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“TIPOS DE TESTAMENTOS”.

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SYA (?): Narrador (a)
Primeiramente boa noite professora, colegas de classe, nosso grupo apresentará nossa analise sobre a questão de numero 5, proposta pela professora, sob o tema: “ TIPOS DE TESTAMENTOS” . O testamento nada mais é que a maneira de garantir que à vontade da pessoa respeita após sua morte. A priori efetuaremos a leitura do texto de Assis, Contos Fluminenses, e também base de nossa analise e posteriormente a explicação dos tipos de testamentos e por final a resolução das questões. 
BRUNO: (QUESTAO DE LEITURA / BASE DE DISCUÇÃO )
ARACELI: Introdução Teórica
A questão lida por nosso colega Bruno, tem como aspecto jurídico fundamental o TESTAMENTO, sendo este regulado em nosso ordenamento a partir do artigo 1857 CC, em seu caput, o qual determina: “ TODA PESSOA CAPAZ PODE DISPOR POR TESTAMENTO, DA TOTALIDADE DE SEUS BENS, OU DA PARTE DELES, quando este vier a falecer, ou seja, pós sua morte. Sendo ele tido como um negócio jurídico, unilateral, não recepticio, personalíssimo e de última vontade, essencialmente revogável, onde seu principal objetivo é a designação dos sucessores do testador, sejam , herdeiros ou legatários. Contudo o §2º do artigo 1857, passou a admitir expressamente, que possa ser feito disposições testamentárias de caráter não patrimonial, mesmo que limitados. 
O parágrafo único do referido artigo nos mostra que a legítima dos herdeiros necessários, NÃO pode ser incluída no testamento, ou seja, a metade dos bens da herança, conforme descrito no artigo 1846 CC. 
Sya (?) : Diante disto, o sucessor só recebera a herança se este obedecer todas as regras descritas no testamento ou as que se encontrem o mandamento da lei, conforme o texto de CAIO MARIO DA SILVA PEREIRA ( 2015) dispõe: 
BRUNO: 	
.
Sya (?): Conforme dito a capacidade civil é requisito essencial para que lavre o testamento, contudo a incapacidade superveniente não invalida o testamento e tampouco o inverso. Os maiores de 16 anos são plenos de capacidade para testar, já os incapazes e aos que NÃO tiverem pleno discernimento, à estes são vetados. O testamento e um ato personalíssimo e pode ser mudado a qualquer tempo ( art. 1858 CC ) assim como este tem o pazo de 5 anos para ser validado, a partir da data de registro do documento, porém se este prazo se perder, extingue-se e perde o direito de impugnar a validade do testamento ( art. 1859 CC ) .
Em questão ao fato de o testamento ser um negócio jurídico e unilateral, além de personalíssimo, os estudiosos do tema não têem duvidas alguma quanto a isso, uma vez que seus efeitos só se tornam validos após a morte do testador, e independem do momento em que sua vontade foi expressa. Em nosso Código Civil, há estipulado três formas de testamentos ordinários, as quais são : 
 O Público - que será explicado pelo nosso colega Márcio, e detém seus requisitos essenciais através do art. 1864; 
O Cerrado- que será explicado pela nossa colega Géssika, e encontra-se disposto no art. 1868 ao 1875 CC (formalidades) , assim como descrito por Gonçalves ( 2015 ) e por último 
O particular - que será apresentado por nosso colega Clayton, disposto entre os art. 1876 a 1880 do CC e por Venosa ( 2015) .
Que serão explicados em seqüências:
MÁRCIO: TESTAMENTO PÚBLICO
Primeira classe de testamentos ordinários: Conforme disposto no artigo 1864, aplicada ao testamento publico, possui requisitos e procedimentos que devem ser seguidos e são essenciais para que ele exista. São eles: 
Ser escrito por tabelião ou substituto legal em livro de notas, nas mesmas proporções em que se foi dito; 
Se o testador não falar – haverá nulidade. 
Se o mesmo sair do local enquanto esta sendo feito o testamento e o tabelião não parar- gerará nulidade; 
Há necessidade de duas testemunhas, porem que fiquem ate o termino da escrita do testamento;
Após findado e lido o testamento, todos assinam.
Esse modelo de testamento é o ÚNICO permito ao deficiente visual; 
Suas vantagem são: (i) não precisa ser confirmado por juiz, uma vez que o tabelião tem força de lei para fazê-lo; (ii) propicioa maior segurança ao testador e possui menos chances de ser anulado, uma vez que há requisitos a serem cumpridos; (iii) pode ser feito por qualquer pessoa capaz de testar. 
Suas desvantagem: somente em língua nacional e todos seu conteúdo é de conhecimento público. 
GÉSSIKA : TESTAMENTO CERRADO 
Segunda classe de testamentos ordinários: O testamento cerrado é aquele feito a próprio punho pelo testador ou por alguém em quem ele confie, e que só ele conheça seu conteúdo. 
 Procedimentos:
Após escrito o testador deve entregar ao tabelião na presença de 2 testemunhas;
Deve ser aprovado pelo tabelião;
Pode ser escrito em qualquer papel;
Estado não participa / contudo é necessário ir ao cartório para ser aprovado ou não. 
Deve ser escrito nos autos de aprovação, na frente de duas testemunhas, e que seja lido na presença delas. 
Após leitura, todos assinam e lavra o auto de aprovação. 
GONÇALVES ainda o descreve como:
CLAYTON: TESTAMENTO PARTICULAR 
Terceira classe de testamentos ordinários: a nossa legislação prevê nos arts. 1876 a 1880 do CC o testamento particular, sendo que seu procedimento se dá, da seguinte forma:
Escrito, assinado e lido em voz alta pelo próprio testador, a pelo menos 3 testemunhas idôneas;
Pode ser feito em língua estrangeira desde que as testemunhas entendam;
Com a morte do testador, tornas-se público e citam-se os herdeiros. 
Precisa ter a confirmação das assinaturas das testemunhas , para que se valido, caso alguma venha a falecer, o juiz poderá confirmar ser verdadeiro o testamento, havendo portanto provas suficientes.
 Vantagens: (i) pode ser feita na língua do testador desde que as testemunhas compreendam; (ii) não precisa de registro publico.
Desvantagens: (i) há risco de: 
 erros legais em sua formulação (redação)
Ser anulado caso haja aberto por alguém antes da morte do testador;
Testemunhas não estarem vivas ou não confirmarem o testamento;
Proibido para analfabetos / cegos . 
VENOSA apresenta o testamento particular sendo: 
VENOSA (2015) ainda confirma que o testamento particular foi tornado pela lei uma forma mais pratica e simples, sendo que estas não são tão essenciais para atestar sua validade. 
 SYA (?): Após analise geral dos tipos de testamentos, vamos voltar ao inicio e verificar qual das assertivas é a correta. 
O fragmento do texto apresentado faz referência a dois testamentos, dos personagens Bento e Anselmo. Com base na relação entre esse texto e o que dispõe o Código Civil de 2002, assinale a opção correta. 
A. O texto citado expõe o meio testamentário mais simples de ser implementado, considerado, todavia, um ato imperfeito em razão de sua forma hológrafa. (INCORRETA quando afirma que o testamento hológrafo (significa escrito pela mão do testador) é um ato imperfeito, pois o legislador prevê que o testamento seja escrito de próprio punho pelo testador. ) 
B. O testamento de Bento poderia ter sido escrito de próprio punho ou mediante processo mecânico, mas somente teria validade se lido e assinado por quem o escreveu, na presença de, pelo menos, duas testemunhas herdeiras suas ou qualquer pessoa a ele ligada por laço de sangue. (INCORRETA, pois o CCB prevê esta forma especial de testamento onde não há testemunhas.) 
C. No caso de falecimento de Anselmo antes do prazo estabelecido por Bento para abertura de seu testamento, os herdeiros do primeiro estariam desincumbidos da obrigação, por se tratar de relação jurídica originalmente complexa, relativa a inter pars. ( INCORRETA porque, ao contrário do afirmado, houve a previsão de falecimento de Anselmo antes de Bento e que neste caso os herdeiros de Anselmo assumiriam essa obrigação. )
D. A confirmação do testamento de Bento se daria mediante reconhecimento de sua autenticidade pelos herdeiros necessários – D. Adelaidee o major –, caso em que o juiz, ouvido o Ministério Público, procederia à confirmação. (INCRRETA porque os herdeiros necessários de Bento não são D. Adelaide e o Major, mas apenas D. Adelaide, filha de Bento. O juiz deveria, sim, confirmar o testamento, após ouvido o MP ) 
E. A modalidade de testamento de Bento e de Anselmo é a mais acessível forma de dispor, embora não seja a mais usual, em decorrência dos riscos que suscita. 
Justificativa : O testamento representa a forma de expressão da vontade da pessoa de dispor de seus bens após a sua morte. A autonomia de vontade pode se expressar por meio de testamento inclusive se não houver bens, relacionados aos direitos de personalidade do testador. O Código Civil de 2002 não conceitua o testamento, mas dispõe que o testamento é um negócio jurídico formal, pois a norma civil regula todas as formalidades necessárias à sua validade. Faltando as formalidades ou havendo falhas, o testamento será nulo ou anulável. Existe ainda um testamento elaborado de forma simplificada, prevista no artigo 1.879 do CCB, que dispõe da possibilidade de, em circunstâncias excepcionais declaradas no testamento, o testador fazer testamento particular de próprio punho e assiná-lo.
ROTEIRO DE APRESENTAÇÃO – CAMILA
TEMA: QUESTÃO 5 – “TIPOS DE TESTAMENTOS”.
- Faz hoje dez anos que faleceu o pai desta menina, disse Anselmo apontando para Adelaide. Como sabem o Dr. Bento Varela foi o meu melhor amigo, eu tenho consciência de haver correspondido à sua afeição até aos últimos instantes. Sabem que ele era um gênio excêntrico; toda a sua vida foi uma grande originalidade. Ideava vinte projetos, qual mais grandioso, qual mais impossível, sem chegar ao cabo de nenhum, porque o seu espírito criador tão depressa compunha uma cousa como entrava a planear outra.
- É verdade, interrompeu o major. 
- O Bento morreu nos meus braços, e como derradeira prova de sua amizade confio-me um papel com a declaração de que eu só abrisse em presença dos seus parentes dez anos depois de sua morte. No caso de eu morrer, os meus herdeiros assumiriam esta obrigação; em falta deles, o major, a Sra. Adelaide, enfim qualquer pessoa que por laço de sangue estivesse ligada a ele. Enfim, se ninguém houvesse na classe mencionada, ficava incumbido de um tabelião. Tudo isto havia eu declarado em testamento, que vou reformar. O papel a que me refiro, tenho aqui no bolso. 
ASSIS, M. Contos Fluminenses. São Paulo: Martin Claret, 2006.
Publicado originalmente pela Editora Garnier, Rio de Janeiro, em 1870 (adaptado).
Ao sucessor é deferida da herança em obediência ao testamento ou ao mandamento da lei. No primeiro caso, prevalecem as disposições de ultima vontade manifestadas. No segundo, a lei menciona as pessoas e estabelece as regras de delação da herança. Desenvolvidas ambas no direito positivo, não se pode reconhecer a superioridade de uma ou de outro, em prestígio ou importância, embora seja licito cogitar da premência histórica (...)
Denomina-se, então, sucesso legitima a que é deferida por determinação da lei. Atendendo ao que ocorre quando o sucedendo morre sem testamento ( intestado), diz-se também ab intestato. 
 (....) 
Com base no que dispunha o art. 1.626 do Código Civil de 1916, formulamos este conceito: testamento é o ato pelo qual uma pessoa dispõe de seus bens para depois de sua morte, ou faz outras declarações de última vontade. O novo Código Civil não chega a defini-lo, mas aponta s características essenciais nos arts. 1.857 e 1.858, que não destoam daqueles indicados em nosso conceito, o qual, portanto, não perdeu sua atualidade. 
 
Testamento cerrado, secreto ou místico, outrora também chamado de implícita, é o escrito pelo próprio testador, ou por alguém o seu rogo e por aquele assinado, co caráter sigiloso, completado, pelo instrumento de aprovação ou autenticação lavrado pelo tabelião ou por seu substituto legal, em presença do disponente e de duas testemunhas idôneas. A vantagem que tal modalidade testamentária apresenta consiste no fato de manter em segredo a declaração de vontade do testador, pois as regras só este conhece o seu teor. Nem o oficial nem as testemunhas toma conhecimento das disposições, que, em geral, só vem a ser conhecidas quando o instrumento é aberto após o falecimento do testador. 
(...) 
O testamento cerrado é escrito pelo próprio testador, ou por alguém a seu rogo, e só tem eficácia após o auto de aprovação lavrado por tabelião, na presença de duas testemunhas. A intervenção do tabelião no testamento cerrado objetivo dar-lhe caráter de autenticidade exterior, somando-se essa participação á vantagem do segredo. 
(...) 
O grande inconveniente do testamento cerrado, como salienta Eduardo de Oliveira Leite, “continua sendo o excesso de detalhes, minúcias e formalidade que, inatendidas, acarretam sua nulidade. O não entendimento de seus requisitos e solenidades gera, inevitavelmente, imediata nulidade, o que explica o seu abandono em diversos países.
 
 
Essa forma de testamento, também denominada hológrafo( admite-se também a grafia ológrafo) , prescinde , em sua elaboração, da intervenção do funcionário do Estado. O presente Código Civil procurou simplificá-lo , pois no sistema de 1916 a modalidade menos utilizada, principalmente porque, alem de sofrer os mesmos riscos de perda do testamento cerrado, exigia o código antigo, para sua execução, que pelo menos três testemunhas comparecessem após a morte do testador, para confirmá-lo. Ademais, neste ato, eram mais difíceis de controlar as pressões só interessado.
Em seu favor, pode ser mencionada sua rapidez de elaboração, facilidade e gratuidade. A nosso ver, no entanto, a simplificação de suas formalidades no Código de 2002 foi além do que seria desejar e pode abrir muitos flancos para fraude.
( VENOSA, S.S.; 2015)
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