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Transcrição Farmacologia dia 15/08/17 por Guilherme Luz. CONCEITOS BÁSICOS Farmacologia= conhecimento sobre os fármacos; Fármaco= molécula ativa de um medicamento que induz algum efeito no organismo; Farmacocinética= estuda o movimento do fármaco no organismo, desde a entrada até a saída, e os fatores que interferem nesse processo; Farmacodinâmica= estuda o mecanismo de ação de um fármaco, além de exemplos de medicamentos, interações medicamentosas, indicações, etc; Farmacogenômica/Farmacogenética= área da farmacologia que utiliza de exames genéticos para definir o melhor medicamento para um determinado indivíduo, considerando a grande variabilidade genética da população. Polimorfismo de um único nucleotídeo (SNPs) são trocas de bases nitrogenadas que podem levar à alguma patologia, como o câncer. Exames de DNA atualmente conseguem detectar tais alterações e calcular predisposições a determinadas doenças. Classes medicamentosas= antibiótico, anti-histamínico, anti-helmíntico, analgésico... são cerca de 56 classes; FASES DA FARMACOCINÉTICA Absorção: entrada do fármaco no organismo - Cai na corrente sanguínea - A via endovenosa não possui essa fase Distribuição: - Ocorre com a ligação às proteínas plasmáticas - Se liga ao receptor para realizar o efeito farmacológico (chave-fechadura) Se o fármaco se ligar ao receptor errado, dará origem ao efeito colateral Biotransformação ou metabolização - Transformação do fármaco em inativo (quando sua estrutura química se assemelha com a da água) - A grande maioria dos fármacos são transformados em inativos no fígado Paciente com cirrose ou insuficiência hepática precisará de um tempo maior para que ocorra a metabolização do fármaco, logo, ficará ativo por mais tempo, aumentando a chance de se desenvolver efeito colateral. Nesses casos, é necessário repensar a dose utilizada Uso de estatinas em pacientes com colesterol alto está ligado ao aparecimento de cirrose hepática, pois retira o colesterol dos vasos (relacionado ao surgimento de placas de ateroma) e deposita no fígado Eliminação ou excreção DOSES DE MEDICAMENTOS A correlação dose/peso somente é usada em crianças. Para adultos não existe cálculo de dosagem, esta se dá através de um platô (ou margem de segurança ou intervalo terapêutico) onde o efeito do fármaco é de 100%. A partir disso, o excesso de fármaco aumentará as chances deste se ligar a receptores errados e dar origem ao efeito colateral. O efeito de um medicamento depende do receptor (proteína codificada geneticamente) e do fármaco. Isso explica porque certos medicamentos agem melhor em alguns indivíduos do que em outros. Nas crianças, esse platô sofre alterações dependendo do peso. Durante a absorção e distribuição há uma perda de parte do medicamento pela ação do suco gástrico e aderência aos tecidos. Porém, o restante deve ser capaz de desencadear 100% de efeito. Todo medicamento tem um tempo de duração específico no organismo. Medicamento para glicemia contribui para emagrecimento: diminui a glicose do sangue e o organismo passa a quebrar gordura para ser transformada em gordura EFEITOS DO FÁRMACO Farmacológico: efeito esperado e desejado decorrente da ligação do fármaco com seu receptor; Colateral: é um efeito “ruim”, causado pela ligação a um receptor errado, porém que já é esperado de se acontecer. Ex: queda do cabelo no uso de quimioterápicos; Reação adversa ao medicamento (RAM): efeito não esperado que aconteça; presente nas fases de teste do medicamento; Secundário: não é o principal, porém que tem grande importância na medicação. Ex: Dramin (Reduzir náusea- efeito farmacológico, sono- efeito secundário), antialérgico e anti-histamínico. Quando for “ruim”, pode ser chamado de colateral; Placebo: aquele gerado a partir do placebo, ou seja, tudo que não é medicamento, mas gera um efeito farmacológico. Ex: oração, fé, crença, cirurgia espírita, cápsulas sem conteúdo medicamentoso; Remédio são as terapias (fisioterapia, academia, acupuntura, pedras quentes, chá...) que geram efeito farmacológico devido a liberação de endorfinas, como serotonina. Cafeína possui 2 efeitos farmacológicos: vasodilatador, facilitando o encontro do fármaco com seu receptor, e estimulante do SNC. TIPOS DE MEDICAMENTO Genérico: aquele que passa por todos os testes de qualidade, o quais afirmam serem idênticos aos de referência (uso deles é intercambiável): -Biodisponibilidade: O teste avalia os padrões de absorção (velocidade e extensão) de um medicamento, avaliando sua eficácia clínica; -Bioequivalência: O teste é feito em animais, comparando-se o genérico com o de referência. Deve ser feito em um número representativo de animais, pois o receptor sofre variação entre os indivíduos. Os medicamentos devem apresentar os mesmos padrões de absorção (velocidade e extensão) e para serem considerados similares; Referência: mais conhecido, pioneiro, conhece-se a dosagem, o início e o fim do efeito e os metabólitos gerados Similar: não é exigido que passe pelos testes de qualidade; é o mais barato Em caso de dengue: - Primeira coisa a se fazer deve ser o banho, para que se possa entrar com os medicamentos: - Dipirona Analgésicos e antitérmicos mais indicados - Paracetamol Se usados cronicamente, o paracetamol é hepatotóxico e a dipirona causa aplasia de medula Dipirona tem início de efeito mais rápido que o paracetamol, porém a duração é a mesma Dipirona tem efeito colateral de ser vasodilatador, levando a queda de PA -AAS Anti-inflamatório, antitérmico, analgésico e anticoagulante Utilizado em processos cardiovasculares, para diminuir risco de infarto -Ibuprofeno Anti-inflamatório Utilizado em casos de alergia a dipirona e paracetamol, em não se tratando de dengue Para um medicamento ser absorvido mais rapidamente ele deve ter caráter lipoproteico (possuir éster em sua estrutura química). A duração do efeito, por sua vez, depende da estrutura química dos metabólitos formados Posologia: concentração/tempo de ação Dosagem: concentração
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