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UNIVERSIDADE PAULISTA INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO-ICSC CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS UM ESTUDO SOBRE A APLICAÇÃO DE CONCEITOS DA CONTABILIDADE DE CUSTOS TRABALHO INTEGRADO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS CAMPINAS – SP 2018 1 ANA BEATRIZ SOUZA DA SILVA SOARES RA: N11042-2 DANIELA APARECIDA DA SILVA R.A: N985EB-1 FRANCISCA TAIS ALVES DA SILVA - R.A: C904JG-2 PATRÍCIA PEREIRA DE CASTRO R.A: D01DIB-0 UM ESTUDO SOBRE A APLICAÇÃO DE CONCEITOS DA CONTABILIDADE DE CUSTOS TRABALHO INTEGRADO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS APS - Atividades Práticas Supervisionadas – trabalho apresentado como exigência para avaliação do 4º e 5º semestre, do curso de Ciências Contábeis da UNIP - Universidade Paulista sob orientação do professor Luís Alberto. CAMPINAS – SP 2018 2 LISTA DE ILUSTRAÇÃO Imagem 1: Ficha de Movimentação dos Estoques de Matéria Prima Mês de Fevereiro. 9 Imagem 2: Ficha de Movimentação dos Estoques de Matéria Prima Mês de Março. 9 Imagem 3: Ficha de Movimentação dos Estoques de Produtos Acabados Mês de Fevereiro. 11 Imagem 4: Ficha de Movimentação dos Estoques de Produtos Acabados Mês de Março. 11 Imagem 5: Tabela de informações para alocação do CIF aos departamentos do mês de Fevereiro. 14 Imagem 6: Tabela de informações para alocação do CIF aos departamentos do mês de Março. 15 Imagem 7: Tabela de custos indiretos á serem apropriados do mês de Fevereiro. 15 Imagem 8: Tabela de custos indiretos á serem apropriados do mês de Março. 15 Imagem 9: Mapa de apuração dos CIFs do mês de Fevereiro. 17 Imagem 10: Mapa de apuração dos CIFs do mês de Março. 18 Imagem 11: Tabela do custo de produtos acabados do mês de Fevereiro. 19 Imagem 12: Tabela do custo de produtos acabados do mês de Março. 19 Imagem 13- Extrato do Diário da empresa APS Indústria de Torneiras LTDA. 23 Imagem 14- Razonetes da empresa APS Indústria de Torneiras LTDA. 34 Imagem 15- Tabela de Contribuição Social Sobre o Lucro da empresa APS Indústria de Torneiras LTDA. 38 Imagem 16- Contribuição do Imposto de Renda Sobre o Lucro da empresa APS Indústria de Torneiras LTDA. 40 Imagem 17- Balancete de Verificação da empresa APS Indústria de Torneiras LTDA mês de Dezembro. 42 Imagem 18: Balancete de Verificação do mês de Janeiro da empresa APS APS Indústria de Torneiras LTDA. 44 Imagem 20: Balancete de Verificação da empresa APS Industria de Torneiras LTDA de mês de Fevereiro. 45 3 Imagem 21: Balancete de Verificação da empresa APS Industria de Torneiras LTDA de mês de Março. 46 Imagem 22: Balancete de Verificação após o encerramento da empresa APS Indústria de Torneiras LTDA. 47 Imagem 23- Balanço Patrimonial da empresa APS Indústria de Torneiras LTDA. 49 Imagem 24- Demonstrativo do Resultado do Exercício da empresa APS Indústria de Torneira LTDA. 51 4 SUMÁRIO INTRODUÇÃO.............................................................................................................5 1. PERFIL DA ORGANIZAÇÃO............................................................................6 1.1 Apresentação da Empresa e Produto......................................................6 2. LUCRO REAL...................................................................................................7 3. ESTOQUE.........................................................................................................8 3.1 Estoques de Matéria Prima......................................................................8 3.1.1 Ficha de Movimentação dos Estoques de Matéria Prima................................................................................................8 3.2 Estoques de Produtos em Elaboração..................................................10 3.3 Estoques de Produtos Acabados..........................................................10 3.3.1 Ficha de Movimentação dos Estoques de Produtos Acabados.....10 3.4 Estoques de Produtos para Revenda...................................................12 3.5 Estoques de Materiais............................................................................12 3.6 Estoques de Produtos em Trânsito......................................................12 4. APROPRIAÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO- DEPARTAMENTALIZAÇÃO.........................................................................13 5. MAPA DE APURAÇÃO DO CIF....................................................................16 5.1 Apuração dos Custos dos Produtos Acabados..................................18 6. FOLHA DE PAGAMENTO.............................................................................20 6.1 Uso da Folha de Pagamento...................................................................................21 7. TRANSAÇÕES NO ACCOUNT......................................................................22 7.1 Extrato Diário...........................................................................................22 7.2 Razonetes................................................................................................34 7.3 Contribuição Social sobre o Lucro Líquido.........................................37 7.4 Imposto de Renda sobre o Lucro Liquido...........................................39 7.5 Balancete de Verificação.......................................................................41 7.6 Balanço Patrimonial..............................................................................48 7.7 Demonstração do Resultado do Exercício.........................................50 CONCLUSÃO..........................................................................................................52 REFERÊNCIA..........................................................................................................53 ANEXO A.................................................................................................................55ANEXO B.................................................................................................................57 5 INTRODUÇÃO O presente trabalho tem por objetivo expor os conceitos estudados em sala de aula, referentes às disciplinas de Contabilidade de Custos, Estrutura das Demonstrações Contábeis dentre outras. Ele aborda o 1º trimestre fiscal da empresa fictícia APS Indústria de Torneiras LTDA, que será a base para a formação de uma análise relacionada aos conceitos adquiridos mediante as disciplinas aplicadas. Com essa experiência, a de realizar a contabilização de uma empresa que exerce como função a revenda de equipamentos, nos foi permitido ampliar nossos conhecimentos em relação à realidade organizacional, onde percebemos sua grande complexidade e importância. Conseguir conhecer e ver alguns mecanismos utilizados no dia a dia na contabilidade é um dos benefícios oferecidos por este trabalho, que concluiremos com uma breve conclusão em relação a sua elaboração. 6 1. PERFIL DA ORGANIZAÇÃO 1.1. Apresentação da Empresa e Produto A empresa APS Indústria de Torneiras LTDA, é uma fabricante industrial e tradicional de torneiras. É considerada atualmente a líder no mercado nacional, trabalhando na produção de dois tipos de torneiras: Torneira Normal e Torneira Especial. Está situada em uma região que é capaz de atender todo o território nacional, com o máximo de excelência em sua fabricação. Possui uma equipe de funcionários extremamente capacitados e familiarizados com as novas tecnologias aplicas no ramo de fabricação que a entidade atua, levando cada vez mais ao alcance do consumidor maior qualidade e padronização em seu produto. A entidade investe na inovação dos seus produtos, apostando em designs modernos, buscando sempre estabelecer uma alta qualidade, mantendo sempre uma inovação constante dentro da empresa. 7 2. LUCRO REAL Pode se considerar o Lucro Real, como um dos modelos de tributações que algumas empresas optam para tributar o resultado dos seus lucros. As condições para escolher esse modelo de tributação são as seguintes: a empresa possuir receita total superior á R$ 78.000.000,00 no ano anterior, ou superior a R$ 6.500.000,00 (caso o período apurado seja inferior a 1 ano); ser uma instituição financeira e equiparadas; auferir lucros, rendimentos ou ganhos de capitais oriundos do exterior; auferir benefícios fiscais com base no lucro da exploração; efetuar recolhimentos mensais no regime de estimativa; organizações de factoring; que exerce atividades de securitização de créditos imobilizados, financeiros e agronegócio. Ele interfere no modo de como será apurado os impostos, como o Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social do Lucro Líquido (CSLL). A principal característica que ele possui é a apuração dos tributos usando como base o resultado adquirido através da contabilidade, caso ocorra prejuízo fiscal, não acontece à apuração dos impostos IRPJ e CSLL, podendo assim ser compensado através de futuros lucros, observando sempre o limite máximo de 30% estabelecido pelo Lucro Real. Podemos realizar o cálculo do Lucro Real de duas maneiras diferentes, de forma trimestral e de forma anual. De forma trimestral a tributação é realizada sobre o lucro de cada três meses (trimestre), então ao longo do ano a instituição realizará quatro recolhimentos dos impostos IRPJ e CSLL, assim não necessitando realizar o recolhimento a cada mês. Já de forma anual a tributação é feita mensalmente em bases estimadas, mesmo que a apuração dos impostos seja realizada apenas ao final de cada ano, é obrigatório por lei o recolhimento mensal dos impostos IRPJ e CSLL, como uma forma de antecipação dos recolhimentos dos mesmos. A instituição APS Indústria de Torneiras LTDA é contribuinte do Lucro Real Trimestral, pois possui receita trimestral maior que R$ 6.500.000,00. 8 3. ESTOQUE Estoque pode se classificar como os bens tangíveis que a organização utiliza para realizar a revenda, ou até mesmo para seu uso próprio. Essa conta obtém registro no encerramento do balanço patrimonial e possui alguns tipos de classificações, sendo elas: Estoque de matéria prima; Estoque de produtos em elaboração; Estoque de produtos acabados; Estoque de produtos para a revenda; Estoque de materiais; Estoque de produtos em trânsito. 3.1. Estoques de Matéria Prima Estoque de matéria prima se trata dos materiais que ainda não foram utilizados no processo produtivo de determinado produto. Eles devem ser armazenados, estocados de maneira correta para que não venha ocorrer uma possível deterioração do material utilizado, ao decorrer do tempo. No caso de metais é necessário obter um cuidado ainda maior, ele deve ser protegido contra oxidação. Sabendo disso e sendo uma grande utilizadora de metais, e de outros materiais para a produção, a empresa APS Indústria de Torneiras LTDA, tenta realizar o melhor armazenamento de sua matéria prima, elaborando até mesmo uma ficha de movimentação da mesma. 3.1.1 Ficha de Movimentação dos Estoques de Matéria Prima A ficha de movimentação dos estoques de matéria prima é um meio de registrar, obter o controle de estoque de matéria prima, é um meio de ver o custo unitário e o custo total dos produtos comercializados, tanto para venda quanto para a compra. Através dele é possível verificar se o saldo apurado desse controle está de acordo com o estoque físico da organização. Essa verificação deve ser realizada permanentemente. 9 O método utilizado para efetuar o cálculo dessa ficha será o Método Média Ponderada Móvel (MPM), onde o controle é permanente em cada aquisição de mercadoria, e o cálculo de custo é refeito/atualizado. Assim somando os custos da primeira aquisição, os das operações seguintes, e o seu resultado é dividido pela quantidade total dos produtos em estoque. Imagem 1: Ficha de Movimentação dos Estoques de Matéria Prima Mês de Fevereiro. Fonte: Retirada do controle de estoque da empresa APS Indústria de Torneiras LTDA. Imagem 2: Ficha de Movimentação dos Estoques de Matéria Prima Mês de Março. Fonte: Retirada do controle de estoque da empresa APS Indústria de Torneiras LTDA. 10 3.2 Estoques de Produtos em Elaboração Pode ser classificado como estoque de elaboração, os produtos que ao final do balanço patrimonial, permanecem em fase de produção. Dentro dele são incluídos, aplicados todos os custos que são utilizados para produzir determinado produto. 3.3 Estoques de Produtos Acabados São considerados como estoque de produtos acabados, todos aqueles que ao encerramento do balanço patrimonial, já possui seu processo de fabricação encerrado, assim já estando concluído e pronto para a revenda. Por ser uma parte de extrema importância no processo produtivo e lucrativo, a instituição APS Indústria de Torneiras LTDA, tenta integrar o máximo de cuidado possível, para a elaboração de um controle dessas mercadorias que já estão disponíveis para a venda, utilizando de fichas de movimentação, para a efetuação do controle do ato. 3.3.1. Ficha de Movimentação dos Estoques de Produtos Acabados A ficha de movimentação dos estoques de produtos acabados é um método utilizado pelas empresas para obter um controle de quaismercadorias já encerraram seus processos produtivos, e já estão disponíveis para a comercialização. O cálculo dela, da mesma forma que o cálculo da ficha de movimentação dos estoques de matéria prima, deve ser efetuado de acordo com o Método Média Ponderada Móvel (MPM), pois através dele, conseguimos obter um controle que é permanente em cada operação cálculo de custo é refeito, tornando assim atualizados. 11 Imagem 3: Ficha de Movimentação dos Estoques de Produtos Acabados Mês de Fevereiro. Fonte: Retirada do controle de estoque da empresa APS Indústria de Torneiras LTDA. Imagem 4: Ficha de Movimentação dos Estoques de Produtos Acabados Mês de Março Fonte: Retirada do controle de estoque da empresa APS Indústria de Torneiras LTDA 12 3.4 Estoques de Produtos para Revenda Pode se classificar com estoques de produtos para revenda, todos aqueles que foram adquiridos pela a organização para realizar determinada comercialização. É todo bem tangível que a empresa compra no intuito de efetuar alguma revenda. 3.5 Estoques de Materiais Classifica-se como todo o tipo de material que a empresa obtém, podendo ser tanto aquele que incorpora o produto ou até mesmo aquele que ajuda na produção, administração ou entrega do mesmo. Podendo ser alocado em três tipos de estoques diferentes, que são: Estoque de matéria prima; estoque de embalagens; e estoque de reposição. 3.6 Estoques de Produtos em Trânsito Seria todo o produto adquirido já pela empresa, que no encerramento do balanço patrimonial da mesma se encontram a caminho dela. O maior exemplo desse estoque seria a aquisição de mercadoria que serão entregues pelo correio, ou outro meio de transporte de entrega. 13 4. APROPRIAÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO- DEPARTAMENTALIZAÇÃO A departamentalização é um método utilizado pela contabilidade de custos para subdividir em departamentos todos os custos envolvendo a produção (departamento em que o produto passa fisicamente para ser formado), e os serviços (departamento em que o produto não passa fisicamente, mas deve ser colocado nos custos do mesmo) de determinado produto, custos esses gerados por máquinas ou até mesmo por uma mão de obra qualificada, assim gerando uma forma de controle dos custos. Ela geralmente é considerada como uma maneira de centralizar os custos, assim dentro dela está acumulada todos os custos indiretos, que posteriormente serão dirigidos aos produtos. Realizamos esse método para obtermos uma maior facilitação dos gastos que ocorrem no período de fabricação de determinado produto. Para realizar a apuração dos custos alocados dentro da departamentalização é necessário fazer a distribuição dos custos de produção e de serviços dentro do produto, assim iremos chegar ao resultado do Custo Indireto de Fabricação, mais conhecido como CIF. Após essa distribuição é necessário obter uma investigação, para localizar quais custos incorridos e de quais departamentos eles pertencem. Os custos mais comuns dentro de um processo de fabricação são eles: Aluguel (considerado como custo comum, pois é aplicado para a fábrica toda, e possui a necessidade de um critério de rateio para sua distribuição ao demais departamento); Energia Elétrica (para sabermos o quanto foi consumido de energia elétrica em determinados departamentos, utilizamos também um critério de rateio como base para controlarmos a quantidade de consumo); Materiais Indiretos (esse custo é determinado através de requisições, assim serão demostrados os departamentos que serão alocados esses custos); Mão de Obra Indireta (é determinado através das horas gastas para a fabricação, assim gerando o custo para determinado departamento); Depreciação das Máquinas 14 (as máquinas alojadas dentro de cada departamento determina o custo que cada um vai obter). Diante da apropriação dos custos de cada departamento, há ainda alguns departamentos que não recebem o produto de maneira física, assim são aqueles que obtêm como função a prestação de serviços. Dentro desses departamentos, pode se classificar o de almoxarifado, administração da fábrica e manutenção, neles os custos seguiram um critério apropriado para a distribuição dos mesmos. Assim dessa forma, alguns departamentos na área de serviços, de princípio podem ficar sem alocação de custos em primeiro momento, já outros podem obter uma alocação dos custos á maior, esse processo fica a critério de qual departamento realizar a distribuição em primeiro plano. Ainda dentro da distribuição dos custos, pode ser utilizado um critério de rateio, uma alocação reflexiva, que nada mais que o ato de um departamento distribuir os custos para os demais, incluindo á si mesmo, ou até mesmo o retorno dos custos de um determinado departamento, que já tenha distribuídos seus custos no CIF, podendo também contar com meios eletrônicos para auxílio da realização da distribuição. O meio utilizado para que ocorra apenas uma distribuição, sem ocorrer maiores confusões é a hierarquia, assim caso o departamento já possua seus custos distribuídos, não o receberá novamente. Imagem 5: Tabela de informações para alocação do CIF aos departamentos do mês de Fevereiro. Fonte: Retirada do controle de estoque da empresa APS Indústria de Torneiras LTDA. 15 Imagem 6: Tabela de informações para alocação do CIF aos departamentos do mês de Março. Fonte: Retirada do controle de estoque da empresa APS Indústria de Torneiras LTDA. Imagem 7: Tabela de custos indiretos á serem apropriados do mês de Fevereiro. Fonte: Retirada do controle de estoque da empresa APS Indústria de Torneiras LTDA. Imagem 8: Tabela de custos indiretos á serem apropriados do mês de Março Fonte: Retirada do controle de estoque da empresa APS Indústria de Torneiras LTDA. 16 5. MAPA DE APURAÇÃO DO CIF Os custos que não podem ser atribuídos facilmente a determinados produtos são chamados de Custos Indiretos de Fabricação (CIF), entre tanto, é preciso ter um critério de rateio para cada produto fabricado, no caso da APS Indústria de Torneiras LTDA, foram utilizados os seguintes critérios: Custo com administração da fábrica: foram distribuídos aos outros departamentos proporcionalmente ao número de funcionários; Custo com manutenção: foram distribuídos aos departamentos produtivos proporcionalmente ao tempo de uso das máquinas; Custo com Almoxarifado: foram distribuídos aos departamentos produtivos proporcionalmente ao número de requisições. Antes de ratear os custos indiretos devem-se determinar os custos diretos totais, depois de determinados, são calculados a proporção dos custos diretos de cada setor em relação ao total de cada departamento. Então foram aplicados os percentuais de participação dos custos diretos em relação aos custos totais, sobre o total de Custo Indireto de Fabricação (CIF). Por fim são determinados o valor do CIF que será atribuído a cada produto utilizando os critérios informados para cada departamento. Para a realização da apropriação dos Custos Indiretos aos produtos, é preciso que eles já estejam presentes na penúltima fase, de sua produção. Assim se faz necessário que os custos do departamento de serviços, sejam feitos de forma que o valor de seu rateio seja inserido após devidas distribuições sobre os de produção. Para os custos com energia elétrica, seguros das máquinas e depreciaçãode máquinas, foram usados o critério de tempo de uso de horas máquinas para distribuir o custo entre os departamentos. Portanto pega-se o total de horas máquinas de cada setor e divide pelo total final de horas máquina, sendo assim chegou-se a fundição (40%), cromação (35%) e montagem (25%) para cada custo, como mostra o mapa de apuração dos CIFs. 17 Para apurar o custo de administração fabrica por cada setor foi utilizado o critério o número de funcionários, portanto para cada custo foram aplicados uma porcentagem, fundição (37,5%), cromação (15%), montagem (22,5%), almoxarifado (10%) e manutenção (15%). Na apuração de manutenção o critério foi com base na proporção de tempo de uso de horas máquina, ficando então fundição (40%), cromação (35%) e montagem (25%). Por fim a apropriação do custo com almoxarifado onde aplicou-se na fundição (50%), cromação (25%) e montagem (25%). Após todas essas apurações temos o custo total de cada departamento como mostra no mapa de apurações dos CIFs. Toda a apuração feita até agora demonstra com clareza e transparência como os custos indiretos de produção foram consumidos, assim é possível alocar os custos totais com fundição, cromação e montagem ao custo de unidades produzidas no mês, sendo que somente a torneira especial passa pelo processo de cromação, portanto pode-se apurar o custo dos produtos acabados, e saber o valor do custo unitário de cada produto. Imagem 9: Mapa de apuração dos CIFs do mês de Fevereiro. Fonte: Retirada do controle de estoque da empresa APS Indústria de Torneiras LTDA. 18 Imagem 10: Mapa de apuração dos CIFs do mês de Março Fonte: Retirada do controle de estoque da empresa APS Indústria de Torneiras LTDA. . 5.1 Apuração dos Custos dos Produtos Acabados Trata-se da apuração dos produtos que a empresa produziu que já está disponível para revenda. Suas entradas serão efetuadas pelo preço do custo do produto, já a suas saídas serão efetuadas de acordo com o preço médio do movimento anterior. Para efetuar devida apuração, é necessário primeiramente realizar a distribuição dos custos diretos e indiretos de cada departamento, assim realizando um rateio. Após esse processo é feito o cálculo através da fórmula: Custo de Produção do Produto+ Estoque Inicial- Estoque Final, assim podendo obter a quantidade total que temos a disposição de uso. A instituição APS Indústria de Torneiras LTDA utiliza de tabelas para obter uma melhor alocação dos custos, obtendo os valores que utilizará nos cálculos. 19 Imagem 11: Tabela do custo de produtos acabados do mês de Fevereiro. Fonte: Retirada do controle de estoque da empresa APS Indústria de Torneiras LTDA. Imagem 12: Tabela do custo de produtos acabados do mês de Março. Fonte: Retirada do controle de estoque da empresa APS Indústria de Torneiras LTDA. 20 6. FOLHA DE PAGAMENTO A folha de pagamento é o meio que as organizações utilizam para mostrar as informações e atividades financeiras do empregado. Nela é mostrado o quanto cada funcionários recebe e seus respectivos descontos. Fazemos o cálculo da mesma mensalmente, sempre de acordo com o que está previsto na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Podendo ser realizada de três formas distintas: manualmente; através de pontos mecânicos ou até mesmo feitos por pontos eletrônicos onde é possível que os lançamentos dos apontamentos do cartão de ponto sejam automatizados, assim possuindo tanto os proventos e descontos dos empregados. Geralmente o empregador pode realizar o pagamento de seus funcionários no último dia do mês, com isso a folha de pagamento tem que ser fechada com alguns dias de antecedência, obtendo então tempo para efetuar os cálculos dos proventos e descontos. Mas também a casos que o empregador opte por fazer os pagamentos no limite proposto em lei, que seria no quinto dia útil do mês subsequente ao vencido, assim seguindo o Art. 459, § 1.º da CLT. A folha de pagamento conta com os seguintes proventos: salário, horas extras, adicional noturno, adicional de insalubridade, adicional de periculosidade, salário- família, diárias para viagem (quando ocorrer à necessidade do empregado realizar uma viagem) e ajuda de custo. Ela também conta com descontos que seria: faltas e atrasos, adiantamentos, vale-transporte, imposto de renda, quota de previdência, contribuição sindical, entre outros. 21 6.1 Uso da Folha de Pagamento A utilização da folha de pagamento dentro das empresas tem que contar com dois pontos de vista bem importantes para sua elaboração. Um deles seria o ponto de vista ético, que classifica a utilização da folha de pagamento como algo fundamental para evitar que os erros e irregularidades venham a ocorrer, assim não afetando diretamente a produção da empresa. As empresas procuram realizar esse processo em intervalos durante o mês, pois ela pode afetar diretamente o faturamento, assim fazendo com que não haja irregularidades em sua renda. O outro ponto de vista seria o contábil, que considera a utilização da folha de pagamento como algo de extrema importância, pois nela se encontra os gastos efetuados pelas empresas referente aos salários e encargos sociais que afetam o lucro de forma direta. 22 7. TRANSAÇÕES NO ACCOUNT 7.1. Extrato Diário Extrato Diário ou Livro Diário é o preenchimento obrigatório previsto por lei, que registra as operações diárias realizadas pela empresa. Seus registros devem seguir uma ordem cronológica, assim ser lançados a débito ou a crédito, contudo adotando o método de partidas dobradas (o resultado de um terá que ser o mesmo resultado do outro), seguindo sempre as Normas Brasileiras de Contabilidade. É um processo fundamental para a realização dos demais processos contábeis. Muitas vezes para realiza-lo manualmente utilizam-se fichas contínuas, nelas são denominados os históricos, as datas, os valores e em que conta o lançamento será efetuado. 23 Imagem 13- Extrato do Diário da empresa APS Indústria de Torneiras LTDA. 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 Fonte: Retirada do software Account. 34 7.2 Razonetes Os Razonetes são uma forma de apuração utilizada na contabilidade para efetuar a apuração dos saldos de todas as contas que são movimentadas pela empresa. Ele possui o formato de T e para realiza-los coloca-se na parte superior do T o título da conta que iremos utilizar no lançamento, de um lado desse T será registrados os aumentos dessa conta e do outro lado será registrado as diminuições dessa mesma conta. Imagem 14- Razonetes da empresa APS Indústria de Torneiras LTDA. 35 36 37 Fonte: Retirada do software Account. 7.3 Contribuição Social sobre o Lucro Líquido A Contribuição Social sobre o Lucro Líquido ou (CSLL) é considerado um tributo federal que incide sobre todas as pessoas jurídicas (PJ) domiciliadas no Brasil. Tem como objetivo oferecer apoio financeiro a seguridadesocial. O apoio oferecido à seguridade social corresponde aos investimentos, para os serviços públicos como por exemplo a aposentadoria, o desemprego,os direitos à saúde, dentre outros. Tal como o Imposto de Renda Pessoa Jurídica(IRPJ), aplicam-se as mesmas normas de apuração e de pagamento à CSLL. 38 Assim possuindo através da (Lei 8.981, de 1995, artigo 57), sua base de cálculo e suas alíquotas. Imagem 15- Tabela de Contribuição Social Sobre o Lucro da empresa APS Indústria de Torneiras LTDA. Fonte: Retirada do software Account. 39 7.4 Imposto de Renda sobre o Lucro Liquido O Imposto de Renda sobre o Lucro Liquido também como a Contribuição Social sobre o Lucro Liquido (CSLL) é considerado um imposto federal, que é pago por pessoas jurídicas e empresas individuais operantes no momento. O dinheiro arrecadado com este imposto é repassado para o Governo Federal. Este imposto conta com a base de cálculo e adicional (quando necessário), decorrente da receita bruta, em cada trimestre, assim sendo determinada mediante a aplicação de sua alíquota correspondente sobre a receita bruta auferida no período da apuração, obedecidas as demais disposições (Lei 9.249/1995, artigo 15, e Lei 9.430/1996, artigos 1º. e 25, inciso I). 40 Imagem 16- Contribuição do Imposto de Renda Sobre o Lucro da empresa APS Indústria de Torneiras LTDA. Fonte: Retirada do software Account. 41 7.5 Balancete de Verificação O Balancete de Verificação é um demonstrativo contábil que une todas as contas em movimento na empresa e seus respectivos saldos (saldos devedores e saldos credores). Utilizando ele é possível chegar a vários resultados importantes para a contabilidade de uma empresa, assim auxiliando as tomadas de decisões, num determinado período de tempo, bem como elaborar outros demonstrativos contábeis importantes, como por exemplo, demonstração do resultado do exercídio (DRE) e balanço patrimonial (BP). Consiste na relação de contas extraídas do livro razão (razonetes) da empresa, ou seja, é o conjunto de todas as contas (patrimoniais e de resultados). O saldo de cada conta é representado de acordo com a sua natureza (devedora ou credora), e não apenas de acordo com o grupo em que ela pertence. Assim na elaboração do balancete de verificação cada onta será transferida de um razonete para ele, contendo seus respectivos saldos. 42 Imagem 17- Balancete de Verificação da empresa APS Indústria de Torneiras LTDA mês de Dezembro. 43 Fonte: Retirada do software Account.] 44 Imagem 18: Balancete de Verificação do mês de Janeiro da empresa APS APS Indústria de Torneiras LTDA. 45 Fonte: Retirada do software Account. Imagem 20: Balancete de Verificação da empresa APS Indústria de Torneiras LTDA de mês de Fevereiro 46 Fonte: Retirada do software Account. Imagem 21: Balancete de Verificação da empresa APS Indústria de Torneiras LTDA de mês de Março. 47 Fonte: Retirada do software Account. Imagem 22: Balancete de Verificação após o encerramento da empresa APS Indústria de Torneiras LTDA. Fonte: Retirada do software Account. 48 7.6 Balanço Patrimonial A utilidade principal dessa importante ferramenta é a de demonstrar a situação financeira e patrimonial da empresa em um determinado período. É uma das demonstrações mais importantes que a contabilidade fornece para a gestão e a administração da empresa. De acordo com Iudícibus (2011, p. 162). “A grande importância do Balanço reside na visão que ele dá das aplicações de recursos feitas pela empresa (ativos) e quantos desses recursos são devidos a terceiros (Passivos). Isso evidencia o nível de endividamento, a liquidez da empresa, a proporção do capital próprio (Patrimônio Líquido) e outras análises a serem vistas no apêndice sobre Análise de Balanços.” Com base nas informações registradas no Balanço Patrimonial, o contador poderá instruir e dar orientações aos gestores sobre ações que podem ser tomadas para diminuir problemas ou melhorar a situação financeira da empresa. Os principais elementos são: Ativo que corresponde aos bens e direitos da empresa, classificado em circulante e não circulante. No circulante são registrados os bens/direitos com o prazo de realização de até um ano e para o não circulante, com realização superior a esse prazo. Passivo que corresponde às obrigações da empresa. Classificado em circulante, contas a pagar com o vencimento em até um ano e não circulante, obrigações com vencimento superior a esse prazo. Também tem um subgrupo chamado Patrimônio Líquido onde são registrados os recursos investidos pelos sócios e reservas de capital realizadas. Para a elaboração do balanço patrimonial são necessários documentos com registro dos fatos ocorridos da empresa, feita a escrituração no livro diário, podemos fazer o lançamento contábil e com o balanço pronto, é possível apurar o realmente o que aconteceu com a empesa em determinado período. 49 Imagem 23- Balanço Patrimonial da empresa APS Indústria de Torneiras LTDA. Fonte: Retirada do software Account. 50 7.7 Demonstração do Resultado do Exercício A DRE é um relatório que oferece uma síntese econômica completa das atividades operacionais e não operacionais da empresa em determinado período. É uma das ferramentas mais importantes para a análise de resultado, pois ela demonstra com exatidão se há lucro ou prejuízo. Na Demonstração do Resultado do Exercício é detalhado cada passo que compõe o resultado líquido da organização em um exercício, são destacadas as receitas e deduzidos os seus custos e despesas apuradas, gerando informações que ajudam na tomada de decisão, segundo Iudícibus (2011, p. 177). “A contabilidade, com os dois relatórios, o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício, um completando o outro, atinge a finalidade de mostrar a situação patrimonial e financeira da empresa.” Na elaboração, a DRE é formada por contas de resultado e contas patrimoniais, todas as contas que integram são as despesas e os custos incorridos, assim como as receitas realizadas no período. Já a conta patrimonial é representada das deduções e das participações no resultado. Com estas informações, é possível uma avaliação da situação da empresa, podendo assim tomar decisões gerenciais estratégicas. 51 Imagem 24- Demonstrativo do Resultado do Exercício da empresa APS Indústria de Torneira LTDA. Fonte: Retirada do software Account. 52 CONCLUSÃO O realizarmos o trabalho conseguimos aprimorar nossos conhecimentos em relação ao funcionamento de uma empresa que realiza comércio de revenda de mercadoria, no caso de torneiras. O trabalho também nos proporcionou através de analise e pesquisas uma ampliação de nossas visões em relação ao estoque,nos mostrando que ele abrange mais áreas e possui mais métodos para controle do mesmo. Ao longo da execução da atividade supervisionada foi gerado o conhecimento na área de Custos Indiretos de Fabricação (CIF) e seus meios de distribuição, departamentalização, de como efetuamos seus cálculos e o quanto é necessário à elaboração de tabelas de controle como a de Mapa de Apuração do CIF; Ficha de movimentação dos estoques de matéria prima e de estoques acabados. Com essa arrecadação de aprendizado, concluímos que a realização da atividade supervisionada, foi uma experiência benéfica adquirida pelo grupo todo. 53 REFERÊNCIAS BORGES, Humberto Bonavides. Gerencia de Impostos: IPI, ICMS, ISS e IR. 7ª ed. São Paulo: Atlas, 2011. BORGES, Humberto Bonavides. Manual de Procedimentos Tributários: IPI, ICMS e ISS. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2009. BORGES, Humberto Bonavides. Planejamento Tributário: ISS, ICMS, ISS e IR. 11ª ed. São Paulo: Atlas, 2011. BRASIL. Decreto-lei 8212/91, de 24 julho de 1991. Dispõe sobre a organização da Seguridade Social, institui Plano de Custeio, e dá outras providências. Publicado no DOU de 25.7.91, Brasília, 1991. BRASIL. Decreto-lei nº 5.452, de 1 de maio de 1943. Aprova a consolidação das leis do trabalho. Lex: coletânea de legislação: edição federal, São Paulo, v.7, 1943. ESTUDANTE CONTABIL. Um pouco de Contabilidade tributária. Disponível em: <https://estudantecontabil.wordpress.com/2017/03/29/um-pouco-de- contabilidade-tributaria/>. Acesso em: 15 abr. 2018 IUDÍCIBUS, Sérgio. Et al., Contabilidade Introdutória. 11ª ed. São Paulo: Atlas, 2010. SZUSTER, Natan. Et al., Contabilidade Geral – Introdução à contabilidade Societária. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 2013. HORNGREN, Charles T., DATAR, Srkant M. & FOSTER, George. Contabilidade de custos- volume 2, 11ª ed. São Paulo: Pearson, 2010. 54 PÊGAS, Paulo Henrique; Manual de Contabilidade Tributária, 8ª ed. São Paulo: Freitas Bastos, 2014. 55 ANEXO A CRONOGRAMA DE ATIVIDADES PREVISTAS APS – Atividade Prática Supervisionada - /2018 TEMA: Um estudo sobre aplicação de conceitos da contabilidade de custos REPRESENTANTE DA EQUIPE: Francisca Taís Alves da Silva R.A: C904JG-2 Mês Semana ATIVIDADES PREVISTAS Março 23 Início da elaboração dos saldos iniciais para balancete. Março 30 Continuação para elaboração dos saldos iniciais. Abril 03 Realização da elaboração da ficha de composição da equipe, elaboração dos valores das transações. Abril Elaboração das transações no Excel. 56 06 Abril 07 3 Manuseio das contas no Excel Abril 08 Elaboração das fichas de CIF Abril 18 Início da transferência do trabalho no sistema Account. Abril 25 Continuação da transferência do trabalho no sistema Account. Abril 29 Começo da parte escrita. Maio 04 Continuação da parte escrita Maio 10 Termino da parte escrita 57 Maio 17 Entrega do trabalho. ANEXO B REGISTRO DE ATIVIDADES REALIZADAS APS – Atividade Prática Supervisionada 4º/5º semestre 2018 DATA ATIVIDADES REALIZADAS Tempo Gasto* __16_/_04_/18 Estudo manual da Aps 3 horas __17_/_04_/18 Divisão de atividades para cada integrante 3 horas __18_/_04_/18 Criação da empresa e elaboração do elenco de contas, registro de posição inicial. 3 horas __19_/__04/18 Elaboração dos lançamentos de fevereiro de 2017 3 horas _20__/__04/18 Elaboração dos lançamentos de fevereiro de 2017 3 horas 58 __23_/_04_/18 Elaboração dos lançamentos de março 3 horas __24_/_04_/18 Elaboração dos lançamentos de março 4 horas __25_/_04_/18 Cálculo de apuração, planilha eletrônica, ficha de movimentação, informação para a alocação do CIF aos departamentos e apropriação dos custos. 5 horas __26_/_04_/18 Elaboração dos estoques de matéria prima 3 horas ___27/_04_/18 Mapas dos CIF e apuração dos custos. 3 horas __28_/_04_/18 Escrituração de janeiro e balancete de verificação no Account 2 horas __28_/_04_/18 Escrituração de fevereiro e balancete de verificação no Account 3 horas __28_/_04_/18 Escrituração de março e balancete de verificação no Account 3 horas _30__/_04_/18 Apuração do resultado do exercício e transferência 2 horas 30 __/_04_/18 Contabilização do IRPJ e do CSLL 2 horas _02__/_05_/18 Balanço patrimonial e DRE 2 horas __02_/_05_/18 Formatação e conferência do trabalho 4 horas ___/__/18 59