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RESUMO DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL - RECURSOS - FMU

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RESUMO DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL - RECURSOS
RECURSOS UNIDADE 1
1. INTRODUÇÃO 
QUANDO PODE SER USADO UM RECURSO? Sob a luz do art. 5º, incisos XXXV, LV e LIV da Constituição Federal, na situação em que o réu ou o autor de uma ação não estejam satisfeitos com o pronunciamento jurisdicional, no todo ou em parte, podem tentar provocar um reexame da decisão. A esse mecanismo processual dá-se o nome de RECURSO. 
CONCEITOS DE RECURSO: Em direito processual, recurso pode ser definido como meio processual voluntário, que tem por finalidade provocar, dentro do mesmo processo, o reexame de uma decisão, antes de seu trânsito em julgado.
O doutrinador Barbosa Moreira define recurso como "o remédio voluntário e idôneo a ensejar, dentro do mesmo processo, a reforma, a invalidação, o esclarecimento ou a integração de decisão judicial que se impugna". 
1. remédio voluntário: não é obrigatório, o juízo precisa ser provocado. 
1. idôneo: o recurso deve estar previsto no ordenamento processual e ser adequado quanto ao aspecto formal e quanto à decisão a ser impugnada. 
1. dentro do mesmo processo: quando a parte recorre não propõe uma nova ação. A única exceção é o agravo de instrumento, em que a cópia dos autos sobe ao tribunal em procedimento apartado enquanto segue o procedimento principal. 
POR QUEM DEVE SER FEITO E QUAL O OBJETIVO? Isto deve ser feito pela mesma autoridade judiciária, ou por outra hierarquicamente superior, visando reformar a decisão, modificá-la, invalidá-la, esclarecê-la ou integrá-la. 
1. Reforma ou modificação: na maior parte das vezes o recurso tem por finalidade a substituição de uma decisão por outra mais favorável ao recorrente. 
1. Invalidade: na situação em que a decisão contenha alguma espécie de vício processual interpõe-se um recurso solicitando a anulação desta decisão, substituindo-a por outra. 
1. Esclarecimento ou integração: o recurso neste caso é interposto para que seja esclarecida alguma obscuridade ou omissão contida na decisão. 
1. PRINCÍPIOS 
1. Do duplo grau de jurisdição¹: é a possibilidade de submeter-se a lide a exames sucessivos, pelo mesmo ou outro órgão de jurisdição, não possui previsão expressa na Constituição, mas tem status constitucional, pois deriva do artigo 5º, LV, CF (contraditório e ampla defesa). 
1. Da taxatividade: somente os meios de impugnação criados por lei federal e enumerados no Código de Processo Civil, (vide art. 994, CPC), e outras leis processuais é que são considerados recursos;
1. Da unirrecorribilidade²: um só recurso para cada decisão recorrível, sendo vedada a interposição simultânea ou cumulativa de recursos.
1. Da fungibilidade³: o tribunal poderá conhecer do recurso interposto erroneamente, desde que seja tempestivo, não haja erro grosseiro ou má-fé.
1. Da reformatio in pejus4: não poderá o tribunal, sem que haja recurso da parte contrária, agravar a situação do recorrente.
¹ Mais informações em: http://www.agu.gov.br/page/download/index/id/640100 
Exemplos de julgados disponíveis em: https://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/busca?q=duplo+grau+de+jurisdi%C3%A7%C3%A3 o. 
² Decisão do STF a respeito do Princípio da Unirrecorribilidade, disponível em: http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoPeca.asp?id=310654380&tipoApp=.pdf. 
³ Mais informações em: https://www.conjur.com.br/2015-set-01/dierle-nunes-cpc-viabilizahipoteses-fungibilidade-recursal. 
4 Exemplos de julgados disponíveis em: https://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/busca?q=reformatio+in+pejus+recurso+civil 
1. REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE 
QUAL JUÍZO OU TRIBUNAL COMPETE APRECIAR DOS RECURSOS? O recurso, EM REGRA, é interposto perante o juízo ou tribunal que proferiu a decisão, ou seja, o juízo a quo, mas dirigido ao juízo ou tribunal hierarquicamente superior, o juízo ad quem. EXCEÇÃO para os embargos de declaração, que é julgado pelo próprio juiz prolator da decisão e agravo de instrumento, que será interposto diretamente no juízo ad quem. 
Para que o recurso seja recebido é necessário que preencha os requisitos dos pressupostos de admissibilidade. Esses requisitos são necessários para que o juízo ad quem conheça o mérito do recurso. Dividem-se em objetivos e subjetivos:
2. Objetivos: relativos ao processo 
1. cabimento e adequação do recurso; 
1. tempestividade; 
1. regularidade procedimental, incluídos nesta o pagamento das custas e a motivação; 
1. inexistência de fato impeditivo ou extintivo. 
2. Subjetivos: relacionados aos sujeitos da relação processual 
1. legitimidade; 
1. interesse, que decorre da sucumbência. 
Observações:
1. Cabimento: o recurso deve ter sua previsão no sistema processual, art. 994 do CPC. 
1. Adequação: consiste na interposição do recurso correto para cada decisão que se pretenda impugnar. 
1. Tempestividade: o recurso deve ser interposto no prazo legal. Fora desse prazo será precluso e não será conhecido. QUAL O PRAZO PARA INTERPOSIÇÃO E RESPOSTA DOS RECURSOS? O prazo para interposição dos recursos e para a resposta é de 15 DIAS, excetuando-se os embargos de declaração, cujo prazo é de 5 DIAS (art.1.003, parágrafo 5º do CPC). 
1. Regularidade Procedimental: o recurso deve seguir o procedimento e a forma legal. 
Exemplos: Petição escrita e regularmente protocolada, que o recurso seja adequado, que tenha motivação (dar os motivos), fundamentação jurídica e legal, recolhimento das custas (preparo)5. Se as custas não forem recolhidas o recurso não será conhecido e receberá o nome de deserto, art. 1.007, CPC. 
Exemplo de julgado: APELAÇÃO. DESERÇÃO. Apelantes intimado a recolher o preparo recursal em 05 dias, após o indeferimento do pedido de gratuidade de justiça, quedando-se inerte em relação ao pagamento. Inteligência do art. 1.007, § 2º do CPC/15. RECURSO DESERTO. (TJSP; Apelação Cível 1001382-44.2014.8.26.0576; Relator (a): Rosangela Telles; Órgão Julgador: 2ª Câmara de Direito Privado; Foro de São José do Rio Preto - 3ª Vara Cível; Data do Julgamento: 28/05/2012; Data de Registro: 22/03/2019). 
1. INEXISTÊNCIA DE FATOS IMPEDITIVOS OU EXTINTIVOS DO CONHECIMENTO DO RECURSO. 
São três os fatos: 
1. Falta de preparo;
1. Haver desistência do recurso (o recurso já existe);
1. Haver renúncia ao direito de recorrer (o recurso ainda não existe). 
Interesse recursal: somente a parte sucumbente tem interesse recursal (arts. 996 e 997, CPC). Se não for sucumbente, o recurso não será conhecido. 
Sucumbência: expectativa legítima que é frustrada no processo. Exemplo: pleitear prova pericial e o juiz indeferir. 
5 Mais informações em: http://www.tjsp.jus.br/IndicesTaxasJudiciarias/DespesasProcessuais/TaxaJudiciaria 
1. LEGITIMIDADE PARA RECORRER: 
1. As partes
1. O Ministério Público como parte ou como fiscal da lei 
1. O terceiro prejudicado que é aquele que poderia ter participado do processo como interveniente e não o fez. 
1. JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE E JUÍZO DE MÉRITO 
Para que o juízo ou tribunal ad quem julgue o mérito do recurso há a necessidade de estarem presentes todos os pressupostos de admissibilidade. Ao examinar se estão presentes estes requisitos de admissibilidade, o recurso será conhecido ou não. A esse procedimento dá-se o nome de juízo de admissibilidade, que é feito, via de regra, pelo juízo ad quem. 
Ressalte-se que, antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo de 5 dias ao recorrente para que seja sanado o vício ou complementada a documentação exigível. 
Uma vez conhecido o recurso, o juízo ou tribunal ad quem verificará se o recorrente tem ou não razão. Se tiver o Tribunal "dará provimento" ao recurso, caso contrário "negará provimento" ao recurso. A esse procedimento dá-se o nome de juízo de mérito. 
Exemplo de julgado de recurso não conhecido: APELAÇÃO CÍVEL. OFERTA DE ALIMENTOS À CONJUGE. LITIGANTES CASADOS ENTRE SI. DEVER DE MÚTUA ASSISTENCIA PREVISTO NO ARTIGO 1.566 DO CÓDIGO CIVIL. AUSÊNCIA DE INTERESSE PROCESSUAL EVIDENCIADA. PETIÇÃO INICIAL INDEFERIDA. PROCESSO EXTINTO. Caso concreto em que não há necessidade e utilidade da via jurisdicional para a obtenção do bem jurídico pretendido,qual seja, fixação de alimentos para a cônjuge, tendo em vista que as partes estão casadas e a mútua assistência é um dos deveres decorrentes do casamento, conforme artigo 1.566 do CC. Ausente, portanto, o interesse processual. Sentença confirmada. APELO DESPROVIDO. (APELAÇÃO CÍVEL SÉTIMA CÂMARA CÍVEL Nº 70076260892 (Nº CNJ: 0390204-17.2017.8.21.7000) COMARCA DE PORTO ALEGRE). 
	REQUISITOS INTRIÍNSECOS
	REQUISITOS EXTRÍNSECOS
	CABIMENTO OU RECORRIBILIDADE
	PREPARO $
	LEGITIMIDADE PARA RECORRER
	TEMPESTIVIDADE
	INTERESSE PARA RECORRER
	REGULARIDADE
	INEXISTÊNSIA DE FATO IMPEDITIVO OU EXTINTIVO DO DIREITO DE RECORRER
	
QUESTÕES DE FIXAÇÃO 
1. Conceitue recurso. 
1. Diferencie juízo de admissibilidade de juízo de mérito. 
1. Explique o princípio da taxatividade. 
1. Quais são os pressupostos objetivos dos recursos? Explique dois deles. 
1. Quais são os pressupostos subjetivos dos recursos? Explique dois deles.
1. EFEITO DOS RECURSOS6 
A consequência, ou seja, O EFEITO MAIS IMPORTANTE que acontece com a interposição do recurso, é impedir que a sentença transite em julgado e ocorra preclusão. Esta (a preclusão), porém, não acontece quando envolve matéria de ordem pública, a exemplo da falta da citação, que poderá ser reexaminada a qualquer tempo, enquanto a decisão não transitar em julgado. 
6Mais informações em: http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7366 
e também em: http://www.ibdfam.org.br/noticias/6038/Entenda+mais+sobre+os+efeitos+devolutivo+e+suspens ivo+do+recurso+no+CPC+2015
1. Trânsito em julgado: quando não é mais possível recorrer de uma decisão jurisdicional, ou seja, quando a sentença se torna imutável e indiscutível e contra ela não cabe mais recurso. A coisa julgada é uma qualidade da sentença. A única exceção para que uma sentença seja reexaminada após o trânsito em julgado é através da ação rescisória. 
1. Preclusão: todo ato processual deve seguir uma sequência de procedimentos que são praticados nos momentos adequados, sob pena de preclusão. Preclusão é a perda do direito de praticar tais atos processuais. Esta perda pode ocorrer pelo seu não exercício no prazo determinado em lei (TEMPORAL), ou pelo seu efetivo exercício (CONSUMATIVA) ou pela prática de atos incompatíveis com o procedimento processual (LÓGICA). 
A preclusão pode ser:
1. Temporal: é a perda do prazo recursal, gerando a intempestividade do recurso.
1. Consumativa: quando o exercício do ato processual já foi realizado, não podendo dessa forma repeti-lo, por exemplo, o réu tem quinze dias para contestar, se fizer no segundo dia, não poderá fazer nova contestação no dia seguinte.
1. Lógica: é a prática de um ato incompatível com o direito processual, por exemplo, a desistência e a renúncia do recurso. 
Como decorrência desse efeito surge outro de caráter puramente processual que é a liberação de competência do tribunal ad quem, uma vez que este somente poderá reexaminar as decisões prolatadas pelo órgão inferior quando provocado. 
EFEITO DEVOLUTIVO E EFEITO SUSPENSIVO
O Código de Processo Civil menciona apenas os efeitos devolutivo e suspensivo. 
Em regra, todo recurso tem efeito devolutivo, enquanto o efeito suspensivo somente será verificado se estiver expresso em lei. 
O efeito devolutivo consiste na apreciação do recurso pelo órgão hierarquicamente superior (ad quem) àquele que prolatou a sentença recorrida. Ou seja, é a devolução dos autos para o órgão ad quem, e NÃO a devolução dos autos, ao órgão a quo, para que este reexamine a sua própria decisão. CONTUDO existem exceções de alguns recursos não são devolvidos ao juízo ad quem, mas sim ao ad quo, uma vez que a matéria impugnada pode ser reexaminada pelo próprio órgão a quo que poderá reformar a sentença, como ocorre, por exemplo, com os embargos de declaração. 
O efeito suspensivo trata daqueles recursos que impedem a imediata produção de efeitos da decisão recorrida, ficando o comando nela contido suspenso até seu julgamento. Exemplo: art. 1.012, CPC. 
Para os recursos recebidos apenas com efeito devolutivo a decisão poderá ser executada provisoriamente, pois é uma decisão passível de ser modificada. Para aqueles recebidos com efeito devolutivo e suspensivo, a execução da sentença deverá aguardar até que a nova decisão seja prolatada pelo juízo ou tribunal ad quem. Se a lei for omissa em relação ao efeito em que o recurso será recebido, este será recebido no efeito suspensivo. É bom observar que mesmo o recurso não sendo recebido com efeito suspensivo, a regra é a suspensividade, pois ele não permite que a decisão transite em julgado. 
QUANDO UM RECURSO PODERÁ SER EXTINTO ANTES QUE SEJA EXAMINADO? Uma vez interposto o recurso e seguidos todos os procedimentos exigidos, sua extinção ocorrerá naturalmente pelo seu julgamento pelo tribunal ad quem. Contudo, poderá o recurso ser extinto antes que seja examinado pelo tribunal. Esse fato ocorre com a desistência ou a renúncia do recurso pelo recorrente. Na desistência o recurso já foi interposto. Pode ser expressa, retratando-se por escrito ao juiz, ou tácita, decorrente de algum ato processual incompatível com o prosseguimento do recurso: por exemplo, a transação sobre o objeto causador do litígio. É a chamada preclusão lógica. 
A renúncia ocorre antes da interposição do recurso. Pode ser expressa por escrito, ou tácita, que consiste na aceitação do ato judicial, com a prática de algum ato que deixe claro a vontade de não recorrer da decisão. 
A desistência ou a renúncia do recurso independe da concordância do litisconsorte ou da parte contrária. Ao contrário do que acontece na desistência da ação antes da sentença, em que a parte contrária tem direito a uma sentença de mérito e, neste caso, há a necessidade/depende de sua concordância. Tanto no caso da renúncia como no da desistência, depois de prolatada a sentença favorável à parte contrária, esta será transitada em julgado. 
QUESTÕES DE FIXAÇÃO 
1. O que é trânsito em julgado? 
1. Discorra sobre o fenômeno processual denominado preclusão, explicando suas espécies.
1. Em que consiste o efeito devolutivo dos recursos?
1. Em que consiste o efeito suspensivo dos recursos?
1. Quanto aos recursos, diferencie desistência de renúncia.
RECURSOS UNIDADE 2
1. RECURSO DE TERCEIRO¹
QUEM É O TERCEIRO? O terceiro é aquele que atuou ou que poderia ter atuado como assistente, opoente ou outra forma de intervenção. 
LETITIMIDADE: Se não atuou, mas é notificado, tem o prazo conferido às partes para recorrer da sentença. 
REQUISITO: O terceiro prejudicado tem que provar, ao judiciário, eventual prejuízo com a decisão proferida (interesse de agir). Exemplo: Quando o sublocatário de um imóvel se senti prejudicado com o provimento de uma ação de despejo. 
OBJETIVO: O recurso do terceiro prejudicado não visa o amparo do próprio direito, e sim, pleiteia a procedência ou improcedência da ação primitiva, uma vez que da decisão proferida em tal ação poderá ele ser prejudicado (art. 996, CPC). 
 ¹Mais informações em: http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/documentacao_e_divulgacao/doc_biblioteca/bibli_ser vicos_produtos/bibli_boletim/bibli_bol_2006/RPro_n.257.09.PDF 
1. RECURSO DO LITISCONSORTE 
Quando a relação jurídica envolve litisconsortes e seus interesses forem comuns. O recurso de um será aproveitado por todos. É o que acontece também para o litisconsórcio que figura no pólo passivo, no caso de serem solidários. CONTUDO, sendo os interesses diferentes, cada um que compõe a relação deverá interpor o seu próprio recurso. Existe, porém, o litisconsorte unitário, ou seja, aquele em que a decisão do juiz deverá ser a mesma para todos. Um exemplo está na ação de nulidade de casamento proposta pelo Ministério Público, onde o marido e a mulher figuram como réus e a decisão do juiz será a mesma para ambos. 
Litisconsórcio: como regra, a relação processual é composta por um autor e por um réu. No litisconsórcio existe uma pluralidade de pessoas, tanto no pólo ativo, quando há mais de um autor, como no pólo passivo quando há maisde um réu, ou ainda, litisconsórcio misto quando figuram nos dois pólos mais de um indivíduo. O litisconsórcio se classifica em: 
1. Unitário: quando a sentença deve ser a mesma para todas as partes envolvidas na relação jurídica.
1. Simples: a sentença, embora proferida no mesmo processo poderá ser diferente para cada parte envolvida na relação processual.
1. Facultativo: a interposição do recurso depende da parte interessada, podendo ser interposto em conjunto ou separadamente.
1. Necessário: neste caso a pluralidade de autores ou de réus está subordinada à lei.
1. RECURSO ADESIVO 
O art. 997 do CPC permite que quando existir a sucumbência parcial ou recíproca, aquele que não tenha recorrido no prazo estipulado para o devido recurso, possa aderir no prazo para a contestação, ao recurso da parte contrária. É utilizado em circunstâncias em que normalmente uma das partes não recorreria. Por exemplo, numa decisão em que haja sucumbência recíproca, a parte pediu R$. 100,00 e o juiz sentenciou R$. 60,00. A parte, a princípio, não recorreria, tendo como melhor opção a execução. Porém, se a outra parte recorrer, o recorrido poderá aproveitar-se deste recurso através do recurso adesivo. Tudo se passa como se uma parte aderisse ao recurso do outro. Para os doutrinadores, o recurso adesivo, não é propriamente um recurso, e sim, é um modo de interposição de apelação, de embargos infringentes ou de recurso especial ou extraordinário. 
9. REQUISITOS/Característica fundamental do recurso adesivo: além dos pressupostos gerais de admissibilidade exigidos para todos os recursos, e aqueles especiais que são exigidos pelos recursos que poderiam ter sido interpostos, o recurso adesivo requer ainda:
1. Que seja apresentado no prazo da resposta;
1. Que dependa de sucumbência recíproca;
1. Que seja interposto perante a autoridade competente para conhecer do recurso principal;
1. Que a parte contrária tenha interposto o recurso principal e que este tenha sido recebido.
1. Que seja interposto apenas pelo autor ou pelo réu, conforme lei, o que se conclui não ser possível sua interposição pelo terceiro prejudicado ou pelo Ministério Público. 
Se o recurso principal, ao qual o recurso é adesivo, for intempestivo ou deserto e não for conhecido, neste caso, o recurso adesivo funcionará como um recurso acessório e também não será conhecido. No entanto, se o recurso principal for conhecido, o recurso adesivo torna-se autônomo, o que significa que o recurso principal poderá não ser provido enquanto o adesivo poderá ser, ou vice-versa. 
O recurso adesivo segue o destino do principal. Num exemplo, se a apelação for intempestiva ou deserta e não for conhecida, o recurso adesivo também não o será, e neste caso o recurso adesivo funcionará como um recurso acessório. É bom lembrar que, uma vez conhecido o recurso principal, o recurso adesivo torna-se autônomo, isto é, o recurso principal poderá não ser provido enquanto o adesivo poderá ser, ou vice-versa. 
Exemplo de julgado: Apelação e recurso adesivo. Responsabilidade civil. Ação de indenização por danos materiais e morais. Acidente de trânsito. Buraco na via pública. Sentença de parcial procedência. Apelação do Município. Ato omissivo do ente público. Faute du servisse (fato do serviço). Responsabilidade subjetiva e responsabilidade objetiva (art. 37, §6º, da CF). Precedentes do STF. Nexo causal comprovado. Culpa do município comprovada. Buraco na via pública. Ausência de sinalização adequada. Falha no serviço público. Negligência no dever de conservação da via pública. Culpa exclusiva da vítima (autor) não comprovada. Recurso adesivo do autor. Veículo que à noite caiu com as duas rodas do lado esquerdo dentro de buraco na via e, no dia seguinte, encontra-se virado com as quatro rodas para cima dentro de uma enorme cratera. Autor que está há dois anos e cinco meses sem poder se utilizar do veículo. Situação vivenciada pelo autor que extrapola em muito o mero aborrecimento esperado em situações de acidente de trânsito. Danos morais fixados em R$ 5.000,00 (cinco mil reais). Sentença parcialmente reformada. Sucumbência alterada. Honorários majorados. APELAÇÃO DO MUNICÍPIO DESPROVIDA. RECURSO ADESIVO DO AUTOR PROVIDO. (TJSP; Apelação Cível 1000519-29.2016.8.26.0282; Relator (a): L. G. Costa Wagner; Órgão Julgador: 34ª Câmara de Direito Privado; Foro de Itatinga - Vara Única; Data do Julgamento: 22/03/2019; Data de Registro: 22/03/2019) 
QUESTÕES DE FIXAÇÃO
1. O recurso do terceiro prejudicado visa o amparo do próprio direito? Explique.
1. Diferencie o litisconsórcio unitário do litisconsórcio simples.
1. O recurso interposto por um dos litisconsortes a todos aproveita? Explique.
1. Sob qual circunstância processual admite-se a interposição do recurso adesivo.
1. Discorra sobre as características do recurso adesivo. 
1. APELACÃO² – artigo 1.009 a 1.014 do CPC 
CONCEITO: A apelação é o recurso cabível contra as sentenças terminativas (isto é, sem a apreciação do mérito - artigo 485 do CPC) ou definitivas (com a apreciação de mérito - artigo 487 do CPC), cujo conceito está definido no artigo 203 do CPC, que diz: 
Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos. 
§ 1o Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução. 
OBJETIVO: A interposição do recurso de apelação leva os pontos controvertidos ao reexame do tribunal do segundo grau, tendo como objetivo a reforma total ou parcial da decisão impugnada, ou mesmo sua invalidação e visando, principalmente evitar o trânsito em julgado.
Todas as questões, de fato ou de direito, poderão ser objeto da apelação, com exceção daquelas decididas antes da sentença e que estejam preclusas. 
²Mais informações em: https://www.migalhas.com.br/ProcessoeProcedimento/106,MI241916,31047- Apontamentos+sobre+a+apelacao+no+novo+CPC 
Ressalte-se que as questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não comportar agravo de instrumento, não são acobertadas pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas contrarrazões. A apelação é o recurso que atende mais amplamente ao princípio do duplo grau de jurisdição. 
O QUE É A SENTENÇA? A SENTENÇA, conforme estabelecido no artigo 203 do CPC, trata-se do pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução. 
O artigo 1.013 do CPC determina que, na apelação, o processo seja devolvido ao tribunal, ou seja, ao juízo ad quem, para o conhecimento da matéria impugnada, isto é, aquilo que foi objeto do recurso. Com relação à matéria impugnada, o que não foi pedido, o judiciário não pode dar. Contudo, todas as questões de fato e de direito, constantes dos autos do processo, serão devolvidas ao juízo ad quem e ficarão sujeitas à apreciação, mesmo que o juízo a quo não as tenha julgado por inteiro. 
Se o processo objeto do recurso foi extinto sem a resolução do mérito e o tribunal entender que a causa está madura, ou seja, em condições de imediata apreciação, quer por tratar-se de matéria de direito ou porque as provas estão todas produzidas, poderá julgá-lo sem devolver ao juízo a quo. 
10. Efeitos da apelação 
Em regra, isto é, no silêncio da lei, a apelação tem efeito devolutivo e suspensivo, o que impede a execução da sentença. Porém, como relacionado abaixo, há situações em que a apelação é recebida apenas no efeito devolutivo, conforme
Art. 1.012. A apelação terá efeito suspensivo. 
§ 1o Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos imediatamente após a sua publicação a sentença que: 
I - homologa divisão ou demarcação de terras; 
II - condena a pagar alimentos; 
III - extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do executado; 
IV - julga procedente opedido de instituição de arbitragem; 
V - confirma, concede ou revoga tutela provisória; 
VI - decreta a interdição. 
§ 2o Nos casos do § 1o , o apelado poderá promover o pedido de cumprimento provisório depois de publicada a sentença. 
§ 3o O pedido de concessão de efeito suspensivo nas hipóteses do § 1 o poderá ser formulado por requerimento dirigido ao: 
I - tribunal, no período compreendido entre a interposição da apelação e sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-la; 
II - relator, se já distribuída a apelação. 
§ 4o Nas hipóteses do § 1o , a eficácia da sentença poderá ser suspensa pelo relator se o apelante demonstrar a probabilidade de provimento do recurso ou se, sendo relevante a fundamentação, houver risco de dano grave ou de difícil reparação. 
10. Procedimento 
PRAZO: A apelação deverá ser interposta no prazo de quinze (15) dias (art. 1.003, § 5º, CPC), a partir da intimação da sentença. 
A QUEM É ENDEREÇADA/A QUEM COMPETE APRECIAR? Será endereçada ao juízo a quo, todavia, os pressupostos de admissibilidade da apelação serão analisados pelo juízo ad quem. 
A petição de interposição da apelação deverá ser acompanhada das razões de apelação e, sob pena de deserção, do comprovante do preparo. 
O QUE ACONTECE QUANDO O RESULTADO DA APELAÇÃO NÃO É UNÂNIME? De acordo com o artigo 942 do CPC, quando o resultado da apelação não for unânime, o julgamento terá prosseguimento em sessão a ser designada com a presença de outros julgadores, que serão convocados nos termos previamente definidos no regimento interno, em número suficiente para garantir a possibilidade de inversão do resultado inicial, assegurado às partes e a eventuais terceiros o direito de sustentar oralmente suas razões perante os novos julgadores. 
Exemplo de julgado: APELAÇÃO. Ação declaratória de inexibilidade de títulos de crédito, com pedido de indenização por danos morais e de sustação de protesto – Duplicatas sem lastro negocial – Sentença de procedência – Recurso da endossatária corré. DUPLICATA – Título de crédito causal, cuja legitimidade está condicionada à regularidade do negócio jurídico subjacente – Fatura e comprovante de recebimento de mercadorias suficientemente impugnados – Revelia da primeira corré, sacadora – Irregularidade formal das duplicatas, emitidas sem causa negocial subjacente – Protesto indevido – Dano moral "in re ipsa" – Valor do dano moral bem fixado, correspondente ao valor dos títulos protestados – Responsabilidade da corré, na posição de favorecida pelos títulos recebidos em cessão de crédito – Inteligência da Súmula nº 475 do C. STJ. Recurso não provido. 
(TJSP; Apelação Cível 1004190-90.2017.8.26.0099; Relator (a): Helio Faria; Órgão Julgador: 18ª Câmara de Direito Privado; Foro de Bragança Paulista - 1ª Vara Cível; Data do Julgamento: 19/03/2019; Data de Registro: 22/03/2019) 
QUESTÕES DE FIXAÇÃO
1. Conceitue apelação.
1. O recurso de apelação é recebido apenas no efeito devolutivo? Explique.
1. Qual o prazo para a interposição do recurso apelação e a quem deverá ser endereçado? 
RECURSOS UNIDADE 3
1. AGRAVO DE INSTRUMENTO – ARTIGO 1.015 A 1.020 DO CPC¹
O Código de Processo Civil prevê que cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre: 
I - tutelas provisórias; 
II - mérito do processo; 
III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem; 
IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica; 
V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação; 
VI - exibição ou posse de documento ou coisa; 
VII - exclusão de litisconsorte; 
VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio; 
IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros; 
X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução; 
XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1o; 
XII - (VETADO); 
XIII - outros casos expressamente referidos em lei.
Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário. 
¹Mais informações em: https://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI236240,41046- Agravo+de+instrumento+hipoteses+de+cabimento+no+CPC15. 
EFEITO: Como regra geral, o agravo é recebido no efeito devolutivo, ou seja, a decisão agravada é eficaz, não interrompendo seu procedimento com a interposição do recurso, podendo o relator, atribuir efeito suspensivo aos recursos ou deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz a sua decisão (artigo 1.019 do CPC). 
A QUEM É ENDEREÇADA/A QUEM COMPETE APRECIAR? O agravo de instrumento deverá ser interposto no próprio órgão que irá julgar o recurso, ou seja, no Tribunal. 
REQUISITOS: O agravo de instrumento será encaminhado através de petição e deve atender, além dos pressupostos exigidos por todos os agravos, aos seguintes requisitos: 
1. os nomes das partes;
1. a exposição do fato e do direito;
1. as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão e o próprio pedido;
1. o nome e o endereço completo dos advogados constantes do processo. 
Deverão ser ainda ANEXADOS, obrigatoriamente, cópia da petição inicial, da contestação, da petição que ensejou a decisão agravada, da própria decisão agravada, da certidão da respectiva intimação ou outro documento oficial que comprove a tempestividade e das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado. NÃO HAVENDO QUAISQUER UM DOS DOCUMENTOS ACIMA DESCRITOS, o agravo deverá ser instruído com declaração de inexistência de qualquer dos documentos referidos, feita pelo advogado do agravante, sob pena de sua responsabilidade pessoal. O agravo de instrumento deverá ainda ser instruído, FACULTATIVAMENTE, com outras peças que o agravante reputar úteis. 
ACOMPANHARÁ A PETIÇÃO o comprovante do pagamento das respectivas custas e do porte de retorno, quando devidos, conforme tabela publicada pelos tribunais. 
NA FALTA DE QUALQUER DOS REQUISITOS ACIMA, antes de declarar inadmissível o agravo, o relator concederá o prazo de 5 dias ao agravante para que seja sanado o vício ou complementada a documentação exigível, nos termos do parágrafo único do art. 932 do CPC. 
Exemplo de julgado: AGRAVO DE INSTRUMENTO – Ação ordinária de obrigação de fazer – Tutela de Urgência – Insurgência contra decisão que concedeu a tutela de urgência para determinar o fornecimento de serviço "home care", composto de equipe médica e equipe de enfermagem vinte e quatro (24) horas por dia, fisioterapeutas, nutricionista, psicóloga, fonoaudióloga, terapeuta ocupacional, aparelhos e materiais de uso hospitalar – Reforma necessária – Pretensão ao serviço "home care" que não se insere nas obrigações emanadas do artigo 196, da Constituição Federal - Ausência de verossimilhança – Precedentes - Decisão reformada- Recurso provido. (TJSP; Agravo de Instrumento 2030842-65.2019.8.26.0000; Relator (a): Rebouças de Carvalho; Órgão Julgador: 9ª Câmara de Direito Público; Foro de Cubatão - 3ª Vara; Data do Julgamento: 22/03/2019; Data de Registro: 22/03/2019). 
11. Prazos e comunicação ao juízo de primeiro grau 
O prazo para interposição do agravo de instrumento é de quinze dias. Uma vez interposto o agravo de instrumento, o agravante poderá requerer a juntada, aos autos do processo, de cópia da petição do agravo de instrumento, do comprovante de sua interposição e da relação dos documentos que instruíram o recurso. 
Se o juiz comunicar que reformou inteiramente a decisão, o relator considerará prejudicado o agravo de instrumento. 
Não sendo eletrônicos os autos, o agravante tomará comunicará o juízo “a quo”, no prazo de 3 (três) dias a contar da interposição do agravo de instrumento. O descumprimento desta exigência, desde que arguido e provado pelo agravado, importa inadmissibilidade do agravo de instrumento. 
1. AGRAVO INTERNO – ARTIGO 1.021 DO CPC²
QUANDO POSSO INTERPOR O AGRAVO INTERNO E A QUEM É ENDEREÇADA/AQUEM COMPETE APRECIAR? Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento interno do tribunal. 
Na petição de agravo interno, o recorrente impugnará especificadamente os fundamentos da decisão agravada. 
PRAZO: O agravo será dirigido ao relator, que intimará o agravado para manifestar-se sobre o recurso no prazo de 15 (quinze) dias, ao final do qual, não havendo retratação, o relator levá-lo-á a julgamento pelo órgão colegiado, com inclusão em pauta. 
²Exemplos de julgados em: https://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/busca?q=agravo+interno 
É vedado ao relator limitar-se à reprodução dos fundamentos da decisão agravada para julgar improcedente o agravo interno. 
Quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou improcedente em votação unânime, o órgão colegiado, em decisão fundamentada, condenará o agravante a pagar ao agravado, multa fixada entre um e cinco por cento do valor atualizado da causa. 
A interposição de qualquer outro recurso está condicionada ao depósito prévio do valor da multa, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que farão o pagamento ao final. 
1. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO (ART. 1.022 A 1.026 DO CPC) 
QUANDO POSSO INTERPOR EMBARGOS DE DECLARAÇÃO? Trata-se de recurso cabível contra qualquer decisão judicial. 
Antes de entrarmos nas hipóteses de cabimento VALE RELEMBRAR OS CONCEITOS JÁ APRENDIDOS SOBRE SENTENÇA. Como já sabemos, quando a sentença define os pontos controvertidos, diz-se que foi julgado o mérito. Neste caso é chamada de sentença definitiva (artigo 487 do CPC). Porém, quando o processo se extingue sem que o mérito seja julgado, ela é chamada de sentença terminativa (artigo 485 do CPC). 
A sentença definitiva deverá ser clara e conter os seguintes requisitos (artigo 489 do CPC):
1. O relatório: onde constará o nome das partes, o pedido, a contestação, ou seja, um resumo dos principais atos processuais;
1. Os fundamentos: o juiz irá analisar as questões de fato e de direito; e,
1. O dispositivo: o juiz vai dará a solução para as questões propostas, aplicando a lei e com base na fundamentação acolherá ou não o pedido do autor. 
13. Cabimento (art. 1.022, CPC) 
Os embargos de declaração têm cabimento quando houver na decisão embargada obscuridade, contradição, omissão ou erro material. 
Sendo a decisão contraditória, os embargos de declaração terão como objetivo o seu esclarecimento e sua função será explicativa. 
Tratando-se de decisão omissa/omissão, os embargos de declaração terão como objetivo complementar a decisão ou o julgamento, ou seja, sua função será integrativa.
1. Obscuridade: é a dificuldade de entendimento do texto da decisão, da sentença ou do acórdão. O texto está incompreensível, o que poderá prejudicar sua execução;
1. Contradição: é a existência de conflitos entre a fundamentação da decisão ou da sentença e o seu dispositivo. Isto ocorre quando o juiz fundamenta de um jeito e decide de maneira diferente; e,
1. Omissão: quando algum ponto controverso deixa de ser apreciado. 
13. Efeitos 
Os embargos de declaração poderão ter efeito modificativo. Isso ocorrerá se, ao resolver a obscuridade, a contradição ou a omissão, acontecerem mudanças no conteúdo ou dispositivo da sentença. Os embargos de declaração NÃO possuem efeito suspensivo. 
13. Procedimento 
Os embargos de declaração deverão ser interpostos junto ao juízo que prolatou a decisão ou a sentença (juiz prolator) no prazo de cinco dias a contar da data da publicação da mesma – artigo 1.023 do CPC. 
O juiz terá prazo igual para esclarecer ou não a decisão. Como os embargos de declaração são endereçados ao juiz prolator da decisão ou da sentença, não há necessidade que a parte contrária se manifeste. Não há necessidade de preparo. 
Uma vez interpostos embargos de declaração interrompe-se o prazo para que qualquer das partes interponha outros recursos, inclusive nas demandas que seguem procedimento sumaríssimo, uma vez que a Lei n. 9.099/95 determina que os embargos de declaração, nos juizados, também interrompem o prazo para a interposição de outros recursos. 
Exemplo de julgado: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - Omissão – Obscuridade - Inexistência - Rediscussão da matéria - Caráter Infringente - Recurso rejeitado. (TJSP; Embargos de Declaração Cível 0001595-78.2014.8.26.0443; Relator (a): Melo Bueno; Órgão Julgador: 35ª Câmara de Direito Privado; Foro de Piedade - 2ª Vara; Data do Julgamento: 22/03/2019; Data de Registro: 22/03/2019). 
QUESTÕES DE FIXAÇÃO
1. Qual a finalidade dos embargos de declaração?
1. Quais as hipóteses de cabimento dos embargos de declaração?
1. O recurso embargos de declaração pode ter efeito modificativo? Explique.
1. A interposição dos embargos de declaração interrompe ou suspende o prazo para os demais recursos?
1. Explique o procedimento dos embargos de declaração. 
1. RECURSO ORDINÁRIO 
QUANDO POSSO INTERPOR RECURSO ORDINÁRIO? Os artigos 1.027 e 1.028 do Código de Processo Civil estabelecem o que será julgado em recurso ordinário:
Art. 1.027. Serão julgados em recurso ordinário: 
I - pelo Supremo Tribunal Federal, os mandados de segurança, os habeas data e os mandados de injunção decididos em única instância pelos tribunais superiores, quando denegatória a decisão; 
II - pelo Superior Tribunal de Justiça: 
a) os mandados de segurança decididos em única instância pelos tribunais regionais federais ou pelos tribunais de justiça dos Estados e do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão; 
b) os processos em que forem partes, de um lado, Estado estrangeiro ou organismo internacional e, de outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País. 
§ 1o Nos processos referidos no inciso II, alínea “b”, contra as decisões interlocutórias caberá agravo de instrumento dirigido ao Superior Tribunal de Justiça, nas hipóteses do art. 1.015. 
§ 2o Aplica-se ao recurso ordinário o disposto nos arts. 1.013, § 3o , e 1.029, § 5o . 
Art. 1.028. Ao recurso mencionado no art. 1.027, inciso II, alínea “b”, aplicam-se, quanto aos requisitos de admissibilidade e ao procedimento, as disposições relativas à apelação e o Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça. 
§ 1o Na hipótese do art. 1.027, § 1o , aplicam-se as disposições relativas ao agravo de instrumento e o Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça. 
§ 2o O recurso previsto no art. 1.027, incisos I e II, alínea “a”, deve ser interposto perante o tribunal de origem, cabendo ao seu presidente ou vice-presidente determinar a intimação do recorrido para, em 15 (quinze) dias, apresentar as contrarrazões. 
§ 3o Findo o prazo referido no § 2o , os autos serão remetidos ao respectivo tribunal superior, independentemente de juízo de admissibilidade. 
OBJETIVO: O recurso ordinário permite o exame de matéria de direito e de fato. 
Não sofre restrições além daquelas referentes às hipóteses de cabimento e aos pressupostos gerais dos recursos. 
Não sofre limitação quanto à matéria alegada, se constitucional ou se infraconstitucional, sendo possível ser examinada e aplicada lei estadual ou municipal, mesmo sendo um tribunal federal.
1. Matéria de direito: é aquela fundada exclusivamente em um princípio de direito ou numa norma jurídica; e,
1. Matéria de fato: é a que se refere a uma questão de fato, isto é, a eventos ou acontecimentos registrados, sobre os quais versa a demanda ou a controvérsia. 
14. Competência 
Será de competência do Supremo Tribunal Federal (artigo 102, II da CF), o julgamento do recurso ordinário nos casos de denegação do mandado de segurança, habeas data e mandado de injunção, quando decididos em única instância pelos tribunais superiores, que são STJ, TST, TSE e STM. 
Será de competência do Superior Tribunal de Justiça (artigo 105, II da CF) o exame de casos de denegação de processos envolvendo litígios entre o Estado Estrangeiro ou Organismo Internacional e Município ou pessoa residente ou domiciliada no país. Da mesma forma, nas situaçõesde denegação de mandado de segurança em processos de competência originária dos tribunais regionais federais, dos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e territórios. 
14. Prazo 
O prazo para a interposição do recurso ordinário é de quinze dias. 
QUESTÕES DE FIXAÇÃO
1. Explique as hipóteses de cabimento do Recurso Ordinário Constitucional.
1. O que vem a ser matéria de fato e de direito?
1. Quais as hipóteses em que o recurso ordinário será julgado pelo Supremo Tribunal Federal?
1. Quais as hipóteses em que o recurso ordinário será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça?
1. Qual o prazo para a interposição deste recurso?
RECURSOS UNIDADE 4
1. RECURSO ESPECIAL E EXTRAORDINÁRIO – ARTIGO 1.029 E SEGUINTES DO CPC, 102 E 105 DA CF¹. 
A QUEM É ENDEREÇADA/A QUEM COMPETE APRECIAR? O recurso extraordinário e o recurso especial serão interpostos perante o presidente ou o vice-presidente do tribunal recorrido. 
REQUISITOS: A interposição deverá ser feita em petições distintas que devem conter:
1. a exposição do fato e do direito;
1. a demonstração do cabimento do recurso interposto;
1. as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão recorrida.
¹Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/lei/l13256.htm 
Quando o recurso for fundado em dissídio jurisprudencial, o recorrente fará a prova da divergência com a certidão, cópia ou citação do repositório de jurisprudência, oficial ou credenciado, inclusive em mídia eletrônica, em que houver sido publicado o acórdão divergente, ou ainda com a reprodução de julgado disponível na rede mundial de computadores, com indicação da respectiva fonte, devendo-se, em qualquer caso, mencionar as circunstâncias que identifiquem ou assemelhem os casos confrontados. 
O Supremo Tribunal Federal ou o Superior Tribunal de Justiça poderá desconsiderar vício formal de recurso tempestivo ou determinar sua correção, desde que não o repute grave. 
Quando, por ocasião do processamento do incidente de resolução de demandas repetitivas, o presidente do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça receber requerimento de suspensão de processos em que se discuta questão federal constitucional ou infraconstitucional, poderá, considerando razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, estender a suspensão a todo o território nacional, até ulterior decisão do recurso extraordinário ou do recurso especial a ser interposto. 
15. Efeito 
O pedido de concessão de efeito suspensivo a recurso extraordinário ou a recurso especial poderá ser formulado por requerimento dirigido ao tribunal superior respectivo, no período compreendido entre a publicação da decisão de admissão do recurso e sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-lo, ou ainda ao relator, se já distribuído o recurso. 
Registre-se que o pedido poderá ainda ser dirigido ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, no período compreendido entre a interposição do recurso e a publicação da decisão de admissão do recurso, assim como no caso de o recurso ter sido sobrestado, nos termos do art. 1.037 do CPC. 
15. Procedimento e Prazo 
Recebida a petição do recurso pela secretaria do tribunal, o recorrido será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual os autos serão conclusos ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, que deverá, de acordo com o artigo 1.030, do CPC: 
I – negar seguimento: 
a) a recurso extraordinário que discuta questão constitucional à qual o Supremo Tribunal Federal não tenha reconhecido a existência de repercussão geral ou a recurso extraordinário interposto contra acórdão que esteja em conformidade com entendimento do Supremo Tribunal Federal exarado no regime de repercussão geral; 
b) a recurso extraordinário ou a recurso especial interposto contra acórdão que esteja em conformidade com entendimento do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça, respectivamente, exarado no regime de julgamento de recursos repetitivos; 
II – encaminhar o processo ao órgão julgador para realização do juízo de retratação, se o acórdão recorrido divergir do entendimento do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça exarado, conforme o caso, nos regimes de repercussão geral ou de recursos repetitivos; 
III – sobrestar o recurso que versar sobre controvérsia de caráter repetitivo ainda não decidida pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça, conforme se trate de matéria constitucional ou infraconstitucional; 
IV – selecionar o recurso como representativo de controvérsia constitucional ou infraconstitucional, nos termos do § 6º do art. 1.036; 
V – realizar o juízo de admissibilidade e, se positivo, remeter o feito ao Supremo Tribunal Federal ou ao Superior Tribunal de Justiça, desde que: 
a) o recurso ainda não tenha sido submetido ao regime de repercussão geral ou de julgamento de recursos repetitivos; 
b) o recurso tenha sido selecionado como representativo da controvérsia; ou 
c) o tribunal recorrido tenha refutado o juízo de retratação 
Da decisão de inadmissibilidade proferida com fundamento no inciso V caberá agravo ao tribunal superior, nos termos do art. 1.042. 
Já da decisão proferida com fundamento nos incisos I e III caberá agravo interno, nos termos do art. 1.021. 
15. Fungibilidade e remessa dos autos ao STJ e STF interposição conjunta 
Na hipótese de interposição conjunta de recurso extraordinário e recurso especial, os autos serão remetidos ao Superior Tribunal de Justiça. 
Concluído o julgamento do recurso especial, os autos serão remetidos ao Supremo Tribunal Federal para apreciação do recurso extraordinário, se este não estiver prejudicado. 
Se o relator do recurso especial considerar prejudicial o recurso extraordinário, em decisão irrecorrível, sobrestará o julgamento e remeterá os autos ao Supremo Tribunal Federal. 
Se o relator do recurso extraordinário, em decisão irrecorrível, rejeitar a prejudicialidade, devolverá os autos ao Superior Tribunal de Justiça para o julgamento do recurso especial. 
Se o relator, no Superior Tribunal de Justiça, entender que o recurso especial versa sobre questão constitucional, deverá conceder prazo de 15 (quinze) dias para que o recorrente demonstre a existência de repercussão geral e se manifeste sobre a questão constitucional e em seguida deverá remeter o recurso ao Supremo Tribunal Federal, que, em juízo de admissibilidade, poderá devolvê-lo ao Superior Tribunal de Justiça. 
Se o Supremo Tribunal Federal considerar como reflexa a ofensa à Constituição afirmada no recurso extraordinário, por pressupor a revisão da interpretação de lei federal ou de tratado, remetê-lo-á ao Superior Tribunal de Justiça para julgamento como recurso especial. 
Admitido o recurso extraordinário ou o recurso especial, o Supremo Tribunal Federal ou o Superior Tribunal de Justiça julgará o processo, aplicando o direito. 
Admitido o recurso extraordinário ou o recurso especial por um fundamento, devolve-se ao tribunal superior o conhecimento dos demais fundamentos para a solução do capítulo impugnado. 
15. Repercussão geral 
O Supremo Tribunal Federal, em decisão irrecorrível, não conhecerá do recurso extraordinário quando a questão constitucional nele versada não tiver repercussão geral. 
Para efeito de repercussão geral, será considerada a existência ou não de questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos do processo.
O recorrente deverá demonstrar a existência de repercussão geral para apreciação exclusiva pelo Supremo Tribunal Federal.
Haverá repercussão geral sempre que o recurso impugnar acórdão que: 
1. contrarie súmula ou jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal;
1. tenha reconhecido a inconstitucionalidade de tratado ou de lei federal, nos termos do art. 97 da Constituição Federal.
O relator poderá admitir, na análise da repercussão geral, a manifestação de terceiros, subscrita porprocurador habilitado, nos termos do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal. 
RECONHECIDA A REPERCUSSÃO GERAL, o relator no Supremo Tribunal Federal determinará a suspensão do processamento de todos os processos pendentes, individuais ou coletivos, que versem sobre a questão e tramitem no território nacional. 
O interessado pode requerer, ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal de origem, que exclua da decisão de sobrestamento e inadmita o recurso extraordinário que tenha sido interposto intempestivamente, tendo o recorrente o prazo de 5 (cinco) dias para manifestar-se sobre esse requerimento. 
Da decisão que indeferir o requerimento ou que aplicar entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos caberá agravo interno. 
NEGADA A REPERCUSSÃO GERAL, o presidente ou o vice-presidente do tribunal de origem negará seguimento aos recursos extraordinários sobrestados na origem que versem sobre matéria idêntica. 
O recurso que tiver a repercussão geral reconhecida deverá ser julgado no prazo de 1 (um) ano e terá preferência sobre os demais feitos, ressalvados os que envolvam réu preso e os pedidos de habeas corpus. 
A súmula da decisão sobre a repercussão geral constará de ata, que será publicada no diário oficial e valerá como acórdão. 
15. Julgamento dos recursos extraordinário e especial repetitivos 
Sempre que houver multiplicidade de recursos extraordinários ou especiais com fundamento em idêntica questão de direito, haverá afetação para julgamento, observado o disposto no Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal e no do Superior Tribunal de Justiça. 
O presidente ou o vice-presidente de tribunal de justiça ou de tribunal regional federal selecionará 2 (dois) ou mais recursos representativos da controvérsia, que serão encaminhados ao Supremo Tribunal Federal ou ao Superior Tribunal de Justiça para fins de afetação, determinando a suspensão do trâmite de todos os processos pendentes, individuais ou coletivos, que tramitem no Estado ou na região, conforme o caso. 
O interessado pode requerer, ao presidente ou ao vice-presidente, que exclua da decisão de sobrestamento e inadmita o recurso especial ou o recurso extraordinário que tenha sido interposto intempestivamente, tendo o recorrente o prazo de 5 (cinco) dias para manifestar-se sobre esse requerimento. 
Da decisão que indeferir o requerimento referido no § 2º caberá apenas agravo interno. 
A escolha feita pelo presidente ou vice-presidente do tribunal de justiça ou do tribunal regional federal não vinculará o relator no tribunal superior, que poderá selecionar outros recursos representativos da controvérsia. 
O relator em tribunal superior também poderá selecionar 2 (dois) ou mais recursos representativos da controvérsia para julgamento da questão de direito independentemente da iniciativa do presidente ou do vice-presidente do tribunal de origem. 
Somente podem ser selecionados recursos admissíveis que contenham abrangente argumentação e discussão a respeito da questão a ser decidida. 
Selecionados os recursos, o relator, no tribunal superior, constatando a presença dos pressupostos, proferirá decisão de afetação, na qual:
1. identificará com precisão a questão a ser submetida a julgamento;
1. determinará a suspensão do processamento de todos os processos pendentes, individuais ou coletivos, que versem sobre a questão e tramitem no território nacional;
1. poderá requisitar aos presidentes ou aos vice-presidentes dos tribunais de justiça ou dos tribunais regionais federais a remessa de um recurso representativo da controvérsia. 
Se, após receber os recursos selecionados pelo presidente ou pelo vicepresidente de tribunal de justiça ou de tribunal regional federal, não se proceder à afetação, o relator, no tribunal superior, comunicará o fato ao presidente ou ao vice-presidente que os houver enviado, para que seja revogada a decisão de suspensão prevista no artigo 1.036, § 1o , CPC. 
Havendo mais de uma afetação, será prevento o relator que primeiro tiver proferido a decisão. 
Os recursos afetados deverão ser julgados no prazo de 1 (um) ano e terão preferência sobre os demais feitos, ressalvados os que envolvam réu preso e os pedidos de habeas corpus. 
1. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA 
O artigo 1.043 do Código de Processo Civil dispõe que é embargável o acórdão de órgão fracionário que em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal, sendo os acórdãos, embargado e paradigma, de mérito ou que em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal, sendo um acórdão de mérito e outro que não tenha conhecido do recurso, embora tenha apreciado a controvérsia. 
GABARITO – ESTUDO DIRIGIDO
1. Explique o princípio da taxatividade.
Princípio da taxatividade: somente os meios de impugnação criados por lei federal e enumerados no Código de Processo Civil, (vide art. 994, CPC), e outras leis processuais é que são considerados recursos;
1. Quais são os pressupostos objetivos dos recursos? Explique dois deles.
Para que o recurso seja recebido é necessário que preencha os requisitos dos pressupostos de admissibilidade. Esses requisitos são necessários para que o juízo ad quem conheça o mérito do recurso e dividem-se em objetivos e subjetivos:
Objetivos: relativos ao processo
1. cabimento e adequação do recurso;
1. tempestividade;
1. regularidade procedimental, incluídos nesta o pagamento das custas e a motivação;
1. inexistência de fato impeditivo ou extintivo.
Cabimento: o recurso deve ter sua previsão no sistema processual, art. 994 do CPC.
Adequação: consiste na interposição do recurso correto para cada decisão que se pretenda impugnar.
Tempestividade: o recurso deve ser interposto no prazo legal. Fora desse prazo será precluso e não será conhecido.
O prazo para interposição dos recursos e para a resposta é de 15 dias, excetuando-se os embargos de declaração, cujo prazo é de 5 dias (art.1.003, parágrafo 5º do CPC).
Regularidade Procedimental: o recurso deve seguir o procedimento e a forma legal.
Inexistência de fatos impeditivos ou extintivos do conhecimento do recurso.
São três os fatos:
1. Falta de preparo;
1. Haver desistência do recurso (o recurso já existe);
1. Haver renúncia ao direito de recorrer (o recurso ainda não existe).
Interesse recursal: somente a parte sucumbente tem interesse recursal (arts. 996 e 997, CPC). Se não for sucumbente, o recurso não será conhecido.
Sucumbência: expectativa legítima que é frustrada no processo.
Exemplo: pleitear prova pericial e o juiz indeferir.
1. Quais são os pressupostos subjetivos dos recursos?
Para que o recurso seja recebido é necessário que preencha os requisitos dos pressupostos de admissibilidade. Esses requisitos são necessários para que o juízo ad quem conheça o mérito do recurso e dividem-se em objetivos e subjetivos:
 Subjetivos: relacionados aos sujeitos da relação processual
1. legitimidade;
1. interesse, que decorre da sucumbência.
Interesse recursal: somente a parte sucumbente tem interesse recursal (arts. 996 e 997, CPC). Se não for sucumbente, o recurso não será conhecido.
Sucumbência: expectativa legítima que é frustrada no processo.
Exemplo: pleitear prova pericial e o juiz indeferir. 
Legitimidade para recorrer:
1. As partes
1. O Ministério Público como parte ou como fiscal da lei
1. O terceiro prejudicado que é aquele que poderia ter participado do processo como interveniente e não o fez

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