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CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 1 AULA – 01 Olá caro aluno e futuro Analista Judiciário (AJAJ) do STJ, Primeiramente gostaria de agradecer-lhe pelo privilégio de tê-lo como meu aluno nessa preparação para o importantíssimo concurso STJ!! Sou Marcos Girão, servidor público federal, Técnico do Banco Central do Brasil. Atualmente exerço minhas funções de Técnico no Departamento de Segurança do Banco em Brasília. Exerço atividades de gestão da segurança patrimonial, em especial, coordenando um Grupo de Trabalho que estuda, pesquisa e implementa ações e atividades voltadas à Gestão de Riscos Operacionais e Continuidade de Negócios. Fui também colaborador em outro importante Grupo de Trabalho que desenvolveu a Política de Segurança do Banco Central e o Plano Diretor de Segurança do Banco para o biênio 2012- 2014. Sou graduado em Gestão Pública, pela FATEC – Curitiba, e Pós- graduando em Segurança Pública pela Faculdade Darcy Ribeiro. Iniciaremos, a partir de hoje, uma grande e boa jornada de exercícios referente à LEGISLAÇÃO ESPECIAL (ou extravagante, como queira chamar) presente na parte de CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS do seu concurso. Você terá contato com um grande, senão o maior, banco de dados de questões mais recentes das principais bancas de concursos do país sobre os assuntos a serem por nós estudados. E como não poderia deixar de ser: VOCÊ TERÁ CONTATO A QUASE TOTALIDADE DE QUESTÕES CESPE sobre os temas. Como você já está cansado de saber, o CESPE aplicará a sua famosa metodologia de questões CERTO/ERRADO. Como o histórico de questões dessa banca não é tão grande assim se comparado a outros assuntos de seu edital, faremos, durante a nossa jornada, um mix de questões de outras bancas adaptadas para essa metodologia. Mas aí você me pergunta: professor, não sairia do foco usar questões de outras organizadoras? Claro que não!! Ter contato com essas questões lhe auxiliará em muito no seu aprendizado, pois serão ferramentas importantes que lhe ajudarão na consolidação do conhecimento. Bom, vamos então a metodologia que usarei nesse curso!! No início de cada aula, você será apresentado a uma lista de questões, em forma de simulado. Essas questões virão, nesse primeiro momento, sem nenhum comentário e apenas com seu gabarito ao final. Pra que isso? Vou pedir a você que tente resolvê-las antes de ver seus respectivos comentários, CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 2 como se estivesse em situação real de prova. Gaste um tempo de seu estudo tentando respondê-las sem se preocupar com nível e quantidade de acertos nesse primeiro momento. Depois de tentar a resolução das questões, cheque o gabarito e em seguida aperfeiçoe seus conhecimentos estudando com os nossos comentários os quais estarão dispostos em forma de boas revisões. Se, no momento preliminar você tiver obtido um bom nível de acertos, a revisão lhe servirá de consolidação ainda maior do aprendizado. Se, do contrário, tiver tido alguma dificuldade, fique tranqüilo, pois ao final dos comentários-revisão seus conhecimentos estarão em outro patamar e você estará no ponto para acertar qualquer questão de sua prova!! A agenda de nosso curso será a seguinte: AULA 01 - Crimes previstos na Lei no 11.343/2006 - Continuação - Procedimentos previstos na Lei nº 11.343/2006. AULA 02 - Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei no 8.069/1990) – Introdução AULA 03 - Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei no 8.069/1990) – Atos infracionais, infrações administrativas e crimes tipificados AULA 04 - Crimes de tortura (Lei no 9.455/1997). - Crimes hediondos (Lei no 8.072/1990). - Crimes de abuso de autoridade (Lei no 4.898/1965). AULA 05 - Crimes contra a ordem tributária (Lei no 8.137/1990). - Crimes contra as finanças públicas (Lei no 10.028/2000). AULA 06 - Crimes contra o meio ambiente (Lei no 9.605/1998 e alterações). CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 3 Todos os comentários das questões serão extraídos do nosso curso completo TEÓRICO de LEGISLAÇÃO ESPECIAL, também disponível no Ponto. Caso você ainda não o tenha e considere que precise também do curso completo, acesse o link abaixo e adquira-o já!! http://cursos.pontodosconcursos.com.br/cursos/produtos_descricao.asp?desc= n&lang=pt_BR&codigo_produto=2706 Bom, vamos então ao que interessa. Como havia dito, a seguir as questões de nossa aula dispostas por assunto e com o gabarito ao seu final. Tente resolvê-las com o conhecimento que você já adquiriu em seus estudos!! I – ESTUDO DA LEI 11.343/06 – LEI DE DROGAS 01. [CEV/UECE – AGENTE PENITENCIÁRIO – SEJUS/CE – 2011] A Lei 11.343/06, prescrevendo medidas para prevenção do uso indevido de drogas, instituiu o SISNAD. 02. [CESPE – DELEGADO DE POLICIA SUBST. – POLICIA CIVIL/ES – 2011] A conduta de porte de drogas para consumo pessoal possui a natureza de infração sui generis, porquanto o fato deixou de ser rotulado como crime tanto do ponto de vista formal quanto material. 03. [CEV/UECE – AGENTE PENITENCIÁRIO – SEJUS/CE – 2011] A conduta de quem traz consigo, para uso próprio, substância tida como entorpecente é fato tipificado como crime. 04. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA CIVIL/ES – 2009] Em decorrência da nova política criminal adotada pela legislação de tóxicos, a conduta do usuário foi descriminalizada, porquanto, segundo o que institui a parte geral do Código Penal, não se considera crime a conduta à qual a lei não comina pena de reclusão ou detenção. 05. [CESPE – AGENTE DE POLICIA SUBST.– POLICIA CIVIL/RN – 2008] A Lei 11.343/06 extinguiu o crime de posse de pequena quantidade de drogas CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 4 para consumo pessoal, recomendando apenas o encaminhamento do usuário para programas de tratamento de saúde. 06. [CESPE – ANAL. JUDICIARIO AREA JUDICIARIA – STJ – 2008] Quem tiver em depósito, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar poderá ser submetido a prestação de serviços à comunidade, a qual, em prol da dignidade da pessoa humana, a fim de não causar situação vexatória ao autor do fato, não poderá ser cumprida em entidades que se destinem à recuperação de usuários e dependentes de drogas. 07. [CESPE – ANAL. JUDICIARIO AREA JUDICIARIA – STF – 2008] A legislação descriminalizou a conduta de quem adquire, guarda, tem em depósito, transporta ou traz consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar. Atualmente, o usuário de drogas será isento da aplicação de pena e submetido a tratamento para recuperação e reinserção social. 08. [FUNCAB – AGENTE PENITENCIÁRIO – SEJUS/RO – 2010] Considerando que um usuário com 20 anos seja flagrado trazendo consigo, para uso próprio, pequena quantidade de droga, segundo o Art. 28 da referida Lei, este poderá ser submetido à pena de prisão simples, de seis meses a um, dois anos. 09. [FGV – ADVOGADO – SENADO FEDERAL – 2008] Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar só poderá ser submetido às seguintes penas: advertência sobre os efeitos das drogas, prestação de serviços à comunidade ou medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. 10. [CESPE – DELEGADO DE POLICIA – POLICIA CIVIL/PB – 2008] No caso de porte de substância entorpecentepara uso próprio, não se impõe prisão em flagrante, devendo o autor de fato ser imediatamente encaminhado ao juízo competente ou, na falta deste, assumir o compromisso de a ele comparecer. CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 5 11. [CESPE – ANAL. JUDICIARIO AREA JUDICIARIA – STF – 2008] É atípica a conduta do agente que semeia plantas que constituam matéria-prima para a preparação de drogas, ainda que sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar. 12. [FGV – ADVOGADO – SENADO FEDERAL – 2008] As glebas cultivadas com plantações ilícitas serão expropriadas, conforme o disposto no art. 243 da Constituição Federal, de acordo com a legislação em vigor. 13. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA CIVIL/TO – 2008] Considere que determinado cidadão guardasse, em sua residência, cerca de 21 kg de cocaína, em depósito, para fins de mercancia e que, durante uma busca realizada por ordem judicial em sua casa, a droga tenha sido encontrada e os fatos tenham sido imediatamente apresentados à autoridade policial competente. Nessa situação, esse cidadão não pode ser preso em flagrante, pois, no momento da abordagem, ele não praticava nenhum ato típico da traficância. 14. [CESPE – DELEGADO DE POLICIA SUBST. – POLICIA CIVIL/ES – 2011] Considere a seguinte situação hipotética. Cláudio, penalmente responsável, foi flagrado fazendo uso de um cigarro artesanal de maconha, sendo que em seu poder ainda foi encontrada quantidade significativa da mesma droga, acondicionada em pequenas trouxinhas, com preços distintos afixados em cada uma delas, bem como constatou-se que Cláudio, mesmo desempregado, trazia consigo anotações e valores que o ligavam, indubitavelmente, ao tráfico de drogas. Nessa situação hipotética, Cláudio responderá pelo crime de tráfico de entorpecentes e, mesmo que remanescente o crime de uso indevido de drogas, estarão excluídos os benefícios da lei atinente aos juizados especiais. 15. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA CIVIL/ES – 2009] Se um indivíduo, imputável, ao regressar de uma viagem realizada a trabalho na Argentina, for flagrado na fiscalização alfandegária trazendo consigo 259 frascos da substância denominada lança-perfume e, indagado a respeito do material, alegar que desconhece as propriedades toxicológicas da substância e sua proibição no Brasil em face do uso frequente nos bailes carnavalescos, onde pretende comercializar o produto, nessa situação, a alegação de desconhecimento das propriedades da substância e ignorância da lei será inescusável, não se configurando erro de proibição. CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 6 16. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA CIVIL/ES – 2009] O agente que infringe o tipo penal da lei de drogas na modalidade de importar substância entorpecente será também responsabilizado pelo crime de contrabando, visto que a droga, de qualquer natureza, é também considerada produto de importação proibida. 17. [CESPE - POLICIA RODOVIARIA FEDERAL – 2008 – ADAP.] A legislação em vigor acerca do tráfico ilícito de entorpecente possibilita ao condenado por tráfico ilícito de entorpecente, desde que seja réu primário, com bons antecedentes e que não se dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa, a redução de um sexto a dois terços de sua pena, bem como a conversão desta em penas restritivas de direitos, desde que cumpridos os mesmos requisitos exigidos para a redução da pena. 18. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA CIVIL/ES – 2009] É vedada a progressão de regime do réu condenado por tráfico de drogas, devendo aquele cumprir a totalidade da pena em regime fechado. 19. [CEV/UECE – AGENTE PENITENCIÁRIO – SEJUS/CE – 2011] Para que se configure o crime de Associação para o Tráfico, previsto no art. 35 da Lei 11.343/06, é necessária a associação de, no mínimo, três pessoas. [CESPE – AGENTE DE POLICIA SUBST.– POLICIA CIVIL/RN – 2008] Acerca das disposições da Lei n.º 11.343/2006, que estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas, julgue o item a seguir. 20. A vedação expressa pela referida lei do benefício da liberdade provisória na hipótese de crimes de tráfico ilícito de entorpecentes é, por si só, motivo suficiente para impedir a concessão dessa benesse ao réu preso em flagrante. 21. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA FEDERAL – 2009] É atípica, por falta de previsão na legislação pertinente ao assunto, a conduta do agente que simplesmente colabora, como informante, com grupo ou associação destinada ao tráfico ilícito de entorpecentes. CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 7 22. [FGV – ADVOGADO – SENADO FEDERAL – 2008] É crime a associação de duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou não, qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 da Lei 11.343/2006. 23. [FGV – DELEGADO DE POLICIA – SEAD/AP – 2010] O crime de tráfico de drogas (art. 33, da Lei 11.343/2006) é inafiançável, insuscetível de graça, indulto, anistia, liberdade provisória e livramento condicional. 24. [FGV – DELEGADO DE POLICIA – SEAD/AP – 2010] O oferecimento da substância entorpecente Cannabis sativa L. (popularmente conhecida como maconha) a outrem sem objetivo de lucro e para consumo conjunto constitui conduta equiparada ao crime de tráfico de drogas (art. 33, §3º, da Lei 11.343/2006) punido com pena de detenção seis meses a um ano, pagamento de 700 (setecentos) a 1.500(mil e quinhentos) dias-multa, sem prejuízo das penas de advertência, prestação de serviços à comunidade e medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. 25. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA CIVIL/ES – 2009] Se Y, imputável, oferecer droga a Z, imputável, sem objetivo de lucro, para juntos a consumirem, a conduta de Y se enquadrará à figura do uso e não da traficância. 26. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA FEDERAL – 2009] Nos crimes de tráfico de substâncias entorpecentes, é isento de pena o agente que, em razão da dependência ou sob o efeito, proveniente de caso fortuito ou força maior, de droga, era, ao tempo da ação ou da omissão, qualquer que tenha sido a infração penal praticada, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 27. [CEV/UECE – AGENTE PENITENCIÁRIO – SEJUS/CE – 2011] Conforme determinação do art. 41 da Lei 11.343/06, o indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a investigação policial e com o processo criminal na identificação dos demais coautores e partícipes do crime, no caso de condenação, terá pena reduzida de 1/6(um sexto) a 2/6 (dois sextos). CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 8 [CESPE – AGENTE DE POLICIA SUBST.– POLICIA CIVIL/RN – 2008] Acerca das disposições da Lei n.º 11.343/2006, que estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas, julgue os itens a seguir. 28. Essa lei trouxe nova previsão de concurso eventual de agentes como causa de aumento de pena, razão pela qual não é ilegal a condenação do réu pelo delito de tráfico com a pena acrescida dessa majorante. 29. Terá a pena reduzida de um a dois terços o agente que, em razão da dependência de droga, era, ao tempo da ação ou da omissão, qualquer que tenha sido a infração penal praticada, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 30. [FGV – DELEGADO DE POLICIA – SEAD/AP – 2010] Uma vez encerradoo prazo do inquérito, e não havendo diligências necessárias pendentes de realização, a autoridade de polícia judiciária relatará sumariamente as circunstâncias do fato, justificando as razões que a levaram à classificação do delito, indicando a quantidade e natureza da substância ou do produto apreendido, o local e as condições em que se desenvolveu a ação criminosa, as circunstâncias da prisão, a conduta, a qualificação e os antecedentes do agente. 31. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA CIVIL/ES – 2009] Suponha que policiais civis, investigando a conduta de Carlos, imputável, suspeito de tráfico internacional de drogas, tenham-no observado no momento da obtenção de grande quantidade de cocaína, acompanhando veladamente a guarda e o depósito do entorpecente, antes de sua destinação ao exterior. Buscando obter maiores informações sobre o propósito de Carlos quanto à destinação da droga, mantiveram o cidadão sob vigilância por vários dias e lograram a apreensão da droga, em pleno transporte, ainda em território nacional. A ação da polícia resultou na prisão em flagrante de Carlos e de outros componentes da quadrilha por tráfico de drogas. Nessa situação, ficou evidenciada a hipótese de flagrante provocado, inadmissível na legislação brasileira. 32. [FGV – DELEGADO DE POLICIA – SEAD/AP – 2010] Em qualquer fase da persecução criminal relativa aos crimes previstos na Lei de Drogas, é permitida a infiltração por agentes de polícia, em tarefas de investigação, mediante autorização do Ministério Público. CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 9 33. [CESPE – DELEGADO DE POLICIA – POLICIA CIVIL/PB – 2008] É legalmente vedada a não-atuação policial aos portadores de drogas, a seus precursores químicos ou a outros produtos utilizados em sua produção, que se encontrem no território brasileiro. 34. [CESPE – DELEGADO DE POLICIA – POLICIA CIVIL/PB – 2008] Para a lavratura do auto de prisão em flagrante, é suficiente o laudo de constatação da natureza e quantidade da droga, o qual será necessariamente firmado por perito oficial. 35. [CESPE – DELEGADO DE POLICIA – POLICIA CIVIL/PB – 2008] O IP relativo a indiciado preso deve ser concluído no prazo de 30 dias, não havendo possibilidade de prorrogação do prazo. A autoridade policial pode, todavia, realizar diligências complementares e remetê-las posteriormente ao juízo competente. 36. [CESPE – DELEGADO DE POLICIA – POLICIA CIVIL/PB – 2008] Findo o prazo para conclusão do inquérito, a autoridade policial remete os autos ao juízo competente, relatando sumariamente as circunstâncias do fato, sendo-lhe vedado justificar as razões que a levaram à classificação do delito. 37. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA CIVIL/ES – 2009] Caso um indivíduo, imputável, seja abordado em uma blitz policial portando expressiva quantidade de maconha, sobre a qual alegue ser destinada a consumo pessoal, e, apresentado o caso à autoridade policial, esta defina a conduta como tráfico de drogas, considerando, exclusivamente, na ocasião, a quantidade de droga em poder do agente, agirá corretamente a autoridade policial, pois a quantidade de droga apreendida é o único dado a ser levado em consideração na ocasião da lavratura da prisão em flagrante. 38. [FGV – ADVOGADO – SENADO FEDERAL – 2008] O juiz, na fixação das penas dos crimes previstos na Lei 11.343/2006, considerará, com preponderância sobre o previsto no art. 59 do Código Penal, a natureza e a quantidade da substância ou do produto, a personalidade e a conduta social do agente. CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 10 39. [CESPE – JUIZ SUBSTITUTO – TJ/PB – 2011] Em se tratando de crime de tráfico de drogas, não se consideram, para a fixação da pena, com preponderância sobre o previsto no art. 59 do CP, a natureza e a quantidade da substância entorpecente. 40. [CESPE – DELEGADO DE POLICIA SUBST. – POLICIA CIVIL/ES – 2006] O delito de tráfico ilícito de entorpecentes refere-se a norma penal em branco estando seu complemento contido em norma de outra instância legislativa. Nos crimes tipificados na lei antitóxicos, a complementação está expressa em Portaria do Ministério da Saúde. 41. [CESPE – DELEGADO DE POLICIA SUBST. – POLICIA CIVIL/ES – 2011] Considere a seguinte situação hipotética. O comerciante Ronaldo mantém em estoque e frequentemente vende para menores em situação de risco (meninos de rua) produto industrial conhecido como cola de sapateiro. Flagrado pela polícia ao vender uma lata do produto para uma adolescente, o comerciante foi apresentado à autoridade policial competente. Nessa situação hipotética, caberá ao delegado de polícia a autuação em flagrante de Ronaldo, por conduta definida como tráfico de substância entorpecente. GABARITO 1 2 3 4 5 6 7 C E C E E E E 8 9 10 11 12 13 14 E C C E C E C 15 16 17 18 19 20 21 C E E E E C E 22 23 24 25 26 27 28 C E C C C E E 29 30 31 32 33 34 35 E C E E E E E 36 37 38 39 40 41 E E C E C E CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 11 RESOLUÇÃO E REVISÃO 01. [CEV/UECE – AGENTE PENITENCIÁRIO – SEJUS/CE – 2011] A Lei 11.343/06, prescrevendo medidas para prevenção do uso indevido de drogas, instituiu o SISNAD. A Lei 11.343/06 instituiu o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas – Sisnad. O Sisnad é composto por órgãos e entidades da Administração Pública que, em atuação conjunta, têm a finalidade de articular, integrar, organizar e coordenar as atividades relacionadas com a prevenção do uso indevido, a atenção e a reinserção social de usuários e dependentes de drogas, bem como as atividades de repressão ao uso, ao tráfico e à produção ilegal de drogas. Para a realização dessas finalidades, o Sisnad deve agir pautado por uma série de princípios elencados no art. 4º da Lei 11.343/06. Esses princípios constituem importantes instrumentos de efetivação das políticas públicas. Sugiro a você, caro aluno, que dê uma lida no supracitado artigo e veja quais são esses princípios. Como não há históricos de questões sobre eles, não será nosso foco o estudo de tais princípios. A Lei de Drogas, em seu art. 5º, dá continuidade à disposição sobre as diretrizes norteadoras das atividades do Sisnad, dispondo sobre os objetivos básicos desse Sistema, todos eles referentes à prevenção e à repressão das drogas. Sobre o Sisnad é isso que você precisa saber, caro aluno. As provas para de concurso não costumam trazer questões específicas sobre esse sistema de órgãos, mas, pela sua importância no contexto do estudo da Lei de Drogas, eu não poderia deixar de falar sobre ele. A assertiva da questão traz exatamente uma das finalidades do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas – Sisnad que é a de COORDENAR AS ATIVIDADES RELACIONADAS COM A PREVENÇÃO do uso indevido, a atenção e a reinserção social de usuários e dependentes de drogas. Gabarito: CORRETO 02. [CESPE – DELEGADO DE POLICIA SUBST. – POLICIA CIVIL/ES – 2011] A conduta de porte de drogas para consumo pessoal possui a natureza de infração sui generis, porquanto o fato deixou de ser rotulado como crime tanto do ponto de vista formal quanto material. CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 12 Antes de respondermos a essa questão, é de fundamental importância definirmos quem é o usuário, em que consiste ser usuário. Usuário de drogas é quem ADQUIRE, GUARDA, TEM EM DEPÓSITO, TRANSPORTA OU TRAZ CONSIGO, PARA CONSUMO PESSOAL, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ouregulamentar. Quem pratica, portanto, qualquer uma das condutas acima citadas, comete o crime de posse de drogas para COMSUMO PESSOAL tipificado no art. 28 da Lei de Drogas. O delito é consumado consuma com a prática de qualquer uma das condutas descritas no tipo sem que seja necessária a ocorrência de nenhum resultado. Observe, no entanto que as condutas que consistem em guardar, ter em depósito e trazer consigo são permanentes e, desta forma, retratam um delito permanente, que se protrai no tempo. Já as condutas de adquirir e transportar são instantâneos, ou seja, traduzem delitos instantâneos, cuja consumação ocorre em momento específico, sem se prolongar pelo tempo. Visto isso, a Lei de Drogas prevê as seguintes penas (ou medidas educativas) para o USUÁRIO DE DROGAS, ou seja, para quem adquire, guarda, tem em depósito, transporta ou traz consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: ADVERTÊNCIA SOBRE OS EFEITOS DAS DROGAS; PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE; MEDIDA EDUCATIVA DE COMPARECIMENTO A PROGRAMA OU CURSO EDUCATIVO. Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, SEMEIA, CULTIVA ou COLHE plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica. ¾ Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, O JUIZ atenderá: • à natureza e à quantidade da substância apreendida; • ao local e às condições em que se desenvolveu a ação; CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 13 • às circunstâncias sociais e pessoais e; • à conduta e aos antecedentes do agente. Perceba, caro aluno, que não mais existe a previsão da pena privativa de liberdade para o usuário. De acordo com a nova lei não há qualquer possibilidade de imposição de pena privativa de liberdade para aquele que adquire, guarda, traz consigo, transporta ou tem em depósito droga para consumo pessoal ou para aquele que pratica a conduta equiparada (§ 1.º do art. 28). Preste bem atenção: mesmo que não seja mais previsto pena restritiva de liberdade para o crime em tela, não se pode dizer que houve a descriminalização da conduta. O fato continua a ter a natureza de crime, na medida em que a própria lei o inseriu no capítulo relativo aos crimes e às penas (Capítulo III); além do que as sanções só podem ser aplicadas por Juiz criminal, e não por autoridade administrativa, e mediante o devido processo legal. Pois bem, a questão afirma equivocadamente que essa conduta é uma infração sui generis. De jeito nenhum!! Mesmo com as novas disposições a conduta é ainda tipificada como CRIME!! Gabarito: ERRADO 03. [CEV/UECE – AGENTE PENITENCIÁRIO – SEJUS/CE – 2011] A conduta de quem traz consigo, para uso próprio, substância tida como entorpecente é fato tipificado como crime. Foi o que acabamos de comentar na questão anterior!! Caro aluno é muito comum em provas, questões que cobram do candidato o conhecimento sobre se é ou não crime a conduta de posse ou porte de drogas para consumo pessoal. Vou repetir para você nunca mais esquecer: A CONDUTA DE POSSE OU PORTE DE DROGAS PARA CONSUMO PESSOAL É SIM CRIME TIPIFICADO PELA LEI DE DROGAS!! Gabarito: CORRETO 04. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA CIVIL/ES – 2009] Em decorrência da nova política criminal adotada pela legislação de tóxicos, a conduta do usuário foi descriminalizada, porquanto, segundo CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 14 o que institui a parte geral do Código Penal, não se considera crime a conduta à qual a lei não comina pena de reclusão ou detenção. Agora fica fácil, não é mesmo? Perceba que a banca faz um floreado todo para tentar mostrar o porquê que a conduta do usuário foi descriminalizada, segundo a legislação de tóxicos atual. Ora, você já sabe que essa conduta NÃO foi descriminalizada!! Essa, já disse, é uma pergunta recorrente e séria candidata a estar em sua prova!! Gabarito: ERRADO 05. [CESPE – AGENTE DE POLICIA SUBST.– POLICIA CIVIL/RN – 2008] A Lei 11.343/06 extinguiu o crime de posse de pequena quantidade de drogas para consumo pessoal, recomendando apenas o encaminhamento do usuário para programas de tratamento de saúde. Mas uma questão que ERRA ao afirmar que o crime de posse ou porte de drogas para o consumo pessoal foi extinto pela Lei 11.343/06, a nossa Lei de Drogas (ou Lei de Tóxicos, com queria). Outro erro é afirmar que é recomendando, nesse caso, apenas o encaminhamento do usuário para programas de tratamento de saúde. De forma alguma!! Você estudou que as penas previstas para quem comete esse crime são: advertência sobre os efeitos das drogas, prestação de serviços à comunidade e a medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. É preciso lembrar também que a Lei prevê que o juiz determinará ao Poder Público que coloque à disposição do infrator, gratuitamente, estabelecimento de saúde, preferencialmente ambulatorial, para tratamento especializado. Isso não é uma recomendação e, sim, uma determinação da Lei!! Gabarito: ERRADO 06. [CESPE – ANAL. JUDICIARIO AREA JUDICIARIA – STJ – 2008] Quem tiver em depósito, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar poderá ser submetido a prestação de serviços à comunidade, a qual, em prol da dignidade da pessoa humana, a fim de não causar situação vexatória ao autor do fato, não poderá ser cumprida em entidades que se destinem à recuperação de usuários e dependentes de drogas. Para resolvermos essa questão que foi do último concurso do STJ para o seu cargo, vamos falar um pouco mais sobre as penas previstas na Lei 11.343/06 para aqueles que cometem o crime de uso de drogas para consumo pessoal: CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 15 A advertência não é uma repressão moral ou religiosa, mas sim jurídica, ou seja, preza-se uma sanção legal. Em contrapartida, abordam-se os efeitos prejudiciais da droga, para o próprio usuário, família, etc. Essa medida pode ocorrer no próprio Juizado Criminal. Ainda, pode ser aplicada isolada ou cumulativamente com as outras medidas, como também, ser substituída a qualquer tempo, sendo vedada a conversão em pena privativa de liberdade. O magistrado pode ainda valer-se de diferentes profissionais, tais como, psicólogos, médicos, assistentes sociais, etc, para eventual auxílio. As penas de PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE e de MEDIDA EDUCATIVA DE COMPARECIMENTO A PROGRAMA OU CURSO EDUCATIVO serão aplicadas pelo prazo máximo de 05 meses. Em caso de reincidência nessas penas o prazo máximo a elas aplicado será de 10 meses. Estabelece a Lei de Drogas que a prestação de serviços à comunidade será cumprida em programas comunitários, entidades educacionais ou assistenciais, hospitais, estabelecimentos congêneres, públicos ou privados sem fins lucrativos, que se ocupem, preferencialmente, DA PREVENÇÃO DO CONSUMO OU DA RECUPERAÇÃO DE USUÁRIOS E DEPENDENTES DE DROGAS. Atenção: a Lei prevê ainda que o juiz determinará ao Poder Público que coloque à disposição do infrator, gratuitamente, estabelecimento de saúde, preferencialmente ambulatorial, para tratamento especializado. Essa medida também poderá ser fixada isolada ou cumulativamente com as demais medidas alternativas. Cabe ao julgador fazer a diferenciação do mero usuário, ou dependente de drogas, distinção esta que será fundamental na escolha da medida educativa mais adequada ao caso concreto. Quanto às medidas educativas de comparecimentoa programas ou cursos educativos, caberá ao juiz fixá-las, bem como as freqüências a serem feitas. Desta forma, se não constar na sentença, caberá ao juiz de execuções delimitá-las. E aí você me pergunta: professor, já que não há penas restritivas de liberdade, o que acontece se a pessoa que cometeu esse crime recusar-se a cumprir qualquer uma dessas penas previstas? Bom, caso haja a recusa INJUSTIFICADA do agente em cumprir tais penas, também chamadas de medidas educativas, poderá o juiz submetê-lo, sucessivamente a: 9 admoestação verbal e 9 multa CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 16 Entenda que essas providências serão SUCESSIVAS, ou seja, primeiramente o juiz irá admoestar verbalmente o agente e, caso essa admoestação não traga o resultado esperado, ele aplicará a multa. A admoestação é uma repreensão, o juiz advertirá o agente sobre as conseqüências de sua desídia delituosa. Assim, haverá intimação do magistrado para que o agente compareça à audiência admonitória designada, onde será feita a advertência oral. Na imposição da MULTA, o juiz, atendendo à reprovabilidade da conduta, fixará o número de dias-multa, EM QUANTIDADE NUNCA INFERIOR A 40 (QUARENTA) NEM SUPERIOR A 100 (CEM), atribuindo depois a cada um, segundo a capacidade econômica do agente, o valor de um trinta avos até 3 (três) vezes o valor do maior salário mínimo. Os valores decorrentes da imposição da multa serão creditados à conta do FUNDO NACIONAL ANTIDROGAS. ¾ Prescrevem em 02 ANOS a imposição e a execução das penas, observado, no tocante à interrupção do prazo, o disposto nos arts. 107 e seguintes do Código Penal. A questão erra, portanto, ao afirmar que a pena de prestação de serviços à comunidade não poderá ser cumprida em entidades que se destinem à recuperação de usuários e dependentes de drogas. Muito pelo contrário!! Deve ser realizada PREFERENCIALMENTE nesses lugares. Gabarito: ERRADO 07. [CESPE – ANAL. JUDICIARIO AREA JUDICIARIA – STF – 2008] A legislação descriminalizou a conduta de quem adquire, guarda, tem em depósito, transporta ou traz consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar. Atualmente, o usuário de drogas será isento da aplicação de pena e submetido a tratamento para recuperação e reinserção social. Estou sendo repetitivo nas questões porque o próprio CESPE também assim o faz!! Não se espante se na sua prova cair uma questão muito semelhante. Essa, tenho certeza que você resolver num piscar de olhos, não é verdade?? CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 17 Não adianta mais o CESPE tentar lhe enganar afirmando que a conduta de uso de drogas para consumo pessoal está descriminalizada pela Lei 11.343/06, porque você já está cansado de sabe que não!! Gabarito: ERRADO 08. [FUNCAB – AGENTE PENITENCIÁRIO – SEJUS/RO – 2010] Considerando que um usuário com 20 anos seja flagrado trazendo consigo, para uso próprio, pequena quantidade de droga, segundo o Art. 28 da Lei 11.343/06, este poderá ser submetido à pena de prisão simples, de seis meses a um, dois anos. Você acabou de estudar que, para esse crime, não há previsão de pena restritiva de liberdade. As penas previstas para quem comete esse crime são: advertência sobre os efeitos das drogas, prestação de serviços à comunidade e a medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. Gabarito: ERRADO 09. [FGV – ADVOGADO – SENADO FEDERAL – 2008] Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar só poderá ser submetido às seguintes penas: advertência sobre os efeitos das drogas, prestação de serviços à comunidade ou medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. Perfeito!! Veja que muda a organizadora, mas abordagem é exatamente a mesma!! Essas são de fato as penas previstas para quem comete o CRIME de posse ou porte de drogas para COMSUMO PESSOAL. Gabarito: CORRETO 10. [CESPE – DELEGADO DE POLICIA – POLICIA CIVIL/PB – 2008] No caso de porte de substância entorpecente para uso próprio, não se impõe prisão em flagrante, devendo o autor de fato ser imediatamente encaminhado ao juízo competente ou, na falta deste, assumir o compromisso de a ele comparecer. A questão nos pede o conhecimento do processo penal para quem comete o crime de posse de drogas para o consumo pessoal. CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 18 Bom, esse crime, por não ser a ele prevista pena restritiva de liberdade, é considerado um crime de MENOR POTENCIAL OFENSIVO. Se é um crime de menor potencial ofensivo, e não fora cometido em concursos com os demais crimes previstos na Lei de Drogas (e que estudaremos mais adiante), quem o comete estará sujeito ao procedimento da Lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais – Lei n. 9.099/95 (arts. 60 e ss.). Para refrescar um pouco sua memória, vamos relembrar um pouco o conteúdo do referido artigo: Lei nº 9.099/95 Art. 60. O Juizado Especial Criminal, provido por juízes togados ou togados e leigos, tem competência para a conciliação, o julgamento e a execução das infrações penais de menor potencial ofensivo, respeitadas as regras de conexão e continência. Parágrafo único. Na reunião de processos, perante o juízo comum ou o tribunal do júri, decorrentes da aplicação das regras de conexão e continência, observar-se-ão os institutos da TRANSAÇÃO PENAL e da COMPOSIÇÃO DOS DANOS CIVIS. ¾ Tratando-se do CRIME DE POSSE DE DROGAS PARA O CONSUMO PESSOAL, NÃO SE IMPORÁ PRISÃO EM FLAGRANTE, devendo o autor do fato ser imediatamente encaminhado ao juízo competente ou, NA FALTA DESTE, assumir o compromisso de a ele comparecer, lavrando-se termo circunstanciado e providenciando-se as requisições dos exames e perícias necessários. ¾ Se ausente a autoridade judicial, as providências previstas acima serão tomadas de imediato pela autoridade policial, no local em que se encontrar, VEDADA A DETENÇÃO DO AGENTE. Para que fique bem claro, essa determinação legal funciona da seguinte forma: A autoridade policial que encontrar um usuário em situação de flagrância deverá tomar as seguintes atitudes: a) se houver Juízo, conduzi-lo coercitivamente para que a Secretaria do Juizado elabore o Termo Circunstanciado; CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 19 b) na falta do Juízo, abrem-se-lhe duas possibilidades: elaborar o termo circunstanciado no local dos fatos ou; encaminhar o agente para a Delegacia de Polícia, na qual será lavrado termo circunstanciado ou auto de prisão em flagrante, caso o Delegado entenda tratar-se ou não de usuário. A legislação afastou a atuação policial nos casos de usuários e dependentes de drogas, ou seja, ele deve ser levado, preferencialmente, ao juiz. Portanto, somente na falta deste é que deve ser encaminhado à Delegacia de Polícia para elaboração do termo circunstanciado. A vedação da prisão em flagrante para esse crime (se cometido sem o concurso de outros) é ABSOLUTA, não estando condicionada à aceitação do agente em cooperar com a Justiça. Não será possível a prisão em flagrante, nem mesmo se houver recusa do agente em comparecer em juízo. A assertiva de nossa questão traz de forma correta a regra acima discutida. Concluídos os procedimentos acima, o agente será submetido a exame de corpo de delito - se o requerer ou se a autoridade de políciajudiciária entender conveniente -, e em seguida LIBERADO. Todo o procedimento acima também se aplica ao semeador ou cultivador de planta tóxica com o fito de consumo próprio. Gabarito: CORRETO 11. [CESPE – ANAL. JUDICIARIO AREA JUDICIARIA – STF – 2008] É atípica a conduta do agente que semeia plantas que constituam matéria-prima para a preparação de drogas, ainda que sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar. A Lei 11.343/06, a nossa Lei de Drogas, determina que é INDISPENSÁVEL a licença prévia da autoridade competente para produzir, extrair, fabricar, transformar, preparar, possuir, manter em depósito, importar, exportar, reexportar, remeter, transportar, expor, oferecer, vender, comprar, trocar, ceder ou adquirir, para qualquer fim, drogas ou matéria-prima destinada à sua preparação, observadas as demais exigências legais. Ao estudar o crime de posse de drogas para CONSUMO PESSOAL você viu também que às mesmas penas submete-se quem, para seu consumo pessoal, SEMEIA, CULTIVA ou COLHE plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 20 física ou psíquica. Logo, por ser um tipo penal previsto na Lei 11.343/06, a afirmação de que essa conduta é atípica torna a questão errada. Gabarito: ERRADO 12. [FGV – ADVOGADO – SENADO FEDERAL – 2008] As glebas cultivadas com plantações ilícitas serão expropriadas, conforme o disposto no art. 243 da Constituição Federal, de acordo com a legislação em vigor. Sobre o plantio de drogas, versa ainda a Lei que as plantações ilícitas serão IMEDIATAMENTE destruídas pelas autoridades de polícia judiciária, que recolherão quantidade suficiente para exame pericial, de tudo lavrando auto de levantamento das condições encontradas, com a delimitação do local, asseguradas as medidas necessárias para a preservação da prova. ¾ A destruição de drogas será feita POR INCINERAÇÃO, no prazo MÁXIMO DE 30 DIAS, guardando-se as amostras necessárias à preservação da prova. ¾ As glebas (terrenos) de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas serão IMEDIATAMENTE EXPROPRIADAS e especificamente destinadas ao assentamento de colonos, para o cultivo de produtos alimentícios e medicamentosos, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei. (art. 243, cf/88) Versa ainda a Lei que a incineração será precedida de autorização judicial, ouvido o Ministério Público, e executada pela autoridade de polícia judiciária competente, na presença de representante do Ministério Público e da autoridade sanitária competente, mediante auto circunstanciado e após a perícia realizada no local da incineração. Gabarito: CORRETO 13. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA CIVIL/TO – 2008] Considere que determinado cidadão guardasse, em sua residência, cerca de 21 kg de cocaína, em depósito, para fins de mercancia e que, durante uma busca realizada por ordem judicial em sua casa, a droga tenha sido encontrada e os fatos tenham sido imediatamente apresentados à autoridade policial competente. Nessa situação, esse cidadão não pode ser preso em flagrante, pois, no momento da abordagem, ele não praticava nenhum ato típico da traficância. CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 21 Caro aluno, começaremos agora um passeio pelos importantes - e bem cobrados em provas - artigos 33 (caput e § 1º) a 36 da Lei de Drogas. São dispositivos que regulamentam o tratamento a ser dado para quem comete crime de tráfico ilícito de drogas e outros crimes assemelhados. Vamos em frente!! Æ Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena - reclusão de 05 a 15 anos + pagamento de 500 a 1.500 dias- multa. Quero aqui em primeira mão destacar a expressão "ainda que gratuitamente" que vem descrita após a série de verbos. Isto significa que todas essas ações recebem a marca da tipicidade penal e devem ser consideradas crimes de tráfico ilícito, MESMO QUANDO PRATICADAS SEM O OBJETIVO DE LUCRO. O essencial é que o agente ATUE COM A FINALIDADE de transferir para outro a droga ilícita. A questão afirma que determinado cidadão guarda em depósito, dentro de sua casa cerca de 21 kg de cocaína. Ora, caro aluno, primeira observação a ser feita: a quantidade de drogas é bastante significativa. Já não poderíamos enquadrá-lo no crime de posse de drogas para consumo pessoal. Em seguida, o item afirma que ele usa essa droga para fins de mercancia, ou seja, para venda. Se você der mais uma lida na redação do crime de tráfico ilícito de drogas, você constatará que uma das 18 condutas ali tipificadas é exatamente a de “guardar” drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar. E se a finalidade dele é a de vender a droga, aí é que estará mesmo consumado o delito. Nem tratamos ainda de como se dá a prisão para esse tipo de crime, mas essa informação é irrelevante frente à afirmação de que ele não praticava nenhum tipo de traficância. Lembre-se que existiria também o crime se ele estivesse guardando a droga para fornecê-la GRATUITAMENTE. Gabarito: ERRADO CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 22 14. [CESPE – DELEGADO DE POLICIA SUBST. – POLICIA CIVIL/ES – 2011] Considere a seguinte situação hipotética. Cláudio, penalmente responsável, foi flagrado fazendo uso de um cigarro artesanal de maconha, sendo que em seu poder ainda foi encontrada quantidade significativa da mesma droga, acondicionada em pequenas trouxinhas, com preços distintos afixados em cada uma delas, bem como constatou-se que Cláudio, mesmo desempregado, trazia consigo anotações e valores que o ligavam, indubitavelmente, ao tráfico de drogas. Nessa situação hipotética, Cláudio responderá pelo crime de tráfico de entorpecentes e, mesmo que remanescente o crime de uso indevido de drogas, estarão excluídos os benefícios da lei atinente aos juizados especiais. Perfeito!! Se Cláudio estivesse sido flagrado fazendo simplesmente o uso de um cigarro artesanal de maconha, ele apenas responderia pelo crime de posse de drogas para o consumo pessoal, crime de menor potencial ofensivo e que, de fato, lhe proporcionaria os benefícios da Lei de Juizados Especiais, dentre eles, o de transação penal e o de composição de danos civis. O problema é que ao portar quantidade significativa da mesma droga, acondicionada em pequenas trouxinhas, com preços distintos afixados em cada uma delas e ter consigo anotações e valores, Claúdio cometera o crime de tráfico ilícito de drogas. Esse crime, por prevê pena de reclusão de 05 a 15 anos, é um delito de maior potencial ofensivo e, por isso, Claúdio perde os benefícios da Lei 9.099/95 (Juizados Especiais Criminais). Gabarito: CORRETO 15. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA CIVIL/ES – 2009] Se um indivíduo, imputável, ao regressar de uma viagem realizada a trabalho na Argentina, for flagrado na fiscalização alfandegária trazendo consigo 259 frascos da substância denominada lança-perfume e, indagado a respeito do material, alegar que desconhece as propriedades toxicológicas da substância e sua proibição no Brasil em face do uso frequente nos bailes carnavalescos, onde pretende comercializar o produto, nessa situação,a alegação de desconhecimento das propriedades da substância e ignorância da lei será inescusável, não se configurando erro de proibição. Caro aluno, você que estuda direito penal, sabe que no erro de proibição o sujeito sabe o que faz, mas entende lícito quando, na verdade, é ilícito. O fato de um indivíduo, alegar desconhecer as propriedades toxicológicas da substância e a proibição de sua comercialização no Brasil, não é justificativa CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 23 plausível para trazer consigo 259 frascos de lança-perfume e ainda afirmar que irá comercializá-los. Para esse caso não há que se falar em erro de proibição. Gabarito: CORRETO 16. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA CIVIL/ES – 2009] O agente que infringe o tipo penal da lei de drogas na modalidade de importar substância entorpecente será também responsabilizado pelo crime de contrabando, visto que a droga, de qualquer natureza, é também considerada produto de importação proibida. O agente que importa substância entorpecente poderá sim cometer o tipo penal de tráfico ilícito de drogas e será, nesse caso, de fato, responsabilizado pelo crime de contrabando. O erro do item está em afirmar que a importação de droga de QUALQUER NATUREZA é configurada contrabando. Não é bem assim!! Há drogas regularizadas que podem ser importadas para o nosso país, desde que sejam respeitados os trâmites legais. Gabarito: ERRADO 17. [CESPE - POLICIA RODOVIARIA FEDERAL – 2008] A legislação em vigor acerca do tráfico ilícito de entorpecente possibilita ao condenado por tráfico ilícito de entorpecente, desde que seja réu primário, com bons antecedentes e que não se dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa, a redução de um sexto a dois terços de sua pena, bem como a conversão desta em penas restritivas de direitos, desde que cumpridos os mesmos requisitos exigidos para a redução da pena. Caro aluno, é importante que você não esqueça que a mesma pena prevista para o autor do crime tráfico ilícito de drogas é também cominada para sancionar outras formas típicas previstas na Lei de Drogas. Assim, incorre também na pena de reclusão de 05 a 15 anos, quem: Æ importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece, fornece, tem em depósito, transporta, traz consigo ou guarda, AINDA QUE GRATUITAMENTE, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas; Æ semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, de plantas que se constituam em matéria-prima para a preparação de drogas; CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 24 Æ utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse, administração, guarda ou vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, AINDA QUE GRATUITAMENTE, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas. A banca pode lhe cobrar o conhecimento das condutas (expressas pelos verbos acima) e também que, assim como o crime típico de tráfico de drogas, basta que o agente ATUE COM A FINALIDADE de transferir para outro matéria- prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas. Os crimes estarão consumados mesmo que não haja a obtenção do lucro. E o mais importante para a sua prova: ¾ Os crimes estudados nesse tópico são INAFIANÇÁVEIS e INSUSCETÍVEIS de sursis, graça, indulto, anistia e liberdade provisória, vedada a conversão de suas penas em restritivas de direitos. ¾ Nestes crimes dar-se-á o livramento condicional após o cumprimento DE DOIS TERÇOS DA PENA, vedada sua concessão ao reincidente específico. ¾ Nos crimes equiparados ao tráfico, definidos neste tópico, as penas PODERÃO SER REDUZIDAS de UM SEXTO A DOIS TERÇOS, vedada a conversão em penas restritivas de direitos, desde que CUMULATIVAMENTE: o agente seja PRIMÁRIO; de BONS ANTECEDENTES e; NÃO SE DEDIQUE às atividades criminosas NEM INTEGRE organização criminosa. Perceba que a Lei Antidrogas criou uma causa de redução de pena – de um sexto a dois terços – para beneficiar o delinqüente do primeiro crime e distingui-lo do traficante reincidente e integrante de quadrilhas ou organizações criminosas. Assim sendo, a lei garante ao primário e de bons antecedentes um incentivo penal para abandonar a prática do tráfico. Apesar de não ser um crime equiparado ao de tráfico ilícito de drogas, pois quem o comete não incorre nas mesmas penas, o crime a seguir tem íntima relação ao tráfico e também foi tipificado pela Lei de Drogas: CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 25 Æ Fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer, vender, distribuir, entregar a qualquer título, possuir, guardar ou fornecer, AINDA QUE GRATUITAMENTE, maquinário, aparelho, instrumento ou qualquer objeto destinado à FABRICAÇÃO, PREPARAÇÃO, PRODUÇÃO ou TRANSFORMAÇÃO de drogas, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena - reclusão, de 03 a 10 anos, + pagamento de 1.200 a 2.000 dias-multa. Ainda sobre a prática desses crimes podem recair os seguintes: Æ FINANCIAR ou CUSTEAR a prática de qualquer dos crimes previstos neste tópico: Pena - reclusão, de 08 a 20 anos + pagamento de 1.500 a 4.000 dias- multa. Æ Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, REITERADAMENTE OU NÃO, qualquer dos crimes previstos neste tópico: Pena - reclusão, de 03 a 10 anos + pagamento de 700 a 1.200 dias-multa. Do quadro acima temos o crime de financiamento do tráfico de drogas, que visa à punição daquele que abona dinheiro para um empreendimento vinculado ao tráfico de drogas. O legislador, por excesso de prudência, tipificou duas condutas: financiar e custear. Todavia, no nosso entender esses dois verbos convergem para a mesma direção, pois aquele que financia, está custeando, e vise-versa. Tanto é que o dicionário Aurélio traz como sinônimo de financiar o verbo custear. Esse crime possui uma das sanções mais altas do nosso ordenamento penal. Para esse crime, o legislador fixou a pena de 08 a 20 anos de reclusão, mais pagamento de 1.500 a 4.000 dias-multa. Tenta-se combater a mola propulsora do crime organizado que se esconde por de trás dos traficantes, ou seja, quer punir aquele que faz do tráfico sua empresa, injetando dinheiro a procura de lucros. CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 26 Nas mesmas penas (reclusão, de 03 a 10 anos + pagamento de 700 a 1.200 dias-multa) incorre quem se associa para a prática reiterada de financiamento ou custeio do tráfico ilícito de drogas. Para finalizarmos a análise dos crimes equiparados ao crime de TRÁFICO ILÍCITO DE DROGAS temos ainda a seguinte conduta: Æ Colaborar, como informante, com grupo, organização ou associação destinados à prática dos crimes de crime de tráfico de drogas, de tráfico de matéria-prima de cultivo de plantas destinadas à preparação da droga, de utilização ou consentimento de local para a prática de tráfico, de tráfico de maquinários de drogas, ou, ainda, do crime de financiamento do tráfico de drogas: Pena - reclusão, de 02 a 06 anos + pagamento de 300 a 700 dias- multa. Para falar bem a verdade, essa foi uma inovação trazida pela Lei de Drogas na medida em que tipificou a conduta do agente que participa do tráfico de drogas como informante colaborador de grupos, organizaçõesou associações. A intenção foi e é punir toda conduta que incentive e auxilie a prática do tráfico de drogas, ainda que essa conduta não seja de muita importância. Voltando a nossa questão, você viu que há de fato a possibilidade dada pela Lei de Drogas de o condenado ao tráfico ilícito de entorpecente ter reduzida de um sexto a dois terços sua pena desde que seja réu primário, com bons antecedentes e que não se dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa. O erro da questão consiste em afirmar que é possível também a conversão da pena em penas restritivas de direitos. De forma alguma!! Isso é exatamente o oposto do que afirma o art.44 da Lei 11.343/06. Gabarito: ERRADO 18. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA CIVIL/ES – 2009] É vedada a progressão de regime do réu condenado por tráfico de drogas, devendo aquele cumprir a totalidade da pena em regime fechado. É preciso lhe esclarecer que o tráfico ilícito de drogas, a partir da vigência da Lei 11.343/06, deixou de ser considerado um crime hediondo para ser apenas um crime a ele equiparado. Antes da publicação da Lei 11.464/2007, os condenados a crimes hediondos (ou equiparados) tinham que CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 27 cumprir toda a pena em regime fechado sem direito à progressão. No entanto, a partir de sua vigência, os condenados a esses crimes passaram a gozar do direito à progressão de 2/5 da pena se primários e 3/5 se reincidentes. Gabarito: ERRADO 19. [CEV/UECE – AGENTE PENITENCIÁRIO – SEJUS/CE – 2011] Para que se configure o crime de Associação para o Tráfico, previsto no art. 35 da Lei 11.343/06, é necessária a associação de, no mínimo, três pessoas. Para que seja caracterizado o crime de associação para o tráfico, tipificado no art. 35 da Lei 11.343/06, acabamos de revisar que basta A ASSOCIAÇÃO DE, NO MÍNIMO, DUAS PESSOAS. Gabarito: ERRADO [CESPE – AGENTE DE POLICIA SUBST.– POLICIA CIVIL/RN – 2008] Acerca das disposições da Lei n.º 11.343/2006, que estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas, julgue o item a seguir. 20. A vedação expressa pela referida lei do benefício da liberdade provisória na hipótese de crimes de tráfico ilícito de entorpecentes é, por si só, motivo suficiente para impedir a concessão dessa benesse ao réu preso em flagrante. Caro aluno, quero que você atente bem para o enunciado da questão: “acerca das disposições da Lei n.º 11.343/2006, que estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas, julgue o item a seguir.” Ao fazer esse enunciado, embora haja diversos entendimentos doutrinários, a organizadora quer que nos prendamos ESTRITAMENTE ao que diz a referida norma. E ela estabelece em seu art. 44 (que não fora ainda revogado) que o crime de tráfico de drogas é inafiançável, insuscetível de sursis, graça, indulto, anistia e LIBERDADE PROVISÓRIA. Dessa forma, de acordo com o que rege esse dispositivo legal, a vedação expressa do benefício da liberdade provisória na hipótese de crimes de tráfico ilícito de entorpecentes é REALMENTE, por si só, motivo suficiente para impedir a concessão dessa benesse ao réu preso em flagrante. Para a sua prova, é preciso que você preste bastante atenção ao enunciado da questão e perceba a quem a questão pede que você baseie sua resposta. Se ela pede que você responda segundo os ditames da Lei, obedeça!! CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 28 Gabarito: CORRETO 21. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA FEDERAL – 2009] É atípica, por falta de previsão na legislação pertinente ao assunto, a conduta do agente que simplesmente colabora, como informante, com grupo ou associação destinada ao tráfico ilícito de entorpecentes. Essa, caro aluno, está uma moleza na medida em que já estudou nessa aula que a Lei de Drogas tipificou sim a conduta de colaborar, como informante, com grupo ou associação destinada ao tráfico ilícito de entorpecentes. Quem assim o faz está sujeito às penas de reclusão, de 02 a 06 anos e pagamento de 300 a 700 dias-multa. É, portanto, uma conduta típica. Gabarito: ERRADO 22. [FGV – ADVOGADO – SENADO FEDERAL – 2008] É crime a associação de duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou não, qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 da Lei 11.343/2006. Isso mesmo!! Estudamos essa regra em nossa revisão é a redação do art. 32, § 4º da nossa lei em estudo. É o crime de associação para o tráfico de drogas!! Gabarito: CORRETO 23. [FGV – DELEGADO DE POLICIA – SEAD/AP – 2010] O crime de tráfico de drogas (art. 33, da Lei 11.343/2006) é inafiançável, insuscetível de graça, indulto, anistia, liberdade provisória e livramento condicional. Acabamos de revisar que de fato o crime de tráfico de drogas é inafiançável, insuscetível de graça, indulto, anistia, liberdade provisória, MAS NÃO de livramento condicional. Não há essa previsão!! Gabarito: ERRADO 24. [FGV – DELEGADO DE POLICIA – SEAD/AP – 2010] O oferecimento da substância entorpecente Cannabis sativa L. (popularmente conhecida como maconha) a outrem sem objetivo de lucro e para consumo conjunto constitui conduta equiparada ao crime de tráfico de drogas (art. 33, §3º, da Lei 11.343/2006) punido com pena de CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 29 detenção seis meses a um ano, pagamento de 700 (setecentos) a 1.500(mil e quinhentos) dias-multa, sem prejuízo das penas de advertência, prestação de serviços à comunidade e medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. Temos ainda mais grupo de tipos penais previstos na Lei 11.343/06: os crimes SUBJACENTES ao tráfico de drogas São considerados crimes subjacentes à infração penal de tráfico de drogas as condutas previstas nos arts. 33, § 2º e § 3º, 38 e 39 DA Lei de Drogas. Denominam-se subjacentes em razão de serem condutas que não possuem relação direta com o tráfico, estando num patamar inferior e secundária do rol de atividades envolvidas na difusão das drogas. São, na verdade, condutas intermediárias. Vamos analisá-las: Æ INDUZIR, INSTIGAR ou AUXILIAR alguém ao uso indevido de droga: Pena - detenção, de 01 a 03 anos + multa de 100 a 300 dias- multa. A intenção do legislador nesse crime foi o de corrigir uma desproporcionalidade, pois não se pode punir com as mesmas reprimendas aquele que fomenta o tráfico, vendendo as drogas, e aquele que induz ao uso. Necessário se faz a devida distinção, para efeito de aplicação da sanção penal. Daí resultou a diminuição da pena para esse crime de forma que o induzimento ao uso prevê apenas detenção de 01 a 03 anos. Æ OFERECER droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, PARA JUNTOS A CONSUMIREM: Pena - detenção, de 06 MESES a 01 ano + pagamento de 700 a 1.500 dias-multa sem prejuízo das mesmas penas previstas para quem comete o crime de posse de drogas para CONSUMO PESSOAL. Esses são aqueles casos em que um sujeito adquire a droga e a reparte com um amigo, ou amigos, para junto consumirem. A Lei de Drogas instituiu, para tal conduta, tipificação própria, com pena mais branda. O crime em questão prevê pena de 6 meses a 1 ano de detenção para aquele que oferece CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 30 droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem. Perceba que a droga deve ser oferecida DE MANEIRA EVENTUALE SEM OBJETIVO DE LUCRO, para uma pessoa PRÓXIMA ao agente. Do contrário, teremos o enquadramento no crime de tráfico ilícito de drogas!!! Æ PRESCREVER ou MINISTRAR, culposamente, drogas, sem que delas necessite o paciente, ou FAZÊ-LO EM DOSES EXCESSIVAS ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena - detenção, de 06 MESES a 02 anos + pagamento de 50 a 200 dias-multa. É preciso que você entenda que o médico nãos será punido somente se prescrever ou ministrar, culposamente, ao paciente dose evidentemente maior que a necessária ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar. O médico também será punido caso prescreva ou ministre, culposamente, drogas sem que o paciente necessite. Por último temos: Æ CONDUZIR embarcação ou aeronave após o consumo de drogas, expondo a DANO POTENCIAL a incolumidade de outrem: Pena - detenção, de 06 MESES a 03 anos, além da apreensão do veículo, cassação da habilitação respectiva ou proibição de obtê- la, pelo mesmo prazo da pena privativa de liberdade aplicada + pagamento de 200 a 400 dias-multa. Frise-se que, se a embarcação ou aeronave servirem como transporte coletivo de passageiros, o crime passa a ser qualificado e serão aplicadas CUMULATIVAMENTE com as demais penas, as penas de prisão de 04 a 06 anos e de multa de 400 600 dias-multa. Voltando ao nosso exercício, estamos diante de uma questão simples da FGV, bastante recente e, veja, para cargo de DELEGADO DE POLÍCIA!! Ela só está cobrando de você o conhecimento de um dos crimes subjacentes ao de tráfico de drogas aqui estudados que é o de oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem. CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 31 Para esse crime a Lei 11.343/06 prevê as penas de detenção, de 06 MESES a 01 ano e pagamento de 700 a 1.500 dias-multa sem prejuízo das penas de advertência, prestação de serviços à comunidade e medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo (art. 33, § 3º). A questão traz de forma correta a fidelidade desse artigo. Gabarito: CORRETO 25. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA CIVIL/ES – 2009] Se Y, imputável, oferecer droga a Z, imputável, sem objetivo de lucro, para juntos a consumirem, a conduta de Y se enquadrará à figura do uso e não da traficância. Exatamente!! A conduta descrita na questão não é a mesma daquelas previstas no crime de tráfico de drogas. Ao oferecer droga a Z, sem objetivo de lucro, para juntos a consumirem, a conduta de Y se enquadrará de fato à figura do uso. Tanto é que as penas para esse crime são mais brandas do que as previstas para o de tráfico de drogas. Gabarito: CORRETO 26. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA FEDERAL – 2009] Nos crimes de tráfico de substâncias entorpecentes, é isento de pena o agente que, em razão da dependência ou sob o efeito, proveniente de caso fortuito ou força maior, de droga, era, ao tempo da ação ou da omissão, qualquer que tenha sido a infração penal praticada, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. A Lei de Drogas regulamenta sete causas de aumento de pena. Antes de analisarmos causa por causa, é preciso que eu lhe diga que não são todos os crimes previstos nessa Lei que terão suas penas aumentadas por uma destas causas não. Só aos seguintes tipos penais, poderão incidir as causa aumentativas de pena: 9 Crime de tráfico de drogas; 9 Crime de tráfico de matéria prima; 9 Crime de cultivo de plantas destinadas ao preparo da droga; 9 Crime de utilização ou consentimento de local para a prática de tráfico; CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 32 9 Crime de induzimento ao uso de drogas; 9 Crime de consumo de drogas em conjunto; 9 Crime de tráfico de maquinários de drogas; 9 Crime de associação ao tráfico; 9 Crime de financiamento do tráfico de droga; 9 Crime do informante colaborador do tráfico de drogas. Pois bem, os supracitados crimes terão suas penas aumentadas DE 1/6 (UM SEXTO) A 2/3 (DOIS TERÇOS) se: a natureza, a procedência da substância ou do produto apreendido e as circunstâncias do fato evidenciarem a TRANSNACIONALIDADE do delito; o agente praticar o crime prevalecendo-se de FUNÇÃO PÚBLICA ou no DESEMPENHO de missão de educação, poder familiar, guarda ou vigilância; a infração tiver sido cometida nas DEPENDÊNCIAS ou IMEDIAÇÕES de estabelecimentos prisionais, de ensino ou hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas, esportivas, ou beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem espetáculos ou diversões de qualquer natureza, de serviços de tratamento de dependentes de drogas ou de reinserção social, de unidades militares ou policiais ou em transportes públicos; o crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça, emprego de arma de fogo, ou qualquer processo de intimidação difusa ou coletiva; CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 33 caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou entre estes e o Distrito Federal; sua prática envolver ou visar a atingir criança ou adolescente ou a quem tenha, por qualquer motivo, diminuída ou suprimida a capacidade de entendimento e determinação; A proteção abrange a criança (até 12 anos) e o adolescente (entre 12 a 18 anos) assim como também as pessoas com deficiência mental. Æ É ISENTO DE PENA o agente que, em razão da dependência, ou sob o efeito, proveniente de caso fortuito ou força maior, de droga, era, AO TEMPO DA AÇÃO OU DA OMISSÃO, QUALQUER QUE TENHA SIDO A INFRAÇÃO PENAL PRATICADA, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Æ As penas podem ser REDUZIDAS DE UM TERÇO A DOIS TERÇOS se, por força das circunstâncias acima previstas, o agente não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Ou seja: * INTEIRAMENTE INCAPAZ Æ isento de pena * PLENA CAPACIDADE REDUZIDA Æ pena pode ser reduzida de um terço a dois terços o agente financiar ou custear a prática do crime Pois bem, falamos sobre as causas aumentativas de pena. CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 34 Aí você me pergunta: professor, e só existem causas aumentativas de pena? Não será possível alguém que cometeu um dos crimes estudados nesses tópicos ter sua pena reduzida? Resposta: claro que sim!! A Lei de Drogas prevê essa situação e estabelece que o indiciado ou acusado que colaborar VOLUNTARIAMENTE com a investigação policial e o processo criminal na identificação dos demais co- autores ou partícipes do crime e na recuperação total ou parcial do produto do crime, no caso de condenação, TERÁ PENA REDUZIDA DE UM TERÇO A DOIS TERÇOS. Pois bem, você acabou de aprender que, se nas circunstâncias apresentadas na assertiva, o agente for INTEIRAMENTE INCAPAZ de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento, ele será ISENTO DA PENA. Mas não se esqueça: se nas mesmas circunstâncias, ele for apenas com a PLENA CAPACIDADE REDUZIDA, ele não será isento de pena e, sim, sua pena poderá ser reduzido de um terço a dois terços. Gabarito: CORRETO 27. [CEV/UECE – AGENTE PENITENCIÁRIO – SEJUS/CE – 2011] Conforme determinação do art. 41 da Lei 11.343/06, o indiciado ou acusado quecolaborar voluntariamente com a investigação policial e com o processo criminal na identificação dos demais coautores e partícipes do crime, no caso de condenação, terá pena reduzida de 1/6(um sexto) a 2/6 (dois sextos). Assim como a Lei de Drogas prevê as causas aumentativas de pena, temos também a previsão de redução de pena de 01 TERÇO A 02 TERÇOS caso o indiciado ou acusado colabore VOLUNTARIAMENTE com a investigação policial e o processo criminal na identificação dos demais co-autores ou partícipes do crime e na recuperação total ou parcial do produto do crime, no caso de condenação. A questão equivoca-se ao afirmar que a pena será reduzida de 1/6 a 2/6. Gabarito: ERRADO [CESPE – AGENTE DE POLICIA SUBST.– POLICIA CIVIL/RN – 2008] Acerca das disposições da Lei n.º 11.343/2006, que estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas, julgue os itens a seguir. 28. Essa lei trouxe nova previsão de concurso eventual de agentes como causa de aumento de pena, razão pela qual não é ilegal a CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 35 condenação do réu pelo delito de tráfico com a pena acrescida dessa majorante. Acabamos de revisar as causas aumentativas de pena e você pode conferir que não há previsão de concurso eventual de agentes como causa de aumento de pena. O que há na verdade é um crime tipificado para quem se associa com duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou não, qualquer dos crimes equiparados ao de tráfico de drogas, previstos na Lei 11.343/06. Quem assim o fizer incorrerá nas penas de reclusão, de 03 a 10 anos e de pagamento de 700 a 1.200 dias-multa. Gabarito: ERRADO 29. Terá a pena reduzida de um a dois terços o agente que, em razão da dependência de droga, era, ao tempo da ação ou da omissão, qualquer que tenha sido a infração penal praticada, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Esse item é uma daquelas pegadinhas maldosas do CESPE!! Vou revisar: se na prática do crime acima descrito o agente for INTEIRAMENTE INCAPAZ ele será isento de pena. Se tiver sua PLENA CAPACIDADE REDUZIDA, sua pena pode ser reduzida de um terço a dois terços. A questão troca um pelo outro ao afirmar que estando inteiramente incapaz terá sua pena reduzida quando certo seria dizer que será ISENTO de pena. Iguais a essa você não erra mais!! Gabarito: ERRADO 30. [FGV – DELEGADO DE POLICIA – SEAD/AP – 2010] Uma vez encerrado o prazo do inquérito, e não havendo diligências necessárias pendentes de realização, a autoridade de polícia judiciária relatará sumariamente as circunstâncias do fato, justificando as razões que a levaram à classificação do delito, indicando a quantidade e natureza da substância ou do produto apreendido, o local e as condições em que se desenvolveu a ação criminosa, as circunstâncias da prisão, a conduta, a qualificação e os antecedentes do agente. Já estudamos o procedimento penal para o crime de POSSE DE DROGAS PARA O USO DE CONSUMO PESSOAL. Vimos que é um rito bastante rápido e que tende a facilitar a vida do usuário de drogas. Agora, estudaremos o procedimento penal - à luz das disposições trazidas pela Lei de Drogas - referente aos crimes de tráfico de drogas, seus assemelhados e subjacentes. CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 36 A Lei de Drogas estabelece que, ocorrendo prisão em flagrante, a autoridade de polícia judiciária fará, IMEDIATAMENTE, comunicação ao juiz competente, remetendo-lhe cópia do auto lavrado, do qual será dada vista ao órgão do Ministério Público, em 24 (vinte e quatro) horas. Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e estabelecimento da materialidade do delito, é suficiente o laudo de constatação da natureza e quantidade da droga, firmado por perito oficial ou, na falta deste, por pessoa idônea. O inquérito policial será concluído nos seguintes prazos: 30 dias, se o indiciado estiver PRESO 90 dias, quando solto. Atenção: Os prazos acima poderão ser duplicados pelo juiz, ouvido o Ministério Público, mediante pedido justificado da autoridade de polícia judiciária. Terminados os prazos acima citados, a autoridade de polícia judiciária, remetendo os autos do inquérito ao juízo procederá com UMA DAS DUAS CONDUTAS A SEGUIR: 9 Ou ele relatará sumariamente as circunstâncias do fato, justificando as razões que a levaram à classificação do delito, indicando a quantidade e natureza da substância ou do produto apreendido, o local e as condições em que se desenvolveu a ação criminosa, as circunstâncias da prisão, a conduta, a qualificação e os antecedentes do agente; 9 Ou requererá sua devolução para a realização de diligências necessárias. A remessa dos autos far-se-á sem prejuízo de diligências complementares. Pois bem, a nossa questão relata direitinho um dos procedimentos acima citados!! Você o encontra no art. 51, inciso I, da Lei de Drogas!! Gabarito: CORRETO CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 37 31. [CESPE – AGENTE DE POLICIA – POLICIA CIVIL/ES – 2009] Suponha que policiais civis, investigando a conduta de Carlos, imputável, suspeito de tráfico internacional de drogas, tenham-no observado no momento da obtenção de grande quantidade de cocaína, acompanhando veladamente a guarda e o depósito do entorpecente, antes de sua destinação ao exterior. Buscando obter maiores informações sobre o propósito de Carlos quanto à destinação da droga, mantiveram o cidadão sob vigilância por vários dias e lograram a apreensão da droga, em pleno transporte, ainda em território nacional. A ação da polícia resultou na prisão em flagrante de Carlos e de outros componentes da quadrilha por tráfico de drogas. Nessa situação, ficou evidenciada a hipótese de flagrante provocado, inadmissível na legislação brasileira. ¾ Em QUALQUER FASE DA PERSECUÇÃO CRIMINAL relativa aos crimes previstos nesta Lei, são permitidos, além dos previstos em lei, mediante autorização judicial e ouvido o Ministério Público, os seguintes procedimentos investigatórios: a INFILTRAÇÃO POR AGENTES DE POLÍCIA, em tarefas de investigação, constituída pelos órgãos especializados pertinentes; A NÃO-ATUAÇÃO POLICIAL sobre os portadores de drogas, seus precursores químicos ou outros produtos utilizados em sua produção, que se encontrem no território brasileiro, com a finalidade de identificar e responsabilizar maior número de integrantes de operações de tráfico e distribuição, sem prejuízo da ação penal cabível. Professor, mas o que significa essa não-atuação? Não consegui entendê- la!! É simples: em uma investigação, alguns policiais já descobriram o portador ou os portadores da droga alvos da investigação em curso, já têm também provas para enquadrá-lo no crime de tráfico de drogas, porém acham por bem não prendê-lo ainda e continuar o observando com o intuito de descobrir quem mais está envolvido ou tem relação com esse crime. Ou seja, os policiais já poderiam enquadrá-lo e prendê-lo em flagrante delito, mas abrem mão dessa prerrogativa para “esperar mais um pouco” e pegar mais gente na surdina!!! Mas tem um detalhe também relevante: CURSO ON-LINE – LEGISLAÇÃO ESPECIAL EM EXERCÍCIOS – AJAJ - STJ PROFESSOR: MARCOS GIRÃO www.pontodosconcursos.com.br 38 A Lei de Drogas versa que na hipótese da não-atuação, a autorização será concedida DESDE QUE SEJAM CONHECIDOS O ITINERÁRIO PROVÁVEL E A IDENTIFICAÇÃO DOS AGENTES DO DELITO OU DE COLABORADORES. A questão em análise fala
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