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Faculdade de Engenharia Mecânica Departamento de Energia Geração e distribuição de vapor Joaquim E. A. Seabra ES672 Introdução • Principais formas de uso de energia em processos industriais: – Eletricidade, aquecimento por queima direta e vapor. • Utilização do vapor d’água: – Aquecimento em processos, controle de pressão e temperatura, acionamento mecânico, separação de componentes, fonte de água para reações. • Vantagens do vapor d’água: – Baixa toxidade, facilidade de transporte, alta eficiência do processo, calor específico elevado e baixo custo em relação a outras alternativas. 1720 Caldeira de Haycock 1769 Caldeira vagão, James Watt 1804 Caldeira de tubos, John Stevens 1877 Caldeira de tubos retos, Babcock e Wilcox 1880 Caldeira de tubos curvados, Stirling Caldeiras • Unidades geradoras de vapor (simplesmente, caldeira). • Classificação geral: – Aquatubulares – Flamotubulares – Elétricas Caldeiras flamotubulares • Água circula ao redor de diversos tubos, montados entre espelhos, na forma de um único feixe tubular. • Gases de combustão circulam por dentro dos tubos, em duas ou mais passagens, em direção da chaminé. • Aplicação restrita às operações que admitem o uso de vapor saturado. – Instalações de pequeno porte com pressões inferiores a 15 bar ou capacidades inferiores a 15 t/h de vapor saturado. • Em geral, apresentam menores gastos com manutenção. Caldeiras flamotubulares Caldeiras flamotubulares Caldeiras flamotubulares Caldeiras aquatubulares • Água circula por dentro de diversos tubos de pequeno diâmetro. • Tubos dispostos na forma de paredes d’água ou de feixes tubulares. • Tubos interligam usualmente dois ou mais reservatórios cilíndricos horizontais. – Tubulão superior (separação das fases); tubulão inferior (decantação e purga dos sólidos em suspensão) – Opção por um único tambor em unidades de grande pressão. • As de maior porte são montadas em campo e normalmente suspensas: – Permite livre dilação térmica durante o processo de aquecimento. – Tubos geralmente curvados para garantir a circulação eficiente da água. Caldeiras aquatubulares • Normalmente há duas seções de transferência de calor no interior da caldeira: – Seção de radiação: Troca de calor por radiação direta da chama aos tubos de água, os quais geralmente delimitam a câmara de combustão. – Seção de convecção: Troca de calor por convecção forçada, dos gases quentes que saíram da câmara de combustão atravessando um banco de tubos de água. Flamotubulares Aquatubulares Vantagens Atendem bem a demandas variáveis de vapor; são de fácil construção; não requerem tratamento apurado de água. Requerem pouca ou nenhuma alvenaria Suportam altas pressões (centenas de atm); grande área de troca de calor/volume; partida proporcionalmente mais rápida; capacidade de geração alta (em kg/h); boa circulação de água Desvantagens Partida lenta devido à grande massa de água; ocupam muito espaço para uma dada superfície de aquecimento; possuem circulação de água deficiente (convecção natural ou induzida); trabalham com pressões moderadas (até 15 atm) Requerem tratamento de água apurado; exigem sempre paredes de alvenaria especial (refratária); são sensíveis a demandas variáveis de vapor; exigem controle automático de fogo Aplicações Onde o vapor requerido é saturado e a pressões baixas. São as mais baratas Quando se necessita de grandes quantidades de vapor a alta pressão ou vapor superaquecido. Têm projeto, construção e manutenção mais caros Caldeiras mistas Caldeiras elétricas Caldeira a resistores Caldeira a eletrodos submersos Caldeira a eletrodos jateados Caldeiras de recuperação de calor • Gases de processo ou de combustão com temperatura alta o suficiente a partir dos quais se pode recuperar calor – Gases de alto forno, produtos de combustão de incineradores e fornos de alta temperatura. • Caldeira pode ser tanto aquatubular, quanto flamotubular • Usualmente se opta pela aquatubular para maiores capacidades. Caldeiras de recuperação de calor Principais componentes da caldeira Principais componentes da caldeira Principais componentes da caldeira a) Cinzeiro: em caldeiras de combustíveis sólidos, é o local onde se depositam as cinzas ou pequenos pedaços de combustível não queimado. b) Fornalha com grelha ou queimadores de óleo ou gás. c) Seção de irradiação: paredes da câmara de combustão revestidas internamente por tubos de água. d) Seção de convecção: feixe de tubos de água, recebendo calor por convecção forçada. e) Superaquecedor: trocador de calor que aquece o vapor saturado a vapor superaquecido. f) Economizador: trocador de calor que aquece a água de alimentação através do calor sensível dos gases de combustão saindo da caldeira. g) Pré-aquecedor de ar: trocador de calor que aquece o ar de combustão também trocando calor com os gases de exaustão da caldeira. h) Exaustor: faz a exaustão dos gases de combustão, fornecendo energia para vencer as perdas de carga devido à circulação dos gases. i) Chaminé: lança os gases de combustão ao meio ambiente, geralmente a uma altura suficiente para dispersão. Transferência de calor em caldeiras • Complexo conjunto de fenômenos envolvendo troca de calor por radiação, convecção e condução térmica. • Simplificação adequada: dividir a superfície de troca de calor em superfície de radiação e superfície de convecção. • Devido às condições de temperatura, geometria e velocidade, a troca de calor na fornalha, onde ocorre a combustão, é basicamente por radiação térmica. Transferência de calor em caldeiras • Desprezando a transferência de calor para o ambiente externo e assumindo que o combustível e o ar são fornecidos à temperatura de referência (T0), o balanço da taxa de energia se reduz a: onde ε é a emissividade combinada chama-fornalha. A equação assume que a temperatura de saída dos gases de combustão da fornalha representa a temperatura média da fornalha. 0TTcmQPCIm prodpprodrc 44 pprodr TTAQ Transferência de calor em caldeiras • Emissividade combinada depende de diversos fatores – Combustível, tipo de queimador, excesso de ar, composição média dos produtos de combustão, geometria da câmara de combustão. • Radiação térmica emitida pela chama: – Emissão de radiação de partículas de carbono incandescente e da emissividade dos gases de combustão, principalmente CO2 e H2O. – Emissividade dos gases varia com a temperatura e formato geométrico da câmara de combustão. • Ordem de grandeza da emissividade: 0,75 a 0,95 para chama de óleo e carvão pulverizado 0,55 a 0,80 para gases e combustível sólido em grelha Transferência de calor em caldeiras • Área de troca de calor representada pela superfície projetada dos tubos de troca de calor nas paredes da fornalha. • Caldeira flamotubular: – Fornalha cilíndrica completamente circundada por parede de água. – Superfície de troca é a própria superfície interna da fornalha. • Caldeiras aquatubulares: – Superfície efetiva de troca de calor depende do espaçamento dos tubos da parede de água, onde: projfSA Espaçamento entre os tubos = de → f = 1,0 Espaçamento entre os tubos = 2de → f = 0,9 Transferência de calor em caldeiras • Temperatura externa dos tubos é a temperatura da superfície de troca de calor. • Pouca resistência à troca de calor na água e na parede: – Extremamente altos coeficientes de troca de calor por convecção da água evaporando no interior dos tubos (da ordem de 5000 a 25000 W/m2K). – Espessuras de parede dos tubos metálicos relativamente pequenas. – Alta condutividade dos metais. • De maneira geral, pode-se assumir temperatura externa das superfícies de troca de 10 a 20 K maior que a temperatura do vapor saturado na caldeira, exceto no caso de superaquecedores. Transferência de calor em caldeiras • A superfície de convecção é tomada como as superfícies que não tem contato geométrico com a chama da fornalha, ou seja, aquelas não recebem radiação direta da chama. • Embora também ocorra troca de calor por radiação, este mecanismo não será considerado aqui por conta da sua menor importância na zona de convecção. Transferência de calor em caldeiras • Para caldeiras aquatubulares: 3/161,0 PrRe26,0Nu Tubos alinhados Arranjo em quicôncio 3/161,0 PrRe33,0Nu As equações valem para fluxo turbulento e para quantidade de fileiras de tubos maior ou igual a 10. Para o cálculo das propriedades dos fluidos, as temperaturas devem ser tomadas na temperatura média de mistura Exercício Uma caldeira flamotubular queimando óleo combustível tem dimensões da fornalha de 1,0 m no diâmetro interno e 4,3 m no comprimento. Calcular o consumo de óleo e a produção de vapor a 14 bar man. Dados de operação: Temperatura dos gases na saída da fornalha: 1100°C Temperatura dos gases na chaminé: 270°C PCI (óleo): 9200 kcal/kg Relação A/C estequiométrica: 14,7 Excesso de ar: 35% Emissividade combinada: 0,85 Temperatura da água de alimentação: 45°C cp médio dos gases de combustão: 1045 J/kg.K Exercício No projeto de um gerador de vapor (24 bar man.) alimentado a bagaço de cana, espera-se uma temperatura média dos gases da fornalha no valor de 1050°C. Para uma produção de 100t/h de vapor, o consumo estimado é de 10 kg/s de bagaço (50% de umidade), operando com 40% de excesso de ar. Faça uma estimativa da área de troca de calor na fornalha, considerando uma emissividade média de 0,75. Dados: Relação A/C estequiométrica: 3:1 (bagaço com 50% de umidade) PCI (b.u.): 2000 kcal/kg cp médio dos produtos da combustão: 1,05 kJ/kg.K Balanço energético de caldeiras • Uma avaliação completa da energia fornecida à câmara de combustão deve considerar: – Energia liberada pela própria combustão – Energia associada aos fluxos de massa do combustível e do ar de combustão – Energia associada à umidade do ar, vapor de nebulização e outros fluxos de massa envolvidos no processo de combustão Balanço energético de caldeiras Balanço energético de caldeiras Qtd energia que entra no VC da caldeira, denominada “calor disponível”; Qev energia absorvida pelas superfícies evaporativas; Qca energia absorvida no preaquecedor de ar; Qec energia absorvida no economizador; Qsa energia absorvida no superaquecedor; Qp2 perdas de calor nos gases de chaminé; Qp3 perdas de calor por combustão incompleta dada pela presença de gases combustíveis nos produtos da combustão (combustão química incompleta); Qp4 perdas de calor por combustão incompleta dada pela presença de carbono e fuligem nas cinzas (combustão “mecânica” incompleta); Qp5 perdas de calor para o meio ambiente, pelas paredes da caldeira; Qp6 perdas de calor pelo fato das cinzas serem removidas a alta temperatura; Balanço energético de caldeiras • O rendimento térmico representa a energia realmente aproveitada do total da energia investida no equipamento. • Cálculos aproximados desconsideram a energia associada aos fluxos de combustível e do ar de combustão. • Pode ser referenciado ao PCI (energia disponível), ou ao PCS (energia fornecida). Com base no PCI: 𝜂 = 𝑄𝑢 𝑚 𝑐𝑏𝑃𝐶𝐼 = 𝑚 𝑣 ℎ𝑣 − ℎ𝑎 𝑚 𝑐𝑏𝑃𝐶𝐼 𝜂 = 1 − 𝑄𝑝𝑖 6 𝑖=2 𝑚 𝑐𝑏𝑃𝐶𝐼 Perdas Faixa aproximada de valores (%) Comentários Qp2 8-18 Para uma temperatura dos gases de escape de 180 a 200°C. Qp2 ≈ 12% PCI t Qp3 0,5-1,5 Em condições normais, a fração de gases combustíveis é cerca de 0,5% do PCIt Qp4 1-4 Esta perda depende do sistema de combustão e granulometria do combustível Qp5 0,8-4,5 Para uma caldeira corretamente projetada e operada, esta perda é cerca de 2% da energia do combustível Qp6 < 0,1 Pode ser desprezada Balanço energético de caldeiras Nogueira e Lora (2003) Balanço energético de caldeiras Exercício Estime o rendimento térmico de uma caldeira aquatubular com os seguintes dados de operação: Produção de vapor saturado a 25 bar man. Temperatura da água de alimentação: 50°C Temperatura de saída dos gases: 350°C Combustível: óleo combustível (PCI = 9880 kcal/kg) Razão A/C est.: 14,7 Excesso de ar: 25% Perdas estimadas (exceto gases da chaminé): 5% (PCI) cp dos gases: 0,25 kcal/kg.K Exercício A adição de um recuperador de calor à caldeira do exercício anterior, baixando a temperatura dos gases da chaminé para 260°C através do pré- aquecimento do ar de combustão, deve proporcionar qual economia de combustível? Qual seria a temperatura de entrada do ar na fornalha, assumindo que a temperatura antes do recuperador permaneça em 350°C? Dispositivos de controle e segurança Controle do nível de água Funciona em conjunto com a bomba de alimentação de modo a manter o nível de água no tambor principal ou interior da caldeira. Caldeiras de grande porte são normalmente equipadas com reguladores pneumáticos ou elétricos. Controle da pressão de trabalho Pressostatos atuam em conjunto com os queimadores ou com alimentadores de combustível para manter a pressão em níveis usuais de operação. A instalação de manômetros ou de sensores de pressão é necessária para permitir a leitura direta pelo pessoal de operação da caldeira. Válvulas de segurança São dispositivos auxiliares previstos para atuarem em caso de falha no sistema de combustão, de modo a evitar eventual aumento na pressão de trabalho da caldeira. Separadores de vapor Purificadores de vapor são dispositivos auxiliares com a finalidade de minimizar o arraste de umidade, sais e sólidos em suspensão. Sopradores de fuligem São instalados em pontos estratégicos da unidade geradora de vapor com a finalidade de remover fuligem ou depósitos de cinzas das superfícies de aquecimento. Tratamento da água de alimentação • Quatro finalidades principais: – Prevenção contra depósitos nas paredes dos tubos, que podem causar superaquecimento localizado na estrutura da caldeira. – Evitar a corrosão na caldeira, pela presença de O2. – Evitar endurecimento cáustico. – Redução da porcentagem de sólidos de arraste, pela formação de espuma e nata. • Impurezas na água: – Matérias orgânicas em solução coloidal – Compostos minerais em solução (bicarbonatos, cloretos, sulfatos, silicatos de Ca, Mg, Na, K, Fe) – Gases dissolvidos (CO2, O2, N2). Tratamento da água de alimentação • Caldeiras de baixa e média pressão: – Tratamentos internos à caldeira – adição de produtos químicos: • Redutores de dureza (geralmente um fosfato): precipitam Ca, Na, K, Mg. • Álcalis (NaOH ou KOH): neutralizam a acidez da água, catalisam o processo acima. • Coagulante (em geral, polímeros): impedem a aderência dos sais formados às paredes metálicas, indo ao fundo da caldeira em forma de “lama”. • Redutor de O2 (em geral, um sulfito ou hidrazina). • Neutralizante do vapor (em geral, compostos amoniacais). • Anti-espumante (em geral, silicone). – Compostos precipitados devem ser expurgados periodicamente por descargas de fundo. Tratamento da água de alimentação • Operação com água de rio ou caldeira com altas pressões: – Clarificação: eliminação dos compostos orgânicos em solução coloidal na água. São usados sulfato de alumínio ou cal ou soda cáustica para flocular os coloides. – Filtração: separa a água dos sólidos em suspensão. Normalmente são usadas camadas de pedras, areia e antracito. – Troca iônica: substâncias porosas por onde passa a água (resinas sintéticas) e que retiram os íons de Ca, Mg e outros. – Desgaseificação: remoção dos gases dissolvidos na água. Normalmente se processa por aquecimento da água a temperaturas próximas a de ebulição nas condições atmosféricas. – Tratamento interno complementar: idêntico ao exposto anteriormente, com base na análise da água após o tratamento externo. Tiragem Tiragem natural Triagem forçada Tiragem Tiragem balanceada Variação da pressão estática Controle de emissões: NOx • Redução de NOx térmico, ou de NOx do combustível, ou uma combinação de ambos. • Principais estratégias: – Modificação da combustão: queimadores com baixa emissão de NOx, combustão estagiada, recirculação de gás ou tecnologia de requeima. – Pós-combustão: injeção de amônia (ou outro composto tal como a ureia) – SCR (selective catalytic reduction) e SNCR (selective noncatalytic reduction). • Na prática, os métodos de redução de CO, HCtotais e fuligem levam a um aumento da formação de NOx térmicos. Controle de emissões: Particulados Equipamento Campo de aplicação Câmara de sedimentação Coleta de partículas entre 100 e 150 μm Ciclos de baixa perda de carga Coleta de partículas entre 50 e 60 μm Ciclones de alta eficiência Coleta de partículas até 10 μm Lavadores a úmido Coleta de partículas até 5 μm Filtros de manga Coleta de partículas até 1 μm Precipitadores eletrostáticos Coleta de partículas até 0,1 μm Controle de emissões: Particulados Câmara de sedimentação Filtro de manga Controle de emissões: Particulados Multiciclone Precipitador eletrostático Controle de emissões: SO2 • Podem se basear em técnicas de pré-combustão, modificação da combustão e métodos de pós-combustão: – Substituição do combustível – Remoção de enxofre do combustível – Combustão em leito fluidizado utilizando dolomita como material do leito – Uso de agentes absorventes (e.g., CaCO3, CaO, Ca(OH)2) – Lavagem úmida ou seca utilizando agentes absorventes Controle de emissões: SO2 Controle de emissões Combustão de óleo combustível Combustão de biomassa de cana-de-açúcar Distribuição de vapor Distribuição de vapor • Tubulações de materiais metálicos – Aço carbono mais usado por conta do baixo custo e boa faixa de temperaturas de operação. – Aços carbono comuns são normalmente usados até temperaturas de 280°C, podendo chegar até 400°C, no caso especificações mais rígidas. – Acima disso, utilizam-se aços-liga (com pequenas quantidades de metais de liga, como níquel, cromo e molibdênio) para temperaturas até 530°C. – Acima disso, aços inoxidáveis e aços refratários são recomendados. Distribuição de vapor Válvulas de bloqueio Estabelece ou interrompe um fluxo; devem trabalhar completamente abertas ou fechadas. Os principais tipos são: gaveta, macho, esfera e comporta. Válvulas de regulagem de fluxo Permitem uma regulagem manual do fluxo através da abertura do obturador. Os principais tipos são: globo, agulha, borboleta e de diafragma. Válvulas de retenção Permitem fluxo em um só sentido; são aplicadas em saídas de bombas, caldeiras, etc. para impedir o retorno de fluido em paradas de operação ou outros eventos. Os tipos mais usados são: esfera, portinhola e de levantamento. Válvulas de controle Válvulas automáticas que controlam uma determinada grandeza do processo através de algum sinal elétrico, pneumático, ou mesmo a pressão da própria linha de fluido. Podem controlar a pressão à montante, à jusante, ou temperaturas de processo. Distribuição de vapor • Perda de calor em linhas de vapor saturado leva à indesejável formação de condensado (fluxo com alta densidade e alta velocidade). • Purgadores de vapor têm como finalidade principal descarregar líquido saturado para fora da linha de vapor. – Descarga diretamente ao ambiente externo, ou – Se for economicamente viável, numa tubulação ou tanques de retorno de condensado à caldeira. • Utilização de condensado na alimentação das caldeiras provoca grande economia de energia e de custos operacionais no tratamento da água de alimentação. Distribuição de vapor Distribuição de vapor Distribuição de vapor • Tubulações e equipamentos aquecidos perdem calor para o ambiente externo e portanto necessitam de isolamento térmico, tanto pelo fator de economia de energia, como pelo fator segurança. Superfícies aquecidas acima de 60°C podem provocar queimaduras quando em contato com a pele. A especificação e espessura do isolamento térmico é guiada normalmente pelo fator econômico. Para efeito de proteção do isolamento térmico usa-se um revestimento externo com algum material metálico, que pode ser folhas de papel aluminizado, chapas finas de alumínio ou aço galvanizado. Distribuição de vapor Exercício Uma seção de 50 m de uma tubulação de vapor de 10 cm de diâmetro externo atravessa um ambiente a 15°C. A temperatura média da superfície externa do tubo se mantém a 150°C. Se o coeficiente combinado de transferência de calor na superfície externa do tubo é 20 W/m².°C, determine: a) A taxa de transferência de calor a partir do tubo. b) O custo anual (para 8000 h/ano) dessa perda de energia considerando que o vapor é gerado em uma caldeira a gás natural com 75% de eficiência (PCS) e que o preço do gás natural é 15 $/GJPCS. c) A espessura do isolamento de fibra de vidro (k = 0,035 W/m°C) necessária para reduzir em 90% a perda de energia (assuma que a temperatura do tubo permaneça constante a 150°C).
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