Buscar

Relatorio-de-trabalhos-Infecto-2017

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 1050 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 1050 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 1050 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

APRESENTAÇÃO ORAL - ANTIMICROBIANOS / RESISTÊNCIA / 
BACTERIOLOGIA CLÍNICA 
[499] 
AVALIAÇÃO DA AÇÃO SINÉRGICA DO MEROPENEM E FOSFOMICINA 
CONTRA PSEUDOMONAS AERUGINOSA E ANÁLISE 
FARMACODINÂMICA POR SIMULAÇÃO DE MONTE CARLO 
JAMES ALBIERO
*1
; JOSMAR MAZUCHELI
1
; SILVANA MARTINS 
CAPARROZ-ASSEF
1
; JULIANA PIMENTA DOS REIS PEREIRA BARROS
1
; 
FLORISTHER ELAINE CARRARA-MARRONE
2
; DANIELLE ROSANI 
SHINOHARA
1
; MARIA CRISTINA BRONHARO TOGNIM
1
 
1.UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ, MARINGÁ, PR, BRASIL; 
2.UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA, LONDRINA, PR, BRASIL. 
 
Resumo: 
Introdução: Pseudomonas aeruginosa é um dos principais patógenos causadores de 
infecções hospitalares com altas taxas de morbimortalidade, e o reduzido arsenal 
antimicrobiano para combatê-la faz da terapia combinada uma opção viável, devendo 
ser melhor investigada. Objetivo: Avaliar a ação sinérgica do meropenem (MP) com 
fosfomicina (FO) contra isolados de P. aeruginosa e o alcance farmacodinâmico. 
Método: Um total de 19 isolados clínicos de P. aeruginosa de diferentes clusters sendo 
10 produtoras de Metalo β-lactamases (MβL) foram incluídas no estudo. Os isolados 
clínicos foram testados pelo método de checkerboard para determinação de sinergismo 
in vitro entre MP e FO. Os efeitos das combinações dos fármacos foram classificados 
como: sinergismo (ΣIFI ≤ 0,5), aditivo ou indiferente (ΣIFI 0,5 - <4) e antagonismo 
(ΣIFI ≥ 4). A farmacodinâmica do MP e FO foi descrita pela razão da porcentagem de 
tempo do fármaco livre sobre a CIM (%ƒT>CIM), e considerados adequados valores ≥ 
40% e 70%, respectivamente. Foram avaliados esquemas de MP [1 g a cada 8 h (q8h), 
1,5 g a cada 6 h (q6h) e 2 g q8h], e FO (4 g q8h, 6 g q6h e 8 g q8h), infundidos (inf) em 
0,5 h ou 3 h. para uma população de 10.000 pacientes virtuais gerada por simulação de 
Monte Carlo através do programa NONMEN v.7.2, sendo consideradas adequadas 
probabilidade de atingir o alvo (PTA) ≥ 90%. Resultados: Dos 19 isolados avaliados, 15 
foram sinérgicos, 4 indiferentes e nenhum demonstrou antagonismo à combinação MP-
FO. Para ambos antimicrobianos houve uma importante redução da CIM após a 
combinação, sendo que 7 dos 13 resistentes ao MP e todos os resistentes a FO (4) 
tornaram-se sensíveis. Dos 10 isolados MβL, 5 tornaram-se sensíveis ao MP quando 
combinados à FO. A análise farmacodinâmica evidenciou que MP 1.5g q6h inf 3 h 
alcançou PTA adequada contra CIM = 4 µg/mL, atingindo 31,6% dos isolados quando 
usado puro e ampliando a cobertura para 68,4% quando combinado com FO. A FO 6g 
q6h inf 3h combinada com MP apresentou a melhor performance atingindo PTA 
adequada em 68,4% dos isolados após sua combinação. Conclusão: Os dados de 
sinergismo obtidos para os isolados de P. aeruginosa, inclusive produtores de MβL, 
associado às análises farmacodinâmicas nos permite sugerir que esquemas combinados 
e otimizados de MP e FO ampliam a ação farmacodinâmica, podendo ser uma 
alternativa viável no combate das infecções causadas por P. aeruginosa 
multirresistentes. 
 
Palavras-chave: Pseudomonas aeruginosa; terapia combinada; farmacodinâmica 
 
 
 - ANTIMICROBIANOS / RESISTÊNCIA / BACTERIOLOGIA CLÍNICA 
[677] 
AVALIAÇÃO FARMACODINÂMICA DE LINEZOLIDA ATRAVÉS DA SIMULAÇÃO 
DE MONTE CARLO CONTRA STAPHYLOCOCCUS SPP ISOLADOS EM UM 
HOSPITAL ENSINO 
FRANCIELE VIANA FABRI*1; JAMES ALBIERO1; JOSMAR MAZUCHELI1; 
MIRIAN NICÉA ZARPELLON2; ELISABETH EYKO AOKI2; MÁRCIA MARIA DOS 
ANJOS1; SILVANA MARTINS CAPARROZ-ASSEF1; MARIA CRISTINA 
BRONHARO TOGNIM1 
1.UEM, MARINGA, PR, BRASIL; 2.HOSPITAL UNVERSITÁRIO DE 
MARINGÁ, MARINGA, PR, BRASIL. 
 
Resumo: 
Introdução: Linezolida (LZD) tem sido uma importante opção para o tratamento de 
infecções causadas por bactérias gram-positivas (BGP) especialmente àquelas do gênero 
Staphylococcus resistentes à oxacilina. Entretanto a facilidade de sua utilização em 
relação à vancomicina tem aumentado sua indicação de maneira a acelerar o processo 
de resistência destas bactérias a este importante fármaco. A otimização do uso de LZD 
através de parâmetros farmacocinéticos e farmacodinâmicos (PK/PD) pode assegurar a 
dose ideal e reduzir os riscos do desenvolvimento resistência. Objetivo: Avaliar a 
probabilidade do alcance do sucesso terapêutico de LZD através da simulação de Monte 
Carlo (SMC) e comparar esta cobertura à concentração inibitória mínina (CIM) de LZD 
contra Staphylococcus spp isoladas em um hospital ensino ao longo de seis anos (2011 
à 2016). Metodologia: Foram incluídas 1004 amostras clínicas sendo 578 de 
Staphylococcus aureus e 426 Staphylococcus epidermidis. As CIMs de LZD foram 
obtidas no sistema automatizado Phoenix BDTM e interpretadas conforme preconizado 
pelo Clinical and Laboratory Standards Institute 2016. O índice PD de área sob a curva 
pela CIM (ASC/CIM) para LZD foi avaliado no regime posológico de 0,6g q12h por 
SMC. A probabilidade de atingir o alvo (PTA) ≥ 0,9 foi considerada adequada e valores 
de ASC/CIM obtidos entre 80 e 120 foram considerados ideais. Os cálculos foram 
realizados com CIM entre 0,5 a 8 µg/mL. Resultados: A análise PD demonstrou que 
apenas para CIMs de 0,5 e 1µg/mL houve alcance da PTA adequada com ASC/CIM 
entre 80 e 120. No ano de 2011 entre os isolados clínicos de S. aureus, 66% 
apresentaram CIM = 1µg/mL demonstrando que LZD poderia cobrir adequadamente a 
maioria dos isolados, porém a partir do ano de 2014 apenas 13% ou menos mostrou 
CIM ≤ 1µg/mL. A CIM50 de LZD para S. aureus em 2011 era igual a 1µg/mL e 
aumentou para 2µg/mL em 2014; a CIM90 passou de 2 para 4µg/mL no mesmo 
período. Já para epidermidis, as CIMs para LZD sempre foram elevadas com CIM90 
sendo mantida em 4µg/mL durante os seis anos do estudo. Conclusão: Verificou-se 
importante elevação na CIM de LZD ao longo dos anos, principalmente para S.aureus, 
distanciando-se cada vez mais das PTAs adequadas no regime de dosagem 
convencional de LZD. Esses dados são preocupantes, pois este importante fármaco pode 
perder sua eficácia para o tratamento das infecções por BGP com CIM elevados 
limitando seu uso como opção terapêutica. 
 
Palavras-chave: Farmacodinâmica; linezolida; staphylococcus spp 
 
 
 - ANTIMICROBIANOS / RESISTÊNCIA / BACTERIOLOGIA CLÍNICA 
[1004] 
COBERTURA FARMACODINÂMICA DAS QUINOLONAS PARA ESCHERICHIA 
COLI URINÁRIA: PODEMOS TRATAR AMOSTRAS RESISTENTES? 
ANA CRISTINA DOS SANTOS MACHADO*1; JAMES ALBIERO1; JOSMAR 
MAZUCHELI1; RAFAEL RENATO BRONDANI MOREIRA1; LUIZA CAMILA DA 
SILVA1; MONICA DE SOUZA FERREIRA DE MATTOS1; MARIA CRISTINA 
BRONHARO TOGNIM1 
1.UEM, CAMPO MOURAO, PR, BRASIL. 
 
Resumo: 
Introdução: Ciprofloxacino (CIPRO) e Levofloxacino (LEVO) são fluoroquinolonas 
amplamente utilizadas no tratamento de infecções do trato urinário (ITU) causadas 
principalmente por Escherichia coli (E. coli). Baseado nos critérios de sensibilidade dos 
comitês nacionais e internacionais verifica-se que a resistência as fluoroquinolonas em 
E. coli aumentou ao longo do tempo, limitando o uso terapêutico. Objetivo: avaliar a 
Cobertura Farmacodinâmica (PD) alcançada na urina por LEVO e CIPRO e verificar a 
evolução da concentração inibitória mínima (CIM) desses fármacos contra isolados 
urinários de E. coli. Metodologia: Foram analisados 870 isolados de E. coli coletados 
entre 2011-2016 de pacientes com ITU internados em um hospital ensino. O sistema 
automatizado Phoenix-BD® foi utilizado para a identificação e determinação da CIM. 
A interpretação de sensibilidade seguiu os pontos de corte (PC) estabelecidos pelos 
comitês CLSI (Cipro ≤1 e ≥4 µg/mL, Levo ≤2 e ≥8 µg/mL) e BrCAST (Cipro ≤0,25 e 
>0,5µg/mL, Levo ≤0,5 e >1µg/mL). A análise PD foi realizada em programa R por 
Simulação de Monte Carlo. A área sob a curva (ASC) na urina dos esquemas orais de 
LEVO (0,5g a cada 24h [q24h] e 0,75g e 1g q24h), e CIPRO (0,25g, 0,5g q12h e 0,5 
q8h) foi estimada por modelo de um compartimento,sendo considerado adequada 
probabilidade de atingir o alvo (PTA) ≥0,9 e a ASC/CIM ≥125. Resultados: As taxas de 
resistência para CIPRO foram elevadas tanto para os PC do BrCAST (31,9 a 46,6%) 
quanto do CLSI (19,83 a 38%) que levam em consideração o nível sérico. Entretanto a 
análise PD na urina demonstrou que estes isolados categorizados como resistentes 
poderiam ser tratados com CIPRO atingindo PTA adequada até CIM de 8μg/mL para 
regimes de 0,25g, 0,5g q12h e CIM 16 μg/mL para regimes de 0,5 q8h. Em relação a 
LEVO, baseados no PC do CLSI verificou-se um importante aumento no percentual de 
isolados resistentes entre 2011 (11,9%) e 2016 (38%), porém a análise PD urinária 
demonstrou que haveria cobertura para estes isolados até a CIM 4μg/mL nos regimes 
0,5g q24h e CIM 8μg/mL nos regimes de 0,75g e 1g q24h. Conclusões: A análise PD 
demonstrou que a concentração urinária de LEVO e CIPRO atingiu PTAs adequadas 
para CIMs até 4 vezes maiores do que o PC determinado pelos comitês que estabelecem 
critérios de sensibilidade. Sugerimos que esses PC sejam revistos uma vez que 
infecções urinárias causadas por isolados considerados resistentes ainda poderiam obter 
sucesso terapêutico com estes fármacos. 
 
Palavras-chave: Escherichia coli; asc urinária; pontos de corte 
 
 
 - ANTIMICROBIANOS / RESISTÊNCIA / BACTERIOLOGIA CLÍNICA 
[459] 
DERIVADOS DE TETRAHIDROPIRIDINAS COMO INIBIDORES DO 
MECANISMO DE EFLUXO EM MYCOBACTERIUM ABSCESSUS 
IVY BASTOS RAMIS*1; JÚLIA SILVEIRA VIANNA1; DANIELA FERNANDES 
RAMOS1; ANDREA VON GROLL1; NILO ZANATTA2; PEDRO EDUARDO 
ALMEIDA DA SILVA1 
1.UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE, RIO GRANDE, RS, 
BRASIL; 2.UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA, SANTA 
MARIA, RS, BRASIL. 
 
Resumo: 
Introdução: O efluxo é um importante mecanismo de resistência bacteriana aos 
antimicrobianos. Neste contexto, a introdução de um adjuvante inibidor de efluxo na 
terapia de doenças infecciosas é uma promissora alternativa para restaurar a eficácia de 
um antimicrobiano. Substâncias orgânicas como as piridinas atuam como agentes de 
transferência de prótons, e alguns derivados de tetrahidropiridinas (THP) têm exibido 
atividade inibidora de efluxo em Mycobacterium tuberculosis e Escherichia coli. 
Objetivo: Este estudo avaliou 6 derivados de THP como inibidores do mecanismo de 
efluxo em Mycobacterium abscessus. Metodologia: A linhagem utilizada foi M. 
abscessus subsp. abscessus (ATCC 19977). O fator de modulação (FM) dos inibidores 
de efluxo (IE) foi calculado a partir da concentração inibitória mínima (CIM) de 
amicacina (AMI), ciprofloxacina (CIP) e claritromicina (CLA) na presença e ausência 
de concentração subinibitória (½ dos CIMs) dos inibidores clásssicos, verapamil (VP), 
cianeto de carbonilo m-clorofenil hidrazona (CCCP) e clorpromazina (CPZ), e dos 
derivados de THP: NUNM1, NUNM2, NUNM3, NUNM4, NUNM5, NUNM6. Além 
disso, avaliou-se a cinética de acumulação intracelular do substrato fluorimétrico 
(brometo de etídio - BrEt), detectando e quantificando a atividade do mecanismo de 
efluxo, na presença e ausência de glicose, a partir da qual se determinou a fluorescência 
final relativa (FFR). O FM reflete a redução dos valores de CIM das drogas na presença 
dos IEs, sendo considerado significativo quando FM ≥ 4. Resultados: Na presença dos 
clássicos IEs VP e CCCP, a CIM da AMI e da CLA foi reduzida em 4 vezes (FM=4). Já 
na presença dos derivados de THP, apenas o NUNM1 apresentou FM significativo, ao 
reduzir a CIM de AMI, CIP e CLA, em 4, 4, e 8 vezes, respectivamente. Ao avaliar a 
acumulação do BrEt na presença dos IES clássicos e do derivado NUNM1, pela técnica 
de fluorometria, NUNM1 apresentou a maior efeito na acumulação do BrEt (FFR sem 
glicose = 3,2), seguido pelo IE clássico VP (FFR sem glicose = 2,2). Conclusão: Neste 
estudo é possível destacar NUNM1 como um potencial candidato a inibidor do 
mecanismo de efluxo em M. abscessus. Pode-se inferir que as mudanças e a posição dos 
radicais inseridos na estrutura atividade deste derivado foram determinantes para 
atividade inibitória desta molécula. 
 
Palavras-chave: Efluxo; micobactérias; inibidores 
 
 
 - ANTIMICROBIANOS / RESISTÊNCIA / BACTERIOLOGIA CLÍNICA 
[976] 
EMERGÊNCIA DE A. BAUMANNII ST 216 E 464, A. PITTII ST 63 E A. 
NOSOCOMIALIS ST 71 E 433 PRODUTORES DE NDM-1 EM UM ÚNICO 
HOSPITAL DE REFERÊNCIA MATERNO-INFANTIL NO ESTADO DO PARÁ. 
DANIELLE BRASILIENSE*1; IGOR ALEXANDRE MAGALHÃES1; YAN CORRÊA 
RODRIGUES1; REBECA SALDANHA FONSECA1; ANA JUDITH PIRES GARCIA 
QUARESMA1; CINTYA DE OLIVEIRA SOUZA1 
1.INSTITUTO EVANDRO CHAGAS, ANANINDEUA, PA, BRASIL. 
 
Resumo: 
INTRODUÇÃO: A disseminação de bactérias Gram-negativas produtoras de New 
Delhi metalo-β-lactamase 1 (NDM-1) tem aumentado e se tornado um grave problema 
de saúde pública. Acinetobacter baumannii e não-baumannii têm sido descritos 
carreando esta carbapenemase em diversos países. No Brasil estes casos ainda são 
esporádicos. Neste trabalho nós relatamos a emergência de três espécies de 
Acinetobacter produtoras de NDM-1 em um único hospital no norte do país. 
OBJETIVO: Caracterizar os isolados de Acinetobacter produtores de NDM-1 em um 
hospital de referência materno infantil na cidade de Belém-Pará. METODOLOGIA: os 
isolados de Acinetobacter foram triados para carbapenemases por PCR (OXA-23, 
OXA-24, OXA-58, OXA-143, KPC, IMP, VIM, SPM e NDM). Os positivos para NDM 
foram caracterizados quanto ao perfil de suscetibilidade aos antimicrobianos, 
sequenciamento do gene rpoB para identificação das espécies, genotipagem por REP-
PCR e MLST de acordo com Instituto Pasteur. RESULTADO: Sete isolados de 
Acinetobacter foram positivos para detecção do gene blaNDM, seis de sangue total e 
um de ferida operatória. Apresentaram o mesmo perfil de suscetibilidade aos 
antimicrobianos, com resistência a ceftazidima (≥ 256), cefepima (≥ 256), ticarcilina 
ácido clavulânico (≥ 256), piperacilina tazobactam (≥ 128), imipenem (≥ 32) e 
meropenem (≥ 32) e suscetibilidade a amicacina, ciprofloxacina, gentamicina, 
tigeciclina e polimixina. O sequenciamento parcial do gene rpoB surpreendentemente 
revelou três espécies distintas: três isolados de A. baumannii, três A. nosocomialis e um 
A. pittii. A tipagem por rep-PCR revelou que dois isolados de A. baumannii pertencem 
a um mesmo clone (>97% simil.) e ao mesmo ST (216) e o terceiro isolado pertence ao 
ST 464. Os três isolados de A. nosocomialis apresentaram perfis de rep-PCR diferentes, 
relevando origens clonais distintas e pertencem aos STs 433, 71 e um novo ST. A. pittii 
revelou ST 63. Estes sequence types são diferentes dos descritos em outros isolados de 
Acinetobacter produtores de NDM no Brasil. Em conclusão, apresentamos a emergência 
e disseminação de NDM em diferentes espécies de Acinetobacter em um hospital no 
norte do país. No nosso conhecimento, este é o primeiro relato de A. nosocomialis 
produtor de NDM-1 no Brasil, enfatizando a relevância de Acinetobacter não-
baumannii como potencial agente de infecções relacionadas à saúde e reservatório de 
genes de resistência aos antimicrobianos. 
 
Palavras-chave: Acinetobacter ; ndm-1; mlst 
 
 
PÔSTER ELETRÔNICO - ANTIMICROBIANOS / RESISTÊNCIA / 
BACTERIOLOGIA CLÍNICA 
[997] 
ALCANCE FARMACODINÂMICO DO CIPROFLOXACINO E LEVOFLOXACINO 
EM INFECÇÕES SISTÊMICAS E URINÁRIA: OS BREAKPOINTS DO CLSI E 
EUCAST ESTÃO ADEQUADOS? 
ANA CRISTINA DOS SANTOS MACHADO*1; JAMES ALBIERO1; JOSMAR 
MAZUCHELI1; BRUNO BURANELLO COSTA1; ANA PAULA MONTEMEZZO DE 
FARIAS1; CINTIA WERNER MOTTER1; MARIA CRISTINA BRONHARO 
TOGNIM1 
1.UEM, CAMPO MOURAO, PR, BRASIL. 
 
Resumo: 
Introdução: Existe uma grande diferença entre as concentrações sérica e urinária 
atingidas por levofloxacino (Levo) e ciprofloxacino (Cipro), entretanto, Clinical and 
laboratory Standart Institute (CLSI) e European Committee on Antimicrobial 
Susceptibility Testing (EUCAST) definemapenas breakpoints padronizados e únicos, 
sem diferenciar se o isolado foi recuperado em infecção urinária ou em outro sitio. 
Objetivo: Evidenciar a diferença no alcance farmacodinâmico do Levo e Cipro nos 
sítios sanguíneo e urinário. Metodologia: A análise farmacodinâmica foi realizada por 
simulação de Monte Carlo no programa estatístico R, gerando uma população virtual de 
10.000 pacientes com idade 53,3 ± 10,6; peso 75,8 ± 23,9; clearance de creatinina 
(CLcr) 90-120mL/min. A área sob a curva (ASC) sanguínea e urinária formada pelos 
esquemas orais de levo [0,5 g a cada 24horas (q24h); 0,75 g q24h e 1 g q24h], e cipro 
[0,25 g a cada 12 horas (q12h); 0,5 g q12h; 0,5 g a cada 8 horas (q8h)] foram estimadas 
por modelo de um compartimento retirados de estudos já publicados. Os breakpoints de 
Levo e Cipro para enterobactérias definidos pelo CLSI (Cipro ≤1 e ≥4 µg/mL, Levo ≤2 
e ≥8 µg/mL) e EUCAST (Cipro ≤0,25 e >0,5 µg/mL, Levo ≤ 0,5 e >1 µg/mL), a 
probabilidade de atingir o alvo (PTA) ≥ 0,9 e a razão da área sob a curva do fármaco 
pela concentração inibitória mínima (ASC/CIM) de ≥ 125, foram considerados 
adequados. Resultados: Em relação a Levo, o esquema de 0,5g em 24h alcançou PTA 
adequada no sangue para CIM 0,12 µg/mL e na urina para CIM 4 µg/mL. Para 
esquemas de 0,75g e 1g em 24h houve cobertura adequada no sangue para CIM 0,25 
µg/mL e na urina para CIM 8 µg/mL, ou seja, na urina a cobertura foi ampliada em 
cinco vezes para qualquer um dos esquemas propostos. Em relação aos esquemas de 
Cipro (0,25g q12h; 0,5 g q12h; 0,5g q8h) foram alcançadas PTAs séricas para CIMs 
(0,06; 0,12; 0,12 µg/mL), e PTAs na urina em CIMs (8, 8, 16 µg/mL), respectivamente, 
representando uma cobertura sete vezes maior. Conclusão: A cobertura 
farmacodinâmica do Levo e Cipro na urina maior que a alcançada no sangue, e a 
importância dessas quinolonas para o tratamento das infecções urinárias, que são 
frequentes na população, sugerem a definição de breakpoints de sensibilidade distintos 
para os microrganismos isolados nestes diferentes sítios de infecção. 
 
Palavras-chave: Asc urinária; quinolonas; índice farmacodinâmico 
 
 
 - ANTIMICROBIANOS / RESISTÊNCIA / BACTERIOLOGIA CLÍNICA 
[432] 
ANÁLISE DA IMPLANTAÇÃO DO PROTOCOLO DE SEPSE EM UM HOSPITAL 
PRIVADO EM CURITIBA 
FERNANDA ARNS DE CASTRO*1; VIVIANE MARIA DE CARVALHO HESSEL 
DIAS1; ANDRÉ LUIZ PARMEGIANI DE OLIVEIRA1; ANDREA CAVALI DA 
COSTA MEIRA1; FERNANDA FÁTIMA RICCI1; ÉRICA WROBLESKI1; LUCIANE 
ZANETTI1 
1.HNSG, CURITIBA, PR, BRASIL. 
 
Resumo: 
Introdução: Sepse é um conjunto de manifestações graves produzidas por uma infecção. 
Responsável por 25% da ocupação de leitos em UTI no Brasil e importante causa de 
óbito hospitalar tardia. Uma das estratégias recomendadas pelo Instituto Latino 
Americano de Sepse (ILAS), a fim de identificar e manejar casos de Sepse é implantar 
um protocolo gerenciado, que na instituição onde o estudo foi realizado está implantado 
desde outubro de 2014. Metodologia: Entre 2015 e 2017 acompanhou-se 
prospectivamente 518 pacientes incluídos em Protocolo de Sepse, de origem 
comunitária e hospitalar. Para definição dos casos foi utilizada a classificação do ILAS 
em vigência na época: sinais de síndrome da resposta inflamatória sistêmica e disfunção 
orgânica. O intervalo de tempo de acompanhamento foi divido em dois períodos, sendo 
período 1 (P1) do primeiro trimestre de 2015 ao primeiro trimestre de 2016 (283 
pacientes) e período 2 (P2) do segundo trimestre de 2016 ao primeiro trimestre de 2017 
(235 pacientes). Foram analisados idade, tempo de realização do antibiótico a partir da 
identificação do caso e mortalidade até 28 dias do diagnóstico da sepse. 
Estatisticamente utilizou-se o Teste T de Student. Resultados: Entre 518 pacientes, 249 
eram sepse grave ou choque séptico (48%). A média da mortalidade no P1 foi de 35% 
contra 28% no P2, com diferença estatisticamente significativa (p=0,029). Em relação à 
idade média não houve diferença (57 e 58 anos respectivamente (p=0,44). Em relação 
ao tempo para a administração do antibiótico durante o P1 a média era 2 horas e 10 
minutos e no P2 este intervalo caiu para 1 hora e 9 minutos com diferença 
estatisticamente significativa (p=0,0019). Ainda, entre P1 e P2 o percentual de casos de 
sepse em relação a sepse grave e choque séptico foi de 47% (133/283) para 58% 
(136/235) demostrando amadurecimento da equipe assistencial no reconhecimento 
precoce da síndrome, no entanto não foi estatisticamente significativo (p=0,15). 
Conclusão: Os resultados confirmam que o protocolo de Sepse apresentou melhora 
significativa em relação ao tempo para realização do antibiótico e mortalidade dos casos 
incluídos. 
 
Palavras-chave: Sepse; protocolo de sepse; mortalidade 
 
 
 - ANTIMICROBIANOS / RESISTÊNCIA / BACTERIOLOGIA CLÍNICA 
[1001] 
CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DO PLASMÍDEO CARREADOR DO GENE 
BLAOXA-253 EM ISOLADOS DE ACINETOBACTER BAUMANNII (ACB) 
DURANTE UM SURTO EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO NO PARANÁ 
ADRIANA PEREIRA DE MATOS*1; RODRIGO CAYÔ DA SILVA1; ANA PAULA 
STRELING1; CAROLINA SILVA NODARI1; SUELEN BALERO DE PAULA2; 
FLORISTHER ELAINE CARRARA-MARRONE2; ANA TERESA RIBEIRO DE 
VASCONCELOS3; ANA CRISTINA GALES4; LUIZ GONZAGA PAULA DE 
ALMEIDA5 
1.UNIVERSIDADE FEDERAL DE SãO PAULO - UNIFESP, SÃO 
PAULO, SP, BRASIL; 2.UNIVERSIDADE ESTADUAL DE 
LONDRINA - UEL, LONDRINA, PR, BRASIL; 3.LABORATÓRIO 
NACIONAL DE COMPUTAÇÃO CIENTÍFICA - LNCC, 
PETRÓPOLIS, RJ, BRASIL; 4.UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO 
PAULO - UNIFESP, SÃO PAULO, SP, BRASIL; 5.. 
 
Resumo: 
Introdução: A produção da CHDL OXA-143 e suas variantes, OXA-231 e OXA-253, 
são importantes mecanismos de resistência aos carbapenens em Acb no Brasil. 
Objetivo: Caracterizar o contexto genético do gene blaOXA-253 em isolados de Acb 
causadores de um surto em um hospital universitário (HU) do estado do Paraná. 
Metodologia: Cinco isolados de Acb resistentes aos carbapenens foram obtidos de 
pacientes internados no HU em fevereiro/2014. A identificação foi realizada pelo 
MALDI-TOF MS e confirmada pelo sequenciamento do rpoB. A detecção de 
carbapenemases foi confirmada por PCR/sequenciamento e o teste de sensibilidade foi 
realizado por microdiluição em caldo. PFGE e MLST foram realizados para análise da 
clonalidade e ancestralidade. O pool de plasmídeos foi extraído utilizando o Mini Prep 
Extraction Kit® e quantificado no fluorômetro Qubit® 3.0. As bibliotecas foram 
construídas utilizando Illumina® TruSeq Nano DNA LT Library Preparation Kit - SetA 
gerando fragmentos de ~550 pb, e o sequenciamento foi realizado na plataforma 
Illumina® MiSeq 2x300 bp no modo paired-end. As sequências foram submetidas à 
montagem utilizando os softwares Newbler 3.0 e Ray 2.3.1. Para anotação automática 
foi utilizada a plataforma SABIA/LNCC, e para validação manual foram utilizados os 
softwares NCBI Blast, UniProt, ISFinder e ResFinder 2.1. A circularização dos 
plasmídeos e a análise in silico dos grupos de replicase (AbGR) foram realizadas no 
programa Snap Gene®. Resultados: Todos os isolados foram identificados como Acb, 
relacionados clonalmente, e incluídos no ST25. Resistência à ampicilina/sulbactam 
(CIMs, 8/4-64/32 µg/mL), ceftazidima (CIMs, 16 µg/mL), ceftriaxona (CIMs, 16-32 
µg/mL), cefepime (CIMs, 64 µg/mL), imipenem (CIMs, 32 µg/mL), meropenem 
(CIMs, 64 µg/mL), amicacina (CIMs, 64-128µg/mL), gentamicina (CIMs, 512 µg/mL) 
e ciprofloxacino (CIMs, 64 µg/mL) foi observada. Somente minociclina (CIMs, 4 
µg/mL), tigeciclina (CIMs, 2 µg/mL) e polimixina B (CIMs, 0,25-1µg/mL) foram ativos 
contra os isolados. O sequenciamento total dos plasmídeos demonstrou a presença de 
um plasmídeo nomeado pAb86 (13.453 pb, 14 ORFs e conteúdo G+C=36,79%) 
carreador dos genes de resistência blaOXA-253, mphE e msrE, sistema de 
toxina/antitoxina (brnT/brnA), replicase (rep), mobilização (mob e trbI). A resolvase 
tnpRfoi encontrada; porém, o plasmídeo foi considerado como não tipável. Conclusão: 
Este é o primeiro relato do gene blaOXA-253, inserido em um novo contexto genético, 
em Acb no Paraná. 
 
Palavras-chave: Bacilo gram-negativo não fermentador; carbapenemase; 
multirresistência 
 
 
 - ANTIMICROBIANOS / RESISTÊNCIA / BACTERIOLOGIA CLÍNICA 
[1086] 
ESTUDO DE VIGILÂNCIA PARA RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA EM 
BACTÉRIAS GRAM-NEGATIVAS CAUSADORAS DE INFECÇÕES DE CORRENTE 
SANGUÍNEA (ICS): ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS, CLÍNICOS E 
MICROBIOLÓGICOS 
HELENA FERREIRA LEAL*1; JAILTON AZEVEDO1; GIULYANA EVELYN 
OLIVEIRA DA SILVA2; ANGELICA MARIA DE LIMA AMORIM2; LARISSA 
RANGEL CABRAL DE ROMA2; IANICK SOUTO MARTINS3; EDILANE 
GOUVEIA4; ANA VERENA MENDES5; MARCIO OLIVEIRA5; MARIA GORETH 
BARBERINO5; MITERMAYER GALVÃO DOS REIS1; JOICE NEVES REIS 
PEDREIRA2 
1.INSTITUTO DE PESQUISAS GONÇALO MONIZ -FIOCRUZ, 
SALVADOR, BA, BRASIL; 2.UNIVERSIDADE FEDERAL DA 
BAHIA, SALVADOR, BA, BRASIL; 3.UNIVERSIDADE FEDERAL 
FLUMINENSE, NITEROI, RJ, BRASIL; 4.HOSPITAL DA BAHIA, 
SALVADOR, BA, BRASIL; 5.HOSPITAL SÃO RAFAEL, SALVADOR, 
BA, BRASIL. 
 
Resumo: 
Introdução: As ICS são uma das mais prevalentes no ambiente hospitalar e possuem 
elevadas taxas de morbi-mortalidade. O isolamento de Gram-negativos multirresistentes 
(MDR) em ICS é considerado uma tendência nos últimos anos, implicando a redução do 
arsenal terapêutico e aumentando o impacto clínico dessas enfermidades. Dentre as 
preocupações relacionadas à resistência, destacam-se a produção de enzimas β-
lactamases de espectro ampliado e carbapenemases. Objetivos: Descrever o perfil de 
susceptibilidade aos antimicrobianos e identificar genes de resistência em bactérias 
Gram-negativas causadoras de ICS em um hospital localizado na cidade de Salvador-
BA. Método: Foi realizado um estudo prospectivo, no qual dados clínicos foram 
coletados através da revisão de prontuários. Micro-organismos foram identificados pelo 
MALDI-TOF-MS (bioMeriéux); o perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos foi 
determinado pelo sistema VITEK-2 (bioMeriéux); e a pesquisa de genes de resistência 
foi realizada através de reações em cadeia da polimerase. Resultados: Foram incluídos 
no estudo 143 pacientes, dos quais 61,53% (n=88) foram do sexo masculino. A faixa 
etária mais acometida foi a dos >60 anos, representando 51,04% (n=73) dos casos, e 
28.70% (n=41) das infecções foram causadas por patógenos MDR. Foram recuperados 
170 isolados bacterianos, dos quais E. coli e K.pneumoniae foram as espécies mais 
frequentes, ambas representando (50/170) dos casos. K.pneumoniae possuiu a 
prevâlencia mais elevada de resistência, com 52,0% às cefalosporinas e 10,0% aos 
carbapenemas, e foi a espécie microbiana com maior prevalência de genes de resistência 
37/50 (74,0%). Dentre os genes pesquisados, o 
bla
SHV (n=42) foi mais frequente, 
seguido por 
bla
TEM (n=37); 
bla
OXA-1 e 
bla
CTX-M-1 (n=22); 
bla
KPC (n=5); 
bla
CTX-M-9 
(n=4); 
bla
CTX-M-2, 
bla
VIM, 
bla
GES, 
bla
OXA-48, 
bla
NDM e 
bla
OXA-23 (n=1). 
Conclusões: O presente estudo descreveu o perfil resistência de bactérias Gram-
negativas causadoras de ICS em Salvador pela primeira vez. Os dados aqui 
apresentados demonstram que SHV, TEM, OXA-1 e CTX-M-1 são variantes 
enzimáticas predominantes, enquanto CTX-M-9, CTX-M-2, KPC, VIM, GES, OXA-48, 
NDM e OXA-23 caracterizam-se como enzimas emergentes. As presentes observações 
corroboram para a compreensão da disseminação da resistência microbiana e 
constituem-se como um primeiro passo para futuros estudos de caráter multicêntrico, 
visando evitar a ampla disseminação destes genes de resistência na região. 
 
Palavras-chave: Bacteremia; resistência microbiana; bactérias gram-negativas 
multidroga resistentes 
 
 
 - ANTIMICROBIANOS / RESISTÊNCIA / BACTERIOLOGIA CLÍNICA 
[1070] 
FREQUÊNCIA DE KPC E PERFIL DE SENSIBILIDADE À POLIMIXINA B E 
TIGECICLINA EM ENTEROBACTÉRIAS RESISTENTES AOS CARBAPENÊMICOS 
EM DOIS HOSPITAIS DE PORTO ALEGRE - RS 
CEZAR VINICIUS WURDIG RICHE*1; LISIANE DA LUZ ROCHA2; DANIELA DA 
SILVA OLIVEIRA2; LAURA ANTOCHEVIS2; MARCELLE DUARTE ALVES2; 
DAIANE FREITAS DE OLIVEIRA3; PATRICIA FERNANDES4; CÍCERO ARMÍDIO 
GOMES DIAS1; JORGE SAMPAIO5; DENUSA WILTGEN4 
1.UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE PORTO 
ALEGRE, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL; 2.LABORATÓRIO 
WEIMANN - GRUPO FLEURY, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL; 
3.HOSPITAL ERNESTO DORNELLES, PORTO ALEGRE, RS, 
BRASIL; 4.HOSPITAL MOINHOS DE VENTO, PORTO ALEGRE, 
RS, BRASIL; 5.GRUPO FLEURY, PORTO ALEGRE, RS, BRASIL. 
 
Resumo: 
Introdução: A detecção de Enterobactérias resistentes aos carbapenêmicos (ERC), 
principalmente as produtoras de Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC), é de 
grande importância para ajuste precoce de terapia antimicrobiana e para fins 
epidemiológicos. A polimixina B é o principal antimicrobiano para o tratamento de 
infecções causadas por enterobactérias produtoras de KPC. Porém, índices de 
resistência à polimixina B estão aumentando nestes isolados. Objetivo: Avaliar a 
frequência de KPC e perfil de sensibilidade à polimixina B e à tigeciclina em ERC. 
Metodologia: Foram avaliados isolados do período de janeiro a dezembro de 2015, 
provenientes de dois hospitais terciários privados de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. 
A identificação foi realizada utilizando o sistema Vitek® 2. Para a detecção do 
mecanismo de resistência foi utilizada a metodologia descrita na ―Nota Técnica da 
ANVISA Nº 01/2013‖ para Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae. Para todas as 
demais enterobactérias a presença do gene blaKPC foi avaliada por PCR em tempo real. 
Para avaliação da sensibilidade à polimixina B e à tigeciclina foi utilizado o método de 
microdiluição em caldo não automatizada com caldo Mueller-Hinton, conforme os 
critérios estabelecidos pelo EUCAST. Resultados: Durante o período analisado foram 
detectados 586 isolados clínicos de ERC, dos quais 68% (399) foram produtores de 
KPC – dentre estes o microrganismo mais frequente foi a K. pneumoniae (84%), 
seguido de C. freundii (5,0%), E. cloace (4,0%), S. marcescens (4,0%), e K. oxytoca 
(3,0%). Foi detectada a maior frequência da enzima KPC em isolados de swab retal, 
totalizando 59% (234) dos casos. Já em isolados clínicos foram detectados em 41% 
(155) das amostras. Apenas nos isolados clínicos foram avaliados as CIM de polimixina 
B e tigeciclina. Para polimixina B 21% (33/155) foram classificados como resistentes 
(CIM > 2,0µg/ml) e para tigeciclina 11,7% (10/85) foram classificados como resistentes 
(CIM > 2,0µg/ml). Conclusões: A produção de KPC foi o principal mecanismo de 
resistência em ERC, sendo K. pneumoniae a espécie mais frequentemente detectada. 
Nos isolados clínicos de ERC foi observada uma elevada taxa de resistência à 
polimixina B, o que indica a necessidade de terapia combinada no tratamento empírico 
das infecções causadas por ERC. A taxa de sensibilidade à tigeciclina de 88,3% subsidia 
seu uso empírico em terapia combinada no tratamento das infecções causadas por ERC. 
 
Palavras-chave: Enterobactérias resistentes aos carbapenêmicos; polimiina b; tigeciclina 
 
 
 - ANTIMICROBIANOS / RESISTÊNCIA / BACTERIOLOGIA CLÍNICA 
[333] 
GENES MCR-1 E BLACTX-M PLASMIDIAL DA ESCHERICHIA COLI 
CODIFICADORES DE RESISTÊNCIA A COLISTINA 
JOÃO PAULO FERREIRA*1 
1.ASCES-UNITA, CATENDE, PE, BRASIL. 
 
Resumo: 
Introdução: A Escherichia coli é uma bactéria Gram-negativa na forma de bastonete, e 
anaeróbia facultativa. Seu habitat primário é o trato gastrintestinal de humanos e outros 
animais endotérmicos. É considerada um indicador de qualidade de água e alimentos 
através da análise de coliformes fecais e tem grande relevância clínica: subdividindo-se 
E.coli Enteropatogênica ,E.coli Enterohemorrágica,E.coli Enteroagregativa, E.coli 
Enteroinvasiva,E.coli Enterotoxinogênica nome dado a um grupo de bactériasque 
habita o intestino dos referidos animais. Grande parte da população desse grupo é 
formada pela Escherichia coli e, dessa forma, sua presença sugere a possibilidade de 
haver, naquele local, micro-organismos intestinais capazes de provocar doenças. 
Objetivo: ressaltar os genes que codificam resistência a Colistina, tendo essa bactéria 
grande interesse clinico. Metodologia: Trata-se de um estudo de revisão da literatura 
sendo avaliados artigos científicos publicados nos anos de 2002 a 2015 em revistas 
indexadas nas seguintes bases de dados SCIELO, Pub Med e Science direct. 
Desenvolvimento: A descoberta recente de um gene de resistência à colistina 
transmitido por plasmídeo, mcr-1 emergindo uma necessidade de novos fármacos O 
gene foi encontrado principalmente em Escherichia coli, mas também foi identificado 
em outros membros das Enterobacteriaceae em amostras humanas, segundo o estudo 
Médico Militar Nacional Walter Reed foram testados para Resistência à colistina por 
Etest. foi relatada a presença de mcr-1 em um tipo de E. coli cultivada de um paciente 
com uma infecção do trato urinário (UTI) A cepa foi resistente à colistina, mas 
permaneceu suscetível a vários outros agentes, incluindo amicacina, piperacilina-
tazobactam, todos os carbapenem e nitrofurantoína ,outra cepa foi identificada onde o 
teste de susceptibilidade indicou um fenótipo ESBL .A colistina foi confirmada por 
microdiluição de caldo, e mcr-1 foi detectado por PCR em tempo real .O 
sequenciamento do genoma completo (WGS) de MRSN 388634 foi realizado utilizando 
um sistema PacBio RS II e um sequenciador de bancada MiSeq , MRSN 388634 foi 
identificado um tipo atipico dessa bacteria abrigando s genes carbapenemase blaKPC-3 
e blaCTX-M-55 .MRSN 388634 transportou 15 genes de resistência a antibióticos, que 
foram abrigados em dois plasmídeos, mas sem carbapenemases.Conclusão : conclui-se 
que o carater dessa expressao genica e fundamental para compreensao da resistencia 
dessa bacteria a colistina 
 
Palavras-chave: Resistência ; e.coli ; genes 
 
 
 - ANTIMICROBIANOS / RESISTÊNCIA / BACTERIOLOGIA CLÍNICA 
[547] 
GESTÃO DO USO DE ANTIMICROBIANOS EM UTI: ESTUDO 
FARMACOECONOMICO DE CUSTO-BENEFÍCIO DA PROCALCITONINA 
CARLA FERNANDES*1; LEANDRO CARDINAL1; ANNE KAROLLYNE LEITE1; 
MAYARA AYUMI KOJIMA1; MARCELO MENDONÇA1; JOÃO G HOULY1; 
GUILHERME H FURTADO2 
1.HOSPITAL SANTA PAULA, SAO PAULO, SP, BRASIL; 
2.UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO - EPM, SAO PAULO, 
SP, BRASIL. 
 
Resumo: 
Introdução: O uso inadequado e excessivo de antibióticos contribui significativamente 
para aumento das taxas de resistência bacteriana, riscos de eventos adversos e custos. 
Dentre as estratégias recomendadas para diminuir o uso desnecessário de antibióticos 
tem se destacado a procalcitonina (PCT), um biomarcador que aumenta em infecções 
bacterianas e diminui quando os pacientes se curam da infecção. Assim, a 
procalcitonina pode ser utilizada para apoiar a tomada de decisão clínica para 
descontinuação da terapia. Objetivo: Analisar o benefício clínico e econômico dos 
pacientes que realizaram o exame de procalcitonina em Unidade de Terapia Intensiva 
(UTI). Metodologia: Realizado estudo coorte em hospital privado, em São Paulo/SP. 
Foram incluídos todos os pacientes ≥18 anos, internado em UTI que realizaram o exame 
de procalcitonina no período de junho a dezembro/2016. As variáveis analisadas foram: 
gênero, idade, foco da infecção, agente infeccioso isolado e SAPS-3. Pacientes com 
PCT <0,5µg/L foram sinalizados pelo farmacêutico clínico para descontinuação da 
antibioticoterapia conforme protocolo institucional. Foi comparado o tempo de 
antibioticoterapia utilizado e estimado para quantificar o tempo de redução do uso de 
antimicrobianos e medir o impacto econômico da prática de descontinuar a 
antibioticoterapia. Taxa de reinfecção foi avaliada. O estudo foi aprovado pelo Comitê 
Local de Ética em Pesquisa (1461631). Resultados: 157 pacientes realizaram o exame 
de PCT, destes, 127 pacientes apresentaram PCT <0,5µg/L, representando 81% dos 
pacientes. Sendo que 38 (30%) pacientes tiveram o antimicrobiano descontinuado após 
o resultado da procalcitonina <0,5µg/L. A média de idade dos pacientes foi de 68 ± 28 
anos, 50% do gênero feminino, os principais focos infecciosos foram infecção do trato 
respiratório (68%) e infecção do trato urinário (16%). A redução do tempo de uso de 
antibióticos foi de 5,1 ± 2,2 dias, com redução de custo de R$ 100.699,36. Houve um 
caso de reinfecção. Conclusão: A inclusão do exame de procalcitonina na prática clínica 
e atuação ativa do farmacêutico clínico em um programa de Antimicrobial Stewardship 
demonstrou ser uma estratégia que impactou na redução da exposição dos pacientes aos 
antimicrobianos e custos associados. 
 
Palavras-chave: Antimicrobial stewardship; procalcitonina; uti 
 
 
 - ANTIMICROBIANOS / RESISTÊNCIA / BACTERIOLOGIA CLÍNICA 
[669] 
INIBIDORES DO MECANISMO DE EFLUXO COMO ADJUVANTES DE 
ANTIMICROBIANOS USADOS PARA TRATAR INFECÇÕES COM 
MYCOBACTERIUM ABSCESSUS 
JÚLIA SILVEIRA VIANNA*1; IVY BASTOS RAMIS1; FABIA PEIXOTO SILVA1; 
DANIELA FERNANDES RAMOS1; ANDREA VON GROLL1; PEDRO EDUARDO 
ALMEIDA DA SILVA1 
1.UNIVERSIDADE FEDERAL DE RIO GRANDE, RIO GRANDE, RS, 
BRASIL. 
 
Resumo: 
Introdução: O tratamento de infecções causadas por Mycobacterium abscessus 
geralmente é realizado com a administração de antimicrobianos (ATMs), como 
amicacina (AMI), ciprofloxacino (CIP) e claritromicina (CLA). Apesar de ter sido 
demonstardo que o M. abscessus apresenta altos níveis de resistência intrínseca aos 
ATMs, os mecanismos envolvidos nesta resistência ainda são pouco compreendidos. O 
efluxo é um dos mecanismos possivelmente envolvidos nesta resistência. Objetivo: Este 
estudo avaliou clássicos inibidores do mecanismo de efluxo como adjuvantes de ATMs 
utilizados no tratamento de infecções por M. abscessus. Metodologia: Foi utilizada a 
cepa padrão M. abscessus subsp. abscessus (ATCC 19997) e um isolado clínico M. 
abscessus subsp bolletii (AT 52). O Fator de Modulação (FM) dos inibidores de efluxo 
(IE) foi calculado a partir da concentração inibitória mínima (CIM) de AMI, CIP e CLA 
na presença e ausência de concentração subinibitória (1/2 das CIMs) dos IEs verapamil 
(VP), reserpina (RSP), cianeto de carbonil m-clorofenil hidrazona (CCCP) e 
clorpromazina (CPZ). Além disso, avaliou-se a cinética de acumulação intracelular do 
substrato fluorimétrico brometo de etídeo (BrEt), detecatando e quantificando a 
atividade do mecanismo de efluxo, na presença e ausência de glicose, a partir da qual se 
determinou a fluorescência final relativa (FFR). Resultados: A cepa ATCC 19997 foi 
sensivel a AMI e CLA enquanto na presença dos inibidores VP e CCCP, apresentou 
redução de 4 vezes do valor do CIM (FM=4). Já, o isolado AT 52, que foi resistente a 
CIP e CLA, na presença de CCCP, a CIM de CIP e CLA foi reduzida em 4 vezes 
(FM=4). Além disso, a RSP também reduziu 4 vezes (FM=4) a CIM da CIP. Através da 
técnica de fluorimetria, o IE que apresentou maior acumulação do BrEt para as cepas 
ATCC 19997 e AT 52 foi o VP, com RRF sem glicose igual a 2,2 e 1,7, 
respectivamente. Conclusão: Esta demostração preliminar mostrou o papel do efluxo na 
susceptibilidade antimicrobiana em linhagens de M. abscessus. A diferença de atividade 
dos IEs indica maior ou menos especificidade pelas diferentes bombas de efluxo. Por 
fim, este estudo indica o VP como um potencial inibidor do mecanismo de efluxo, 
despentando uma perspectiva de associar um adjuvante no difícil tratamento de 
infecções causadas pelo M. abscessus. 
 
 
Palavras-chave: Mycobacterium abscessus; fluorimetria; efluxo 
 
 
PÔSTER ELETRÔNICO - ANTIMICROBIANOS / RESISTÊNCIA / 
BACTERIOLOGIA CLÍNICA 
[434] 
ANTIMICROBIAL STEWARDSHIP: ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO CLÍNICO 
PARA GARANTIR A EFICÁCIA E SEGURANÇA DO USO DE 
ANTIMICROBIANOSLEANDRO CARDINAL*1; CARLA FERNANDES1; RAMY MARINO1; MARCELO 
MENDONÇA1; JOÃO G HOULY1; GUILHERME H FURTADO2 
1.HOSPITAL SANTA PAULA, SAO PAULO, SP, BRASIL; 
2.UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO - EPM, SAO PAULO, 
SP, BRASIL. 
 
Resumo: 
Introdução: O farmacêutico clínico contribui para a segurança do paciente e uso racional 
de medicamentos, os resultados alcançados com suas intervenções podem reduzir as 
taxas de mortalidade, custos e tempo de internação. Programas Antimicrobial 
Stewardship que dispõem de farmacêuticos têm sido associados a maior adesão às 
práticas recomendadas na terapia antimicrobiana quando comparados aos programas 
sem a participação deste profissional. Objetivo: Avaliar os resultados da atuação do 
farmacêutico clínico na terapia antimicrobiana de pacientes internados. Metodologia: 
Foi realizado um estudo unicêntrico, observacional, descritivo e transversal em um 
hospital privado de nível terciário, com capacidade para 200 leitos, sendo 50 de 
unidades de terapia intensiva (UTI), em São Paulo (SP). Foram quantificadas e 
analisadas as intervenções farmacêuticas relacionadas à terapia antimicrobiana 
realizadas durante as visitas multidisciplinares e análises das prescrições médicas, no 
período de janeiro a dezembro de 2016. As intervenções farmacêuticas foram 
classificadas de acordo com as categorias de intervenção farmacêutica padronizadas 
pelo serviço de Farmácia Clínica da instituição. O estudo foi aprovado pelo Comitê 
Local de Ética em Pesquisa (1461631). Resultados: Foram realizadas 2330 intervenções 
farmacêuticas (média de 194/mês), das quais 777 (33%) foram para pacientes internados 
em unidades de internação e 1553 (67%), em UTI. Deste total, foram 1031 (44%) 
intervenções relacionadas a ajuste de dose conforme função renal, função hepática ou 
doseamento sérico; 667 (29%) para ajuste de dose e frequência conforme indicação 
clínica; 309 (13%) relacionadas ao tempo de duração da terapia antimicrobiana; 32 (1%) 
por duplicidade terapêutica; 98 (5%) para indicação de antibioticoprofilaxia cirúrgica e 
183 (8%) para suspensão de antibioticoprofilaxia devido ao tempo de duração. A taxa 
de aceitação das intervenções pelos prescritores foi de 98%. Conclusão: A atuação do 
farmacêutico clínico pode contribuir para a segurança e otimização da terapia 
antimicrobiana dos pacientes internados, principalmente dos pacientes críticos, cujas 
condições clínicas inspiram avaliações mais detalhadas dos aspectos farmacotécnicos, 
farmacocinéticos e farmacodinâmicos dos antimicrobianos prescritos. 
 
Palavras-chave: Antimicrobianos; farmácia clínica; antimicrobial stewardship 
 
 
 - INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE 
[851] 
AVALIAÇÃO DAS PRÁTICAS DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS EM TRÊS 
UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL PRIVADO DE MINAS 
GERAIS 
ANDRE LUIZ SILVA ALVIM*1; BRAULIO ROBERTO GONCALVES MARINHO2; 
CARLOS ERNESTO FERREIRA STARLING1 
1.UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, BELO 
HORIZONTE, MG, BRASIL; 2.UNIBH, BELO HORIZONTE, MG, 
BRASIL. 
 
Resumo: 
Objetivo: avaliar as práticas de higienização das mãos de três Unidades de Terapia 
Intensiva (UTI) de um hospital privado de Minas Gerais. Metodologia: estudo 
descritivo, do tipo coorte realizado em três UTIs de um hospital privado de Belo 
Horizonte no período de janeiro a dezembro de 2016. Foram realizadas 1.100 
observações pelos profissionais do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) 
em relação aos cinco momentos para higienização das mãos (HM) recomendados pela 
Organização Mundial da Saúde (OMS). O consumo de insumos para higiene de mãos 
foi avaliado por meio de indicadores do Núcleo de Segurança do Paciente. Utilizou-se 
para análise de dados a técnica de estatística descritiva (frequência) e coeficiente de 
correlação de Pearson. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa 
(62480416.1.0000.5126). Resultados: a maior adesão às práticas de HM foi entre 
enfermeiros (45,65%) e a menor, técnicos de enfermagem (34%). Em relação às ações 
frente às oportunidades de higiene de mãos destacaram-se baixa frequência ―antes da 
realização de procedimento asséptico‖ (6,3%) e ―após risco de exposição a fluidos 
corporais‖ (6,5%). Os profissionais da equipe multidisciplinar realizaram a técnica de 
HM com maior frequência ―após o contato com o paciente‖ (42,1%) e ―após o contato 
com áreas próximas ao paciente‖ (32,5%). Destacou-se que a taxa de adesão total variou 
de 27,3 a 88,2%, com média de 47% (dp: 16,8). Em relação ao uso de sabonete líquido 
e preparação alcoólica para HM encontrou-se, respectivamente, um indicador de 
consumo de 32 e 47 ml/paciente-dia. Houve correlação positiva entre o consumo de 
preparação alcoólica e a taxa de adesão aos cinco momentos recomendados pela OMS 
(r^2=0,49, p=0,01). Conclusão: os profissionais da equipe multidisciplinar obtiveram 
baixa adesão aos momentos que precedem o contato com o paciente e após o risco de 
exposição a fluidos corporais. O consumo de preparação alcoólica e sabonete líquido 
permaneceram acima do recomendado pela OMS, sendo 20 ml/paciente-dia. Neste 
estudo, observou-se correlação positiva entre o consumo de álcool para HM e a taxa de 
adesão aos cinco momentos recomendados pela OMS. 
 
Palavras-chave: Lavagem de mãos ; infecção hospitalar; monitoramento 
 
 
 - INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE 
[254] 
ESTRATÉGIA PARA REDUÇÃO DOS RISCOS DE TRAQUEOBRONQUITE EM 
UMA UTI DE RECIFE-PE 
FERNANDA KAROLINE MACEDO NASCIMENTO DE FARIAS*1; DEMETRIUS 
MONTENEGRO1; NATHALIA GABRIELLA CATÃO FERREIRA VERÇOSA LEITE1; 
CIBELLE SOARES SATURNINO1; MILLENA RAPHAELA DA SILVA PINHEIRO1 
1.RHP, RECIFE, PE, BRASIL. 
 
Resumo: 
Traqueobronquite (TQB) é uma infecção comumente adquirida na unidade de terapia 
intensiva (UTI) que ocorre com uma incidência que varia de 1,4 a 19%. Esta infecção é 
considerada um processo intermediário entre a colonização e a pneumonia associada à 
ventilação mecânica. A definição mais aceita inclui os critérios: febre >38º C sem outra 
causa, secreções traqueais purulentas, cultura de aspirado traqueal positivo 
(≥105UFC/mL) e ausência de novos infiltrados à radiografia do tórax. O Real Hospital 
Português de Pernambuco, é o maior centro hospitalar do Nordeste, oferece a população 
135 leitos de UTI adulto, divididos em 08 UTI's. Nos meses de Setembro a 
Dezembro/16 notou-se um aumento no número de casos de TQB na UTI especial (18 
leitos) que tem a característica de ser uma UTI humanizada em que os pacientes ficam 
acompanhados pelos familiares. Essa unidade apresenta uma taxa de ocupação média de 
88,8%, com tempo médio de permanência de 16,11 dias. O percentual de pacientes em 
uso de traqueostomia nesse período foi de 71,44% e tempo médio de troca do 
traqueóstomo foi de 58,48 dias. No período em questão foi observado um aumento 
desse evento infeccioso em cerca de 70% (03 casos de maio a agosto/16 e 10 casos de 
setembro a dezembro/16), quando foi elaborado um plano de ação para reduzir o risco 
de ocorrência deste evento. O objetivo do trabalho é descrever as medidas utilizadas 
nesta UTI para diminuir a incidência de TQB. Após reunião com equipe 
multidisciplinar, foram definidas algumas ações: implementou-se rotina de troca mensal 
da cânula de traqueóstomo com elaboração de um documento para o procedimento e 
criação de rotina escrita (com evidência da realização) para higienização diária da 
endocânula do traqueóstomo, padronização da higiene oral dos pacientes, vigilância na 
manutenção da pressão do cuff, com mensuração rotineira e registro em prontuário, 
sendo incorporada no bundle de prevenção de infecção respiratória. Resultados: Após o 
início das ações, o número de casos de TQB diminuiu em 90%. Houve redução do 
tempo médio de permanência desses pacientes na UTI em 05 dias, e o tempo médio de 
troca do traqueóstomo passou a 35,32 dias. Conclusão: ocorrerá a ampliaçãodessas 
medidas para as outras unidades do hospital, onde teremos um número maior de casos 
para avaliar o real impacto, mas de forma preliminar concluímos que houve uma 
redução importante na incidência de TQB, no tempo de permanência dos pacientes na 
unidade e na troca do traqueóstomo. 
 
Palavras-chave: Traqueobronquite; uti; bundle 
 
 
 - ANTIMICROBIANOS / RESISTÊNCIA / BACTERIOLOGIA CLÍNICA 
[1043] 
ISOLAMENTO DE AMOSTRAS DE STAPHYLOCOCCUS AUREUS 
PROVENIENTES DE BACTEREMIAS EM PACIENTES HEMODIALÍTICOS EM 
ALTAS CONCENTRAÇÕES DE VANCOMICINA 
MARALISI COUTINHO BARBOSA*1; MICHEL PENEDO DA VITÓRIA1; 
RICARDO PINTO SCHUENCK1; KÊNIA VALÉRIA DOS SANTOS1; ANA PAULA 
FERREIRA NUNES1 
1.UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO, VITÓRIA, 
ES, BRASIL. 
 
Resumo: 
Infecções são a segunda causa de mortalidade de pacientes hemodialíticos. A 
vancomicina (VC) é o fármaco mais utilizado contra bacteremias por Staphylococcus 
aureus. A concentração sérica mínima (CSM) eficaz da VC contra S. aureus varia de 
10-20 μg/mL. Estudos demonstraram que uma CSM ≤10μg/mL está associada à falhas 
terapêuticas e pode promover o surgimento de cepas de S. aureus com fenótipo de 
resistência intermediaria à VC. A implicância clínica e prevalência desse fenótipo 
ainda não estão bem elucidadas. O objetivo deste estudo foi a seleção de subpopulações 
com capacidade de crescerem em altas concentrações de VC de 49 amostras de S. 
aureus isoladas de bacteremias de pacientes hemodialíticos. As subpopulações de S. 
aureus foram obtidas em ensaio de pressão seletiva onde 10
8
 UFC/mL de uma amostra 
foi inoculada em caldo BHI contendo 0,5 μg/mL de VC. Após 24h de incubação a 37ºC, 
1 mL desta suspensão foi inoculada em caldo BHI contendo 1 μg/mL VC, assim 
sucessivamente até a concentração de 16 μg/mL. As amostras selecionadas nesse ensaio 
foram denominadas derivadas enquanto as originais de parentais. A concentração 
mínima inibitória (CMI) para VC foi determinada pela microdiluição em caldo. Análise 
do perfil autolítico foi realizada nas derivadas isoladas em 16 μg/mL de VC para 
verificar possíveis alterações de espessamento da parede celular. As amostras de S. 
aureus Mu50 e Mu3 foram usadas como referência para os testes. Dezessete (35%) 
amostras cresceram até a concentração de 4 μg/mL, 8 (16%) amostras em 6 μg/mL, 9 
(18%) amostras em 12 μg/mL e 15 (31%) amostras em 16 μg/mL de VC. A CMI das 
amostras parentais variou entre <0,5 e 1 μg/mL de VC e das derivadas <0,5 a 2,0 
μg/mL. Em 25 (51%) amostras a CMI das amostras parental e derivada foram iguais, 
em 21 (43%) amostras houve aumento da CMI da derivada em relação a sua parental e 
em três (6%) amostras derivadas houve diminuição na CMI em relação a parental. Sete 
(70%) amostras derivadas apresentaram atividade autolítica menor que suas parentais e 
em três (30%) amostras não houve diferença. Todas as amostras foram capazes de 
crescer em altas concentrações de VC indicando uma adaptação fisiológica 
relativamente rápida sugerindo provável mecanismo de tolerância. A CMI não parece 
ser bom preditor da capacidade de S. aureus em crescer em altas concentrações de VC. 
 
Palavras-chave: Staphylococcus aureus; vancomicina; hvisa 
 
 
 - ANTIMICROBIANOS / RESISTÊNCIA / BACTERIOLOGIA CLÍNICA 
[603] 
MUTAÇÕES PONTUAIS ASSOCIADAS A RESISTÊNCIA A CLARITROMICINA E 
LEVOFLOXACINO EM PACIENTES INFECTADOS POR HELICOBACTER PYLORI 
NO EXTREMO SUL DO BRASIL 
JÚLIA SILVEIRA VIANNA*1; IVY BASTOS RAMIS1; DANIELA FERNANDES 
RAMOS1; OTAVIO LEITE GASTAL2; RENATO AZEVEDO SILVA2; PEDRO 
EDUARDO ALMEIDA DA SILVA1 
1.UNIVERSIDADE FEDERAL DE RIO GRANDE, RIO GRANDE, RS, 
BRASIL; 2.UNIVERSIDADE CATOLICA DE PELOTAS, PELOTAS, 
RS, BRASIL. 
 
Resumo: 
Introdução: A resistência do Helicobacter pylori aos antimicrobianos está, 
principalmente relacionada a SNPs (polimorfismo de nucleotídeo único) nos genes que 
codificam os alvos dos antimicrobianos (ATMs). A claritromicina (CLA) está entre os 
ATMs recomendados como tratamento de primeira escolha, e apresenta como principal 
mecanismo de resistência a aquisição de mutações na região 23S rRNA. O 
levofloxacino (LVX), faz parte do tratamento de segunda linha, e a resistência 
bacteriana está associada a mutações no gene gyrA. Objetivo: Este estudo buscou 
determinar a frequência de SNPs relacionados a resistência de H. pylori a CLA e LVX. 
Metodologia: Foram analisadas 80 amostras de biópsia gastrica provenientes de 
pacientes infectados por H. pylori, coletadas por endoscopia digestiva alta, no Hospital 
Universitário São Francisco de Paula, na cidade de Pelotaas, RS. A presença de 
mutações pontuais na região 23S rRNA e no gyrA, foi avaliada por PCR-RFLP e 
sequenciamento, respectivamente. Resultados: Os SNPs relacionados a resistência a 
CLA, foram identificados em 8,7% (7/80) das amostras e envolveram mutações nas 
posições A2143G em 85,7% (6/7), e A2142G em 14,3% (1/7). Em relação ao LVX, 
foram observados 22,5% (18/80) de SNPs em gyrA, sendo que 83,3% (15/18) 
identificados no codon 87 e 16,7% (3/18) no codon 91. Foi observada assoiação 
estatisticamente significativa entre os pacientes resistentes a pelo menos um dos ATMs 
testados com idade superior a 45 anos (p=0,024). Conclusão: Neste estudo foi 
encontrada uma frequência de SNPs relacionados a resistência semelhante a detectada 
anteriormente em outras regiões do Brasil. O elevado consumo, nesta região, de CLA e 
LVX, para o tratamento de outras infecções poderia explicar por que a resistência é 
maior em individuos mais velhos, dada a probabilidade cumulativa de exposição a estes 
ATMs, Portanto, é fundamental monitorar as taxas de resistência as drogas de escolha 
na terapia para H. pylori. Além disso, o conhecimento das bases moleculares associadas 
a resistência antimicrobiana poderá servir como ferramenta para o desenvolvimento de 
uma plataforma de diagnóstico molecular para a detecção da resistência, servindo como 
importante suporte para a clínica médica, uma vez que a infecção pelo H. pylori é 
altamente prevalente no extremo sul do Brasil e está associada ao desenvolvimento de 
doenças gastricas, como a úlcera péptica e o câncer gastrico. 
 
Palavras-chave: Helicobacter pylori; resistência; mutações 
 
 
 - INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE 
[741] 
SURTO DE KLEBSIELLA PNEUMONIAE RESISTENTE A CARBAPENÊMICOS E A 
COLISTINA EM UTI DE HOSPITAL GERAL 
VERÔNICA FRANÇA ROCHA*1; THIAGO PEREIRA CAVALCANTI1; GABRIELA 
TAISSA TEIXEIRA OLIVEIRA1; AIDA RAMOS PEREIRA1; DAYANA ARAUJO 
OLIVEIRA1; BRIANE MONTENEGRO SANTANA1; LEILA CRISTINA 
NASCIMENTO MOURA1; MARIA DA CONCEIÇÃO NEVES TEIXEIRA1; 
MARIANA FREIRE RODAMILANS1; EUCLIMEIRE SILVA NEVES1 
1.HOSPITAL GERAL ROBERTO SANTOS, SALVADOR, BA, 
BRASIL. 
 
Resumo: 
INTRODUÇÃO: 
Surtos de K. pneumoniae resistentes a carbapenêmicos (KPC) e a colistina foram 
detectados em diversos centros de saúde. O Hospital Geral Roberto Santos é uma 
unidade terciária com 640 leitos localizada em Salvador, Bahia. Uma das Unidades de 
Terapia Intensiva (UTI) de 20 leitos apresentou surto de KPC resistente a colistina. 
OBJETIVO: 
Descrevemos as medidas de controle de surto de KPC resistente a colistina realizadas 
pelo serviço de controle de infecção hospitalar (SCIH). 
METODOLOGIA: 
Após detecção do 1º caso, todos os pacientes foram isolados e implementado swab de 
vigilância semanal. Coorte-geográfica criada na semi-intensiva para os casos e, 
posteriormente, outra foi construída em enfermaria. Cerca de 300 colchões danificados 
da UTI e do hospital foram descartados. Disponibilizadas 6 torres de álcool gel, além de 
campanha de higienização das mãos e de retirada de adornos. 
Realizado treinamento em higienização do ambiente pelas enfermeiras do SCIH para 
funcionários da higienização. Até adequação do processo, o leito da UTI foi higienizado 
3 vezes após cada alta, por equipes diferentes. Enfermeiras do SCIHsupervisionaram a 
limpeza terminal do leito e semanal do setor. O produto da higienização foi modificado 
de hipoclorito de sódio para derivado amônio de 5ª geração. As cortinas dos leitos 
retiradas e substituídas por biombos. 
Reforma na unidade com restauração de mobílias pela manutenção. Descartado excesso 
de insumos não-limpáveis e reduzido o armazenamento de materiais. Pranchetas e capas 
de prontuários trocados. Reduzido o número estagiários. 
Infectologistas do SCIH realizaram visitas para orientar o tratamento dos casos e 
controlar uso de antibióticos. 
RESULTADO: 
De 31/10/2016 até 30/04/2017 foram 32 casos, sendo 28 colonizações e 4 infecções. As 
culturas eram identificadas pelo Vtek-2 e muitas submetidas ao E-test de colistina. 
Todas as cepas KPC possuíam mic colistina>16 µg/ml e 100% era sensível a amicacina 
(mic 4-8 µg/ml). Dezembro/2016 apresentou o maior número de casos, com total de 9 
colonizações, seguido de redução progressiva até o mês de abril/2017 que registrou 2 
casos, sendo 1 de infecção. A taxa de mortalidade dos casos de infecção foi de 100% . O 
tratamento utilizado foi a associação de carbapenêmicos e amicacina. 
CONCLUSÃO: 
 Atividades integradas do SCIH com diversos setores do hospital podem auxiliar no 
controle de surtos de bactérias multirresistentes, reduzindo não-conformidades do 
ambiente e dos processos de trabalho. 
 
Palavras-chave: Surto mdr; kpc colistina resistente; uti 
 
 
 - ANTIMICROBIANOS / RESISTÊNCIA / BACTERIOLOGIA CLÍNICA 
[168] 
VIRULÊNCIA E CLONALIDADE DE PSEUDOMONAS AERUGINOSA ISOLADAS 
DE PACIENTES HOSPITALIZADOS EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA 
NEONATAL E PEDIÁTRICA DE UM HOSPITAL DE ENSINO EM BELÉM, PARÁ. 
YAN CORRÊA RODRIGUES*1; ARTHUR HENRIQUE PINTO MACIEL2; ISMARI 
PERINI FURLANETO1; MARÍLIA LIMA CONCEIÇÃO2; ELISETH COSTA 
OLIVEIRA DE MATOS3; KARLA VALÉRIA BATISTA LIMA2 
1.PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA 
PARASITÁRIA NA AMAZÔNIA, UNIVERSIDADE DO ESTADO DO 
PARÁ, BELÉM, PA, BRASIL; 2.SEÇÃO DE BACTERIOLOGIA E 
MICOLOGIA, INSTITUTO EVANDRO CHAGAS, ANANINDEUA, 
PA, BRASIL; 3.DEPARTAMENTO DE PATOLOGIA, 
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ, BELÉM, PA, BRASIL. 
 
Resumo: 
Pseudomonas aeruginosa é um patógeno oportunista causador diferentes tipos de 
infecções. Seu amplo arsenal de virulência, com destaque ao sistema de secreção do tipo 
III (T3SS), têm contribuído para o aumento das taxas morbidade, mortalidade e custos 
para tratamento. A aplicação de métodos moleculares auxiliam na compreensão da 
dinâmica de transmissão e infecção por micro-organismos de alto grau de 
patogenicidade. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo detectar a presença 
de genes de virulência relacionados ao T3SS, bem como a relação clonal de P. 
aeruginosa isoladas de pacientes hospitalizados em UTI neonatal e pediátrica de um 
hospital de ensino em Belém, Pará. Um total de 42 isolados de P. aeruginosa 
recuperados de pacientes hospitalizados nas UTI neonatal e pediátrica da Fundação 
Santa Casa de Misericórdia do Pará, obtidos no período de 2010 a 2013 a partir de 
diversos sítios de infecção, foram incluídos no estudo. A detecção dos genes de 
virulência relacionados ao T3SS (exoS, exoU, exoT e exoY) foi realizada pela técnica de 
reação em cadeia mediada pela polimerase (PCR) e a avaliação da clonalidade através 
de rep-PCR no Sistema DiversiLab®. Testes de independência (G/Exato de Fisher) 
foram aplicados para verificar a associação entre a presença dos genes de virulência e as 
e as diferentes UTI e sítios de isolamento, sendo considerados significativos valores de 
p ≤ 0.05. Dos 42 isolados, 23 (54.8%) foram recuperados de pacientes hospitalizados na 
UTI neonatal e 19 (45.2%) na UTI pediátrica. Quanto aos sítios de infecção, 22 (52.4%) 
foram isolados de corrente sanguínea, oito do trato respiratório (19.0%) e 12 de outros 
sítios de infecção (28.6%). Os genes do T3SS foram detectados nas seguintes 
frequências: exoS (42/42, 100%), exoU (23/42, 54.8%), exoT (30/42, 69.0%) e exoY 
(31/42, 73.8%). O gene exoT foi detectado com frequência significativamente maior na 
UTI pediátrica (p=0.0372) e o gene exoU em amostras de diversos sítios de infecção 
(p=0.0055). Quanto a clonalidade, foram identificados 34 padrões, sendo 30 únicos. O 
padrão P1 compreendeu dois isolados recuperados na UTI neonatal; os padrões P10 e 
P15 compreenderam ambos dois isolados recuperados na UTI pediátrica; o padrão P20 
compreendeu seis isolados, sendo cinco recuperados na UTI neonatal e um recuperado 
na UTI pediátrica. Os resultados indicam alto potencial de virulência das cepas de P. 
aeruginosa isoladas nas UTI do local de estudo, bem como a transmissão destas entre as 
UTI. 
 
Palavras-chave: Virulência; clonalidade; hospital de ensino 
 
 
PÔSTER ELETRÔNICO - ARBOVIROSES 
[690] 
ALTERAÇÕES TERATOGÊNICAS EM FETO DE MACACA MULATTA GESTANTES 
INFECTADAS COM A CEPA ESPÍRITO SANTO DO VÍRUS ZIKA 
NOEMI ROVARIS GARDINALI*1; TATIANA KUGELMEIER2; CARLOS OTÁVIO 
VIANNA3; ANNE LOUISE PARADA FARIA3; DEBORA ROCHA RENNA3; 
RENATO SÉRGIO MARCHEVSKY1; JAQUELINE MENDES DE OLIVEIRA3; 
MÁRCIO PINTO DE CASTRO3; MARCELO ALVES PINTO3 
1.FIOCRUZ/BIOMANGUINHOS, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL; 
2.FIOCRUZ/ICTB, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL; 
3.FIOCRUZ/IOC, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL. 
 
Resumo: 
A rápida disseminação do vírus Zika (ZIKV) nas Américas é considerada pela OMS 
uma das mais graves emergências de saúde pública. O ZIKV, pertencente à família 
Flaviviridae, é um arbovírus transmitido por mosquitos do gênero Aedes e se encontra 
disseminado no Brasil. Recentemente, o ZIKV tem sido associado a casos de 
microcefalia em fetos cujas mães tenham sido infectadas com o vírus durantea gestação. 
O presente estudo teve como objetivo investigar os aspectos virológicos e as 
consequências clínicas da transmissão vertical do ZIKV em macacas rhesus (Macaca 
mulatta) gestantes infectadas com a cepa brasileira circulante. Foram selecionadas duas 
macacas gestantes, AB68 e AD14, soronegativas para ZIKV, dengue e febre amarela. 
As macacas foram inoculadas aos 78º (AB68) e 51º (AD14) dias gestacionais com 10
7
 
PFU/ml da cepa Espírito Santo pela via subcutânea. A infecção viral foi monitorada 
pela detecção do RNA viral no soro e urina por RT-qPCR, de anticorpos neutralizantes 
no soro por PRNT, e do desenvolvimento fetal por ultrassonografia. O vírus foi 
detectado aos 2º e 8º dias após a inoculação (dpi) no soro e entre o 5º e 7º dpi na urina 
da macaca AB68. A macaca AD14 apresentou uma viremia mais curta, detectada nos 
dias 2 e 4 após a infecção, porém o genoma viral não foi detectado na urina. Nas duas 
macacas, anticorpos neutralizantes foram detectados no 4º dpi, atingiram o pico aos 12 
dpi e se mantiveram elevados até o final do experimento, 4 meses após a infecção. 
Durante a fase virêmica, as macacas não apresentaram febre e conjuntivite, embora 
áreas exantemáticas tenham sido observadas em ambas. O feto da macaca AB68 
apresentou alterações teratogênicas neurológicas desde o 18º dpi (aos 69 dias 
gestacionais) e continuaram sendo observadas ao longo da gestação. Após o nascimento 
por parto natural, o animal foi eutanasiado em função das graves alterações presentes. O 
feto da macaca AD14 não apresentou alterações morfológicas ao longo da gestação e 
também foi eutanasiado após o nascimento. Embora o genoma viral do ZIKV não tenha 
sido detectado em nenhum dos tecidos analisados após a necropsia dos fetos, ambos 
obtiveram altos títulos de anticorpos neutralizantes. O presente estudo demonstrou que a 
infecção pela cepa Espírito Santo do ZIKV em macacas gestantes com quadro clínico 
brando pode resultar em alterações neurológicas fetais. Análises imunopatológicas estão 
sendo realizadas para investigar as diferenças observadas nas macacas avaliadas. 
 
Palavras-chave: Zika vírus; macaca mulatta; alterações teratogênicas 
 
 
 - ARBOVIROSES 
[425]CÉLULAS MUSCULARES ESQUELÉTICAS DE EMBRIÃO DE GALINHA 
PRODUZEM VÍRUS VACINAL DA FEBRE AMARELA APÓS INFECÇÃO 
EXPERIMENTAL 
YULI RODRIGUES MAIA DE SOUZA*1; PEDRO PAULO DE ABREU MANSO1; 
BARBARA CRISTINA EUZEBIO PEREIRA DIAS DE OLIVEIRA1; MÁRCIA 
ANDREIA BARGE LOUÇÃO TERRA1; THALITA PASCHOAL SILVA1; IEDA 
PEREIRA RIBEIRO1; LIDIANE MENEZES SOUZA RAPHAEL1; MYRNA 
CRISTINA BONALDO1; MARCELO PELAJO MACHADO1 
1.INSTITUTO OSWALDO CRUZ/FIOCRUZ, RIO DE JANEIRO, RJ, 
BRASIL. 
 
Resumo: 
Introdução: A Febre Amarela (FA) é uma doença infecciosa associada a um flavivirus 
que acomete populações das regiões subsaariana da África e tropical da América do Sul. 
A melhor forma da prevenção é através da vacinação em massa das pessoas que residem 
ou trabalham em áreas onde a doença é endêmica. A produção da vacina é feita pela 
inoculação do vírus vacinal - FA 17DD – em ovos embrionados de galinha. 
Recentemente, nosso grupo descreveu quais órgãos e tecidos destes embriões são 
responsáveis pela biossíntese de partículas virais e o tecido muscular esquelético se 
mostrou o principal sítio de replicação viral neste modelo (Manso et al. PLoS NTD 
9(9): e0004064 e Manso et al. PLoS One 11 (5): e0155041). 
 
Objetivo: Continuando essa investigação, o presente trabalho teve como objetivo 
caracterizar fenotipicamente as células musculares esqueléticas infectadas pelo FA-
17DD para determinar a fase da diferenciação celular mais produtiva em termos de 
infecção e produção viral in vitro. 
 
Metodologia: Culturas primárias de células musculares obtidas de embriões de galinha 
com 11 dias de desenvolvimento foram infectadas com vírus FA-17DD no momento do 
plaqueamento e após 5, 24 e 120 horas de cultivo. Em cada uma destas condições, as 
células foram fixadas depois de 24, 48 e 72 horas de infecção e submetidas a 
imunofluorescência indireta para detecção de Pax 7, miosina e proteínas do vírus da 
febre amarela, para posterior leitura em microscópio confocal a laser. O extrato das 
células foi submetido a técnica de nested-PCR utilizando primers específicos para 
detecção dos RNAs genômico e intermediário replicativo e o sobrenadante das culturas 
foi coletado para quantificação viral por PFU. 
 
Resultados: As células musculares esqueléticas de embriões de galinha foram 
susceptíveis à infecção em todos os estágios de diferenciação celular, tendo sido 
positivas para a detecção de proteínas virais desde células comprometidas com a 
linhagem miogênica (Pax 7 +) a fibras totalmente diferenciadas (miosina +). Além 
disso, a infecção neste sistema foi confirmada pela detecção do RNA genômico e do 
intermediário replicativo, sugerindo que há replicação viral, e o PFU constatou a 
permissividade da cultura uma vez que foram produzidas partículas virais infecciosas. 
 
Conclusão: Estes resultados contribuem para o entendimento da produção de vírus 
FA17DD em embriões e abrem novas possibilidades para o desenvolvimento de 
métodos alternativos à vacina baseados em cultura de células. 
 
Palavras-chave: Febre amarela ; 17dd; células musculares 
 
 
 - ARBOVIROSES 
[457] 
EFEITOS ADVERSOS COM O USO DE PARACETAMOL E DIPIRONA NO 
MANEJO DA FEBRE EM CASOS DE DENGUE 
MÔNICA BAUMGARDT BAY*1; IARA MARQUES DE MEDEIROS1; NATÁLIA 
DANIELE NUNES DE MEDEIROS1; OCTÁVIO SABOIA DANTAS1; KAROLINE 
DUARTE REGO1; CECÍLIA GURGEL LIMA1; DYEGO LEANDRO BEZERRA DE 
SOUZA1 
1.UFRN, NATAL, RN, BRASIL. 
 
Resumo: 
Introdução: A dengue é doença endêmica no Brasil e em mais de 100 países. A 
Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a utilização do paracetamol para o 
controle da dor e febre em pacientes com dengue, porém essa medicação apresenta 
potencial hepatotóxico. A dipirona é prescrita em alguns locais para manejo desses 
sintomas, embora apresente potencial mielotóxico. 
Objetivo: Avaliar o uso de paracetamol e/ou dipirona no manejo da febre na dengue, 
considerando seus potenciais efeitos adversos. 
Metodologia: Foi realizada uma revisão sistemática, conduzida de acordo com o 
Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). As 
bases de dados Cochrane, PubMed, Scopus, Web of Science, MedCarib, LILACS, 
SciELO, PAHO, WHOLIS, IBECS e CUMED foram pesquisadas com a chave de busca 
"dengue" and ("paracetamol" or "acetaminophen" or "dipyrone" or "metamizole"). 
Foram incluídos ensaios clínicos, estudos de coorte e de caso-controle, sem restrição de 
idioma. As variáveis analisadas foram título do estudo, autor, revista e ano de 
publicação, tamanho amostral, desenho e local do estudo, população, idade média dos 
participantes, critério diagnóstico utilizado, critérios de exclusão, drogas usadas, dose 
medicamentosa utilizada e desfecho(s). 
Resultados: Foram encontrados 273 artigos. Após a exclusão dos duplicados restaram 
94 para análise. Destes, 35 foram excluídos após a análise do título e 50 após a leitura 
do resumo, por se tratarem de relatos de caso, artigos de revisão ou não abordarem a 
terapia medicamentosa com paracetamol e/ou dipirona na dengue. Nove artigos foram 
lidos na íntegra, sendo seis incluídos na análise final, um ensaio clínico randomizado 
(ECR), um ensaio aberto, dois estudos de coorte prospectiva e dois estudos de coorte 
retrospectiva. Em apenas um estudo de coorte prospectiva (Colombia, 2005) que 
avaliou 110 pacientes, dipirona foi associada a plaquetopenia, quando utilizada nos 
primeiros 4 dias de doença. Os dois estudos retrospectivos (Martinica, 2010 e Guiana 
Francesa, 2016) associaram o uso de paracetamol com hepatite fulminante e elevação de 
transaminases, respectivamente. O ECR realizado na Venezuela em 2015, comparou 
diretamente paracetamol com dipirona em 79 crianças com dengue com sinais de 
alarme. Não houve diferença significativa nos valores do hemograma e transaminases 
entre os grupos. 
Conclusões: Apesar dos poucos estudos, o uso de dipirona em pacientes com dengue 
parece ser uma alternativa segura. 
 
Palavras-chave: Dengue; paracetamol; eventos adversos 
 
 
 - ARBOVIROSES 
[199] 
GEORREFERENCIAMENTO DOS VETORES (AEDES AEGYPTI E AE. 
ALBOPICTUS) RESPONSÁVEIS PELA TRANSMISSÃO DE ARBOVIROSES E 
SUA CORRELAÇÃO COM OS DADOS METEOROLÓGICOS NO QUARTO 
DISTRITO (XERÉM) DE DUQUE DE CAXIAS, RJ. 
VIVIANE CAMARA MANIERO*1; LIGIA MARA CAMARGO COELHO2; DÉBORA 
ALMEIDA DIAS DE SOUZA2; PAULO SERGIO CERQUEIRA RANGEL2; FABIANA 
BATALHA KNACKFUSS2; CRISTIANE DA CRUZ LAMAS2; SERGIAN VIANNA 
CARDOZO2 
1.UNIGRANRIO, NILOPOLIS, RJ, BRASIL; 2.UNIVERSIDADE 
UNIGRANRIO, RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL. 
 
Resumo: 
Introdução Dengue (DEN), Chikungunya (CHIK) e Zika vírus (ZIKV) atualmente são 
importantes arbovírus em circulação no Brasil. Segundo os dados de 2015, Duque de 
Caxias (DC) se encontra em estado de risco e alerta para estas viroses, pela 
identificação de alta prevalência dos vetores. Objetivo Georreferenciar os vetores no 
quarto distrito de DC (Xerém), RJ e determinar o risco de transmissão de arboviroses de 
acordo com os índices meteorológicos observados. Metodologia Com a utilização da 
inovação tecnológica de Monitoramento Estratégico e Controle Epidêmico (MECE) 
foram visitadas 2.902 residências de um total de 8.000 localizadas em áreas urbanizadas 
de Xerém, sendo 1462 em março e 1440 em junho de 2015. Durante as visitas mensais 
foram coletadas, respectivamente, um total de 920 e 197 fases imaturas dos referidos 
vetores, sendo 712 de Ae. aegypti e 405 de Ae. albopictus. A identificação das fases 
imaturas foi realizada seguindo a chave dicotômica de Consoli & Lourenço-de-Oliveira 
(1994), para posterior determinação do Índice de Infestação Predial (IIP). Além disso, 
os endereços dos locais onde foram encontradas as fases imaturas foram 
georreferenciados através das ferramentas de domínio público disponibilizadas pelo 
Google, o My Maps e o Google Earth. Resultados O IIP para Ae. aegypti em março foi 
de 11,8% e para Ae. albopictus, 8,1%.Em junho, houve uma sensível redução deste IIP 
para 2,0% e 1,3%, respectivamente. Março de 2015 foi considerado chuvoso em Xerém, 
pela constância de precipitação (16 dias) com temperatura média 25,1oC (máx. 31oC; 
mín. 20oC), com um acúmulo mensal de 240mm. Em junho foram observados apenas 
três picos de precipitação acima de 28mm, com um acúmulo mensal de 160mm, com 
temperatura média 20,8oC (máx. 31oC; mín. 13oC). O georreferenciamento das fases 
imaturas, demonstrou as espécies de Ae. aegypti e Ae. albopictus representadas em um 
mapa da região estudada. O geoprocessamento dos depósitos onde foram encontradas as 
fases imaturas demonstrou que os incluídos no grupo B (pequenos depósitos móveis) e 
D (depósitos passíveis de remoção) foram os mais observados. Conclusões Os dados 
apontam para uma correlação positiva entre os índices de precipitação e temperatura 
com a proliferação das fases imaturas destes vetores e ratificam a necessidade de 
intensificação de ações de combate nos períodos chuvosos do ano. É importante 
ressaltar a presença de Ae. albopictus na área urbana estudada, vetor secundário para 
DEN, mas primário para CHIK. 
 
Palavras-chave: Aedes aegypti; aedes albopictus; arboviroses 
 
 
 - ARBOVIROSES 
[996] 
INFORMATIZAÇÃO DAS NOTIFICAÇÕES E DO PROTOCOLO CLÍNICO DE 
ATENDIMENTO DOS CASOS SUSPEITOS DE DENGUE EM UPAS DE 
FORTALEZA/CE: REDUÇÃO DE CUSTOS E DE MORTALIDADE 
MATHEUS ALVES DE LIMA MOTA*1; BREITNER GOMES CHAVES1; ANA 
KARINE GIRÃO LIMA1 
1.ISGH - INSTITUTO DE SAÚDE E GESTÃO HOSPITALAR, 
FORTALEZA, CE, BRASIL. 
 
Resumo: 
Introdução: 
Em 2015, houve epidemia da doença em Fortaleza, com 11.631 casos confirmados 
atendidos em 9 UPAs, com 15 óbitos (1,28 a cada 1.000 casos confirmados). 
Trata-se de doenças de notificação compulsória e os enfermeiros dedicam parte do seu 
tempo ao preenchimento das notificações. Nas UPAs de Fortaleza, foram notificados 
13.631 casos em 2015, correspondendo a 908h de trabalho de Enfermagem e R$ 
19.519,00 de salário. 
Objetivo: 
Descrever ações implantadas em UPAs de Fortaleza para garantir uniformidade no 
atendimento e otimizar as notificações dos casos suspeitos de dengue. 
Metodologia: 
A partir da revisão de 100 prontuários de pacientes com suspeita de dengue atendidos 
nas UPAs do município, foram identificadas ações em desacordo com o Protocolo do 
Ministério da Saúde em 80% dos casos. Foram implementadas medidas baseadas no 
mesmo protocolo: criação de fluxograma de atendimento; padronização de hidratação 
oral na emergência para pacientes do grupo B; treinamentos para identificação precoce 
de sinais de alarme para a equipe assistencial. Em seguida, o fluxograma foi 
informatizado e automatizado a partir do atendimento médico, com início em 
01/01/2016. A ação consiste em sequência de perguntas sobre quadro clínico e exame 
físico, necessárias para classificar em grupo A, B, C ou D. Ao final, o sistema informa o 
grupo, sugerindo conduta: solicitação de exames, prescrição de hidratação e indicação 
de observação ou internação. 
Em relação às notificações, foi criado sistema automatizado, que capta todas as 
informações do cadastro e atendimento médico, gerando ficha de notificação em 
arquivo pdf, sem necessidade de impressão para envio. 
Resultados: 
Em 2016, as 9 UPAs tiveram 15.266 casos confirmados de dengue, com 5 óbitos (0,32 a 
cada 1000 casos confirmados), uma redução de 75% em relação a 2015. Dos 15.413 
protocolos abertos em 2016, 62% eram do grupo A, 27% do B, 10% do C e 1% do D. 
Em 2015, 43% das notificações de dengue de Fortaleza eram das UPAs. Em 2016, o 
percentual passou para 74,7%, quando foram realizadas 35.899 notificações pelo 
sistema, poupando 2.394h de trabalho de Enfermagem e economizando R$ 51.407,36, 
além de R$ 5.858,71 com impressos, totalizando economia anual de R$57.266,07. 
Conclusão: 
A partir da automatização das notificações e do processo de atendimento dos pacientes 
com dengue, é possível reduzir mortalidade, aumentar segurança e qualidade no 
atendimento, otimizar o trabalho da Enfermagem e reduzir custos com notificação. 
 
Palavras-chave: Dengue; arbovirose; upa 
 
 
 - ARBOVIROSES 
[821] 
MICROCEFALIA: SUBNOTIFICAÇÃO EM ALAGOAS E NO NORDESTE 
BRASILEIRO 
LAÍS VIRGÍNIA DE LIMA SILVA*1; MARION DE ALMEIDA CAVALCANTE 
MELO1; CARLOS HENRIQUE SILVA DE MELO1; CRISTIANE MONTEIRO DA 
CRUZ1 
1.CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC, MACEIO, AL, BRASIL. 
 
Resumo: 
No ano de 2015, foi observado um aumento expressivo no nascimento de crianças com 
microcefalia, inicialmente no estado de Pernambuco e, posteriormente, em outros 
estados da região Nordeste (NE), como Alagoas (AL). Estudos desenvolvidos no Brasil 
detectaram o ZIKV no líquido amniótico de 2 gestantes da Paraíba cujos fetos foram 
confirmados com microcefalia através do ultrassom. Indicando, assim, uma possível 
associação do aumento da incidência de microcefalia em recém-nascidos com a chegada 
do ZIKV, tornando-se um problema de saúde pública. É uma anomalia congênita 
caracterizada pelo inadequado desenvolvimento cerebral, que resulta em alterações 
motoras e cognitivas de acordo com o grau de acometimento. O presente trabalho 
objetiva a análise e a comparação de dados sobre o padrão epidemiológico da 
microcefalia em AL e a região NE, através de um estudo transverso retrospectivo a 
partir de boletins epidemiológicos (BE) fornecidos pela Secretaria de Vigilância em 
Saúde, no período compreendido entre 2015 e 2017, totalizando 73 boletins, dos quais 6 
foram específicos para Microcefalia (8,22% do total). Foram utilizados os 6 BE, que 
possuíam dados de casos suspeitos notificados e incidência em AL e NE. As semanas 
epidemiológicas (SE) de 46 de 2015 a 49 de 2016 foram consideradas para este estudo. 
E a partir da análise dos BE, no intervalo correspondido entre a SE 46 de 2015 e a SE 
49 de 2016, observou-se que AL apresentou um aumento expressivo no número de 
notificações de casos suspeitos de Microcefalia. O número de casos na semana 46 de 
2015 foi 739 (100%) na região NE, dos quais 10 (1,35% no total do NE) correspondiam 
à AL. Já na semana 49 de 2016 foram 2.608 (100%) casos no NE, dos quais 129 (4,95% 
no total do NE) correspondiam à AL, que inicialmente ocupava a 6ª colocação geral e 
passou a ocupar a 7ª colocação em relação aos demais estados do NE. É uma temática 
ainda recente, na qual estão sendo realizados estudos com o fito de identificar se os 
casos de microcefalia são uma consequência direta da ação do ZIKV durante o período 
gestacional. Observa-se a carência de notificação revelando a realidade atual do estado 
de AL. Dessa forma, é fundamental que a suspeita de microcefalia seja notificada de 
forma adequada nos casos em que haja relação com o vírus da Zika e sobretudo 
necessita-se da criação de subsídios voltados à atenção em saúde, permitindo uma 
melhor orientação dos profissionais e o conhecimento mais abrangente da doença. 
 
Palavras-chave: Microcefalia; alagoas; aspectos epidemiológicos 
 
 
 - ARBOVIROSES 
[710] 
NOTIFICAÇÃO NÃO-COMPULSÓRIA DE ZIKAVÍRUS COMPROMETE O 
TRATAMENTO DA POPULAÇÃO EM ALAGOAS E NO NORDESTE BRASILEIRO 
LAÍS VIRGÍNIA DE LIMA SILVA*1; CARLOS HENRIQUE SILVA DE MELO1; 
MARION DE ALMEIDA CAVALCANTE MELO1; CRISTIANE MONTEIRO DA 
CRUZ1 
1.CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC, MACEIO, AL, BRASIL. 
 
Resumo: 
O Brasil (BR) apresenta elevados índices de flavoviroses devido ao seu clima tropical e 
a integração do campo com a cidade corroborando com a transmissão de patologias 
interespécies e intraespécies. O primeiro relato de ZIKV no BR ocorreu em 2015, 
confirmado pelo Laboratório Nacional de Referência do BR na Bahia. A Zika é uma 
doença viral aguda, transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus que 
apresenta como manifestações clínicas exantema maculopalpular pruriginoso, febre 
intermitente e hiperemia conjuntival não purulenta e sem prurido.

Outros materiais