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Aula 07 Direito Tributario Aula 01

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CURSO ON-LINE – DIREITO TRIBUTÁRIO 
PROFESSOR: EDVALDO NILO 
1 
www.pontodosconcursos.com.br 
PROFESSOR EDVALDO NILO 
PACOTE DE EXERCÍCIOS – STJ–QUESTÕES COMENTADAS DO 
CESPE 
Olá, prezado (a) amigo (a) concursando (a)! 
Meu nome é EDVALDO NILO. 
Sou Procurador do Distrito Federal e professor de Direito 
Tributário, Financeiro e Previdenciário em diversos cursos 
preparatórios presenciais. 
Também fui aprovado em diversos concursos e seleções 
públicas, a saber: Procurador do Distrito Federal (ESAF), Procurador 
do Município de Recife (FCC), Ministério Público de Contas do Mato 
Grosso (FMP/RS), Procurador do Município de Belo Horizonte 
(FUNDEP/UFMG),Técnico de Nível Superior do Ministério da Saúde 
(CESPE/UNB); Técnico de Nível Superior do Ministério das 
Comunicações (CESPE/UNB); Técnico de Nível Superior do Ministério 
do Turismo (ESAF); Professor Substituto de Ética Geral e Profissional 
da Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia (UFBA); 
Professor de Direito Tributário do Centro Universitário da Bahia 
(CUB/FIB) eMestrado Acadêmico em Direito Constitucional do 
Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP). 
 
Possuo três pós-graduações e um curso de extensão na área do 
Direito: Especialização em Direito Tributário pelo Instituto Brasileiro 
de Estudos Tributários (IBET); Especialização em Direito Tributário 
pela Universidade Federal da Bahia (UFBA); Especialização em 
Planejamento Tributário pela Faculdade de Tecnologia Empresarial 
(FTE);Curso de Extensão Universitária em Prática Processual 
Tributária pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). 
Atualmente também sou Mestre em Direito Constitucional pelo 
Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP) e, no ano de 2004, fui 
pesquisador da área de Direito Constitucional da Fundação de 
Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia. 
 
Também já consegui vencer três prêmios jurídicos, quais 
sejam:Prêmio Luiz Tarquínio da Fundação Orlando Gomes no ano de 
2002; Prêmio Ministro Carlos Coqueijo Costa da AMATRA (Associação 
de Magistrados Trabalhistas), EMATRA (Escola de Magistrados 
Trabalhistas) e ABAT (Associação Bahiana dos Advogados 
Trabalhistas) no ano de 2003 e Prêmio Luís Eduardo Magalhães da 
Assembléia Legislativa do Estado da Bahia no ano de 2004. 
CURSO ON-LINE – DIREITO TRIBUTÁRIO 
PROFESSOR: EDVALDO NILO 
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Por sua vez, no que diz respeito à apresentação do nosso 
curso, vamos trabalhar com base no programa completo da matéria 
Direito Tributário do concurso para o STJ. 
 
A seguir, a sequência e os tópicos que serão estudados: 
 
Aula 1 – Imunidade Tributária. 
Aula 2 –Sistema Tributário Nacional. Princípios constitucionais 
tributários. 
Aula 3 –Competência tributaria. Obrigação tributária: espécies 
e fato gerador. 
Aula 4 –Tributos e suas espécies. Norma tributaria: 
classificação dos impostos. 
Aula 5 –Sujeito ativo e passivo; solidariedade; 
responsabilidade, substituição tributaria- (14/04). 
Aula 6 –Crédito tributário: constituição e suspensão da 
exigibilidade. 
Aula 7 – Garantias e Privilégios. Crédito tributário: extinção. 
Pagamento e repetição do indébito tributário. Decadência e prescrição 
do credito tributário. Consignação em pagamento. Isenção. 
Aula 8 –Tributos federais, estaduais e municipais (noções 
fundamentais). 
Então, vamos juntos iniciar esta jornada rumo à aprovação. 
 
Boa sorte, bons estudos e que Deus abençoe a todos. 
AULA 1 – IMUNIDADE TRIBUTÁRIA 
1 a 5 (Procurador Federal/CESPE/UNB) Acerca da 
imunidade jurídico-tributária, é correto afirmar que 
(1) ( ) opera na demarcação constitucional das 
competências tributárias. 
(2) ( ) constitui direito público subjetivo de não ser 
tributado. 
(3) ( ) abrange tão somente impostos. 
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(4) ( ) seu gozo não pode depender do atendimento de 
requisitos estabelecidos em norma infraconstitucional. 
(5) ( ) pode ser outorgada tendo em vista pressupostos de 
natureza pessoal e/ou material. 
(1) A imunidade tributária opera na demarcação constitucional 
das competências tributárias, uma vez que inexiste competência 
tributária dos entes federativos (V). 
Logo, correta. 
(2) A imunidade tributária constitui direito público subjetivo de 
não ser tributado, de acordo com o seu aspecto material ou 
substancial (V). Sob o aspecto material ou substancial, 
compreende-se que a imunidade é o direito público subjetivo de não 
ser tributado, segundo o especificado expressamente ou 
implicitamente nas normas constitucionais. A respeito do aspecto 
formal, entende-se que a imunidade é a impossibilidade jurídica da 
tributação, em razão da ausência de competência tributária dos entes 
federativos. 
Logo, correta. 
(3) A imunidade tributária não abrange tão somente 
impostos, podendo abranger outros tributos, como a taxa (art. 5°, 
XXXIV, “a” e “b”, da CF/88) ou a contribuição para financiamento da 
seguridade social (art. 195, §7°, da CF/88). 
Logo, incorreta. 
(4) O gozo da imunidade pode depender do atendimento de 
requisitos estabelecidos em norma infraconstitucional. São as 
imunidades condicionadas aos requisitos das normas 
infraconstitucionais. 
Por exemplo, a imunidade prevista no art. 150, VI, “c”, da 
CF/88, que é a imunidade sobre o patrimônio, renda ou serviços dos 
partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais 
dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência 
social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei. 
Logo, incorreta. 
(5) A imunidade pode ser outorgada tendo em vista 
pressupostos de natureza pessoal e/ou material (V). Conforme 
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classificação doutrinária classifica-se as imunidades em subjetiva ou 
pessoal, objetiva ou real (material) e mista (subjetiva e objetiva). 
Essa classificação considera a forma de previsão da norma 
imunizante. A imunidade subjetiva ou pessoal é aquela que leva 
em consideração o sujeito, isto é, é concedida pela norma 
constitucional em razão da qualidade da pessoa. Por exemplo, a 
imunidade das entidades sindicais dos trabalhadores (art. 150, VI, 
“c”). A imunidade objetiva ou real é concedida em virtude da 
qualidade da coisa, do objeto ou da mercadoria, ou seja, refere-se a 
matéria tributável. Por exemplo, a imunidade dos livros, jornais, 
periódicos e o papel destinado a sua impressão (art. 150, VI, “d”). 
Por sua vez, a imunidade mista (subjetiva e objetiva) envolve 
aspectos pessoais e reais. Como exemplo, a imunidade concernente 
ao ITR no que se refere às “pequenas glebas rurais, definidas em lei, 
quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel”. 
Logo, correta. 
6. (CESPE/Direito/TCE/AC/2009) O princípio da 
imunidade recíproca é decorrência lógica do princípio 
federativo e visa assegurar a autonomia dos entes políticos. 
A imunidade recíproca é ontológica, sendo consequência 
necessária do princípio da isonomia das pessoas políticas e suas 
concretizações lógicas, como o princípio federativo do Estado 
brasileiro, a autonomia dos Municípios e a capacidade contributiva. 
Portanto, é clausula pétrea e garantia fundamental da Federação, 
conforme entendimento do STF (ADI 939). 
Logo, correta. 
7. (CESPE/Juiz Federal/TRF1/2010)A imunidade 
constitucional de livros não se estende à COFINS. 
Conforme o art. 150, VI, “d”, da CF/88, sem prejuízo de 
outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir impostos sobre 
livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão. 
Logo, correta. 
8. (CESPE/Juiz Federal/TRF1/2010) A limitação de 
exigênciatributária sobre o patrimônio, renda ou serviços 
uns dos outros (União, estados, DF e municípios) é passível 
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de modificação constitucional, uma vez que se trata de 
princípio de garantia subjetiva, e a restrição de 
imutabilidade tributária refere-se às garantias objetivas. 
A imunidade recíproca (art. 150, VI, “a”, CF). é exemplo 
clássico de imunidade ontológica. Portanto, é conseqüência 
necessária do princípio da igualdade. A característica básica da 
imunidade ontológica a qualidade de ser clausula pétrea, isto é, 
proposta de emenda constitucional tendente abolir tal imunidade não 
deve ser objeto de deliberação pelo Poder Legislativo. 
Logo, incorreta. 
9. (CESPE/ Procurador/Vitória/2007) A vedação que 
impede o Distrito Federal de cobrar o IPVA sobre os veículos 
da União licenciados em seu território constitui uma isenção 
tributária. 
A imunidade tem sede na CF/88, materializando uma dispensa 
constitucional de pagamento de tributo. Já a isenção decorre de lei 
infraconstitucional. 
Portanto, errada, pois, no caso, trata-se da imunidade tributária 
recíproca. 
Registra-se para conhecimento que há dispositivos 
constitucionais que transmitem o teor de “falsas” isenções, 
representando nítidas “imunidades”, existindo equívoco por parte do 
legislador constitucional. 
Por exemplo, o art. 195, §7°, da CF/88, que dispõe: “São 
isentas de contribuições para a seguridade social às entidades 
beneficentes de assistência social que atendam às exigências 
estabelecidas em lei”. Esta é uma imunidade subjetiva, segundo 
entendimento do STF. 
10. (CESPE/Consultor/ES/2010) A isenção é a espécie 
mais usual de renúncia de receita e define-se como a 
dispensa legal, pelo Estado, do débito tributário devido. 
A isenção é a dispensa legal de pagamento de um tributo 
devido, isto é, a autoridade não pode cobrar o tributo, eis que, 
mesmo acontecendo à incidência tributária (ocorre o fato gerador), 
está impedido de realizar o lançamento tributário. 
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Portanto, a isenção está dentro do campo da incidência e 
decorre do exercício da competência tributária, sendo veiculada em 
norma infraconstitucional e acontece o fato gerador (obrigação 
tributária), porém não há constituição do crédito tributário. 
Logo, correta. 
11. (CESPE/Procurador/PE/2009) A criação de 
imunidade tributária é matéria típica de lei ordinária. 
A imunidade tributária é uma hipótese constitucional de 
intributabilidade ou de não-incidência constitucionalmente qualificada. 
Logo, está errada, pois a imunidade tributária é matéria 
constitucional. 
12. (CESPE/MP/SE/2010) A imunidade recíproca, ou 
seja, entre os entes federados, não está limitada a certos 
tipos de impostos. 
A CF/88 estabelece expressamente que a imunidade recíproca 
apenas incide sobre os impostos incidentes sobre serviço, patrimônio 
ou renda. 
Portanto, de acordo com o sentido literal do texto, a imunidade 
recíproca não alcança os impostos sobre circulação de riquezas e 
produção (IPI e ICMS). 
Nesse rumo, a jurisprudência do Supremo firmou-se no sentido 
de que “a imunidade de que trata o art. 150, VI, a, da CF, somente 
se aplica a imposto incidente sobre serviço, patrimônio ou renda do 
próprio Município” (AI 671.412-AgR, DJE de 25-4-2008; AI 574.042-
AgR, DJE de 29-10-2009; AI 634.050-AgR, DJE de 14-8-2009). 
Logo, errada. 
13. (CESPE/Direito/TCE/AC/2009)A imunidade 
tributária recíproca alcança a União, os estados, os 
municípios e o Distrito Federal e é extensiva às 
A sociedades de economia mista, no que se refere a 
impostos, taxas e contribuições de melhoria. 
B autarquias e às fundações instituídas pelo poder público, 
no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, 
vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas 
decorrentes. 
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C empresas públicas, no que se refere aos impostos tão-
somente, ainda que as empresas beneficiadas atuem no 
mercado em regime de concorrência. 
D organizações não-governamentais que atuem em parceria 
com o poder público, conquanto que não se tenha previsão 
de remuneração de diretores. 
E sociedades de filantropia, reconhecidas por ato do 
presidente da República, exclusivamente no que se refere 
ao imposto incidente sobre a renda. 
De acordo com a interpretação do art. 150, VI, “a” e §2°, da 
CF, a imunidade recíproca, também denominada de imunidade 
intergovernamental, refere-se à proibição da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios de instituir impostos 
sobrepatrimônio, renda ou serviços, uns dos outros, bem como é 
extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas 
pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e 
aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às 
delas decorrentes. 
Logo, a resposta é a letra “b”. 
Nesse rumo, destacam-se duas decisões bem recentes do STF 
que podem está também na sua prova: 
“É irrelevante para definição da aplicabilidade da imunidade 
tributária recíproca a circunstância de a atividade desempenhada 
estar ou não sujeita a monopólio estatal. O alcance da salvaguarda 
constitucional pressupõe o exame (i) da caracterização econômica da 
atividade (lucrativa ou não), (ii) do risco à concorrência e à livre-
iniciativa e (iii) de riscos ao pacto federativo pela pressão política ou 
econômica”. Deste modo, a imunidade tributária recíproca não se 
aplica à Petrobrás (RE 285.716-AgR, DJE de 26-3-2010); 
“É aplicável a imunidade tributária recíproca às autarquias e 
empresas públicas que prestem inequívoco serviço público, desde 
que, entre outros requisitos constitucionais e legais não distribuam 
lucros ou resultados direta ou indiretamente a particulares, ou 
tenham por objetivo principal conceder acréscimo patrimonial ao 
poder público (ausência de capacidade contributiva) e não 
desempenhem atividade econômica, de modo a conferir vantagem 
não extensível às empresas privadas. O Serviço Autônomo de Água e 
Esgoto é imune à tributação por impostos. A cobrança de tarifas, 
isoladamente considerada, não altera a conclusão” (RE 
399.307-AgR, DJE de 30-4-2010). 
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14. (CESPE/Juiz Federal/TRF1/2010)Pode incidir IOF 
sobre aplicações financeiras realizadas por autarquia 
estadual, uma vez que as rendas derivadas são relativas a 
atividades eminentemente privadas. 
Em relação ao IOF, apesar de ser classificado pelo CTN como 
imposto sobre a produção e a circulação, o entendimento do STF é no 
sentido da plena eficácia da imunidade recíproca nas operações 
financeiras realizadas pelos Municípios, Estados ou Distrito Federal 
(RE 196.415-PR). 
O STF também já decidiu mais de uma vez que a imunidade 
recíproca alcança os ganhos resultantes de operações financeiras (AI 
172.890-AgR, ACO 502). 
Logo, errada. 
15. (CESPE/Delegado de Polícia/RN/2009) A 
imunidade tributária recíproca prevista na CF não se 
estende às empresas públicas, ainda que atuem em regime 
de monopólio, pois tal benesse não é extensível ao setor 
privado. 
O STF compreende que a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura 
Aeroportuária (INFRAERO) está abrangida pela imunidade tributária 
recíproca, uma vez que é empresa pública federal que tem por 
atividade-fim prestar serviços de infra-estrutura aeroportuária, 
mediante outorga da União, a quem constitucionalmente deferido, em 
regime de monopólio, tal encargo, de acordo com o art. 21, XII, “c” 
(RE 363.412-AgR). 
Do mesmo modo, em relação a Empresa Brasileira de Correios 
e Telégrafos(ECT), reputando-se plausível a extensão da imunidade 
recíproca à propriedade de veículos automotores destinados à 
prestação de serviços postais (ACO 765-AgR), bem como se estendeu 
a aplicação da imunidade recíproca à Companhia de Águas e Esgotos 
de Rondônia (CAERD), sociedade de economia mista estadual 
prestadora de serviço público (AC 1550-2). 
Logo, errada. 
16.(CESPE/UNB/Juiz Federal/2008) A União, almejando 
facilitar o escoamento da produção nacional de 
biocombustível para o exterior, construiu estrutura portuária 
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em imóvel integrante de seu domínio econômico, situado 
em determinado município brasileiro. Para se viabilizarem as 
atividades do porto, os serviços portuários foram delegados 
à pessoa jurídica de direito privado que se utiliza do acervo 
patrimonial portuário pertencente à União. Nessa situação, o 
referido município não pode cobrar IPTU da empresa 
delegatária, a qual, todavia, é contribuinte de taxa de 
limpeza urbana. 
O STF também entende que a imunidade recíproca abrange 
bens públicos sob uso de concessionárias de serviço público, 
afirmando que imóveis que compõem o acervo patrimonial do Porto 
de Santos, integrantes do domínio da União são imunes a tributação 
do IPTU pela municipalidade, independentemente de encontrarem-se 
tais bens ocupados pela empresa dos serviços portuários (RE 
253.394; RE 597.563-AgR). 
Vejamos a uma decisão nesse sentido, a saber: 
“Imóveis situados no porto, área de domínio público da 
União, e que se encontram sob custódia da companhia, em 
razão de delegação prevista na Lei de Concessões 
Portuárias. Não-incidência do IPTU, por tratar-se de bem e 
serviço de competência atribuída ao poder público. Taxas. 
Imunidade. Inexistência, uma vez que o preceito 
constitucional só faz alusão expressa a imposto, não 
comportando a vedação a cobrança de taxas. Agravo 
regimental a que se nega provimento.” (AI 458.856-AgR, 
Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 5-10-04, DJ de 20-4-
07) 
Logo, correta. 
17.(CESPE/Analista/INSS/2008)A fundação pública 
mantenedora da Universidade de Brasília tem imunidade 
tributária em relação a taxa de limpeza pública instituída 
pelo Distrito Federal. 
A imunidade tributária recíproca não alcança as taxas, mas 
apenas os impostos, conforme o art. 150, VI, “a”, da CF. 
Logo, incorreta. 
18.(CESPE/Delegado/RN/2009) Os cemitérios que 
consubstanciam extensões de entidades de cunho religioso 
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não estão abrangidos pela imunidade tributária prevista na 
CF, uma vez que as normas que tratam de renúncia fiscal 
devem ser interpretadas restritivamente. 
De acordo com o entendimento do STF, o cemitério é extensão 
de entidade de cunho religioso. 
Assim, “os cemitérios que consubstanciam extensões de 
entidades de cunho religioso estão abrangidos pela garantia 
contemplada no artigo 150 da Constituição do Brasil. Impossibilidade 
da incidência de IPTU em relação a eles. A imunidade aos tributos de 
que gozam os templos de qualquer culto é projetada a partir da 
interpretação da totalidade que o texto da Constituição é, sobretudo 
do disposto nos artigos 5º, VI, 19, I e 150, VI, ‘b’. As áreas da 
incidência e da imunidade tributária são antípodas” (RE 578.562, Rel. 
Min. Eros Grau, julgamento em 21-5-08, DJE de 12-9-08). 
Antípodas quer dizer pontos diametralmente opostos de uma 
mesma esfera. Ou seja, a incidência e a imunidade tributária são 
segmentos diametralmente diversos dentro da esfera do direito 
tributário, pois onde há incidência não há imunidade tributária e vise-
versa. 
Logo, incorreta. 
19. (CESPE/Delegado de Polícia/RN/2009)A aquisição 
de mercadorias no mercado interno por pessoa jurídica que 
possui imunidade tributária deve-se sujeitar à tributação 
pelo ICMS, ainda que os bens adquiridos passem a integrar 
o patrimônio da adquirente. 
O texto constitucional estabelece a proibição de se criar 
impostos sobre patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, 
inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos 
trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, 
sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei, bem como dispõe 
que tal vedação compreende somente o patrimônio, a renda e os 
serviços, relacionados com as finalidades essenciais destas entidades, 
segundo o art. 150, VI, “c” e §4°. 
Nesse rumo, o STF, ao contrário da imunidade recíproca, tem 
entendido que a imunidade das entidades de assistência social 
abrange o ICMS incidente sobre a importação de mercadorias 
utilizadas na prestação de serviços específicos (AI 669.257-AgR) e o 
ICMS incidente as aquisições de produtos no mercado interno, desde 
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que os bens adquiridos integrem o patrimônio dessas entidades 
beneficentes (AI 535.922-AgR). 
Tal entendimento é fundamentado na premissa de que não há 
que “invocar, para o fim de ser restringida a aplicação da imunidade, 
critérios de classificação dos impostos adotados por normas 
infraconstitucionais, mesmo porque não é adequado distinguir entre 
bens e patrimônio, dado que este se constitui do conjunto daqueles. 
O que cumpre perquirir, portanto, é se o bem adquirido, no mercado 
interno ou externo, integra o patrimônio da entidade abrangida pela 
imunidade” (RE 203.755; RE 540.725-AgR). 
Logo, errada. 
20. (CESPE/Auditor/Ipojuca/2009) O ICMS incide sobre 
os livros e o papel destinado a sua impressão. 
Segundo a súmula 657 do STF, a imunidade cultural abrange 
os filmes e papéis fotográficos necessários à publicação de jornais e 
periódicos. 
Logo, errada. 
21. (CESPE/Juiz Federal/TRF1/2010) A imunidade 
tributária sobre livros, jornais e periódicos abrange a 
aquisição de máquinas e aparelhos destinados à sua 
impressão. 
A imunidade tributária sobre livros, jornais e periódicos 
(imunidade cultural) é uma imunidade objetiva. 
Assim sendo, o STF entende como imunes os filmes destinados 
à produção de capas de livros, denominados de “filme Bopp” (AI 
597.746-AgR); o chamado papel fotográfico — filmes não 
impressionados (RE 203.859); o papel, papel fotográfico e papel para 
artes gráficas consumidos no processo produtivo do jornal (RE 
276.842-ED); os materiais relacionados somente com papel, tais 
como papel fotográfico, papel telefoto, filmes fotográficos, 
sensibilizados, não impressionados, para imagens monocromáticas, 
papel fotográfico para fotocomposição por laser (RE 178.863). 
Nesse sentido, o STF já afirmou que “apenas os materiais 
relacionados com o papel - assim, papel fotográfico, inclusive para 
fotocomposição por laser, filmes fotográficos, sensibilizados, não 
impressionados, para imagens monocromáticas e papel para telefoto 
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- estão abrangidos pela imunidade tributária” (RE nº 229.703/SP, AI 
nº 307.932/SP-AgR, RE nº 324.600/SP-AgR). 
Contudo, o STF assenta a impossibilidade de a imunidade 
cultural ser estendida a outros insumos não compreendidos no 
significado do enunciado papel destinado à sua impressão (RE 
324.600-AgR). 
Logo, errada. 
22. (CESPE/Procurador/PB/2008) A imunidade 
referente a impostos sobre livros, jornais e periódicos de 
papel não alcança publicações veiculadas em meios digitais, 
tais como DVD, CD e fitas de vídeo. 
O STF tem compreendido que a imunidade tributária cultural só 
vale para livros impressos e não para livros eletrônicos (CD-ROM), 
conforme RE nº 416.579/RJ, RE nº 282.387/RJ e AI nº 530.958/GO. 
Logo, correta. 
23. (CESPE/Direito/TCE/AC/2009)As normas relativas à 
imunidadetributária devem ser interpretadas 
restritivamente, razão pela qual os álbuns de figurinhas e os 
respectivos cromos adesivos não estão alcançados pela 
imunidade prevista na CF para os livros, jornais, periódicos 
e o papel destinado à sua impressão. 
O STF compreende que o poder constituinte originário não fez 
qualquer ressalva quanto ao valor artístico ou didático, à 
relevância das informações divulgadas ou à qualidade cultural de uma 
publicação. Decerto, não cabe ao aplicador da norma constitucional 
afastar a imunidade cultural instituída para proteger direito tão 
importante ao exercício da democracia, por força de um juízo 
subjetivo acerca da qualidade cultural ou do valor pedagógico de uma 
publicação (RE 221.239). 
Neste sentido, a imunidade alcança o álbum de figurinhas; 
listas telefônicas (RE 114.790); as chamadas apostilas para estudo, 
considerando-as manuais técnicos didáticos (RE 183.403). 
Logo, errada. 
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24. (CESPE/Promotor/SE/2010) As editoras que têm 
como única atividade a produção de livros e jornais estão 
imunes ao imposto incidente sobre a renda. 
A imunidade cultural é objetiva, pois se relaciona aos livros, 
jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão, portanto não 
se estende às editoras, autores, empresas jornalísticas ou de 
publicidade, que permanecem sujeitas à tributação pelas 
receitas e pelos lucros auferidos (RE 206.774). 
Com efeito, não são alcançados pela imunidade cultural os 
impostos incidentes sobre os rendimentos das atividades da livraria, 
da banca de jornal ou dos empresários deste ramo. 
Logo, errada. 
25.(CESPE/Analista/INSS/2008)A imunidade tributária 
concedida a jornais não alcança a tinta utilizada para a 
impressão. 
26.(CESPE/TCE/GO/2007/adaptada)A CF veda a 
instituição de impostos sobre jornais, mas a imunidade não 
abrange tinta especial utilizada para a confecção dos 
mesmos. 
Segundo o STF, não tem imunidade a tinta utilizada para a 
impressãodos livros, jornais e periódicos ou os serviços de 
composição gráfica necessários à confecção dos livros, jornais e 
periódicos (RE 230.782). 
Logo, são verdadeiras, de acordo com a jurisprudência 
dominante no STF. 
27. (Juiz Federal/TRF3°/2011) Considere que, em 
determinada autarquia estadual cuja finalidade essencial 
seja a prestação de serviços à população mediante 
pagamento de tarifas pelos beneficiários, a prestação dos 
serviços não configure exploração de atividade econômica 
regida pelas normas aplicáveis a empreendimentos 
privados. Nesse caso, a autarquia 
A deve pagar as contribuições sociais de natureza 
previdenciária sobre a folha de salários de empregados 
regidos pela CLT. 
B é imune ao pagamento da contribuição social sobre o 
lucro líquido. 
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C é imune ao pagamento do imposto predial e territorial 
urbano. 
D deve pagar o imposto sobre a transmissão onerosa de 
bens imóveis caso venda algum imóvel. 
E fica imune ao pagamento de imposto sobre a transmissão 
onerosa de bens imóveis caso compre algum imóvel. 
Letra (A). Não há que se falar em imunidade tributária 
recíproca para impostos no caso e nem imunidade tributária para 
contribuições da seguridade social (contribuição previdenciária). 
Portanto, a autarquia deve pagar as contribuições sociais de natureza 
previdenciária sobre a folha de salários de empregados regidos pela 
CLT (art. 195, I, “a”, CF/88). Logo, correta. 
Letra (B). Não há que se falar em imunidade tributária para 
contribuições da seguridade social (CSLL). Logo, incorreta. 
Letra (C). A imunidade tributária recíproca para impostos, em 
regra, não se aplica nas hipóteses em que haja contraprestação ou 
pagamento de preços ou tarifas pelo usuário (art. 150, §3°, da CF). 
Logo, incorreta. 
Letra (D). A imunidade tributária recíproca para impostos, em 
regra, não se aplica nas hipóteses em que haja contraprestação ou 
pagamento de preços ou tarifas pelo usuário (art. 150, §3°, da CF). 
Logo, incorreta. 
Letra (E). A imunidade tributária recíproca para impostos, em 
regra, não se aplica nas hipóteses em que haja contraprestação ou 
pagamento de preços ou tarifas pelo usuário (art. 150, §3°, da CF). 
Logo, incorreta. 
28. (CESPE/Advogado-BRB/2010) A imunidade 
tributária recíproca é extensiva ao patrimônio, à renda e aos 
serviços de autarquias, fundações e empresas públicas 
vinculadas à entidade estatal respectiva. 
A imunidade tributária recíproca é extensiva às autarquias e às 
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que tange ao 
patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades 
essenciais ou às delas decorrentes, segundo §2°, do art. 150, da CF. 
Por outro lado, as empresas públicas relacionados com 
exploração de atividades econômicas e regidas exclusivamente pelas 
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normas aplicáveis a empreendimentos privados não são abrangidas 
pela imunidade tributária recíproca. 
Portanto, errado. 
29. (CESPE/Promotor de Justiça de Rondônia/2010) A 
imunidade tributária conferida aos entes da Federação diz 
respeito aos impostos, não alcançando as contribuições. 
A imunidade tributária recíproca prevista no art. 150, VI, “a”, 
da CF, abrange apenas os impostos. 
Logo, correta. 
30. (CESPE/Promotor de Justiça de Rondônia/2010) A 
atividade de edição de listas telefônicas não está amparada 
pelo benefício constitucional da imunidade tributária. 
A atividade de edição de listas telefônicas está amparada pelo 
benefício constitucional da imunidade tributária cultural, prevista no 
art. 150, VI, “d”, da CF, conforme reiteradas decisões do STF. Este 
Tribunal Superior entende que o “fato de as edições das listas 
telefônicas veicularem anúncios e publicidade não afasta o benefício 
constitucional da imunidade. A inserção visa a permitir a divulgação 
das informações necessárias ao serviço público a custo zero para os 
assinantes, consubstanciando acessório que segue a sorte do 
principal” (RE 101.441/RS, RTJ 126, AI 663.747-AgR, DJE de 
30/04/2010, RE 199.183, DJ 12/06/1998, RE 114.790, DJ 
03/10/1997). 
Logo, incorreta. 
SÍNTESE FUNDAMENTAL DA AULA 
SÍNTESE FUNDAMENTAL
• A imunidade tributária pode ser conceituada como uma hipótese 
constitucional de intributabilidade ou de não-incidência 
constitucionalmente qualificada. 
• A imunidade tributária não exclui a atribuição, por lei, às 
entidades nele referidas, da condição de responsáveis pelos 
tributos que lhes caiba reter na fonte, e não as dispensa da 
prática de atos, previstos em lei, assecuratórios do cumprimento 
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de obrigações tributárias por terceiros. 
• A imunidade tributária recíproca se refere à proibição da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios de instituir 
impostos sobre patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros, 
bem como é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e 
mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à 
renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou 
às delas decorrentes. 
• A imunidade recíproca não é aplicada ao patrimônio, à renda e 
aos serviços, relacionados com exploração de atividades 
econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos 
privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de 
preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente 
comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem 
imóvel. 
• Em princípio, a imunidade tributária recíproca não alcançaria as 
empresas públicas e sociedadesde economia mista, salvo quando 
exerçam atividades tipicamente estatais. Assim, o STF afirma que 
a imunidade recíproca alcança a empresa pública prestadora de 
serviço público e a sociedade de economia mista prestadora de 
serviço público, pois estas não se confundem com empresas 
públicas que exercem atividade econômica em sentido estrito. 
• A imunidade dos templos de qualquer culto alcança os impostos 
sobre o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as 
finalidades essenciais das entidades religiosas. Assim, o STF 
também entende que os cemitérios que consubstanciam 
extensões de entidades de cunho religioso estão abrangidos pela 
imunidade religiosa, como a impossibilidade da incidência de IPTU 
em relação a eles. 
• O texto constitucional estabelece a proibição de se criar impostos 
sobre patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, 
inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos 
trabalhadores, das instituições de educação e de assistência 
social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei, bem 
como dispõe que tal vedação compreende somente o patrimônio, 
a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais 
destas entidades. 
• Neste contexto, salienta-se que o enunciado “sem fins lucrativos” 
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diz respeito às instituições de educação e de assistência social, 
estabelecendo o STF que a CF/88 remete à lei ordinária a fixação 
de normas sobre a constituição e o funcionamento da entidade 
educacional ou assistencial imune, mas não os lindes da 
imunidade, que, quando susceptíveis de disciplina 
infraconstitucional, ficou reservado à lei complementar, conforme 
o art. 146, II, do texto magno. 
• Portanto, para ser considerada entidade “sem fins lucrativos” se 
deve atender ao art. 14 do CTN, que estabelece os requisitos de: 
(i) não distribuir qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas 
rendas, a qualquer título; (ii) aplicar integralmente, no País, os 
seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais; 
(iii) manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros 
revestidos de formalidades capazes de assegurar a sua exatidão. 
• A respeito da abrangência desta última imunidade, destaca-se 
desde já que ainda quando alugado a terceiros, permanece imune 
ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas 
pelo art. 150, VI, c, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado 
nas atividades essenciais de tais entidades (Súmula 724 do STF), 
bem como que a imunidade tributária conferida a instituições de 
assistência social sem fins lucrativos pelo art. 150, VI, c, apenas 
alcança as entidades fechadas de previdência social privada se 
não houver contribuição dos beneficiários (Súmula 730 do STF). 
• A imunidade dos livros, jornais, periódicos e do papel destinado a 
sua impressão, também chamada de imunidade cultural, está 
prevista no art. 150, VI, “d”, visando concretizar inúmeras 
normas jurídicas constitucionais, tais como a livre manifestação 
de pensamento (art. 5°, IV), da atividade artística, intelectual, 
científica e da comunicação (art. 5°, IX) e o acesso à informação
(art. 5°, XIV). Segundo a súmula 657 do STF, a imunidade 
cultural abrange os filmes e papéis fotográficos necessários à 
publicação de jornais e periódicos. 
• Nessa senda, o STF entende como imunes os filmes destinados à 
produção de capas de livros, denominados de “filme Bopp”; o 
chamado papel fotográfico — filmes não impressionados; o papel, 
papel fotográfico e papel para artes gráficas consumidos no 
processo produtivo do jornal; os materiais relacionados somente 
com papel, tais como papel fotográfico, papel telefoto, filmes 
fotográficos, sensibilizados, não impressionados, para imagens 
monocromáticas, papel fotográfico para fotocomposição por laser. 
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• Com efeito, o STF assenta a impossibilidade de a imunidade 
cultural ser estendida a outros insumos não compreendidos no 
significado do enunciado papel destinado à sua impressão. 
Destarte, não tem imunidade a tinta utilizada para a impressão 
dos livros, jornais e periódicos ou os serviços de composição 
gráfica necessários à confecção dos livros, jornais e periódicos. 
• Por sua vez, o STF compreende que o poder constituinte originário 
não fez qualquer ressalva quanto ao valor artístico ou didático, à 
relevância das informações divulgadas ou à qualidade cultural de 
uma publicação, assim, não cabe ao aplicador da norma 
constitucional afastar a imunidade cultural instituída para proteger 
direito tão importante ao exercício da democracia, por força de 
um juízo subjetivo acerca da qualidade cultural ou do valor 
pedagógico de uma publicação. Neste sentido, a imunidade 
alcança o álbum de figurinhas; listas telefônicas; as chamadas 
apostilas para estudo, considerando-os manuais técnicos 
didáticos. Entretanto, o produto tem que ser algo considerado 
livro, jornal ou periódico, o que não inclui, por exemplo, cadernos 
e blocos de papel para anotações, livros contábeis, calendários, 
agendas de anotações e os encartes exclusivos de propaganda 
distribuídos com jornais e periódicos. 
• Existem imunidades específicas ou tópicas previstas 
explicitamente na CF/88, tais como as das contribuições sociais e 
de intervenção no domínio econômico que não incidirão sobre as 
receitas decorrentes de exportação e das taxas concernentes a 
obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de 
direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal. 
LISTA COM EXERCÍCIOS DA FCC COMENTADOS EM SALA DE 
AULA
QUESTÕES TRATADAS EM AULA
1 a 5. (Procurador Federal/CESPE/UNB) Acerca da imunidade 
jurídico-tributária, é correto afirmar que 
(1) ( ) opera na demarcação constitucional das competências 
tributárias. 
(2) ( ) constitui direito público subjetivo de não ser tributado. 
(3) ( ) abrange tão somente impostos. 
(4) ( ) seu gozo não pode depender do atendimento de requisitos 
estabelecidos em norma infraconstitucional. 
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(5) ( ) pode ser outorgada tendo em vista pressupostos de natureza 
pessoal e/ou material. 
6. (CESPE/Direito/TCE/AC/2009) O princípio da imunidade 
recíproca é decorrência lógica do princípio federativo e visa assegurar 
a autonomia dos entes políticos. 
7. (CESPE/Juiz Federal/TRF1/2010)A imunidade constitucional 
de livros não se estende à COFINS. 
8. (CESPE/Juiz Federal/TRF1/2010) A limitação de exigência 
tributária sobre o patrimônio, renda ou serviços uns dos outros 
(União, estados, DF e municípios) é passível de modificação 
constitucional, uma vez que se trata de princípio de garantia 
subjetiva, e a restrição de imutabilidade tributária refere-se às 
garantias objetivas. 
9. (CESPE/ Procurador/ Vitória/2007) A vedação que impede o 
Distrito Federal de cobrar o IPVA sobre os veículos da União 
licenciados em seu território constitui uma isenção tributária. 
10. (CESPE/Consultor/ES/2010) A isenção é a espécie mais usual 
de renúncia de receita e define-se como a dispensa legal, pelo 
Estado, do débito tributário devido. 
11. (CESPE/Procurador/PE/2009) A criação de imunidade 
tributária é matéria típica de lei ordinária. 
12. (CESPE/MP/SE/2010) A imunidade recíproca, ou seja, entre 
os entes federados, não está limitada a certos tipos de impostos. 
13. (CESPE/Direito/TCE/AC/2009)A imunidade tributária 
recíproca alcança a União, os estados, os municípios e o Distrito 
Federal e é extensiva às 
A sociedades de economia mista, no que se refere a impostos, taxas 
e contribuições de melhoria. 
B autarquias e às fundações instituídas pelo poder público, no quese 
refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas 
finalidades essenciais ou às delas decorrentes. 
C empresas públicas, no que se refere aos impostos tão-somente, 
ainda que as empresas beneficiadas atuem no mercado em regime de 
concorrência. 
D organizações não-governamentais que atuem em parceria com o 
poder público, conquanto que não se tenha previsão de remuneração 
de diretores. 
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E sociedades de filantropia, reconhecidas por ato do presidente da 
República, exclusivamente no que se refere ao imposto incidente 
sobre a renda. 
14. (CESPE/Juiz Federal/TRF1/2010)Pode incidir IOF sobre 
aplicações financeiras realizadas por autarquia estadual, uma vez que 
as rendas derivadas são relativas a atividades eminentemente 
privadas. 
15. (CESPE/Delegado de Polícia/RN/2009) A imunidade 
tributária recíproca prevista na CF não se estende às empresas 
públicas, ainda que atuem em regime de monopólio, pois tal benesse 
não é extensível ao setor privado. 
16.(CESPE/UNB/Juiz Federal/2008) A União, almejando facilitar 
o escoamento da produção nacional de biocombustível para o 
exterior, construiu estrutura portuária em imóvel integrante de seu 
domínio econômico, situado em determinado município brasileiro. 
Para se viabilizarem as atividades do porto, os serviços portuários 
foram delegados à pessoa jurídica de direito privado que se utiliza do 
acervo patrimonial portuário pertencente à União. Nessa situação, o 
referido município não pode cobrar IPTU da empresa delegatária, a 
qual, todavia, é contribuinte de taxa de limpeza urbana. 
17.(CESPE/Analista/INSS/2008)A fundação pública mantenedora 
da Universidade de Brasília tem imunidade tributária em relação a 
taxa de limpeza pública instituída pelo Distrito Federal. 
18.(CESPE/Delegado/RN/2009) Os cemitérios que 
consubstanciam extensões de entidades de cunho religioso não estão 
abrangidos pela imunidade tributária prevista na CF, uma vez que as 
normas que tratam de renúncia fiscal devem ser interpretadas 
restritivamente. 
19. (CESPE/Delegado de Polícia/RN/2009)A aquisição de 
mercadorias no mercado interno por pessoa jurídica que possui 
imunidade tributária deve-se sujeitar à tributação pelo ICMS, ainda 
que os bens adquiridos passem a integrar o patrimônio da 
adquirente. 
20. (CESPE/Auditor/Ipojuca/2009) O ICMS incide sobre os livros 
e o papel destinado a sua impressão. 
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21. (CESPE/Juiz Federal/TRF1/2010) A imunidade tributária 
sobre livros, jornais e periódicos abrange a aquisição de máquinas e 
aparelhos destinados à sua impressão. 
22. (CESPE/Procurador/PB/2008) A imunidade referente a 
impostos sobre livros, jornais e periódicos de papel não alcança 
publicações veiculadas em meios digitais, tais como DVD, CD e fitas 
de vídeo. 
23. (CESPE/Direito/TCE/AC/2009)As normas relativas à 
imunidade tributária devem ser interpretadas restritivamente, razão 
pela qual os álbuns de figurinhas e os respectivos cromos adesivos 
não estão alcançados pela imunidade prevista na CF para os livros, 
jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão. 
24. (CESPE/Promotor/SE/2010) As editoras que têm como única 
atividade a produção de livros e jornais estão imunes ao imposto 
incidente sobre a renda. 
25.(CESPE/Analista/INSS/2008)A imunidade tributária concedida 
a jornais não alcança a tinta utilizada para a impressão. 
26.(CESPE/TCE/GO/2007/adaptada)A CF veda a instituição de 
impostos sobre jornais, mas a imunidade não abrange tinta especial 
utilizada para a confecção dos mesmos. 
27. (Juiz Federal/TRF3°/2011) Considere que, em determinada 
autarquia estadual cuja finalidade essencial seja a prestação de 
serviços à população mediante pagamento de tarifas pelos 
beneficiários, a prestação dos serviços não configure exploração de 
atividade econômica regida pelas normas aplicáveis a 
empreendimentos privados. Nesse caso, a autarquia 
A deve pagar as contribuições sociais de natureza previdenciária 
sobre a folha de salários de empregados regidos pela CLT. 
B é imune ao pagamento da contribuição social sobre o lucro líquido. 
C é imune ao pagamento do imposto predial e territorial urbano. 
D deve pagar o imposto sobre a transmissão onerosa de bens imóveis 
caso venda algum imóvel. 
E fica imune ao pagamento de imposto sobre a transmissão onerosa 
de bens imóveis caso compre algum imóvel. 
28. (CESPE/Advogado-BRB/2010) A imunidade tributária 
recíproca é extensiva ao patrimônio, à renda e aos serviços de 
autarquias, fundações e empresas públicas vinculadas à entidade 
estatal respectiva. 
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29. (CESPE/Promotor de Justiça de Rondônia/2010) A 
imunidade tributária conferida aos entes da Federação diz respeito 
aos impostos, não alcançando as contribuições. 
30. (CESPE/Promotor de Justiça de Rondônia/2010) A 
atividade de edição de listas telefônicas não está amparada pelo 
benefício constitucional da imunidade tributária. 
6. GABARITO PURO
1. C 2. C3. E4. E5. C 6. C7. C8. E9. E10. C11. E 
12. E13. B14. E15. E16. C 17. E 18. E 19. E20. E 
21. E 22. C23. E24. E25. C26. C 27. A 28. E29. C30. E

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