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MODULO 5

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15/09/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/19
MÓDULO 5.
 
DA SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA.
 
TESTAMENTO.
Introdução.
Há sucessão legítima (determinada pela lei, conforme estudamos nos módulos anteriores) e sucessão
testamentária, que se manifesta por testamento (deriva de manifestação de última vontade, exteriorizada
consoante a prescrição legal).
A disposição de bens por testamento é limitada para quem tem herdeiros necessários (descendentes, ascendentes
ou cônjuge): o testador pode dispor somente da metade de seus bens. A outra metade é reserva (legítima)
daqueles herdeiros, salvo os casos de deserdação ou exclusão por indignidade.
· Mesmo sendo menos frequente que a sucessão legítima, a lei consagra à sucessão testamentária a maior parte
do Livro das Sucessões. Muitos dispositivos visam a interpretar a vontade do de cujus e esclarecer o conteúdo do
testamento.
A sucessão testamentária decorre do testamento, cujo conceito estudaremos, assim como a capacidade para testar
e para receber por testamento.
Críticas ao testamento:
A doutrina critica a complexidade do tratamento legal em matéria de testamento. Uma revisão do sistema
testamentário ensejaria a aplicação dos princípios gerais e a adoção de normas de menor complexidade, facilitando
o uso deste tipo de sucessão[1].
A corrente que critica a propriedade privada também não aceita a possibilidade de transmitir bens por testamento.
Para alguns, a sucessão testamentária propicia o enriquecimento sem trabalho, estimulando o ócio e causando
desigualdade social, enquanto o mais justo seria repassar os bens ao Estado, para partilha na sociedade.
_________________//_______________
Fundamento jurídico:
O direito de suceder é consequência do direito de propriedade, direito fundamental. A lei completa a
extensão do direito de propriedade permitindo a seu titular, com uma amplitude maior ou menor, ditar
o destino de seus bens para após a sua morte.
________________//__________
Testamento.
Conceito – é negócio jurídico revogável, com efeito causa mortis, personalíssimo, unilateral, gratuito e solene pelo
qual o testador, em conformidade com a lei, estabelece disposições patrimoniais e/ou extrapatrimoniais.
Pode ocorrer que o testamento contenha disposições somente extrapatrimoniais, como o reconhecimento de filho,
ou a deserdação.
Da natureza jurídica do testamento:
· Personalíssimo: Deve ser feito pelo testador, afastada a interferência de procurador – testamento não pode ser
feito por representante (mandatário).
· Solene: Suas formas[2] são prescritas em lei, sob pena de nulidade, para assegurar a autenticidade do ato e a
liberdade do testador, assim como chamar atenção do autor para a seriedade do ato que está praticando.
· Revogável: A possibilidade de revogação é para assegurar ampla liberdade – a mera existência de um
testamento ulterior válido, incompatível com o anterior, revoga o testamento anterior, visto que o direito de dispor
de seus bens causa mortis e de mudar as disposições passadas só se exaure com o falecimento da pessoa.
· Unilateral: Não depende da receptividade dos sucessores para se reputar válido[3].
· Causa mortis: A sua eficácia depende de um termo incerto (acidente do negócio jurídico que consiste em evento
futuro e certo, cuja data de ocorrência não é conhecida).
Gratuito: Não exige sacrifício patrimonial dos sucessores, embora possa ser estabelecido o encargo, acidente de
negócio jurídico benéfico, que diminui as vantagens auferidas pelo beneficiário, herdeiro ou legatário.
Obs.: O CC/02 diminuiu formalidades, embora o testamento persista solene.
http://adm.online.unip.br/blank.htm#_ftn1
http://adm.online.unip.br/blank.htm#_ftn2
http://adm.online.unip.br/blank.htm#_ftn3
15/09/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/19
A noção de testamento está nos art. 1.857, caput e§2º, e 1.858.
_____________//___________
Do testador:
Quem tem capacidade para fazer testamento:
O testamento é negócio jurídico: os requisitos de validade estão no art. 104, CC.
Ter capacidade testamentária ativa é a regra – a incapacidade é a exceção (fora as pessoas que a lei
expressamente proíbe, todas as demais podem fazer testamento válido).
Então, só não podem testar (art. 1.860, CC): Além dos incapazes, os que, no ato de fazê-lo, não tiverem pleno
discernimento. Cf. parágrafo único do art. 1.860: Podem testar os maiores de 16 anos.
O CC/1916 já permitia que os relativamente incapazes testassem sem assistência (e o testamento não podia ser
anulado).
Obs.: a tolerância em relação aos relativamente incapazes ocorre porque o testamento só deve produzir efeito
após a morte do testador, de modo que tal ato não prejudica o testador, inexistindo, então, razão para incidir a
regra sobre incapacidade, cujo sentido protetivo é a sua única justificativa[4].
· A capacidade testamentária ativa era negada às pessoas que, por causa da idade, ou de falta de discernimento
ou de meio de expressão (absolutamente incapazes), tinham sua vontade desprezada pelo legislador. O
testamento é ato de vontade, portanto nulo se elaborado por pessoa absolutamente incapaz.
____________**
CC/02 – O art. 1.860 quando impede os incapazes de testar, pela interpretação sistemática, não se refere a todos
os incapazes, mas somente aos absolutamente incapazes (cf. art. 3º CC).
· Isto porque: o art. 1.782, CC, quando trata dos atos que o pródigo não pode praticar, após a interdição, não fala
do testamento – o pródigo só não pode praticar atos que diminuam o seu patrimônio, e fazer testamento não
causa diminuição patrimonial.
Cf. art. 1.860 – não podem testar os absolutamente incapazes, e os que no momento em que fazem o testamento
não tenham pleno discernimento, o que pode decorrer de causa permanente ou transitória.
Podem testar os maiores de 16 anos. Mesmo sem assistência do representante legal. Porque o testamento
é ato personalíssimo (art. 1.858, CC), não pode ser feito por procurador. Não pode o testador ficar
sujeito à assistência, autorização ou anuência de quem quer que seja.
Obs.: A capacidade para testar deve ser aferida no momento em que o testamento é elaborado, pois a
incapacidade superveniente não invalida o testamento eficaz, nem o testamento feito por alguém, enquanto
incapaz, valida-se com a superveniência da capacidade (art. 1.861, CC).
Então, não se pode descumprir testamento alegando incapacidade posterior.
Por outro lado, se o testamento foi feito por menor com menos de16 anos, se ele morrer 80 anos depois, seu
testamento não convalesce (é nulo). O argumento de que o testador o queria ver cumprido, tanto que não o
revogou durante sua longa vida é improcedente, pois o ato nulo não convalesce com o transcurso do tempo[5].
________________________//_____________
Nulidade do testamento:
Art.1859, CC: extingue-se em cinco anos o direito de impugnar a validade do testamento, contado o prazo da data
do seu registro.
Pode ocorrer a invalidade por causa de nulidade (art. 166) ou de anulabilidade (art. 171). Impugnar a validade é
pedir a declaração de nulidade ou requerer a anulação do testamento.
No caso de testamento temos uma exceção. Prescreve em cinco anos para a declaração de nulidade absoluta,
contados da data em que o testamento foi registrado (pela regra geral, os atos nulos não prescrevem). O art.
1.859 é exceção à regra do art. 169 do CC/02[6].
Obs.: o registro do testamento após a morte do testador será feito por mandado do juiz, observados os requisitos
processuais.
__________//_____________
Causas de anulabilidade do testamento.
Testamento é anulável por vício do consentimento (erro, dolo, coação, estado de perigo).
A captação da vontade vicia o testamento se for espécie de dolo.
http://adm.online.unip.br/blank.htm#_ftn4
http://adm.online.unip.br/blank.htm#_ftn5
http://adm.online.unip.br/blank.htm#_ftn6
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online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/19
· A captação é o fato de alguém se fazer estimar por outra pessoa, despertar simpatia, e alcançar benefícios para
si ou para terceiro no testamento da pessoa que conquistou. Para viciar o negócio jurídico, a captação deve
ser acompanhada de dolo. Como exemplo: mentiras, calúnias levantadas contra outros herdeiros, interceptação
de e-mail, abuso de influência ou de autoridade, afastamento propositado de membros da família e dos amigos do
testador.
Ainda, o dolo deve ser a causa do ato (dolo principal).
· Art. 1.909, CC: são anuláveis as disposições testamentárias inquinadas de erro, dolo ou coação.
· Prazo: 4 anos para anular a disposição, contados de quando o interessado tiver conhecimento do vício.
_______________//____________
DAS FORMAS DE TESTAMENTO.
Testamento é negócio jurídico solene (para garantir autenticidade do ato e liberdade do testador, e chamar atenção
para a seriedade do ato). A lei apresenta várias possibilidades de forma.
- Se não respeitar a solenidade prescrita em lei, ocorre nulidade (absoluta). Art. 104 e art. 166, IV, CC.
- A nulidade pode ser decretada de ofício pelo juiz, porque é absoluta (art. 168, parágr. único do CC).
- O ato nulo não gera efeito de transferência de direito do testador para herdeiros e legatários.
- O CC/02 determina que não se admite outro testamento além dos contemplados em lei (no CC).
Proíbe-se expressamente testamento conjuntivo (seja simultâneo, recíproco ou correspectivo – art. 1.863, CC).
Conjuntivo (chamado de mão comum) é o que 2 pessoas fazem com um só instrumento.
1. simultâneo – quando os testadores dispõem em benefício de terceiros;
2. recíproco – quando os testadores se instituem um ao outro, de modo que o sobrevivente recolha a herança do
outro;
3. correspectivo – quando o benefício outorgado por um dos testadores, ao outro, retribui vantagem
correspondente.
A lei proíbe tais testamentos por serem modalidades de pactos sucessórios (cujo objeto é herança de pessoa viva).
Além disso, deve sempre haver a possibilidade de revogação, o que somente se assegura no ato praticado
individualmente.
Nas espécies recíproca e correspectiva fica claro o pacto sobre herança de pessoa viva, vedado por lei (art.
426), por conter votum mortis que é imoral. Daí a proibição do testamento de mão comum.
__________//_______________
Há 3 espécies de testamento ordinário:
1. público, feito perante tabelião;
2. cerrado ou místico, feito sigilosamente pelo testador, que o submete à aprovação do tabelião;
3. particular, escrito pelo testador e que deve ser lido e assinado na presença de 3 testemunhas, que, após a
morte daquele, devem reconhecer em juízo o instrumento e confirmar seu conteúdo.
· Cada forma traz vantagens e desvantagens.
A lei admite 3 testamentos especiais (art. 1.886, CC):
1. marítimo;
2. aeronáutico;
3. militar.
· Os testamentos especiais têm menor importância prática e são transitórios.
___________//____________
Do testamento público:
(Art. 1.864, CC).
- É escrito por tabelião ou por seu substituto legal em seu livro de notas, conforme as declarações do testador,
feitas em língua nacional, podendo este servir-se de minuta, notas ou apontamentos, na presença de 2
testemunhas.
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- O instrumento será lido em voz alta pelo tabelião, ou pelo testador, para este (testador) e as testemunhas
confiram se a vontade do testador foi lançada realmente no livro.
- Depois, o testamento é assinado pelo testador, pelas testemunhas e pelo tabelião.
O CC/1916 exigia a presença de 5 testemunhas, que deviam assistir a todo o ato.
O CC/2002 não exige testemunhas no momento em que o testamento é escrito por tabelião ou seu
substituto legal, conforme as declarações do testador.
As testemunhas devem ouvir a leitura do instrumento e assinar o testamento (art. 1.864, I e II).
· O tabelião pode escrever o testamento público manualmente ou no computador.
· O testamento também pode ser feito pela inserção da declaração de vontade em partes impressas de livro de
notas, desde que rubricadas todas as páginas pelo testador, se mais de uma.
· A lei sem perder segurança jurídica (que deve revestir o testamento) o simplificou, para facilitar a sua
elaboração.
· Pode testar por forma pública aquele que puder fazer as suas declarações e verificar, pela leitura posterior,
haverem sido fielmente exaradas. Mas a surdez, a cegueira ou o fato de ser o testador analfabeto não impedem o
recurso a essa espécie de testamento.
· Art. 1.866, CC: O surdo, sabendo ler, lerá seu testamento – se não souber, designa quem o leia em seu lugar, na
presença das testemunhas, para verificação de fidelidade.
· Ao cego só se permite o testamento público. Seu testamento será lido para ele em voz alta, 2 vezes, uma pelo
tabelião ou por seu substituto legal, e outra por uma das testemunhas por ele designada, fazendo-se de tudo
circunstanciada menção no instrumento (art. 1.867, CC).
· Quem não souber ou não puder assinar: Pede que uma das testemunhas assine a seu rogo, declarando-se a
circunstância no testamento (art. 1.865).
_______**_____________
· Art. 22, Lei nº. 8.935, de 18.11.1994 – Lei dos Notários e dos Registradores – os tabeliães respondem por danos
que causem a terceiros, na prática de atos próprios da serventia.
· Art. 23 da lei (supra): a responsabilidade civil independe da criminal.
__________________//__________
VANTAGENS DO TESTAMENTO PÚBLICO.
- A experiência do tabelião faz com que o instrumento não tenha vícios, sendo então capaz de gerar os efeitos
almejados pelo testador.
- Não ocorre extravio: o testamento público consta das notas de um tabelião, fica ao alcance de todos, que podem
a qualquer momento obter certidão (não poderá ser destruído por interessados em seu desaparecimento).
DESVANTAGENS:
- Publicidade: livros de notas são públicos e qualquer pessoa pode obter certidão de seu conteúdo.
_________//_______________
DO TESTAMENTO CERRADO (SECRETO OU MÍSTICO).
(art. 1.868 e s., CC)
Existe desde as Ordenações. O CC/2002 também aqui diminuiu as solenidades, simplificando a sua
elaboração.
Usado por quem deseja guardar segredo de suas declarações de última vontade, é escrito pelo testador, ou por
outra pessoa a seu rogo, e por aquele assinado.
O CC/1916 trazia a mesma regra, mas afirmava que se o testador não pudesse ou não soubesse assinar, o
testamento seria assinado pela pessoa que o escreveu.
Art. 1.868, CC/2002: o testamento cerrado deve ser assinado pelo testador, quer ele mesmo o escreva, quer
tenha a cédula sido escrita por outra pessoa, a rogo do testador. Então: a escrita até pode ser feita por outrem, a
rogo, mas a assinatura tem de ser do próprio testador, sempre.
O conteúdo só é conhecido pelo testador, daí a sua vantagem.
· Desvantagem: pode facilmente se extraviar.
Ainda, apresentando-se aberto ou dilacerado o testamento, nem sempre é fácil demonstrar que não foi aberto ou
dilacerado pelo testador, ou com seu consentimento, resultando daí sua revogação.
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_____________**
· Somente tem eficácia, cf. a lei, após o auto de aprovação. Tal formalidade garante a sua autenticidade.
· O testador entrega ao tabelião, na presença de 2 testemunhas, o testamento já elaborado, declarando ser aquele
o seu testamento, que deseja ver aprovado.
· Na presença das testemunhas, o tabelião lançará o auto de aprovação.
Trata-se (o auto de aprovação) de ato que se inicia imediatamente após a última palavra do testamento, salvo se
isso for impossível (hipótese em que o tabelião porá nele o seu sinal público, proclamando tal circunstância no
instrumento) e declara que o testador, na presença das testemunhas,entregou-lhe aquele testamento para ser
aprovado.
O instrumento de aprovação, lido pelo tabelião, será assinado por este, pelas testemunhas e pelo testador.
O tabelião cerra e cose o instrumento aprovado, entregando-o ao testador, ao mesmo tempo em que lança, em seu
livro, nota do lugar, dia, mês e ano em que o testamento foi aprovado e entregue.
______________**_______________
Forma:
Art. 1.868, parágrafo único admite expressamente que o testamento cerrado seja escrito mecanicamente. Nesse
caso, o testador deve enumerar e autenticar, com a sua assinatura, todas as páginas.
· O testador pode pedir ao tabelião que escreva o testamento.
· Mas se o tabelião escreveu, a rogo, o testamento, está autorizado a aprová-lo, atuando, neste momento, como
notário, delegado do Poder Público.
· Pode ser escrito em português ou em língua estrangeira, pelo próprio testador ou por outrem, a seu rogo (art.
1.871).
* O auto ou instrumento de aprovação, lavrado pelo tabelião, por ser instrumento público, deve ser escrito em
português (idioma oficial).
· Quem não sabe ou não pode ler: está proibido de dispor de seus bens em testamento cerrado (art. 1.872). Eles
não podem se certificar, com segurança, se o escrito corresponde à sua vontade.
· O surdo pode fazer testamento cerrado, desde que o escreva todo, e o assine. Não pode usar meios mecânicos,
neste caso.
Ao entregar o testamento ao tabelião, ante as 2 testemunhas, como o testador não pode declarar oralmente que
aquele é o seu testamento, escreverá isso na face externa do papel ou do envoltório, pedindo a sua aprovação.
________________//________________
Aspectos processuais: apresentação, abertura, registro e cumprimento do testamento cerrado.
A principal questão do testamento cerrado é a sua conservação. Apenas o juiz pode abri-lo (art. 1.875). Com a
abertura da sucessão, esse testamento será apresentado ao juiz.
O juiz, na presença do apresentante e do escrivão, examinará o instrumento pra verificar se está intacto e se não
apresenta vício extrínseco. Neste caso, ordenará a sua abertura.
Obs.: caso o juiz suspeite de abertura, determina a perícia, para que, apensa ao termo de abertura, se
registre, com precisão, o estado do testamento. Mas tal medida só se justifica quando se apresentarem
sinais veementes de que houve a intenção de revogar o testamento.
Sem suspeita de revogação, o juiz abrirá o testamento, ordenando que se lavre auto em que fará constar o estado
em que se encontrava o instrumento, apensando-se, caso ocorra a hipótese, o laudo do perito.
Este termo servirá de base para os debates futuros sobre a violação do testamento e sua autoria.
** Aberto o testamento, serão os autos conclusos ao juiz, depois de ouvido o MP, que o mandará registrar,
inscrever e cumprir, se revestido das formalidades legais. Desses autos se extrai cópia autêntica do testamento,
que será entregue ao testamenteiro, para juntada ao inventário.
_____________//______________
Do testamento particular.
Art. 1.876, CC – pode ser de próprio punho ou mediante processo mecânico.
É o testamento feito por instrumento particular escrito e assinado pelo testador, na presença de três testemunhas,
e ainda lido na presença dessas testemunhas.
O artigo supra prevê as formalidades.
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§1º - se escrito de próprio punho, são requisitos essenciais à sua validade: que seja lido e assinado por quem o
escreveu (que é o próprio testador, pois a lei não admite a escrita a rogo), na presença de pelo menos 3
testemunhas, que o devem subscrever.
§2º - se o testamento foi feito por processo mecânico, não pode ter rasuras ou espaços em branco, devendo ser
assinado pelo testador, depois de o ter lido na presença de pelo menos 3 testemunhas, que o subscreverão.
Obs.: Nas Ordenações e no CC/1916 – só podia ser feito à mão. Mas a jurisprudência (majoritária, e o STF)
admitia que fosse datilografado pelo próprio testador[7].
_________________**___________________
Testamento particular manuscrito ou elaborado por processo mecânico pode ser redigido em língua estrangeira,
desde que as testemunhas a compreendam (art. 1.880, CC).
VANTAGEM:
- desnecessidade da presença do tabelião, pois o ato tem validade desde que presentes os requisitos, o testador e
as testemunhas.
DESVANTAGEM:
- pode se extraviar, porque não há registro da sua existência em ofício público (do testamento cerrado há registro).
A existência só será atestada pelas testemunhas. Mas se o testamento não for encontrado, não pode ser cumprido,
ainda que todas as testemunhas confirmem o fato de sua elaboração e atestem qual o seu conteúdo.
________________//_____________
Da publicação: com a abertura da sucessão, publica-se em juízo o testamento, apresentado pelo herdeiro
instituído, pelo legatário, ou pelo testamenteiro. Estes devem requerer a notificação das pessoas a quem caberia a
sucessão legítima para virem, em dia, lugar e hora designados, assistir à inquirição das testemunhas
instrumentais, que deverão ser intimadas a depor.
- Presentes as pessoas notificadas ou à sua revelia, faz-se a inquirição das testemunhas sobre:
A) A autenticidade de suas assinaturas.
B) O teor das disposições testamentárias.
C) O fato de o testamento lhes haver sido lido, por ocasião de sua elaboração.
D) Encontrar-se o testador em perfeito juízo, no momento de testar.
- Se pelo menos uma das testemunhas estiver viva e comparecer para depor, e se o seu depoimento confirmar a
autenticidade do instrumento, o juiz mandará cumprir o testamento (o juiz decide se há prova suficiente de sua
veracidade, para confirmar o testamento).
DESVANTAGEM DO TESTAMENTO PARTICULAR: se as testemunhas faleceram ou se o seu domicílio for incerto ou
desconhecido, de modo que elas não podem ser encontradas, o testamento não será nem poderá ser cumprido.
Isso ainda que não haja impugnação, porque a autenticidade do instrumento, que no testamento público e no
cerrado deriva da fé pública do notário, decorre do depoimento conteste das 3 testemunhas, ou de pelo menos
uma delas (art. 1.878, parágr. único).
** Havendo impugnação, o juiz remeterá as partes a processo próprio, para a devida apuração. Isto (tal regra)
serve para qualquer tipo de testamento.
_________________//______________
TESTAMENTO PARTICULAR FEITO EM CIRCUNSTÂNCIAS EXCEPCIONAIS.
Art. 1.879, CC em circunstâncias excepcionais declaradas na cédula, o testamento particular de próprio punho e
assinado pelo testador, sem testemunhas, poderá ser confirmado, a critério do juiz.
· Basta que o testador escreva de próprio punho e assine o testamento. Não se requer a presença de testemunhas.
Obs.: Tal testamento, com diminuição extrema de formalidades, só pode ser usado em circunstâncias excepcionais,
que precisam ser declaradas no doc. Ex.: o testador está em lugar isolado, perdido, sem comunicação, ou ocorreu
calamidade (terremoto, inundação, epidemia), ou o testador está em risco de morte iminente.
_________________//_____________
DOS CODICILOS.
É também instrumento para transmitir bens causa mortis, assim como os testamentos.
Roberto Senise Lisboa trata do codicilo como uma das formas ordinárias de testamento[8]. O codicilo parece com
testamento, mas não é[9].
http://adm.online.unip.br/blank.htm#_ftn7
http://adm.online.unip.br/blank.htm#_ftn8
http://adm.online.unip.br/blank.htm#_ftn9
15/09/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 7/19
O codicilo pode ter também disposições de caráter não patrimonial;
Conceito – é disposição de última vontade sobre o funeral e o destino de bens móveis de pouco valor. Pode ainda
o autor do codicilo nomear ou substituir testamenteiros (art. 1.881, 1.883 e 1.998, CC).
Assim, o objeto do codicilo é restrito, muito limitado. Seu alcance é inferior ao do testamento.
Não se pode por codicilo deserdar herdeiros, legarimóveis, ou fazer disposições de valor considerável.
Obs.: o codicilo pode ser fechado, sujeitando-se às normas do testamento cerrado (art. 1.885, CC).
Quem pode fazer codicilo: quem pode testar (o que foi dito sobre capacidade testamentária se aplica aqui).
· O autor do codicilo tem que saber e poder escrever.
· O codicilo deve ser inteiramente escrito, datado e assinado pelo disponente.
· É ato com menos solenidades, apresentando os requisitos do testamento particular simplificado (art. 1.879),
exceto a data que naquele não foi mencionada. Não se admite escrita ou assinatura a rogo no codicilo.
· O codicilo pode ser feito por meio mecânico, e deve ser datado e assinado pelo disponente.
Obs.: o codicilo pode ser revogado por outro codicilo. E havendo testamento posterior, de qualquer
espécie, se este não confirmar ou modificar o codicilo, considera-se o mesmo revogado. Cf. art. 1.884,
CC.
______________________//______________
Das formas extraordinárias de testamento (testamentos especiais).
(art. 1.886, CC).
· Marítimo:
Permitido a quem se encontra em viagem marítima, curta ou longa, em água salgada ou doce, a bordo de navio
nacional, mercante ou de guerra, e que receie morrer na viagem.
· Aeronáutico – para quem está em viagem, em aeronave militar ou comercial.
· Militar – facultado ao militar em serviço, em campanha ou em praça sitiada.
São testamentos com menos formalidades, se comparados com as formas ordinárias. Daí a crítica doutrinária: o
negligente, que não fez testamento por desinteresse, pode fazer testamento sem as solenidades, que são de
interesse social, tanto que é nulo o testamento que não as obedece.
· O testamento militar existe desde as Ordenações.
· O marítimo foi inovação do CC/1916 (com fonte nos Códigos português e francês).
· Aeronáutico – previsto no CC italiano e português, foi novidade no Brasil do CC/02.
São provisórios: feitos para uma emergência, caducam se o testador não falecer na viagem ou em campanha e, ao
depois, estiver 90 dias em lugar em que possa testar.
Art. 1.891 – trata da caducidade dos testamentos marítimo e aeronáutico.
_______________________//___________________
Testamento marítimo: art. 1.888 - quem está em viagem, em navio nacional, de guerra ou mercante, pode
testar perante o comandante, em presença de 2 testemunhas, por forma que corresponda ao testamento público
ou ao cerrado.
O registro do testamento será feito no diário de bordo.
- Art. 1.890: o testamento marítimo ou aeronáutico ficará sob a guarda do comandante, que o entregará às
autoridades administrativas do primeiro porto ou aeroporto nacional, contra recibo averbado no diário de bordo.
Aeronáutico – quem estiver em viagem, a bordo de aeronave militar ou comercial, pode testar perante pessoa
designada pelo comandante, observado o disposto no art. antecedente, ou seja, em presença de 2 testemunhas e
por forma que corresponda ao testamento público ou ao cerrado.
- Ainda que feito em viagem, não valerá o testamento marítimo se, ao tempo em que se fez, o navio estava em
porto onde o testador pudesse desembarcar e testar na forma ordinária (art. 1.892, CC).
- A lei não trata dos requisitos dos testamentos marítimo e aeronáutico – apenas dispõe que devem ser feito na
forma do testamento público ou cerrado.
_______________//______________
TESTAMENTO MILITAR.
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CC/02: traz os requisitos do testamento militar, admitindo três espécies (art. 1.893, 1894 e 1896).
É especial e pode ser usado por militares e demais pessoas, a serviço das Forças Armadas, em campanha, dentro
do País ou fora dele, assim como em praça sitiada, ou que esteja com as comunicações cortadas.
1ª espécie: é escrito pelo comandante do corpo ou seção de corpo destacado, ou pelo oficial de saúde ou pelo
diretor do estabelecimento (se o testador estiver em tratamento em hospital), ante 2 ou 3 testemunhas, se o
testador não puder, ou não souber assinar, caso em que assinará por ele uma delas. Se o testador for o oficial mais
graduado, o testamento será escrito por aquele que o substituir (1.893, caput e §§1º, 2º e 3º).
É a lei aceitando testamento público sem algumas solenidades.
· O art. 1.894, CC, regula espécie de testamento cerrado:
“Art. 1.894. Se o testador souber escrever, poderá fazer o testamento de seu punho, contanto que o date e o
assine por extenso, e o apresente aberto ou cerrado, na presença de duas testemunhas, ao auditor, ou ao oficial de
patente, que lhe faça as vezes neste mister.
Parágrafo único. O auditor, ou o oficial a quem o testamento se apresente notará, em qualquer parte dele, lugar,
dia, mês e ano, em que lhe for apresentado, nota esta que será assinada por ele e pelas testemunhas”.
O testamento militar caduca (art. 1.895) se depois dele o testador estiver por 90 dias seguidos em lugar onde
possa testar na forma ordinária, salvo se esse testamento apresentar as solenidades prescritas no parágrafo único
do art. antecedente.
· Possibilidade do testamento nuncupativo (verbal).
Cf. art. 1.896, CC/02 – pessoas designadas no art. 1.893, em combate, ou feridas, podem testar oralmente,
confiando a sua última vontade a duas testemunhas.
Obs.: o testamento militar nuncupativo caduca se o testador não morrer na guerra ou convalescer do ferimento
(art. 1.896, parágrafo único).
_________**___________________
TESTEMUNHAS TESTAMENTÁRIAS.
Qualquer pessoa capaz pode ser testemunha de negócio jurídico (regra geral), só se excluindo as que a lei
expressamente determina.
 
As exceções estão na parte geral do CC, quando trata da prova dos fatos jurídicos e diz quem não pode ser
admitido como testemunha (no art. 228).
Obs.: incapacidade é diferente de falta de legitimação. Incapacidade é inaptidão interna que impede a pessoa pela
sua imaturidade ou falta de discernimento; a falta de legitimação ocorre quando a lei, tendo em vista a posição
peculiar de uma pessoa em face de uma relação jurídica, a proíbe de nela intervir.
- Herdeiro e legatário é que não são legítimos (podem ser capazes e atuar até em outros testamentos como
testemunhas). Não podem atuar como testemunhas no testamento em que são beneficiadas.
· Ascendentes, descendentes, irmão e cônjuge do herdeiro não são legítimos.
 
Aplicam-se as normas para os negócios jurídicos em geral (art. 228).
- O art. 228, I não admite como testemunhas menores de 16 (são absolutamente incapazes – art. 3º).
 
Obs.: O art. 228, § 2º do CC, cf. a redação da Lei nº 13.146/2015 (Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa
com Deficiência), estabelece que:
“A pessoa com deficiência poderá testemunhar em igualdade de condições com as demais pessoas,
sendo-lhe assegurados todos os recursos de tecnologia assistiva”.
 
- Analfabeto ou pessoa que não possa assinar no momento: não pode ser testemunha do testamento, pois as
testemunhas têm que assinar (CC, art. 1.864, III; 1.868, IV; 1.876, §§1º e 2º; 1.888; 1.893 e 1.894, parágrafo
único).
- Herdeiros e legatários nomeados no testamento: se forem testemunhas, as disposições feitas em favor deles é
nula (porque eles não têm legitimação para suceder – testemunha de testamento não pode receber – art. 1.801,
II) – e essa nulidade se estende à disposição testamentária feita mediante interposta pessoa, presumindo-se
pessoas interpostas pessoas os ascendentes, descendentes, irmãos e cônjuge ou companheiro do não legitimado a
suceder (art. 1.802, CC).
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_______________________//_____________________
DISPOSIÇÕES TESTAMENTÁRIAS.
Podem ser patrimoniais ou extrapatrimoniais.
· Disposições patrimoniais: instituição do herdeiro ou designação de legatários.
- Herdeiro instituído – sucede o de cujus em uma universalidade, a título universal (na totalidade do patrimônio ou
em uma parte ideal dele).
- Legatário:recebe bem preciso e determinado (sucede a título particular, singular).
Obs.: o testador sem herdeiro necessário pode dispor de todos os seus bens, instituindo um ou mais herdeiros, ou
instituindo herdeiro e nomeando legatários, ou só nomeando legatários.
Se o testador tiver herdeiro necessário, só pode dispor sobre metade dos seus bens.
· O testamento pode conter apenas disposições não patrimoniais. Sem nomeação de herdeiro ou legatário. Ex.:
reconhecimento de filho, deserdação, dispensa da colação, perdão do indigno, revogação de testamento anterior.
· O CC ao tratar das disposições testamentárias traz regras de caráter meramente interpretativo da vontade do
testador.
Há ainda outras regras permissivas ou proibitivas de certo comportamento.
_______//___________
REGRAS INTERPRETATIVAS:
Para descobrir a vontade do testador e poder cumpri-la.
· Art. 1.899: é o mais importante. Ordena que prevaleça a interpretação que melhor assegure a observância da
vontade do testador, quando a cláusula testamentária for suscetível de mais de uma exegese.
É como o art. 112: em todo negócio jurídico vale mais a intenção que a literalidade.
É orientação para o julgador em caso de dúvida sobre a disposição testamentária.
O art. 1.903 permite a busca de documentos e de fatos inequívocos para corrigir erro quanto à pessoa do herdeiro
ou do legatário ou a respeito da coisa legada.
· Art. 1.903, CC – o erro na designação da pessoa do herdeiro, do legatário, ou da coisa legada anula a disposição.
Obs.: o erro é tratado no art. 171, II, CC – parte geral.
A anulação não incidirá se do contexto do testamento, por outros documentos ou por fatos inequívocos, se puder
identificar a pessoa ou coisa a que o testador quis referir-se.
· Art. 1.902, CC: quando o testamento beneficia pobres, estabelecimentos particulares de caridade ou de
assistência pública o art. fixa a extensão da cláusula testamentária: os beneficiários são os situados no
domicílio do finado.
· Art. 1.904 – nomeados vários herdeiros sem discriminação da parte de cada um, dividir-se-á entre todos a
porção disponível do testador.
· Art. 1.905 – se o testador nomear individualmente certos herdeiros e a outros coletivamente, a lei interpreta a
vontade no sentido de dividir a herança em tantas quotas quantos forem os indivíduos e os grupos designados, de
modo que os indicados individualmente recebem um quinhão e os indicados coletivamente dividem entre si o
quinhão que cabe ao grupo.
Ex.: nomeia A, B e os filhos de C – A recebe 1/ 3; B recebe 1/3 e os filhos de C dividem 1/3.
· Art. 1.906 – se o testamento não abranger todos os bens do testador, o remanescente caberá aos herdeiros
legítimos.
· Art. 1907 – se o testador determinar os quinhões de uns e não os de outros herdeiros, a estes últimos caberá
o que restar depois de completas as porções hereditárias dos primeiros.
______________//____________
Regras proibitivas.
Art. 1.898 – veda a instituição de herdeiro a termo, exceto nas disposições fideicomissárias.
A proibição é para a segurança jurídica e para a estabilidade.
O herdeiro substitui o de cujus, não pode receber a termo. O legatário não substitui o de cujus – pode receber a
termo.
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· A lei é contraditória, porque proíbe a instituição a termo, mas permite a instituição condicional.
A condição traz direito eventual, muito mais insegura que o direito futuro adquirido, sujeito a termo. O próprio
fideicomisso apontado no art. 1.898 é sujeito a condição. O herdeiro fiduciário fica com a deixa testamentária até
que ocorra a prole eventual (fideicomissário) da pessoa indicada no testamento.
· Além disso, não pode instituir a termo o herdeiro, mas o legatário pode.
A proibição deve ter interpretação restritiva, por isso não pode ser estendida por analogia ao legatário.
· Para haver lógica, ou deveria a lei proibir a instituição sob condição, ou permitir a instituição a termo.
Obs.: a instituição de herdeiro a termo não invalida o testamento nem anula a disposição.
A sanção é mais branda: ineficácia do termo. Se a cláusula testamentária designa o momento em que deve
começar ou cessar o direito do herdeiro, entende-se que houve instituição pura (considera-se não escrito o termo).
____________**________________
· Art. 1.900, CC: é nula a disposição (inc. I) que institua herdeiro ou legatário sob condição captatória de que este
disponha, também por testamento, em benefício do testador, ou de terceiro.
Aqui não é dolo (art. 171, II, CC). A proibição genérica do dolo para captar a vontade torna a cláusula anulável.
Aqui é caso de nulidade absoluta, inspirada na ideia de interesse geral que veda os pactos sucessórios.
De acordo com Silvio Rodrigues[10], veda-se aqui a proposta de troca de favores, como um contrato. A
lei proíbe contrato que tenha por objeto herança de pessoa viva. É lei cogente, de ordem pública. A
sociedade quer afastar os pacta corvina – negócios que suscitem em uma das partes o desejo pela
morte da outra[11].
____________________//____________________________
Art. 1.900, II: é nula a disposição que se refira a pessoa incerta, cuja identidade não se possa averiguar.
A transmissão de bens exige herdeiro ou legatário determinável. Se não, torna-se impossível.
Ex.: deixa bens de modo genérico a pessoas de bem, ou a quem goste de animais (nulidade: pessoas incertas e
indeterminadas).
Obs.: a nulidade não ocorre se a pessoa incerta, referida no testamento, é determinável:
Art. 1.901, I – vale disposição em favor de pessoa incerta que deva ser determinada por terceiro, dentre 2 ou
mais pessoas mencionadas pelo testador, ou pertencentes a uma família, ou a um corpo coletivo, ou a um
estabelecimento por ele designado.
Ex.: em favor do melhor aluno de uma escola, ou do vencedor de certa prova (pessoa incerta, mas determinável).
_____________**_________________
Art. 1.900, III: é nula a disposição que favoreça a pessoa incerta, cometendo a determinação de sua identidade a
terceiro.
A exceção supra, do inc. II, não abrange este caso, porque a sucessão testamentária deixaria de ser intuitu
personae (terceiro não pode determinar o beneficiário).
________________**____________
Art. 1.900, IV, CC: nula a disposição que deixe a arbítrio do herdeiro, ou de outrem, fixar o valor do legado. Se
fosse possível, deixaria de ser intuitu personae.
- O terceiro não pode fixar nem o beneficiário e nem o valor do benefício (seu montante).
- Exceção: art. 1.901, II – vale disposição que deixa ao arbítrio do herdeiro ou de outrem, determinar o valor do
legado, quando, através deste, visar-se remunerar serviços prestados pelo legatário ao testador, por ocasião da
moléstia de que o mesmo faleceu.
___________//___________
REGRAS PERMISSIVAS.
Art. 1.897 – permite que a instituição do herdeiro ou legatário seja pura ou condicional, para certo fim ou modo,
ou por certo motivo.
Então os 2 acidentes, condição e encargo, são admitidos na esfera testamentária. Se não fosse tal art. específico,
poder-se-ia contestar a validade da condição dentro do testamento, porque é inconveniente admitir, no campo
sucessório, situações instáveis.
Condição é cláusula que subordina a eficácia de negócio jurídico a evento futuro e incerto.
http://adm.online.unip.br/blank.htm#_ftn10
http://adm.online.unip.br/blank.htm#_ftn11
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Valem as restrições às condições do art. 123 do CC. Ex.: ilícitas as condições puramente potestativas, e as
impossíveis (física ou juridicamente).
· condições juridicamente impossível, ilícita ou de fazer coisa impossível: são mais graves porque invalidam a
cláusula testamentária, se suspensivas. Quando resolutivas, são consideradas não escritas.
· Encargo – limitação imposta a uma liberalidade, quer por se dar destino a seu objeto,quer por se impor ao
beneficiário uma contraprestação.
· Encargo é diferente de condição suspensiva, porque nesta não há efeito até que ocorra a condição, enquanto no
encargo o negócio gera efeito de plano, e o encargo deve ser cumprido posteriormente.
Consoante art. 1.784, CC: o beneficiário adquire o domínio da herança desde a morte do testador, e tal domínio
será resolúvel se o encargo não for cumprido. Mas a aquisição do direito é imediata, pois seu direito é
deferido, e não eventual.
________**_________________
Art. 1.897, CC: permite que a nomeação do herdeiro ou legatário se faça por certo motivo.
A interpretação da regra deve ser cf. preceito geral do art. 140, CC: só vicia a declaração de vontade o falso
motivo, quando expresso como razão determinante.
Se o legado de um imóvel, por exemplo, visa contemplar certo feito que na realidade foi alcançado por outrem, há
anulabilidade por erro sobre a pessoa.
___________________//___________________
CLAÚSULA DE INALIENABILIDADE.
Art. 1.848, CC – só pode ser estabelecida sobre os bens da legítima se houver justa causa declarada no
testamento.
Obs.: sobre a parte disponível (ou sobre todos os bens, se não há herdeiro necessários), a cláusula é livre (não
depende de justificativa).
Com essa cláusula, o beneficiário recebe domínio limitado. Pode usar, gozar e reivindicar, mas não pode dispor da
coisa.
Tendo em vista interesses de credores e fora o caso de bem de família, ninguém pode tornar inalienável (e
consequentemente impenhorável) um bem de seu domínio. Só por liberalidade (ex.: doador transfere ao
donatário só o direito de uso, gozo e reivindicação da coisa, ficando em suspenso o direito de alienar,
só exercitável pelos herdeiros do donatário, após a cessação da incidência da cláusula).
_____________//_________
Obs.: CC/02, art. 1.911: cláusula de inalienabilidade, imposta aos bens por ato de liberalidade, implica
impenhorabilidade e incomunicabilidade.
______________//______________
Obs.:
- os frutos dos bens inalienáveis são penhoráveis. A interpretação da cláusula é restritiva, então pode penhorar os
frutos.
· São impenhoráveis os frutos quando o testador estipulou expressamente dessa forma, embora haja doutrina em
sentido contrário, que defende serem sempre penhoráveis frutos e rendimentos de coisas impenhoráveis.
____________________**________________
Obs.: Sub-rogação real.
É A TRANSFERÊNCIA DO ÔNUS PARA OUTROS BENS QUE SE ENCONTREM no domínio do interessado ou que
pretende ele adquirir. É feita judicialmente, mediante fiscalização do juiz, que verifica a equivalência dos valores,
para que não se descumpra a vontade do testador, que impôs a inalienabilidade sobre um valor determinado, para
assegurar certa renda para seu herdeiro ou legatário.
Com a sub-rogação, transfere-se a cláusula de inalienabilidade, que incidia sobre um bem determinado, para outro
bem da mesma pessoa.
A sub-rogação ocorre por força de lei (desapropriação) – cf. art. 1.911, parágrafo único; ou por vontade do
interessado (a alienação dos bens clausulados pode ocorrer por conveniência econômica do donatário ou do
herdeiro, mediante autorização judicial).
O produto da venda se converte em outros bens, sobre os quais incidirão as restrições apostas aos primeiros.
Pode ocorrer ainda no caso de sinistro. O bem adquirido com o preço da indenização paga, porque o bem
inalienável pegou fogo e estava no seguro (ou a culpa foi de terceiro, que pagou a indenização e outro bem foi
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adquirido), é inalienável também.
_____________//____________
Ineficácia das disposições testamentárias.
O testamento é negócio jurídico unilateral.
Então, pode ser anulado por vício do consentimento.
Há causas específicas de invalidade do testamento, cf. art. 1.900.
· Extingue-se em 5 anos o direito de impugnar a validade do testamento, contado o prazo da data do
seu registro (art. 1.859, CC).
· Disposições testamentárias anuláveis por erro, dolo ou coação: prazo de 4 anos para a impugnação,
contado de quando o interessado tiver conhecimento do vício (art. 1.909, caput, e parágrafo único).
· A ineficácia de uma disposição não prejudica o testamento inteiro, salvando-se a parte válida, se possível (o útil
não se vicia pelo inútil).
Mas a ineficácia de uma disposição testamentária importa a das outras que, sem aquela, não teriam sido
determinadas pelo testador. Se há dependência entre as disposições, a ineficácia de uma atinge a outra (art.
1.910, CC).
_______________//__________________
 
[1] Roberto Senise Lisboa, Manual de Direito Civil. 5ª ed. reformulada. Ed. Saraiva. P. 374.
[2] Há multiplicidade de formas, conforme veremos nas espécies de testamento, em seguida.
[3] Roberto Senise Lisboa, Manual de Direito Civil. 5ª ed. reformulada. Ed. Saraiva. P. 373.
[4] Silvio Rodrigues, Direito Civil. Direito das Sucessões. Vol. 7. 26ª ed. Editora Saraiva, 2007. P. 147.
[5] Silvio Rodrigues, Direito Civil. Direito das Sucessões. Vol. 7. 26ª ed. Editora Saraiva, 2007. P. 151.
[6] O negócio jurídico nulo não é suscetível de confirmação, nem convalesce pelo decurso do tempo.
[7] Só pelo próprio testador – não podia, por ex., ser datilografado por seu advogado.
[8] Manual de Direito Civil 5 – Direito de Família e Sucessões. 5ª ed. reformulada. Ed. Saraiva, p. 386.
[9] Silvio Rodrigues. Direito Civil, vol. 7. 26ª ed. Editora Saraiva, p. 168.
[10] Direito Civil, vol. 7. 26ª ed. Editora Saraiva, pp. 185 e 186.
[11] Votum alicujus mortis.
Exercício 1:
O testamento é negócio jurídico revogável, com efeito causa mortis, personalíssimo, unilateral, gratuito e solene
pelo qual o testador, em conformidade com a lei, estabelece disposições patrimoniais e/ou extrapatrimoniais.
Quanto ao testamento, não se pode afirmar que:
 
A)
Pode conter, em certos casos, disposições somente extrapatrimoniais, como o reconhecimento de filho, ou a
deserdação.
B)
Pode estabelecer encargos.
C)
Existem várias formas prescritas em lei para a sua elaboração.
http://adm.online.unip.br/blank.htm#_ftnref1
http://adm.online.unip.br/blank.htm#_ftnref2
http://adm.online.unip.br/blank.htm#_ftnref3
http://adm.online.unip.br/blank.htm#_ftnref4
http://adm.online.unip.br/blank.htm#_ftnref5
http://adm.online.unip.br/blank.htm#_ftnref6
http://adm.online.unip.br/blank.htm#_ftnref7
http://adm.online.unip.br/blank.htm#_ftnref8
http://adm.online.unip.br/blank.htm#_ftnref9
http://adm.online.unip.br/blank.htm#_ftnref10
http://adm.online.unip.br/blank.htm#_ftnref11
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D)
É irrevogável e insuscetível de anulação.
E)
Pode conter vícios de consentimento que o tornam anulável.
Comentários:
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Exercício 2:
Analise as proposições seguintes e assinale a alternativa correta:
I. Extingue-se em 5 anos o direito de impugnar a validade do testamento, contado o prazo da data do
seu registro.
II. As disposições testamentárias anuláveis por erro, dolo ou coação podem ser impugnadas no prazo
de 4 anos, contado de quando o interessado tiver conhecimento do vício.
III. A ineficácia de uma disposição não prejudica o testamento inteiro, salvando-se a parte válida, se
possível, mas a ineficácia de uma disposição testamentária importa a das outras que, sem aquela, não
teriam sido determinadas pelo testador. Se há dependência entre as disposições, a ineficácia de uma
atinge a outra.
Pode-se afirmar que:
A)
Somente I e II são corretas.
B)
Somente II e III são corretas.
C)
Somente I e III são corretas.
D)
Todas as proposições são corretas.
E)
Todas as proposições são incorretas.
Comentários:
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Exercício 3:
Vale disposição em favor de pessoa incerta que deva ser determinada por terceiro, dentre duas ou maispessoas
mencionadas pelo testador, ou pertencentes a uma família, ou a um corpo coletivo, ou a um estabelecimento por
ele designado. Ex.: em favor do melhor aluno de uma escola, ou do vencedor de certa prova (pessoa incerta, mas
determinável).
É nula, no entanto, a disposição:
 
A)
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que favoreça a pessoa incerta, cometendo a determinação de sua identidade a terceiro.
B)
que deixe a arbítrio do herdeiro, ou de outrem, fixar o valor do legado.
C)
que deixa ao arbítrio do herdeiro ou de outrem, determinar o valor do legado, quando, através deste, visar-se
remunerar serviços prestados pelo legatário ao testador, por ocasião da moléstia de que o mesmo faleceu.
D)
a e b trazem hipóteses de disposições nulas.
E)
nenhuma das anteriores.
Comentários:
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Exercício 4:
A instituição do herdeiro ou legatário pode ser pura ou condicional, para certo fim ou modo, ou por certo motivo.
Então os dois acidentes, condição e encargo, são admitidos na esfera testamentária.
É correto afirmar, quanto aos acidentes admitidos no testamento, que:
 
A)
Encargos não são aceitos para legatários, apenas para herdeiros.
B)
As condições suspensivas ilícitas devem ser consideradas simplesmente não escritas.
C)
As condições resolutivas jurídica ou fisicamente impossíveis devem ser consideradas não escritas.
D)
Os encargos que são ilícitos e que suspendem a eficácia da cláusula testamentária devem ser considerados
simplesmente não escritos.
E)
Condição é cláusula que subordina a eficácia de negócio jurídico a evento futuro e incerto, então são aceitas as
condições puramente potestativas, e as impossíveis (física ou juridicamente).
Comentários:
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Exercício 5:
Considere as afirmativas que seguem e assinale a alternativa correta:
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I. Se o testamento foi feito por menor com menos de 16 anos, se ele morrer 80 anos depois, seu testamento não
convalesce, pois o ato nulo não convalesce com o transcurso do tempo.
II. Absolutamente incapazes e relativamente incapazes não podem fazer testamento.
III. Relativamente incapazes podem testar desde que assistidos.
Pode-se afirmar que:
 
A)
Somente I e II são incorretas.
B)
Somente II e III são incorretas.
C)
Somente I e III são incorretas.
D)
Todas são corretas.
E)
Todas são incorretas.
Comentários:
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Exercício 6:
Assinale a alternativa incorreta:
 
A)
Nomeados vários herdeiros sem discriminação da parte de cada um, dividir-se-á entre todos a porção disponível
do testador.
B)
Se o testador nomear individualmente certos herdeiros e a outros coletivamente, deve-se dividir a herança em
tantas quotas quantos forem os indivíduos e os grupos designados, de modo que os indicados individualmente
recebem um quinhão e os indicados coletivamente dividem entre si o quinhão que cabe ao grupo.
 
C)
Se o testamento não abranger todos os bens do testador, o remanescente caberá aos herdeiros legítimos.
D)
Se o testador determinar os quinhões de uns e não os de outros herdeiros, a estes últimos caberá o que restar
depois de completas as porções hereditárias dos primeiros.
E)
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Quando o testamento beneficia pobres, estabelecimentos particulares de caridade ou de assistência pública, os
beneficiários são os situados no domicílio do herdeiro com maior quinhão.
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Exercício 7:
O TESTAMENTO conjuntivo, feito por duas ou mais pessoas com um só instrumento,
 
A)
Somente será válido se simultâneo, quando os testadores dispõem em benefício de terceiros.
B)
É válido se for recíproco, quando os testadores se instituem um ao outro, de modo que o sobrevivente recolha a
herança do outro.
C)
Vale se for correspectivo, quando o benefício outorgado por um dos testadores, ao outro, retribui vantagem
correspondente.
D)
É proibido por lei em todas as hipóteses.
E)
É permitido sendo simultâneo, recíproco ou correspectivo, desde que haja a possibilidade de revogação.
Comentários:
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Exercício 8:
João e Pedro, sem herdeiros necessários, fazem acordo que determina que João deixará testamento contemplando
Pedro com todos os seus bens, enquanto Pedro se compromete a fazer o mesmo, por testamento próprio, em
favor de João. Nesse caso, os testamentos serão:
 
A)
 válidos, pois não há herdeiros necessários.
B)
 anuláveis.
C)
 nulos.
D)
 inexistentes.
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E)
 válidos e sujeitos a condição resolutiva.
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Exercício 9:
Considere as posições abaixo:
I. Não se pode por codicilo deserdar herdeiros, legar imóveis, ou fazer disposições de valor considerável.
II. O codicilo pode ser fechado, sujeitando-se às normas do testamento cerrado.
III. O relativamente incapaz não pode fazer codicilo.
IV. O autor do codicilo tem que saber e poder escrever. O codicilo deve ser datado e assinado pelo disponente.
São corretas:
 
A)
Somente I, II e III.
B)
Somente II, III e IV.
C)
Somente I, II e IV.
D)
Somente III e IV.
E)
Todas as proposições.
Comentários:
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Exercício 10:
O direito de impugnar a validade do testamento:
A)
 extingue-se em cinco anos, contado o prazo da data do seu registro.
B)
 extingue-se em três anos, contado o prazo da abertura da sucessão.
C)
extingue-se em dez anos, contado o prazo da data do seu registro.
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D)
extingue-se em dois anos, contado o prazo da data do seu registro.
E)
extingue-se em cinco anos, contado o prazo da abertura da sucessão.
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Exercício 11:
As disposições testamentárias anuláveis por erro, dolo ou coação podem ser impugnadas no prazo de:
 
A)
5 anos contados da data em que foi feito o testamento.
B)
5 anos contados da abertura da sucessão.
C)
5 anos contados de quando o interessado tiver conhecimento do vício.
D)
4 anos contados de quando o interessado tiver conhecimento do vício.
E)
4 anos contados da abertura da sucessão.
Comentários:
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Exercício 12:
Examine as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta:
 
I. A cláusula de inalienabilidade não pode ser estabelecida sobre os bens da legítima.
II. O testador pode clausular as deixas testamentárias da parte livre da herança sem qualquer justificativa.
III. A cláusula de inalienabilidade, imposta aos bens por ato de liberalidade, implica impenhorabilidade e
incomunicabilidade.
 
É (são) correta(s):
A)
 I e II somente.
B)
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II e III somente.
C)
I e III somente.
D)
Todas as proposições.
E)
Nenhuma das proposições.
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