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Diagnóstico de amebíase intestinal

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Departamento de Ciências Biológicas- DCBIO
Parasitologia humana I
Professora Simone Souza de Oliveira
Discentes: 	Cleber da Mota
			Sebastião Neto
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA
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Entamoeba histolytica: Formas
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Por: PÓVOA, M.M. et al.
Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 16, n. 3, p. 843-846, jul./set, 2000.
Setembro de 2015
Diagnóstico de amebíase intestinal utilizando métodos coproscópicos e imunológicos em amostra da população da área metropolitana de Belém, Pará, Brasil
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Introdução
Tradicionalmente o diagnóstico laboratorial de amebíase intestinal é feito por pesquisa do parasita nas fezes;
Normalmente formas císticas são encontradas em fezes consistentes e trofozoíticas em material fecal diarreico ou pastoso;
A inexperiência técnica, a eliminação intermitente do cisto de Entamoeba histolytica e Entamoeba díspar, a não diferenciação morfológica com outras amebas intestinais, leucócitos e artefatos podem promover erros no diagnóstico microscópico, e os métodos coproscópicos não detectam parasitas rompidos e não possibilitam a diferenciação entre a E. histolytica e E. díspar;
O artigo faz a comparação dos métodos utilizados para o diagnóstico de Entamoeba histolytica em amostras da população de Belém, estado do Pará.
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Metodologia
Foram analisadas 438 amostras fecais de pacientes (adultos e crianças) positivos para Entamoeba sp. pelo método direto no período de outubro a novembro de 1998(Grupo I, n = 46);
Amostras fecais e os respectivos soros de adultos (Grupo II, n = 87);
Amostras fecais diarreicas de crianças (Grupo III, n = 305);
Os três grupos são homogêneos quanto à condição socioeconômica e cultural, que é precária;
Nos grupos I e III, para detecção de formas parasitárias (cisto e/ou trofozoíto) foi utilizado o método direto com lugol (MD) e o método de flutuação de FAUST e colaboradores (MFF);
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Para pesquisa do coproantígeno anti- GIAP (proteína de aderência inibidora da galactose) de E. histolytica foi empregado o teste de ELISA;
No grupo II todas as amostras foram avaliadas simultaneamente pelo MD, hematoxilina férrica (HF), o MFF e, para detecção de coproantígenos, o teste de ELISA;
E RIFI para a pesquisa de anticorpos IgG no soro, utilizando antígenos de culturas axênicas de E. histolytica e conjugado anti-IgG marcado com isotiocianato de fluoresceína;
E Para determinar a significância estatística entre os grupos estudados utilizou-se o teste do χ2 pelo programa estatístico EPIINFO versão 6.0.
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Resultados
A positividade para E. histolytica na amostra estudada de acordo com os métodos empregados foi 10,50% (46/438) para MD + MFF, 8,04% (7/87) para HF, 4,59% (4/87) para RIFI e 28,99% (127/438) para o ELISA;
Observou-se maior presença de E. histolytica nos pacientes de faixa etária superior a 14 anos (36,8%, 46/125);
O teste de pesquisa de coproantígenos mostrou-se mais eficiente para detecção da amebíase intestinal;
No grupo II (n = 87), as amostras foram estudadas pelos quatro métodos (coproscópicos e imunológicos), o teste coproscópicos (4,59%) e a RIFI (4,59%) apresentaram resultados similares e inferiores aos observados pela HF (8,04%);
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O teste de HF detectou um número de amostras positivas inferiores ao teste de ELISA (21,83%);
E o método de detecção de coproantígenos evidenciou-se também significantemente mais eficiente para o diagnóstico de amebíase intestinal.
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Conclusão
A RIFI ainda não é ferramenta útil para diagnóstico;
O teste de ELISA, é de fácil execução, foi feito em 1/3 do tempo usado para HF e RIFI, melhora a qualidade do diagnóstico;
O ELISA é recomendado para caso suspeitos de infecções por E. histolytica.
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Análise
Trata-se de um trabalho que segue as regras e normas para elaboração e construção de um trabalho de qualidade, possuindo então as estruturas que caracterizam um artigo científico, além de sua importância, pois, foi efetuado uma comparação entre os métodos de diagnóstico de Entamoeba histolytica e a comprovação de que o teste ELISA foi o mais sensível e portanto, é o mais recomendado como método de diagnóstico nos caso suspeitos de infecções por E. histolytica, contribuindo com o avanço do conhecimento científico e consequentemente, uma escolha acertada por parte dos pesquisadores quando forem analisar novas amostras.
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Informações importantes 
Métodos coproscópicos tem como base a identificação dos ovos do parasito nas fezes do indivíduo. 
Diagnóstico. Disponível em: <http://www.ufjf.br/labproteinas/material-de-apoio/esquistossomose/diagnostico/>. Acesso em: 26 set. 2015.
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Referência
PÓVOA, M.M. et al. Diagnóstico de amebíase intestinal utilizando métodos coproscópicos e imunológicos em amostra da população da área metropolitana de Belém, Pará, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 16, n. 3, p. 843-846, jul./set, 2000.
Diagnóstico. Disponível em: <http://www.ufjf.br/labproteinas/material-de-apoio/esquistossomose/diagnostico/>. Acesso em: 26 set. 2015.
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Determinação da infecção por Entamoeba
histolytica em residentes da área metropolitana de Belém, Pará, Brasil, utilizando ensaio imunoenzimático (ELISA) para detecção de antígenos
Autores: Mônica Cristina de Moraes Silva Christiane do Socorro Pereira Monteiro Bruna dos Anjos Veloso Araújo Jacilene Valdevina Silva Marinete Marins Póvoa
Determination of Entamoeba histolytica infection in patients from Greater Metropolitan Belém, Pará, Brazil, by enzyme-linked immunosorbent assay (ELISA) for antigen detection
Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 21(3):969-973, mai-jun, 2005
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Introdução
A amebíase, doença causada pelo protozoário Entamoeba histolytica, é considerada importante causa de morbi-mortalidade no homem.
Os métodos parasitológicos de fezes são os mais utilizados, embora não sejam capazes de diferenciar E. histolytica (patogênica) de E. dispar, (não patogênica). 
Forma sintomática: colite não disentérica, colite amebiana ou forma disentérica e amebíase extraintestinal 
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Objetivos
Verificar a frequência da infecção por E. histolytica utilizando um kit comercial para detecção de antígenos de E. histolytica. Um número maior de amostras fecais foi testado e outras áreas da região metropolitana de Belém, Pará, Brasil, foram incluídas neste estudo.
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Materiais e Métodos
Amostra
O estudo foi conduzido no período de junho de 1999 a abril de 2003, com indivíduos residentes na área metropolitana de Belém, de ambos os sexos 	e diferentes faixas etárias, atendidos no Laboratório de Enteroparasitoses 	do Instituto Evandro Chagas (IEC). A demanda espontânea foi composta 	por pacientes que apresentavam sinais ou sintomas sugestivos de 	enteroparasitoses e aqueles encaminhados pelos diferentes setores do 	IEC para diagnóstico complementar. 
Coletas e analise parasitológica
Apenas uma única amostra fecal foi fornecida por cada paciente, 	acondicionadas em frasco coletor sem conservante. No mesmo dia da 	coleta as amostras foram submetidas aos métodos direto (salina/Lugol), 	sedimentação espontânea e de Faust e colaboradores, e observadas em 	microscopia óptica (100x e 400x). Parte do material fecal foi guardado a -	20°C para posterior investigação por ELISA.
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Materiais e Métodos
ELISA para detecção de E. histolytica nas fezes O kit ELISA utilizado neste estudo (E. histolytica Test, TechLab Inc., Blacksburg, Estados Unidos) foi desenvolvido para detecção rápida da infecção por E. histolytica em amostras fecais. O teste baseia-se na detecção da adesina (lectina inibidora de N-acetil-D-galactosamina), presente na membrana do parasito e que faz a mediação da ligação dos trofozoítos às células da mucosa intestinal.
Análise estatística As diferenças estatísticas entre as variáveis investigadas foram calculadas em programa estatístico BioEstat versão 2.0 19, empregando-se os testes do Qui-Quadrado (χ2)e de McNemar, adotando nível de significância de 5%. 
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Resultados
Foram analisadas 845 amostras, com positividade em 248 (29,35%). A infecção por E. histolytica foi maior no grupo etário acima de 14 anos (30,36%) que no grupo de 0-14 anos (28,28%), porém sem significância estatística (p < 0,05). Do total de amostras analisadas, 334 foram também investigadas por métodos parasitológicos (direto, Hoffman e Faust et al.). Houve discordância nos resultados dos métodos ELISA e coproscópico em 83 amostras (24,85%), com maior número de positivos no teste imunoenzimático. 
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Discussão
As precárias condições sócio-econômicas bem como a falta de saneamento básico.
Região Sul/Sudeste – 2,5 a 11%; Região Amazônica (até 19%) – maior gravidade (formas disentéricas e abcessos hepáticos); demais regiões – 10%.
A pesquisa de coproantígenos tem sido utilizada como diagnóstico alternativo da infecção, pois diferencia E. histolytica de E. dispar, reduz o tempo de execução dos testes, é de fácil execução e produz resultados satisfatórios.
No estudo inicial realizado por Póvoa et al. 18, que encontrou positividade de 28,99%, já neste estudo, a positividade foi de 29,35%.
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Discussão
Elevada discordância (24,85%) entre resultados dos testes coproscópico e ELISA.
Baixa sensibilidade dos métodos parasitológicos pode ter contribuído com os resultados falsos-negativos e falsos-positivos.
Técnicas isoenzimática e de biologia molecular (padrão ouro) = ELISA 
O tratamento da amebíase deverá ser adotado somente nos casos em que E. histolytica for especificamente confirmada. 
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Conclusão
Sugerem que a amebíase intestinal é um importante problema de saúde pública na Região Metropolitana de Belém. 
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Referencias
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