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Aula 01 Legislacao Especial Aula 01

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CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ 
PROFESSOR: MARCOS GIRÃO 
www.pontodosconcursos.com.br 
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AULA – 01 
Olá caro aluno e futuro Analista Judiciário (AJAJ) do STJ, 
Primeiramente gostaria de agradecer-lhe pelo privilégio de tê-lo como 
meu aluno nessa preparação para o importantíssimo concurso STJ!! 
Sou Marcos Girão, servidor público federal, Técnico do Banco Central do 
Brasil. Atualmente exerço minhas funções de Técnico no Departamento de 
Segurança do Banco em Brasília. Exerço atividades de gestão da segurança 
patrimonial, em especial, coordenando um Grupo de Trabalho que estuda, 
pesquisa e implementa ações e atividades voltadas à Gestão de Riscos 
Operacionais e Continuidade de Negócios. Fui também colaborador em outro 
importante Grupo de Trabalho que desenvolveu a Política de Segurança do 
Banco Central e o Plano Diretor de Segurança do Banco para o biênio 2012-
2014. 
Sou graduado em Gestão Pública, pela FATEC – Curitiba, e Pós-
graduando em Segurança Pública pela Faculdade Darcy Ribeiro. 
Iniciaremos, a partir de hoje, uma grande e boa jornada de exercícios 
referente à LEGISLAÇÃO ESPECIAL (ou extravagante, como queira chamar) 
presente na parte de CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS do seu concurso. Você 
terá contato com um grande, senão o maior, banco de dados de questões mais 
recentes das principais bancas de concursos do país sobre os assuntos a serem 
por nós estudados. 
E como não poderia deixar de ser: VOCÊ TERÁ CONTATO A QUASE 
TOTALIDADE DE QUESTÕES CESPE sobre os temas. Como você já está 
cansado de saber, o CESPE aplicará a sua famosa metodologia de questões 
CERTO/ERRADO. Como o histórico de questões dessa banca não é tão grande 
assim se comparado a outros assuntos de seu edital, faremos, durante a nossa 
jornada, um mix de questões de outras bancas adaptadas para essa 
metodologia. 
Mas aí você me pergunta: professor, não sairia do foco usar questões de 
outras organizadoras? 
Claro que não!! Ter contato com essas questões lhe auxiliará em muito 
no seu aprendizado, pois serão ferramentas importantes que lhe ajudarão na 
consolidação do conhecimento. 
Bom, vamos então a metodologia que usarei nesse curso!! 
No início de cada aula, você será apresentado a uma lista de questões, 
em forma de simulado. Essas questões virão, nesse primeiro momento, sem 
nenhum comentário e apenas com seu gabarito ao final. Pra que isso? Vou 
pedir a você que tente resolvê-las antes de ver seus respectivos comentários, 
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como se estivesse em situação real de prova. Gaste um tempo de seu estudo 
tentando respondê-las sem se preocupar com nível e quantidade de acertos 
nesse primeiro momento. 
Depois de tentar a resolução das questões, cheque o gabarito e em 
seguida aperfeiçoe seus conhecimentos estudando com os nossos comentários 
os quais estarão dispostos em forma de boas revisões. Se, no momento 
preliminar você tiver obtido um bom nível de acertos, a revisão lhe servirá de 
consolidação ainda maior do aprendizado. Se, do contrário, tiver tido alguma 
dificuldade, fique tranqüilo, pois ao final dos comentários-revisão seus 
conhecimentos estarão em outro patamar e você estará no ponto para acertar 
qualquer questão de sua prova!! 
A agenda de nosso curso será a seguinte: 
AULA 01 
- Crimes previstos na Lei no 11.343/2006 - Continuação 
- Procedimentos previstos na Lei nº 11.343/2006. 
AULA 02 
- Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei no 8.069/1990) – Introdução 
AULA 03 
- Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei no 8.069/1990) – Atos infracionais, 
infrações administrativas e crimes tipificados 
AULA 04 
- Crimes de tortura (Lei no 9.455/1997). 
- Crimes hediondos (Lei no 8.072/1990). 
- Crimes de abuso de autoridade (Lei no 4.898/1965). 
AULA 05 
- Crimes contra a ordem tributária (Lei no 8.137/1990). 
- Crimes contra as finanças públicas (Lei no 10.028/2000). 
AULA 06 
- Crimes contra o meio ambiente (Lei no 9.605/1998 e alterações). 
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Todos os comentários das questões serão extraídos do nosso curso 
completo TEÓRICO de LEGISLAÇÃO ESPECIAL, também disponível no Ponto. 
Caso você ainda não o tenha e considere que precise também do curso 
completo, acesse o link abaixo e adquira-o já!! 
http://cursos.pontodosconcursos.com.br/cursos/produtos_descricao.asp?desc=
n&lang=pt_BR&codigo_produto=2706 
Bom, vamos então ao que interessa. Como havia dito, a seguir as 
questões de nossa aula dispostas por assunto e com o gabarito ao seu final. 
Tente resolvê-las com o conhecimento que você já adquiriu em seus estudos!! 
I – ESTUDO DA LEI 11.343/06 – LEI DE DROGAS 
01. [CEV/UECE – AGENTE PENITENCIÁRIO – SEJUS/CE – 2011] A Lei 
11.343/06, prescrevendo medidas para prevenção do uso indevido de drogas, 
instituiu o SISNAD. 
02. [CESPE – DELEGADO DE POLICIA SUBST. – POLICIA CIVIL/ES – 
2011] A conduta de porte de drogas para consumo pessoal possui a natureza 
de infração sui generis, porquanto o fato deixou de ser rotulado como crime 
tanto do ponto de vista formal quanto material. 
03. [CEV/UECE – AGENTE PENITENCIÁRIO – SEJUS/CE – 2011] A 
conduta de quem traz consigo, para uso próprio, substância tida como 
entorpecente é fato tipificado como crime. 
04. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA CIVIL/ES – 2009] Em 
decorrência da nova política criminal adotada pela legislação de tóxicos, a 
conduta do usuário foi descriminalizada, porquanto, segundo o que institui a 
parte geral do Código Penal, não se considera crime a conduta à qual a lei não 
comina pena de reclusão ou detenção. 
05. [CESPE – AGENTE DE POLICIA SUBST.– POLICIA CIVIL/RN – 2008] 
A Lei 11.343/06 extinguiu o crime de posse de pequena quantidade de drogas 
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para consumo pessoal, recomendando apenas o encaminhamento do usuário 
para programas de tratamento de saúde. 
06. [CESPE – ANAL. JUDICIARIO AREA JUDICIARIA – STJ – 2008] 
Quem tiver em depósito, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou 
em desacordo com determinação legal ou regulamentar poderá ser submetido 
a prestação de serviços à comunidade, a qual, em prol da dignidade da pessoa 
humana, a fim de não causar situação vexatória ao autor do fato, não poderá 
ser cumprida em entidades que se destinem à recuperação de usuários e 
dependentes de drogas. 
07. [CESPE – ANAL. JUDICIARIO AREA JUDICIARIA – STF – 2008] A 
legislação descriminalizou a conduta de quem adquire, guarda, tem em 
depósito, transporta ou traz consigo, para consumo pessoal, drogas sem 
autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar. 
Atualmente, o usuário de drogas será isento da aplicação de pena e submetido 
a tratamento para recuperação e reinserção social. 
08. [FUNCAB – AGENTE PENITENCIÁRIO – SEJUS/RO – 2010] 
Considerando que um usuário com 20 anos seja flagrado trazendo consigo, 
para uso próprio, pequena quantidade de droga, segundo o Art. 28 da referida 
Lei, este poderá ser submetido à pena de prisão simples, de seis meses a um, 
dois anos. 
09. [FGV – ADVOGADO – SENADO FEDERAL – 2008] Quem adquirir, 
guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo 
pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar só poderá ser submetido às seguintes penas: advertência sobre 
os efeitos das drogas, prestação de serviços à comunidade ou medida 
educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. 
10. [CESPE – DELEGADO DE POLICIA – POLICIA CIVIL/PB – 2008] No 
caso de porte de substância entorpecentepara uso próprio, não se impõe 
prisão em flagrante, devendo o autor de fato ser imediatamente encaminhado 
ao juízo competente ou, na falta deste, assumir o compromisso de a ele 
comparecer. 
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11. [CESPE – ANAL. JUDICIARIO AREA JUDICIARIA – STF – 2008] É 
atípica a conduta do agente que semeia plantas que constituam matéria-prima 
para a preparação de drogas, ainda que sem autorização ou em desacordo 
com determinação legal ou regulamentar. 
12. [FGV – ADVOGADO – SENADO FEDERAL – 2008] As glebas cultivadas 
com plantações ilícitas serão expropriadas, conforme o disposto no art. 243 da 
Constituição Federal, de acordo com a legislação em vigor. 
13. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA CIVIL/TO – 2008]
Considere que determinado cidadão guardasse, em sua residência, cerca de 21 
kg de cocaína, em depósito, para fins de mercancia e que, durante uma busca 
realizada por ordem judicial em sua casa, a droga tenha sido encontrada e os 
fatos tenham sido imediatamente apresentados à autoridade policial 
competente. Nessa situação, esse cidadão não pode ser preso em flagrante, 
pois, no momento da abordagem, ele não praticava nenhum ato típico da 
traficância. 
14. [CESPE – DELEGADO DE POLICIA SUBST. – POLICIA CIVIL/ES – 
2011] Considere a seguinte situação hipotética. Cláudio, penalmente 
responsável, foi flagrado fazendo uso de um cigarro artesanal de maconha, 
sendo que em seu poder ainda foi encontrada quantidade significativa da 
mesma droga, acondicionada em pequenas trouxinhas, com preços distintos 
afixados em cada uma delas, bem como constatou-se que Cláudio, mesmo 
desempregado, trazia consigo anotações e valores que o ligavam, 
indubitavelmente, ao tráfico de drogas. 
Nessa situação hipotética, Cláudio responderá pelo crime de tráfico de 
entorpecentes e, mesmo que remanescente o crime de uso indevido de drogas, 
estarão excluídos os benefícios da lei atinente aos juizados especiais. 
15. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA CIVIL/ES – 2009] Se um 
indivíduo, imputável, ao regressar de uma viagem realizada a trabalho na 
Argentina, for flagrado na fiscalização alfandegária trazendo consigo 259 
frascos da substância denominada lança-perfume e, indagado a respeito do 
material, alegar que desconhece as propriedades toxicológicas da substância e 
sua proibição no Brasil em face do uso frequente nos bailes carnavalescos, 
onde pretende comercializar o produto, nessa situação, a alegação de 
desconhecimento das propriedades da substância e ignorância da lei será 
inescusável, não se configurando erro de proibição. 
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16. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA CIVIL/ES – 2009] O 
agente que infringe o tipo penal da lei de drogas na modalidade de importar 
substância entorpecente será também responsabilizado pelo crime de 
contrabando, visto que a droga, de qualquer natureza, é também considerada 
produto de importação proibida. 
17. [CESPE - POLICIA RODOVIARIA FEDERAL – 2008 – ADAP.] A 
legislação em vigor acerca do tráfico ilícito de entorpecente possibilita ao 
condenado por tráfico ilícito de entorpecente, desde que seja réu primário, com 
bons antecedentes e que não se dedique às atividades criminosas nem integre 
organização criminosa, a redução de um sexto a dois terços de sua pena, bem 
como a conversão desta em penas restritivas de direitos, desde que cumpridos 
os mesmos requisitos exigidos para a redução da pena. 
18. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA CIVIL/ES – 2009] É 
vedada a progressão de regime do réu condenado por tráfico de drogas, 
devendo aquele cumprir a totalidade da pena em regime fechado. 
19. [CEV/UECE – AGENTE PENITENCIÁRIO – SEJUS/CE – 2011] Para 
que se configure o crime de Associação para o Tráfico, previsto no art. 35 da 
Lei 11.343/06, é necessária a associação de, no mínimo, três pessoas. 
[CESPE – AGENTE DE POLICIA SUBST.– POLICIA CIVIL/RN – 2008] 
Acerca das disposições da Lei n.º 11.343/2006, que estabelece normas para 
repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas, julgue o 
item a seguir. 
20. A vedação expressa pela referida lei do benefício da liberdade provisória 
na hipótese de crimes de tráfico ilícito de entorpecentes é, por si só, motivo 
suficiente para impedir a concessão dessa benesse ao réu preso em flagrante. 
21. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA FEDERAL – 2009] É 
atípica, por falta de previsão na legislação pertinente ao assunto, a conduta do 
agente que simplesmente colabora, como informante, com grupo ou 
associação destinada ao tráfico ilícito de entorpecentes. 
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22. [FGV – ADVOGADO – SENADO FEDERAL – 2008] É crime a associação 
de duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou não, 
qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 da Lei 
11.343/2006. 
23. [FGV – DELEGADO DE POLICIA – SEAD/AP – 2010] O crime de tráfico 
de drogas (art. 33, da Lei 11.343/2006) é inafiançável, insuscetível de graça, 
indulto, anistia, liberdade provisória e livramento condicional. 
24. [FGV – DELEGADO DE POLICIA – SEAD/AP – 2010] O oferecimento 
da substância entorpecente Cannabis sativa L. (popularmente conhecida como 
maconha) a outrem sem objetivo de lucro e para consumo conjunto constitui 
conduta equiparada ao crime de tráfico de drogas (art. 33, §3º, da Lei 
11.343/2006) punido com pena de detenção seis meses a um ano, pagamento 
de 700 (setecentos) a 1.500(mil e quinhentos) dias-multa, sem prejuízo das 
penas de advertência, prestação de serviços à comunidade e medida educativa 
de comparecimento a programa ou curso educativo. 
25. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA CIVIL/ES – 2009] Se Y, 
imputável, oferecer droga a Z, imputável, sem objetivo de lucro, para juntos a 
consumirem, a conduta de Y se enquadrará à figura do uso e não da 
traficância. 
26. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA FEDERAL – 2009] Nos 
crimes de tráfico de substâncias entorpecentes, é isento de pena o agente que, 
em razão da dependência ou sob o efeito, proveniente de caso fortuito ou força 
maior, de droga, era, ao tempo da ação ou da omissão, qualquer que tenha 
sido a infração penal praticada, inteiramente incapaz de entender o caráter 
ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
27. [CEV/UECE – AGENTE PENITENCIÁRIO – SEJUS/CE – 2011] 
Conforme determinação do art. 41 da Lei 11.343/06, o indiciado ou acusado 
que colaborar voluntariamente com a investigação policial e com o processo 
criminal na identificação dos demais coautores e partícipes do crime, no caso 
de condenação, terá pena reduzida de 1/6(um sexto) a 2/6 (dois sextos). 
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[CESPE – AGENTE DE POLICIA SUBST.– POLICIA CIVIL/RN – 2008] 
Acerca das disposições da Lei n.º 11.343/2006, que estabelece normas para 
repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas, julgue os 
itens a seguir. 
28. Essa lei trouxe nova previsão de concurso eventual de agentes como causa 
de aumento de pena, razão pela qual não é ilegal a condenação do réu pelo 
delito de tráfico com a pena acrescida dessa majorante. 
29. Terá a pena reduzida de um a dois terços o agente que, em razão da 
dependência de droga, era, ao tempo da ação ou da omissão, qualquer que 
tenha sido a infração penal praticada, inteiramente incapaz de entender o 
caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
30. [FGV – DELEGADO DE POLICIA – SEAD/AP – 2010] Uma vez 
encerradoo prazo do inquérito, e não havendo diligências necessárias 
pendentes de realização, a autoridade de polícia judiciária relatará 
sumariamente as circunstâncias do fato, justificando as razões que a levaram à 
classificação do delito, indicando a quantidade e natureza da substância ou do 
produto apreendido, o local e as condições em que se desenvolveu a ação 
criminosa, as circunstâncias da prisão, a conduta, a qualificação e os 
antecedentes do agente. 
31. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA CIVIL/ES – 2009] 
Suponha que policiais civis, investigando a conduta de Carlos, imputável, 
suspeito de tráfico internacional de drogas, tenham-no observado no momento 
da obtenção de grande quantidade de cocaína, acompanhando veladamente a 
guarda e o depósito do entorpecente, antes de sua destinação ao exterior. 
Buscando obter maiores informações sobre o propósito de Carlos quanto à 
destinação da droga, mantiveram o cidadão sob vigilância por vários dias e 
lograram a apreensão da droga, em pleno transporte, ainda em território 
nacional. A ação da polícia resultou na prisão em flagrante de Carlos e de 
outros componentes da quadrilha por tráfico de drogas. Nessa situação, ficou 
evidenciada a hipótese de flagrante provocado, inadmissível na legislação 
brasileira. 
32. [FGV – DELEGADO DE POLICIA – SEAD/AP – 2010] Em qualquer fase 
da persecução criminal relativa aos crimes previstos na Lei de Drogas, é 
permitida a infiltração por agentes de polícia, em tarefas de investigação, 
mediante autorização do Ministério Público. 
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33. [CESPE – DELEGADO DE POLICIA – POLICIA CIVIL/PB – 2008] É 
legalmente vedada a não-atuação policial aos portadores de drogas, a seus 
precursores químicos ou a outros produtos utilizados em sua produção, que se 
encontrem no território brasileiro. 
34. [CESPE – DELEGADO DE POLICIA – POLICIA CIVIL/PB – 2008] Para 
a lavratura do auto de prisão em flagrante, é suficiente o laudo de constatação 
da natureza e quantidade da droga, o qual será necessariamente firmado por 
perito oficial. 
35. [CESPE – DELEGADO DE POLICIA – POLICIA CIVIL/PB – 2008] O IP 
relativo a indiciado preso deve ser concluído no prazo de 30 dias, não havendo 
possibilidade de prorrogação do prazo. A autoridade policial pode, todavia, 
realizar diligências complementares e remetê-las posteriormente ao juízo 
competente. 
36. [CESPE – DELEGADO DE POLICIA – POLICIA CIVIL/PB – 2008] 
Findo o prazo para conclusão do inquérito, a autoridade policial remete os 
autos ao juízo competente, relatando sumariamente as circunstâncias do fato, 
sendo-lhe vedado justificar as razões que a levaram à classificação do delito. 
37. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA CIVIL/ES – 2009] Caso 
um indivíduo, imputável, seja abordado em uma blitz policial portando 
expressiva quantidade de maconha, sobre a qual alegue ser destinada a 
consumo pessoal, e, apresentado o caso à autoridade policial, esta defina a 
conduta como tráfico de drogas, considerando, exclusivamente, na ocasião, a 
quantidade de droga em poder do agente, agirá corretamente a autoridade 
policial, pois a quantidade de droga apreendida é o único dado a ser levado em 
consideração na ocasião da lavratura da prisão em flagrante. 
38. [FGV – ADVOGADO – SENADO FEDERAL – 2008] O juiz, na fixação 
das penas dos crimes previstos na Lei 11.343/2006, considerará, com 
preponderância sobre o previsto no art. 59 do Código Penal, a natureza e a 
quantidade da substância ou do produto, a personalidade e a conduta social do 
agente. 
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39. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] Em se tratando de crime 
de tráfico de drogas, não se consideram, para a fixação da pena, com 
preponderância sobre o previsto no art. 59 do CP, a natureza e a quantidade 
da substância entorpecente. 
40. [CESPE – DELEGADO DE POLICIA SUBST. – POLICIA CIVIL/ES – 
2006] O delito de tráfico ilícito de entorpecentes refere-se a norma penal em 
branco estando seu complemento contido em norma de outra instância 
legislativa. Nos crimes tipificados na lei antitóxicos, a complementação está 
expressa em Portaria do Ministério da Saúde. 
41. [CESPE – DELEGADO DE POLICIA SUBST. – POLICIA CIVIL/ES – 
2011] Considere a seguinte situação hipotética. O comerciante Ronaldo 
mantém em estoque e frequentemente vende para menores em situação de 
risco (meninos de rua) produto industrial conhecido como cola de sapateiro. 
Flagrado pela polícia ao vender uma lata do produto para uma adolescente, o 
comerciante foi apresentado à autoridade policial competente. 
Nessa situação hipotética, caberá ao delegado de polícia a autuação em 
flagrante de Ronaldo, por conduta definida como tráfico de substância 
entorpecente. 
GABARITO
1 2 3 4 5 6 7 
C E C E E E E 
8 9 10 11 12 13 14 
E C C E C E C 
15 16 17 18 19 20 21 
C E E E E C E 
22 23 24 25 26 27 28 
C E C C C E E 
29 30 31 32 33 34 35 
E C E E E E E 
36 37 38 39 40 41 
E E C E C E 
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RESOLUÇÃO E REVISÃO
01. [CEV/UECE – AGENTE PENITENCIÁRIO – SEJUS/CE – 2011] A Lei 
11.343/06, prescrevendo medidas para prevenção do uso indevido de 
drogas, instituiu o SISNAD. 
A Lei 11.343/06 instituiu o Sistema Nacional de Políticas Públicas 
sobre Drogas – Sisnad. O Sisnad é composto por órgãos e entidades da 
Administração Pública que, em atuação conjunta, têm a finalidade de articular, 
integrar, organizar e coordenar as atividades relacionadas com a prevenção do 
uso indevido, a atenção e a reinserção social de usuários e dependentes de 
drogas, bem como as atividades de repressão ao uso, ao tráfico e à produção 
ilegal de drogas. 
Para a realização dessas finalidades, o Sisnad deve agir pautado por uma 
série de princípios elencados no art. 4º da Lei 11.343/06. Esses princípios 
constituem importantes instrumentos de efetivação das políticas públicas. 
Sugiro a você, caro aluno, que dê uma lida no supracitado artigo e veja quais 
são esses princípios. Como não há históricos de questões sobre eles, não será 
nosso foco o estudo de tais princípios. 
A Lei de Drogas, em seu art. 5º, dá continuidade à disposição sobre as 
diretrizes norteadoras das atividades do Sisnad, dispondo sobre os objetivos 
básicos desse Sistema, todos eles referentes à prevenção e à repressão das 
drogas. 
Sobre o Sisnad é isso que você precisa saber, caro aluno. As provas para 
de concurso não costumam trazer questões específicas sobre esse sistema de 
órgãos, mas, pela sua importância no contexto do estudo da Lei de Drogas, eu 
não poderia deixar de falar sobre ele. 
A assertiva da questão traz exatamente uma das finalidades do Sistema 
Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas – Sisnad que é a de COORDENAR 
AS ATIVIDADES RELACIONADAS COM A PREVENÇÃO do uso indevido, a 
atenção e a reinserção social de usuários e dependentes de drogas. 
Gabarito: CORRETO 
02. [CESPE – DELEGADO DE POLICIA SUBST. – POLICIA CIVIL/ES – 
2011] A conduta de porte de drogas para consumo pessoal possui a 
natureza de infração sui generis, porquanto o fato deixou de ser 
rotulado como crime tanto do ponto de vista formal quanto material. 
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Antes de respondermos a essa questão, é de fundamental importância 
definirmos quem é o usuário, em que consiste ser usuário. 
Usuário de drogas é quem ADQUIRE, GUARDA, TEM EM DEPÓSITO, 
TRANSPORTA OU TRAZ CONSIGO, PARA CONSUMO PESSOAL, drogas sem 
autorização ou em desacordo com determinação legal ouregulamentar. 
Quem pratica, portanto, qualquer uma das condutas acima citadas, 
comete o crime de posse de drogas para COMSUMO PESSOAL tipificado no art. 
28 da Lei de Drogas. O delito é consumado consuma com a prática de qualquer 
uma das condutas descritas no tipo sem que seja necessária a ocorrência de 
nenhum resultado. 
Observe, no entanto que as condutas que consistem em guardar, ter em 
depósito e trazer consigo são permanentes e, desta forma, retratam um 
delito permanente, que se protrai no tempo. Já as condutas de adquirir e 
transportar são instantâneos, ou seja, traduzem delitos instantâneos, cuja 
consumação ocorre em momento específico, sem se prolongar pelo tempo. 
Visto isso, a Lei de Drogas prevê as seguintes penas (ou medidas 
educativas) para o USUÁRIO DE DROGAS, ou seja, para quem adquire, 
guarda, tem em depósito, transporta ou traz consigo, para consumo 
pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar: 
ADVERTÊNCIA SOBRE OS EFEITOS DAS DROGAS; 
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE; 
MEDIDA EDUCATIVA DE COMPARECIMENTO A PROGRAMA OU CURSO 
EDUCATIVO. 
Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, 
SEMEIA, CULTIVA ou COLHE plantas destinadas à preparação de pequena 
quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou 
psíquica. 
¾ Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, O JUIZ
atenderá: 
• à natureza e à quantidade da substância apreendida; 
• ao local e às condições em que se desenvolveu a ação; 
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• às circunstâncias sociais e pessoais e; 
• à conduta e aos antecedentes do agente. 
Perceba, caro aluno, que não mais existe a previsão da pena privativa de 
liberdade para o usuário. De acordo com a nova lei não há qualquer 
possibilidade de imposição de pena privativa de liberdade para aquele que 
adquire, guarda, traz consigo, transporta ou tem em depósito droga para 
consumo pessoal ou para aquele que pratica a conduta equiparada (§ 1.º do 
art. 28). 
Preste bem atenção: mesmo que não seja mais previsto pena restritiva 
de liberdade para o crime em tela, não se pode dizer que houve a 
descriminalização da conduta. O fato continua a ter a natureza de crime, 
na medida em que a própria lei o inseriu no capítulo relativo aos crimes e às 
penas (Capítulo III); além do que as sanções só podem ser aplicadas por Juiz 
criminal, e não por autoridade administrativa, e mediante o devido processo 
legal. 
Pois bem, a questão afirma equivocadamente que essa conduta é uma 
infração sui generis. De jeito nenhum!! Mesmo com as novas disposições a 
conduta é ainda tipificada como CRIME!! 
Gabarito: ERRADO 
03. [CEV/UECE – AGENTE PENITENCIÁRIO – SEJUS/CE – 2011] A 
conduta de quem traz consigo, para uso próprio, substância tida como 
entorpecente é fato tipificado como crime. 
Foi o que acabamos de comentar na questão anterior!! Caro aluno é 
muito comum em provas, questões que cobram do candidato o conhecimento 
sobre se é ou não crime a conduta de posse ou porte de drogas para consumo 
pessoal. 
Vou repetir para você nunca mais esquecer: A CONDUTA DE POSSE OU 
PORTE DE DROGAS PARA CONSUMO PESSOAL É SIM CRIME TIPIFICADO PELA 
LEI DE DROGAS!! 
Gabarito: CORRETO 
04. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA CIVIL/ES – 2009] Em 
decorrência da nova política criminal adotada pela legislação de 
tóxicos, a conduta do usuário foi descriminalizada, porquanto, segundo 
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o que institui a parte geral do Código Penal, não se considera crime a 
conduta à qual a lei não comina pena de reclusão ou detenção. 
Agora fica fácil, não é mesmo? Perceba que a banca faz um floreado todo 
para tentar mostrar o porquê que a conduta do usuário foi descriminalizada, 
segundo a legislação de tóxicos atual. Ora, você já sabe que essa conduta NÃO 
foi descriminalizada!! Essa, já disse, é uma pergunta recorrente e séria 
candidata a estar em sua prova!! 
Gabarito: ERRADO 
05. [CESPE – AGENTE DE POLICIA SUBST.– POLICIA CIVIL/RN – 2008] 
A Lei 11.343/06 extinguiu o crime de posse de pequena quantidade de 
drogas para consumo pessoal, recomendando apenas o 
encaminhamento do usuário para programas de tratamento de saúde. 
Mas uma questão que ERRA ao afirmar que o crime de posse ou porte de 
drogas para o consumo pessoal foi extinto pela Lei 11.343/06, a nossa Lei de 
Drogas (ou Lei de Tóxicos, com queria). Outro erro é afirmar que é 
recomendando, nesse caso, apenas o encaminhamento do usuário para 
programas de tratamento de saúde. De forma alguma!! 
Você estudou que as penas previstas para quem comete esse crime são: 
advertência sobre os efeitos das drogas, prestação de serviços à comunidade e 
a medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. É 
preciso lembrar também que a Lei prevê que o juiz determinará ao Poder 
Público que coloque à disposição do infrator, gratuitamente, estabelecimento 
de saúde, preferencialmente ambulatorial, para tratamento especializado. Isso 
não é uma recomendação e, sim, uma determinação da Lei!! 
Gabarito: ERRADO 
06. [CESPE – ANAL. JUDICIARIO AREA JUDICIARIA – STJ – 2008] 
Quem tiver em depósito, para consumo pessoal, drogas sem 
autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar 
poderá ser submetido a prestação de serviços à comunidade, a qual, 
em prol da dignidade da pessoa humana, a fim de não causar situação 
vexatória ao autor do fato, não poderá ser cumprida em entidades que 
se destinem à recuperação de usuários e dependentes de drogas. 
Para resolvermos essa questão que foi do último concurso do STJ para o 
seu cargo, vamos falar um pouco mais sobre as penas previstas na Lei 
11.343/06 para aqueles que cometem o crime de uso de drogas para consumo 
pessoal: 
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 A advertência não é uma repressão moral ou religiosa, mas sim 
jurídica, ou seja, preza-se uma sanção legal. Em contrapartida, abordam-se os 
efeitos prejudiciais da droga, para o próprio usuário, família, etc. Essa medida 
pode ocorrer no próprio Juizado Criminal. Ainda, pode ser aplicada isolada ou 
cumulativamente com as outras medidas, como também, ser substituída a 
qualquer tempo, sendo vedada a conversão em pena privativa de liberdade. O 
magistrado pode ainda valer-se de diferentes profissionais, tais como, 
psicólogos, médicos, assistentes sociais, etc, para eventual auxílio. 
As penas de PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE e de MEDIDA 
EDUCATIVA DE COMPARECIMENTO A PROGRAMA OU CURSO EDUCATIVO 
serão aplicadas pelo prazo máximo de 05 meses. Em caso de reincidência 
nessas penas o prazo máximo a elas aplicado será de 10 meses. 
Estabelece a Lei de Drogas que a prestação de serviços à 
comunidade será cumprida em programas comunitários, entidades 
educacionais ou assistenciais, hospitais, estabelecimentos congêneres, públicos 
ou privados sem fins lucrativos, que se ocupem, preferencialmente, DA 
PREVENÇÃO DO CONSUMO OU DA RECUPERAÇÃO DE USUÁRIOS E 
DEPENDENTES DE DROGAS. 
Atenção: a Lei prevê ainda que o juiz determinará ao Poder Público que 
coloque à disposição do infrator, gratuitamente, estabelecimento de saúde, 
preferencialmente ambulatorial, para tratamento especializado. Essa medida 
também poderá ser fixada isolada ou cumulativamente com as demais 
medidas alternativas. 
Cabe ao julgador fazer a diferenciação do mero usuário, ou dependente 
de drogas, distinção esta que será fundamental na escolha da medida 
educativa mais adequada ao caso concreto. Quanto às medidas educativas de 
comparecimentoa programas ou cursos educativos, caberá ao juiz fixá-las, 
bem como as freqüências a serem feitas. Desta forma, se não constar na 
sentença, caberá ao juiz de execuções delimitá-las. 
E aí você me pergunta: professor, já que não há penas restritivas de 
liberdade, o que acontece se a pessoa que cometeu esse crime recusar-se a 
cumprir qualquer uma dessas penas previstas? 
Bom, caso haja a recusa INJUSTIFICADA do agente em cumprir tais 
penas, também chamadas de medidas educativas, poderá o juiz submetê-lo, 
sucessivamente a: 
9 admoestação verbal e 
9 multa 
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Entenda que essas providências serão SUCESSIVAS, ou seja, 
primeiramente o juiz irá admoestar verbalmente o agente e, caso essa 
admoestação não traga o resultado esperado, ele aplicará a multa. 
A admoestação é uma repreensão, o juiz advertirá o agente sobre as 
conseqüências de sua desídia delituosa. Assim, haverá intimação do 
magistrado para que o agente compareça à audiência admonitória designada, 
onde será feita a advertência oral. 
Na imposição da MULTA, o juiz, atendendo à reprovabilidade da conduta, 
fixará o número de dias-multa, EM QUANTIDADE NUNCA INFERIOR A 40 
(QUARENTA) NEM SUPERIOR A 100 (CEM), atribuindo depois a cada um, 
segundo a capacidade econômica do agente, o valor de um trinta avos até 3 
(três) vezes o valor do maior salário mínimo. 
Os valores decorrentes da imposição da multa serão creditados à conta 
do FUNDO NACIONAL ANTIDROGAS. 
¾ Prescrevem em 02 ANOS a imposição e a execução das penas, 
observado, no tocante à interrupção do prazo, o disposto nos arts. 107 e 
seguintes do Código Penal. 
A questão erra, portanto, ao afirmar que a pena de prestação de 
serviços à comunidade não poderá ser cumprida em entidades que se destinem 
à recuperação de usuários e dependentes de drogas. Muito pelo contrário!! 
Deve ser realizada PREFERENCIALMENTE nesses lugares. 
Gabarito: ERRADO 
07. [CESPE – ANAL. JUDICIARIO AREA JUDICIARIA – STF – 2008] A 
legislação descriminalizou a conduta de quem adquire, guarda, tem em 
depósito, transporta ou traz consigo, para consumo pessoal, drogas 
sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar. Atualmente, o usuário de drogas será isento da 
aplicação de pena e submetido a tratamento para recuperação e 
reinserção social. 
Estou sendo repetitivo nas questões porque o próprio CESPE também 
assim o faz!! Não se espante se na sua prova cair uma questão muito 
semelhante. Essa, tenho certeza que você resolver num piscar de olhos, não é 
verdade?? 
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Não adianta mais o CESPE tentar lhe enganar afirmando que a conduta 
de uso de drogas para consumo pessoal está descriminalizada pela Lei 
11.343/06, porque você já está cansado de sabe que não!! 
Gabarito: ERRADO 
08. [FUNCAB – AGENTE PENITENCIÁRIO – SEJUS/RO – 2010] 
Considerando que um usuário com 20 anos seja flagrado trazendo 
consigo, para uso próprio, pequena quantidade de droga, segundo o 
Art. 28 da Lei 11.343/06, este poderá ser submetido à pena de prisão 
simples, de seis meses a um, dois anos. 
Você acabou de estudar que, para esse crime, não há previsão de pena 
restritiva de liberdade. As penas previstas para quem comete esse crime são: 
advertência sobre os efeitos das drogas, prestação de serviços à comunidade e 
a medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. 
Gabarito: ERRADO 
09. [FGV – ADVOGADO – SENADO FEDERAL – 2008] Quem adquirir, 
guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para 
consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com 
determinação legal ou regulamentar só poderá ser submetido às 
seguintes penas: advertência sobre os efeitos das drogas, prestação de 
serviços à comunidade ou medida educativa de comparecimento a 
programa ou curso educativo. 
Perfeito!! Veja que muda a organizadora, mas abordagem é exatamente 
a mesma!! Essas são de fato as penas previstas para quem comete o CRIME 
de posse ou porte de drogas para COMSUMO PESSOAL. 
Gabarito: CORRETO 
10. [CESPE – DELEGADO DE POLICIA – POLICIA CIVIL/PB – 2008] No 
caso de porte de substância entorpecente para uso próprio, não se 
impõe prisão em flagrante, devendo o autor de fato ser imediatamente 
encaminhado ao juízo competente ou, na falta deste, assumir o 
compromisso de a ele comparecer. 
A questão nos pede o conhecimento do processo penal para quem 
comete o crime de posse de drogas para o consumo pessoal. 
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Bom, esse crime, por não ser a ele prevista pena restritiva de liberdade, 
é considerado um crime de MENOR POTENCIAL OFENSIVO. 
Se é um crime de menor potencial ofensivo, e não fora cometido em 
concursos com os demais crimes previstos na Lei de Drogas (e que 
estudaremos mais adiante), quem o comete estará sujeito ao procedimento da 
Lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais – Lei n. 9.099/95 (arts. 60 e ss.). 
Para refrescar um pouco sua memória, vamos relembrar um pouco o 
conteúdo do referido artigo: 
Lei nº 9.099/95 
Art. 60. O Juizado Especial Criminal, provido por juízes togados ou togados e 
leigos, tem competência para a conciliação, o julgamento e a execução das 
infrações penais de menor potencial ofensivo, respeitadas as regras de 
conexão e continência. 
Parágrafo único. Na reunião de processos, perante o juízo comum ou o tribunal 
do júri, decorrentes da aplicação das regras de conexão e continência, 
observar-se-ão os institutos da TRANSAÇÃO PENAL e da COMPOSIÇÃO 
DOS DANOS CIVIS. 
¾ Tratando-se do CRIME DE POSSE DE DROGAS PARA O CONSUMO 
PESSOAL, NÃO SE IMPORÁ PRISÃO EM FLAGRANTE, devendo o autor 
do fato ser imediatamente encaminhado ao juízo competente ou, NA 
FALTA DESTE, assumir o compromisso de a ele comparecer, lavrando-se 
termo circunstanciado e providenciando-se as requisições dos exames e 
perícias necessários. 
¾ Se ausente a autoridade judicial, as providências previstas acima serão 
tomadas de imediato pela autoridade policial, no local em que se 
encontrar, VEDADA A DETENÇÃO DO AGENTE. 
Para que fique bem claro, essa determinação legal funciona da seguinte 
forma: 
A autoridade policial que encontrar um usuário em situação de flagrância 
deverá tomar as seguintes atitudes: 
a) se houver Juízo, conduzi-lo coercitivamente para que a Secretaria do 
Juizado elabore o Termo Circunstanciado; 
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b) na falta do Juízo, abrem-se-lhe duas possibilidades: 
ƒ elaborar o termo circunstanciado no local dos fatos ou; 
ƒ encaminhar o agente para a Delegacia de Polícia, na qual será lavrado 
termo circunstanciado ou auto de prisão em flagrante, caso o Delegado 
entenda tratar-se ou não de usuário. 
A legislação afastou a atuação policial nos casos de usuários e dependentes 
de drogas, ou seja, ele deve ser levado, preferencialmente, ao juiz. 
Portanto, somente na falta deste é que deve ser encaminhado à Delegacia de 
Polícia para elaboração do termo circunstanciado. 
A vedação da prisão em flagrante para esse crime (se cometido sem o 
concurso de outros) é ABSOLUTA, não estando condicionada à aceitação do 
agente em cooperar com a Justiça. Não será possível a prisão em flagrante, 
nem mesmo se houver recusa do agente em comparecer em juízo. 
A assertiva de nossa questão traz de forma correta a regra acima 
discutida. 
Concluídos os procedimentos acima, o agente será submetido a 
exame de corpo de delito - se o requerer ou se a autoridade de políciajudiciária entender conveniente -, e em seguida LIBERADO. 
Todo o procedimento acima também se aplica ao semeador ou 
cultivador de planta tóxica com o fito de consumo próprio. 
Gabarito: CORRETO 
11. [CESPE – ANAL. JUDICIARIO AREA JUDICIARIA – STF – 2008] É 
atípica a conduta do agente que semeia plantas que constituam 
matéria-prima para a preparação de drogas, ainda que sem 
autorização ou em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar. 
A Lei 11.343/06, a nossa Lei de Drogas, determina que é 
INDISPENSÁVEL a licença prévia da autoridade competente para produzir, 
extrair, fabricar, transformar, preparar, possuir, manter em depósito, importar, 
exportar, reexportar, remeter, transportar, expor, oferecer, vender, comprar, 
trocar, ceder ou adquirir, para qualquer fim, drogas ou matéria-prima 
destinada à sua preparação, observadas as demais exigências legais. 
Ao estudar o crime de posse de drogas para CONSUMO PESSOAL você 
viu também que às mesmas penas submete-se quem, para seu consumo 
pessoal, SEMEIA, CULTIVA ou COLHE plantas destinadas à preparação de 
pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência 
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física ou psíquica. Logo, por ser um tipo penal previsto na Lei 11.343/06, a 
afirmação de que essa conduta é atípica torna a questão errada. 
Gabarito: ERRADO 
12. [FGV – ADVOGADO – SENADO FEDERAL – 2008] As glebas 
cultivadas com plantações ilícitas serão expropriadas, conforme o 
disposto no art. 243 da Constituição Federal, de acordo com a 
legislação em vigor. 
Sobre o plantio de drogas, versa ainda a Lei que as plantações ilícitas 
serão IMEDIATAMENTE destruídas pelas autoridades de polícia judiciária, que 
recolherão quantidade suficiente para exame pericial, de tudo lavrando auto de 
levantamento das condições encontradas, com a delimitação do local, 
asseguradas as medidas necessárias para a preservação da prova. 
¾ A destruição de drogas será feita POR INCINERAÇÃO, no prazo 
MÁXIMO DE 30 DIAS, guardando-se as amostras necessárias à 
preservação da prova. 
¾ As glebas (terrenos) de qualquer região do País onde forem localizadas 
culturas ilegais de plantas psicotrópicas serão IMEDIATAMENTE 
EXPROPRIADAS e especificamente destinadas ao assentamento de 
colonos, para o cultivo de produtos alimentícios e medicamentosos, sem 
qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções 
previstas em lei. (art. 243, cf/88) 
Versa ainda a Lei que a incineração será precedida de autorização 
judicial, ouvido o Ministério Público, e executada pela autoridade de polícia 
judiciária competente, na presença de representante do Ministério Público e da 
autoridade sanitária competente, mediante auto circunstanciado e após a 
perícia realizada no local da incineração. 
Gabarito: CORRETO 
13. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA CIVIL/TO – 2008] 
Considere que determinado cidadão guardasse, em sua residência, 
cerca de 21 kg de cocaína, em depósito, para fins de mercancia e que, 
durante uma busca realizada por ordem judicial em sua casa, a droga 
tenha sido encontrada e os fatos tenham sido imediatamente 
apresentados à autoridade policial competente. Nessa situação, esse 
cidadão não pode ser preso em flagrante, pois, no momento da 
abordagem, ele não praticava nenhum ato típico da traficância. 
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Caro aluno, começaremos agora um passeio pelos importantes - e bem 
cobrados em provas - artigos 33 (caput e § 1º) a 36 da Lei de Drogas. São 
dispositivos que regulamentam o tratamento a ser dado para quem comete 
crime de tráfico ilícito de drogas e outros crimes assemelhados. Vamos em 
frente!! 
Æ Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, 
expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, 
prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que 
gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar: 
Pena - reclusão de 05 a 15 anos + pagamento de 500 a 1.500 dias-
multa. 
Quero aqui em primeira mão destacar a expressão "ainda que 
gratuitamente" que vem descrita após a série de verbos. Isto significa que 
todas essas ações recebem a marca da tipicidade penal e devem ser 
consideradas crimes de tráfico ilícito, MESMO QUANDO PRATICADAS SEM O 
OBJETIVO DE LUCRO. 
O essencial é que o agente ATUE COM A FINALIDADE de transferir 
para outro a droga ilícita. 
A questão afirma que determinado cidadão guarda em depósito, dentro 
de sua casa cerca de 21 kg de cocaína. Ora, caro aluno, primeira observação a 
ser feita: a quantidade de drogas é bastante significativa. Já não poderíamos 
enquadrá-lo no crime de posse de drogas para consumo pessoal. Em seguida, 
o item afirma que ele usa essa droga para fins de mercancia, ou seja, para 
venda. 
Se você der mais uma lida na redação do crime de tráfico ilícito de 
drogas, você constatará que uma das 18 condutas ali tipificadas é exatamente 
a de “guardar” drogas sem autorização ou em desacordo com determinação 
legal ou regulamentar. E se a finalidade dele é a de vender a droga, aí é que 
estará mesmo consumado o delito. Nem tratamos ainda de como se dá a 
prisão para esse tipo de crime, mas essa informação é irrelevante frente à 
afirmação de que ele não praticava nenhum tipo de traficância. Lembre-se que 
existiria também o crime se ele estivesse guardando a droga para fornecê-la 
GRATUITAMENTE. 
Gabarito: ERRADO 
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14. [CESPE – DELEGADO DE POLICIA SUBST. – POLICIA CIVIL/ES – 
2011] Considere a seguinte situação hipotética. Cláudio, penalmente 
responsável, foi flagrado fazendo uso de um cigarro artesanal de 
maconha, sendo que em seu poder ainda foi encontrada quantidade 
significativa da mesma droga, acondicionada em pequenas trouxinhas, 
com preços distintos afixados em cada uma delas, bem como 
constatou-se que Cláudio, mesmo desempregado, trazia consigo 
anotações e valores que o ligavam, indubitavelmente, ao tráfico de 
drogas. 
Nessa situação hipotética, Cláudio responderá pelo crime de tráfico de 
entorpecentes e, mesmo que remanescente o crime de uso indevido de 
drogas, estarão excluídos os benefícios da lei atinente aos juizados 
especiais. 
Perfeito!! Se Cláudio estivesse sido flagrado fazendo simplesmente o uso 
de um cigarro artesanal de maconha, ele apenas responderia pelo crime de 
posse de drogas para o consumo pessoal, crime de menor potencial ofensivo e 
que, de fato, lhe proporcionaria os benefícios da Lei de Juizados Especiais, 
dentre eles, o de transação penal e o de composição de danos civis. O 
problema é que ao portar quantidade significativa da mesma droga, 
acondicionada em pequenas trouxinhas, com preços distintos afixados em cada 
uma delas e ter consigo anotações e valores, Claúdio cometera o crime de 
tráfico ilícito de drogas. Esse crime, por prevê pena de reclusão de 05 a 15 
anos, é um delito de maior potencial ofensivo e, por isso, Claúdio perde os 
benefícios da Lei 9.099/95 (Juizados Especiais Criminais). 
Gabarito: CORRETO 
15. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA CIVIL/ES – 2009] Se um 
indivíduo, imputável, ao regressar de uma viagem realizada a trabalho 
na Argentina, for flagrado na fiscalização alfandegária trazendo 
consigo 259 frascos da substância denominada lança-perfume e, 
indagado a respeito do material, alegar que desconhece as 
propriedades toxicológicas da substância e sua proibição no Brasil em 
face do uso frequente nos bailes carnavalescos, onde pretende 
comercializar o produto, nessa situação,a alegação de 
desconhecimento das propriedades da substância e ignorância da lei 
será inescusável, não se configurando erro de proibição. 
Caro aluno, você que estuda direito penal, sabe que no erro de proibição 
o sujeito sabe o que faz, mas entende lícito quando, na verdade, é ilícito. O 
fato de um indivíduo, alegar desconhecer as propriedades toxicológicas da 
substância e a proibição de sua comercialização no Brasil, não é justificativa 
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plausível para trazer consigo 259 frascos de lança-perfume e ainda afirmar que 
irá comercializá-los. Para esse caso não há que se falar em erro de proibição. 
Gabarito: CORRETO 
16. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA CIVIL/ES – 2009] O 
agente que infringe o tipo penal da lei de drogas na modalidade de 
importar substância entorpecente será também responsabilizado pelo 
crime de contrabando, visto que a droga, de qualquer natureza, é 
também considerada produto de importação proibida. 
O agente que importa substância entorpecente poderá sim cometer o 
tipo penal de tráfico ilícito de drogas e será, nesse caso, de fato, 
responsabilizado pelo crime de contrabando. O erro do item está em afirmar 
que a importação de droga de QUALQUER NATUREZA é configurada 
contrabando. Não é bem assim!! Há drogas regularizadas que podem ser 
importadas para o nosso país, desde que sejam respeitados os trâmites legais. 
Gabarito: ERRADO 
17. [CESPE - POLICIA RODOVIARIA FEDERAL – 2008] A legislação em 
vigor acerca do tráfico ilícito de entorpecente possibilita ao condenado 
por tráfico ilícito de entorpecente, desde que seja réu primário, com 
bons antecedentes e que não se dedique às atividades criminosas nem 
integre organização criminosa, a redução de um sexto a dois terços de 
sua pena, bem como a conversão desta em penas restritivas de 
direitos, desde que cumpridos os mesmos requisitos exigidos para a 
redução da pena. 
Caro aluno, é importante que você não esqueça que a mesma pena 
prevista para o autor do crime tráfico ilícito de drogas é também cominada 
para sancionar outras formas típicas previstas na Lei de Drogas. Assim, incorre 
também na pena de reclusão de 05 a 15 anos, quem: 
Æ importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, 
oferece, fornece, tem em depósito, transporta, traz consigo ou guarda, AINDA 
QUE GRATUITAMENTE, sem autorização ou em desacordo com determinação 
legal ou regulamentar, matéria-prima, insumo ou produto químico 
destinado à preparação de drogas; 
Æ semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com 
determinação legal ou regulamentar, de plantas que se constituam em 
matéria-prima para a preparação de drogas; 
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Æ utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse, 
administração, guarda ou vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, 
AINDA QUE GRATUITAMENTE, sem autorização ou em desacordo com 
determinação legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas. 
A banca pode lhe cobrar o conhecimento das condutas (expressas pelos 
verbos acima) e também que, assim como o crime típico de tráfico de drogas, 
basta que o agente ATUE COM A FINALIDADE de transferir para outro matéria-
prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas. Os 
crimes estarão consumados mesmo que não haja a obtenção do lucro. 
E o mais importante para a sua prova: 
¾ Os crimes estudados nesse tópico são INAFIANÇÁVEIS e 
INSUSCETÍVEIS de sursis, graça, indulto, anistia e liberdade 
provisória, vedada a conversão de suas penas em restritivas de direitos. 
¾ Nestes crimes dar-se-á o livramento condicional após o cumprimento 
DE DOIS TERÇOS DA PENA, vedada sua concessão ao reincidente 
específico. 
¾ Nos crimes equiparados ao tráfico, definidos neste tópico, as penas 
PODERÃO SER REDUZIDAS de UM SEXTO A DOIS TERÇOS, vedada a 
conversão em penas restritivas de direitos, desde que CUMULATIVAMENTE: 
ƒ o agente seja PRIMÁRIO; 
ƒ de BONS ANTECEDENTES e; 
ƒ NÃO SE DEDIQUE às atividades criminosas NEM INTEGRE organização 
criminosa. 
Perceba que a Lei Antidrogas criou uma causa de redução de pena – de 
um sexto a dois terços – para beneficiar o delinqüente do primeiro crime e 
distingui-lo do traficante reincidente e integrante de quadrilhas ou 
organizações criminosas. Assim sendo, a lei garante ao primário e de bons 
antecedentes um incentivo penal para abandonar a prática do tráfico. 
Apesar de não ser um crime equiparado ao de tráfico ilícito de drogas, 
pois quem o comete não incorre nas mesmas penas, o crime a seguir tem 
íntima relação ao tráfico e também foi tipificado pela Lei de Drogas: 
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Æ Fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer, vender, distribuir, entregar 
a qualquer título, possuir, guardar ou fornecer, AINDA QUE 
GRATUITAMENTE, maquinário, aparelho, instrumento ou qualquer objeto
destinado à FABRICAÇÃO, PREPARAÇÃO, PRODUÇÃO ou TRANSFORMAÇÃO de 
drogas, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar: 
Pena - reclusão, de 03 a 10 anos, + pagamento de 1.200 a 2.000 
dias-multa. 
Ainda sobre a prática desses crimes podem recair os seguintes: 
Æ FINANCIAR ou CUSTEAR a prática de qualquer dos crimes previstos neste 
tópico: 
Pena - reclusão, de 08 a 20 anos + pagamento de 1.500 a 4.000 dias-
multa. 
Æ Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, 
REITERADAMENTE OU NÃO, qualquer dos crimes previstos neste tópico: 
Pena - reclusão, de 03 a 10 anos + pagamento de 700 a 1.200 
dias-multa. 
Do quadro acima temos o crime de financiamento do tráfico de drogas, 
que visa à punição daquele que abona dinheiro para um empreendimento 
vinculado ao tráfico de drogas. O legislador, por excesso de prudência, tipificou 
duas condutas: financiar e custear. Todavia, no nosso entender esses dois 
verbos convergem para a mesma direção, pois aquele que financia, está 
custeando, e vise-versa. Tanto é que o dicionário Aurélio traz como sinônimo 
de financiar o verbo custear. 
Esse crime possui uma das sanções mais altas do nosso ordenamento 
penal. Para esse crime, o legislador fixou a pena de 08 a 20 anos de reclusão, 
mais pagamento de 1.500 a 4.000 dias-multa. Tenta-se combater a mola 
propulsora do crime organizado que se esconde por de trás dos traficantes, ou 
seja, quer punir aquele que faz do tráfico sua empresa, injetando dinheiro a 
procura de lucros. 
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Nas mesmas penas (reclusão, de 03 a 10 anos + pagamento de 700 a 
1.200 dias-multa) incorre quem se associa para a prática reiterada de 
financiamento ou custeio do tráfico ilícito de drogas. 
Para finalizarmos a análise dos crimes equiparados ao crime de TRÁFICO 
ILÍCITO DE DROGAS temos ainda a seguinte conduta: 
Æ Colaborar, como informante, com grupo, organização ou associação 
destinados à prática dos crimes de crime de tráfico de drogas, de tráfico de 
matéria-prima de cultivo de plantas destinadas à preparação da droga, de 
utilização ou consentimento de local para a prática de tráfico, de tráfico de 
maquinários de drogas, ou, ainda, do crime de financiamento do tráfico de 
drogas: 
Pena - reclusão, de 02 a 06 anos + pagamento de 300 a 700 dias-
multa. 
 Para falar bem a verdade, essa foi uma inovação trazida pela Lei de 
Drogas na medida em que tipificou a conduta do agente que participa do 
tráfico de drogas como informante colaborador de grupos, organizaçõesou 
associações. A intenção foi e é punir toda conduta que incentive e auxilie a 
prática do tráfico de drogas, ainda que essa conduta não seja de muita 
importância. 
Voltando a nossa questão, você viu que há de fato a possibilidade dada 
pela Lei de Drogas de o condenado ao tráfico ilícito de entorpecente ter 
reduzida de um sexto a dois terços sua pena desde que seja réu primário, com 
bons antecedentes e que não se dedique às atividades criminosas nem integre 
organização criminosa. O erro da questão consiste em afirmar que é possível 
também a conversão da pena em penas restritivas de direitos. De forma 
alguma!! Isso é exatamente o oposto do que afirma o art.44 da Lei 11.343/06. 
Gabarito: ERRADO 
18. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA CIVIL/ES – 2009] É 
vedada a progressão de regime do réu condenado por tráfico de 
drogas, devendo aquele cumprir a totalidade da pena em regime 
fechado. 
É preciso lhe esclarecer que o tráfico ilícito de drogas, a partir da 
vigência da Lei 11.343/06, deixou de ser considerado um crime hediondo para 
ser apenas um crime a ele equiparado. Antes da publicação da Lei 
11.464/2007, os condenados a crimes hediondos (ou equiparados) tinham que 
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cumprir toda a pena em regime fechado sem direito à progressão. No entanto, 
a partir de sua vigência, os condenados a esses crimes passaram a gozar do 
direito à progressão de 2/5 da pena se primários e 3/5 se reincidentes. 
Gabarito: ERRADO 
19. [CEV/UECE – AGENTE PENITENCIÁRIO – SEJUS/CE – 2011] Para 
que se configure o crime de Associação para o Tráfico, previsto no art. 
35 da Lei 11.343/06, é necessária a associação de, no mínimo, três 
pessoas. 
Para que seja caracterizado o crime de associação para o tráfico, 
tipificado no art. 35 da Lei 11.343/06, acabamos de revisar que basta A 
ASSOCIAÇÃO DE, NO MÍNIMO, DUAS PESSOAS. 
Gabarito: ERRADO 
[CESPE – AGENTE DE POLICIA SUBST.– POLICIA CIVIL/RN – 2008] 
Acerca das disposições da Lei n.º 11.343/2006, que estabelece normas 
para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de 
drogas, julgue o item a seguir. 
20. A vedação expressa pela referida lei do benefício da liberdade 
provisória na hipótese de crimes de tráfico ilícito de entorpecentes é, 
por si só, motivo suficiente para impedir a concessão dessa benesse ao 
réu preso em flagrante. 
Caro aluno, quero que você atente bem para o enunciado da questão: 
“acerca das disposições da Lei n.º 11.343/2006, que estabelece normas para 
repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas, julgue o 
item a seguir.” Ao fazer esse enunciado, embora haja diversos entendimentos 
doutrinários, a organizadora quer que nos prendamos ESTRITAMENTE ao que 
diz a referida norma. 
E ela estabelece em seu art. 44 (que não fora ainda revogado) que o 
crime de tráfico de drogas é inafiançável, insuscetível de sursis, graça, indulto, 
anistia e LIBERDADE PROVISÓRIA. Dessa forma, de acordo com o que rege 
esse dispositivo legal, a vedação expressa do benefício da liberdade provisória 
na hipótese de crimes de tráfico ilícito de entorpecentes é REALMENTE, por si 
só, motivo suficiente para impedir a concessão dessa benesse ao réu preso em 
flagrante. Para a sua prova, é preciso que você preste bastante atenção ao 
enunciado da questão e perceba a quem a questão pede que você baseie sua 
resposta. Se ela pede que você responda segundo os ditames da Lei, 
obedeça!! 
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Gabarito: CORRETO 
21. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA FEDERAL – 2009] É 
atípica, por falta de previsão na legislação pertinente ao assunto, a 
conduta do agente que simplesmente colabora, como informante, com 
grupo ou associação destinada ao tráfico ilícito de entorpecentes. 
Essa, caro aluno, está uma moleza na medida em que já estudou nessa 
aula que a Lei de Drogas tipificou sim a conduta de colaborar, como 
informante, com grupo ou associação destinada ao tráfico ilícito de 
entorpecentes. Quem assim o faz está sujeito às penas de reclusão, de 02 a 06 
anos e pagamento de 300 a 700 dias-multa. É, portanto, uma conduta típica. 
Gabarito: ERRADO 
22. [FGV – ADVOGADO – SENADO FEDERAL – 2008] É crime a 
associação de duas ou mais pessoas para o fim de praticar, 
reiteradamente ou não, qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, 
caput e § 1o, e 34 da Lei 11.343/2006. 
Isso mesmo!! Estudamos essa regra em nossa revisão é a redação do 
art. 32, § 4º da nossa lei em estudo. É o crime de associação para o tráfico de 
drogas!! 
Gabarito: CORRETO 
23. [FGV – DELEGADO DE POLICIA – SEAD/AP – 2010] O crime de 
tráfico de drogas (art. 33, da Lei 11.343/2006) é inafiançável, 
insuscetível de graça, indulto, anistia, liberdade provisória e 
livramento condicional. 
Acabamos de revisar que de fato o crime de tráfico de drogas é 
inafiançável, insuscetível de graça, indulto, anistia, liberdade provisória, MAS 
NÃO de livramento condicional. Não há essa previsão!! 
Gabarito: ERRADO 
24. [FGV – DELEGADO DE POLICIA – SEAD/AP – 2010] O oferecimento 
da substância entorpecente Cannabis sativa L. (popularmente 
conhecida como maconha) a outrem sem objetivo de lucro e para 
consumo conjunto constitui conduta equiparada ao crime de tráfico de 
drogas (art. 33, §3º, da Lei 11.343/2006) punido com pena de 
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detenção seis meses a um ano, pagamento de 700 (setecentos) a 
1.500(mil e quinhentos) dias-multa, sem prejuízo das penas de 
advertência, prestação de serviços à comunidade e medida educativa 
de comparecimento a programa ou curso educativo. 
Temos ainda mais grupo de tipos penais previstos na Lei 11.343/06: os 
crimes SUBJACENTES ao tráfico de drogas 
São considerados crimes subjacentes à infração penal de tráfico de 
drogas as condutas previstas nos arts. 33, § 2º e § 3º, 38 e 39 DA Lei de 
Drogas. 
Denominam-se subjacentes em razão de serem condutas que não 
possuem relação direta com o tráfico, estando num patamar inferior e 
secundária do rol de atividades envolvidas na difusão das drogas. São, na 
verdade, condutas intermediárias. Vamos analisá-las: 
Æ INDUZIR, INSTIGAR ou AUXILIAR alguém ao uso indevido de droga: 
Pena - detenção, de 01 a 03 anos + multa de 100 a 300 dias-
multa. 
A intenção do legislador nesse crime foi o de corrigir uma 
desproporcionalidade, pois não se pode punir com as mesmas reprimendas 
aquele que fomenta o tráfico, vendendo as drogas, e aquele que induz ao uso. 
Necessário se faz a devida distinção, para efeito de aplicação da sanção penal. 
Daí resultou a diminuição da pena para esse crime de forma que o induzimento 
ao uso prevê apenas detenção de 01 a 03 anos. 
Æ OFERECER droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu 
relacionamento, PARA JUNTOS A CONSUMIREM: 
Pena - detenção, de 06 MESES a 01 ano + pagamento de 700 a 1.500 
dias-multa sem prejuízo das mesmas penas previstas para quem comete 
o crime de posse de drogas para CONSUMO PESSOAL. 
Esses são aqueles casos em que um sujeito adquire a droga e a reparte 
com um amigo, ou amigos, para junto consumirem. A Lei de Drogas instituiu, 
para tal conduta, tipificação própria, com pena mais branda. O crime em 
questão prevê pena de 6 meses a 1 ano de detenção para aquele que oferece 
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droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu 
relacionamento, para juntos a consumirem. 
Perceba que a droga deve ser oferecida DE MANEIRA EVENTUALE 
SEM OBJETIVO DE LUCRO, para uma pessoa PRÓXIMA ao agente. Do 
contrário, teremos o enquadramento no crime de tráfico ilícito de drogas!!! 
Æ PRESCREVER ou MINISTRAR, culposamente, drogas, sem que delas 
necessite o paciente, ou FAZÊ-LO EM DOSES EXCESSIVAS ou em desacordo 
com determinação legal ou regulamentar: 
Pena - detenção, de 06 MESES a 02 anos + pagamento de 50 a 
200 dias-multa. 
É preciso que você entenda que o médico nãos será punido somente se 
prescrever ou ministrar, culposamente, ao paciente dose evidentemente maior 
que a necessária ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar. O 
médico também será punido caso prescreva ou ministre, culposamente, 
drogas sem que o paciente necessite. 
Por último temos: 
Æ CONDUZIR embarcação ou aeronave após o consumo de drogas, expondo a 
DANO POTENCIAL a incolumidade de outrem: 
Pena - detenção, de 06 MESES a 03 anos, além da apreensão do 
veículo, cassação da habilitação respectiva ou proibição de obtê-
la, pelo mesmo prazo da pena privativa de liberdade aplicada + 
pagamento de 200 a 400 dias-multa. 
Frise-se que, se a embarcação ou aeronave servirem como transporte 
coletivo de passageiros, o crime passa a ser qualificado e serão aplicadas 
CUMULATIVAMENTE com as demais penas, as penas de prisão de 04 a 06 anos 
e de multa de 400 600 dias-multa. 
Voltando ao nosso exercício, estamos diante de uma questão simples da 
FGV, bastante recente e, veja, para cargo de DELEGADO DE POLÍCIA!! Ela só 
está cobrando de você o conhecimento de um dos crimes subjacentes ao de 
tráfico de drogas aqui estudados que é o de oferecer droga, eventualmente e 
sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a 
consumirem. 
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Para esse crime a Lei 11.343/06 prevê as penas de detenção, de 06 
MESES a 01 ano e pagamento de 700 a 1.500 dias-multa sem prejuízo das 
penas de advertência, prestação de serviços à comunidade e medida educativa 
de comparecimento a programa ou curso educativo (art. 33, § 3º). A questão 
traz de forma correta a fidelidade desse artigo. 
Gabarito: CORRETO 
25. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA CIVIL/ES – 2009] Se Y, 
imputável, oferecer droga a Z, imputável, sem objetivo de lucro, para 
juntos a consumirem, a conduta de Y se enquadrará à figura do uso e 
não da traficância. 
Exatamente!! A conduta descrita na questão não é a mesma daquelas 
previstas no crime de tráfico de drogas. Ao oferecer droga a Z, sem objetivo 
de lucro, para juntos a consumirem, a conduta de Y se enquadrará de fato à 
figura do uso. Tanto é que as penas para esse crime são mais brandas do que 
as previstas para o de tráfico de drogas. 
Gabarito: CORRETO 
26. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA FEDERAL – 2009] Nos 
crimes de tráfico de substâncias entorpecentes, é isento de pena o 
agente que, em razão da dependência ou sob o efeito, proveniente de 
caso fortuito ou força maior, de droga, era, ao tempo da ação ou da 
omissão, qualquer que tenha sido a infração penal praticada, 
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de 
determinar-se de acordo com esse entendimento. 
A Lei de Drogas regulamenta sete causas de aumento de pena. Antes de 
analisarmos causa por causa, é preciso que eu lhe diga que não são todos os 
crimes previstos nessa Lei que terão suas penas aumentadas por uma destas 
causas não. 
Só aos seguintes tipos penais, poderão incidir as causa aumentativas de 
pena: 
9 Crime de tráfico de drogas; 
9 Crime de tráfico de matéria prima; 
9 Crime de cultivo de plantas destinadas ao preparo da droga; 
9 Crime de utilização ou consentimento de local para a prática de tráfico; 
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9 Crime de induzimento ao uso de drogas; 
9 Crime de consumo de drogas em conjunto; 
9 Crime de tráfico de maquinários de drogas; 
9 Crime de associação ao tráfico; 
9 Crime de financiamento do tráfico de droga; 
9 Crime do informante colaborador do tráfico de drogas. 
Pois bem, os supracitados crimes terão suas penas aumentadas DE 1/6 
(UM SEXTO) A 2/3 (DOIS TERÇOS) se: 
ƒ a natureza, a procedência da substância ou do produto apreendido e as 
circunstâncias do fato evidenciarem a TRANSNACIONALIDADE do delito; 
ƒ o agente praticar o crime prevalecendo-se de FUNÇÃO PÚBLICA ou no 
DESEMPENHO de missão de educação, poder familiar, guarda ou 
vigilância; 
ƒ a infração tiver sido cometida nas DEPENDÊNCIAS ou IMEDIAÇÕES de 
estabelecimentos prisionais, de ensino ou hospitalares, de sedes de 
entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas, esportivas, ou 
beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem 
espetáculos ou diversões de qualquer natureza, de serviços de 
tratamento de dependentes de drogas ou de reinserção social, de 
unidades militares ou policiais ou em transportes públicos; 
ƒ o crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça, emprego de 
arma de fogo, ou qualquer processo de intimidação difusa ou coletiva; 
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ƒ caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou entre estes e o 
Distrito Federal; 
ƒ sua prática envolver ou visar a atingir criança ou adolescente ou a quem 
tenha, por qualquer motivo, diminuída ou suprimida a capacidade de 
entendimento e determinação; 
A proteção abrange a criança (até 12 anos) e o adolescente (entre 12 a 
18 anos) assim como também as pessoas com deficiência mental. 
Æ É ISENTO DE PENA o agente que, em razão da dependência, ou sob o 
efeito, proveniente de caso fortuito ou força maior, de droga, era, AO TEMPO 
DA AÇÃO OU DA OMISSÃO, QUALQUER QUE TENHA SIDO A INFRAÇÃO PENAL 
PRATICADA, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de 
determinar-se de acordo com esse entendimento. 
Æ As penas podem ser REDUZIDAS DE UM TERÇO A DOIS TERÇOS se, por 
força das circunstâncias acima previstas, o agente não possuía, ao tempo da 
ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato 
ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
Ou seja: 
* INTEIRAMENTE INCAPAZ Æ isento de pena 
* PLENA CAPACIDADE REDUZIDA Æ pena pode ser reduzida de um terço a 
dois terços 
ƒ o agente financiar ou custear a prática do crime 
Pois bem, falamos sobre as causas aumentativas de pena. 
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Aí você me pergunta: professor, e só existem causas aumentativas de 
pena? Não será possível alguém que cometeu um dos crimes estudados nesses 
tópicos ter sua pena reduzida? 
Resposta: claro que sim!! A Lei de Drogas prevê essa situação e estabelece 
que o indiciado ou acusado que colaborar VOLUNTARIAMENTE com a 
investigação policial e o processo criminal na identificação dos demais co-
autores ou partícipes do crime e na recuperação total ou parcial do produto 
do crime, no caso de condenação, TERÁ PENA REDUZIDA DE UM TERÇO A 
DOIS TERÇOS. 
Pois bem, você acabou de aprender que, se nas circunstâncias 
apresentadas na assertiva, o agente for INTEIRAMENTE INCAPAZ de entender 
o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento, 
ele será ISENTO DA PENA. Mas não se esqueça: se nas mesmas circunstâncias, 
ele for apenas com a PLENA CAPACIDADE REDUZIDA, ele não será isento de 
pena e, sim, sua pena poderá ser reduzido de um terço a dois terços. 
Gabarito: CORRETO 
27. [CEV/UECE – AGENTE PENITENCIÁRIO – SEJUS/CE – 2011] 
Conforme determinação do art. 41 da Lei 11.343/06, o indiciado ou 
acusado quecolaborar voluntariamente com a investigação policial e 
com o processo criminal na identificação dos demais coautores e 
partícipes do crime, no caso de condenação, terá pena reduzida de 
1/6(um sexto) a 2/6 (dois sextos). 
Assim como a Lei de Drogas prevê as causas aumentativas de pena, 
temos também a previsão de redução de pena de 01 TERÇO A 02 TERÇOS caso 
o indiciado ou acusado colabore VOLUNTARIAMENTE com a investigação 
policial e o processo criminal na identificação dos demais co-autores ou 
partícipes do crime e na recuperação total ou parcial do produto do crime, no 
caso de condenação. A questão equivoca-se ao afirmar que a pena será 
reduzida de 1/6 a 2/6. 
Gabarito: ERRADO 
[CESPE – AGENTE DE POLICIA SUBST.– POLICIA CIVIL/RN – 2008] 
Acerca das disposições da Lei n.º 11.343/2006, que estabelece normas 
para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de 
drogas, julgue os itens a seguir. 
28. Essa lei trouxe nova previsão de concurso eventual de agentes 
como causa de aumento de pena, razão pela qual não é ilegal a 
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condenação do réu pelo delito de tráfico com a pena acrescida dessa 
majorante. 
Acabamos de revisar as causas aumentativas de pena e você pode 
conferir que não há previsão de concurso eventual de agentes como causa de 
aumento de pena. O que há na verdade é um crime tipificado para quem se 
associa com duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou 
não, qualquer dos crimes equiparados ao de tráfico de drogas, previstos na Lei 
11.343/06. Quem assim o fizer incorrerá nas penas de reclusão, de 03 a 10 
anos e de pagamento de 700 a 1.200 dias-multa. 
Gabarito: ERRADO 
29. Terá a pena reduzida de um a dois terços o agente que, em razão 
da dependência de droga, era, ao tempo da ação ou da omissão, 
qualquer que tenha sido a infração penal praticada, inteiramente 
incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de 
acordo com esse entendimento. 
Esse item é uma daquelas pegadinhas maldosas do CESPE!! 
Vou revisar: se na prática do crime acima descrito o agente for 
INTEIRAMENTE INCAPAZ ele será isento de pena. Se tiver sua PLENA 
CAPACIDADE REDUZIDA, sua pena pode ser reduzida de um terço a dois 
terços. A questão troca um pelo outro ao afirmar que estando inteiramente 
incapaz terá sua pena reduzida quando certo seria dizer que será ISENTO de 
pena. Iguais a essa você não erra mais!! 
Gabarito: ERRADO 
30. [FGV – DELEGADO DE POLICIA – SEAD/AP – 2010] Uma vez 
encerrado o prazo do inquérito, e não havendo diligências necessárias 
pendentes de realização, a autoridade de polícia judiciária relatará 
sumariamente as circunstâncias do fato, justificando as razões que a 
levaram à classificação do delito, indicando a quantidade e natureza da 
substância ou do produto apreendido, o local e as condições em que se 
desenvolveu a ação criminosa, as circunstâncias da prisão, a conduta, 
a qualificação e os antecedentes do agente. 
Já estudamos o procedimento penal para o crime de POSSE DE DROGAS 
PARA O USO DE CONSUMO PESSOAL. Vimos que é um rito bastante rápido e 
que tende a facilitar a vida do usuário de drogas. Agora, estudaremos o 
procedimento penal - à luz das disposições trazidas pela Lei de Drogas - 
referente aos crimes de tráfico de drogas, seus assemelhados e subjacentes. 
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A Lei de Drogas estabelece que, ocorrendo prisão em flagrante, a 
autoridade de polícia judiciária fará, IMEDIATAMENTE, comunicação ao juiz 
competente, remetendo-lhe cópia do auto lavrado, do qual será dada vista ao 
órgão do Ministério Público, em 24 (vinte e quatro) horas. 
Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e 
estabelecimento da materialidade do delito, é suficiente o laudo de 
constatação da natureza e quantidade da droga, firmado por perito oficial ou, 
na falta deste, por pessoa idônea. 
O inquérito policial será concluído nos seguintes prazos: 
ƒ 30 dias, se o indiciado estiver PRESO 
ƒ 90 dias, quando solto. 
Atenção: Os prazos acima poderão ser duplicados pelo juiz, ouvido o 
Ministério Público, mediante pedido justificado da autoridade de polícia 
judiciária. 
Terminados os prazos acima citados, a autoridade de polícia judiciária, 
remetendo os autos do inquérito ao juízo procederá com UMA DAS DUAS 
CONDUTAS A SEGUIR: 
9 Ou ele relatará sumariamente as circunstâncias do fato, justificando as 
razões que a levaram à classificação do delito, indicando a quantidade 
e natureza da substância ou do produto apreendido, o local e as 
condições em que se desenvolveu a ação criminosa, as circunstâncias 
da prisão, a conduta, a qualificação e os antecedentes do agente; 
9 Ou requererá sua devolução para a realização de diligências 
necessárias. 
A remessa dos autos far-se-á sem prejuízo de diligências 
complementares. 
Pois bem, a nossa questão relata direitinho um dos procedimentos acima 
citados!! Você o encontra no art. 51, inciso I, da Lei de Drogas!! 
Gabarito: CORRETO 
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31. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA CIVIL/ES – 2009] 
Suponha que policiais civis, investigando a conduta de Carlos, 
imputável, suspeito de tráfico internacional de drogas, tenham-no 
observado no momento da obtenção de grande quantidade de cocaína, 
acompanhando veladamente a guarda e o depósito do entorpecente, 
antes de sua destinação ao exterior. Buscando obter maiores 
informações sobre o propósito de Carlos quanto à destinação da droga, 
mantiveram o cidadão sob vigilância por vários dias e lograram a 
apreensão da droga, em pleno transporte, ainda em território nacional. 
A ação da polícia resultou na prisão em flagrante de Carlos e de outros 
componentes da quadrilha por tráfico de drogas. Nessa situação, ficou 
evidenciada a hipótese de flagrante provocado, inadmissível na 
legislação brasileira. 
¾ Em QUALQUER FASE DA PERSECUÇÃO CRIMINAL relativa aos crimes 
previstos nesta Lei, são permitidos, além dos previstos em lei, mediante 
autorização judicial e ouvido o Ministério Público, os seguintes 
procedimentos investigatórios: 
a INFILTRAÇÃO POR AGENTES DE POLÍCIA, em tarefas de 
investigação, constituída pelos órgãos especializados pertinentes; 
A NÃO-ATUAÇÃO POLICIAL sobre os portadores de drogas, seus 
precursores químicos ou outros produtos utilizados em sua produção, 
que se encontrem no território brasileiro, com a finalidade de 
identificar e responsabilizar maior número de integrantes de operações 
de tráfico e distribuição, sem prejuízo da ação penal cabível. 
Professor, mas o que significa essa não-atuação? Não consegui entendê-
la!! 
É simples: em uma investigação, alguns policiais já descobriram o 
portador ou os portadores da droga alvos da investigação em curso, já têm 
também provas para enquadrá-lo no crime de tráfico de drogas, porém acham 
por bem não prendê-lo ainda e continuar o observando com o intuito de 
descobrir quem mais está envolvido ou tem relação com esse crime. 
Ou seja, os policiais já poderiam enquadrá-lo e prendê-lo em flagrante 
delito, mas abrem mão dessa prerrogativa para “esperar mais um pouco” e 
pegar mais gente na surdina!!! 
Mas tem um detalhe também relevante: 
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A Lei de Drogas versa que na hipótese da não-atuação, a autorização será 
concedida DESDE QUE SEJAM CONHECIDOS O ITINERÁRIO PROVÁVEL E A 
IDENTIFICAÇÃO DOS AGENTES DO DELITO OU DE COLABORADORES. 
A questão em análise fala

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