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LAPAROTOMIAS Princípios fundamentais: (1) Indicação cirúrgica bem definida; (2) Anti-sepsia rigorosa; (3) Localizar-se o mais próximo possível do objetivo a ser operado; (4) Possuir dimensão adequada ao ato cirúrgico; (5) Permitir boa exploração da cavidade abdominal; (6) Permitir um acesso rápido às estruturas abdominais; (7) Respeitar os planos anatômicos; (8) Evitar seccionar músculos e nervos; (9) Permitir prolongamento quando necessário; (10) Evitar a associação de incisões; (11) Obedecer às linhas de força da pele; (12) Não ser afunilada; (13) Permitir um fechamento rápido e seguro. Direções das laparotomias: Mediana; paramediana pararretal interna e externa, esq. ou direita; transrretal; laparotomia médio-lateral supra, para ou infra-umbilical. Irrigação e inervação da parede abdominal: aa. epigásticas sup. e inf.; intercostais inf.; circunflexas ilíacas e lombares. Nervos: intercostais, do 7° ao 11° e iílio-hipogástrico e ílio-inguinal. Laparotomia mediana: (1) Paciente em decúbito dorsal, e anestesiado; (2) Tricotomia, se necessário, anti-sepsia e colocação de campos estéreis; (3) Incisão: longitudinal na pele, tela subcutânea (tec. adiposo, fáscias de Camper e de Scarpa); (4) Hemostasia dos vasos – pinçamento e cauterização; (5) Abertura da linha alba, fáscia transversallis e peritônio; (6) Confirmação do diagnóstico pré-operatório e exploração sistematizada da cavidade abdominal; (7) Realização do procedimento cirúrgico planejado; (8) Revisão rigorosa da cavidade: hemostasia e corpos estranhos; (9) Síntese por planos: linha alba e peritônio: pontos contínuos com fio não absorvível como o nylon, ou polipropileno (prolene); tela subcutânea: pontos separados com categute simples 2-0 ou 3-0; pele: sutura intradérmica com nylon 4-0, (inabsorvível) ou vicryl ou dexon (absorvíveis). (10) Curativo simples. Laparotomia paramediana pararetal medial – LENNANDER: (1) Paciente em decúbito dorsal, e anestesiado; (2) Tricotomia, se necessário, anti-sepsia e colocação de campos estéreis; (3) Incisão longitudinal de pele e subcutâneo, distando cerca de 2cm da linha alba, à direita ou à esquerda. (4) Hemostasia dos vasos – pinçamento e cauterização; (5) Abertura da lâmina anterior da bainha do m. reto do abdome; (6) Dissecção da bainha, separando-a das fibras musculares, liberando a borda medial do reto; (7) Dissecção da lâmina posterior da bainha do reto. (8) Pinçamento e abertura da lâmina post. da bainha do reto, junto à fáscia transversallis e ao peritônio; (9) Confirmação do diagnóstico pré-operatório e exploração sistematizada da cavidade abdominal; (10) Realização do procedimento cirúrgico planejado; (11) Revisão rigorosa da cavidade: hemostasia e corpos estranhos; (12) Síntese por planos: lamina e peritônio: pontos contínuos ou separados com fio não absorvível como o nylon, ou polipropileno (prolene) ou fio de absorção lenta; lâmina ant: igual a post; tela subcutânea: pontos separados com categute simples 2-0 ou 3-0; pele: sutura intradérmica com nylon 4-0, (inabsorvível) ou vicryl ou dexon (absorvíveis). (13) Curativo simples. Incisão subcostal: oblíqua – KOCHER Permite acesso à dir. às vias biliares e à esq. ao baço, porém desnerva a parede abdominal. (1) Paciente em decúbito dorsal, e anestesiado; (2) Tricotomia, se necessário, anti-sepsia e colocação de campos estéreis; (3) Incisão de pele tela subcutânea, com cerca de 10cm de extensão, cerca de 2 dedos transversos abaixo do rebordo condrocostal, iniciando- se no processo xifóide e terminando no flanco; (4) Hemostasia dos vasos – pinçamento e cauterização; (5) Secção da lâmina ant. da bainha do reto, do m. reto do abdome e da lâmina post. da bainha do reto. (6) Abertura do plano aponeurótico formado pelos mm. Oblíquo externo, oblíquo interno e transverso. (7) Abertura da fáscia transversallis e do peritônio; (8) Confirmação do diagnóstico pré-operatório e exploração sistematizada da cavidade abdominal; (9) Realização do procedimento cirúrgico planejado; (10) Revisão rigorosa da cavidade: hemostasia e corpos estranhos; (11) Síntese por planos: peritônio: pontos contínuos com fio de absorção lenta; plano musc-aponeurótico (tranverso e OI): pts contínuo ou separado com fio de abs lenta; lâmina post e ant: =; plano musc-aponeurótico (OE):=; tela subcutânea: pontos separados com categute simples 2-0 ou 3-0; pele: sutura intradérmica com nylon 4-0, (inabsorvível) ou vicryl ou dexon (absorvíveis). (12) Curativo simples. Incisão de PFANNENSTIEL É indicada para operação cesariana ou procedimentos no útero e anexos. Não pode ser prolongada. (1) Paciente em decúbito dorsal, e anestesiado; (2) Tricotomia, se necessário, anti-sepsia e colocação de campos estéreis; (3) Incisão da pele e subcutâneo em forma de arco 1 a 2 dedos acima da sínfise púbica,se estendendo até a linha semilunar de Spiegel. (4) Incisão das lâminas anteriores da bainha do reto do abdome; (5) Hemostasia dos vasos – pinçamento e cauterização; (6) Descolamento da parte superior das lâminas anteriores da bainha do reto até próximo à cicatriz umbilical; (7) Abertura longitudinal da linha alba até próximo ao umbigo; (8) Abertura da fáscia transversallis e do peritônio; (9) Realização do procedimento cirúrgico planejado; (10) Revisão rigorosa da cavidade: hemostasia e corpos estranhos; (11) Síntese por planos: peritônio: pontos contínuos com fio de abs lenta; musc retos, por aproximação da linha média, ponto U com fio de longa abs; plano aponeurótico: sutura contínua, fio abs lenta; tela subcutânea: pontos separados com categute simples 2-0 ou 3-0; pele: sutura intradérmica com nylon 4-0, (inabsorvível) ou vicryl ou dexon (absorvíveis). (12) Curativo simples. Incisão paramediana tansretal - JABOULAY Considerada má via de acesso porque desnerva a metade medial do m. reto. (1) Paciente em decúbito dorsal, e anestesiado; (2) Tricotomia, se necessário, anti-sepsia e colocação de campos estéreis; (3) Incisão longitudinal de pele e subcutâneo, distando cerca de 2cm da linha alba, à direita ou à esquerda. (4) Hemostasia dos vasos – pinçamento e cauterização; (5) Abertura da lâmina anterior da bainha do m. reto do abdome; (6) Divulsão das fibras do reto do abdome longitudinalmente; (7) Abertura da lâmina post. da bainha do reto, junto à fáscia transversallis e ao peritônio; (8) Confirmação do diagnóstico pré-operatório e exploração sistematizada da cavidade abdominal; (9) Realização do procedimento cirúrgico planejado; (10) Revisão rigorosa da cavidade: hemostasia e corpos estranhos; (11) Síntese por planos: linha alba e peritônio: pontos contínuos com fio não absorvível como o nylon, ou polipropileno (prolene); tela subcutânea: pontos separados com categute simples 2-0 ou 3-0; pele: sutura intradérmica com nylon 4-0, (inabsorvível) ou vicryl ou dexon (absorvíveis). (12) Curativo simples. Incisão médio-lateral infra-umbilical - JALAGUIER Tem como vantagem a possibilidade de ser ampliada superior ou inferiormente, porém causa desnervação da parede ântero-lateral do reto do abdome devido a secção dos nervos intercostais. Complicações comuns a todas as laparotomias: (1) Complicações anestésicas; (2) Tromboembolismo; (3) Hemorragia; (4) Deiscência da ferida cirúrgica; (5) Infecção: Formação de abscesso: secreção purulenta na via de acesso. Há calor, dor, rubor e edema. (6) Hematoma: Acúmulo de sangue abaixo da pele, nos planos de dissecção ou divulsão tecidual. Pele arroxeada, com tumefação e dor local. Prevenção: hemostasia, antes da síntese. Peq.: calor sobre a pele. Gdes.: ordenha do hematoma após retirada de alguns pontos. (7) Seroma: Acúmulo de líquido semelhante ao plasma em espaços residuais. Aspiração com seringa. (8) Evisceração: Saída de vísceras do abdome para o meio externo por deiscência completa de todosos planos anatômicos, inclusive pele. Pacientes desnutridos ou tossidores crônicos. (9) Hérnia incisional: Eventração: Mau fechamento e infecção da parede abdominal; (10) Aderências: Ocorre normalmente durante o processo de cicatrização. __________________________________________________________ APENDICECTOMIAS: Indicação: Processos inflamatórios agudos do apêndice; Incisão de ELLIOT-BABCOCK - Apendicectomia Usada principalmente para apendicectomia, com a vantagem de poder ser ampliada, tanto lateral qto medialmente. (1) Paciente em decúbito dorsal, e anestesiado; (2) Tricotomia, se necessário, anti-sepsia e colocação de campos estéreis; (3) Incisão transversa de pele e tela subcutânea, iniciando-se a 1cm medialmente à linha semilunar de Spiegel = borda lateral do reto do abdome, terminando lateralmente, na união dos 2/3 mediais com o 1/3 lateral de uma linha imaginária que une a cicatriz umbilical à crista ilíaca ântero-superior direita; (4) Secção da aponeurose do m. oblíquo externo; (5) Divulsão das fibras dos mm. oblíquo interno e transverso; (6) Secção transversa da fáscia transversallis e do peritônio (7) Identificação do apêndice, se preciso seguindo as tênias do colo (mesocólica, omental e livre); (8) Exposição do mesoapêndice, ligadura cranial e caudal do mesmo, seguida de secção, juntamente com a a. apendicular; (9) Ligadura à base do apêndice. Feitura de uma bolsa no ceco: sutura em torno da base do apêndice, com fio absorvível, a 1,5cm da base. Traciono o apêndice e secciono. (10) Sepultamento do coto apendicular e fechamento da bolsa seromuscular. (11) Revisão da hemostasia e limpeza da região operada. Drenagem contra-incisional da cavidade peritoneal em caso de apendicite abscedada. (12) Síntese por planos: peritônio: sutura contínua com fio e absorção lenta: vicryl ou categute; m. transverso: pontos separados ou sutura contínua com fio de absorção lenta: vicryl ou categute cromado; mm. oblíquo interno e externo: idem; tela subcutânea: pontos separados com categute simples; pele: pontos simples ou intradérmico com nylon 4-0, vicryl ou dexon. Incisão de McBURNEY - Apendicectomia Exclusiva para apendicectomia e não permite o prolongamento. (1) Paciente em decúbito dorsal, e anestesiado; (2) Tricotomia, se necessário, anti-sepsia e colocação de campos estéreis; (3) Incisão de pele e subcutâneo de 5-8cm, direcionada perpendicular e inferiormente a partir do ponto de McBurney que se localiza na união dos 2/3 mediais com o 1/3 lateral de uma linha imaginária que une a cicatriz umbilical à espinha ilíaca ântero-superior direita; (4) Hemostasia dos vasos – pinçamento e cauterização; (5) Incisão da aponeurose do m. oblíquo externo, acompanhando a direção das suas fibras. (6) Divulsão das fibras dos mm. oblíquo interno e transverso; (7) Abertura da fáscia transversallis e do peritônio na mesma direção. (8) Identificação do apêndice, se preciso seguindo as tênias do colo; (9) Exposição do mesoapêndice, ligadura cranial e caudal do mesmo, seguida de secção, juntamente com a a. apendicular; (10) Ligadura à base do apêndice. Feitura de uma bolsa no ceco: sutura seromuscular em torno da base do apêndice, com fio absorvível, a 1,5cm da base. Traciono o apêndice e secciono. (11) Sepultamento do coto apendicular e fechamento da bolsa seromuscular. (12) Revisão da hemostasia e limpeza da região operada. Drenagem contra-incisional da cavidade peritoneal em caso de apendicite abscedada. (13) Síntese por planos: peritônio: sutura contínua com fio de absorção lenta: vicryl ou categute; m. transverso: pontos separados ou sutura contínua com fio de absorção lenta: vicryl ou categute cromado; mm. oblíquo interno e externo: idem; tela subcutânea: pontos separados com categute simples; pele: pontos simples ou intradérmico com nylon 4-0, vicryl ou dexon. Incisão de DAVIS – Apendicectomia (1) Paciente em decúbito dorsal, e anestesiado; (2) Tricotomia, se necessário, anti-sepsia e colocação de campos estéreis; (3) Incisão transversa da pele, tela subcutânea (tec. adiposo e Fáscias de Camper e de Scarpa), sobre uma linha imaginária que une a espinha ilíaca ântero- superior direita à esquerda, iniciando a 2cm da borda lateral direita do m. reto abdominal, medialmente, e terminando a 2cm da espinha ilíaca ântero-superior direita, lateralmente. (4) Incisão transversa da aponeurose do m. oblíquo externo e do folheto anterior da aponeurose do m. reto do abdome direito. (5) Divulsão das fibras do m. oblíquo interno e do m. transverso; (6) Afastamento medial do m. reto do abdome, expondo a fáscia transversalis. (7) Abertura transversa da fáscia transversalis e do peritônio. (8) Identificação do apêndice, se preciso seguindo as tênias do colo; (9), (10), (11), (12) e (13): idem. Apendicectomia por videolaparoscopia: (1) Paciente em decúbito dorsal, e anestesiado; (2) São utilizados três portais de acesso: um localizado na cicatriz umbilical para a ótica e dois na fosse ilíaca esquerda, um no flanco e outro na fosse ilíaca esquerda. (3) A pinça da fosse ilíaca esquerda apreende a base do apêndice, enquanto a pinça do flando esquerdo, transfixa o mesoapêndice, o qual contêm a artéria apendicular. (4) Faz-se a ligadura do conjunto mesoapêndice-artéria apendicular com endogrampeador linear, clipagem ou cauterização. (5) Ligadura da base do apêndice com endogrampeador linear. (6) Retira-se a apêndice pelo portal umbilical, com o auxíliio de um saco plástico para evitar a contaminação abdominal. - Complicações: lesões vasculares: mais comuns e mais graves. Enfizema cutâneo por extravasamento de gás na parede abdominal. Compressão da veia cava inferior, dificultando o retorno venoso. - Complicações específicas: (1) Infecção: principalmente nas formas abscedada, perfurada e gangrenosa; (2) Íleo paralítico: distenção abdominal, parada de eliminação de fezes e flatos; (3) Obstrução intestinal: devido a aderências ou abscessos intraperitoneais; (4) Fístula cecal: devido à deiscência do coto apendicular ou necrose isquêmica; (5) Coto apendicular supurado: principalmente em cotos não sepultados. ________________________________________________________ HERNIOPLASTIAS: - A região inguinal é a parte ínfero-lateral da parede do abdome. Delimitada superiormente por uma linha imaginária que une as espinhas ilíacas ântero-superiores direita e esquerda, inferiormente pela prega cutânea medial da coxa e medialmente pela borda lateral do m. reto do abdome. A região inguinal contêm o canal inguinal por onde passa o funículo espermático no homem e o ligamento redondo, na mulher. A parede anterior desse canal é formada pela aponeurose de inserção do m. oblíquo externo, que se espessa inferiormente para formar o ligamento inguinal. A parede posterior é formada pelo m. transverso do abdome, sendo limitado superiormente pelo orifício miopectíneo de Fruchaud e inferiormente pelo ligamento de Thomson. Toas as hérnias inguinais estão localizadas entre a arco do m. transverso superiormente e o trato ílio-púbico inferiormente, sendo este um conjunto de fibras aponeuróticas do m. transverso que se contra em sentido paralelo, posterior e cefálico em relação ao ligamento inguinal. - A hernioplastia tem como objetivo corrigir a protrusão herniária e reforçar a parede da região inguino-femoral onde ocorreu o defeito anatômico ou estrutural. Tal defeito ocorre principalmente no orifício miopectíneo de Fruchaud ou trígono inguinal (que pertence à parede posterior do canal inguinal), que incorpora todas as áreas de fraqueza da parede abdominal na região inguino-femoral. Esse espaço é limitado pela aponeurose do m. transverso superiormente, pelo m. ílio-psoas lateral e caudalmente, e pelo ligamento inguinal ou de Poupart, medial e caudalmente, sendo que este espaço é dividido quase ao meio poruma projeção do ligamento inguinal, que separa as regiões inguinal e femoral. Acima do lig. Inguinal, as hérnias são divididas pelos vãos epigástricos inferiores e abaixo, a área de fraqueza ocorre principalmente medialmente, no canal femoral, já que lateralmente há os vasos femorais. - Pontos fracos naturais: Linha alba, umbigo, região inguinal (fossetas lateral – anel inguinal profundo –, média e medial), anel femoral, trígono lombar superior (de Grynfelt), trígono lombar inferior (de Petit). - Pontos fracos adquiridos: traumas, cicatrizes de laparotomias, paralisia muscular por doença ou lesão do nervo motor. - Fatores predisponentes: doenças respiratórias (enfisema e bronquite crônica), constipação intestinal, doença prostática, gravidez e obesidade. - Indicações: hérnia diagnosticada é hérnia operada, principalmente uma hérnia estrangulada. - Complicações: Comuns à qualquer laparotomia, como infecção, principalmente quando utilizada alguma prótese, ocorrendo habitualmente a eliminação da mesma, recidiva da hérnia. Hérnia inguinal: é aquela na qual a protrusão da estrutura herniada ocorre na parede posterior do canal inguinal (PPCI), sendo através do anel inguinal profundo, ou por enfraquecimento na fosseta média. O trajeto da estrutura anatômica herniada ocorre no interior do conduto peritônio-vaginal não obliterado. - Hérnia inguinal indireta: quando a protrusão herniária ocorre lateralmente aos vasos epigástricos inferiores, na fosseta lateral e através do anel inguinal profundo. - Hérnia inguinal direta: quando a protrusão herniária ocorre medialmente aos vasos epigástricos inferiores, na fosseta média. Neste caso o conteúdo herniado não está envolvido pela fáscia espermática (o que ocorre na hérnia inguinal indireta), mas sim pela fáscia transversalis, que se encontra abaulada pra dentro do canal inguinal. Esse abaulamento tem trajeto perpendicular ao do funículo espermático inicialmente, podendo se tornar paralelo à medida que a hérnia progride pra dentro do canal inguinal,em direção ao anel inguinal superficial. Hérnia femoral: protrusão herniária entre o ligamento inguinal e a pelve óssea, podendo ser no hiato safeno. O tipo mais comum é aquela hérnia localizada medialmente à veia femoral e lateralmente à borda medial do anel femoral. Classificação de Nyhus: Hérnias tipo (I): Hérnia inguinal indireta, com anel inguinal profundo normal; (II): Hérnia inguinal indireta, com anel inguinal profundo alterado, mas com PPCI sem alterações; (III): a) Hérnia inguinal direta; b) Hérnia inguinal indireta, com anel inguinal profundo dilatado e presença de alterações na PPCI; c) Hérnia femoral; (IV): Hérnias recorrentes: a) Hérnia direta; b) Hérnia indireta; c) Hérnia femoral; d) Hérnias combinadas. Técnica de BASSINI Consiste em se corrigir a hérnia inguinal através da reaproximação e sutura de estruturas músculo-aponeuróticas deiscentes e enfraquecidas, reconstituindo de maneira anátomo-funcional a região inguinal. Aproximação com sutura em tripla camada do músculo oblíquo interno (MOI), do arco aponeurótico do músculo transverso e da fáscia transversalis ao trato ilio-púbico (lig. de Thomson) e ligamento inguinal com pontos separados de nylon por trás do cordão inguinal. Há recidiva de cerca de 15%. Técnica de MARCY Hérnia inguinal indireta com anel inguinal profundo normal ou dilatado (alterado), mas sem alteração na PPCI. - Indicação: lactentes e crianças com anéis dilatados, pacientes jovens com PPCI preservada ou pacientes idosos com hérnias inguinais indiretas grandes. - Pode ser realizada por via transabdominal, pré-peritoneal ou inguinal. Caracteriza-se pelo fechamento do anel inguinal profundo com estruturas pertencentes exclusivamente à PPCI, ou seja, arco do m. transverso do abdome e o trato ílio-púbico. Dessa forma preserva a mobilidade e a função protetora do anel profundo. (1) Incisão de pele e tela subcutânea (tec. adiposo e fáscias de Camper e Scarpa), com cerca de 7cm de extensão, paralela ao canal inguinal, sendo cerca de 2 cm acima deste; (2) Abertura da aponeurose do m. oblíquo externo do abdome na direção de suas fibras e reparo dos folhetos criados; (3) Identificação dos elementos anatômicos: cordão inguinal, nervo ílio-hipogástrico, nervo ílio-inguinal e m. oblíquo intreno; (4) Dissecção e reparo do nervo ílio-inguinal; (5) Dissecção do cordão inguinal por meio de sua liberação da PPCI; (6) Exposição do anel inguinal profundo; (7) Identificação e dissecção do saco herniário (SH), liberando as bordas do saco herniário do anel inguinal profundo; (8) Ligadura do colo do SH, e ressecção opcional do excedente; (9) Identificação e reparo das margens do anel inguinal profundo (AIP), formado medialmente pelo arco aponeurótico do m. transverso e lateralmente pelo trato ílio-púbico; (10) Fechamento do AIP: total na mulher e parcial no homem, com pontos separados com fio não absorvível 2-0 ou 3-0 (nylon ou polipropileno), unindo o trato ílio-púbico ao arco aponeurótico do m. transverso, não estrangulando os elementos do funículo espermático: a pinça hemostática entreaberta deve ser introduzida com folga no anel já suturado; (11) Síntese da aponeurose do m. oblíquo externo com fio não-absorvível 2-0 ou 3-0 (nylon ou polipropileno) ou com ácido poliglicólico (dexon) ou poligractina (vicryl), devendo o nervo ílio-inguinal ficar posicionado no seu sítio anatômico normal, ou seja, dentro do canal inguinal. (12) Síntese por planos: Tela subcutânea com pontos separados usando o categute simples; pele: sutura intradérmica com naylon ou vicril 4-0 ou dexon. (13) Curativo simples. Técnica com o trato ílio-púbico: poderá ser feito um reforço na PPCI naqueles pacientes onde esta parede se encontrar enfraquecida ou atenuada. - Sutura do arco aponeurótico do m. transverso ao trato ílio-púbico com pontos separados ou sutura contínua com fio inabsorvível (polipropileno ou nylon), desde o limite inferior do anel inguinal profundo até o tubérculo púbico. Técnica de SHOULDICE Usada em hérnias diretas, indiretas e com anel inguinal profundo dilatado e com alterações na PPCI. Geralmente a anestesia usada é local. Apresenta taxa de recidiva de apenas 1%para hérnias primárias e de 2 a 4% para hérnias recidivadas. 1) Incisão de pele e tela subcutânea (tec. adiposo e fáscias de Camper e Scarpa), com cerca de 7cm de extensão, paralela ao canal inguinal, sendo cerca de 2 cm acima deste; (2) Abertura da aponeurose do m. oblíquo externo do abdome na direção de suas fibras e reparo dos folhetos criados; (3) Identificação dos elementos anatômicos: cordão inguinal, nervo ílio-hipogástrico, nervo ílio-inguinal e m. oblíquo interno; (4) Dissecção e reparo do nervo ílio-inguinal; (5) Dissecção do cordão inguinal por meio de sua liberação da PPCI; (6) Exposição do anel inguinal profundo; (7) Identificação e dissecção do saco herniário (SH), liberando as bordas do saco herniário do anel inguinal profundo; (8) Ligadura do colo do SH, e ressecção opcional do excedente; (8) Identificação do tipo de hérnia; (9) Abertura da PPCI desde o anel inguinal profundo até o tubérculo púbico, expondo o tecido adiposo pré- peritoneal, formando dois folhetos: um súpero-medial e outro ínfero- lateral que serão utilizados para o reforço; (10) Investigação, por visão direta e palpação, da presença de hérnia femoral; (11) PRIMEIRO PLANO: Sutura contínua com polipropileno ou nylon 2-0, unindo a borda livre do folheto ínfero-lateral à face posterior do folheto súpero-medial e iniciada o mais próximo possível do tubérculo púbico (tomando cuidado com o periósteo do púbis: periostite e dor) e terminando no anel inguinal profundo, devendo este ser calibrado para evitar o estrangulamento, no homem, do funículo espermático, ou seja, ao fim da sutura do anel, deve ser possívelcolocar uma pinça hemostática entreaberta com folga dentro do anel. (12) SEGUNDO PLANO: Sutura contínua com o mesmo fio utilizado no primeiro plano, começando no anel inguinal profundo e terminando no tubérculo púbico, unindo a borda livre do folheto súpero- medial ao ligamento inguinal, sendo que ao final, deve-se amarrar o fio ao coto que sobrou da sutura do primeiro plano, devendo novamente atentar para que não haja o estrangulamento do funículo espermático. (13) TERCEIRO PLANO: Sutura contínua para reforçar o segundo plano e eliminar o espaço morto, utilizando um novo fio, igual ao anterior, iniciando no anel inguinal profundo até o tubérculo púbico, unindo as bordas livres dos mm. oblíquo interno e transverso ao ligamento inguinal. Cuidado com funículo espermático e com o periósteo. (14) QUARTO PLANO: Opcional: utilizando o mesmo fio empregado no terceiro plano, faz-se uma sutura contínua desde o tubérculo púbico até o anel inguinal, unindo a face anterior do m. oblíquo interno ao ligamento inguinal. (15) Posicionamento do cordão inguinal e do nervo ílio-inguinal dentro do canal inguinal; (16) Síntese da aponeurose do m. oblíquo externo por sutura contínua com polipropileno, nylon, poliglactina (vicryl) ou ácido poliglicólico (dexon) (17) Síntese por planos: tela subcutânea: pontos separados com categute 3-0 simples; pele: sutura intradérmica com nylon ou poliglactina (Vicryl) 4-0. (18) Curativo simples. Técnica de LINCHTENSTEIN Linchtenstein considerava a fáscia transversal um envoltório fino, de pouca resistência na sua maior extensão, com poucas fibras aponeuróticas. Introduziu o uso da tela no reforço da parede posterior do canal inguinal: não confiava na fáscia transversal, o tendão conjunto era um mito, o reparo da região com tecido enfraquecido poderá levar ao insucesso, sutura sob tensão seria a principal causa de recidiva precoce e distúrbios metabólicos do colágeno na fáscia transversal seria causa de recidiva tardia. O índice de recidiva em hérnias primárias é em torno de 1% (um pouco menos). Geralmente é utilizada anestesia perudural ou raquianestesia. A tela mais usada é a de polipropileno: estímulo à resposta fibroblástica; boa resistência à infecção e uso exclusivo de material monofilamentar na sua confecção. (1) Incisão de pele e tela subcutânea (tec. adiposo e fáscias de Camper e Scarpa), com cerca de 7cm de extensão, paralela ao canal inguinal, sendo cerca de 2 cm acima deste; (2) Abertura da aponeurose do m. oblíquo externo do abdome na direção de suas fibras e reparo dos folhetos criados; (3) Identificação dos elementos anatômicos: cordão inguinal, nervo ílio-hipogástrico, nervo ílio-inguinal e m. oblíquo interno; (4) Dissecção e reparo do nervo ílio-inguinal; (5) Dissecção do cordão inguinal por meio de sua liberação da PPCI; (6) Exposição do anel inguinal profundo; (7) Identificação e dissecção do saco herniário (SH), liberando as bordas do saco herniário do anel inguinal profundo; (8) HÉRNIA INGUINAL INDIRETA: Ligadura do colo do SH, e ressecção opcional do excedente; (9) HÉRNIA INGUINAL DIRETA: Redução da protrusão da hérnia dentro do canal inguinal para a cavidade abdominal, por meio de sutura em bolsa, confeccionada em sua base. (10) Redução do diâmetro do anel inguinal profundo (AIP): Fechamento do AIP: total na mulher e parcial no homem, com pontos separados com fio não absorvível 2-0 ou 3-0 (nylon ou polipropileno), unindo o trato ílio-púbico ao arco aponeurótico do m. transverso, não estrangulando os elementos do funículo espermático: a pinça hemostática entreaberta deve ser introduzida com folga no anel já suturado (Técnica de Marcy), ou pela colocação de um cone de polipropileno, fixado nas bordas do AIP. (11) Reforço da PPCI com tela de polipropileno que deve ser recortada nos moldes dessa parede, devendo ser colocada frouxa, porque haverá uma retraão local em torno de 20% após a fase de fibroplasia. (12) Fixação da tela por meio de sutura contínua com fio não-absorvível de polipropileno 2-0, a partir do tecido aponeurótico situado junto ao tubérculo púbico, sem englobar o periósteo, e em direção à coxa, unindo a borda lateral da tela ao ligamento inguinal, e interrompida ao atingir o anel inguinal profundo, respeitando o mesmo e seu conteúdo; (13) Seção longitudinal da tela, na sua porção súpero-lateral até o anel inguinal profundo permitindo a este emergir pelo extremo inferior dessa secção, sendo criados 2 folhetos com esta extremidade súpero-lateral da tela, ficando 2/3 da largura da tela medialmente e o outro 1/3, lateralmente. (13) Sutura do folheto lateral da tela à face anterior da aponeurose do m. oblíquo interno, por meio de 3 ou 4 pontos separados com vicril ou dexon 2-0, tomando cuidado para não englobar o nervo ílio-hipogástrico aos pontos dessa sutura; (14) Posicionamento do folheto medial da tela sobre o folheto lateral, formando um novo anel inguinal profundo, criado pela superposição dos 2 folhetos; (15) Sutura do folheto medial com pontos simples de polipropileno 2-0, tomando cuidado para calibrar o diâmetro do novo anel inguinal profundo para não estrangular o cordão inguinal; (16) Síntese da aponeurose do m. oblíquo externo por sutura contínua com fio não-absorvível como o polipropileno ou o nylon, ou absorvíveis, como a poliglactina (vicryl) ou ácido poliglicólico (dexon), devendo o nervo ílio-inguinal ficar posicionado junto ao cordão inguinal. (17) Síntese por planos: tela subcutânea: pontos separados com categute 3-0 simples; pele: sutura intradérmica com nylon ou poliglactina (Vicryl) 4-0. (18) Curativo simples. Técnica de McVAY É muito utilizada para tratamento de hérnias femorais. Consiste no ancoramento da PPCI ao ligamento pectíneo ou ligamento de Cooper. (1) Incisão de pele e tela subcutânea (tec. adiposo e fáscias de Camper e Scarpa), com cerca de 7cm de extensão, paralela ao canal inguinal, sendo cerca de 2 cm acima deste; (2) Abertura da aponeurose do m. oblíquo externo do abdome na direção de suas fibras e reparo dos folhetos criados; (3) Identificação dos elementos anatômicos: cordão inguinal, nervo ílio-hipogástrico, nervo ílio-inguinal e m. oblíquo interno; (4) Dissecção e reparo do nervo ílio-inguinal; (5) Dissecção do cordão inguinal por meio de sua liberação da PPCI; (6) Exposição do anel inguinal profundo; (7) Identificação e dissecção do saco herniário (SH), liberando as bordas do saco herniário do anel inguinal profundo; (8) Ligadura do colo do SH, e ressecção opcional do excedente; (9) Abertura da PPCI desde o anel inguinal profundo até o tubérculo púbico, por meio de incisão em linha reta e paralela ao trato ílio-púbico, expondo o tecido adiposo pré-peritoneal, formando dois folhetos: um súpero-medial e outro ínfero-lateral; (10) Identificação do saco herniário ou do pelotão de gordura pré-peritoneal que constituem a hérnia femoral (HF), e se localizam entre o ligamento inguinal e o ligamento pectíneo, geralmente medial à veia femoral. (11) Redução da HF para dentro da cavidade abdominal; (12) Abertura, verificação, ligadura e ressecção do saco herniário; (13) Fechamento do anel femoral por meio de sutura do arco aponeurótico do m. transverso do abdome e da fáscia transversal ao ligamento pectíneo, através de pontos separados de fio não-absorvível 2- 0 ou 3-0, como o nylon ou polipropileno, iniciada ao nível do tubérculo púbico e se estendendo até a eminência ílio-pectinea, tomando cuidado com a veia femoral; (14) Reconstituição da PPCI por meio da sutura do folheto ínfero-lateral da parede do canal, à superfície anterior da aponeurose do m. transverso do abdome, já prevenindo o surgimento de uma hérnia inguinal indireta; (15) Sutura opcional da borda livre do m. oblíquo interno ao ligamento inguinal (3° plano do Shouldice): aumenta o reforço da PPCI. (16) Síntese da aponeurose dom. oblíquo externo por sutura contínua com fio não-absorvível como o polipropileno ou o nylon, ou absorvíveis, como a poliglactina (vicryl) ou ácido poliglicólico (dexon), devendo o nervo ílio-inguinal ficar posicionado junto ao cordão inguinal. (17) Síntese por planos: tela subcutânea: pontos separados com categute 3-0 simples; pele: sutura intradérmica com nylon ou poliglactina (Vicryl) 4-0. (18) Curativo simples. Técnica de OLIVEIRA Consiste em suturar o folheto ínfero-lateral da PPCI, que é constituído pela fáscia transversalis e pelo trato ílio-púbico, ao ligamento pectíneo, desde o tubérculo púbico até a eminência ílio-pectínea, com pontos separados de fio não-absorvível 2-0 como o polipropileno ou nylon. Isso proporciona uma sutura sem tensão, já que aproxima o retalho da PPCI naturalmente ao ligamento pectíneo. A reconstituição da PPCI se dá pela sutura do folheto súpero-medial da PPCI à face anterior do trato ílio- púbico, com sutura contínua de fio não-absorvível 2-0. Opcionalmente, pode-se suturar a borda livre arqueada do m. oblíquo interno ao ligamento inguinal, como no 3° plano do Shouldice. Técnica de STOPPA O objetivo principal dessa técnica é a substituição da fáscia transversalis de ambas as regiões inguinais por uma grande prótese que se estenderá além dos orifícios miopectíneos de Fruchaud. Assim os defeitos parientais não são ocluídos, mas cobertos pela prótese. Permite a identificação das hérnias mais comuns e também das raras como a hérnia obturatora. (1) Paciente em decúbito dorsal e em ligeiro Tredelenburg (pelve e pernas elevadas em relação aos ombros e à cabeça); (2) Incisão mediana infra-umbilical, podendo também ser utilizada a incisão de Pfannenstiel, da pele, tela subcutânea, lâmina anterior da bainha do m. reto, fáscia transversalis e fáscia vesicoumbilical, preservando-se o peritônio. (3) Dissecção do espaço pré-peritoneal, a partir da parte baixa da linha mediana, passando por trás dos vasos epigástricos inferiores, alcançando o compartimento prostático e o espaço de Bogros, expondo também o forame obturador, os vãos ilíacos e o m. iliopsoas. (4) Liberação dos cordões inguinais da lâmina peritoneal, juntamente com a fáscia transversalis, de modo que possam ser colocados em contato com a parede pélvica, permitindo que a tela seja colocada sobre a face visceral e seja recoberto o orifício miopectíneo de Fruchaud, sem necessidade de aberturas para acomodar os cordões inguinais. (5) Identificação, redução, ligadura e ressecção do saco herniário, sendo que sua parte distal não deve ser dissecada, devendo ser deixada no local; (6) Tela de Dracon ou polipropileno (Marlex) medindo, seu comprimento, 2cm a menos que a medida entre as duas espinhas ilíacas ântero-superiores e sua largura, correspondendo à distância entre a sínfise púbica e a cicatriz umbilical; (7) Colocação da tela no espaço pré-peritoneal; (8) Fixação da parte média da borda superior da tela à fáscia umbilical – único ponto, já que ela é mantida nessa posição pela ação da pressão intra-abdominal; (9) Síntese por planos: sutura por meio de sutura contínua da lâmina anterior da bainha do reto, juntamente com a fáscia transversalis e fáscia vesico- umbilical com fio não-absorvível como o nylon ou polipropileno; tela subcutânea, com pontos separados com categute simples 3-0 e pele: sutura intradérmica com nylon, dexon ou vicryl. (10) Curativo simples nas primeiras 24 horas. _________________________________________________________ ESTÔMAGO É um órgão oco, em forma d J, dividido em 4 partes (cárdia, fundo, corpo e piloro), com 2 aberturas (óstios cárdico e pilórico) para o esôfago e duodeno. É órgão móvel peritonizado, relacionando-se anteriormente com o diafragma e fígado; posteriormente com adrenal e rim esquerdos, pâncreas e mesocolon transverso; e a esquerda com o baço. É irrigado por ramos diretos ou indiretos do tronco celíaco, tais como: aa gástricas direita, esquerda e curtas; gastromentais direita e esquerda. A drenagem venosa é feita tanto pela veia porta, quanto pela ázigo, e a linfática para linfonodos das curvaturas maior e menor, e da região pré cárdica e pilórica, perfazendo um total de 16 locais de drenagem. A invervaçao é feita pelo vago. Cadeias linfonodais – CL: (1) Paracárdicos direitos; (2) Paracárdicos esquerdos; (3) Curvatura menor; (4) Curvatura maior; (5) Suprapilóricos; (6) Infrapilóricos; (7) A. gástrica esquerda; (8) A. hepática comum; (9) Tronco celíaco; (10) Hilo esplênico; (11) A. esplênica; (12) Ligamento hepatoduodenal; (13) Retropancreáticos; (14) Raiz do mesentério; (15) A. cólica média; (16) Paraórticos. GASTRECTOMIA - Indicação: Doenças benignas, como ulceras pépticas ou duodenais não responsíveis a tratamento clinico ou complicadas por estenose,tumores benignos, úlcera péptica perfurada gastrites biliar ou de refluxo alcalino, trauma gástrico e/ou duodenal, hemorragia digestiva alta, dentre outras, e no caso de câncer gástrico, sendo então associada a linfadenectomia. Do tipo D2: retirada dos grupos linfonodais paracárdicos direitos e esquerdos. Técnicas: GASTRECTOMIA PARCIAL (1) Paciente em decúbito dorsal, anestesia geral, tubagem orotraqueal; (2) Tricotomia, anti-sepsia e colocação de campos estéreis; (3) Laparotomia mediana supra umbilical: pele, tela subcutânea (tec. adiposo, fáscias de Camper e de Scarpa); (4) Hemostasia dos vasos – pinçamento e cauterização; (5) Abertura da linha alba, fáscia transversalis e peritônio; (6) Exploração da cavidade abdominal; (7) Determinação do nível da ressecção gástrica, sendo na curvatura maior na região de junção das aa gastromentais direita e esquerda, e na curvatura menor, na incisura angular. (8) Liberação da curvatura maior, após ligadura e secção entre pinças, dos ramos da a gastromental direita e da mesma, para a parede gástrica. (9) Rebatimento superior do duodeno e ligadura dos vasos entre sua primeira parte e cabeça do pâncreas. (10) Liberação da curvatura menor, por ligadura da a. gástrica direita junto ao piloro. (11) VAGOTOMIA TRONCULAR (12) Secção do estomago, tendo em vista a doença de base e o tipo de reconstituição do transito intestinal a ser realizado. (13) RECONSTITUIÇÃO DO TRANSITO GASTROINTESTINAL À BILLROTH I. (14) Revisão da cavidade e sutura por planos: linha alba e peritônio: pontos contínuos com fio não-absorvível como o nylon, ou polipropileno (prolene); tela subcutânea: pontos separados com categute simples 2-0 ou 3-0; pele: sutura intradérmica com nylon 4-0, (inabsorvível) ou vicryl ou dexon (absorvíveis). GASTRECTOMIA TOTAL (1) Paciente em decúbito dorsal, anestesia geral, tubagem orotraqueal; (2) Tricotomia, anti-sepsia e colocação de campos estéreis; (3) Laparotomia mediana supra-umbilical: pele, tela subcutânea (tec. adiposo, fáscias de Camper e de Scarpa); (4) Hemostasia dos vasos – pinçamento e cauterização; (5) Abertura da linha alba, fáscia transversalis e peritônio; (6) Exploração da cavidade abdominal; (7) Mobilização do lobo esquerdo do fígado: melhor visualização do esôfago; (8) Liberação da curvatura maior após ligadura e secção ente pinças, dos ramos das aa. gastromentais direita e esquerda, em suas origens. (9) Rebatimento superior do duodeno. Liberação da curvatura menor, por ligadura e secção ente pinças da a. gástrica direita junto ao piloro e da a. gástrica esquerda. (10) Secção do duodeno, próximo ao piloro, e do esôfago, junto à transição esôfago gástrica. (11) Reconstituição do trânsito: 2 modos: – Alça jejunal proximal: Alça c/ 15cm, mantendo sua nutrição pelo seu pedículo vascular; abertura do mesocolo transverso para passagem dessa alça; anastomose da boca proximal ao coto esofágico ou gástrico (término-terminal) e da boca distal com o coto duodenal; fechamento do mesocolo transverso (término-terminal) com pontosseparados com fio absorvível em 1 ou 2 planos; anastomose jejuno-jejunal 9(término-terminal). – Y DE ROUX. (12) Revisão da cavidade e síntese da parede: linha alba e peritônio: sutura contínua com fio não-absorvível como o nylon, ou polipropileno (prolene); tela subcutânea: pontos separados com categute simples 2-0 ou 3-0; pele: intradérmico com nylon 4-0, (inabsorvível) ou vicryl ou dexon (absorvíveis). GASTRECTOMIA SUBTOTAL E LONFADENECTOMIA (1) Paciente em decúbito dorsal, anestesia geral, tubagem orotraqueal; (2) Tricotomia, anti-sepsia e colocação de campos estéreis; (3) Laparotomia mediana supra-umbilical: pele, tela subcutânea (tec. adiposo, fáscias de Camper e de Scarpa); (4) Hemostasia dos vasos – pinçamento e cauterização; (5) Abertura da linha alba, fáscia transversalis e peritônio; (6) Exploração da cavidade abdominal; (7) Ligadura e secção do omento maior e mesocolo transverso, preservando os vasos gastroesplênicos; (8) Manobra de Kocher (secção da porção de peritônio que recobre a face anterior do duodeno, aproximando-o do rim direito, com isso permitindo uma melhor visualização das três primeiras porções do duodeno e da cabeça do pâncreas); (9) Secção do duodeno transversalmente, 3 cm abaixo do piloro. (10) Dissecção dos elementos do pedículo hepático, ligadura e secção das aa gástricas direita e esquerda, dissecção do omento menor e esvaziamento das cadeias linfonodais (CL) 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9; (11) Dissecção da junção esofagogástrica e esvaziamento da CL 1. (12) Secção do estômago em bloco com omentos e CL, desde a curvatura menor, até a curvatura maior, preservando o fundo gástrico; (13) RECONSTITUIÇÃO À BILLROTH I OU Y D ROUX. (14) Revisão da cavidade e síntese da parede: linha alba e peritônio: sutura contínua com fio não-absorvível como o nylon, ou polipropileno (prolene); tela subcutânea: pontos separados com categute simples 2-0 ou 3-0; pele: sutura intradérmica com nylon 4-0, (inabsorvível) ou vicryl ou dexon (absorvíveis). GASTRECTOMIA TOTAL E LINFADENECTOMIA Semelhante á anterior, acrescida da liberação completa do fundo gástrico, com ligadura dos vasos gastroesplenicos e esvaziamento da cadeia linfonodal paracardica esquerda (2) Complicação: De toda cirurgia: Febre, atelectasia, infecção, trombose, hemorragia, acidentes anestésicos, deiscência da sutura, dentre outros. Do órgão – estase gástrica, obstrução, fistulas, síndrome de Dumping, gastrite alcalina de refluxo, síndrome das alças aferente e eferente, capacidade gástrica reduzida, anemia, osteopatia, dentre outras. GASTRECTOMIA LAPAROSCÓPICA: 5-6 vias de acesso – trocartes: epigástrio: abaixo do processo xifóide, hipocôndrios direito e esquerdo, região inguinal esquerda e cicatriz umbilical. Não é muito recomendada pela maior facilidade de implantação de células tumorais na parede abdominal. __________________________________________________________ VAGOTOMIAS Indicação: Procedimento cirúrgico que consiste na secção dos troncos ou ramos dos nervos vagos para tratamento da úlcera péptica duodenal resistente ao tratamento clínico ou para tratamento das complicações dessa doença, isto é, estenose, hemorragia ou perfuração. Complicações: Diarréia, estase gástrica, colelitíase, disfagia transitória, perfuração de esôfago, lesão do baço, isquemia. VAGOTOMIA TRONCULAR: Secção dos nervos vagos anterior e posterior, interrompendo totalmente a inervação parassimpática do estômago e/ou outros órgãos abdominais. Como secciona-se os nervos de Latarjet, deve-se associar à uma antrectomia ou piloroplastia para facilitar o esvaziamento gástrico. (1) Realização do procedimento cirúrgico proposto; (2) Afastamento do lobo esquerdo do fígado; (3) Abertura do ligamento hepatogástrico; (4) Dissecção e isolamento do esôfago abdominal; (5) Identificação dos troncos vagais por preensão digital do estômago pela curvatura maior e tração do mesmo no sentido caudal e para a esquerda, ficando os nervos vagos estirados, como cordas de violão; (6) Isolamento e secção entre ligaduras com fio de seda 2-0, do nervo vago anterior, e de seus possíveis ramos; (7) Isolamento junto ao hiato esofágico, e secção, entre ligaduras com fio de seda 2-0, do nervo vago posterior, à direita do esôfago e de seus possíveis ramos, inclusive o nervo de Grass – nervo criminoso; (8) Execução do procedimento para drenagem gástrica: piloroplastia, gastrojejunoanastomose ou antrectomia, seguida da reconstituição do trânsito intestinal à Bilroth I ou II. VAGOTOMIA SELETIVA Faz-se a desnervação apenas do estômago, preservando-se os ramos celíaco e hepático dos nervos vagos, o que diminui a incidência de colelitíase. Também dese ser feito procedimento para facilitar o esvaziamento gástrico, como antrectomia ou piloroplastia, uma vez que os nervos de Latarjet também são seccianados. (1) Realização do procedimento cirúrgico proposto; (2) Afastamento do lobo esquerdo do fígado; (3) Abertura do ligamento hepatogástrico; (4) Dissecção e isolamento do esôfago abdominal; (5) Identificação dos troncos vagais por preensão digital do estômago pela curvatura maior e tração do mesmo no sentido caudal e para a esquerda, ficando os nervos vagos estirados, como cordas de violão; (6) Identificação do ramo hepático do nervo vago anterior; (7) Secção entre ligaduras dos tecidos abaixo do ramo hepático, que fica, assim, preservado, até atingir a curvatura menor do estômago; (8) Identificação do nervo vago posterior e de seu ramo celíaco, que se dirige em direção à aorta; (9) Secção entre ligaduras, dos tecidos abaixo do ramo celíaco, que fica assim preservado, até atingir a curvatura menor do estômago; (10) Secção dos pequenos ramos vagais que se dirigem para o cárdia; (11) Execução do procedimento para drenagem gástrica: piloroplastia, gastrojejunoanastomose ou antrectomia, seguida da reconstituição do trânsito intestinal à Bilroth I ou II. VAGOTOMIA GÁSTRICA PROXIMAL OU SUPER-SELETIVA Interrupção da inervação vagal das células parietais, preservando os nervos de Latarjet, além dos ramos celíaco e hepático, não havendo necessidade de se fazer, portanto, procedimento com vistas a melhorar a drenagem gástrica. Entretanto, a recorrência da doença ulcerosa é significativamente maior nesse tipo de procedimento. (1) Realização do procedimento cirúrgico proposto; (2) Afastamento do lobo esquerdo do fígado; (3) Abertura do ligamento hepatogástrico; (4) Dissecção e isolamento do esôfago abdominal; (5) Identificação dos troncos vagais por preensão digital do estômago pela curvatura maior e tração do mesmo no sentido caudal e para a esquerda, ficando os nervos vagos estirados, como cordas de violão; (6) Dissecção da curvatura menor do estômago, até atingir o piloro, preservando os nervos vagos antrais; (7) Secção entre ligaduras, dos vasos e ramos nervosos que correm do ramo anterior do nervo de Latarjet para o corpo do estômago; (8) Secção entre ligaduras, dos ramos nervosos que se originam no ramo posterior do nervo de Latarjet e se dirigem para o corpo e fundo do estômago; (9) Dissecção do esôfago distal e secção de todos os ramos nervosos que se dirigem para o estômago, cuidando para não lesar os troncos vagais anterior e posterior; (10) Ligadura dos vasos gastromentais na curvatura maior do estômago, onde é comum a existência de ramos nervosos junto desses vasos para o corpo e fundo gástricos. __________________________________________________________ PILOROPLASTIAS - Indicação: Melhorar o esvaziamento gástrico, a drenagem gástrica. Geralmente é feita associada a vagotomia, troncular ou seletiva para tratamento de úlcera péptica duodenal. É realizada toda vez que os nervos vagos são lesionados. É também usada para fechamento da abertura gastroduodenal para tratamento de hemorragia digestiva alta. - Contra-indicações: Processo inflamatório oucicatricial exagerado, sendo que nesse caso opta-se pela operação de Jaboulay que não é uma piloroplastia e por isso não afeta o piloro, seccionando apenas o duodeno e o estômago. - Complicações: - De toda cirurgia: Febre, atelectasia, infecção, trombose, hemorragia, acidentes anestésicos, deiscência da sutura, dentre outros. - Do órgão: Obstrução do tubo digestivo no local da sutura, pancreatite aguda, ulcera péptica, perda ponderal, síndrome de dumping, dentre outras. Técnicas: PILOROPLASTIA À WEINBERG: É basicamente igual à piloroplastia proposta por Heineke-Mikulicz, porém a sutura é em apenas um plano. (1) Paciente em decúbito dorsal, anestesia geral, tubagem orotraqueal; (2) Tricotomia, anti-sepsia e colocação de campos estéreis; (3) Laparotomia mediana supra-umbilical: pele, tela subcutânea (tec. adiposo, fáscias de Camper e de Scarpa); (4) Hemostasia dos vasos – pinçamento e cauterização; (5) Abertura da linha alba, fáscia transversalis e peritônio; (6) Exploração da cavidade abdominal; (6) Realização do procedimento básico proposto; (7) Colocação de 2 pontos de reparo de seda na parede anterior do piloro, eqüidistantes entre si 1 cm, para tração. (8) Incisão longitudinal de 6cm, sendo 3 no estômago e 3 no duodeno. (9) Tração dos 2 pontos de reparo, mudando a direção da abertura de longitudinal para transversa. (10) Fechamento da abertura, por sutura em plano único, total, com pontos separados de nylon 2-0 ou polipropileno. (11) Comprovação da perviedade da comunicação do estomago e duodeno. (12) Revisão da cavidade; (13) Síntese da laparotomia por planos: linha alba e peritônio: pontos contínuos com fio não absorvível como o nylon, ou polipropileno (prolene); tela subcutânea: pontos separados com categute simples 2-0 ou 3-0; pele: sutura intradérmica com nylon 4-0, (inabsorvível) ou vicryl ou dexon (absorvíveis). PILOROPLASTIA À FINNEY: 1) Paciente em decúbito dorsal, anestesia geral, tubagem orotraqueal; (2) Tricotomia, anti-sepsia e colocação de campos estéreis; (3) Laparotomia mediana supra-umbilical: pele, tela subcutânea (tec. adiposo, fáscias de Camper e de Scarpa); (4) Hemostasia dos vasos – pinçamento e cauterização; (5) Abertura da linha alba, fáscia transversalis e peritônio; (6) Exploração da cavidade abdominal; (7) Realização do procedimento básico proposto; (8) Colocação de 3 pontos reparo, de seda 2-0, o primeiro na borda superior do piloro, o segundo a 10 cm do primeiro, na borda interna do duodeno e o terceiro também a 10 cm do primeiro, na curvatura maior do estomago. (9) Tração do fio 1 para cima e dos outros 2 para baixo, de forma cruzada, aproximando a curvatura maior do estômago com o duodeno. (10) Realização de sutura seromuscular posterior contínua, unindo estomago e duodeno, com categute simples, da borda inferior do piloro ate os pontos de reparo 2 e 3. (11) Incisao em U invertido, contornando a sutura feita, abarcando todas as camadas do estômago e do duodeno. (12) Realização de suturas continuas totais anterior e posterior com categute cromado 3-0. (13) Sutura continua seromuscular anterior com categute cromado 3-0. (14) Comprovação da perviedade da comunicação. (15) Revisão da cavidade. (16) Síntese da laparotomia por planos: linha alba e peritônio: pontos contínuos com fio não absorvível como o nylon, ou polipropileno (prolene); tela subcutânea: pontos separados com categute simples 2-0 ou 3-0; pele: sutura intradérmica com nylon 4-0, (inabsorvível) ou vicryl ou dexon (absorvíveis). OPERAÇÃO DE JABOULAY Como não há secção do piloro, essa cirurgia não é considerada uma piloroplastia. (1) Paciente em decúbito dorsal, anestesia geral, tubagem orotraqueal; (2) Tricotomia, anti-sepsia e colocação de campos estéreis; (3) Laparotomia mediana supra-umbilical: pele, tela subcutânea (tec. adiposo, fáscias de Camper e de Scarpa); (4) Hemostasia dos vasos – pinçamento e cauterização; (5) Abertura da linha alba, fáscia transversalis e peritônio; (6) Exploração da cavidade abdominal; (7) Realização do procedimento básico proposto; (8) Mobilização do duodeno pela manobra de Kocher; (9) Colocação de 3 pontos reparo, de seda 2-0, o primeiro na borda inferior do piloro, o segundo a 10 cm do primeiro, na curvatura maior do estomago e o terceiro também a 10 cm do primeiro, na borda interna do duodeno. (10) Tração do fio 1 para cima e os outros para baixo e cruzados. (11) Realização de sutura seromuscular posterior continua com categute. (12) Incisão de 6 cm nas paredes gástrica e duodenal. (13) Fechamento por chuleio simples, em plano total posterior, da abertura, unindo as duas paredes, com categute cromado 3-0, seguido do fechamento total anterior com o mesmo fio; (14) Sutura continua seromuscular anterior com categute cromado 3-0. (15) Comprovação da perviedade da comunicação. (16) Revisão da cavidade. (17) Síntese da laparotomia por planos: linha alba e peritônio: pontos contínuos com fio não absorvível como o nylon, ou polipropileno (prolene); tela subcutânea: pontos separados com categute simples 2-0 ou 3-0; pele: sutura intradérmica com nylon 4-0, (inabsorvível) ou vicryl ou dexon (absorvíveis). GASTRODUODENOSTOMIAS BILLROTH I: Restauração da continuidade do tubo digestório por anastomose gastroduodenal em caso de ressecção distal do estômago. Indicação: tratamento das complicações de úlcera péptica, não responsiva ao tratamento clínico, úlcera péptica sangrante ou hemorragia digestiva alta, lesão ulcerosa estenosante. (1) Diérese e realização do procedimento cirúrgico proposto: gastrectomia parcial ou total, com ou sem lifadenectomia associada, sempre pensando na reconstituição do trânsito intestinal a ser realizada, nesse caso, Billroth I. (2) Deve-se ter seccionado o duodeno cerca de 2cm abaixo do piloro; (3) Delimitação do local de ressecção gástrica; (4) Colocação de duas pinças atraumáticas, perpendiculares à curvatura maior do estômago, em extensão igual a ser feita com o coto duodenal, seguida de secção da porção do estômago localizada entre as pinças. (5) Colocação de outra pinça atraumática desde o ângulo interno formado pela secção anterior até a curvatura menor do estômago, seguida de secção do estômago abaixo desta pinça, removendo a porção distal de estômago e o coto duodenal ligado à ela; (6) Síntese da curvatura menor do estômago, até o local onde será feita a anastomose gastroduodenal, por meio de 2 planos:sutura contínua total, seguida de sutura contínua seromuscular com categute cromado ou vicryl 2-0; (7) Anastomose gastroduodenal: Sutura seromuscular posterior com pontos separados, com fio não-absorvível: polipropileno ou nylon; (8) Sutura total contínua posterior com categute cromado ou vicryl, utilizando-se 2 fios, iniciando a sutura no ponto médio, com um fio chuleando para a direita e outro para a esquerda, até terminar a sutura total anterior, também em seu ponto médio. (9) Sutura seromuscular anterior com pontos separados, com fio não-absorvível, polipropileno ou nylon, 3-0. (10) Comprovação da permeabilidade da anastomose gastroduodenal por meio de palpação; (11) Posicionamento da sonda nasogástrica; (12) Revisão da cavidade; (13) Síntese de acordo com o procedimento cirúrgico proposto. - Complicações: Precoces: hemorragia na linha de sutura; deiscência de sutura ou do coto duodenal; obstrução da boca anastomótica e pancreatite aguda. Tardias: úlcera péptica pós-operatória, perda ponderal e síndrome de dumping. _________________________________________________________ GASTROJEJUNOSTOMIA - Gastroenteroanastomose: quando não há resecção gástrica, apenas desvio do trânsito intestinal, anastomose látero-lateral do corpo gástrico com a alça jejunal proximal. - Gasterctomia à Bilroth II: anastomose do coto gástrico à alça jejunal proximal: término-lateral. - Classificação: (1) qto à anastomose emsi (látero-lateral, término- lateral ou término-terminal); (2) qto à posição na parede gástrica (anterior ou posterior); (3) qto à relação com o colo transverso (pré-cólica p/ lesões malignas ou retrocólica p/ benignas); (4) qto ao peristaltismo (isoperistáltica qdo a alça jejunal aferente ou fixa é anastomosada na curvatura menor do estômago – trânsito + rápido; ou anisoperistáltica qdo a anastomose da alça se dá na curvatura maior, o que pode causar refluxo jejunogástrico); (5) qto à boca anastomótica (oralis totalis ou oralis parcialis – trânsito + lento); (6) qto à alça aferente (longa: pré-cólica – maior estase (síndrome da alça aferente); ou curta: retrocólica – evita estase); (7) qto ao n° de planos de sutura (plano único ou dois planos). - Indicações: reconstituição do trânsito gastroentérico, após cirurgias de ressecção gástrica ou qdo patologias não ressecáveis causarem obstrução antropilórica; obstrução duodenal por compressão extrínseca como no tumor de cabeça de pâncreas; trauma no duodeno pode causar lacerações de difícil reconstituição; deiscência de anastomose à Billroth I (devido ao edema local). - Complicações: Comuns a toda cirurgia: infecções, hemorragia, tromboembolismo, acidentes anestésicos, distúrbios hidroeletrolíticos e ácidobásicos. Relacionados com a técnica em questão: obstrução de boca anastomótica, úlcera de boca anastomótica, fístulas e deiscências, síndrome da alça aferente, dumping, gastroileostomia inadvertida. - Bases morfofuncionais: o intestino delgado, órgão que tem como função primordial a absorção, inicia-se no piloro e termina na junção ileocecal, sendo dividido em 3 partes. Pode atingir até 6,5m (25 cm do duodeno e 6,25m do jejuno e íleo – 2/5 p/ o jejuno e 3/5 p/ o íleo).Possui, de fora p/ dentro, as camadas: 2 musculares (um longitudinal externa e outra, circular interna; submucosa; e mucosa. O jejuno possui maior calibre, tem parede mais espessa e é mais vascularizado (coloração mais avermelhada) do que o íleo. O duodeno apresenta quatro partes: superior (1ª), descendente (2ª), horizontal ou inferior (3ª) e ascendente (4ª). O início da 1ª parte é chamada de parte livre, pois não está presa à parede abdominal posterior, mas é coberta pelo peritônio; o restante do duodeno é retroperitonial e posteriormente está fixo à parede abdominal posterior e órgãos adjacentes. Anteriormente estão o fígado e a vesícula; atrás, o ducto biliar, a v. porta e o pâncreas. A 2ª parte desce anteriormente aos vasos renais direitos. Anteriormente estão o fígado e a vesícula, o cólon transverso e o intestino delgado. Essa parte recebe o ducto colédoco, o ducto pancreático e o ducto pancreático acessório A 3ª parte corre p/ a esquerda, cruza o m. psoas maior direito, a v. cava inferior, a aorta e o m. psoas maior esquerdo. Outras relações posteriores incluem o ureter direito, vasos testiculares/ováricos direitos e os vasos mesentéricos inferiores. É cruzada anteriormente pelos vasos mesentéricos superiores e pela raiz do mesentério. A 4ª parte ascende do lado esquerdo da aorta e, volta-se anteriormente como flexura duodenojejunal (ângulo de Treitz). A principal irrigação é proveniente de 2 arcadas formadas pelas a.a. pancreaticoduodenais superior e inferior. As v.v. acompanham as a.a. A drenagem linfática é feita p/ linfonodos que estão anterior e posteriormente ao pâncreas que, por fim, drenam p/ o ducto torácico. A inervação vem de fibras dos plexos celíacos e mesentérico superior. O jejuno e o íleo estão presos à parede abdominal posterior pelo mesentério e estão dispostos em alças. Ocupam a maior parte da cavidade abdominal e são mto móveis. Anteriormente relacionam-se com o omento maior. São irrigados pelos ramos jejunais e ileais, respectivamente, que se originam da a. mesentérica superior e formam uma série de arcadas anastomóticas. As v.v. jejunais e ileais seguem o trajeto das respectivas a.a., drenando p/ a v. mesentérica superior, que ao receber a v. esplênica, forma a v. porta. A drenagem linfática é feita por vasos que acompanham os vasos sanguíneos e que, por fim, drenam p/ o ducto torácico. A inervação vem de fibras dos plexos celíacos e mesentérico superior que acompanham as a.a. do intestino. TÉCNICAS – Billroth II: (1) paciente em decúbito dorsal, sob anestesia geral e tubagem orotraqueal. (2) Antissepsia e colocação de campos esterilizados. (3) Laparotomia mediana supraumbilical: Incisão longitudinal na pele, tela subcutânea (tec. adiposo, fáscias de Camper e de Scarpa); hemostasia dos vasos – pinçamento e cauterização; abertura da linha alba, fáscia transversallis e peritônio. (4) Exploração sistematizada da cavidade e confirmação do diagnóstico. (5) Liberação da parte do estômago que vai ser retirada e secção transversal na 1ª parte do duodeno, abaixo do piloro. (6) Fechamento do coto duodenal em dois planos (seromuscular com fio inabsorvível e total com fio absorvível) e exposição do mesocolo transverso p/ sua posterior abertura apenas o suficiente p/ a passagem da alça jejunal que será anastomosada ao estômago. (7) Identificar o ângulo de Treitz e a alça fixa. (8) Síntese, com poucos pontos separados de seda 3-0, da borda posterior da abertura do mesocolo à seromuscular da parede gástrica posterior. (9) Fixar com fios de seda a alça do estômago, um ponto em cada extremidade da futura anastomose. (10) Fazer anastomose em um ou dois planos (a critério do cirurgião). Em dois planos: um total e outro seromuscular, este cobrindo o total. Primeiro, faz-se a seromuscular posterior, com pontos separados, unindo o estômago à alça jejunal, utilizando fio não-absorvível (seda 3-0); segue com secção da parede posterior e anterior do estômago; abertura da luz jejunal e realização da sutura total posterior, contínua com categute cromado 3-0; execução da sutura total anterior, contínua, com fio absorvível (categute cromado 3-0), envolvendo toda a parede do estômago e jejuno; sutura seromuscular anterior, com pontos separados, com fio inabsorvível. (11) Verificar a perviedade da anastomose; síntese, com poucos pontos de seda 3-0, da borda anterior da abertura do mesocolo à seromuscular da parede gástrica anterior. (12) Revisão da cavidade e síntese da parede por planos: linha alba e peritônio: pontos contínuos com fio não absorvível como o nylon, ou polipropileno (prolene); tela subcutânea: pontos separados com categute simples 2-0 ou 3-0; pele: sutura intradérmica com nylon 4-0, (inabsorvível) ou vicryl ou dexon (absorvíveis). (13) Curativo simples. Gastrojejunostomia sem gastrectomia: (1) paciente em decúbito dorsal, sob anestesia geral e tubagem orotraqueal. (2) Antissepsia e colocação de campos esterilizados. (3) Laparotomia mediana supraumbilical: Incisão longitudinal na pele, tela subcutânea (tec. adiposo, fáscias de Camper e de Scarpa); hemostasia dos vasos – pinçamento e cauterização; abertura da linha alba, fáscia transversallis e peritônio. (4) Exploração sistematizada da cavidade e confirmação do diagnóstico. (5) Abertura do mesocolo transverso apenas o suficiente p/ a passagem da alça jejunal que será anastomosada ao estômago. (6) Identificação do ângulo de Treitz e da alça fixa. (7) Síntese, com poucos pontos separados de seda 3-0, da borda posterior da abertura do mesocolo à seromuscular da parede gástrica posterior. (8) Fixação com fios de seda da alça jejunal ao estômago, um ponto em cada extremidade da futura anastomose. (9) Fazer anastomose em um ou dois planos (a critério do cirurgião). Em dois planos: um total e outro seromuscular, este cobrindo o total. Primeiro, faz-se a seromuscular posterior, com pontos separados, unindo o estômago à alça jejunal, utilizando fio não-absorvível (seda 3-0); abrem-se as luzes do estômago e do jejuno, fazendo sutura total posterior, com chuleio contínuo; síntese, com poucos pontosde seda 3-0, da borda anterior da abertura do mesocolo à parede gástrica anterior; execução da sutura total anterior, contínua, com fio absorvível (categute cromado 3-0), envolvendo toda a parede do estômago e jejuno; verificar a perviedade da anastomose; por fim, faz-se a sutura seromuscular anterior da mesma forma que a posterior. (10) Revisão da cavidade e síntese da parede por planos: linha alba e peritônio: pontos contínuos com fio não absorvível como o nylon, ou polipropileno (prolene); tela subcutânea: pontos separados com categute simples 2-0 ou 3-0; pele: sutura intradérmica com nylon 4-0, (inabsorvível) ou vicryl ou dexon (absorvíveis). (11) Curativo simples. Y de Roux: - Indicação: É indicada para derivação (para desviar o fluxo de bile de um ducto colédoco obstruído para o jejuno), reconstituição do trânsito alimentar ou drenagem. Também em casos de trauma ou tumores nas vias biliares, litíase recorrente ou atresia das vias biliares, colangite esclerosante, gastrite alcalina por refluxo, síndrome de dumping, tumores ou ulceras no estomago e duodeno, compressão vascular do duodeno, obesidade morbida etc. - Complicações: - De toda cirurgia: Febre, atelectasia, infecção, trombose, hemorragia, acidentes anestésicos, deiscência da sutura, dentre outros. - Do órgão: fistula intestinal, biliar e pancreática: pancreatite aguda, colangite, estenose da anastomose, aderência intestinal, síndrome de estase de Roux, emagrecimento, obstrução intestinal, dentre outras. (1) Paciente em decúbito dorsal, anestesia geral, tubagem orotraqueal; (2) Tricotomia, anti-sepsia e colocação de campos estéreis; (3) Laparotomia mediana supra-umbilical: pele, tela subcutânea (tec. adiposo, fáscias de Camper e de Scarpa); (4) Hemostasia dos vasos – pinçamento e cauterização; (5) Abertura da linha alba, fáscia transversalis e peritônio; (6) Exploração da cavidade abdominal; (7) Realização do procedimento básico proposto; (9) Realização da manobra de Kocher para facilitar o acesso ao duodeno; (10) Identificação da flexura duodenojejunal ou ângulo de Treitz e da primeira alça jejunal. (11) Preparo da alça jejunal a se mobilizada p/ derivação, reconstituição do transito intestinal ou drenagem, devendo ter entre 45 e 60cm, por meio de secção, entre ligaduras, da arcada marginal jejunal, seguida da incisão da parte avascular do peritônio. (12) Primeira anastomose: sutura contínua em dois planos com categute cromado, vicryl ou dexon, entre a boca distal do jejuno com a estrutura a ser reconstituída, derivada ou drenada, de acordo com o caso. (13) Segunda anastomose: término- lateral, a 45 cm da primeira, em plano único, com pontos separados, entre jejuno e jejuno, com categute cromado. (14) Comprovação da perviedade da segunda anastomose. (15) Revisão da cavidade. (16) Síntese da laparotomia por planos: linha alba e peritônio: pontos contínuos com fio não absorvível como o nylon, ou polipropileno (prolene); tela subcutânea: pontos separados com categute simples 2-0 ou 3-0; pele: sutura intradérmica com nylon 4-0, (inabsorvível) ou vicryl ou dexon (absorvíveis). (17) Curativo simples. __________________________________________________________ GASTROSTOMIAS É o procedimento cirúrgico que permite estabelecer uma comunicação entre a luz do estômago e o ambiente externo, através da parede abdominal anterior, por meio de um cateter. Do ponto de vista funcional, podem ser: definitivas ou temporárias. OBS: com o avanço da terapêutica cirúrgica, as indicações de gastrostomias definitivas foram sendo substituídas por outros procedimentos. - Indicações: Pacientes com impossibilidade total de abordagem gástrica ou jejunal por cateter, bem como naqueles em que, apesar de a abordagem ser possível, está previsto o uso da nutrição enteral por um período maior que 30 dias; descompressão gástrica; traumas extensos da face; necessidade de suplementação alimentar em condições de intenso catabolismo. - Complicações: infecções da ferida operatória, qdo feita a laparotomia; vazamentos em torno do cateter; peritonite; descolamento do cateter p/ a luz do estômago; refluxo gastroesofágico pode induzir à pneumonite por aspiração. Técnica de Stamm-Senn (1) Paciente sob anestesia geral ou local. (2) Laparotomia vertical de aprox. 5 cm, mediana ou paramediana esquerda, na região epigástrica. Na mediana: Incisão longitudinal na pele, tela subcutânea (tec. adiposo, fáscias de Camper e de Scarpa); hemostasia dos vasos – pinçamento e cauterização; abertura da linha alba, fáscia transversallis e peritônio. (3) Identificar a face anterior do corpo gástrico e escolher ponto p/ introduzir cateter (tracionado por uma pinça atraumática, como a de Allis). (4) Realizar em torno do ponto tracionado uma sutura seromuscular com fio não-absorvível em bolsa com aprox. 1,5 cm de diâmetro. (5) Fazer mais 2 suturas semelhantes e concêntricas em bolsa distando 1cm uma da outra. (6) Realizar perfuração do ponto central da circunferência e hemostasia de eventual sangue na parede gástrica. (7) Introduzir cateter através de orifício gástrico direcionando sua extremidade p/ o antro. Fixar o cateter à parede do estômago com o fio da 1ª sutura. (8) Amarração dos fios da 2ª e 3ª suturas, de moda que cada sutura invagine a anterior. (9) Realizar contra-cobertura abaixo do gradeado costal, apenas o suficiente p/ exteriorização do cateter. (10) Exteriorização do cateter. (11) Fixação da parede gástrica em torno do cateter ao peritônio parietal, sem tensão, por meio de 4 pontos simples, nos pontos cardeais. (12) Síntese da parede por planos: linha alba e peritônio: pontos contínuos com fio não absorvível como o nylon, ou polipropileno (prolene); tela subcutânea: pontos separados com categute simples 2-0 ou 3-0; pele: pontos intradérmicos com nylon 4-0, (inabsorvível) ou vicryl ou dexon (absorvíveis); e fixação de cateter à pele, seguida de sua conexão a um recipiente, deixando que a drenagem gástrica se faça por gravidade nas primeiras 24h. Técnica de Witzel (1) Paciente sob anestesia geral ou local. (2) Laparotomia vertical de aprox. 5 cm, mediana ou paramediana esquerda, na região epigástrica. Na mediana: Incisão longitudinal na pele, tela subcutânea (tec. adiposo, fáscias de Camper e de Scarpa); hemostasia dos vasos – pinçamento e cauterização; abertura da linha alba, fáscia transversallis e peritônio. (3) Identificar a face anterior do corpo gástrico e escolher ponto p/ introduzir cateter (tracionado por uma pinça atraumática, como a de Allis). (4) Realizar em torno do ponto tracionado uma sutura seromuscular em bolsa com aprox. 1,5 cm de diâmetro. (5) Realizar perfuração do ponto central da circunferência e hemostasia de eventual sangue na parede gástrica. (7) Introduzir cateter através de orifício gástrico direcionando sua extremidade p/ o antro. Fixar o cateter à parede do estômago com o fio da sutura seromuscular. (8) Posicionar o cateter sobre a parede anterior do estômago, na direção do maior eixo desta, e recobrir o cateter em uma extensão de 3 a 4 cm, por pontos separados, seromusculares, com alguns fios desses pontos podendo ser deixados longos p/ serem usados na fixação da parede anterior do estômago ao peritônio parietal. (9) Realizar contra-cobertura abaixo do gradeado costal, apenas o suficiente p/ exteriorização do cateter. (10) exteriorização do cateter. (11) Fixar o estômago ao peritônio parietal, sem tensão. (12) Síntese da parede por planos: linha alba e peritônio: pontos separados ou contínuos com fio não absorvível como o nylon, ou polipropileno (prolene) ou de absorção lenta; tela subcutânea: pontos separados com categute simples 2-0 ou 3-0; pele: pontos simples, donati ou intradérmico com nylon 4-0, (inabsorvível) ou vicryl ou dexon (absorvíveis); e fixação de cateter à pele, seguida de sua conexão a um recipiente,deixando que a drenagem gástrica se faça por gravidade nas primeiras 24h. __________________________________________________________ ESPLENECTOMIA: O baço localiza-se no hipocôndrio esquerdo, sob a 9ª, 10ª e 11ª costelas. É mantido em sua posição pelos ligamentos esplenogástrico, esplenorrenal, esplenofrênica e frenocólico. Possui 4 faces, que tem relação anatômica com diferentes órgãos: diafragmática (convexa, lateral), renal (póstero-medial), cólica (ínfero-medial) e gástrica (antero- medial). Suas bordas são superior e inferior e suas extremidades/pólos também são superior e inferior. A irrigação é feita pela a. esplênica (ramo direto do tronco celíaco, que vem da aorta abdominal), que é um vaso muito tortuoso, medindo de 8 a 32 cm. Ela dá ramos para o pâncreas (a. pancreática magna, dorsal, da cauda do pâncreas), para o omento maior (a. gastromental esquerda), para o retroperitônio e para o estomago (aa. gástricas curtas). No baço, a a. esplênica dá 2 ou 3 ramos lobares, que dão os ramos segmentares, daí aa. subsegmentares e, daí, as arteríolas trabeculares, que irrigam as unidades esplênicas delimitadas pelas trabéculas e se comunicam entre si. A veia esplênica acompanha a artéria, localizando-se posteriormente a ela. O pólo superior é também suprido por vasos esplenogástricos, que tem origem embrionária. Isso é bom para a esplenectomia, quando se precisa ligar a artéria esplênica. A drenagem linfática é feita na própria polpa branca do baço e pelos vasos trabeculares. Daí a linfa vai para linfonodos hilares do baço (que são externos ou profundos), daí linfonodos pancreáticos caudais, supra e infrapancreáticos, omentais e daí para linfonodos retrogástricos e paraórticos. A inervação é simpática e parassimpática (ramos dos troncos vagais anterior e posterior). O baço possui, nas polpas branca e vermelha, ¼ do tecido linfocitário do organismo. É um órgão de defesa e de armazenamento e controle de células e elementos sanguíneos. Além disso, armazena metais, disponibilizando-os para o fígado. - Indicações: Sempre evitar esplenectomia. Se possível, manter o pólo superior (esplenectomia subtotal) e fazer auto-implante sobre o omento maior. Malformações (ptose esplênica, levando a torção, compressão de vísceras), traumas, hipertensão porta (diminui a pressão por retirar o fluxo que vem do baço, diminui hipertensão nas varizes gástricas, diminui a pancitopenia), Leucemias de linfomas (só em casos selecionados), doenças hematológicas (hiperesplenismo, talassemia, anemia falciforme, esferocitose, púrpura trombocitopênica), doença de Gaucher, doenças infecciosas e parasitárias (esquistossomose, leishmaniose visceral, malária), cirurgias na proximidade do baço (cisto na cauda do pâncreas que compromete o pedículo vascular esplênico), neoplasias malignas, hipodesenvolvimente somático e sexual (“nanismo esplênico”), doenças esplênicas (cistos, abscessos). - Complicações: Febre contínua ou vespertina; abscesso subfrênico (sintomas: dor no hipocôndrio, escápula e ombro direitos, prodtração, inapetência), tromboembolismo (maior número de plaquetas circulantes, distúrbios de coagulação, estase sanguínea, devido à ligadura dos vasos). - Técnica: (1) Incisão mediana, do processo xifóide até a cicatriz umbilical ou subumbilical (para baços maiores), expondo bem o diafragma; ou laparatomia oblíqua do 9° esp. Interc. E a linha mediana; [Tipo Kocher adequada para baços menores]. (2) Ligadura da a. esplênica na região da cauda do pâncreas (reduz o fluxo sanguíneo para o baço e mantém a drenagem venosa, reduzindo o tamanho do órgão e tornando-o mais amolecido e de fácil manuseio). (3) Mobilização completa do leito do baço. (4) Dissecção do pedículo vascular e localização dos seus componentes (para conhecer a arquitetura vascular para as decisões a serem tomadas) (5) Se for uma pequena lesão do baço: sutura da cápsula e do parênquima adjacente. Se não parar o sangramento, faz-se uma desvascularização limitada à região lesada ou uma ressecção parcial. (6) Mobilização do baço e ligadura de seus vasos, da maneira mais fácil para o cirurgião. Cuidado para não lesar a cauda do pâncreas ao ligar os vasos do pólo inferior e nem englobar a parede gástrica ao ligar os vãos gastroesplênicos. (7) Esplenectomia parcial: ligar e seccionar os vasos próximo ao baço. A secção do baço é feita na transição da parte desvascularizada (azul) e da vascularizada (rósea). (8) Secção do baço em forma de cunha, mantendo duas abas (anterior e posterior) para depois serem suturadas. (9) Hemostasia do parênquima: sutura dos vasos com ponto simples, categute simples 3-0. Se for uma esplenectomia subtotal distal – manutenção apenas do pólo inferior do baço: vasc se dará por vasos polares inf – manter continuidade deles com o pedículo vasc esplênico ou com vasos gastromentais esq). Se for esplenectomia subtotal proximal: igual a parcial, porém ligar e seccionar completamente pedículo vasc e vv polares. (10) Sutura contínua das duas abas da cápsula esplênica, com categute cromado 2-0. (11) Revisão da hemostasia do leito esplênico, retornando o remanescente do baço ao seu leito, fixando-o ao peritônio com um ponto de categute cromado 2-0; (12) Se for esplenectomia total e não houver contra-indicação, faz mo auto-implante. É feito com uma quantidade superior a 40 g, no omento maior (por sua rica vascularização e drenagem para o fígado pela veia porta). São 20 fragmentos, de 1 a 2 cm, fixados por meio de ponto de categute simples 3-0. O omento maior deve ser dobrado sobre si para preservar o tecido esplênico em seu interior. (13) A parede abdominal deve ser fechada por planos. __________________________________________________________ ANATOMIA DO FÍGADO: Maior órgão parenquimatoso do corpo humano, localizado no hipocôndrio direito, ocupando parte do epigástrio e hipocôndrio esquerdo. Superfície superior aloja-se sobre a face inferior do diafragma e a superfície inferior sobre as vísceras do abdome superior formando impressões(duodeno colón,rim e supra renal d, estomago e esôfago). Em decúbito dorsal horizontal a borda sup do fig situa-se anti e à direita entre os níveis da 4º e 5º costelas e ao nível da 6ºcostela,ant e à esq. Na linha média axilar o lobo direito é recoberto pelo pulmão, pleura e diafragma. Apenas a área nua não é recoberta por peritônio, situa-se na superfície post-sup adjacente a VCI. O pertônio de revestimento do fígado é denominado cápsula de Glisson que continua revestindo os elementos vásculo- biliares. A cápsula de Glisson sofre grande espessamento nas zonas chamadas placas glissoniana: vesicular,hilar, umbilical e arantiana,que junto com o segmento da veia hepática formam um H. -Placa vesicular: leito hepático da vesícula biliar a qual fig se une por uma camada de tecido conjuntivo frouxo. -Placa hilar: Barra horizontal do H; posição central na face inferior do fígado; através dela entra e saem do órgão os elementos vásculo biliares -Placa umbilical: porção ant da perna esquerda do H, corresponde à inserção do lig redondo na face inf do fig - Placa arantiana: porçãp post da perna esq do H, resíduo embriionário do ducto de Arantius. Ligamentos: lig falciforme: une o fig com a parede abd ant,entre o diafragma e o umbigo. Formato de foice. Contém o lig redondo(resquício da veia umbilical esq obliterada) •Lig gastroepático e gastroduodenal: formam-se pelas porções do peq epiplon estendidas para o fig, a partir da peq curvatura gástrica e da primeira porção duodenal. Contém a art.hepática, veia porta e colédoco,que penetram nele pela placa hilar.O lig hepatoduodenal forma o limite ant do forame epiploico de Winslow,ligando a cavidade peritonial com a retrocavidade dos epiplons. •Lig coronarianos ant e post D e E: reflexões peritoniais que vão do diafragma ao fígado. A fusão de ambosos lig coronarianos de cada lado,nas bordas externas do fig, origina os lig trangulares D e E. Vasos sanguíneos: suprimento sanguineo duplo art e venoso. Art hep comum nasce do tronco celíaco e dirige-se ao fig através do lig hepatoduodenal a esq do coledoco e ant a veia porta;origina a art hep própria que se bifurca em D e E; o ramo D passa por trás do colédoco e origina art cística. Vale lembrar que são observados variações anatômicas dos mais diversos tipos. A veia porta(VP) é formada pela junção da veia mesenterica superior e v esplênica atrás da cabeça do pâncreas por trás da 1ºporção do duodeno, através do lig hepatoduodenal, ate o hilo hepático,onde vira D e E;art hep e colédoco ficam ant à ela. As v hep são responsáveis pelo escoamento do sangue à VCI. Começam com veias centrais nos lobos hepáticos, os afluentes venosos passam através das veias sublobulares e através das veias coletoras e por dentro das veias hepáticas principais D,M e E. •Anastomoses portossistemicas: v gástrica esq, tributaria da v porta comunicante com veias esofagianas e através destas, com veia ázigos, hemiazigos e outras tributarias da VCS •Veias gástricas curtas e veias gastroepiploicas, tributarias da veia esplênica •Veias paraumbilicais tributarias da v porta •Veia hemorroidárias superiores tributarias da veia mesentérica inf •Veias retroperitoniais,comunicação da veia porta e tributarias da VCI Sistema biliar:origina-se nos canalículos localizados entre as cel hepáticas p dentro dos quais é secretada a bile.Estes drenam p canais biliares intralobulares e segmentares,que drenam p canais hepáticos D e E principais(parte distal localiza-se na placa hilar) no Hilo hep tais canais unem-se formando o ducto hep comum,que junto com o ducto cístico,formam o colédoco. Linfáticos: profundos:originam- se nos espaços perissinusoidais de Disse, que drenam p peq linfáticos dos espaços portais e a seguir p linfáticos maiores que formam: grupo ascendente e descendente. Este acompanha ramificações da veia porta esvaziando na cisterna quilifera,daí a linfa vai p canal torácico. Grupo ascendente segue ramificações das v supra hep,reunindo-se junto à desenbocadura na VC e com ela atravessa o diafragma abrindo-se em gânglios supradiafragmáticos. •Superficiais: circulam por td a superfície externa do fig.Os da face sup drenam p lig coronários e pedículo supra- hep, e os da face inferior p o hilo hep. •Inervação:originam-se a partir do n vago E,plexo solar e n frênico; seguem os vasos sg. Territórios hepáticos: O lig falciforme divide o fig topograficamente em lobo D e E, porem não anatomicamente nem funcionalmente. A divisão correta vai a partir do plano de Serege, que vai da borda esq da VCI supra hep até o leito vesicular,aprox 2cm à dir do lig falciforme. Setorização e segmentação: as estruturas venosas portais aferentes apresentam divisões arborecentes em sentido cranial,a partir do hilo,enquanto a supra hep eferentes encontram-se em situação oposta,de forma que ambas mostram cruzamentos perpendiculares. Em correspondência a cada um dos troncos principais de divisão primeira e segunda da VP(porto-bilio-art),o fig reparte-se em 4 grandes setores: paramediano e lateral,2 a D e 2 a E;e arborização eferente (sistema venoso hep):D,mediano e E,em correspondencia às áreas de drenagem das v hep D,M e E. Em cada cisura de uma sistematização caminha um vaso principal da outra e na sistematização portal,os setores são subdivididos em segmentos(numerados em sentido horário:portais-algarismos romanos;venosos hep-algarismos arábicos de 1 a 4),segundo planos cisurais definidos. O lobo caudado é o único onde há coincidência e não interdigitação dos 2 sist venosos, constituem o setor dorsal autônomo. •Cisuras hep: planos de separção entre setores e segmentos. •Portal: cisura central:plano de Serege. Cisura paramediana D: sua extremidade ant situa na margem inf do fig,entre a cisura mediana e o ângulo hep D;O plano sobe em direção ao ponto post a desembocadura da v hep D,no lado D da VCI.Cisura paramediana E: extremidade ant na margem inf do fig,no ponto médio entre o lig redondo e o ângulo hep; extremidade post situada a esq da desembocadura da veia hep E; o plano corta o lobo E clássico do fig. Cisura dorsal : limita o setor dorsal. Planos intersegmentares •Hep venoso: cisura dorsal: separa o setor 1(caudado) do restante do fig. Cisura hep venosa E:corresponde à inserção do lig falciforme na face diafragmática e ao sulco longitudinal E, na face visceral;é perpendicular à superfície visceral do fig e separa o setor hep v. E(2) do setor hep v.mediano(3). Cisura hep venosa D: situada,medianamente, entre as v hep M e D, separa o setor hep vem mediano (3) do setor hep vem D(4) Lobos clássicos Setores portais Segmentos Esq Lat E Parte do paramediano E II III Dir Parte do paramediano E IV Paramediano D Lat D V,VIII VI,VII Quadrado Parte do paramediano E IV Caudado Dorsal I Lobos classicos Setores hep venosos Esq Lat E (2) Dir Mediano e lat D (3 e 4) Quadrado Menos da metade E do setor mediano (3) caudado Dorsal (1) HIPERTENSAO PORTAL: Sistema Porta: interposto entre 2 extensas redes capilares: a esplênica e a hep. A 1ª é constituída pelos capilares do terço inf do esôfago, estomago, baço, pâncreas, int delg e grosso, reto; e a 2ª, pelos sinusóides hep. Essas redes regulam e controlam o volume e a pressão no sist. •Veia Porta: 6 cm de comprimento, 1,1 de diâmetro. Formada atrás da cabeça do pâncreas, pela confluência v mesentérica sup e da v esplênica. A 3ª raiz é a mesentérica inf. No hilo hep se divide em 2 ramos. Tributárias importantes (drenam parte distal do esôfago e estomago): v gást E, vasos curtos, v gást D, VV gastroepiplóicas (gastromentais). • Na HP (hipertensão porta), como ocorre inversão da corrente sg nas v tributárias, a v gast E passa a constituir a principal via de drenagem do sist porta no sistema ázigo-VCS, transformando-se no princ componente das varizes. •FIG: único órgão com dupla circulação aferente (VP: ↑volume, ↓pressão – e a. hep ↓volume, ↑pressão) e eferente (VV hep). ®Da veia porta o sg atimge os sinusóides e se mistura c/ o da a. hep Daí, através de VV centrolobulares e sublobulares, atinge as VV ehp, e destas chega à VCI e átrio D (via eferente). •Sist. Porta: dividido em territórios: D (ou hep: VP e v mesent sup), E (ou esplênico: v esplênica e seus afluentes – vasos curtos, v pancreáticas, v gástrica post, v mesent inf e v gast E). A conexão entre os 2 territórios é feita pelas v gást E, gást D e gastromentais. OBS: na vida fetal, o sist porta se comunica com o sist cava através da v umbilical e ducto de Arantius. Cirurgia: tto cirúrgico é paliativo, à exceção dos casos c/ obstáculo localizado na v.esplenica (esplenectomia=cura). Nos demais, a cura só é possível por meio de transplante hep. Falta a chamada operação ideal: curar ou prevenir a recidiva hemorrágica; curar hiperesplenismo; evitar agravamento da função hep e EPS. Indicações: hemorragia. Profilática: antes do 1/ ep. de sg (abandonada); Terapêutica: pctes c/ antecedentes de sangramento. Emergência: hemorragia não controlada. Complicações: desidratação, complicações resp, tromboembolismo, complicações da ferida, etc. Fig: insuficiência, com ascite, icterícia (Bb I), distúrbio de coagulação, EPS, coma. Trombose da v.porta e/ou v.mesent sup. Técnicas: Métodos não-derivativos: esplenectomia, desconexão ázigo-porta- DAP( DAP ext no esôfago-estômago, DAP ext e int, operação de Sigiura); não reduz pressão porta; vantagem: ausência de EPS e cura hiperesplenismo; Desvantagem: recidiva hemorrágica. Desconexão ázigo-porta: - EXTERNA: 1. Pcte em decúbito dorsal, com coxim sob as ultimas costelas E 2. Laparotomia mediana vertical, do processo xifóide ate 3 cm distal ao umbigo 3. Biopsiahepática 4. Exposição da região do fundo gast e do esof inf., c/ auxilio de afastador subcostal 5. Esplenectomia 6. Desvascularização externa dos 2/3 proximais do estom. e do 1/3 inf. do esof.: Desvascularização da curvatura menor do estom. Por meio da ligadura e secção dos gast. E e da v. gast. D, com os ramos da v.gast E; complementação da desvascularização da curvatura maior por meio da liberação completa do fundo gast, do diafragma e do retroperitônio- Desvascularização externa do esof., por meio da ligadura das vv.periesofagicas 7. Piloroplastia 8. Peritonização das áreas desperitonizadas na curvatura maior e fundo gast. 9. Sutura do fundo gast a borda esq. do esof, c/ objetivo de refazer o ang. de Hiss. - EXTERNA E INTERNA: 1, 2, 4, 5 ,6( externa) 7. Colocação de 2 pontos de reparo na camada musc do esof., seguida de abertura inicial do órgão, em extensão de 2 cm; substituição dos pontos de reparo da camada musc por outros, incluindo mucosa e a camada musc, seguida da abertura do esof numa extensão de 6 cm e do estom. em torno de 3 cm, expondo os cordões varicosos 8. Sutura dos cordões varicosos 9. Fechamento da abertura esofagogast em 2 planos de sutura: esof, primeiro plano mucosa-mucosa, segundo musc-musc; estom, primeiro todas a camadas e segundo seromuscular 10. Envolvimento do esof. c/ fundo gast. p/ evitar fistula e refluxo. OPERAÇÃO DE SIGIURA: Toracotomia e laparotomia. Após toracotomia, é feita desvascularização do esof, desde a v.pulmonar inf. até o hiato esof, c/ interrupção de uma série de v.comunicantes, q/ a partir da circulação periesofag penetram na camada musc do esôfago. A ligadura da comunicante é feita junto a sua emergência, na v. periesofagica. A parte venosa q penetra na musculatura do órgão é arrancada. É feita secção e anastomose do esôfago. Pela laparotomia, faz-se esplenectomia, desvascularização da peq. curvatura, vagotomia e piloroplastia. -Derivações venosas: CLASSICAS: ↓pressao em todo sist portal ( Anastomose porto-cava, esplenorrenal mesentérico-cava), complicações: isquemia hep por desvio do sg e EPS (alterações neuropsíquicas); SELETIVA: ↓ pressão na egião esofagogástrica, manutenção do fluxo portal (Anastomose esplenorrenal distal), SUPER SELETIVA: ↓ pressão apenas nas varizes (anastomose da VGE c/ VGI). -Anastomose Porto-Cava: 1. Pcte em decúbito dorsal, com coxim sob plano transverso da 12ª vértebra torácica a dir. 2. Incisão mediana xifo- umbilical 3. Afastamento cranial do fig. medial do estomago e caudal do colo transv, expondo o lig. Hepatoduod. Incisão longitudinal nesse lig. p/ identificar e expor a VP, a. hepática e ducto coledoco. Dissecção da VP em toda a sua extensão, seguida do seu reparo com cadarço. Manobra de Kocher. 4. Tração do duodeno, junto c/ o pâncreas, p/ expor a VP na maior extensão possível. Dissecção da VCI, em sua face ant, media e lat, o suficiente p/ permitir sua oclusão parcial c/ uma pinça de Satinsky 5. Posicionamento da pinça na VP, nos limites sup e inf da dissecção. P/ anastomose termino-lat, secção da VP abaixo da pinça sup devendo seu coto cranial ser ligado rente ao fig. 6. Oclusão parcial da VC c/ pinça de Satinsky. Incisão elíptica na parede ant da VC com diâmetro = ao da VP. Condução do coto caudal da VP ate abertura da VC. 7. Anastomose da VP c/ VC por sutura continua em plano único. 8. Inicio da sutura continua lat por fora da luz da anastomose, de cima p/ baixo. 9. Abertura parcial da pinça de Satinsky posicionada na VP, imediatamente antes de amarrar a sutura lat, p/ expulsão do ar e preenchimento da luz vascular por sg, o mesmo sendo feito com a VC. 10. Remoção das pinças. Revisão da hemostasia. 11. Laparorrafia. •Anastomose esplenorrenal: 1. Incisão mediana desde o apêndice xifóide ate 4 a 6 cm abaixo do umbigo. 2. Esplenectomia total convencional. Incisar a reflexão peritoneal ao longo da borda inf do corpo e cauda do pâncreas, p/ retração cranial desse órgão, permitindo mobilização de parte da V. esplênica proximal e distal à convergência da V. mesent. inf. 3. Dissecção da V. esplênica em extensão suficiente p/ permitir anastoose c/ a V. renal E, c/ ligadura e secção de qlq tributária da V esplênica, nessa área 4. dissecção da V renal E, com exposição dessa limitando-se à sua face ventral e borda cranial. Ligadura e secção das v tributarias genitais e supra-renal. %. 5. Secção da V esplênica entre pinças de Satinsky. Ligadura e tansfixação de sua boca proximal. Rotação do coto distal a veia em direção à superfície ant-sup da V renal E, p/ anastomose. Ligadura opcional da V mesenterica inf. 6. Satinsky na V renal E. Venotomia elíptica na V renal, c/ diâmetro = ao da V esplênica , no ponto de desembocadura da v supra-renal 7. Aproximação da extremidade da V. esplênica c/ venotomia renal 8. Anastomose 9. Lavagem da cavidade, revisão da hemostasia e síntese da parede abd. •Anastomose Mesentérico-Cava: 1. Incisão mediana q se estende do apêndice xifóide até 4 a 6 cm abaixo do umbigo. 2. Afastamento sup do colo transv, p/ exposição da raiz do mesocolo transv. Afastamento do int delg. Incisão transversal na base do mesocolo p/ expor a v mesent sup, desde a borda dir da flexura duodenojejunal ate a borda esq da 2ª parte do duodeno. 3. Dissecção das paredes ant, lat D e de parte da post da v mesentérica sup, desde o ponto de convergência da v cólica media ate as tributarias ileocólicas. Ligadura dos peq vasos tributários. 4. Exposição da VCI pela manobra de Kocher. Os vasos parietocólicos e linfáticos retroperitoniais devem ser ligados. 5. Dissecção do tec areolar q cobre as paredes ant, lat e medial da VC, pra posicionar pinça Satinsky. 6. Utilização de prótese de Dacron trançado ou PTFE, c/ 4 a 7 cm de diâmetro. 7. Anastomose do enxerto a VC. Realização de venotomia. 8. Aplicação de pontos nos ângulos da prótese e VC. 9. Realização das linhas de sutura ant e post por fora da luz vascular, com rotação de Satinsky e do enxerto, permitindo o domínio técnico da anastomose. 10. Revisão da anastomose do enxerto com a cava. 11. Tração delicada do enxerto em direção à v mesentérica. Secção do enxerto removendo seu excesso. 12. Anastomose do enxerto com v mesentérica, termino-lat. Sutura post por dentro da luz da anastomose. Sutura ant como na anastomose enxerto-cava. 13. Rtirada das pinças vasculares. 14. Aproximação frouxa do contorno q cobre a v mesentérica e a área da VC. 15. Revisão da hemostasia e síntese da parede abdm. •Anastomose esplenorrenal distal: 1. Pcte em decúbito dorsal, c/ coxim na região lombar, do 12º arco costal. 2. Incisão mediana do apêndice xifóide até 4 a 6 cm abaixo do umbigo. 3. Ligadura e secção do lig falciforme. 4. Inventário da cavidade abdm e biópsia hepática. 5. Abertura da retrocavidae dos epíplons por deslocamento do colo- epiplóico. Evidenciação da borda sup do pâncreas, onde um curto segmento da art esplênica é dissecado. Ligadura provisória dessa art. 6. Secção da reflexão peritoneal, ao longo da borda inf do corpo e cauda do pâncreas. Mobilização delicada do pâncreas p/ dissecção da v esplênica.7. Dissecção da v esplênica desde a sua convergência na VP até o hilo do baço. Ligadura e secção de todas as suas peq tributárias (desconexão esplenopancreática) 8. Ligadura e secção da v mesentérica inf. 9. Identificação da v renal esq, na bissetriz do ângulo formado pela v mesentérica inf e v esplênica. Lgadura e secção do peritônio parietal e tec retroperitoneal, circunvizinhos à v renal. 10. Exposição da v limitada a sua face ant e borda cranial, onde se encontra a v supre renal, q é ligada e seccionada. 11. Posicionamento da pinça de Satinsky na v esplênica rente ao pâncreas, sem torção do vaso seguida de ligadura junto a VP. Ressecção do excesso da v esplênica. 12. Outro Satinsky na borda cranial da v renal, devendo estar no centro do segmento ocluídoa convergência da v supra renal, sendo este o local idela p/ a remoção da parede do vaso, contendo o coto da supre renal, c/ a extensão da parede ressecada igual ao diâmetro da v esplênica. 13. Montagem da anastosome. 14. Reparo dos ângulos com ponto em forma de U de fora p/ dentro da v renal, e de dentro p/ fora na esplênica. 15. Sutura por dentro da luz dos vasos. 16. Sutura ant com pontos separados em forma de U, amarrando os últimos pontos com clampes parcialmente abertos. 17. Retirada dos clampes e proteção delicada da anastomose. 18. Retirada provisória da art esplênica, seguida de ligadura da v gástrica esq, v gástrica dir, e v gastromental dir. 19. Revisão da hemostaisia e fechamento da cavidade abdm. __________________________________________________________ ANATOMIA CIRÚRGICA DO INTESTINO DELGADO Se situa numa região emoldurada pelo intestino grosso.Recoberto pelo omento maior. É composto por uma parte essencialmente retroperitoneal ( duodeno) e outra intra-abdominal( jejuno e íleo). O comprimento total é variável, pode atingir 6,5m sendo 25 cm correspondente só ao duodeno e restante ao jejuno e íleo. Destes, 2/5 correspondem ao jejuno e 3/5 ao íleo. O jejuno se inicia na flexura duodenojejunal ( a esquerda da primeira ou segunda vértebra lombar) e o íleo termina na fossa ilíaca direita, no ceco, por meio da válvula ileocecal. •Mesentério: se fixa na parede posterior do abdome por meio de sua raiz, que se inicia na flexura duodenojejunal e termina na fossa ilíaca direita, percorrendo em direção oblíqua de cima para baixo e da esquerda para a direita, cruzando a coluna lombar, aorta, v. cava, m.psoas maior direito e ureter direito. Como a raiz tem apenas 15 à 20cm e o ID tem vários metros, o mesentério tem aspecto de leque. O mesentério é constituído por 2 camadas de peritônio, entre as quais a tecido adiposo e conjuntivo. No mesentério há artérias, vírgulas, veias, nervos, linfáticos e linfonodos. •Irrigação arterial: Jejuno e íleo são irrigados pela aa . jejunais e ileais, que se originam na convexidade da a. mesentérica superior ( à esquerda da v. mesentérica superior e se origina na parte anterior da aorta abaixo do tronco celíaco) que irriga além do jejuno e íleo, parte do pâncreas, quase todo o duodeno e o IG (ceco até a flexura esquerda do colo). A distribuição dos ramos da a. mesentérica superior, formando as arcadas primárias, secundárias e terciárias, e também a conformação das veias permite transposições de parte do jejuno, com seu pedículo vascular composto por artérias e veias, para reconstituição alimentar nas esofagectomias e gastrectomias. •Drenagem venosa: v. mesentérica superior que segue o trajeto da a.mesentérica sup e forma a v.porta, após juntar com a v. esplênica.•Inervação: Fibras autônomas e sensitivas dos plexos celíacos e mesentéricos superioesr. As fibras acompanham as artérias. As fibras sensitivas se relacionam na percepção da dor e a regulação do reflexo de movimento e secreção. •Drenagem linfática: Da mucosa se faz para vasos linfáticos que acompanham os vasos sangüíneos mesentéricos. Os linfonodos são abundantes no mesentério e se localizam ao longo dos vasos sanguíneos. A linfa se dirigi para a raiz do mesentério e daí para o ducto torácico.•Parede: Possuem 3 túnicas e 2 telas : Túnica mucosa, tela submucosa, túnica muscular com suas 2camadas, tela subserosa e túnica serosa.•Diferença entre jejuno e íleo: jejuno é mais vascularizado que o íleo e mais avermelhado; a luz e a espessura da parede do íleo são menores que a do jejuno; conteúdo ileal é melhor visto com transparência do que o jejunal; pregas circulares e vilosidades se tornam menos freqüentes a medida que vai do jejuno para o íleo; tecido linfático formam pequenos nódulos linfáticos solitários no jejuno e é escasso, enquanto no íleo, e especialmente perto do ceco,é mais abundante, constituindo os nódulos linfáticos agregados, as placas de Peyer; mesentério do íleo contém mais tecido adiposo que o jejunal e por isso, é mais espesso; suprimento arterial e drenagem venosa são mais complexos no íleo onde há formação de maior número de arcadas vasculares.•Fisiologia : O ID possui funções de absorção,digestão química e transporte. A capacidade absortiva decresce progressivamente, à medida que se aproxima da válvula ileocecal. Os sais biliares e a vitamina B12 são especificamente absorvidos no íleo terminal, e sua ressecção ocasiona má absorção e hipovitaminose __________________________________________________________ ENTERECTOMIA Indicações: trauma, lesões congênitas (atresia e estenose), tumores benignos e malignos (raros, sendo a maior incidência no duodeno, na papila), processos inflamatórios, febre tifóide, tubercolose, Chron (principalmente no íleo terminal), linfoma, trombose mesentérica. Técnicas: - ENTERECTOMIA + ANASTOMOSE TÉRMINO-TERMINAL: 1. decúbito dorsal, anestesia geral e tubagem orotraqueal. 2. Tricotomia. 3. antissepsia e campos esterelizados. 4. laparotomia quase sempre supra e infra umbilical, podendo ser prolongada para cima e para baixo. 5. confirmar diagnóstico e explorar a cavidade. 6. identificação e isolamento da parte intestinal a ser removida. 7. determinar a extensão da ressecção, quanto ao tubo e mesentério. 8. ligadura dos vasos mesentéricos responsáveis pela nutrição da parte intestinal a ser removida. 9. avaliação da irrigação da alça intestinal que permanecerá e determinação dos dois locais de secção. 10. dois clampes intestinais, um a montante e um a juzante, em cada uma das regiões de secção após ordenha entre as das regiões. 11. secção intestinal perpendilar à borda mesentérica ou ligeiramente inclinada, formando um ângulo menor que 90º com a borda mesentérica remanescente para evitar bordas intestinais mal-irrigadas. 12. hemostasia das bordas de ambos os cotos remanescentes. 13. aproximar as bordas e montagem da anastomose, por meio de dois pontos de reparo. 14. sutura, englobando toda a parede intestinal. 15. retirada dos clampes intestinais e dos pontos de reparo. 16.colocar pontos de reparo, seromusculares e realização de pontos seromusculares separados. 17. verificar a perviedade da anastomose por meio de sua palpação. 18. fechar a abertura mesentérica para evitar hérnia local. 19. revisão da hemostasia local e da cavidade. 20. síntese da via de acesso por planos. - ENTERECTOMIA + ANASTOMOSE LÁTERO-LATERAL – 1 a 12 (igual acima) – 13. fechamento das bocas intestinais por meio de dois planos de sutura continua, um plano total e um seromuscular. 14. retirar clampes intestinais. 15. aproximação para contato, em paralelo, das duas alças a ser anastomosadas, com colocação de dois pontos de reparo, unindo as seromusculares de ambas alças. 16. anastomose por meio de suturas contínuas (seromuscular posterior, total posterior, total anterior e seromuscular anterior). 17 a 21 (igual acima). Complicações: Deiscência da anastomose, a peritonite, os abscessos intrabdominais, as fístulas, a Síndrome do Intestino Curto e as aderências intestinais. A deiscência da anastomose ocorre quando a sutura não respeitar a boa técnica ou for realizada em alças com duvidosa vitalidade, ou acometidas por processo inflamatório acentuado. Ela é a mãe das várias complicações. É a causa de íleo-paralítico no pós-operatório. Tendo deiscência, ocorre vazamento do conteúdo intestinal para a cavidade peritoneal, causando peritonite localizada ou difusa. Os abscessos são uma complicação da peritonite. Com a deiscência, o líquido intestinal, além de causar peritonite, procura um caminho para o exterior, através a parede abdominal, constituindo as fístulas. Estas, na dependência do volume drenado, causam desequilíbrio hidro-eletrolítico grave. Diarréia e a desnutrição, conseqüentes à má absorção intestinal, inevitáveis nas ressecçõesextensar do ID (síndrome do intestino curto). Ressecções menores se relacionam às condições do intestino remanescente, à integridade do intestino grosso e à presença ou ausência da válvula íleo-celcal. Quando ¾ ou mais são ressecados, ocorre sinal de desnutrição por má-absorção, mesmo com o remanescente intestinal normal. Perdas de parte do íleo são mais danosas ao organismo do que o equivalente jejunal, pela maior tendência à esteatorréia, na falta das alças ileais. Uma complicação tardia de uma anastomose intestinal é a semi- obstrução ou obstrução intestinal, devido à formação de aderências entre as alças intestinais ou entre essas e a parede abdominal ou órgãos intra- abdominais. __________________________________________________________ ANATOMIA CIRÚRGICA DO INTESTINO GROSSO Tubo de diâmetro variável que se inicia na papila ileocecal e termina no ânus.Seu comprimento varia de 1,5m a 1,8m e seu diâmetro de até 8 cm, no ceco, há 2,5 cm no sigmóide, ocorrendo discreto aumento no reto e ampola retal, para estreitar-se novamente no canal anal. Os colos ascendentes e descendentes são fixados ao retoperitônio, enquanto o colo transverso e o cólon sigmóide ficam suspensos na cavidade abdominal. O ceco possui fixação parcial. O terço proximal do reto é intra-abdominal, sendo recoberto anteriormente pelo peritônio e sua parte posterior encaixa-se no promontório, sendo retroperitoneal. Os outros dois terços finais do reto são totalmente retroperitoneais. No homem mantêm estreita relação com a próstata e as vesículas seminais, enquanto na mulher, se relaciona com o útero, anexos e parede posterior da vagina. Parede: é constituído por 3 túnicas e 2 telas: túnica serosa, tela subserosa, túnica muscular, tela submucosa e túnica mucosa. Ela possui 3 tênias que se originam na base do apêndice vermiforme e acompanham o colo até o reto. São denominada tênia livre, tênia omental e tênia mesocólica, porque nessas 2 últimas se inserem o omento e o mesocolo. Tendem a coalescer no reto. Por serem mais curtas q eu o comprimento do colo, determinam o aparecimento de saculações, que dão aparência peculiar ao intestino grosso. Outra característica dos colos é a presença dos apêndices epiplóicos ou apêndices omentais do colo, predominando no sigmóide. Vascularização: bastante regular, o que facilita as intervenções cirúrgicas sobre essa região, em razão da pouca variação anatômica. A irrigação arterial origina-se das artérias mesentérica superior e inferior, ambas ramos da aorta. A a. mesentérica superior supre o ceco, o apêncide, o colo ascendente e a parte direita do colo transverso por meio da a. ileocólica e da a. cólica direita e a a. da flexura direita do colo. A a. cólica média, também ramo da a. mesentérica sup. ,irriga o restante do colo transverso. Da a. mesentérica inf. originam-se a a. ascendente, a a. cólica esq., as aa. sigmóideas e a retal superior, nutrindo a parte esq. do colo trasnverso, o colo descendente, o colo sigmóide e a parte sup. do reto. O restante do reto é nutrido pelas retais médias, ramos das ilíacas internas e pela retais inferiores, ramos das pudendas. Na flexura dir. do colo há anastomoses entre ramos das cólicas dir. e médias, enquanto na flexura esq. a arcada de Riolan faz conexão das aa. cólicas média e esq. .Todas as aa. cólicas possuem arcos vasculares, dos quais saem vasos cólicos retos que vão nutrir as várias partes do IG, formando uma arcada marginal, importante para o manuseio cirúrgico do colo. Retorno venoso: se faz pelas veias homônimas que vão formar as veias mesentéricas sup. e inf.. A inferior desemboca na v. esplênica e esta, junto com a v. mesentérica sup. forma a v. porta. A v. da flexura dir. do colo é tributária da gastromental dir., drenando também para o sist. porta. Drenagem linfática: começa na rede intramural e se dirige para os linfáticos epicólicos, paracólicos, intermediários e principais. A partir destes, a linfa segue para os linf. Mesentéricos sup. E inf. Inervação: dos colos direito e transverso é feita pelo nervo vago dir. e plexos celíaco e mesentérico sup. O lado esq. recebe fibras nervosas, além das já citadas, também do plexo mesentérico inf. e ramos pré- aórticos. A inervação intramural autônoma é dada pelos plexos nervosos submucosos de Maisnner e mioentérico de Auerbach, responsáveis pela motilidade. O intestino grosso tem, assim, inervação simpática e parassimpática. Fisiologia: o IG é um órgão de exoneração e apresenta também funções absortivas e secretoras. A função absortiva ocorre quase exclusivamente no colodireito, absorvendo água, eletrólitos e substâncias orgânicas e inorgânicas. A função secretora é reduzida, limitando-se à produção de muco para lubrificar a mucosa intestinal, o que resulta em sua proteção. Para cumprir sua principal função, que é eliminar resíduos alimentares, se utiliza de alguns movimentos, que podem ser propulsivos ou não propulsivos. O principal é o movimento em massa, que transporta grande quantidade de conteúdo fecal rapidamente, porém com intervalos prolongados. __________________________________________________________ COLECTOMIA Indicações: *Afecções benignas: polipose, Ru, pseudo-obstrução, constipação intestinal (inércia colônica), d. de Chron, megacolo chagásico, d. diverticular, volvo, traumatismo, lesões actínicas e angiodisplasia. *Afecções malignas: tumores, plipose intestinal c/ degeneração maligna, retocolite c/ neoplasia maligna e tumores sincrônicos do IG. *Contra-indicações: apesar de possuir algumas funções absortivas o colo não é essencial à vida. Sua ressecção é compatível com uma sobrevida normal. As contra-indicações são, portanto, de natureza clínica em função da morbidade e mortalidade da intervenção cirúrgica e das condições gerais do pcte, especialmente qd ocorrem doenças associadas. Técnicas Colectomia direita: 1.Decúbito dorsal, anestesia geral e tubagem orotraqueal, sonda vesical de demora. 2.Anti-sepsia ampla. 3.Incisão mediana supra e infra-umbilical, até 5cm abaixo do umbigo; exploração da cavidade, determinando a real situação da doença que está sendo tratada. 4.Exposição do ceco e colo ascendente; incisão do peritônio lateralmente ao colo, na linha de Toldt, prolongando-se distalmente por baixo do ceco e parte distal do íleo e cranialmente ente o fig e flexura dir do colo. 5.Ligadura do íleo e colo, esta cerca de 10 cm distalmente ao tumor. 6.tração do colo, para retirar todo o tecido gorduroso anterior ao ureter e rim direito 7.Identificação da art e veia cólicas direitas, seguida de suas ligaduras, próximas à raiz do mesocolo 8.Identificar a art ileocólica e fazer sua ligadura, além dos vasos dos últimos 10 a 15 cm do íleo; ligadura, na outra extremidade, dos vasos da metade proximal do colo transverso, incluindo o ramo lateral direito da art cólica média, com a parte correspondente do omento maior sendo tb incluída na ressecção, após a ligadura dos vasos gastromentais 9.Determinar os pontos de secção no íleo e colo transverso; pinçamento das duas futuras bocas da peça cirúrgica 10.Secção do íleo e colo, o que permite retirar a peça cirúrgica; hemostasia e limpeza das bocas intestinais remanescentes 11.Reestabelecimento do trânsito por meio de anastomose término- terminal com pontos seromusculares Em caso de grande desproporção entre colo e íleo – Incisão de Cheatle (1 a 2 cm da b. antimesentérica do íleo). 12.Fechamento da abertura remanescente formada pelo mesentério e mesocolo, para impedir a ocorrência de hérnia interna 13. Revisão da cavidade 14.Síntese da parede por planos. Colectomia transversa: 1 a 3. 4) Ligadura do colo transverso, cerca de 10 cm proximais e distais à lesão tumoral 5) Liberação do omento maior entre os vasos gastromentais e a parede do estômago, por ligaduras seriadas; liberar a flexura direita do colo,liberação da flexura esquerda do colo, por meio de dissecção local e secção dos ligamentos esplenocólico e frenocólico, após ligaduras individuais 6) Identificar a veia e art cólica média seguida de suas ligaduras, próximo dos vasos mesentéricos superiores; exposição do colo e mesocolo, identificação e ligadura seqüencial dos vasos do mesocolo 7) Dissecção dos locais da futura anastomose; remoção da peça cirúrgica por meio de duas secções no colo 8) Hemostasia e limpeza das bocas remanescentes 9) Reestabelecer o trânsito (anastomose término-terminal) 10) Fechar a abertura remanescente no meso para impedir a ocorrência de hérnia 11) Revisão da cavidade 12) Síntese da parede abdominal por planos. Colectomia Esquerda: 1 e 2-3) incisão mediana ampla, supra e infra- umbilical, chegando ate junto do púbis. Pode-se usar a laparotomia paramediana pararretal medial esquerda; afastador autostático; exploração da cavidade. 4) afastamento do ID para o lado direito do abd, o que permite as exposições dos colos descendente e sigmóide 5) tração do sigmóide para cima e para a direita; incisão e dissecção, lateralmente aos colos sigmóide e descendente, a partir da reflexão peritoneal lat(linha de Toldt) prolongando-se ate a flexura esq do colo 6) continuação da dissecção e visualização do ureter esq, preservando-o; manter gordura perirrenal intacta 7) ligadura do colo, acima e abaixo do tumor 8) liberar a flexura esq do colo, por meio da secção, após ligadura dos lig esplenocólico e frenocófolico 9)dissecção do colo transverso 10) rebatimento de todo o colo esq em direção a linha media, seguido da identificação do ureter esq e vasos gonodais 11) escolher o local de secção do colo;ligadura do mesocolo em sua raiz(o colo é rebatido p/ a esq e o peritônio sobre a aorta é dividido no sentido crânio-caudal, na parte medial da raiz do mesocolo) 12) ligadura da art. Cólica esq ou da art mesentérica inf, alem da art marginal próxima do colo transverso e dos vasos sigmóides. 13) secção do colo nos ptos previamente preparados, com retirada em monobloco da peca cirúrgica 14) hemostasia e limpeza das bocas remanescentes 15) restabelecer o transito(anastomose termino-terminal) 16) fechar a abertura remanescente no meso, para impedir ocorrência de hérnia 17) revisão da cavidade 18) síntese da parede abd por planos. Sigmoidectomia A técnica cirúrgica é semelhante a colectomia esquerda, porem sem necessidade de mobilização do colo transverso nem , na maioria das vezes, da flexura esq do colo. Não é recomendada para o tto curativo do CA, pq a ressecção linfonodal é inadequada nesse tipo de cirurgia. Na doença diverticular é essecial a ressecção de todo o colo sigmóide, procedendo-se a anastomose entre o colo descendente e o terço sup do reto. COMPLICAÇÕES DA COLECTOMIA *De caráter séptico dependem do preparo do colo e da ausência ou presença de contaminação peroperatoria.*Fístula: q pode ser conseqüente a problemas técnicos ou por deficiência da irrigação dos cotos anastomosados( tto: drenagem da região e estomia protetora a montante) * relação com a lesão do plexo nervoso, podendo determinar bexiga neurogênica e/ ou impotência sexual * incontinência fecal( depende da qtidade de reto ou de mucosa retal que foi preservada. Para evitá-la, 4 a 6 cm são geralmente suficientes) * pode ocorrer recidiva local, no casos de neoplasia e doença inflamatória. *desenvolvimento de bolsites é mais comum na retocolite. O não fechamento das bordas do mesocolo e da goteira parietocolica esquerda junto a uma colostomia, quando utilizada, podem propiciar a entrada de uma alça intest no local, levando a obstrução intest por hérnia interna. *prolapso de colostomia é mais comum qdo se emprega uma colostomia em alça. Qdo de grande volume pode comprometer a irrigação local e levar a uma necrose. *Aderencias de alças de ID no fundo da pelve, após uma colectomia, propiciam o aparecimento de enterite actinica qdo se faz radioterapia adjuvante. * Na cirurgia de Duhammel modificada, o coto retal longo pode favorecer a formação de fecaloma. __________________________________________________________ ANATOMIA DO ESÔFAGO Órgão tubular, q se estende da faringe, na projeção da 6ª vértebra cervical, até o cárdia, em correspondência c/ a 11ª vértebra torácica. Atravessa sucessivamente o pescoço, o tórax e o abdômen. Aproximadamente 25 a 28cm de extensão. A parede é constituída pelas túnicas mucosa, submucosa, muscular e adventícia. Separando a mucosa de sua camada muscular existe a túnica submucosa, onde estão os plexos nervosos de Meissner. A túnica muscular é constituída por uma camada circular situada internamente a uma camada longitudinal externa. Entre as 2 camadas musculares há tec. Conjuntivo frouxo, onde se localiza a vasculatura da parede e onde se encontram os plexos nervosos de Auerbach. O esôfago é revestido externamente pro uma fina camada adventicial. Pode ser dividida em 4 partes: faringoesofágica, cervical, torácica e abdominal. -Parte faringoesofágica: Transição entre a faringe e o esôfago e sua principal característica é a diferença entre a espessa musculatura faríngea e a tênue camada muscular do esôfago. -Esôfago cervical: Continuação direta do segmento faringoesofágico:mede de 5 a 6 cm extendendo-se de C6 a T1. Ocupa posição discretamente lateralizada para a esquerda em relação à traquéia, tona-se + acessível por cervicotomia à esquerda. Anteriormente encontra-se aderido à traquéia por tec fibroso e muscular. Post relaciona-se com coluna vertebral. Tem relação à esquerda com os nervos laríngeos inf, ou nn recorrentes. Lateralmente a ele situa-se a art carótida comum. -Esôfago torácico: inicia no plano horizontal que passa pela 1ª vert torácica, desloca-se p/ dir, devido ao arco aórtico. Entre T5 e T7 ocupa posição mediana e post ao pericárdio.A partir de T7 desvia-se p/ a esq e posiciona-se ant em relação à aorta descendente p/ alcançar o hiato esofágico do diafragma prox a T11. Cirurgicamente, a região distal do esôfago torácico pode ser abordada tanto pela dir qto pela esq, enqto enquanto a proximal só pode ser acessada pela dir em razão da presença do arco aórtico. A toracotomia dir permite a exposição de quase todo o esôfago torácico. -Esôfago Abdm: estende-se do hiato do esôfago ao cárdia, seguindo um trajeto ant-lateral es, em posição ant e medial em relação a aorta abdm. Ao atravessar o diafragma, é acompanhado pelo n vago esq anteriormente e pelo vago dir, post lateralmente. Hiato esofágico: É um dos 3 grandes orifícios do diafragma(outros 2: hiato aórtico e VCI). Situa-se na frente da T12, possui 3cm de altura e 1 de largura, é rodeado por músculo. Passam por ele o esôfago e os 2 nn vagos. Permite boa mobilidade do esôfago, sem deixar de ser um fator de fixação, impedindo a subida ao tórax. Ao atingir o diafragma, o esôfago se curva p/ frente e p/ a esq, situando-se adiante do hiato aórtico. O esôfago abdm forma um angulo com o fundo gastr: ângulo de His. 3 estreitamentos ou constrições esofágicas: cervical ou cricofaríngeo, broncoaórtico (onde o bronquio E e o arco aórtico se cruzam), diafragmático (no hiato esofágico). Esfíncteres: são 2: Esofágico superior(na transição faringoesofágica) e esofágico inf ( ao nível da cárdia); Se localizam nas extremidades prox e distal, tendo por função a manutenção unidirecional do trânsito digestivo. Irrigação: proximal: nutrida pelas AA tireóideas inf, pela a intercostal sup dir e por outros ramos intercostais. Média: ramos da aa brônquicas e ramos inconstantes da aorta. Distal: art gástrica esq e aa frênicas. Drenagem venosa: Retorno venoso do esôfago cervical faz-se nas VV subclávias, os do 1/3 sup e médio do esôfago torácico, na v ázigos e hemiázigos, e o da região inferior do esôf torácico e abdm no sistema porta pela v gástrica esq. Drenagem linfática:2 plexos: um na mucosa e outro na muscular. Os linfonodos q recebem essa drenagem são, no sentido crânio-caudal: os da cadeia das jugulares internas, no pecoço; os paratraqueais, no mediastino sup; os peribronquicos e subcarineos, na região torácica media; os periesofagicos, no mediastino inf; e os paracárdicos e da cadeia da gast esq, no abdm. Inervação: sist intrínseco(plexo submucoso ou de Meissner, e plexo musc ou de Auerbach) e extrínseco(simpático e parassimpático). O n vago passa ant a art subclávia e emite junto a sua borda inf o n laringeo inf dir, o qual forma uma alça em torno da art e adquire um curso ascendente, paralelo ao esôfago, ate alcançar a laringe. O n vago esq passa ant a crossa da aorta, em cuja borda inf origina o n laríngeo inf esq, o qual ascende em íntima relação com o esôfago, e essa proximidade entre o n e o esôfago torna o 1º bastante vulnerável à lesão iatrogênica. __________________________________________________________ DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO - Técnicas BELSEY-MARK IV 1)anestesia geral, tubagem orotraqueal e posição na mesa com coxim sobre hemi-tórax direito e MS esquerdo fixado ao arco da mesa para facilitar a exposição. 2) antisepsia de pescoço, tórax e abdome e campos cirúrgicos. 3)via de acesso: toracotomia ântero-lateral no sétimo espaço costal esquerdo. 4)colocar afastador torácico e abertura paulatina do espaço intercostal. 5)afasar pulmão em direção ao seu hilo e secção do ligamento pulmonar inferior.6)abrir pleura mediastínica a frente da aorta. 7)passar uma fileira de pontos separados do esôfago ao fundo gástrico e amarração. 8)passar uma dupla fileira de pontos em U no esôfago 2cm acima da junção esôfago-gastrica, em toda a circunferência do órgão e também no fundo gástrico herniado para dentro do tórax, sendo reparados. 9)passar os mesmos fios usados antes para baixo, através do hiato e transfixação do diafragma, a 2cm do hiato, de volta para o tórax. 10)amarrar os fios, acima do diafragma, o que reduz o fundo gástrico herniado e forma uma válvula parcial do estômago, em torno do esôfago abdominal. 11)aproximar pilares diafragmáticos com pontos separados. 12)Toracorafia e drenagem pleural. HILL 1)paciente em decúbito dorsal, anestesia geral e tubagem orotraqueal. 2)cateterismo nasogástrico. 3)antissepsia da linha mamilar até a parte proximal das coxas, inclusive.4)campos cirúrgicos. 5)via de acesso: laparotomia mediana supraumbilical. 6)afastador abdominal autostático. 7)abertura transversal do ligamento freno-esofágico e hemostasia de pequenos vasos locais. 8)dissecção dos pilares diafragmáticos. 9)dissecção e isolamento do esôfago abdominal, e reparo do mesmo. 10)identificar o ligamento arqueado sobre a aorta, logo acima do tronco celíaco. 11)passagem de pontos separados nos pilares, semi fechando o hiato esofágico, de modo que seja possível a introdução de apenas uma polpa digital. 12)passagem de 3 a 4 pontos separados, unindo as faces gástricas anterior e posterior (junto à curvatura menor, em sua parte mais cranial) e o ligamento arqueado. 13)amarração dos fios, o que cria uma válvula do estômago sobre o esôfago abdominal. 14)reconstituir o ângulo de Hiss por meio de dois pontos separados, entre o fungo gástrico e o esôfago. 15)revisão da hemostasia. 16)laparorafia. TOUPET 1 a 9 (igual HILL) – 10)aproximar, com pontos separados, os pares diafragmáticos, o que reduz o hiato esofágico, cuja abertura permite a passagem de apenas uma polpa digital. 11)liberar todo o fundo gástrico do peritônio adjacente. 12)passar o fundo gástrico liberado por trás do esôfago. 13)síntese, por 2 ou 3 pontos separados, do fundo gástrico ao pilar diafragmático direito. 14)síntese, por 4 pontos separados, desde cada lado do esôfago até o fundo gástrico, de forma a confeccionar uma válvula posterior, de 180º, sobre o esôfago abdominal, com a metade anterior do esôfago não sendo coberta pelo fundo gástrico. 15)síntese da laparotomia por planos. LlND qse igual ao TOUPET. Modificação essencial: tamanho da válvula que, na cirurgia de LIND, envolve posteriormente ¾ do esôfago abdominal, e não apenas a metade. Objetivo: diminuir ainda mais a incidência do refluxo no pós-operatório. É hoje a técnica de eleição para os pacientes que, além da hérnia, são portadores do distúrbio da motilidade esofágica, diagnosticados no pré-operatório por meio da manometria. NISSEN 1)paciente em decúbito dorsal, anestesia geral e tubagem orotraqueal. 2)sonda nasogástrica. 3)antissepsia da linha mamilar até a parte proximal das coxas. 4)campo cirúrgico. 5)via de acesso: laparotomia mediana supraumbilical. 6)afastador abdominal autostático. 7)abertura transversal do ligamento freno-esofagico e hemostasia de pequenos vasos locais. 8)dissecção dos pilares diafragmáticos. 9)dissecção e isolamento do esôfago abdominal e reparo do mesmo. 10)criação de um espaço retro-esofágico, amplo o bastante para a passagem do fundo gástrico pelo mesmo, sem dificuldades. 11)liberar todo o fundo gástrico de seu peritônio, de preferência sem a ligadura e ligadura dos vasos gástricos curtos.12)aproximar pilares diafragmáticos com pontos separados com a abertura final entre o esôfago, ventralmente e os pilares aproximados dorsalmente, permitindo a passagem de apenas uma polpa digital. 13)passar fundo gástrico para a direita, por trás do esôfago, de forma que fique bem posicionado e sem tensão. 14)síntese, com 3 a 4 pontos, da parede do fundo gástrico a esquerda do esôfago, anteriormente, e no fundo gástrico, à direita do esôfago. Isso permite ao fundo gástrico cobrir toda a circunferência do esôfago abdominal. E evita o deslizamento da válvula para o corpo gástrico, devendo, a válvula pronta, ficar bastante folgada de ambos os lados do esôfago. 15)retirar o dreno de Penrose. 16)revisão da hemostasia. 17)laparorafia por planos. 18)aspiração da sonda nasogástrica e retirada opcional da mesma. Indicações : Como a maioria dos pacientes portadores da DRGE é assintomática, a indicação para o tratamento cirúrgico, que possui considerável morbidade, deve ser feita com bastante rigor. Os paciente que usualmente são operados possuem hérnia hiatal que apresentam complicações, como estenose, úlcera, esofagite erosiva grave, encurtamento esofágico, esôfago de Barret e manifestações pulmonares graves do refluxo. Um grupo menor é levado à cirurgia por intratabilidade clínica, por terem recidiva imediata dos sintomas logo após o fim de um tratamento clínico correto, realizado com drogas adequadas por pelo menos 3 meses. Geralmente são pessoas ainda jovens que não querem ficar condenados à uma dieta rigorosa e a tratamento clínico freqüente, com medicamentos caros e não isentos de efeitos colaterais por anos. As hérnias do tipo II (rolamento), tem sempre indicação cirúrgica, sendo muito alta a taxa de complicações dos casos não operados. Tipos de Hérnias Hiatais 1) Hérnias por deslizamento: aumento do diâmetro do hiato + fraqueza da membrana freno-esofagica. Esofago abdominal, junção esôfago- gástrica e parte do estômago se herniam. São a maioria. 2) Hérnia de rolamento (paraesofágica): esôfago abdominal e junção esôfago-gástrica permanecem em suas posições. Parte do estomago é herniada, passando pelo hiato alargado paralelamente ao esôfago. 3) Hérnias mistas: quando nas hérnias do tipo 2, grande parte do estômago herniado se encontra em posição intratorácica, levando o esôfago abdominal e a junção esôfago-gástrica a se herniarem também. 4) Raro: herniação, em casos de longa evolução da doença, de outras víceras (colo transverso, baço e intestino delgado) Complicações: Além das complicações próprias das vias de acesso, existem as específicas da técnica adotada. A maioria das complicações resultam de falha técnica. A incidência de complicações específicas, como arecidiva do refluxo, a disfagia, a incapacidade de eructar ou vomitar, o meteorismo e a dor epigástrica recorrente pode chegar a 22%. Após a operação de NISSEN, uma das principais causas de insucesso, é o deslizamento da válvula para o corpo gástrico. Os pacientes, além de desenvolver esofagite de refluxo grave podem apresentar úlceras gástricas, seguidas de perfuração e fisturização. O deslocamento ocorre quando não se efetua a passagem dos pontos da válvula pela musculatura da parede esofágica, mas em alguns casos, mesmo com os pontos passados corretamente, pode ocorrer a ruptura da musculatura esofágica, que é muito frágil. A ruptura de um ou mais pontos pode acarretar a recidiva do refluxo. O tratamento é a reoperação e a confecção de nova válvula, dessa vez bem ancorada no esôfago. A recidiva é tanto mais freqüente quanto menos envolvente for a válvula. Assim, a técnica de NISSEN é a mais eficiente na contenção do refluxo, se comparada às outras. A Gas Bloat Syndrome é uma complicação específica da técnica de NISSEN. Se manifesta pela incapacidade de eructar ou vomitar. Uma válvula confeccionada de forma muito apertada parece ser a causa dessa complicação. A disfagia discreta é muito comum no pós-operatório imediato. Pode ser devido ao edema resultante da dissecção local ou significar que o fechamento dos pilares foi excessivo, ou a válvula ter sido suturada sobre tensão, sem folga em relação ao esôfago, ou porque o paciente é portador de Distúrbio da Motilidade Esofágica, não diagnosticada no pré-operatório. __________________________________________________________ ESOFAGECTOMIA Indicações: neoplasias malignas do esôfago (carcinoma de céls escamosas, adenocarcinoma, sarcomas, melanomas, etc); - esôfago de barret com displasia de alto grau; - megaesôfago avançado; - estenose péptica; - DRGE complicada, estenose conseqüente a esofagite caustica, trauma esofágico extenso. Complicações: Precoces: hemorragia, complicações resp., complicações cardiovasc, fístulas (conseqüentes a deiscência na linha de sutura que surgem mais frequentemente nas anastomoses cervicais); gastroparesia (conseqüente a vagotomia), disfonia, disfagia, quilotórax.Tardias: estenose da anastomose (após fístula ou execução errônea da técnica), desnutrição, colelitíase devido a vagotomia, recidiva da doença de base. Técnica: Esofagectomia subtotal sem toracotomia (ESST) – indicações: lesões benignas do esôfago e nas neoplasias malignas do cárdia, do esofago abdominal e da região subcarinea do esôfago torácico. 1) duas equipes cirúrgicas – operação simultânea em campo abd e cervical 2) pcnt em decúb dorsal horizontal, anestesia geral, tubagem orotraqueal (TOT), pescoço e extensão e rotação para a direita, SNG ou SNE. Antissepsia ampla. Dois campos cirúrgicos esterilizados. 3) tempo cirúrgico abd: * laparotomia vertical mediana, do apêndice xifoide para além da cicatriz umbilical, * exploração abd, * secção do lig. Triangular esq. Do fígado, rotação e efastamento do lobo hepático esq. Para expor região subdiafragmática, * incisão do lig. Frenoesofágico e dissecção digital do esôfago abd, * exposição do hiato esofágico e reparo do anel muscular ant do hiato, * frenotomia ant. por secção das partes musculares e fibrosa do diafragma entre hiato e apêndice xifóide, * dissecção cuidadosa do esôfago com ligaduras arteriais. 4) tempo cirúrgico cervical: * incisão cervical esq (pele, tela subc., platisma e fascia superficial, acompanhando a borda ant do m. esternocleidomastoide), * identificação dos mm. Pré-tireoideos e omo-hióideo (secção), * identificação do esôfago, * incisão da fáscia cervical profunda e identificação do n. laríngeo inf. Esq, * dissecção e isolamento do esôfago, * reparo e tração do esôfago, seguido da dissecção romba em sentido caudal. 5) exérese do esôfago: * dissecção do esôfago com a mão esq no pescoço e a dir no mediastino post, via abdome, * secção do esôfago cervical o mais baixo possível, * tração do esófago, * exteriorização do esôfago via incisão abdominal, * secção distal do esôfago. 6) reconstituição do transito esofagogástrico. 7) síntese das vias de acesso abd e cervical por planos. Esofagectomia subtotal com toracotomia – indicações: neoplasias malignas do esôfago torácico supracaríneo. 1) anestesia geral e TOT. SNG ou SNE. 2) decúbito ventro lateral esq. 3) antissepsia ampla, campos esterilizados. 4) Tempo cirúrgico torácico: * toracotomia postero- lateral no 5º EID, * exposição da cavidade pleural por afastamento dos arcos costais, * compressão do pulmão dir (colapso) e afastamento para frente, permitindo a visualização do esofago torácico, * dissecção e secção entre ligaduras da v. ázigos, * abertura longitudinal da pleura mediastinal, * mobilização de todo esôfago torácico e ligaduras vasculares, * colocação de dreno torácico rígido, * síntese da toracotomia por planos e colocação do dreno torácico em selo dágua. 5) tempo cirúrgico abd: vide ESST. 6) tempo cirúrgico cervical: vide ESST. 7) exérese do esôfago: vide ESST. 8) reconstituição do transito esofagogástrico. 9) síntese das vias de acesso abd e cervical por planos Esofagectomia parcial – indicações: neoplasias malignas do cárdia e do estomago proximal e em algumas doenças benignas do esôfago. 1) decúbito dorsal, anestesia geral, TOT, antissepsia ampla, campos cirúrgicos. 2) laparotomia mediana do AP. xifóide até abaixo do umbigo. 3) exploração do abd. 4) dissecção e isolamento do esôfago abd até o mediastino. 5) tempo cirúrgico abdominal: vide ESST. 6) exérese parcial do esofago: - nas lesões benignas secção proximal à altura do esôfago abd e secção distal logo abaixo do cárdia; - nas lesões malignas do cárdia do estomago proximal, secção proximal e distal respeitando-se margens adequadas de segurança; - nas lesões malignas do cárdia e de grande parte do estomago, secção proximal respeitando-se adequada margens de segurança e secção distal do duodeno, incluindo-se todo o estomago na ressecção. 7) reconstituição do transito por anastomose esofagogástrica. 8) síntese da laparotomia por planos. __________________________________________________________ TÉCNICAS DE RECONSTITUIÇÃO DO TRÂNSITO Esofagoplastia Transmedial com Anastomose Cervical (Vantagem: melhor qualidade da parede gástr, abundante irrigação do estômago, menos população bact em relação ao colo, necessidade de fazer-se apenas uma única anastomose e a menor morbidade e mortalidade de uma ocasional fístula no pescoço em contraposição a uma fístula intyratorácica ou abd). 1. Início da mobilização gástr pela ligadura da a. gástrica esq. 2. Ligadura dos vasos do omento maior. 3. Ligadura dos vasos da curvatura > em direção ao cárdia, incluindo a a. gastromental e os vasos gástr curtos. 4.Ligadura da ligadura < do estômago pela complementação da ligadura dos vasos gástr esq, incluindo a secção do omento hepatogástr e de ramos da a. gástr dir, com o estômado mantendo agora sua nutrição sg por meio da a. gastromental dir e parcialmente pela a. gástr dir. 5.Posicionamento do grampeador sobre uma linha imaginária que se inicia no fundo gástr logo acima do Ang de Hiss e termina na metade da curvatura <, acima da incisura angular. 6.Secção do estômago. 7.Retirada da pela cirúrgica. 8.Piloroplastia 9. Transposição do estômago até o pescoço, por meio de t5ração, utilizando-se como guia uma sonda nasogástrica, introduzida pela ferida cervical e que emerge no abd através do mediastino post, passando o órgão a ocupar a posição destinada ao esôfago. 10.Fixação do tubo gástr no pescoço 11.Síntese do diafragma. 12.Anastomose esofagogástrica. 13.Jejunostomia tipo Witzzel. Esofagocoloplastia: (Indicações: pcte previamente gastrectomizado; neoplasia sincrônicas; estômago inadequado p/ atingir o pescoço; estenose cáustica com acometimento da faringe) 1. Escolha da partedo colo a ser utilizada (esq, dir ou transverso) 2.Preparação da parte a ser transposta preservando-se a a. nutridora e ligadura dos demais ramos arteriais da região. 3.Secção proximal e distal do colo. 4.Transposição so colo: via transmediastinal post (empregada qd foi feita esofagectomia, devendo o colo passar pelo leito anteriormente ocupado pelo esôgago) ou via retroesternal (criação de um túnel atrás da face post do esterno, por onde o colo atingira o pescoço). 5.Realização das 3 anastomoses: *anastomose cervical, entre a faringe e o colo; *anastomose abd término- lat, entre o colo e o estômago, na parede gástr ant; *anastomose abd término-terminal, antre os 2 cotos do colo, em 2 planos. Anastomose Esofagojejunal em Y de Roux: 1.Fechamento do coto duodenal após a ressecção parcial do esôfago e total do estômago. 2.Secção do jejuno proximal, próximo á flexura duodenojejunal. 3. Anastomoses: *término-terminal ou término-lat, entre esôfago e boca distal do jejuno seccionado. *término-lat, entre a boca proximal do jejuno seccionado e uma abertura feita no jejuno cerca de 35cm abaixo da anastomose esofagojejunal __________________________________________________________ ESOFAGOSTOMIA CERVICAL: Indicações: Forma temporária: pacientes com trauma bucomaxilofacial grave, impossibilitados de digerir alimentos por muito tempo. Forma definitiva: dificuldade permanente de ingestão, tais como dist neurológico central de deglutição, doentes muito debilitados, paralisia laríngea, casos de obstrução por câncer inoperável da cabeça e pescoço, ou lesão actinica da oro ou hipofaringe. Esofagostomia cervical terminal: 1-Anestesia geral, entubação orotraqueal, decúbito horizontal e cabeça para a direita. 2- Anti-sepsia e colocação de campos esterilizados. 3- Incisao obliqua de 8 cm junto a borda anterior do m. esternocleido esquerdo (pele, tela subcutânea e platisma). 4- Abertura da fascia cervical superficial. 5-Afastamento lateral do esternocleido e medial dos mm. Pré-tireoideos. 6 – Secção dos mm. Pré- tireóideos (apenas em caso de exposição difícil do esôfago). 7- Exposição da bainha carotídea ( contem: v. jugular int., a. carótida comum e vago) . 8- Dissecção romba entre a bainha carotídea e a traquéia, e conseqüente exposição da fascia pré-vertebral. 9- Afastamento do lobo tireóideo esquerdo. 10- Exposição opcional, mas sempre desejável, do n. laríngeo inferior esquerdo. 11- Afastamento da traquéia, o que retira o laríngeo inferior do campo. 12- Palpação da sonda nasogastrica, através do esôfago.(QUANDO POS?) 13- Mobilização do esôfago. 14- Colocação de 2 pontos de reparo no esôfago, seguida da secção transversal do órgão. 15- Fechamento da extremidade distal do esôfago, com pontos separados (QUAL FIO?). 16- Exteriorização por incisão contra lateral da extremidade proximal do esôfago, com folga para permitir, sem tensão, a eversao e a sua sutura á pele, oq permite maturação precoce. 17- Reconstituição da mm pré tireoideia (caso seccionada). 18- Drenagem, por incisão contra lateral, do leito do esofago, com Penrose fino. 19- Revisao da cavidade aberta. 20- Sintese da pele. 21- Colocação de bolsa de plástico aderente a pele para recolher a secreção. Esofagostomia cervical lateral cutânea: 1 ao 12. 13- mobilização do esôfago em extensão apenas o suficiente para permitir a colocação de dois pontos de reparo e aproximação dele a superfície cutânea cervical, por incisão contra lateral. 14- Reconstituição da mm pré-tireiodea (caso seccionada). 15- Drenagem, por incisão contra lateral, do leito do esofago, com Penrose fino. 16- Incisao longitudinal de 1,5 cm na parede Antero-lateral do esôfago.17-Sutura da mucosa e da camada muscular do esôfago à pele cervical, por meio de pontos separados. 18- Colocação de bolsa de plástico aderente a pele para recolher a secreção. Esofagostmia cervical lateral em alça 1 ao 12. 13- mobilização do esôfago em extensão para permitir sua exteriorização contralateral à cervicotomia. 14- Reconstituição da mm pré-tireiodea (caso seccionada). 15- Drenagem, por incisão contra lateral, do leito do esofago, com Penrose fino. 16-Colocação de uma alça feita com sonda retal, para apoiar o esôfago. 17- Sutura parcial da pele, com pontos separados (FIO?), 18- Incisao longitudinal de 1,5 cm na parede do esofago. 19- Colocação de bolsa de plástico aderente a pele para recolher a secreção. Esofagostomia cervical lateral com dreno em T 1 ao 12. 13- mobilização do esôfago em extensão apenas o suficiente para permitir sua exteriorização contralateral à cervicotomia e a introdução em sua luz de um dreno em T. 14- Abertura do esôfago, introdução do dreno em T na luz e sutura ao seu redor, cujo ramo longo é exteriorizado através da incisão cervical. 15- Reconstituição da mm pré- tireiodea (caso seccionada). 16- Drenagem, por incisão contra lateral, do leito do esofago, com Penrose fino. 17- Fixação do dreno à pele, com ponto (Q PONTO,FIO?). 18- Sutura da pele, com pontos separados inabsorvivel. 19- Conexao do dreno com recipiente adequado para recolher a secreção. Complicações: raramente são graves. As mais comuns são hemorragia, fistula linfática, lesão do n. laríngeo inferior, infecção e formação de fistula esôfago-cutaneo permanente. Complicações relacionadas com a confecção do estoma: retração do estoma, isquemia e necrose da parede do esôfago, extravasamento de secreção na parede cervical e infecção no local da ferida, estenose do coto proximal, quando feita esofagostomia terminal, e estenose do coto distal do esôfago, Tb na esogastmia terminal. __________________________________________________________ COLECISTECTOMIA LAPAROSCÓPICA Indicações: calculose biliar, colecistite aguda ou crônica, malformação da vesícula biliar, fístula pós colecistectomia, ruptura traumática da vesícula ou ducto cístico, peritonite biliar. Vantagens do método: Menor trauma cirúrgico, incisões cirúrgicas menores, menor dor pós-operatória, retorno precoce às atividades. Contra-indicações: Absolutas: ca de vesícula biliar e intolerância ao pneumoperitônio. Relativas: gravidez, coagulopatias, cirurgias abdominais prévias, sind. Hipert. Porta. Técnica: 1) Administração de antibiótico profilático, heparina profilática. 2) anestesia geral, tubagem orotraquea. Tricotomia, Antissepsia, campos cirúrgicos. 3) decúbito dorsal com MMSS em abdução. 4) Cirurgião e 2° auxiliar do lado esquerdo do paciente, 1° auxiliar e instrumentador do lado direito. 5) incisão de 1,5 cm arciforme na borda sup. Ou inf do umbigo. 6) dissecção romba até aponeurose. 6) Tração com fios de reparo ou pinça de Backhaus. 7) Punção da avidade peritoneal com agulha de Veress direcionada pra pelve – fazer teste da gota com soro. 8) Insuflação da cav peritoneal com CO2 a um litro/min até 14mmHg. 9) Trocarte 1: descartável, 10mm, no portal do umbigo: p/: laparoscópio. Trocarte 2: 10mm. incisão no epigástrio, subxifóidea, com palpação superficial externa e visão interna. p/: pinça de dissecção, eletrocautério, tesoura, clipador e aspirador, Trocarte 3: 5mm: linha meniclavicular direita, abaixo do rebordo costal: p/: pinça de preensão do infundíbulo da vesícula. Trocarte 4: 5mm: linha imaginária transversa ao umbigo em encontro com linha axilar anterior direita: p/: pinça de preensão do fundo da vesícula. 10) Tração do fundo da vesícula em sentido cefálico levando junto o fig. 11) Tração do infundíbulo em sentido lateral. 12) dissecção de vesícula de lat p/ med, expondo a a. cística, ducto cístico. 13) Colocação de um clipe na junção infundíbulo cística e 2 clipes proximais no ducto cístico,seguido de secção do ducto com tesoura. 14) Clipagem da a. cística com 2 clipes proximais e um distal. 15) Liberação da vesícula biliar do seu leito usando o eletrocautério c/ gancho ou tesoura, dissecando sempre perto da vesículap/ não lesar o fig. 16) Revisão da hemostasia. 17) Liberação da vesícula. 18) lavagem do local c/ soro. 19) Aspiração p/ remoção do mat extravasado. 20) transferência do laparoscópio p/ portal epigástrio. 21) Introdução no portal umbilical de pinça p/ retirada da vesícula, mantendo a vesícula parcialmente exteriorizada p/ retirada dos cálculos c/ pinça de Winter. 22) retirada da vesicula. 23) limpeza c soro + aspiração. 24) eliminação do pneumoperitônio. 25) sutura das feridas por planos. Complicações: da laparoscopia: rel ao pneumoperitonio: enfizema subcutâneo, arritmia, embolização p/ co2, pneumotórax e pneumomediastino, colapso cardiovascular. Introdução da agulha de veres ou trocarte: lesão vascular parietal, visceral, hérnias parietais. Colecistectomia em si: ruptura da vesícula, lesão da via biliar, litiase residual do colédoco, fistula biiar pos operatória, hemorragia, infecção... __________________________________________________________ ILEOSTOMIA E COLOSTOMIA Indicações: Desviar o trânsito fecal, em várias situações, sendo as indicações reunidas em 9 grupos:1)obstrução mecânica ou funcional:finalidade descompressiva. Indicado em três eventualidades:A- mal formações congênitas como atresia anal e doença de Hirschsprung; B-neoplasias do ID, colo e reto; C-processos estenosantes, como diverticulite crônica, doença de crohn, endometriose coloretal, colite isquêmica. 2)proteção de anastomoses distais ou de cirurgia orificial complexa:como as realizadas no reto inferior, as executadas em condições técnicas precárias e as confeccionadas sem preparo ou com preparo inadequado do colo. 3)desvio do trânsito intestinal de segmentos distais comprometidos, principalmente por fístulas. 4)complicações de processos inflamatórios (diverticulite, RU, doença de crohn e colite isquêmica) com perfuração presente ou iminente. 5)incontinência anal: oferece menos desconforto ao paciente. 6)amputação abdominoperineal do reto: a colostomia definitiva é necessária seja no quadrante no quadrante inferior esquerdo do abd ou no períneo. 7)traumatismos intestinais ou orificiais: proteger sutura intestinal, anastomose ou laceração esfincteriana. 8)deiscências e fístulas de anastomoses: desviar o trânsito fecal, propiciando melhores condições para cocatrização. 9)miscelânea. 10)outras: a)ileostomia pós colectomia total na doença inflamatória intestinal, polipose colônica familiar e tumor sincrônico do colo, b)colostomia nos processos infecciosos e supurativos periretais ou perianais graves, no volvo de sigmóide e na hipomotilidade colônica grave. Complicações: PRECOCES:1)necrose: devido a deficiência de perfusão sanguínea, seja por tração excessiva do meso, exteriorização inadequada da arcada vascular ou por óstio abd estreito. 2)sangramento: tto imediato p evitar hematoma, q pode comprometer a viabilidade do intestino exteriorizado. 3)Edema da parte exteriorizada: freqüente, causado pela passagem da alça através de um orifício estreito na parede abd. 4)retração (penetração parcial da alça intest p/ a cavidade abd). Fazer o reposicionamento cirúrgico da alça no caso de retração parcial. 5)Desabamento (penetração total), a retração ou o desabamento podem dar origem a quadros graves de peritonite fecal, sobretudo em cirurgias de urgência, qnd colostomias são feitas sem preparo de colo. 6)Dermatite: conseqüentes a utilização incorreta das bolsas, associada a outras complicações das estomias, q levam ao contato das secreções intestinais c/ a pele. 7)Infecção: pode ocorrer no estomago, como resultado da contaminação bacteriana no momento da passagem da alça pela parede, ou no orifício de exteriorização da alça. TARDIAS: 1)Estenose (fibrose q se instala durante o processo de cura de uma infecção periestomal ou da abertura insuficiente dos planos da parede abd, na realização do procedimento). 2)Prolapso: + freqüente nas colostomias q nas ileostomias, pode ser resultado de uma abertura + extensa na parede abd. 3)Fístulas: decorrentes de infecções e abscessos ou de seu tto. 4)Hérnia paraestomal: saída do conteúdo abd, como alças intestinais e omento, pelo trajeto do estomago. É a complicação tardia mais freqüente e de difícil tto. Pode se originar de problemas técnicos, infecção ou aumento da pressão abd, como na DPOC, obesidade e constipação intestinal. 5)Recidiva: tumores malignos e doenças inflamatórias intestinais podem se recidivar na estomia e o tto consiste na ressecção e confecção de novo estoma. 6) Varizes paraestomais: podem se formar devido a comunicações entre veias do sist cava inf e sist porta, em pacientes portadores de HP. TÉCNICAS: Ileostomia terminal 1)pcte em decúbito dorsal horizontal, anestesia geral.2)anti-sepcia ampla abd e campos.3) laparotomia compatível com procedimento a ser feito (proctocolectomia total) 4)realizar a proctolectomia 5)incisão cutânea circular em local previamente marcado para a ileostomia, no quadrante inferior direito do abd 6)exposição do plano aponeurótico seguida de sua incisão em forma de cruz 7)divulsionar o m. reto do abd 8)abertura do peritôneo parietal criando-se espaço suficiente p a passagem simultânea dos dedos indicador e médio pelo orifício 9)exteriorização de 5cm da boca ileal, pela incisão, evitando-se a rotação do mesentério 10)fechar o espaço livre entre a aponeurose e a alça intestinal exposta caso ele exista 11)síntese da via de acesso p a proctocolectomia p evitar contaminação da cav abd pelo conteúdo abdominal 12)fixação da boca ileal exteriorizada na pele 13)colocar bolsa elástica de ileostomia, ajustando em seu interior a alça exteriorizada. Colostomia terminal 1 e 2. 3)laparotomia adequada ao procedimento de Hartmann 4)realização do procedimento de Hartmann 5)incisão de pele e tela subcutânea transversa de 6cm de extensão no quadrante inferior esquerdo do abd, passando pelo ponto médio de uma linha imaginária q vai do umbigo a espinha ilíaca ântero-superior, ou onde a boca da estomia puder ser + bem exteriorizada, sem tração excessiva do mesocolon. Abertura dos planos restantes da parede 6)introduzir uma pinça atraumática através da abertura cutânea dentro da cav abd seguida da prensão exteriorização do colon q deverá ficar c sua boca fechada por clampe ou sutura temporária 7)síntese da laparotomia 8)fixação da borda do estoma na pele 9)colocar a bolsa plástica de colostomia ajustando em seu interior a estomia. Ileostomia em alça 1 e 2. 3)laparotomia adequada p a ressecção cólica programada 4)ressecção e anastomose colorretal 5)incisão cutânea transversa c 4- 5cm no local escolhido, no quadrante inferior direito do abd 6)tração p meio externo da alça ileal 7)abertura do mesentério junto a borda da alça de dimensão suficiente p a passagem de uma sonda plástica 8)confecção de um anel com a sonda plástica p a sustentação da alça exteriorizada c esta medindo 4-6cm 9)síntese da laparotomia 10)realização na alça exteriorizada de uma enterotomia parcial na borda anti-mesentérica deixando-se a parte proximal da alça c maior extensão q a distal 11)fixação da parte proximal evertida cranialmente na pele e da distal caudalmente p evitar a torção do mesentério 12)colocar a bolsa plástica de ileostomia ajustando em seu interior a alça exteriorizada e a sonda q a suporta Cecostomia 1 e 2. 3)laparotomia na quadrante inferior direito do abd 4)preensão do ceco c pinça de Aliss seguida de sua exteriorização 5)realização de uma sutura em bolsa no ceco 6)abertura em extensão de 0,5-1cm da parede do ceco no centro da bolsa 7)aspiração do conteúdo intestinal 8)introdução de uma sonda tipo Foley pela abertura do ceco seguida da insuflação de seu balonete e amarração da sutura em bolsa em torno da sonda 9)realizar contra abertura mínima apenas suficiente p passagem da sonda 10)exteriorização da sonda pela contra abertura 11)fixaçãoda seromuscular do ceco ao peritoneo parietal 12)fechamenteo da incisão abd 13)fixação da sonda a pele 14)conexão da sonda a um sistema de drenagem externo 15)curativo em torno da sonda. Colostomia em alça 1 e 2. 3) incisão específica com 6cm de extensão no HD guardando distância da reborda costalabertura aponeurótica, divulsão das fibras do m. reto do abd e abertura do peritônio, devendo essa via de acesso permitir a passagem simultânea de 2 dedos 4)liberação do omento maior em uma extensão de 10cm de sua inserção cólica no local onde será feita a alça 5)abertura do mesocolo junto a borda da alça de dimensão suficiente p a passagem de sonda plástica 6)confecção de um anel c a sonda plástica p sustentação da alça exteriorizada 7)secção transversal da parede cólica ou longitudinal ao longo de uma das tênias 8)fixação da boca do colo a pele 9)colocação de bolsa plástica de colostomia ajustando em seu interior a alça exteriorizada e a sonda q a suporta. __________________________________________________________ O TRONCO CELÍACO É a artéria da parte caudal do intestino anterior. É um vaso curto e calibroso que nasce imediatamente abaixco do hiato aórtico do diafragma, entre os pilares, ocasionalmente em tronco comum com a mesentérica superior. Ele fica envolvido pela densa e rija rede dos gânglios e do plexo celíaco. Pelo menos na metade dos casos, após um decurso de 1-3cm, divide-se nas artérias gástrica esquerda, hepática comum e esplênica. Pode, também, emitir as artérias frênicas inferiores e um ramo direto para o pâncreas (a. dorsal do pâncreas). Qualquer um dos seus ramos pode nascer, separadamente, da aorta ou da a. mesentérica superior. Arteria Gástrica esquerda Esta é o menor ramo e, se dirige para cima e para a esquerda na prega gastropancreatica esquerda. Ao alcançar o estomago, volta e corre ao longo da curvatura menor, entre as laminas do omento menor e, termina anastomosando-se com a a. gástrica direita. Ela fornece ramos esofágicos e ramos para ambas as faces do estomago, os quais se anastomosam com os ramos gástricos da esplênica e das gastrepiploicas. Ela pode, também, dar origem a a. hepática esquerda. Artéria esplênica Esta é o ramo maior do tronco celíaco. Possui um trajeto tortuoso ao longo da borda superior do corpo do pâncreas, um curso para o contorno inferior. A a. pancreaticoduodenal posterior superior nasce atrás da primeira porção do duodeno, tende a formar uma espiral ao redor do colédoco e vai integrar a arcada posterior. Ao alcançar o pâncreas, a a. gastroduodenal divede-se em AA. Gastrepiploicas direita e pancreático duodenal superior anterior. A a. gastrepiploica direita dirige-se para a esquerda ao longo da curvatura maior do estomago, entre as laminas do grande omento. Ela da ramo gástricos e ramos epiploicos para o grande omento. A a. pancreaticoduodenal superior anterior vai integrar a arcada anterior. Seu trajeto é tão variável que não há duas artérias esplênicas iguais. Durante seu trajeto ela da mtos ramos pancreáticos e termina com numerosos ramos esplênicos. A a. gastrepiploica esquerda e numerosas artérias gástricas curtas nascem de um dos ramos esplênicos ou da parte terminal da artéria esplênica. A artéria gastrepiploica esquerda dirige-se da direita para a esquerda entre as laminas do omento maior. Dá ramos para o estomago e longos e finos ramos omentais. Não se anastomosa diretamente com a gastrepiploica direita, mas com ela se comunica de modo variável no omento. Alguns dos ramos pancreáticos são muito constantes e recebem nomes especiais. A a. dorsal do pâncreas é, em geral, um ramo da esplênica, mas pode nascer da artéria mesentérica superior, da hepática ou do tronco celíaco. A continuação do ramo esquerdo da artéria dorsal do pâncreas é, às vezes, chamada a. pancreática inferior ou transversa. A artéria pancreática magna, que penetra no corpo da glândula, é geralmente um ramo pancreático superior da artéria esplênico. Ramos para a cauda do pâncreas nascem da artéria esplênica ou de uma de suas divisões, como a a. gastrepiploica esquerda, e são, as vezes, denominadas artérias pancreáticas caudais. Artéria hepática comum Esta artéria corre ao longo da borda superior do corpo do pâncreas, na prega gastropancreatica direita, ate o contorno superior da primeira porção do duodeno, onde, de modo variável, ela se divide em artéria hepática própria, artéria gástrica direita e artéria gastroduodenal. A artéria hepática própria sobe na borda do omento menor para o fígado, onde se divide nos ramos direito e esquerdo. A artéria cística origina-se do ramo direito. A artéria gástrica direita é um pequeno ramo que corre ao longo da curvatura menor do estomago, entre as laminas do omento menor. Ela irriga o duodeno e o estomago e se anastomosa com a gástrica esquerda. A artéria gastroduodenal é um tronco curto e calibroso que desce atrás da primeira porção do duodeno, tendo o colédoco a sua direita. Ela da, mtas vezes, uma artéria supra-duodenal para o contorno superior da primeira porção do duodeno e numerosos pequenos ramos retro-duodenais.