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aula 1 SOI II Morfogênese do sistema nervoso (1)

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Sistemas Orgânicos Integrados II
Histologia e Embriologia
Equipe Docente
• Anatomia: Raquel, Henrique e Paulo
• Fisiologia: Francisco, Rafael e Willy
• Histologia e Embriologia: Daniela, Adilson e Michele
Informações sobre a disciplina
Professores: Daniela de Oliveira Pinto (responsável)
Adilson da Costa Filho
Michele Costa da Silva
Horário: Segundas, das 9:40 as 13:50
Conteúdo da disciplina
• Histologia, Embriologia, Anatomia e Fisiologia dos Sistemas:
• Nervoso
• Cardiovascular
• Respiratório
Informações sobre a disciplina
Avaliações:
Apresentação de CC Aulas práticas Testes Provas
Informações sobre a disciplina
Cálculo das notas:
• PR1 = (Média dos Testes de Sistema Nervoso realizados nas áreas de Anatomia*, Histologia/Embriologia e 
Fisiologia/Bioquímica x 0,6) + Avaliação Integrada I (Sistema Nervoso) x 0,4 
• PR2 = [(Média dos Testes dos Sistemas Cardiovascular e Respiratório, realizados nas áreas de Anatomia*, 
Histologia/Embriologia e Fisiologia/Bioquímica x 0,6) + (Avaliação Integrada II - Sistemas Cardiovascular e 
Respiratório = x 0,4) x 0,8] + Média do Sem Integrado II x 0,2 
Média Parcial = (PR1 + PR2)/2
* Para alunos que apresentaram casos de Anatomia Clínica neste módulo, a média dos testes de Anatomia será calculada,
aplicando-se a seguinte fórmula: (Teste Prático x 0,4) + (LHS x 0,4) + (Média da apresentação de Caso Clínico/TBL e outras
metodologias ativas de ensino com avaliação, daquele módulo x 0,2)
Para alunos que NÃO apresentaram casos de Anatomia Clinica neste módulo, a média dos testes de Anatomia será
calculada, aplicando-se a seguinte fórmula: (Teste Prático x 0,4) + (LHS x 0,4) + (Média do TBL e outras metodologias ativas de
ensino com avaliação, daquele módulo x 0,2)
Informações sobre a disciplina
Apresentação de casos clínicos:
8 grupos
Grupos Apresentação
Grupo 1 Anencefalia
Grupo 2 Mielomeningocele
Grupo 3 Holoprosencefalia
Grupo 4 Hidrocefalia
Grupo 5 Malformações congênitas do corpo caloso
Grupo 6 Encefalocele
Grupo 7 Síndrome de Dandy-Walker
Grupo 8 Microcefalia
MORFOGÊNESE DO SISTEMA NERVOSO
Resumo dos eventos das 4 primeiras semanas
Primeira e Segunda semanas – Fertilização, clivagem, implantação e formação do disco germinativo bilaminar.
Terceira e quarta semanas – gastrulação, neurulação, somitogênese e fechamento do embrião.
Gastrulação: É o processo pelo qual o disco embrionário bilaminar se transforma em trilaminar.
***A gastrulação é o início da morfogênese. Durante a gastrulação se formam a linha primitiva, as camadas
germinativas e a notocorda.
Neurulação: Processo envolvido na formação da placa neural e pregas neurais e fechamentos destas pregas para
formar o tubo neural.
Desenvolvimento do sistema nervoso
Neurulação
Tem início entre o 22° e 23° dia (4ª semana) a formação da placa e do tubo neural
Placa neural – a partir da diferenciação do ectoderma induzido pela notocorda e mesoderma
O tubo neural se diferencia em SNC
A crista neural da origem às células que formam a maior parte do SNP e SNA
Ação de várias moléculas sinalizadoras: TGFβ (fator de crescimento transformante), SHH (sonic hedgehog) e BMP 
(proteína morfogenética de osso).
A fusão das pregas neurais começam 
no 5° par de somitos e prosseguem em 
para a região cefálica e caudal
O neuroporo rostral se fecha no 25° dia
O neuroporo caudal se fecha no 27° dia
Embriologia e clínica:
DTN’s – Defeitos do Tubo Neural
23 dias 24 dias
23 dias
27 dias
O fechamento dos neuroporos coincide com a
vascularização do tubo neural
O canal neural forma o sistema ventricular do
encélfalo e o canal central da medula espinhal
***Não confundir: Canal central da medula
espinhal com Canal vertebral da medula
28 dias
6 semanas
Defeitos do Tubo Neural
Desenvolvimento do 
tubo neural
Origem na parte caudal da placa 
neural
As paredes do tubo se espessam até 
formarem um estreito canal central 
da medula (9ª e 10ª semana)
23 dias
6ª semana
9ª semana
Tem inicio na região Rombencefálica
À medida que as células neuroepiteliais proliferam
elas se diferenciam em 3 camadas ou zonas:
ventricular, intermediária (ou manto) e marginal
As células neuroepiteliais do tubo neural recém
fechado iniciam um processo de rápida proliferação e
diferenciação originando neurônios, alguns tipos de
células gliais e células ependimárias
Zona Ventricular: constituída por células neuroepiteliais da parede do tubo neural, dão origem a todos os neurônios
e células macrogliais da medula espinhal.
**As células ependimárias tem sua origem na zona ventricular
Zona Intermediária ou manto: formada por neurônios (que se desenvolveram dos neuroblastos, provenientes das
células neuroepiteliais em divisão da zona ventricular)
**A substância cinzenta tem sua origem na zona do manto
Zona Marginal: composta pelas projeções (axônios) dos neurônios da Zona intermediária
**A substância branca tem sua origem na Zona marginal
**A zona marginal possui axônios entrando e deixando o SNC
Conteúdo da histologia - >Dois grandes grupos de gliócitos
Microglia (Micróglias) – Origem embrionária mesodérmica – sistema reticular fagocitário; Principal função defesa 
imunológica
Macroglia – Origem neuroectodérmica:
• Oligodendroglia – Oligodendrócitos
• Ependimoglia – Células ependimárias, células do plexo corióide e células pigmentares da retina
• Astroglia – Astrócitos
• Glia especilizada – Glia de Bergman (cerebelo); Glia de Miller (retina); Tanicitos (hipotálamo) e Pituícitos (hipófise); 
Glia radial (criam trilhas para migração de neurônios)
• Glia periférica – Células de Schwann e células satélites
Diferenciação da medula
espinal
Tem inicio na 4ª semana na Zona do
manto
• Placas alares (posterior)
• Placas basais (anterior)
Essas placas são separadas pelo sulco
limitante
As placas alares são unidas por uma
delgada placa do teto
As placas basais são unidas por uma
delgada placa do assoalho
6ª semana
9ª semana6ª semana
Placas alares dão origem aos
neurônios de associação que estão
na região dos cornos cinzentos
dorsais
*Estes neurônios recebem sinapses
de fibras aferentes de neurônios dos
gânglios da raiz dorsal
Placas basais dão origem aos moto
neurônios somáticos que estão na
região dos cornos cinzentos ventrais
** Possuem função eferente
**Os neurônios motores se formam
antes dos neurônios sensoriais
6ª semana 9ª semana6ª semana
Nervo Espinal
Placa do assoalho
Raiz ventral
Raiz visceral
A microglia invade o SNC no período
fetal após os vasos sanguíneos
entrarem no SNC. Ela tem sua origem
na medula óssea e faz parte da
população de células fagocíticas
mononucleares
Desenvolvimento dos gânglios espinais
As cél. da crista neural formam os neurônios 
unipolares dos gânglio espinais
O processo periférico é um dendrito
O processo central é um axônio e constitui as 
raízes dorsais dos nervos espinhais
Desenvolvimento das meninges
Tem origem nas cél. da crista neural
e do mesênquima entre o 20° e 35° dia
Mielinização das fibras 
nervosas
As bainhas de mielina ao redor
da medula espinhal começam a
ser formar a partir do 4° mês e
continua a se formar durante o
primeiro ano pós natal
Proteína Básica de Mielina
Integrina B1
As raízes motoras são
mielinizadas antes das raízes
sensoriais
Oligodendrócitos -> SNC
Cél. De Schwanm -> SNP
Desenvolvimento do encéfalo
Tubo neural cefálico ao 4º par de somitos
A fusão das pregas neurais da região
cefálica e o fechamento do neuroporo
rostral formam as três vesículas
encefálicas primárias
- Encéfalo anterior (prosencéfalo)
- Encéfalo médio (mesencéfalo)
- Encéfalo posterior(rombencéfalo)
Durante a 5º semana, se dividem em vesículas secundárias:
- Encéfalo anterior → telencéfalo (vesículas ópticas, hemisférios cerebrais) e diencéfalo.
- Encéfalo médio → não se divide.
- Encéfalo posterior → metencéfalo e mielencéfalo (ponte, cerebelo e bulbo).
Flexuras cefálicas – Determinam mudanças no padrão 
anatômico
Flexura do mesencéfalo
Flexura cervical
Entre o rombencéfalo e a medula
Flexura pontina
Entre o metencéfalo e o mielencéfalo. Adelgaçamento do 
rombencéfalo
5ª semana
Rombencéfalo
Prosencéfalo
Metencéfalo
Mielencéfalo
Metencéfalo
Rombencéfalo
Mielencéfalo – Bulbo
Transição entre a medula espinhal e o cérebro
Porção do encéfalo de maior semelhança com a medula espinhal
Cavidade: porção inferior do 4º ventrículo
Placa do teto (parede dorsal) distendida e muito adelgaçada, devido à
flexura pontina
Neuroblastos das placas alares migram para a zona marginal e formam os
núcleos gráceis e núcleos cuneiformes – áreas isoladas de substância
cinzenta
O bulbo contém os núcleos dos nervos cranianos glossofaríngeo, vago,
acessório e hipoglosso
Pirâmide: área ventral; contém as fibras do trato corticoespinhal
Contêm centros e redes de nervos que regulam a respiração, batimentos
cardíacos, movimentos reflexos e outras funções.
Metencéfalo – Ponte e Cerebelo
Cerebelo: É o centro para controle do
equilíbrio e da postura
Sua cavidade forma a parte superior do 4º
ventrículo
Placas alares: o espessamento das placas
alares forma o cerebelo
Os neuroblastos da zona intermediaria
migram para a zona marginal e se
diferenciam em neurônios do córtex
cerebelar
Placas basais: Neuroblastos da placa basal
se desenvolvem nos núcleos motores
Plexo coróide
Origem embrionária: é formado pela invaginação da pia-máter juntamente com 
o teto ependimário do 4º ventrículo
Secretam líquido ventricular e passa a ser Líquido cefalorraquidiano (LCR) a partir de adições da superfície do encéfalo, 
medula espinhal e das meninges
Mesencéfalo
Prosencéfalo
Metencéfalo
Mielencéfalo
Metencéfalo
Rombencéfalo
Sua cavidade se estreita formando o aqueduto
cerebral – conecta o terceiro ao quarto ventrículo
Placa alar: O teto é formado por neuroblastos
migrantes da placa alar e vão formar os colículos
superiores e inferiores (aferências multissensoriais
-visuais, auditivas e somestésicas)
Prosencéfalo
A região rostral do prosencéfalo dá origem ao telencéfalo enquanto que a caudal dá origem ao 
diencéfalo
As cavidades dessas regiões dão origem aos ventrículos laterais (telencéfalo) e ao terceiro 
ventrículo (diencéfalo).
Prosencéfalo
Metencéfalo
Mielencéfalo
Metencéfalo
Rombencéfalo
Diencéfalo
A partir das paredes laterais do terceiro ventrículo se
desenvolve 3 intumescências que darão origem ao tálamo,
epitálamo e hipotálamo
A glândula pineal é formada no epitálamo e a hipófise no
hipotálamo
Telencéfalo
As vesículas telencefálicas são os primórdios dos
hemisférios cerebrais e suas cavidades são os
ventrículos laterais
O córtex cerebral começa a crescer a partir de
ondas de migração de neuroblastos para posição
abaixo da pia-máter
50 dias
Desenvolvimento intra uterino
A cada onda de migração
os neuroblastos migram
através da camada de
células em diferenciação
e assumem lugar próximo
à pia-máter
13 semanas 21 semanas 32 semanas
No início do desenvolvimento do telencéfalo, a
superfície dos hemisférios cerebrais é lisa
Do terceiro ao oitavo mês, surgem sulcos e giros, o que
aumenta a área do córtex cerebral sem aumento de
volume da massa cefálica
Os primeiros sulcos surgem nas áreas filogeneticamente
mais antigas
Formação das meninges
• São formadas por células do mesênquima que migram para envolver o tubo neural formando uma membrana 
chamada meninge (membrana) primitiva
• A camada externa se espessa, formando a dura-máter
• A camada interna permanece delgada e forma as leptomeninges (pia-máter e aracnoide-máter)
• Dentro das leptomeninges aparecem espaços cheios de líquido que coalescem e formam o espaço subaracnóide
• O líquor começa a formar-se durante a quinta semana.
Prosencéfalo
Metencéfalo
Mielencéfalo
Metencéfalo
Rombencéfalo
Desenvolvimento do Sistema Nervoso Periférico
Classificação anatômica
O Sist. Nervoso Central:cérebro e medula espinal – Tubo neural
O Sist. Nervoso Periférico: gânglios e nervos – Tubo neural, Cél. da Crista Neural e placóides ectodérmicos
Classificação Funcional
Sistema Nervoso Somático
Inerva a pele e músculo
Componentes sensoriais e motores
Sistema Nervoso Autônomo (Visceral)
Inerva vísceras (órgãos), músc. liso, glândulas periféricas
Componentes Simpáticos (surge associada ao tronco – Toracolombar)
Componentes Parassimpáticos (surge em associação ao cérebro e a medula espinal caudal – Craniossacrais)
Principal fonte de origem é a crista neural
Dá origem às células sensitivas somáticas e viscerais
Dá origem a neuroblastos bipolares que então se diferenciam em neurônios pseudounipolares
Dá origem aos gânglios sensitivos dos nervos trigêmeo (V), facial (VII), vestibulococlear (VIII),
glossofaríngeo (IX) e vago (X)
Dá origem aos neurônios multipolares do gânglio autonômico, células de Schwann e células satélites
5
Caso clínico
Um bebê é levado ao pronto-atendimento após
morder a porção anterolateral da sua língua.
Enquanto um cirurgião oral realizava a sutura da
língua, o plantonista notou outras lesões suspeitas.
Entre elas, lacerações na gengiva com falta de
dentes, uma queimadura no dedo indicador
esquerdo, múltiplos cortes pequenos e arranhões.
Uma radiografia da face, para pesquisar os dentes
fraturados, revelou uma fratura oculta no osso
parietal. Um levantamento minucioso foi, então,
realizado pelo serviço de proteção à criança.
Os pais alegam que todas as lesões foram
“autoinfligidas” e descrevem que o garoto “não
sente dor”. Eles explicaram que os dentes fraturados
são devido ao hábito de morder brinquedos e que o
dedo queimado ocorreu quando o menino tocou
uma chapa quente. Ele não chora com nenhuma
dessas lesões significativas, incluindo a mordida na
língua, e eles expressaram sua surpresa quando a
fratura de crânio foi descoberta.
Seu histórico médico mostra que ele foi admitido no
hospital por diversas vezes com febre alta e sepse
(infecção grave), que foi tratada com antibióticos.
A família percebeu que ele ficava vermelho e
letárgico no calor e que nunca o viram suar. A
criança chorou pouco durante o procedimento de
sutura da língua e se mostra indiferente a picadas
de agulha para coleta dos exames laboratoriais.
A investigação do serviço de proteção à criança não
encontrou nenhuma evidência de abuso do menino.
A família tem duas outras crianças mais velhas,
saudáveis e bem cuidadas.
A neurologia foi consultada e uma biópsia de pele
obtida mostrou escassas fibras nervosas na pele e
ausência de inervação das glândulas sudoríparas.
Com base na história clínica e nos achados
histológicos, chegou-se ao diagnóstico
de insensibilidade congênita à dor com
anidrose (anidrose significa ausência de produção
de suor). O sequenciamento do gene NTKR1
mostrou duas mutações deletérias, cada qual
proveniente de um dos pais, confirmando o
diagnóstico. NTKR1 é um receptor para FATOR DE
CRESCIMENTO DE NERVOS (NGF) que é requerido
para o desenvolvimento da inervação sensorial
nociceptiva (dor) da pele e para a inervação
autônoma das glândulas sudoríparas écrinas (cujo
canal excretor abre diretamente em poros na
superfície da pele).
Desenvolvimento dos nervos espinhais e gânglios
***Axônios motores da coluna ventral são osprimeiros a brotar da medula espinal
Os primeiros neurônios a emergiram da medula espinal são motoneurônios (neurônios multipolares) somáticos nas 
colunas cinzentas ventrais. Isso ocorre por volta do 30° dia.
Dará origem às 
vertebras e 
costelas
Neurônio pseudounipolar
Neurônio multipolar Nervo espinal (tronco misto)
Verde: Neurônios
Vermelho: Neurofilamentos
Região ventral da 
mesoderme
Região dorsal da 
mesoderme
As cél. da crista neural formam os neurônios 
unipolares dos gânglio espinais
Raiz anterior – origem na placa basal da
medula espinal. Formam a raiz anterior do
nervo espinal
Raiz posterior - origem no gânglio espinal-
formado pela crista neural
Padrão segmentar de inervação
motora e sensitiva: Dermátomo
Nervos motores e sensitivos inervam a parede
do corpo e membros em um padrão baseado
na organização segmentar estabelecida pelos
somitos
Dermátomos -> Área da pele inervada por um
nervo periférico que cresceu a partir daquele
mesmo nível
Na 5ª semana penetram nos brotos dos membros os
neurônios motores e em seguida, os neurônios sensoriais.
Cél. da crista neural, precursoras das cél. de schwann,
formam o neurilema e a bainha de mielina
Entretanto o componente sensitivo de cada nervo se 
espalha alcançando dermátomos adjacentes 
(sobreposição)
Sistema Nervoso Autonômico
• Derivado de células da crista neural. A aferência do sistema nervoso autônomo possui 
dois neurônios: um pré-ganglionar e um pós-ganglionar
• As células da crista também migram para outras regiões periféricas para formar outras 
estruturas do SNA como os gânglios e a medula das glândulas suprarrenais 
(paragânglios)
• Dividido em:
• Simpático ou toracolombar – originados da crista neural da região torácica. Seus gânglios formam 
uma cadeia bilateral conectados por fibras nervosas longitudinais.
• Parassimpático ou craniossacral – Surgem do tronco encefálico e porção sacral da medula espinal. 
Nervos cranianos: Oculomotor (III); Facial (VII); Glossofaríngeo (IX) e Vago (X).
Sistema Nervoso Entérico
Origina-se do vago e do sacro e constitui a divisão maior e
mais complexa do sistema nervoso periférico, contendo
mais neurônios do que a medula espinhal. Todos os
componentes do SNE originam-se de precursores que
migram para o intestino do vago e/ou da crista neural
sacra
Histologia do Sistema Nervoso
Organização do sistema nervoso humano
Divisão Partes Função geral
Sistema Nervoso Central 
(SNC)
Encéfalo, constituintes 
neurais do sistema 
fotorreceptor, medula 
espinal
Processamento e 
integração de 
informações
Sistema Nervoso 
Periférico (SNP)
Nervos e gânglios 
nervosos
Condução de 
informações entre órgão 
receptores de estímulos, 
o SNC e órgãos efetores 
(músculos, por ex.)
• NERVOS: Fios esbranquiçados que atingem todas as regiões do
corpo.
• GÂNGLIOS NERVOSOS: Aglomerados de células nervosas.
Nervo do 
antebraço
Dois tipos celulares:
• Neurônios – células com longos prolongamentos.
• Células da glia – sustentam os neurônios e participam de outras funções.
No sistema nervoso central há uma segregação entre os corpos celulares dos neurônios
e seus prolongamentos.
SUBSTÂNCIA CINZENTA: CORPOS CELULARES.
SUBSTÂNCIA BRANCA: NEUROFIBRAS.
COMPOSIÇÃO:
NÊURONIOS
• Células especializadas na condução de
impulsos nervosos.
• Possui longos prolongamentos
• Responsáveis pela recepção, transmissão e
processamento dos estímulos
• Influenciam diversas atividades do
organismo
• Liberam neurotransmissores
Apresentam 3 componentes:
• Dendritos: prolongamentos numerosos,
especializados na função de receber os
estímulos do meio ambiente, células
epiteliais sensoriais ou de outros neurônios.
• Corpo celular ou pericário: centro trófico da
célula.
• Axônio: prolongamento único,
especializado na condução de impulsos que
transmitem informações do neurônio para
outras células.
Dimensões e formas variáveis:
• Corpo pode ser esférico, periforme ou anguloso.
• Células grandes, o corpo pode ter até 150 mm.
• Células granulosas do cerebelo – de 4 a 5 mm de diâmetro.
De acordo com a morfologia:
• Neurônios bipolares – possui um dendrito e um axônio.
• Neurônios multipolares – apresentam mais de dois prolongamentos celulares.
• Neurônios pseudounipolares – apresentam próximo ao corpo celular um
prolongamento único, mas este logo se divide em dois, dirigindo um ramo para a
periferia e outro para o SNC.
Classificação quanto a função:
1. SENSITIVOS OU AFERENTES: Captam a mensagem do meio externo e interno.
2. MOTORES OU EFERENTES: Efetuam uma ação.
3. NEURÔNIOS ASSOCIATIVOS: Estabelecem conexões entre outros neurônios.
Os neurônios formam os nervos!!!
TIPOS DE NERVOS:
a) Nervos sensitivos: Ex: nervo óptico.
b) Nervos motores: Ex: nervos motores dos olhos.
c) Nervos mistos: Ex: alguns nervos cranianos e todos os nervos medulares.
Corpo celular:
• centro trófico.
• função receptora e integradora de
estímulos (excitatórios ou inibitórios).
• contém o núcleo e citoplasma.
• núcleo esférico e pouco corado –
cromossomos distendidos.
• 1 único nucléolo.
• rico em REG – forma agregados de cisternas
paralelas e entre elas polirribossomos livres
– Na M.O. aparecem como manchas
basófilas espalhadas pelo citoplasma –
corpúsculos de Nissl.
• melanina e lipofuscina.
Dendritos: 
• Numerosos na célula nervosa. 
• Células de Purkinje fazem conexão 
com até 200 mil terminações de 
axônios. 
• Recebem o impulso nervoso pelas espinhas 
ou gêmulas, que são projeções alongadas 
presas ao dendrito, que sofrem uma 
pequena dilatação.
• É o local onde ocorre o primeiro 
processamento da informação
• As gêmulas participam da plasticidade dos 
neurônios – relacionada com a adaptação, a 
memória e o aprendizado.
Axônios: 
• Único no neurônio
• Comprimento e diâmetro variáveis
• Origina-se de uma estrutura piramidal do corpo celular denominada cone de implantação
• Axônios mielinizados
• Segmento inicial – recebe muitos estímulos excitatórios e inibitórios, cujo resultado pode 
originar um potencial de ação, cuja a propagação é o impulso nervoso
• Porção final ramificada – telodendro
• Fluxo retrógrado – do axônio para o corpo celular – dineína
• Fluxo anterógrado – do corpo celular para o axônio – cinesina
Potencial de membrana:
Axolema – Na+ para fora do axônio
K+ para dentro do axônio
Estímulo do neurônio:
Abertura dos canais iônicos – influxo de Na+
Axônio se torna positivo em relação ao meio extracelular – potencial de ação 
ou impulso nervoso 
Abertura dos canais de K= e volta para o potencial de repouso
Duração de 5 ms
Diferença de potencial de – 65mV
– 65mV + 30mV
+ 30mV
Comunicação sináptica: 
• transmissão unidirecional do impulso nervoso
• sinapses – neurônio/neurônio ou neurônio/célula efetora
• função – transformar um sinal elétrico pré sináptico em um sinal químico pós sináptico,
que atua na célula pós sináptica – atuação dos neurotransmissores
• Dois conceitos importantes:
• Neurotransmissores: quando se combinam com proteínas receptoras, abrem ou
fecham canais iônicos ou desencadeiam uma cascata molecular na célula pós
sináptica, que produz segundos mensageiros intracelulares
• Neuromoduladores: mensageiros químicos que não agem diretamente sobre as
sinapses, porém modificam a sensibilidade neuronal aos estímulos sinápticos
excitatórios ou inibitórios
Sinapses: 
• axossomática – axônio/corpo celular
• axodendrítica – axônio/dendrito
• axoaxônica – axônio/axônio
• Sinapse excitatória – ocorre a despolarização da membrana pós sináptica após a liberação 
do neurotransmissor
• Sinapse inibitória – ocorrea hiperpolarização da membrana pós sináptica após a liberação 
do neurotransmissor
Células Gliais:
• Função: envolver, proteger e nutrir os neurônios.
• Dois tipos de gliócitos quanto a origem:
– Macróglias: placa neural do embrião
• Astrócitos
• Oligodendrócitos
• Células de Schwann
• Células ependimárias
– Micróglias: tecido hematopoético
Tipos de gliócitos:
1 - Astrócitos:
– Sustentação física ao tecido nervoso.
2 - Oligodendrócitos:
– Produzem e mantêm a bainha de 
mielina.
3 - Célula de Schwann:
– Gliócitos presentes no snp.
– Protegem a bainha de mielina.
4 – Micróglias:
– São macrófagos que fagocitam detritos e 
restos celulares do tecido nervoso
5 – Células ependimárias:
– Células epiteliais colunares que revestem 
os ventrículos do cérebro e o canal central da medula 
espinal.
SNC:
• Cérebro, cerebelo, medula espinal.
• substância branca – axônios mielinizados, 
oligodendrócitos e outras células da glia. Não 
possui corpos de neurônios.
• substância cinzenta – corpos de neurônios, 
dendritos, porção inicial não mielinizada dos 
axônios e células da glia. Predomina no córtex 
cerebral e cerebelar.
Cortex Cerebral:
• Substância cinzenta organizada em 6 camadas 
diferenciadas pelas formas e tamanho dos 
neurônios
• Recebem e processam impulsos aferentes 
(sensoriais) e eferentes (motores)
Cortex Cerebelar:
• 3 camadas:
- Camada molecular: mais externa
- Células de Purkinje: camada central
- Camada granular: mais interna
Medula espinal:
• Substância branca externamente.
• Substância branca internamente.
• Orifício central revestido por células 
ependimárias (lúmem do tubo neural).
• Cornos anteriores – neurônios motores e 
axônios dão origem as raízes ventrais dos nervos 
raquidianos.
• Cornos posteriores – recebem as fibras dos 
neurônios situados nos gânglios das raízes 
dorsais dos nervos espinais (fibras sensorias).
• Neurônios multipolares e volumosos.
Meninges: tecido conjuntivo
• Dura-máter
• Mais externa
• Tecido conjuntivo denso contínuo com
o periósteo no crânio e separado do
perióteo nas vertebras, formando o
espaço peridural.
• Aracnóide
•Membranosa em contato com a dura-
máter.
• Traves que ligam a aracnóide à pia-
mater – espaço sub-aracnoide
• Colchão hidráulico
• Pia-máter
• Muito vascularizada e aderente ao
tecido nervoso
• Os vasos sanguíneos penetram o
tecido nervoso por meio de túneis
revestido por pia-máter.
• Pia-máter desaparece antes que os
vasos se transformem em capilares –
capilares envolvidos por prolongamento
de astrócitos
• Barreira hematoencefálica
• Barreira funcional
• Junções de oclusão nos capilares
Plexo coróides:
• Dobras da pia-máter ricas em capilares.
• Função: secretar LCR (140 ml)
Sistema Nervoso Periférico:
• Fibras nervosas = axônio + bainha envoltória
Todos os axônios nos adultos são 
envolvidos por dobras únicas ou múltiplas 
formada por uma célula envoltória
• Axônios de pequeno diâmetro são envolvidos 
por uma única dobra da célula envoltória – fibras 
nervosas amielínicas.
• Axônios mais calibrosos tem um número maior 
de envoltórios concêntricos proveniente da célula 
de revestimento – fibra nervosa mielínica.
• A bainha de mielina se interrompe em 
intervalos regulares, formando os nós de 
Ranvier. Esses nós são recobertos por 
expansões laterais das células de Schwann.
Nervos:
• São esbranquiçados.
• Epineuro, perineuro e endoneuro
• Contém fibras aferentes e eferentes
• Fibras aferentes – levam para os centros nervosos as informações obtidas no interior do 
corpo e no meio ambiente
• Fibras eferentes – levam os impulsos dos centros nervosos para os órgãos efetores
• Nervos sensoriais
• Nervos motores
• Nervos mistos
Gânglios:
• Acúmulo de neurônios fora do SNC.
• Esféricos, protegidos por cápsula conjuntiva e associado aos nervos
• Gânglios sensoriais – aferentes
• gânglios cranianos – associados aos nervos cranianos
• gânglios espinais – associados aos nervos espinais
• grandes corpos neuronais
• neurônios pseudounipolares
• transmitem para o SNC as informações captadas pelas terminações sensoriais e de 
seus prolongamentos periféricos
• Gânglios do Sistema Nervoso Autônomo – eferentes
• Formação bulbosa ao longo do nervo
• Neurônios multipolares
• Controle da musculatura lisa

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