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Sistemas Orgânicos Integrados II Histologia e Embriologia Equipe Docente • Anatomia: Raquel, Henrique e Paulo • Fisiologia: Francisco, Rafael e Willy • Histologia e Embriologia: Daniela, Adilson e Michele Informações sobre a disciplina Professores: Daniela de Oliveira Pinto (responsável) Adilson da Costa Filho Michele Costa da Silva Horário: Segundas, das 9:40 as 13:50 Conteúdo da disciplina • Histologia, Embriologia, Anatomia e Fisiologia dos Sistemas: • Nervoso • Cardiovascular • Respiratório Informações sobre a disciplina Avaliações: Apresentação de CC Aulas práticas Testes Provas Informações sobre a disciplina Cálculo das notas: • PR1 = (Média dos Testes de Sistema Nervoso realizados nas áreas de Anatomia*, Histologia/Embriologia e Fisiologia/Bioquímica x 0,6) + Avaliação Integrada I (Sistema Nervoso) x 0,4 • PR2 = [(Média dos Testes dos Sistemas Cardiovascular e Respiratório, realizados nas áreas de Anatomia*, Histologia/Embriologia e Fisiologia/Bioquímica x 0,6) + (Avaliação Integrada II - Sistemas Cardiovascular e Respiratório = x 0,4) x 0,8] + Média do Sem Integrado II x 0,2 Média Parcial = (PR1 + PR2)/2 * Para alunos que apresentaram casos de Anatomia Clínica neste módulo, a média dos testes de Anatomia será calculada, aplicando-se a seguinte fórmula: (Teste Prático x 0,4) + (LHS x 0,4) + (Média da apresentação de Caso Clínico/TBL e outras metodologias ativas de ensino com avaliação, daquele módulo x 0,2) Para alunos que NÃO apresentaram casos de Anatomia Clinica neste módulo, a média dos testes de Anatomia será calculada, aplicando-se a seguinte fórmula: (Teste Prático x 0,4) + (LHS x 0,4) + (Média do TBL e outras metodologias ativas de ensino com avaliação, daquele módulo x 0,2) Informações sobre a disciplina Apresentação de casos clínicos: 8 grupos Grupos Apresentação Grupo 1 Anencefalia Grupo 2 Mielomeningocele Grupo 3 Holoprosencefalia Grupo 4 Hidrocefalia Grupo 5 Malformações congênitas do corpo caloso Grupo 6 Encefalocele Grupo 7 Síndrome de Dandy-Walker Grupo 8 Microcefalia MORFOGÊNESE DO SISTEMA NERVOSO Resumo dos eventos das 4 primeiras semanas Primeira e Segunda semanas – Fertilização, clivagem, implantação e formação do disco germinativo bilaminar. Terceira e quarta semanas – gastrulação, neurulação, somitogênese e fechamento do embrião. Gastrulação: É o processo pelo qual o disco embrionário bilaminar se transforma em trilaminar. ***A gastrulação é o início da morfogênese. Durante a gastrulação se formam a linha primitiva, as camadas germinativas e a notocorda. Neurulação: Processo envolvido na formação da placa neural e pregas neurais e fechamentos destas pregas para formar o tubo neural. Desenvolvimento do sistema nervoso Neurulação Tem início entre o 22° e 23° dia (4ª semana) a formação da placa e do tubo neural Placa neural – a partir da diferenciação do ectoderma induzido pela notocorda e mesoderma O tubo neural se diferencia em SNC A crista neural da origem às células que formam a maior parte do SNP e SNA Ação de várias moléculas sinalizadoras: TGFβ (fator de crescimento transformante), SHH (sonic hedgehog) e BMP (proteína morfogenética de osso). A fusão das pregas neurais começam no 5° par de somitos e prosseguem em para a região cefálica e caudal O neuroporo rostral se fecha no 25° dia O neuroporo caudal se fecha no 27° dia Embriologia e clínica: DTN’s – Defeitos do Tubo Neural 23 dias 24 dias 23 dias 27 dias O fechamento dos neuroporos coincide com a vascularização do tubo neural O canal neural forma o sistema ventricular do encélfalo e o canal central da medula espinhal ***Não confundir: Canal central da medula espinhal com Canal vertebral da medula 28 dias 6 semanas Defeitos do Tubo Neural Desenvolvimento do tubo neural Origem na parte caudal da placa neural As paredes do tubo se espessam até formarem um estreito canal central da medula (9ª e 10ª semana) 23 dias 6ª semana 9ª semana Tem inicio na região Rombencefálica À medida que as células neuroepiteliais proliferam elas se diferenciam em 3 camadas ou zonas: ventricular, intermediária (ou manto) e marginal As células neuroepiteliais do tubo neural recém fechado iniciam um processo de rápida proliferação e diferenciação originando neurônios, alguns tipos de células gliais e células ependimárias Zona Ventricular: constituída por células neuroepiteliais da parede do tubo neural, dão origem a todos os neurônios e células macrogliais da medula espinhal. **As células ependimárias tem sua origem na zona ventricular Zona Intermediária ou manto: formada por neurônios (que se desenvolveram dos neuroblastos, provenientes das células neuroepiteliais em divisão da zona ventricular) **A substância cinzenta tem sua origem na zona do manto Zona Marginal: composta pelas projeções (axônios) dos neurônios da Zona intermediária **A substância branca tem sua origem na Zona marginal **A zona marginal possui axônios entrando e deixando o SNC Conteúdo da histologia - >Dois grandes grupos de gliócitos Microglia (Micróglias) – Origem embrionária mesodérmica – sistema reticular fagocitário; Principal função defesa imunológica Macroglia – Origem neuroectodérmica: • Oligodendroglia – Oligodendrócitos • Ependimoglia – Células ependimárias, células do plexo corióide e células pigmentares da retina • Astroglia – Astrócitos • Glia especilizada – Glia de Bergman (cerebelo); Glia de Miller (retina); Tanicitos (hipotálamo) e Pituícitos (hipófise); Glia radial (criam trilhas para migração de neurônios) • Glia periférica – Células de Schwann e células satélites Diferenciação da medula espinal Tem inicio na 4ª semana na Zona do manto • Placas alares (posterior) • Placas basais (anterior) Essas placas são separadas pelo sulco limitante As placas alares são unidas por uma delgada placa do teto As placas basais são unidas por uma delgada placa do assoalho 6ª semana 9ª semana6ª semana Placas alares dão origem aos neurônios de associação que estão na região dos cornos cinzentos dorsais *Estes neurônios recebem sinapses de fibras aferentes de neurônios dos gânglios da raiz dorsal Placas basais dão origem aos moto neurônios somáticos que estão na região dos cornos cinzentos ventrais ** Possuem função eferente **Os neurônios motores se formam antes dos neurônios sensoriais 6ª semana 9ª semana6ª semana Nervo Espinal Placa do assoalho Raiz ventral Raiz visceral A microglia invade o SNC no período fetal após os vasos sanguíneos entrarem no SNC. Ela tem sua origem na medula óssea e faz parte da população de células fagocíticas mononucleares Desenvolvimento dos gânglios espinais As cél. da crista neural formam os neurônios unipolares dos gânglio espinais O processo periférico é um dendrito O processo central é um axônio e constitui as raízes dorsais dos nervos espinhais Desenvolvimento das meninges Tem origem nas cél. da crista neural e do mesênquima entre o 20° e 35° dia Mielinização das fibras nervosas As bainhas de mielina ao redor da medula espinhal começam a ser formar a partir do 4° mês e continua a se formar durante o primeiro ano pós natal Proteína Básica de Mielina Integrina B1 As raízes motoras são mielinizadas antes das raízes sensoriais Oligodendrócitos -> SNC Cél. De Schwanm -> SNP Desenvolvimento do encéfalo Tubo neural cefálico ao 4º par de somitos A fusão das pregas neurais da região cefálica e o fechamento do neuroporo rostral formam as três vesículas encefálicas primárias - Encéfalo anterior (prosencéfalo) - Encéfalo médio (mesencéfalo) - Encéfalo posterior(rombencéfalo) Durante a 5º semana, se dividem em vesículas secundárias: - Encéfalo anterior → telencéfalo (vesículas ópticas, hemisférios cerebrais) e diencéfalo. - Encéfalo médio → não se divide. - Encéfalo posterior → metencéfalo e mielencéfalo (ponte, cerebelo e bulbo). Flexuras cefálicas – Determinam mudanças no padrão anatômico Flexura do mesencéfalo Flexura cervical Entre o rombencéfalo e a medula Flexura pontina Entre o metencéfalo e o mielencéfalo. Adelgaçamento do rombencéfalo 5ª semana Rombencéfalo Prosencéfalo Metencéfalo Mielencéfalo Metencéfalo Rombencéfalo Mielencéfalo – Bulbo Transição entre a medula espinhal e o cérebro Porção do encéfalo de maior semelhança com a medula espinhal Cavidade: porção inferior do 4º ventrículo Placa do teto (parede dorsal) distendida e muito adelgaçada, devido à flexura pontina Neuroblastos das placas alares migram para a zona marginal e formam os núcleos gráceis e núcleos cuneiformes – áreas isoladas de substância cinzenta O bulbo contém os núcleos dos nervos cranianos glossofaríngeo, vago, acessório e hipoglosso Pirâmide: área ventral; contém as fibras do trato corticoespinhal Contêm centros e redes de nervos que regulam a respiração, batimentos cardíacos, movimentos reflexos e outras funções. Metencéfalo – Ponte e Cerebelo Cerebelo: É o centro para controle do equilíbrio e da postura Sua cavidade forma a parte superior do 4º ventrículo Placas alares: o espessamento das placas alares forma o cerebelo Os neuroblastos da zona intermediaria migram para a zona marginal e se diferenciam em neurônios do córtex cerebelar Placas basais: Neuroblastos da placa basal se desenvolvem nos núcleos motores Plexo coróide Origem embrionária: é formado pela invaginação da pia-máter juntamente com o teto ependimário do 4º ventrículo Secretam líquido ventricular e passa a ser Líquido cefalorraquidiano (LCR) a partir de adições da superfície do encéfalo, medula espinhal e das meninges Mesencéfalo Prosencéfalo Metencéfalo Mielencéfalo Metencéfalo Rombencéfalo Sua cavidade se estreita formando o aqueduto cerebral – conecta o terceiro ao quarto ventrículo Placa alar: O teto é formado por neuroblastos migrantes da placa alar e vão formar os colículos superiores e inferiores (aferências multissensoriais -visuais, auditivas e somestésicas) Prosencéfalo A região rostral do prosencéfalo dá origem ao telencéfalo enquanto que a caudal dá origem ao diencéfalo As cavidades dessas regiões dão origem aos ventrículos laterais (telencéfalo) e ao terceiro ventrículo (diencéfalo). Prosencéfalo Metencéfalo Mielencéfalo Metencéfalo Rombencéfalo Diencéfalo A partir das paredes laterais do terceiro ventrículo se desenvolve 3 intumescências que darão origem ao tálamo, epitálamo e hipotálamo A glândula pineal é formada no epitálamo e a hipófise no hipotálamo Telencéfalo As vesículas telencefálicas são os primórdios dos hemisférios cerebrais e suas cavidades são os ventrículos laterais O córtex cerebral começa a crescer a partir de ondas de migração de neuroblastos para posição abaixo da pia-máter 50 dias Desenvolvimento intra uterino A cada onda de migração os neuroblastos migram através da camada de células em diferenciação e assumem lugar próximo à pia-máter 13 semanas 21 semanas 32 semanas No início do desenvolvimento do telencéfalo, a superfície dos hemisférios cerebrais é lisa Do terceiro ao oitavo mês, surgem sulcos e giros, o que aumenta a área do córtex cerebral sem aumento de volume da massa cefálica Os primeiros sulcos surgem nas áreas filogeneticamente mais antigas Formação das meninges • São formadas por células do mesênquima que migram para envolver o tubo neural formando uma membrana chamada meninge (membrana) primitiva • A camada externa se espessa, formando a dura-máter • A camada interna permanece delgada e forma as leptomeninges (pia-máter e aracnoide-máter) • Dentro das leptomeninges aparecem espaços cheios de líquido que coalescem e formam o espaço subaracnóide • O líquor começa a formar-se durante a quinta semana. Prosencéfalo Metencéfalo Mielencéfalo Metencéfalo Rombencéfalo Desenvolvimento do Sistema Nervoso Periférico Classificação anatômica O Sist. Nervoso Central:cérebro e medula espinal – Tubo neural O Sist. Nervoso Periférico: gânglios e nervos – Tubo neural, Cél. da Crista Neural e placóides ectodérmicos Classificação Funcional Sistema Nervoso Somático Inerva a pele e músculo Componentes sensoriais e motores Sistema Nervoso Autônomo (Visceral) Inerva vísceras (órgãos), músc. liso, glândulas periféricas Componentes Simpáticos (surge associada ao tronco – Toracolombar) Componentes Parassimpáticos (surge em associação ao cérebro e a medula espinal caudal – Craniossacrais) Principal fonte de origem é a crista neural Dá origem às células sensitivas somáticas e viscerais Dá origem a neuroblastos bipolares que então se diferenciam em neurônios pseudounipolares Dá origem aos gânglios sensitivos dos nervos trigêmeo (V), facial (VII), vestibulococlear (VIII), glossofaríngeo (IX) e vago (X) Dá origem aos neurônios multipolares do gânglio autonômico, células de Schwann e células satélites 5 Caso clínico Um bebê é levado ao pronto-atendimento após morder a porção anterolateral da sua língua. Enquanto um cirurgião oral realizava a sutura da língua, o plantonista notou outras lesões suspeitas. Entre elas, lacerações na gengiva com falta de dentes, uma queimadura no dedo indicador esquerdo, múltiplos cortes pequenos e arranhões. Uma radiografia da face, para pesquisar os dentes fraturados, revelou uma fratura oculta no osso parietal. Um levantamento minucioso foi, então, realizado pelo serviço de proteção à criança. Os pais alegam que todas as lesões foram “autoinfligidas” e descrevem que o garoto “não sente dor”. Eles explicaram que os dentes fraturados são devido ao hábito de morder brinquedos e que o dedo queimado ocorreu quando o menino tocou uma chapa quente. Ele não chora com nenhuma dessas lesões significativas, incluindo a mordida na língua, e eles expressaram sua surpresa quando a fratura de crânio foi descoberta. Seu histórico médico mostra que ele foi admitido no hospital por diversas vezes com febre alta e sepse (infecção grave), que foi tratada com antibióticos. A família percebeu que ele ficava vermelho e letárgico no calor e que nunca o viram suar. A criança chorou pouco durante o procedimento de sutura da língua e se mostra indiferente a picadas de agulha para coleta dos exames laboratoriais. A investigação do serviço de proteção à criança não encontrou nenhuma evidência de abuso do menino. A família tem duas outras crianças mais velhas, saudáveis e bem cuidadas. A neurologia foi consultada e uma biópsia de pele obtida mostrou escassas fibras nervosas na pele e ausência de inervação das glândulas sudoríparas. Com base na história clínica e nos achados histológicos, chegou-se ao diagnóstico de insensibilidade congênita à dor com anidrose (anidrose significa ausência de produção de suor). O sequenciamento do gene NTKR1 mostrou duas mutações deletérias, cada qual proveniente de um dos pais, confirmando o diagnóstico. NTKR1 é um receptor para FATOR DE CRESCIMENTO DE NERVOS (NGF) que é requerido para o desenvolvimento da inervação sensorial nociceptiva (dor) da pele e para a inervação autônoma das glândulas sudoríparas écrinas (cujo canal excretor abre diretamente em poros na superfície da pele). Desenvolvimento dos nervos espinhais e gânglios ***Axônios motores da coluna ventral são osprimeiros a brotar da medula espinal Os primeiros neurônios a emergiram da medula espinal são motoneurônios (neurônios multipolares) somáticos nas colunas cinzentas ventrais. Isso ocorre por volta do 30° dia. Dará origem às vertebras e costelas Neurônio pseudounipolar Neurônio multipolar Nervo espinal (tronco misto) Verde: Neurônios Vermelho: Neurofilamentos Região ventral da mesoderme Região dorsal da mesoderme As cél. da crista neural formam os neurônios unipolares dos gânglio espinais Raiz anterior – origem na placa basal da medula espinal. Formam a raiz anterior do nervo espinal Raiz posterior - origem no gânglio espinal- formado pela crista neural Padrão segmentar de inervação motora e sensitiva: Dermátomo Nervos motores e sensitivos inervam a parede do corpo e membros em um padrão baseado na organização segmentar estabelecida pelos somitos Dermátomos -> Área da pele inervada por um nervo periférico que cresceu a partir daquele mesmo nível Na 5ª semana penetram nos brotos dos membros os neurônios motores e em seguida, os neurônios sensoriais. Cél. da crista neural, precursoras das cél. de schwann, formam o neurilema e a bainha de mielina Entretanto o componente sensitivo de cada nervo se espalha alcançando dermátomos adjacentes (sobreposição) Sistema Nervoso Autonômico • Derivado de células da crista neural. A aferência do sistema nervoso autônomo possui dois neurônios: um pré-ganglionar e um pós-ganglionar • As células da crista também migram para outras regiões periféricas para formar outras estruturas do SNA como os gânglios e a medula das glândulas suprarrenais (paragânglios) • Dividido em: • Simpático ou toracolombar – originados da crista neural da região torácica. Seus gânglios formam uma cadeia bilateral conectados por fibras nervosas longitudinais. • Parassimpático ou craniossacral – Surgem do tronco encefálico e porção sacral da medula espinal. Nervos cranianos: Oculomotor (III); Facial (VII); Glossofaríngeo (IX) e Vago (X). Sistema Nervoso Entérico Origina-se do vago e do sacro e constitui a divisão maior e mais complexa do sistema nervoso periférico, contendo mais neurônios do que a medula espinhal. Todos os componentes do SNE originam-se de precursores que migram para o intestino do vago e/ou da crista neural sacra Histologia do Sistema Nervoso Organização do sistema nervoso humano Divisão Partes Função geral Sistema Nervoso Central (SNC) Encéfalo, constituintes neurais do sistema fotorreceptor, medula espinal Processamento e integração de informações Sistema Nervoso Periférico (SNP) Nervos e gânglios nervosos Condução de informações entre órgão receptores de estímulos, o SNC e órgãos efetores (músculos, por ex.) • NERVOS: Fios esbranquiçados que atingem todas as regiões do corpo. • GÂNGLIOS NERVOSOS: Aglomerados de células nervosas. Nervo do antebraço Dois tipos celulares: • Neurônios – células com longos prolongamentos. • Células da glia – sustentam os neurônios e participam de outras funções. No sistema nervoso central há uma segregação entre os corpos celulares dos neurônios e seus prolongamentos. SUBSTÂNCIA CINZENTA: CORPOS CELULARES. SUBSTÂNCIA BRANCA: NEUROFIBRAS. COMPOSIÇÃO: NÊURONIOS • Células especializadas na condução de impulsos nervosos. • Possui longos prolongamentos • Responsáveis pela recepção, transmissão e processamento dos estímulos • Influenciam diversas atividades do organismo • Liberam neurotransmissores Apresentam 3 componentes: • Dendritos: prolongamentos numerosos, especializados na função de receber os estímulos do meio ambiente, células epiteliais sensoriais ou de outros neurônios. • Corpo celular ou pericário: centro trófico da célula. • Axônio: prolongamento único, especializado na condução de impulsos que transmitem informações do neurônio para outras células. Dimensões e formas variáveis: • Corpo pode ser esférico, periforme ou anguloso. • Células grandes, o corpo pode ter até 150 mm. • Células granulosas do cerebelo – de 4 a 5 mm de diâmetro. De acordo com a morfologia: • Neurônios bipolares – possui um dendrito e um axônio. • Neurônios multipolares – apresentam mais de dois prolongamentos celulares. • Neurônios pseudounipolares – apresentam próximo ao corpo celular um prolongamento único, mas este logo se divide em dois, dirigindo um ramo para a periferia e outro para o SNC. Classificação quanto a função: 1. SENSITIVOS OU AFERENTES: Captam a mensagem do meio externo e interno. 2. MOTORES OU EFERENTES: Efetuam uma ação. 3. NEURÔNIOS ASSOCIATIVOS: Estabelecem conexões entre outros neurônios. Os neurônios formam os nervos!!! TIPOS DE NERVOS: a) Nervos sensitivos: Ex: nervo óptico. b) Nervos motores: Ex: nervos motores dos olhos. c) Nervos mistos: Ex: alguns nervos cranianos e todos os nervos medulares. Corpo celular: • centro trófico. • função receptora e integradora de estímulos (excitatórios ou inibitórios). • contém o núcleo e citoplasma. • núcleo esférico e pouco corado – cromossomos distendidos. • 1 único nucléolo. • rico em REG – forma agregados de cisternas paralelas e entre elas polirribossomos livres – Na M.O. aparecem como manchas basófilas espalhadas pelo citoplasma – corpúsculos de Nissl. • melanina e lipofuscina. Dendritos: • Numerosos na célula nervosa. • Células de Purkinje fazem conexão com até 200 mil terminações de axônios. • Recebem o impulso nervoso pelas espinhas ou gêmulas, que são projeções alongadas presas ao dendrito, que sofrem uma pequena dilatação. • É o local onde ocorre o primeiro processamento da informação • As gêmulas participam da plasticidade dos neurônios – relacionada com a adaptação, a memória e o aprendizado. Axônios: • Único no neurônio • Comprimento e diâmetro variáveis • Origina-se de uma estrutura piramidal do corpo celular denominada cone de implantação • Axônios mielinizados • Segmento inicial – recebe muitos estímulos excitatórios e inibitórios, cujo resultado pode originar um potencial de ação, cuja a propagação é o impulso nervoso • Porção final ramificada – telodendro • Fluxo retrógrado – do axônio para o corpo celular – dineína • Fluxo anterógrado – do corpo celular para o axônio – cinesina Potencial de membrana: Axolema – Na+ para fora do axônio K+ para dentro do axônio Estímulo do neurônio: Abertura dos canais iônicos – influxo de Na+ Axônio se torna positivo em relação ao meio extracelular – potencial de ação ou impulso nervoso Abertura dos canais de K= e volta para o potencial de repouso Duração de 5 ms Diferença de potencial de – 65mV – 65mV + 30mV + 30mV Comunicação sináptica: • transmissão unidirecional do impulso nervoso • sinapses – neurônio/neurônio ou neurônio/célula efetora • função – transformar um sinal elétrico pré sináptico em um sinal químico pós sináptico, que atua na célula pós sináptica – atuação dos neurotransmissores • Dois conceitos importantes: • Neurotransmissores: quando se combinam com proteínas receptoras, abrem ou fecham canais iônicos ou desencadeiam uma cascata molecular na célula pós sináptica, que produz segundos mensageiros intracelulares • Neuromoduladores: mensageiros químicos que não agem diretamente sobre as sinapses, porém modificam a sensibilidade neuronal aos estímulos sinápticos excitatórios ou inibitórios Sinapses: • axossomática – axônio/corpo celular • axodendrítica – axônio/dendrito • axoaxônica – axônio/axônio • Sinapse excitatória – ocorre a despolarização da membrana pós sináptica após a liberação do neurotransmissor • Sinapse inibitória – ocorrea hiperpolarização da membrana pós sináptica após a liberação do neurotransmissor Células Gliais: • Função: envolver, proteger e nutrir os neurônios. • Dois tipos de gliócitos quanto a origem: – Macróglias: placa neural do embrião • Astrócitos • Oligodendrócitos • Células de Schwann • Células ependimárias – Micróglias: tecido hematopoético Tipos de gliócitos: 1 - Astrócitos: – Sustentação física ao tecido nervoso. 2 - Oligodendrócitos: – Produzem e mantêm a bainha de mielina. 3 - Célula de Schwann: – Gliócitos presentes no snp. – Protegem a bainha de mielina. 4 – Micróglias: – São macrófagos que fagocitam detritos e restos celulares do tecido nervoso 5 – Células ependimárias: – Células epiteliais colunares que revestem os ventrículos do cérebro e o canal central da medula espinal. SNC: • Cérebro, cerebelo, medula espinal. • substância branca – axônios mielinizados, oligodendrócitos e outras células da glia. Não possui corpos de neurônios. • substância cinzenta – corpos de neurônios, dendritos, porção inicial não mielinizada dos axônios e células da glia. Predomina no córtex cerebral e cerebelar. Cortex Cerebral: • Substância cinzenta organizada em 6 camadas diferenciadas pelas formas e tamanho dos neurônios • Recebem e processam impulsos aferentes (sensoriais) e eferentes (motores) Cortex Cerebelar: • 3 camadas: - Camada molecular: mais externa - Células de Purkinje: camada central - Camada granular: mais interna Medula espinal: • Substância branca externamente. • Substância branca internamente. • Orifício central revestido por células ependimárias (lúmem do tubo neural). • Cornos anteriores – neurônios motores e axônios dão origem as raízes ventrais dos nervos raquidianos. • Cornos posteriores – recebem as fibras dos neurônios situados nos gânglios das raízes dorsais dos nervos espinais (fibras sensorias). • Neurônios multipolares e volumosos. Meninges: tecido conjuntivo • Dura-máter • Mais externa • Tecido conjuntivo denso contínuo com o periósteo no crânio e separado do perióteo nas vertebras, formando o espaço peridural. • Aracnóide •Membranosa em contato com a dura- máter. • Traves que ligam a aracnóide à pia- mater – espaço sub-aracnoide • Colchão hidráulico • Pia-máter • Muito vascularizada e aderente ao tecido nervoso • Os vasos sanguíneos penetram o tecido nervoso por meio de túneis revestido por pia-máter. • Pia-máter desaparece antes que os vasos se transformem em capilares – capilares envolvidos por prolongamento de astrócitos • Barreira hematoencefálica • Barreira funcional • Junções de oclusão nos capilares Plexo coróides: • Dobras da pia-máter ricas em capilares. • Função: secretar LCR (140 ml) Sistema Nervoso Periférico: • Fibras nervosas = axônio + bainha envoltória Todos os axônios nos adultos são envolvidos por dobras únicas ou múltiplas formada por uma célula envoltória • Axônios de pequeno diâmetro são envolvidos por uma única dobra da célula envoltória – fibras nervosas amielínicas. • Axônios mais calibrosos tem um número maior de envoltórios concêntricos proveniente da célula de revestimento – fibra nervosa mielínica. • A bainha de mielina se interrompe em intervalos regulares, formando os nós de Ranvier. Esses nós são recobertos por expansões laterais das células de Schwann. Nervos: • São esbranquiçados. • Epineuro, perineuro e endoneuro • Contém fibras aferentes e eferentes • Fibras aferentes – levam para os centros nervosos as informações obtidas no interior do corpo e no meio ambiente • Fibras eferentes – levam os impulsos dos centros nervosos para os órgãos efetores • Nervos sensoriais • Nervos motores • Nervos mistos Gânglios: • Acúmulo de neurônios fora do SNC. • Esféricos, protegidos por cápsula conjuntiva e associado aos nervos • Gânglios sensoriais – aferentes • gânglios cranianos – associados aos nervos cranianos • gânglios espinais – associados aos nervos espinais • grandes corpos neuronais • neurônios pseudounipolares • transmitem para o SNC as informações captadas pelas terminações sensoriais e de seus prolongamentos periféricos • Gânglios do Sistema Nervoso Autônomo – eferentes • Formação bulbosa ao longo do nervo • Neurônios multipolares • Controle da musculatura lisa
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