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SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 11 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 1 SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) Queridos Alunos! Aula 11 de Direito Processual Civil para o STJ!!! Os pontos restantes serão estudados no último arquivo EXTRA. Bons estudos! Ricardo Gomes Por sua aprovação no STJ! AVISOS: • Disponibilizamos Cursos de: • REGIMENTO INTERNO DO STJ- TEORIA E EXERCÍCIOS • DIREITO PROCESSUAL CIVIL PARA O STJ – TEORIA E EXERCÍCIOS • Não percam esta oportunidade de praticarem e aperfeiçoarem ainda mais seus conhecimentos! SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 11 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 2 QUADRO SINÓPTICO DA AULA: 1. Dos Recursos (disposições gerais). 2. Dos Recursos em Espécie. a. Apelação b. Agravo c. Embargos Infringentes. d. Embargos de Declaração 3. Execução em Geral. 1. Dos Recursos. 1. Disposições Gerais dos Recursos. Conceito e Espécies de Recurso. O Recurso é um meio de impugnação da sentença terminativa ou definitiva que a atender às necessidades da parte inconformada com a decisão, permitindo nova análise por instância superior. Isto é, o Recurso é a forma de a parte demonstrar seu inconformismo com uma decisão proferida nos autos, postulando modificações ou reformas em seu conteúdo. São recorríveis todas as decisões interlocutórias (que não decidem o mérito da questão) e sentenças/acórdãos (decisões que decidem o mérito e põem fim ao processo) proferidas pelos Juízes e Tribunais. Com isso, dos meros Despachos de expediente NÃO cabe Recurso. A Legislação Processual Civil prevê que cabem os seguintes recursos das decisões dos Magistrados: SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 11 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 3 1. apelação; 2. agravo; 3. embargos infringentes; 4. embargos de declaração; 5. recurso ordinário; 6. recurso especial; 7. recurso extraordinário; 8. embargos de divergência em recurso especial e em recurso extraordinário. Pressupostos Subjetivos dos Recursos. Para que um recurso seja admitido será preciso o preenchimento dos pressupostos recursais subjetivos e objetivos. Os pressupostos subjetivos levam em conta a pessoa do recorrente e os objetivos referem-se às exigências legais para que o recurso seja conhecido. Pressupostos subjetivos do Recurso: 1. Legitimidade Recursal – o recurso poderá ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério Público. O terceiro deve demonstrar relação entre seu interesse e a relação jurídica discutida (ex: fiador não citado no processo que recorre de decisão contrária a ele e ao afiançado). O Ministério Público poderá recorrer quando for parte e quando funcionar como fiscal da lei. 2. Interesse Recursal – somente poderá recorrer a parte ou o terceiro que demonstrar ter recebido menos do que deveria da decisão judicial. Ou seja, o recurso deve ser interposto pela parte que sucumbir, quando incorrer em situação de desvalia no processo. Quando o autor ou o réu receber tudo que foi solicitado ao longo do processo, não há interesse para interposição de recurso. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 11 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 4 Por isso, a parte que aceitar a sentença ou a decisão, de forma expressa ou tácita, não poderá recorrer. Se a parte aceitou a decisão, precluiu seu direito de recorrer e é eliminado o interesse recursal. A aceitação expressa é a manifestação expressa que não deseja recorrer. A aceitação tácita é a prática, sem reserva alguma, de um ato incompatível com a vontade de recorrer. Exemplo: deixar passar em branco o prazo do recurso sem qualquer manifestação. Pressupostos Objetivos dos Recursos. O recurso deverá preencher os seguintes requisitos para seu efetivo conhecimento: 1. Tempestividade – o recurso deve ser interposto dentro do prazo legal, sob pena da perda do direito de recorrer (preclusão temporal). Em regra, os prazos dos recursos são: 15 DIAS, salvo Embargados de Declaração (5 DIAS) e Agravo (10 DIAS). O prazo para a interposição do recurso é contado da leitura da sentença em audiência; da intimação às partes, quando a sentença não for proferida em audiência ou da publicação do dispositivo do acórdão no órgão oficial. Para cumprir o requisito da tempestividade, a petição deve ser protocolada em cartório ou segundo a norma de organização judiciária no prazo previsto em lei (Ex: 15 dias da decisão). É possível a interrupção do prazo do recurso se falecer 1 das partes ou seu Advogado, ou ainda ocorrer motivo de força maior, que suspenda o curso do processo. Neste caso, o prazo do recurso será restituído em proveito da parte, do herdeiro ou do sucessor, contra quem começará a correr novamente depois da intimação. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 11 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 5 2. Preparo – o recurso também tem seus custos processuais. Para tanto, a parte recorrente deve recolher as custas (preparo) e acostá-las aos autos do processo juntamente com a petição de interposição do recurso. Portanto, o preparo deve ser comprovado tão logo seja interposto o recurso, inclusive com porte de remessa e de retorno, sob pena de ser considerado o recurso deserto. Se o preparo juntado aos autos for insuficiente, a parte recorrente deve ser intimada para suprir o valor faltante em 5 DIAS. Se não o fizer, também será considerado o recurso deserto. A Lei dispensa de preparo recursal as entidades com isenção: Ministério Público, União, Estados e Municípios e respectivas autarquias. 3. Cabimento – o Princípio recursal da Unirrecorribilidade determina que para cada decisão cabe apenas 1 único recurso. A parte deve manejar o recurso cabível à espécie. Se for caso de decisão interlocutória, caberá Agravo; se for sentença final, caberá Apelação ao Tribunal. Recurso Adesivo. O Recurso adesivo é cabível quando ocorrer sucumbência recíproca (perda das demandas de ambas as partes: vencidos ao mesmo tempo o autor e réu). Neste caso, se uma parte recorrer, a lei permite que a outra parte, também sucumbente, possa aderir ao recurso interposto pela parte adversa. O recurso aderente adere ao recurso principal, interposto em º lugar. Neste caso, o Tribunal julgará os 2 recursos, o principal e o aderente, mas o recurso aderente sempre ficará subordinado aorecurso principal. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 11 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 6 As mesmas regras do recurso independente quanto às condições de admissibilidade, preparo e julgamento no Tribunal Superior são aplicáveis ao Recurso Adesivo. Condições legais para interposição do recurso adesivo: • será interposto perante a autoridade competente para admitir o recurso principal, no prazo de que a parte dispõe para responder (prazo das contrarrazões do recorrido); • será admissível na Apelação, nos Embargos Infringentes, no Recurso Extraordinário e no Recurso Especial; • não será conhecido, se houver desistência do recurso principal, ou se for ele declarado inadmissível ou deserto. Regras gerais dos Recursos: � O recurso extraordinário e o recurso especial NÃO impedem a execução da sentença (sentença poderá ser executada, mesmo com a interposição de RE e RESP). � O fato de ter sido interposto agravo de instrumento não obsta o andamento do processo, salvo se o Relator suspender a decisão até pronunciamento definitivo da Turma ou Câmara do Tribunal, em casos urgentes ou de relevante interesse público (previstos no art. 558 do CPC) CPC Art. 558. O relator poderá, a requerimento do agravante, nos casos de prisão civil, adjudicação, remição de bens, levantamento de dinheiro sem caução idônea e em outros casos dos quais possa resultar lesão grave e de difícil reparação, sendo relevante a fundamentação, suspender o cumprimento da decisão até o pronunciamento definitivo da turma ou câmara. � A Lei assegura o direito do recorrente de desistir do Recurso a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes que com ele dividirem o polo ativo ou SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 11 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 7 passivo da demanda. � A desistência ocorre quando o recurso já foi interposto. No entanto, a parte também poderá renunciar ao direito de recorrer. A renúncia é ato anterior à interposição do recurso, e independe da aceitação da outra parte. � A Sentença e as decisões judiciais diversas são divididas em capítulos ou partes. De cada um dos capítulos ou partes é possível recorrer. Assim, a parte prejudicada não precisa recorrer de toda a decisão, podendo recorrer apenas daquele que se sentir inconformada. Com isso, a sentença pode ser impugnada no todo ou em parte. � O recurso interposto por 1 dos litisconsortes ativos ou passivos (+ 1 parte no mesmo polo: 2 ou + autores ou réus) a todos aproveita, salvo se distintos ou opostos os seus interesses. � Se houver solidariedade passiva (co-devedores), o recurso interposto por 1 devedor aproveitará aos outros, quando as defesas opostas ao credor lhes forem comuns. � Efeito substitutivo: a decisão do Tribunal acerca do recurso substituirá a sentença ou a decisão recorrida no que tiver sido objeto de recurso. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 11 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 8 2. Apelação. Sentença e Decisão Interlocutória. Regra básica e inicial a ser memorizada: • De Sentença cabe APELAÇÃO; • De Decisão Interlocutória cabe AGRAVO; Os Recursos são interpostos da decisão de instância inferior (A quo) para instância superior (Ad Quem): • Juízo A Quo – instância inferior recorrida; • Juízo Ad Quem – instância superior a ser recorrida. A Apelação é o recurso cabível das decisões definitivas (análise do mérito) ou terminativas (sem exame de mérito), que põem termo ao processo (findam o processo), exaurindo a jurisdição do Juiz de 1º GRAU. Portanto, é apelável uma Sentença de mérito ou que extingue o processo sem exame de mérito. A Apelação visa entregar ao Tribunal o processo para novo exame, não permitindo o trânsito em julgado da decisão de 1º Grau. Salvo algumas exceções previstas na doutrina e na jurisprudência, são Decisões Interlocutórias aquelas que decidem questão incidente (questão relevante para o processo, mas que não põe fim a seus termos). Estas decisões são impugnáveis por Agravo. Já a Sentença é a Como é estudado nos assuntos “Decisões Judiciais”, antigamente o conceito de Sentença era o ato pelo qual o Juiz põe fim ao processo, decidindo ou não o mérito da causa (da ação). Assim, o conceito anterior restringia a Sentença a uma decisão que finalizava o processo. Todavia, em reforma do CPC realizada no ano de 2005 pela Lei nº 11.232/2005, a Sentença passou a ser conceituada como a decisão ou ato do Juiz que implicasse em alguma das situações previstas no art. 267 ou 269 do Código. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 11 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 9 CPC Art. 162. § 1o Sentença é o ato do juiz que implica alguma das situações previstas nos arts. 267 e 269 desta Lei. (Redação dada pelo Lei nº 11.232, de 2005) O conceito anterior de Sentença como o ato que implicava na finalização do processo se justificava à época, porque o sistema processual anterior à Lei nº 11.232/2005 era dividido em processos estanques e separados: Processo de Conhecimento e Processo de Liquidação e Execução de Sentença. Uma coisa era a certificação do direito no Processo de Conhecimento (ex: Sentença do Juiz determinando a reintegração de posse de uma determinada propriedade). Outra coisa era a execução desta mesma sentença. Para executar deveria ser aberto um novo processo (+ 1 processo) só para conseguir, na prática, a reintegração de posse conferida pela sentença inicial. Assim, a Sentença antes marcava o fim do processo de certificação do direito (Processo de Conhecimento), dando azo à abertura de um novo Processo para executá-lo (Processo de Execução). Com efeito, a Lei nº 11.232/2005 trouxe um novo conceito de processo. Hoje o processo é único, dividido apenas em FASES. Existe a Fase de Conhecimento, Fase de Liquidação e Fase de Execução da Sentença. Não cabe aqui estudar o conceito e detalhes de cada Fase. Contudo, cabe informar que a Sentença NÃO mais põe fim ao processo! Por uma razão simples: a Sentença apenas finaliza 1 (uma) de suas fases (a fase de Conhecimento). O Processo não é mais finalizado com a Sentença, mas apenas com a execução definitiva. Esta junção de todas as Fases em 1 (um) único Processo é chamada pela doutrina de Processo Sincrético. Agora o Processo de Conhecimento é formado pela união ou fusão de processos diversos em apenas 1 (um). Por causa disso, o conceito de Sentença teve que ser modificado. O conceito anterior não tem hoje mais razão de ser porque o processo não mais é ultimado com a exaração da Sentença pelo Juiz. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOSANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 11 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 10 Nesse sentido, o legislador entendeu por bem conceituar a Sentença como o ato do Juiz que implica em alguma das situações previstas nos incisos dos arts. 267 e 269 do CPC (com e sem resolução do mérito da causa). Estudamos em maiores detalhes no assunto “Decisões Judiciais”. Tá ok Professor, Sentença é a decisão do Juiz que examina ou não examina o mérito, nas hipóteses do art. 267 ou 269. Todavia, o que é Acórdão? Enquanto os Juízes de 1º Grau de Jurisdição (Juízes de 1ª Instância) proferem as Sentenças para poderem fim à Fase de Conhecimento, os Tribunais de 2ª Instância (Ex: Tribunais de Justiça Estaduais, Tribunais Regionais Federais, etc) e os Tribunais Superiores (STF, STJ, TSE, TST, etc) proferem os chamados Acórdãos, decidindo ou não o mérito, mas também pondo fim à Fase de Conhecimento. Recebe a denominação “Acórdão” o julgamento proferido pelo órgão colegiado do Tribunal, que resume a decisão (“voto”) dos Membros da Corte. CPC Art. 163. Recebe a denominação de acórdão o julgamento proferido pelos tribunais. Cada Membro do Tribunal, contudo, profere as chamadas Decisões Monocráticas (decisões tomadas pessoalmente, sem a participação de toda a Corte), quando decide uma questão incidental no processo. Estas Decisões Monocráticas têm natureza de Decisões Interlocutórias, como veremos à frente. As Decisões Interlocutórias são aqueles em que o Juiz decide uma mera questão incidente no Processo (questão acessória que deve ser decidida antes da questão de mérito), sem lhe dar um fim direto e imediato à Fase de Conhecimento. Por meio das Decisões Interlocutórias o Magistrado, por exemplo, indefere requerimento de prova solicitado pelo autor ou pelo réu; exclui co- autor ou co-réu do processo, mantendo os demais; indefere pedido de assistência judiciária gratuita (gratuidade da justiça); indefere solicitação de liminar e tutela antecipada; não recebe o recurso de Apelação de decisão, no 1º juízo de admissibilidade recursal. Observem que em todas estas hipóteses o SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 11 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 11 Juiz não põe termo (fim) à Fase /de Conhecimento. O processo continua normalmente após a Decisão Interlocutória. CPC Art. 162. § 2o Decisão interlocutória é o ato pelo qual o juiz, no curso do processo, resolve questão incidente. Um exemplo simples citado: Ação de Investigação de Paternidade; a parte autora, além do pedido de investigação, solicita que lhe seja assegurada a gratuidade da justiça; o Juiz precisa decidir esta questão também, não é verdade? Não poderá simplesmente julgar a investigação sem debruçar-se se ela tem ou não direito à assistência judiciária gratuita; esta questão incidente ao mérito (questão principal) deve ser decidida por meio de Decisão Interlocutória. Fácil, não? Diante da bagunça de nosso Sistema Processual Civil, há casos excepcionais de Decisões Interlocutórias que põem fim à Fase de Conhecimento, mas não é objeto deste estudo, por ora. Cabe assinalar que, em regra, das Sentenças cabe o Recurso de APELAÇÃO e das Decisões Interlocutórias, o Recurso de AGRAVO. CPC Art. 513. Da SENTENÇA caberá APELAÇÃO (arts. 267 e 269). Art. 522. Das DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS caberá AGRAVO, no prazo de 10 (dez) dias, na forma retida, salvo quando se tratar de decisão suscetível de causar à parte lesão grave e de difícil reparação, bem como nos casos de inadmissão da apelação e nos relativos aos efeitos em que a apelação é recebida, quando será admitida a sua interposição por instrumento. Resumo: SENTENÇAS: o Põem fim à Fase de Conhecimento, decidindo ou não o mérito do Processo (questão principal); SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 11 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 12 o Terminativa – SEM resolução de mérito - Art. 267 – faz coisa julgada formal; o Definitiva – COM resolução de mérito – Art. 269 - faz coisa julgada formal e material; o Cabe o Recurso de Apelação. DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS: o Decidem questões incidentes (acessórias) sem por fim à Fase de Conhecimento; o Cabe o Recurso de AGRAVO. Vale frisar que a Apelação é um Recurso de decisão de 1º GRAU para o Tribunal, sendo dirigida ao próprio Juiz prolator da decisão recorrida, que fará o 1º Juízo de Admissibilidade do Recurso. Quando o processo chegar ao Tribunal, será realizado o 2º Juízo de Admissibilidade do Recurso pelo Membro Relator do TRE. É estranho pensar que o Recurso seja encaminhado ao próprio Juiz prolator. Ocorre que esta regra permitirá que o Juiz notifique à parte recorrida para que apresente as contra-razões do recurso, informe os efeitos em que recebe a apelação (suspensivo e devolutivo) e faça o 1º exame de admissibilidade recursal. A petição da Apelação deve conter os seguintes requisitos básicos: 1. os nomes e a qualificação das partes; 2. os fundamentos de fato e de direito; 3. o pedido de nova decisão. Estudamos que os prazos dos recursos são: 15 DIAS, salvo Embargados de Declaração (5 DIAS) e Agravo (10 DIAS). O recurso de APELAÇÃO, Embargos Infringentes, Recurso Ordinário, Recurso Especial e Extraordinário, bem como Embargos de Divergência são interpostos em 15 DIAS (prazo regra). SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 11 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 13 CPC Art. 508. Na apelação, nos embargos infringentes, no recurso ordinário, no recurso especial, no recurso extraordinário e nos embargos de divergência, o prazo para interpor e para responder é de 15 (quinze) dias. (Redação dada pela Lei nº 8.950, de 1994) Efeitos Suspensivo e Devolutivo da Apelação. A regra é que a Apelação seja recebida em seu duplo efeito (devolutivo e suspensivo). O que é isso, Professor? O Efeito Devolutivo é a transferência ao Tribunal julgador de todo o exame da matéria impugnada no recurso. Caso a Apelação seja de toda a Sentença (de todos os capítulos da Sentença), ela devolverá ao Tribunal o conhecimento total da matéria impugnada. De outro lado, se o recurso for parcial (apenas de um ou alguns dos capítulos da Sentença), a devolução da matéria também será parcial, nos limites da questão apelada. CPC Art. 505. A sentença pode ser impugnada no todo ou em parte. Art. 515. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada. O efeito devolutivo implica na autorização ao Tribunal do conhecimento de todos os fundamentos do pedido e da defesa referentes à questão ou às questões recorridas. Isto é, o efeito devolutivo aborda as questões levantadas no processo, mesmo que a sentença não as tenha julgado completamente. Vale ressaltar que a análise das questões resta limitada pelo o que foi recorrido. Se apenas um capítuloda Sentença foi recorrido, a devolução das questões para nova análise do Tribunal resta cingida às questões referentes ao capítulo recorrido e não a outro. Esta regra decorre da aplicação do Princípio Processual do Tantum devolutum, quantum appellatum, que consiste na devolução ao Tribunal apenas do que foi apelado (o novo exame no Tribunal é restrito aos pontos objetos do recurso). Em outros termos, as questões e os fundamentos de defesa SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 11 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 14 alegados no processo interligados à parte ou ao todo da Sentença recorrida, poderão ser objeto de análise pelo Tribunal (ampla liberdade de conhecimento dentro do espectro da matéria recorrida). Por isso, se o pedido ou a defesa tiver mais de 1 fundamento e o Juiz acolher apenas 1 deles, o Tribunal poderá analisar todos os alegados quando da análise da Apelação. As questões já decididas e não recorridas são consideradas preclusas, não podendo ser mais questionadas e devolvidas ao Tribunal, salvo as questões de ordem pública, que poderão ser conhecidas a qualquer tempo e de ofício (falta das condições da ação e dos pressupostos processuais). De outro lado, as questões ainda não decididas pela instância inferior (1º Grau) são também devolvidas ao Tribunal. Ou seja, até mesmo as questões anteriores à Sentença, se não decididas até a finalização do processo no órgão a quo (Juiz de 1º Grau), poderão ser conhecidas pelo Tribunal quando da análise do Recurso. Quando o processo é extinto sem resolução de mérito no Juízo A Quo (de 1º Grau) e parte apresenta o Recurso de Apelação, caso o Tribunal entenda pela reforma da decisão extintiva, poderá julgar desde logo o mérito da causa se a questão for exclusivamente de direito (matéria eminentemente jurídica - de que não dependa de produção de provas), e se estiver em condições de imediato julgamento. Neste caso, se houver necessidade de produção de provas, o Tribunal deverá anular a sentença de extinção do processo, determinando o retorno dos autos ao Juízo A Quo para realização de nova fase instrutória e novo julgamento do mérito. CPC Art. 515 § 1o Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que a sentença não as tenha julgado por inteiro. § 2o Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher apenas um deles, a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais. § 3o Nos casos de extinção do processo sem julgamento do mérito SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 11 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 15 (art. 267), o tribunal pode julgar desde logo a lide, se a causa versar questão exclusivamente de direito e estiver em condições de imediato julgamento. § 4o Constatando a ocorrência de nulidade sanável, o tribunal poderá determinar a realização ou renovação do ato processual, intimadas as partes; cumprida a diligência, sempre que possível prosseguirá o julgamento da apelação. Art. 516. Ficam também submetidas ao tribunal as questões anteriores à sentença, ainda não decididas. A regra é que a Apelação também SUSPENDA os efeitos da decisão recorrida (Efeito Suspensivo) enquanto pendente o julgamento do recurso. Nessa esteira, o Recurso de Apelação tem como regra o seu recebimento do Duplo Efeito (Devolutivo e Suspensivo). No entanto, a Lei Processual prevê exceções, nas quais a Apelação será recebida apenas no efeito devolutivo (não suspensivo), quando interposta de sentença que: 1. homologar a divisão ou a demarcação; 2. condenar à prestação de alimentos; 3. decidir o processo cautelar; 4. rejeitar liminarmente embargos à execução ou julgá-los improcedentes; 5. julgar procedente o pedido de instituição de arbitragem. 6. confirmar a antecipação dos efeitos da tutela; Em tais casos de recebimento com efeito meramente devolutivo (não suspensivo), será possível, mesmo com a interposição da Apelação, executar desde já a decisão apelada. Se o recebimento for no Duplo Efeito (devolutivo e suspensivo), não será possível inovar no processo (praticar outros atos processuais) até a decisão final da Apelação. Procedimentos da Apelação no Juízo A Quo. Quando do recebimento da Apelação ainda no Juízo A Quo (de SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 11 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 16 1º Grau), o Juiz adotará as seguintes providências: 1. Realizará o 1º Juízo de Admissibilidade da Apelação (se foram preenchidos os pressupostos recursais objetivos e subjetivos). Se a Sentença estiver de acordo com Súmula do STJ ou do STF, o Juiz sequer receberá a Apelação. 2. Declarará em quais efeitos receberá a Apelação, se com o Duplo Efeito ou apenas com o Efeito Devolutivo. 3. Conferirá vista ao apelado para responder (apresentar Contrarrazões em 15 DIAS). 4. Depois da resposta, o Juiz de 1º Grau poderá reexaminar os pressupostos de admissibilidade do Recurso em até 5 DIAS, tendo em vista que as alegações apresentadas pelo recorrido poderá alterar a convicção do Juiz acerca do Recurso. Questões Fáticas na Apelação. A regra é que as questões de fato (de que dependem de prova) só sejam discutidas no Juízo A Quo (é proibido trazer a discursão de questões fáticas para o Tribunal), salvo se a parte provar que deixou de fazê-lo por motivo de força maior. Preparo da Apelação. O preparo das custas do Recurso de Apelação deverá ser realizado quando da apresentação do recurso. Caso a parte deixe de fazê-lo por justo impedimento, o Juiz deverá relevar a pena de deserção (não conhecimento por falta de pagamento) e fixará novo prazo para que o pagamento seja realizado. Esta decisão de relevar a deserção é irrecorrível, mas cabe ao Tribunal apreciar sua legitimidade (sua correção). Possibilidade de retratação. Se a petição inicial for indeferida, o processo será extinto SEM resolução de mérito. Desta decisão, caberá Apelação. No entanto, o CPC SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 11 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 17 faculta a possibilidade do Juiz retratar-se da decisão de indeferimento da inicial no prazo de 48 HORAS. Na hipótese de retratar-se, o processo iniciado pela petição inicial terá seu prosseguimento normal. Todavia, caso não se retrate, o Juiz deverá encaminhar o recurso de Apelação pelo indeferimento da petição inicial ao Tribunal, para julgamento. CPC Art. 296. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, reformar sua decisão. Parágrafo único. Não sendo reformada a decisão, os autos serão imediatamente encaminhados ao tribunalcompetente. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 11 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 18 3. Agravo Agravo Retido e Agravo de Instrumento. Como vimos, as decisões interlocutórias (que decidem questões incidentes do processo, sem extingui-lo) são recorríveis mediante AGRAVO. Este Agravo será na forma retida nos autos (Agravo Retido) no prazo de 10 DIAS. O Agravo é chamado de Retido porque, apesar de interposto, ficará acostado aos autos (retido ou paralisado), sem exame, até que o Tribunal (Órgão Ad Quem) o conheça quando da interposição de recurso de Apelação da Sentença eventualmente desfavorável ao recorrente. É possível que o Agravo Retido nunca seja conhecido pelo Tribunal, se a Sentença restar favorável ao Agravante. Se a Sentença for desfavorável ao Agravante, este interporá Apelação ou Contrarrazões da Apelação e em suas razões especificará um pedido preliminar de apreciação do Agravo Retido nos autos. Se a parte não apresentar este pedido preliminar expresso, o Agravo Retido não será conhecido pelo Tribunal (presume-se desistência do Agravo Retido). Desse modo, a regra é que recursos das decisões interlocutórias só sejam decididos quando do julgamento de possível Apelação da Sentença, por meio do julgamento do Agravo Retido nos autos. CPC Art. 523. Na modalidade de agravo retido o agravante requererá que o tribunal dele conheça, preliminarmente, por ocasião do julgamento da apelação. § 1o Não se conhecerá do agravo se a parte não requerer expressamente, nas razões ou na resposta da apelação, sua apreciação pelo Tribunal. A interposição de Agravo Retido dos autos NÃO necessita de preparo (pagamento de custas), enquanto que o Agravo de Instrumento SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 11 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 19 depende do pagamento de custas. Com a interposição do Agravo Retido, sendo ouvido também o Agravado (outra parte) no prazo de 10 DIAS, o Juiz poderá reformar a decisão interlocutória recorrida. Se o Magistrado não reformar, a decisão interlocutória permanece vigente e o Agravante deverá pedir preliminarmente o conhecimento do Agravo quando interpuser Apelação. As decisões interlocutórias proferidas na audiência de instrução e julgamento também caberá Agravo na forma retida, que será ORAL e IMEDIATO (sob pena de preclusão), devendo constar de termo em ata, nele expostas sucintamente as razões do agravante. Antigamente, a regra é que as decisões interlocutórias fossem recorríveis por Agravo de Instrumento, que foi substituída pela forma Retida nos autos. O termo instrumento refere-se ao fato de que o recurso deve vir acompanhando de cópias de peças do processo para que o Tribunal, mesmo sem os autos originais do processo, possa dele ter conhecimento suficiente para julgarem a correção da decisão interlocutória recorrida. Hoje, as decisões interlocutórias de forma geral são recorríveis por Agravo Retido nos autos, sendo excepcionalmente cabível o Agravo de Instrumento: o nos casos de lesão grave e de difícil reparação o quando o Juiz de 1º GRAU inadmite a Apelação; o quanto aos efeitos que o Juiz de 1º GRAU recebe a apelação. O Agravo de Instrumento deve ser protocolado diretamente no Tribunal e não no Juízo de 1º Grau (difere, por exemplo, do Recurso de Apelação, que é apresentado no próprio juízo a quo). A Petição do Agravo de Instrumento deve conter os seguintes requisitos básicos, sob pena de indeferimento: 1. a exposição do fato e do direito; 2. as razões do pedido de reforma da decisão; SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 11 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 20 3. o nome e o endereço completo dos Advogados, constantes do processo. Além de tais requisitos, a Petição do Agravo de Instrumento deve ser instruída, além das peças facultativas que entender úteis, obrigatoriamente com cópias: • da decisão agravada; • da certidão da respectiva intimação da decisão e • das procurações outorgadas aos Advogados do agravante e do agravado. O preparo do Agravo de Instrumento (custas + porte de retorno dos autos) deverá acompanhar a petição do recurso. Contrariamente, o Agravo Retido não tem preparo. Como o Agravo de Instrumento é interposto diretamente no Tribunal, o Juiz recorrido acaba por não saber da interposição do recurso de sua própria decisão. Visando evitar tal fato, a lei criou uma exigência ao Agravante, a de, no prazo de 3 DIAS da interposição do Agravo de Instrumento, requerer a juntada aos autos do processo de cópia da petição do agravo de instrumento e do comprovante de sua interposição, assim como a relação dos documentos que instruíram o recurso. Se o Agravante não requerer a juntada da cópia do agravo de instrumento no processo principal no prazo de 3 DIAS, e se tal fato for arguido e provado pelo Agravado, o recurso de Agravo de Instrumento será inadmitido. Observem que a inadmissão NÃO é automática (depende de arguição e prova por parte do Agravado!). Caso o Juiz de 1º GRAU comunique ao Tribunal que reformou integralmente a decisão Agravada, o Recurso do Agravo de Instrumento perde o seu objeto, sendo considerado prejudicado. Neste caso, resta à parte agravada interpor recurso desta decisão de reconsideração. O Agravo de Instrumento será julgado no Tribunal por um Membro Relator, que terá as seguintes atribuições procedimentais do recurso: 1) Negará seguimento ao Agravo de forma LIMINAR, quando o recurso for manifestamente inadmissível, improcedente, SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 11 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 21 prejudicado ou em confronto com súmula ou com jurisprudência dominante do respectivo tribunal, do STF, ou de Tribunal Superior (Conforme art. 557 do Código de Processo Civil); 2) Se o Relator verificar ser hipótese de Agravo Retido, deve converter o Agravo de Instrumento para Retido, que é a regra dos recursos de decisões interlocutórias. Em outros termos, será convertido o Agravo de Instrumento em Agravo Retido se não for caso de decisão suscetível de causar à parte lesão grave e de difícil reparação, bem como nos casos de inadmissão da apelação e nos relativos aos efeitos em que a apelação é recebida. A decisão de conversão implica também na remessa dos autos ao Juiz da causa para apensamento do Agravo Retido aos autos principais. Esta decisão de conversão é recorrível ao órgão colegiado do Tribunal por meio de Agravo Regimental. 3) Poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso de Agravo (sustentando os efeitos da decisão interlocutória agravada), ou deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente, apretensão recursal, comunicando ao Juiz de 1º GRAU a decisão; 4) Poderá requisitar informações ao Juiz de 1º GRAU, que as prestará no prazo de 10 DIAS; 5) Mandará intimar o agravado, na mesma oportunidade, por ofício dirigido ao seu advogado, sob registro e com aviso de recebimento (Carta Registrada com AR), para que responda no prazo de 10 DIAS (art. 525, § 2o), facultada a juntada de cópias de peças. Nos locais onde não haja imprensa oficial, o agravado será intimado na pessoa do Advogado, por meio de ofício registrado em com AR. 6) Após todas as providências, se for hipótese de intervenção do Ministério Público, o Relator mandará o órgão do MP SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 11 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 22 para pronunciamento em 10 DIAS. 7) O Relator pedirá dia para julgamento no Tribunal em até 30 DIAS da intimação do agravado. A decisão LIMINAR de conversão do Agravo de Instrumento em Retido, de concessão de efeito suspensivo ao recurso e ou de deferimento da pretensão recursal em antecipação de tutela, em regra vigorará até o momento do julgamento do Agravo ou se for reconsiderada pelo Relator. Peculiaridades do Agravo Retido e de Instrumento: 1) Prazos de interposição e de resposta: 10 DIAS. 2) É possível retratação da decisão do Juiz de 1º GRAU; 3) O Agravo Retido é apresentado no próprio Juiz de 1º GRAU, enquanto que o de Instrumento é apresentado diretamente no Tribunal. 4) O Agravo de Instrumento tem preparo e o Retido NÃO; 5) O Agravo Retido é de julgamento eventual, só sendo conhecido quando pedido pela parte na Apelação ou nas Contrarrazões. Já o Agravo de Instrumento é tramitado de forma independente, sendo julgado em apartado ao processo principal e a eventual apelação. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 11 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 23 4. Embargos Infringentes. As votações dos recursos e ações perante os órgãos colegiados dos Tribunais costumam ser bastante divergentes (votações quase empatadas, votos divergentes, etc). Ou seja, nem sempre as decisões são tomadas de forma unânime entre os julgadores do Colegiado. A Lei criou os Embargos Infringentes para proteger eventuais reformas ou anulações das Sentenças de 1º GRAU que não sejam adotadas pela unanimidade do Tribunal. A regra é que para alterar uma Sentença deve a decisão ser adotada pela unanimidade do Órgão Colegiado e não apenas pela maioria deles, sob pena da decisão ser recorrível por Embargos Infringentes. Nesse sentido, os Embargos Infringentes visam tentar prevalecer a Sentença sobre decisão colegiada do Tribunal não-unânime. Com efeito, os Embargos Infringentes é um recurso interposto com o objetivo de tentar prevalecer o voto da minoria em Acórdão proferido no Tribunal, por decisão NÃO-unânime (com divergência), que tenha reformado Sentença de Mérito por conta do deferimento do Recurso de Apelação ou tiver julgado procedente ação rescisória. Portanto, é cabível Embargos Infringentes de acórdão não unânime que: • Houver reformado sentença de mérito em apelação; • Julgou procedente Ação Rescisória. Nos casos de desacordo apenas parcial os embargos infringentes serão restritos à matéria objeto da divergência. O prazo dos Embargos Infringentes é de 15 DIAS para interpor, contados da intimação do acórdão não unânime, e 15 DIAS para responder (contrarrazões). O Relator dos Embargos Infringentes tem competência para realizar o Juízo de Admissibilidade recursal. Caso inadmita o recurso, caberá Agravo Regimental ao Tribunal no prazo de 5 DIAS, na forma do SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 11 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 24 Regimento Interno da Corte específica. Se os Embargos Infringentes forem admitidos, será realizado sorteio para definição de novo Relator, sendo que a escolha deve recair, quando possível, em Juiz que não haja participado do julgamento da apelação ou da ação rescisória. 5. Embargos de Declaração. Os Embargos de Declaração não visam a reforma ou anulação da Sentença ou Acórdão do Tribunal, mas apenas o seu esclarecimento, suprimento de omissão, obscuridade ou contradição. Portanto, os Embargos de Declaração são recursos interpostos pela parte que entendeu estar a Sentença ou o Acórdão obscuro, duvidoso, contraditório ou omisso em algum ponto. Os Embargos de Declaração devem ser interpostos no prazo de 5 DIAS, a contar da publicação da Sentença ou o Acórdão, em petição dirigida ao próprio Juiz da Sentença ou Relator do Acórdão, pois são estes quem devem manifestar-se sobre a obscuridade, contradição ou omissão de sua decisão. Repito as hipóteses Legais de cabimento dos Embargos de Declaração: 1) houver, na sentença ou no acórdão, obscuridade ou contradição; 2) for omitido (omissão) ponto sobre o qual devia pronunciar- se o juiz ou tribunal. A Lei prevê o cabimento apenas de Embargos Declaratórios contra Sentença ou Acórdão. De outro lado, a Jurisprudência e a doutrina vem admitido tal possibilidade para as Decisões Interlocutórias. Não faz sentido fazer esta distinção! Os Embargos de Declaração, igualmente ao Agravo Retido, NÃO estando sujeitos a preparo. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 11 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 25 O Juiz de 1º GRAU deve julgar os Embargos em até 5 DIAS. Nos Tribunais, na 1ª Sessão seguinte à oposição dos Embargos Declaratórios estes deverão constar de pauta e o Relator deverá proferir seu voto. Importante: a interposição de Embargos Declaratórios INTERROMPEM o prazo para interposição de qualquer outro recurso! Ou seja, eventuais prazos que estiverem correndo para interposição de qualquer outro recurso (ex: Agravo de Instrumento) serão “zerados” e contados a partir da efetiva decisão dos Embargos de Declaração. Os Embargos Declaratórios de cunho protelatório geram a imposição de MULTA não excedente a 1% do Valor de Causa, por declaração fundamentada do Juiz ou Relator. Se os Embargos Declaratórios forem reiterados de forma protelatória a multa será elevada até 10%, condicionando a interposição de qualquer outro recurso ao depósito da multa. 6. Execução em Geral. Disposições Gerais da Execução em Geral. Enquanto o processo de Conhecimento visa definir de forma concreta a relação jurídica controvertida em juízo (especialmente certificar direitos), o processo ou fase de Execução tem por finalidade concretizar o quanto definido e consolidado na fase de Conhecimento. Nesse sentido, com a recusa do devedor de cumprir a obrigação já certificada no processo de conhecimento, surge uma lide entre o credor e o obrigado ao adimplemento.Daí a necessidade da execução, que busca a satisfação ou a realização de um direito certificado e definido em um título judicial ou extrajudicial. Como estudado, em regra, a Execução é uma mera FASE do Processo, pós-fase de Conhecimento (certificação). Nesse sentido, as mesmas regras legais do processo de conhecimento são aplicadas, de forma SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 11 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 26 subsidiária, ao processo de execução. No processo de Execução o Juiz pode, em qualquer momento do processo: • ordenar o comparecimento das partes; • advertir ao devedor que o seu procedimento constitui ato atentatório à dignidade da justiça. A própria lei define como atentatório à dignidade da Justiça o ato do executado que: 1. frauda a execução (Ex: aliena o bem antes da execução propriamente dita, tentando desfazer-se do patrimônio) 2. opõe-se maliciosamente à execução, empregando ardis e meios artificiosos (Ex: falsificação documental dos registros de determinado bem imóvel ou móvel); 3. resiste injustificadamente às ordens judiciais (Ex: executado que não comparece em juízo ou não atende às intimações do Juiz); 4. intimado, não indica ao juiz, em 5 DIAS, quais são e onde se encontram os bens sujeitos à penhora e seus respectivos valores. Pela prática de ato atentatório à dignidade da Justiça o ato do executa, o devedor poderá ser sancionado com MULTA de até 20% do valor do débito atualizado, sem prejuízo de outras sanções de natureza processual ou material, multa essa que reverterá em proveito do credor, exigível na própria execução. O Juiz relevará a pena (perdoará), se o devedor se comprometer a não mais praticar qualquer dos atos atentatórios à dignidade da Justiça e der fiador idôneo, que responda ao credor pela dívida principal, juros, despesas e honorários advocatícios. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 11 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 27 EXERCÍCIOS COMENTADOS QUESTÃO 286: DETRAN - ES - Téc- Superior – Advogado [CESPE] - 21/11/2010. Cabem embargos infringentes quando o acórdão unânime houver reformado, em grau de apelação, a sentença de mérito, ou houver julgado improcedente ação rescisória. COMENTÁRIOS: Com efeito, os Embargos Infringentes é um recurso interposto com o objetivo de tentar prevalecer o voto da minoria em Acórdão proferido no Tribunal, por decisão NÃO-unânime (com divergência), que tenha reformado Sentença de Mérito por conta do deferimento do Recurso de Apelação ou tiver julgado procedente ação rescisória. Portanto, é cabível Embargos Infringentes de acórdão não unânime que: • Houver reformado sentença de mérito em apelação; • Julgou procedente Ação Rescisória. RESPOSTA CERTA: E QUESTÃO 287: PM - DF - Oficiais Policiais Militares [CESPE] - 05/09/2010. Das decisões interlocutórias cabe recurso de apelação. COMENTÁRIOS: Regra básica e inicial a ser memorizada: SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 11 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 28 • De Sentença cabe APELAÇÃO; • De Decisão Interlocutória cabe AGRAVO; RESPOSTA CERTA: E QUESTÃO 288: PM - DF - Oficiais Policiais Militares [CESPE] - 05/09/2010. Cabem embargos infringentes em caso de obscuridade ou contradição em sentença pronunciada por juiz em primeira instância. COMENTÁRIOS: Os Embargos de Declaração e não os Infringentes são recursos interpostos pela parte que entendeu estar a Sentença ou o Acórdão obscuro, duvidoso, contraditório ou omisso em algum ponto. Repito as hipóteses Legais de cabimento dos Embargos de Declaração: 1) houver, na sentença ou no acórdão, obscuridade ou contradição; 2) for omitido (omissão) ponto sobre o qual devia pronunciar- se o juiz ou tribunal. RESPOSTA CERTA: E QUESTÃO 289: OAB - Exame de Ordem 2010-1 [CESPE] - 13/06/2010. Ajuizada ação de indenização por danos morais, o autor foi devidamente intimado para apresentar emenda à inicial, haja vista não estarem presentes os requisitos exigidos nos arts. 282 e 283 do CPC. O autor, contudo, não apresentou a devida emenda, tendo sido indeferida a petição inicial. Nessa situação, caso entenda que sua petição inicial preenche os requisitos, o autor poderá interpor SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 11 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 29 a) agravo de instrumento, independentemente da citação do réu, sendo possível a retratação pelo juiz. b) apelação, processada com a determinação de citação do réu e sem possibilidade de retratação pelo juiz. c) agravo retido, com a determinação de citação do réu, sendo possível a retratação pelo juiz. d) apelação, processada independentemente da citação do réu, sendo possível a retratação da decisão pelo juiz. COMENTÁRIOS: Se a petição inicial for indeferida, o processo será extinto SEM resolução de mérito. Desta decisão, caberá Apelação. No entanto, o CPC faculta a possibilidade do Juiz retratar-se da decisão de indeferimento da inicial no prazo de 48 HORAS. RESPOSTA CERTA: D QUESTÃO 290: TRE - MT - Analista Judiciário - Administrativa I [CESPE] - 24/01/2010. Interposto o agravo e ouvido o agravado no prazo de dez dias, o juiz não poderá reformar sua decisão. COMENTÁRIOS: Com a interposição do Agravo Retido, sendo ouvido também o Agravado (outra parte) no prazo de 10 DIAS, o Juiz poderá reformar a decisão interlocutória recorrida. Se o Magistrado não reformar, a decisão interlocutória permanece vigente e o Agravante deverá pedir preliminarmente o conhecimento do Agravo quando interpuser Apelação. RESPOSTA CERTA: E SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 11 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 30 QUESTÃO 291: TRT 14ª - Analista Judiciário - Execução de Mandados [FCC] - 03/04/2010. A respeito dos recursos, considere: I. A parte que aceitar tacitamente a sentença ou a decisão não poderá recorrer. II. O recurso adesivo não está sujeito a preparo. III. O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso. Está correto o que se afirma APENAS em a) I e II. b) I e III. c) II. d) II e III. e) III. COMENTÁRIOS: Item I – correto. A parte que aceitar a sentença ou a decisão, de forma expressa ou tácita, não poderá recorrer. Se a parte aceitou a decisão, precluiu seu direito de recorrere é eliminado o interesse recursal. A aceitação expressa é a manifestação expressa que não deseja recorrer. A aceitação tácita é a prática, sem reserva alguma, de um ato incompatível com a vontade de recorrer. Exemplo: deixar passar em branco o prazo do recurso sem qualquer manifestação. Item II – errado. As mesmas regras do recurso independente quanto às condições de admissibilidade, preparo e julgamento no Tribunal Superior são aplicáveis ao Recurso Adesivo. Item III – correto. A Lei assegura o direito do recorrente de desistir do Recurso a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes que com ele dividirem o polo ativo ou passivo da demanda. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 11 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 31 RESPOSTA CERTA: B QUESTÃO 292: TJ - PE - Juiz Substituto [FCC] - 27/03/2011. Em relação aos recursos no processo civil, a) a insuficiência no valor do preparo recursal implicará deserção imediata. b) o recorrente pode desistir do recurso, desde que com a anuência do recorrido ou dos litisconsortes necessários. c) o não conhecimento do recurso principal não tem influência em relação ao recurso adesivo, que nesse ponto torna-se autônomo. d) com exceção dos embargos de declaração, o prazo para recorrer no processo civil será sempre de quinze dias. e) a renúncia ao direito de recorrer independe da aceitação da outra parte. COMENTÁRIOS: Item A – errado. O preparo deve ser comprovado tão logo seja interposto o recurso, inclusive com porte de remessa e de retorno, sob pena de ser considerado o recurso deserto. Se o preparo juntado aos autos for insuficiente, a parte recorrente deve ser intimada para suprir o valor faltante em 5 DIAS. Se não o fizer, também será considerado o recurso deserto. Item B – errado. A Lei assegura o direito do recorrente de desistir do Recurso a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes que com ele dividirem o polo ativo ou passivo da demanda. Item C – errado. O recurso aderente sempre ficará subordinado ao recurso principal. CPC Art. 500. Cada parte interporá o recurso, independentemente, no prazo e observadas as exigências legais. Sendo, porém, vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles poderá aderir SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 11 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 32 a outra parte. O recurso adesivo fica subordinado ao recurso principal e se rege pelas disposições seguintes: (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1973) Item D – errado. Não, o prazo do agravo é de 10 DIAS. Item E – correto. A desistência ocorre quando o recurso já foi interposto. No entanto, a parte também poderá renunciar ao direito de recorrer. A renúncia é ato anterior à interposição do recurso, e independe da aceitação da outra parte. RESPOSTA CERTA: E QUESTÃO 293: TRT 22ª - Analista Judiciário - Execução de Mandados [FCC] - 14/11/2010 (ADAPTADA). O recurso a) só pode ser interposto pela parte vencida. b) extraordinário impede a execução da sentença. d) interposto pelo Município não depende de preparo. e) adesivo é independente do principal. COMENTÁRIOS: Item A – errado. Legitimidade Recursal – o recurso poderá ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério Público. O terceiro deve demonstrar relação entre seu interesse e a relação jurídica discutida (ex: fiador não citado no processo que recorre de decisão contrária a ele e ao afiançado). O Ministério Público poderá recorrer quando for parte e quando funcionar como fiscal da lei. Item B – errado. O recurso extraordinário e o recurso especial NÃO impedem a execução da sentença (sentença poderá ser executada, mesmo com a interposição de RE e RESP). Item C – correto. A Lei dispensa de preparo recursal as entidades com isenção: SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 11 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 33 Ministério Público, União, Estados e Municípios e respectivas autarquias. Item D – errado. O recurso aderente sempre ficará subordinado ao recurso principal. RESPOSTA CERTA: C QUESTÃO 294: TRT 12ª - Téc. Judiciário – Administrativa [FCC] - 10/10/2010. A desistência do recurso a) poderá ser efetuada somente até a apresentação da resposta do recorrido. b) opera-se independentemente da anuência da parte contrária. c) depende da anuência dos litisconsortes. d) poderá ser efetuada até a remessa dos autos à superior instância. e) principal não prejudica o conhecimento do recurso adesivo. COMENTÁRIOS: A Lei assegura o direito do recorrente de desistir do Recurso a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes que com ele dividirem o polo ativo ou passivo da demanda. A desistência ocorre quando o recurso já foi interposto. No entanto, a parte também poderá renunciar ao direito de recorrer. A renúncia é ato anterior à interposição do recurso, e independe da aceitação da outra parte. CPC Art. 501. O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso. RESPOSTA CERTA: B SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 11 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 34 QUESTÃO 295: Bahia Gás - Analista de Processos Org – Direito [FCC] - 25/04/2010. No que concerne aos recursos, é correto afirmar que a) a insuficiência no valor do preparo implicará deserção, não podendo o recorrente supri-lo por expressa vedação legal. b) o recurso interposto por um dos litisconsortes a todos aproveitará, mesmo se distintos ou opostos os seus interesses. c) o recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso. d) o recurso extraordinário e o recurso especial impedem a execução da sentença. e) o recurso adesivo é independente do principal e será conhecido mesmo se este for declarado deserto. COMENTÁRIOS: Item A – errado. O preparo deve ser comprovado tão logo seja interposto o recurso, inclusive com porte de remessa e de retorno, sob pena de ser considerado o recurso deserto. Se o preparo juntado aos autos for insuficiente, a parte recorrente deve ser intimada para suprir o valor faltante em 5 DIAS. Se não o fizer, também será considerado o recurso deserto. Item B – errado. O recurso interposto por 1 dos litisconsortes ativos ou passivos (+ 1 parte no mesmo polo: 2 ou + autores ou réus) a todos aproveita, salvo se distintos ou opostos os seus interesses. Item C – correto. Como já vimos, está correto! Item D – errado. O recurso extraordinário e o recurso especial NÃO impedem a execução da sentença (sentença poderá ser executada,mesmo com a interposição de RE e RESP). Item E – errado. O recurso aderente sempre ficará subordinado ao recurso SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 11 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 35 principal. RESPOSTA CERTA: C QUESTÃO 296: TJ - MS - Juiz de Direito Substituto [FCC] - 24/04/2010. É um pressuposto subjetivo de admissibilidade recursal a) a regularidade formal. b) o interesse. c) o preparo. d) o cabimento. e) a tempestividade. COMENTÁRIOS: Pressupostos subjetivos do Recurso: 1. Legitimidade Recursal – o recurso poderá ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério Público. O terceiro deve demonstrar relação entre seu interesse e a relação jurídica discutida (ex: fiador não citado no processo que recorre de decisão contrária a ele e ao afiançado). O Ministério Público poderá recorrer quando for parte e quando funcionar como fiscal da lei. 2. Interesse Recursal – somente poderá recorrer a parte ou o terceiro que demonstrar ter recebido menos do que deveria da decisão judicial. Ou seja, o recurso deve ser interposto pela parte que sucumbir, quando incorrer em situação de desvalia no processo. Quando o autor ou o réu receber tudo que foi solicitado ao longo do processo, não há interesse para interposição de recurso. O recurso deverá preencher os seguintes requisitos objetivos para SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 11 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 36 seu efetivo conhecimento: 1. Tempestividade – o recurso deve ser interposto dentro do prazo legal, sob pena da perda do direito de recorrer (preclusão temporal). 2. Preparo – o recurso também tem seus custos processuais. Para tanto, a parte recorrente deve recolher as custas (preparo) e acostá-las aos autos do processo juntamente com a petição de interposição do recurso. 3. Cabimento – o Princípio recursal da Unirrecorribilidade determina que para cada decisão cabe apenas 1 único recurso. A parte deve manejar o recurso cabível à espécie. Se for caso de decisão interlocutória, caberá Agravo; se for sentença final, caberá Apelação ao Tribunal. RESPOSTA CERTA: B QUESTÃO 297: TRE - AP - Analista Judiciário – Administrativa [FCC] - 05/06/2011. Considere as seguintes assertivas a respeito do Recurso de Apelação: I. A apelação será recebida só no efeito devolutivo, quando interposta de sentença que confirmar a antecipação dos efeitos da tutela. II. Recebida a apelação em ambos os efeitos, o juiz não poderá inovar no processo; recebida só no efeito devolutivo, o apelado poderá promover, desde logo, a execução provisória da sentença, extraindo a respectiva carta. III. Provando o apelante justo impedimento, o juiz relevará a pena de deserção, fixando-lhe prazo para efetuar o preparo. Esta decisão será irrecorrível, cabendo ao tribunal apreciar-lhe a legitimidade. IV. Após a apresentação da resposta, o juiz não poderá reexaminar os pressupostos de admissibilidade do recurso. De acordo com o Código de Processo Civil brasileiro, está correto o que se afirma SOMENTE em SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 11 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 37 a) I, II e III. b) II, III e IV. c) I e II. d) III e IV. e) I e III. COMENTÁRIOS: Item I – correto. A regra é que a Apelação também SUSPENDA os efeitos da decisão recorrida (Efeito Suspensivo) enquanto pendente o julgamento do recurso. Nessa esteira, o Recurso de Apelação tem como regra o seu recebimento do Duplo Efeito (Devolutivo e Suspensivo). No entanto, a Lei Processual prevê exceções, nas quais a Apelação será recebida apenas no efeito devolutivo (não suspensivo), quando interposta de sentença que: 1. homologar a divisão ou a demarcação; 2. condenar à prestação de alimentos; 3. decidir o processo cautelar; 4. rejeitar liminarmente embargos à execução ou julgá-los improcedentes; 5. julgar procedente o pedido de instituição de arbitragem. 6. confirmar a antecipação dos efeitos da tutela; Item II – correto. Nos casos de recebimento com efeito meramente devolutivo (não suspensivo), será possível, mesmo com a interposição da Apelação, executar desde já a decisão apelada. Se o recebimento for no Duplo Efeito (devolutivo e suspensivo), não será possível inovar no processo (praticar outros atos processuais) até a decisão final da Apelação. Item III – correto. O preparo das custas do Recurso de Apelação deverá ser realizado quando da apresentação do recurso. Caso a parte deixe de fazê-lo por justo impedimento, o Juiz deverá relevar a pena de deserção (não conhecimento por falta de pagamento) e fixará novo prazo para que o SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 11 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 38 pagamento seja realizado. Esta decisão de relevar a deserção é irrecorrível, mas cabe ao Tribunal apreciar sua legitimidade (sua correção). Item IV – errado. O preparo das custas do Recurso de Apelação deverá ser realizado quando da apresentação do recurso. Caso a parte deixe de fazê-lo por justo impedimento, o Juiz deverá relevar a pena de deserção (não conhecimento por falta de pagamento) e fixará novo prazo para que o pagamento seja realizado. Esta decisão de relevar a deserção é irrecorrível, mas cabe ao Tribunal apreciar sua legitimidade (sua correção). RESPOSTA CERTA: A QUESTÃO 298: TRF 1ª - Analista Judiciário - Execução de Mandados [FCC] - 27/03/2011. De acordo com o Código de Processo Civil brasileiro, o agravo de instrumento terá a sua petição instruída obrigatoriamente com cópias da a) decisão agravada e da certidão da respectiva intimação, apenas. b) decisão agravada, da petição inicial, contestação e das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado. c) decisão agravada, da certidão da respectiva intimação e das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado. d) certidão da respectiva intimação, da petição inicial, contestação e das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado. e) decisão agravada, da certidão da respectiva intimação, da petição inicial, contestação e da procuração outorgada ao advogado do agravante, apenas. COMENTÁRIOS: A Petição do Agravo de Instrumento deve ser instruída, além das peças facultativas que entender úteis, obrigatoriamente com cópias: • da decisão agravada; • da certidão da respectiva intimação da decisão e SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 11 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senãoseu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 39 • das procurações outorgadas aos Advogados do agravante e do agravado. RESPOSTA CERTA: C QUESTÃO 299: TJ - AP - Outorga de Delegação de Serviços de Notas e Registros [FCC] - 27/03/2011. Das decisões interlocutórias caberá agravo de instrumento a) no prazo de 15 dias, quando se tratar de decisão suscetível de causar à parte lesão grave e de difícil reparação, bem como nos casos de inadmissão da apelação, dentre outras hipóteses. b) no prazo de 10 dias, salvo quando se tratar de decisão suscetível de causar à parte lesão grave e de difícil reparação, bem como nos casos de inadmissão da apelação, dentre outras hipóteses. c) no prazo de 15 dias, salvo quando se tratar de decisão suscetível de causar à parte lesão grave e de difícil reparação, bem como nos casos de inadmissão da apelação, dentre outras hipóteses. d) no prazo de 10 dias, quando se tratar de decisão suscetível de causar à parte lesão grave e de difícil reparação, bem como nos casos de inadmissão da apelação, dentre outras hipóteses. e) no prazo de 8 dias, quando se tratar de decisão suscetível de causar à parte lesão grave e de difícil reparação, bem como nos casos de inadmissão da apelação, dentre outras hipóteses. COMENTÁRIOS: As decisões interlocutórias (que decidem questões incidentes do processo, sem extingui-lo) são recorríveis mediante AGRAVO. Este Agravo será na forma retida nos autos (Agravo Retido) no prazo de 10 DIAS. O Agravo é chamado de Retido porque, apesar de interposto, ficará acostado aos autos (retido ou paralisado), sem exame, até que o Tribunal (Órgão Ad Quem) o conheça quando da interposição de recurso de SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 11 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 40 Apelação da Sentença eventualmente desfavorável ao recorrente. As decisões interlocutórias de forma geral são recorríveis por Agravo Retido nos autos, sendo excepcionalmente cabível o Agravo de Instrumento: o nos casos de lesão grave e de difícil reparação o quando o Juiz de 1º GRAU inadmite a Apelação; o quanto aos efeitos que o Juiz de 1º GRAU recebe a apelação. RESPOSTA CERTA: D QUESTÃO 300: TRE - RN - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 06/02/2011. Natanael é advogado do processo A. Tendo em vista decisão interlocutória desfavorável ao seu cliente e, em razão dos prejuízos iminentes relativos a esta decisão, Natanael interpôs agravo de instrumento, requerendo a juntada aos autos principais de cópia da petição do agravo de instrumento e do comprovante de sua interposição, assim como a relação dos documentos que instruíram o recurso no décimo dia da propositura do referido recurso. Neste caso, de acordo com o Código de Processo Civil, Natanael a) extrapolou o prazo legal de quarenta e oito horas, o que acarretará a inadimissibilidade do agravo. b) atendeu o prazo legal não havendo penalidade legal. c) extrapolou o prazo legal de cinco dias, o que poderá acarretar a inadimissibilidade do agravo. d) extrapolou o prazo legal de três dias, o que poderá acarretar a inadimissibilidade do agravo. e) extrapolou o prazo legal de cinco dias, porém seu recurso poderá ainda ser admitido. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 11 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 41 COMENTÁRIOS: Como o Agravo de Instrumento é interposto diretamente no Tribunal, o Juiz recorrido acaba por não saber da interposição do recurso de sua própria decisão. Visando evitar tal fato, a lei criou uma exigência ao Agravante, a de, no prazo de 3 DIAS da interposição do Agravo de Instrumento, requerer a juntada aos autos do processo de cópia da petição do agravo de instrumento e do comprovante de sua interposição, assim como a relação dos documentos que instruíram o recurso. Se o Agravante não requerer a juntada da cópia do agravo de instrumento no processo principal no prazo de 3 DIAS, e se tal fato for arguido e provado pelo Agravado, o recurso de Agravo de Instrumento será inadmitido. Observem que a inadmissão NÃO é automática (depende de arguição e prova por parte do Agravado!). RESPOSTA CERTA: D QUESTÃO 301: DPE - RS - Defensor Público de Classe Inicial [FCC] - 16/01/2011. O relator poderá, monocraticamente, dar provimento ao recurso se a decisão recorrida estiver em manifesto confronto com súmula ou com jurisprudência dominante do respectivo tribunal estadual. COMENTÁRIOS: O Agravo de Instrumento será julgado no Tribunal por um Membro Relator, que terá, entre outras, as atribuições procedimentais de negar seguimento ao Agravo de forma LIMINAR, quando o recurso for manifestamente inadmissível, improcedente, prejudicado ou em confronto com súmula ou com jurisprudência dominante do respectivo tribunal, do STF, ou de Tribunal Superior (Conforme art. 557 do Código de Processo Civil). RESPOSTA CERTA: C SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 11 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 42 QUESTÃO 302: DPE - RS - Defensor Público de Classe Inicial [FCC] - 16/01/2011. O juiz não receberá o recurso de apelação quando a sentença estiver em conformidade com súmula do Superior Tribunal de Justiça ou do Supremo Tribunal Federal. COMENTÁRIOS: Se a Sentença estiver de acordo com Súmula do STJ ou do STF, o Juiz sequer receberá a Apelação. CPC Art. 518 § 1o O juiz não receberá o recurso de apelação quando a sentença estiver em conformidade com súmula do Superior Tribunal de Justiça ou do Supremo Tribunal Federal. (Renumerado pela Lei nº 11.276, de 2006) RESPOSTA CERTA: C QUESTÃO 303: DPE - RS - Defensor Público de Classe Inicial [FCC] - 16/01/2011. Acerca do sistema recursal previsto no Código de Processo Civil, é INCORRETO afirmar: a) No recurso de apelação pode-se inovar, inclusive com questões de fato, desde que provada a impossibilidade de suscitação anterior por motivo de força maior. b) Quando interposta de sentença que rejeitar, liminarmente, os embargos à execução, a apelação será recebida somente no efeito devolutivo. c) Se o agravante, no prazo de três dias, não requerer a juntada aos autos do processo de cópia da petição do agravo de instrumento, do comprovante de SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA AULA 11 PROF: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br “O homem não é outra coisa senão seu projeto, e só existe à medida que se realiza”. - Jean Paul Sartre 43 sua interposição e da relação dos documentos que instruíram o recurso, este não será admitido, independentemente de arguição pelo agravado. d) Em determinadas situações, o relator poderá conhecer do agravo interposto contra decisão que não admitiu o recurso especial e, monocraticamente, dar provimento ao próprio recurso especial. e) Não há previsão, no
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