- Proceder observação em microscópio de campo claro empregando objetiva de 10 e 40x; 
g)- Anotar e quantificar a presença de cilindros, células (renais, pélvicas, vesicais e de 
descamação), hemácias, leucócitos, muco, espermatozóides, etc, caso estejam presentes. 
 
3.2- Transcrição do resultado: 
 Para a transcrição do resultado, utilizar as seguintes referências: 
 
Avaliação da aula prática: 
 Responda às questões que se seguem: 
1)- Preencha os resultados do exame microscópico da urina utilizada: 
Análise Microscópica: 
Hemácias: ______________________________________________________________________ 
Leucócitos: _______________________________________________________________________ 
Epitélio: _________________________________________________________________________ 
Cristais: _________________________________________________________________________ 
Cilindros: ________________________________________________________________________ 
Muco: __________________________________________________________________________ 
Flora bacteriana: __________________________________________________________________ 
Outros: __________________________________________________________________________ 
 
- Em urina de homem ⇒ citar sempre. 
- Liberar como presente ou ausente. 
Leveduras - Liberar como: “Presença de células leveduriformes com aspecto morfológico 
de Candida sp” 
Contaminantes 
diversos 
- Liberar como: “Presença de...”. 
2)- De acordo com os resultados, explique quais as alterações pode-se observar: Correlacione esses 
resultados com possíveis situações clínicas. 
 
3)- Correlacione o achado no sedimento obtido com outras possíveis alterações a serem encontradas 
nos exames físico e químico da urina: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA PRÁTICA N° 06 
Clearance ou Clareamento de Creatinina 
 
1. Introdução 
Vários produtos metabólicos são derivados do metabolismo de proteínas, tanto endógenas 
(tecidos) quanto exógenas (dieta). Esses produtos metabólicos são denominados compostos 
nitrogenados não proteicos e a maior parte destes é excretada pelos rins, através da urina. 
A tabela a seguir mostra os metabólitos nitrogenados e a importância da sua pesquisa na 
urina. 
Metabólito Origem bioquímica Utilidade clínica da medida 
Aminoácidos Proteínas endógenas 
e exógenas 
Enfermidade hepática; erros inatos do metabolismo; 
desordens tubulares. 
Amônia 
 
Aminoácidos Enfermidade hepática; e renal. 
(congênita ou adquirida), erros inatos do metabolismo. 
Ureia Amônia Enfermidade hepática, enfermidade renal. 
Creatinina Creatina 
 
Função renal 
Ácido úrico Nucleotídeos 
purínicos 
 
Desordens da síntese purínica 
Estes compostos compreendem ao redor de 90% das substâncias não proteicas na urina. 
Como a quantidade de creatinina endógena produzida é proporcional à massa muscular, sua 
produção varia com o sexo e a idade da pessoa. O homem não obeso excreta em torno de 1,5 g/dia e 
a mulher 1,2 g/dia. A excreção diária pode ser 10 a 30% maior como resultado da ingestão de 
creatina e creatinina presentes em carnes. A concentração de creatinina no sangue varia muito pouco 
em função de dietas, mesmo as ricas em proteínas. Nas disfunções renais, a creatinina é o principal 
componente do nitrogênio não proteico que é retido no sangue e consequentemente sua excreção 
urinária é baixa. 
Assim, a taxa de excreção em um indivíduo, na ausência de doença renal, é relativamente 
constante e paralela à produção endógena. 
A creatinina é depurada do plasma por filtração glomerular e eliminada na urina, sem sofrer 
significativa reabsorção pelos túbulos. Devido a sua excreção contínua e fácil pelo sistema renal, a 
presença de níveis aumentados indica diminuição do índice de filtração glomerular. 
Por conseguinte, a creatinina constitui indicador muito específico da função renal, revelando o 
equilíbrio entre sua formação e excreção. Desta forma, a função geral do rim pode ser avaliada pelo 
clearance (depuração) renal de uma determinada substância. Por definição teórica... 
 
O clearance é o volume de plasma a partir do qual uma determinada substância pode ser totalmente 
depurada (eliminada) na urina em uma determinada unidade de tempo. 
 
O teste de depuração da creatinina é realizado com medição da creatinina em uma amostra 
de urina colhida em um tempo estabelecido e também em uma amostra de sangue colhida no período 
de colheita da amostra de urina. Esse processo depende da concentração sérica, da taxa de filtração 
glomerular e do fluxo plasmático renal. É calculado a partir dos valores sérico e urinário da substância 
e do volume urinário em 24 horas, sendo corrigido em relação à superfície corporal. 
É um teste convencional para avaliar a capacidade de filtração glomerular (FG). O teste de 
depuração mede a rapidez com que os rins são capazes de remover uma substância filtrável do 
sangue. 
Para se ter certeza de que a FG está sendo medida com precisão, a substância a ser 
analisada não deve ser reabsorvida nem secretada pelos túbulos. Além disso, a estabilidade da 
substância na urina durante uma possível coleta de 24 horas, a constância do seu nível plasmático, a 
sua disponibilidade no organismo e a facilidade da sua análise bioquímica são fatores que devem ser 
considerados na escolha da substância para o teste de depuração. 
Atualmente, as avaliações laboratoriais de rotina da velocidade de FG empregam a creatinina 
como substância teste. 
 
2. Objetivos 
• Evidenciar a importância do clareamento de creatinina como na avaliação da função 
glomerular; 
• Compreender a metodologia utilizada para realização do clareamento de creatinina. 
 
3. Materiais 
 Amostra de urina e de soro, tubos de ensaio, água destilada, kit para dosagem de creatinina 
(tampão alcalino, padrão, ácido pícrico e acidificante), banho-maria a 37°C, espectrofotômetro, 
nomograma impresso, pipetas graduadas de 5,0 e 1,0mL e pipetas automáticas de 500, 200 e 20µL. 
 
4. Procedimento 
4.1. Princípio do teste 
A reação colorimétrica entre a creatinina e o picrato alcalino foi descrita em 1896 por Jaffé. Em 
1914, Folin aplicou o princípio da reação de Jaffé para a determinação de creatinina em fluidos 
biológicos. Hoje, a maioria dos métodos usados para a dosagem de creatinina ainda emprega a 
reação de Jaffé. 
A creatinina e outros componentes do soro (proteínas, glicose, ácido acetoacético e ácidopirúvico) reagem com a solução de picrato em meio alcalino formando um complexo de cor 
alaranjada que é medido fotometricamente. 
A adição de um acidificante abaixa o pH a 5,0 promovendo a decomposição do picrato de 
creatinina permanecendo inalterada a cor derivada dos cromogênios, que também é medida 
fotometricamente. O valor das duas leituras fornece o valor de creatinina verdadeira. 
 
4.2. Técnica 
a)- Orientar para se obter uma colheita correta do volume urinário, preferentemente de 24 
horas. A urina não deve receber preservativos e deve ser mantida refrigerada durante o período de 
colheita e depois de recebida no laboratório. 
b)- Colher a amostra de sangue. Como a concentração de creatinina plasmática é 
relativamente constante, a amostra de sangue pode ser obtida em qualquer momento do período de 
colheita da urina. Idealmente, a amostra deve ser obtida na metade deste período, porém, visando 
maior conforto do paciente, pode-se obter a amostra de sangue ao final do período de colheita. 
c)- Para a dosagem na urina, diluir a amostra 1:25 (0,2mL de urina + 4,8mL de água destilada 
ou deionizada). Ao final, multiplicar o resultado obtido por 25. 
d)- Tomar quatro tubos e realizar a seguinte pipetagem: 
 BRANCO PADRÃO SORO URINA 
Tampão alcalino 2,0mL 2,0mL 2,0mL 2,0mL 
Água destilada 0,25mL - - - 
Padrão - 0,25mL - - 
Soro - - 0,25mL - 
Urina - - - 0,25mL 
Ácido pícrico 0,5mL 0,5mL 0,5mL 0,5mL 
 
d)- Misturar bem e colocar em banho maria 37°C durante 10 min. Determinar as absorbâncias 
do teste com a urina, do teste com o soro e do padrão em 510nm, acertando o zero com o branco. A 
absorção do teste com o soro será A1. 
e)- Em seguida, adicionar o acidificante, conforme esquema abaixo: 
Acidificante 0,1mL - 0,1mL -* 
 f)- Misturar bem e deixar em repouso na temperatura ambiente por 5 minutos. Em seguida, 
determinar a absorbância do teste em 510nm. Essa absorção será A2. 
* Não há necessidade de adição do acidificante, pois na urina não ocorre interferência dos 
cromogênios. 
g)- Efetuar o cálculo da seguinte forma: 
 
- Soro: (mg creatinina/100mL) = Fc x (A1 – A2) 
Fc (fator de calibração) = Concentração do padrão 
 Absorbância do padrão 
 
- Urina: (mg creatinina/10mL) = Fc x Abs urina x Fator de diluição (25) 
 
 
 
 
 
 
Onde: 
V= Volume total da urina (mL/min) 
Medir o volume total da urina e calcular o volume/minuto dividindo o volume pelo número de 
minutos em que a amostra de urina foi colhida. Em uma colheita de 24horas dividir por 1440 (24 
horas x 60 minutos). 
A= área de superfície corporal do paciente medida através de nomograma. 
 
Valores de referência: 
 Creatinina (soro)= 0,4 a 1,3mg/dL 
 Creatinina (urina)= 21 a 26mg/dL (homens) e 16 a 22mg/dL (mulheres) 
 Clareamento= 97 a 137mL/min (homens) e 88 a 128mL/min (mulheres) 
 
Avaliação da aula prática: 
 Responda às questões que se seguem: 
1)- O que é avaliado através do clareamento de creatinina? 
2)- Por que a creatinina é a melhor substância a ser utilizada para se avaliar a taxa de filtração 
glomerular através do seu clareamento? 
3)- Qual o resultado encontrado para o clareamento de creatinina feito em aula prática? O que esse 
resultado significa? 
Clareamento de creatinina = [Creatinina]urina x V x 1,73 
 [Creatinina]sangue A 
 
 
AULA PRÁTICA N° 07 
Espermograma (Critérios de rotina) 
 
1. Introdução 
 O sêmen é o líquido formado no trato reprodutivo masculino e corresponde à soma das 
secreções do epidídimo, dos vasos seminais, da próstata e das glândulas bulbouretrais. 
 Os testículos contêm células germinativas que originarão os espermatozoides. É o local onde 
ocorre a espermatogênese até a formação de espermatozoides imaturos. A maturação destes se 
completa no epidídimo, quando desenvolvem o flagelo. 
 Dos testículos, então, os espermatozoides imaturos migram para o epidídimo e, quando 
ocorre a ejaculação, eles passarão pelo canal deferente, de onde seguem até os ductos ejaculatórios. 
Neste trajeto, recebe um reforço do líquido seminal, secretado pela vesícula seminal. 
 O líquido seminal corresponde a 60 a 70% do sêmen e contem frutose para fornecer energia 
para a motilidade dos espermatozoides. Assim, sêmen sem frutose significa que os espermatozoides 
perderão a motilidade. 
 A próstata, por sua vez, produz um líquido ácido que corresponde a 20 a 30% do sêmen. Este 
líquido contém fosfatase ácida, ácido cítrico, zinco e enzimas proteolíticas. 
 E, finalmente, as glândulas bulbouretrais produzem um líquido espesso e alcalino que 
corresponde a 5% do sêmen. Este líquido neutraliza a acidez vaginal para não comprometer a 
motilidade dos espermatozoides. 
 
2. Coleta da amostra 
Seguir os seguintes critérios para a coleta de sêmen: 
• Abstinência sexual de 3 dias (sem relação sexual ou masturbação). Abstinência maior que 5 
dias pode aumentar o volume e reduzir a motilidade espermática; 
• Esvaziar a bexiga antes de ejacular; 
• Utilizar recipiente plástico estéril e com tampa de rosca; 
• Entregar a amostra ao laboratório dentro de uma hora após a coleta; 
• Manter a amostra aquecida durante o armazenamento e transporte; 
• Realizar a coleta através de masturbação ou durante o coito com preservativo Silastic; 
• Amostras incompletas não devem ser analisadas. 
 
3. Materiais 
Tubos cônicos, fita de pH, bastões de vidro, pipetas de Pasteur, lâminas, lamínulas 22x22mm, 
pipetas automáticas de 10 e 20uL, ponteiras, pipetas graduadas de 1 mL, câmara de Neubauer, água 
destilada, corante Giemsa, álcool metílico (metanol), óleo de imersão, banho-maria entre 25 e 37ºC, 
microscópios. 
 
4. Análise Macroscópica 
A análise macroscópica deve ser feita após a liquefação do sêmen. 
Após a chegada do material biológico, fazer a análise das seguintes características 
macroscópicas: 
 
4.1. Volume 
O volume total da amostra deve ser medido em tubo cônico e normalmente varia de 2,0 a 5,0 
mL. 
Volume menor que 1,5 mL indica hipospermia, o que dificulta a fertilidade. Isso pode ocorrer 
porque há alguma obstrução no canal seminal, infecção ou insuficiência vesicular. Mas também 
deve-se questionar uma possível coleta incompleta. 
 Volume acima de 5mL indica hiperespermia, pode ser indício de que há alguma infecção 
nas glândulas anexas ou tumores na próstata ou vesículas. Mas, se esse valor vem acompanhado de 
baixa vitalidade dos espermatozoides e redução no ácido nítrico e frutose, pode ser apenas um 
reflexo de abstinência sexual por mais de 7 dias. 
Muitas vezes pode haver também a ausência de ejaculado, a chamada aspermia, que pode 
ocorrer por alguma obstrução no caminho do sêmen ou devido a ejaculação retrógrada. 
 
4.2. Aspecto 
O aspecto normal do sêmen após liquefação é translúcido. A presença de turbidez pode 
indicar aumento de leucócitos, que pode ser indício de infecção no trato reprodutivo. 
 
4.3. Consistência 
A consistência normal do sêmen após liquefação é fluida. Pode ainda se apresentar viscosa 
ou gelatinosa. 
 
4.4. Odor 
O odor normal ou característico do sêmen apresenta cheiro de hipoclorito de sódio. Pode, em 
algumas circunstâncias apresentar-se fétido, sem odor ou cítrico. 
 
4.5. Cor 
A cor normal do sêmen é branco acinzentado. As variações mais importantes são: 
Cor Possíveis interpretações 
Amarelo citrino Pirospermia, prostatite, abstinência prolongada, contaminação 
por urina ou uso de medicamentos 
Avermelhada Presença de hemácias 
Ferrugem Sangramento na vesícula seminal 
 
4.6. Tempo de liquefação 
Para se determinar o tempo de liquefação, deve-se colocar a amostra em banho-maria a 25-
37ºC emedir o tempo necessário para que a amostra se liquefaça. O normal é de 30 a 60 minutos. 
 Tempo de liquefação menor que 30 segundos pode indicar alguma disfunção prostática. E 
caso não ocorra a liquefação pode ser devido a deficiência de enzimas prostáticas, o que deve ser 
relatado no exame. 
 
4.7. pH 
O pH normal do sêmen varia entre 7,2 e 8,0. Pode ser medido em fita própria, de urina ou em 
pHmetro após a liquefação. 
O pH acima de 8,0 pode indicar infecções agudas na próstata, vesícula seminal ou epidídimo. 
Enquanto o pH menor que 7,0 pode indicar contaminação com urina, obstrução nos ductos 
ejaculatórios ou muito líquido prostático. 
 
4.8. Viscosidade 
Após a liquefação, utilizar uma pipeta de Pasteur ou um bastão de vidro para verificar a 
viscosidade. Quando liberado da pipeta não pode formar um filete maior que 2 cm. É também 
chamada análise da filância. 
Se o sêmen for mais consistente ou viscoso, forma-se um filete com mais de 2 cm e pode ser 
sinal de uma inflamação na próstata ou disfunção nas vesículas seminais. Esta viscosidade 
aumentada também pode explicar a infertilidade na medida que impede a motilidade espermática. 
Obs: relatar a presença de grumos, coágulos, etc. 
 
5. Análise Microscópica 
 Para a análise microscópica, utilizar lamínulas 22x22mm. 
 
5.1. Motilidade 
 Para se determinar a motilidade dos espermatozoides, proceder da seguinte maneira: 
• Após liquefação, homogeneizar bem a amostra. 
• Pipetar 10 µL da amostra, colocar em uma lâmina e cobrir com uma lamínula 22 x 22mm. 
• Em objetiva de 40x, condensador de luz médio, diafragma aberto e regulando a intensidade de 
luz, analisar 20 campos da lâmina. 
• Estimar a porcentagem de espermatozoides que mostram real avanço. 
O resultado da motilidade é dado pela velocidade e direção dos espermatozoides e pode ser 
reportada em Tipo ou Grau. Podendo-se observar as seguintes motilidades: 
 
Tipo 
(OMS) 
Grau Critérios da OMS 
A 4 Movimento linear rápido com poucos desvios 
B 3 Movimento linear lento com algum movimento lateral 
C 2 Movimento não linear (perceptível movimento lateral) lento 
D 1 Não há movimento 
 
Valores de referência: Dentro de 1 hora, acima de 50% com motilidade A, B e C ou acima de 
32% com motilidade A e B. 
 
5.2. Viabilidade 
Se a motilidade estiver abaixo de 30%, é necessário determinar a viabilidade por meio de 
coloração com eosina e negrosina (contracoloração). 
Com eosina, os espermatozoides vivos não se coram e os mortos ficam rosados. 
Com negrosina, os espermatozoides vivos não se coram e os mortos ficam enegrecidos. 
Quando 75% deles estão mortos, o quadro se chama necrozoospermia. 
 
6. Contagem Global de espermatozoides 
 As contagens de espermatozoides podem ser expressas de duas formas: através da 
concentração de espermatozoides por mililitro de sêmem ou através da contagem total de 
espermatozoides no ejaculado. 
 
6.1. Concentração de espermatozoides 
Corresponde à contagem global por mililitro de sêmen e é feita após liquefação. 
Proceder da seguinte maneira: 
• Homogeneizar. 
• Diluir a amostra 1:20 (0,4 mL de diluente + 20µL de sêmen). O diluente pode ser água 
destilada contendo um pouco de cristal violeta ou salina. 
• Preencher a câmara de Neubauer nos dois lados do hemocitômetro. 
• Contar em aumento de 40x nos mesmos quadrados em que se contam hemácias. 
• Tirar a média dos dois lados. A diferença entre os dois lados não pode exceder 10%. 
• Calcular a concentração de espermatozoides: 
Concentração de espermatozoides = Número contado x 20 x 5 x 10 x 1000 
Onde: 
20: fator de diluição. 
5: 1/5 dos retículos contados. 
10: conversão de mm2 para mm3. 
1000: conversão de mm3 para mL. 
• Valores de referência: Acima de 20 milhões/ mL. 
 Valor limítrofe: 10 a 20 milhões/mL. 
Aspermia: não se encontram espermatozoides. 
Azoospermia: não se encontram espermatozoides, mas apenas células da espermatogênese. 
Oligospermia: número diminuído de espermatozoides. 
 
6.2. Contagem total de espermatozoides 
 Corresponde ao total de espermatozoides em todo o volume ejaculado. 
- Calcular: 
Contagem total = Concentração de espermatozoides x volume ejaculado 
Valores de referência: Acima de 40 milhões/ ejaculado. 
 
6.3. Outras observações 
 Deve ser relatada a presença de outros elementos no sêmen, tais como piócitos, hemácias e 
leveduras. 
 
7. Morfologia espermática 
Também conhecida como contagem diferencial de espermatozoides. Utilizada para evidenciar 
a presença e a frequência de anormalidades na morfologia dos espermatozoides. Essas 
anormalidades podem ser na cabeça, na peça intermediária ou na cauda (flagelo). 
 Proceder da seguinte maneira: 
• Confeccionar um esfregaço fino: 
 
• Secar e corar com Giemsa: 
- Colocar álcool metílico não diluído sobre a lâmina. 
- Deixar descansar por 10 minutos. 
- Drenar e secar ao ar. 
- Cobrir a lâmina com corante de Giemsa (17 gotas da solução-estoque de Giemsa em água destilada 
suficiente para tornar um volume final de 5mL). 
- Deixar descansar por 20 minutos. 
- Lavar com água destilada. 
 
• Focalizar em aumento de 1000x com óleo de imersão. 
• Analisar 100 espermatozoides, anotando a porcentagem dos anormais. 
Morfologia normal: a cabeça será levemente ovalada, única, lisa, sem gotas citoplasmáticas e 
com o acrossoma ocupando cerca de 40% a 70% da cabeça. O diâmetro varia de 3 a 5µm, podendo 
apresentar até 2 vacúolos citoplasmáticos. A peça intermediária deve medir de 6 a 10µm, alinhar-se 
com o eixo longitudinal da cabeça e não apresentar expansões laterais. A cauda deve ser única e 
desenrolada. 
Assim, os tipos morfológicos encontrados são: 
 
 
• Anormalidades da cabeça: macrocéfalo (cabeça gigante), microcéfalo (microcabeça), cabeça 
dupla, cabeça amorfa, cabeça cônica e cabeça constrita. 
• Anormalidades da cauda: sem cauda, cauda dupla (bicaudado) e cauda enrolada. 
- Anotar também o percentual de hemácias, leucócitos e células leveduriformes. 
Valores de referência: mais de 30% de formas normais como critério de rotina. 
 
8. Relação OMS/ Consenso geral 
 
Parâmetro Unidade OMS 1999 Consenso 
Volume mL ≥ 2,0 1,5 a 5,0 
pH - ≥ 7,2 7,2 a 8,0 
Concentração 1.000.000/mL ≥ 20 ≥ 20 
Motilidade (até 60’ 
após a ejaculação) 
% grau A 
% grau A + B 
≥ 25 
≥ 50 
≥ 50 
Morfologia % formas normais ≥ 14 ≥ 30 
Vitalidade % vivos ≥ 75 ≥ 75 
Leucócitos 1.000.000/mL < 1,0 < 1,0

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