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10. Sexo tudo em cima

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eoco: l u x l a m v i o À / m c i
H á três coisas que me maravilham, e a quarta não a 
conheço: o caminho da águia no céu, o caminho da 
cobra na penha, o caminho do navio no meio do mar e 
o caminho do hom em com uma virgem.
Provérbios 30.18,19
/ /
f< .U quero que vocês fechem os olhos e pensem em tantas 
fantasias sexuais um com o outro quanto conseguirem.”
Embora Mark e Susan tenham feito aconselhamento pré- 
-nupcial com mais casais do que conseguem lembrar-se, eles 
nunca se esqueceram do momento em que esta instrução lhes 
foi dada em sua própria preparação antes do casamento. Ela 
não foi uma surpresa completa, já que o ministro que a fez 
costumava trafegar no terro do inusitado. Era um homem que 
tinha uma incrível capacidade de trazer Jesus para os lugares 
mais improváveis nas formas mais inesperadas.
“Darei a vocês 60 segundos”, disse o ministro.
Mark, feliz em obedecer a seu pastor, fechou os olhos e 
começou a pensar. O que Susan pensaria respeito daquilo não 
era sua preocupação imediata.
“Acabou!” o ministro anunciou com um gesto. Mark 
olhou para ele, sentindo-se um pouco reticente sobre o que ha­
via acabado de fazer enquanto estava sentado na igreja — na 
sala do pastor!
“Agora deixe-me contar a vocês o que aconteceu”, disse o 
ministro, liberando Mark de ter de anotar o que havia acabado 
de se passar por sua mente.
Apontando para Mark, o ministro continuou: “Este jo­
vem só pensava em vinte ou trinta possibilidades diferentes. 
Mas sua futura esposa ainda está tentando pensar em uma
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() ejue todo noivo precisa saber
dessas possibilidades”. Mark olhou na direção de Susan. Seu 
rosto corado e o riso tímido nos lábios confirmaram as palavras 
do pastor.
Naquele momento, Mark percebeu o que eu e você já sa­
bemos. As diferenças anatômicas entre maridos e esposas não se 
comparam com as imensas diferenças que existem nos lugares 
que jamais veremos — o nosso cérebro e o nosso coração.
Prazer, Sr. Ingenuidade!
Anos mais tarde, Mark estava sentado em frente a um jovem ca­
sal com apenas três meses de casamento. Por causa de confusões 
no agendamcnto, o casal só conseguiu completar quatro das 
cinco sessões pré-nupciais antes do casamento. Assim, a quinta 
e última sessão está ocorrendo agora, poucos meses após o ca­
samento.
Nesta sessão, Mark normalmente discute o processo (e o 
poder) de construir uma vida sexual mutuamente satisfatória. 
“Os homens têm uma tendência a interpretar mal as necessida­
des de suas esposas quando se trata de sexo”, disse Mark. “Eles, 
muitas vezes, acham que, porque estão satisfeitos, as esposas 
também devem estar.”
Enquanto ele falava, a noiva acenou com a cabeça em 
concordância. Ela sabia exatamente o que Mark estava dizendo. 
O noivo, por outro lado, foi tornando-se cada vez menos aten­
to, e os seus olhos examinavam fotografias de família na mesa 
de Mark e os comentários da Bíblia que estava na mesa.
A esposa estava farta daquilo. “O senhor está vendo só?”, 
perguntou, aumentando o tom de voz o suficiente para deixar 
o marido saber que ela não estava satisfeita com a sua atitude.
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Sexo: tudo em cima
“Ô, amor”, o jovem respondeu, com um traço distinto de 
gozação em sua voz. “Você realmente acha que precisamos 
de ajuda nessa área?” Seus olhos se moveram de sua esposa para 
Mark, e a arrogância em seu olhar aumentou. Suas próximas 
palavras confirmaram que ali estava um homem em vias de 
tornar-se completamente estúpido por sua própria virilidade. 
“Eu diria que nós dominamos perfeitamente essa parte da nossa 
vida.”
A jovem noiva endireitou-se em sua cadeira e olhou nos 
olhos de seu marido. “Você certamente já descobriu como tor- 
nar-se feliz, meu caro”, retrucou, “mas ainda tem uma ou duas 
coisas para você aprender sobre mim.”
O silêncio que se seguiu foi pesado e intencional. Mark 
queria que as palavras da esposa mergulhassem profundamente 
na mente de seu marido. O rubor de seu rosto revelou que o 
seu comentário forte tinha atingido o marido como um soco.
Leve-me ao jogo
Convenhamos, relação sexual é relação sexual. Fazer as partes 
certas dos nossos corpos se encaixarem não é nada muito com­
plicado. A mensagem “Não necessita de montagem” poderia 
também constar em nossas certidões de casamento. Mas, para 
sua esposa, isso não é suficiente — não chega nem perto. Fazer 
as conexões emocionais e físicas de maneiras completamente 
satisfatórias para ela é um desafio totalmente diferente... F uma 
coisa totalmente nova.
Desde a época em que éramos jovens — sexto ano, quan­
do toca o sino — nós e nossos amigos começamos a falar sobre 
“correr até as bases.” E eu não estou falando de beisebol. Você
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0 que todo noivo precisa saber
se lembra de ouvir os colegas dizendo piadas sobre ir até a pri­
meira base com uma garota — e então chegar à segunda base, 
e assim por diante? E particularmente não me recordo de nin­
guém dando nomes especiais para esses momentos, mas acho 
que assumimos que andar de mãos dadas e trocar beijos foram 
incluídos na primeira base. Beijo de língua poderia estar no 
percurso da primeira base para a segunda, e as carícias acima da 
cintura definitivamente anunciavam a chegada à segunda base. 
Quando você atingia a terceira base, significava que já rolavam 
carícias no corpo inteiro — tudo menos relação sexual propria­
mente dita. E, é claro, alcançar a HomeBase era o máximo.
Você se lembra como foi cada um desses momentos? Para 
a maioria dos homens, independentemente da sua idade ou fa­
çanhas sexuais ao longo da vida, esses “primeiros” momentos 
são inesquecíveis. Tenho notado algumas coisas interessantes 
sobre como a maioria dos meninos fala sobre essas conquistas 
durante a sua adolescência.
Conquistas inesquecíveis
A primeira vez é uma experiência incrível — mesmo a da 
primeira base.
Como meu pai foi pastor, sentar no banco da igreja era 
tão comum para a nossa família como sentar à mesa na cozi­
nha. Então, é claro, os meus primeiros encontros com garotas 
que não pertenciam à nossa família aconteciam lá. Qualquer 
coisa remotamente parecida com “interação social” na escola 
não passa de uma vaga lembrança, mas na igreja era diferente. 
Lembro-me de olhar para as meninas durante meus anos de 
escola dominical na adolescência, principalmente porque elas
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Sexo: tudo em cima
sempre se sentavam umas com as outras e sofriam de acessos de 
riso terminais.
Eu estava sentado ao lado dela na igreja na primeira vez 
em que fiz contato com a mão de uma menina. Estávamos de 
braços cruzados, o que permitiu que nossas mãos se tocassem. E 
foi o que aconteceu. Meu coração disparou. Tenho certeza de que 
minhas orelhas ficaram vermelhas. Meu corpo inteiro formigava. 
Eu me senti como Kirk Gibson' no primeiro jogo da World Se­
ries de 1988. O pastor podia estar exercitando a sua oratória mais 
brilhante, mas eu estava completamente longe dali.
Foi um momento incrível. Senti-me mais vivo do que nunca.
Fadiga de continuar
Eu treinei a minha primeira equipe Little League no se­
gundo semestre do ano 2000. Aprendi que, mesmo para os mais 
jovens, chegar à primeira base pode ser uma emoção e tanto, 
mas quem quer ficar só por lá? Saber dançar conforme a música 
para avançar alguns poucos metros em direção à segunda base é 
uma forma de arte. Claro, o objetivo é forçar uma tentativa de 
recepção na esperança de que o lançamento seja suficientemen­
te forte para que se possa correr até a segunda base.
É uma coisa muito simples. Assim que chegar a uma base, 
o seu interesse não é mais ficar lá, mas sim seguir em frente. 
Ficar na mesma base por muito tempo é — bem, é um tanto 
chato.
Correndo para a base
Depois de passar algum tempo na primeira base, da pró­
xima vez em que você correr para uma base, você deixa a sua
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O que todo noivo precisa
saber
base atual para trás, a percorrer o caminho para a próxima. Eu 
estive lá, sei como é.
Quando nossas filhas fizeram 16 anos, receberam a nossa 
permissão para um marcar um encontro — para sair à noite 
com um rapaz. Os jovens estavam conscientes dessa nossa 
“regra de namoro aos 16 anos”, de modo que quando os aniver­
sários das meninas se aproximaram, Bobbie e eu não pudemos 
deixar de notar que os meninos começaram a estar por perto.
Tínhamos outra regra, além do limite mínimo de idade. 
Os meninos que estivessem interessados em levar nossas meni­
nas para sair teriam de ser entrevistados por mim.32 O encontro 
da nossa segunda filha seria com um menino mais velho. Ele 
tinha 18 anos. Durante a entrevista, perguntei a Steven se ele já 
havia tido um relacionamento de longo prazo antes.
“Sim, senhor”, ele disse.
“Quanto tempo vocês namoraram”, perguntei. “Oh, cer­
ca de um ano”, foi sua resposta.
Como essa era a primeira experiência de namoro para Julie 
e como Steven era uma espécie de veterano, adverti-o suavemen­
te sobre a sua sede de ir ao pote. “Não parta do pressuposto”, 
disse — enquanto gotas de suor se formavam nas suas têmporas 
— “de que você pode ir rapidamente até onde já esteve com sua 
outra namorada. Esta é a primeira experiência de Julie.”
“Sim, senhor”, ele disse de novo, com os lábios ficando 
roxos por causa da privação de oxigênio.
Aprendendo a falar de sexo
Vários anos atrás, um casal mais velho entrou no escritório de 
Mark. O que o marido disse nos primeiros minutos teria sido
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Sexo: tudo em cima
ridículo, se não fosse tão trágico. “Faz anos — talvez dez — 
desde a última vez em que minha esposa e eu temos tivemos 
algum tipo de intimidade física”, confessou. “A coisa chegou a 
um ponto tão ruim, que eu decidi que precisávamos de acon­
selhamento.”
A desintegração do casamento começa geralmente em lu­
gares secretos — lugares que ninguém mais pode ver, lugares 
que os maridos e as esposas evitam. E a intimidade sexual é um 
dos temas mais frequentemente evitados. Muitos casais apren­
dem a magia do diálogo aberto sobre todas as dimensões de suas 
vidas juntos — cada uma das dimensões possíveis, com exceção 
do sexo. E, por causa dessa negligência, o sexo, muitas vezes, 
torna-se uma área de frustração total e fracasso retumbante.
No início de seu casamento, você precisa aprender a ex­
pressar suas necessidades de forma clara, e sua esposa precisa 
fazer o mesmo. E eu não estou falando de comentários sarcásticos 
durante o sexo. “Posso pegar algo para /cr?” não é algo que deva 
ser considerado uma conversa tão produtiva sobre esse assunto.
“Eu realmente quero fazer amor com você esta noite” — 
um marido precisa sentir-se livre para dizer isso gentilmente a 
sua esposa no café da manhã.
“Quando você faz isso comigo, fico louca”— uma mulher 
deve ser capaz de dizer isso a seu marido, sem inibição.
Quando mencionamos a necessidade deste tipo de aber­
tura — especialmente para solteiros em um relacionamento 
— , muitas vezes, ouvimos um sonoro (ou não verbalizado) 
“Eu JAMAIS poderia dizer isso!” Então, nós fazemos o casal re­
cordar-se do desafio do Antigo Testamento de concentrar nossos 
esforços durante todo o primeiro ano em aprender a proporcionar 
prazer à nossa esposa. E como pode um marido pode aprender a 
agradar sua esposa se não falar sobre o que lhe agrada?
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O que todo noivo precisa saber
Para chegar à resposta, começamos mais uma vez com a 
nossa família de origem — os nossos padrões de normalidade. Se 
os seus pais não mostravam afeição física em sua presença, isso 
virou um padrão de normalidade. Se você nunca os viu trocan­
do carinhos com ternura, pode ter se convencido de que eles o 
encontraram na bolsa da cegonha, uma vez que nunca teriam 
feito AQUILO com o objetivo de trazê-lo para a sua família!
Se os seus pais falavam sobre o sexo como algo sujo e ter­
rível, esse passou a ser o seu padrão de normalidade. Se os seus 
pais andavam pela casa em suas roupas íntimas (ou sem elas), 
se você viu seus pais flertarem com outros adultos em público, 
mas não um com o outro, se você nunca recebeu uma única pa­
lavra de aconselhamento sobre sexo quando você era pequeno 
e, por fim, se você tinha a certeza (e ainda tem) de que sua mãe 
seria incapaz de pronunciar a palavra coito — todas essas coisas 
passaram a ser normais para você.
Seu desafio é reconhecer o seu padrão de normalidade 
sexual e celebrá-lo, porque é muito saudável, ou aprender supe- 
rá-lo, se não for. Então, você poderá começar a sentir-se livre 
para conversar sobre o assunto com sua esposa. As chances são 
melhores do que 50/50 de que ela está ansiosa para falar sobre 
isso com você.
Saindo da base e correndo até o p layground
Aprender sobre sexo fazendo um paralelo com o beisebol é algo 
que certamente não se aplicaria ao nosso dia a dia na época 
do sexto ano. No beisebol você “rebate, arremessa, corre, pisa, 
anota, aquece, vira — e vence”. Então, você pode concluir que 
o sexo é algo que você faz. Você pisa na base, ou você corre e 
entrega. Você faz algo com alguém.
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Sexo: tudo em cima
Estaríamos muito melhor se tivéssemos usado um play­
ground como metáfora da nossa imagem sexual. E isso que a 
metáfora proporciona e que o beisebol deixa passar.
Variedade
Tenho certeza de que você nunca viu um playground com 
apenas um tipo de estrutura para brincar. Você consegue ima­
ginar como seria absurda uma escola só com gangorras e nada 
mais? Ou então apenas com gira-giras ou só com escorregas?
O beisebol tem regras — centenas de regras. Só porque 
um jogador decide que é mais divertido atirar-se para pegar 
uma bola do que arremessá-la, isso não muda a regra. Três 
strikes significam sempre um out. Não há espaço para a flexibili­
dade. De fato, alguns espíritos livres perguntam por que aquilo 
é chamado de “jogo”.
A diversão do playground é o prazer da variedade. 
Quando se trata de relações sexuais com a sua esposa, encare a 
experiência como se estivesse no recreio e não entre as quatro 
linhas do campo de jogo. Alterar as definições, os momentos do 
dia, as posições e os locais — tudo é perfeitamente legal. Você 
não será acusado de errar por causa da sua criatividade. Claro, 
e como é um jogo, não se esqueça de que a sua companheira 
está se divertindo também. Isso é profundamente importante 
para ter em mente.
Espontaneidade
Eu realmente não sei por que eles fazem isso, mas os jo­
gos de beisebol quase sempre começam em horários fixos —
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O que todo noivo precisa saber
coisas do tipo 13h05 ou 19h20. No início de cada temporada, 
os atletas sabem exatamente por qual time e onde jogarão nos 
próximos seis meses.
Mesmo entre os jogadores individuais, rigorosos esque­
mas de treinamento são realizados diariamente. Um jogador, só 
porque quer, não pode decidir treinar rebatidas antes do café da 
manhã ou levantar peso durante a sexta entrada. Simplesmente 
não há espaço para impulsividade ou espontaneidade.
Mas a intimidade com sua esposa é muito diferente do 
beisebol. Não é algo que tenha de seguir uma agenda. Você in­
clusive não tem direito de fazer quaisquer exigências inflexíveis 
com relação à frequência, nem ela tem o privilégio garantido de 
entrar em greve.
Riso
Não há praticamente nada que possa ser considerado en­
graçado em um jogo de beisebol. Você ouve aplausos, vaias, 
gritos, insultos e referências às progenitoras dos árbitros. Há 
muito pouco riso, a menos que o humor seja dirigido a uma 
trapalhada envolvendo algum jogador. Mas se você abrir a jane­
la perto de um playground em uma pracinha de bairro cheia de 
crianças, você ouvirá gritos de alegria e risos.
Um dos indicadores mais visíveis de um casamento sau­
dável é a capacidade de rir. Assistir a filmes bobos e contar de 
piadas um para o outro são coisas
tão importantes quanto uma 
relação sexual de arrepiar. Algumas mulheres dizem que, de 
fato, uma coisa leva à outra.
Mark e eu temos uma amiga cristã em comum que é te­
rapeuta sexual. Ela diz: “Existem 150 posições para a relação
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Sexo: tudo em cima
sexual, e apenas duas delas podem ser realizadas com sucesso 
sem rirmos”.
Todos saem ganhando
Você consegue imaginar uma criança reclamando para sua 
mãe que “perdeu na brincadeira do balanço” ou que “foi derro­
tada no gira-gira”? A beleza do playground é que a brincadeira 
em si é o objetivo. Para que haja sucesso, um grupo não precisa 
esmagar o nariz de outro, impondo a eles uma derrota desagra­
dável. Porque a brincadeira em si é o único objetivo, e os dois 
lados ganham.
“Hoje à noite eu estou completamente ao seu serviço”, 
um marido pode dizer à sua mulher antes de dormir. “Seu dese­
jo é uma ordem — o que você quiser será o meu prazer.” Podem 
chamar essa cara de “perdedor” no beisebol, mas, na vida amo­
rosa, ele ganhou o prêmio Cy Young, a coroa dos rebatcdores e 
o MVP numa noite só.
Claro, sua cerimônia de premiação é comemorada algu­
mas noites mais tarde, quando sua esposa fizer a ele essa mesma 
oferta incondicional. Acho que nós acabamos de definir como 
são as coisas quando os dois lados ganham.33
Missão possível: aprender os segredos do sexo com a sua 
esposa
Existem diferentes tipos de momentos emocionantes no bei­
sebol. Certamente, o home run do rebatedor é o melhor deles 
— como o de Kirk Gibson em 1988. O no-hitter e o triple play 
são surpreendentes e extremamente raros. Mas um dos meus
177
0 que todo noivo precisa saber
momentos favoritos no beisebol é o inside-the-park home run. 
Na verdade, com o tamanho reduzido de muitos dos novos es­
tádios, eles são cada vez mais frequentes.
Mesmo que você não seja um grande fã do beisebol, pro­
vavelmente já sabe que quando um jogador lança para fora do 
campo de jogo, ele deve correr para fazer o home run", tocando 
em todas as bases. Se ele não fizer isso, a equipe adversária po­
derá protestar — e ele será eliminado.
Ok, então, você já sabia disso. Mas você sabia que, mesmo 
que a bola ultrapasse a cerca, ele ainda tem de tocar em todas 
as bases, ou o seu esforço não contará como um home rurü. 
Robin Ventura reaprendeu essa regra em 1999 no campeona­
to da National League Championship Series contra o Atlanta, 
quando fez um home run imponente nas arquibancadas centrais 
à direita com a bases ocupadas. Seus companheiros de equipe 
correram do banco e o cercaram. O jogo acabou, e os Mets 
haviam vencido. Mas, como Robin não chegou a tocar as bases, 
ele recebeu o crédito de ter conseguido um grand-slam single“'.
Agora que você é casado e “chegar à home platd’" é algo 
normal, pode sentir-se tentado a fazer uma curva à esquerda 
imediatamente na base do rebatedor, simplesmente correndo 
até a terceira base e voltando. Na verdade, você pode até mesmo 
sentir-se tentado a ficar ali na homeplate. Ei, todos os rebatedo- 
res estão por cima. Certo?
Bem, na verdade, não. E isso é exatamente o que a jovem 
noiva estava tentando dizer a seu noivo no escritório de Mark 
naquele dia. Se o seu marido não se lembrar de suas habilidades 
de baserunning e praticá-las regularmente, ela perderá o inte­
resse por ele rapidamente.
Para um homem, a emoção do sexo é chegar ao destino. 
Mas, para sua esposa, tudo o que importa é a viagem até lá. No
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Sexo: tudo em cima
que diz respeito a ela — mesmo que seja casada e que o placar 
nunca fique no zero a zero — , se ele “não tocar todas as suas 
bases”, a relação sexual não ganhará nenhum ponto.
Então, quais são os segredos para uma relação sexual de 
alto nível com a sua esposa? O que significa “tocar todas as 
bases”? Se você tem acesso ao livro What Every Bride Needs to 
Know [O que toda noiva precisa saber], consulte o capítulo 10. 
Aprenda o que as mulheres pensam sobre como esse “jogo de 
beisebol” deve ser jogado.
O toque
Lembram-se do quadro de parede em tamanho natural na 
aula de biologia que mostrava como é o nosso sistema nervoso? 
Saindo do cérebro havia linhas que pareciam rios e afluentes, 
ramificando-se, até que cobrissem todo o seu corpo.
Tente lembrar-se de onde você viu a maior aglomeração 
— a maior concentração — de terminações nervosas. Um capí­
tulo sobre o sexo pode mandá-lo para o lugar errado, porque a 
resposta é — nas pontas dos dedos.
Não há palavras para descrever o poder do toque, espe­
cialmente para uma mulher. É quase como se houvesse um 
nervo que corresse em linha reta de seus dedos para o coração.
Muitos maridos acomodam-se ao padrão de nunca aca­
riciar suas esposas, exceto em um contexto sexual. E esses 
homens se perguntam por que suas esposas têm pouco entusias­
mo com seus carinhos. A verdade é que os lugares em que ela 
quer ser tocada, muitas vezes, nem sequer aparecem em nossas 
“linhas de base”. Um dia, ela pode querer que você escove os 
seus cabelos. No outro, ela pode precisar de uma massagem no
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O que todo noivo precisa saber
pescoço. Depois, ela pode sentir enorme prazer se você esfregar 
seus pés. Se o único jogo sexual que você conhece é o beisebol, 
você provavelmente atacará.
Então, quando você está sentado ao lado dela em um show 
ou dirigindo, segure a mão dela. Quando estiver caminhando do 
estacionamento para o shopping, pegue na mão dela. Quando 
se sentar em frente a ela em um restaurante, esperando por seu 
prato, acaricie a mão dela enquanto conversam. Você provavel­
mente fazia isso quando namoravam — e não há nenhuma boa 
razão para parar agora!
O beijo
Não sou especialista nas regras que as prostitutas seguem, 
mas há uma que é universalmente conhecida. Quando elas 
estão com um cliente, não há absolutamente nada que seja 
inaceitável — fora dos limites. Todas as posições possíveis ou 
fantasias que o cliente tiver fazem parte do jogo. E por elas que 
o cliente está pagando. No entanto, o beijo é algo fora de ques­
tão. Esse ato comunica um nível de amor e intimidade que nem 
mesmo as formas mais bizarras de sexo são capazes de acolher. 
Você não acha isso incrível?
Muitos casais param de se beijar depois do casamento. 
Mesmo que você esteja casado há pouco tempo, talvez já tenha 
notado isso.
Eu me casei com uma mulher que gosta de beijar. Fico 
cansado só de pensar nisso, mas, quando estávamos noivos, 
podíamos ficar literalmente — eu não estou inventando isso 
— nos beijando, só nos beijando, horas a fio. Às vezes, a gente 
parava (para recuperar o fôlego) e falava sobre como seria bom 
quando estivéssemos casados.
180
Sexo: tudo em cima
“Poderemos nos beijar a noite toda”, dizia Bobbie.
Não era exatamente o que eu tinha em mente, mas eu a 
deixava aproveitar essa ideia.
A próxima vez que vocês estiverem fazendo amor, pare e 
dê um beijo longo e apaixonado na sua esposa. Faça como no 
dia em que lhe pediu para casar-se com você. Depois me diga 
se eu estava certo.
A conversa
E voltamos novamente ao mesmo ponto — falar sobre 
falar. Mas aqui o assunto sexo não é o tema. Meu foco não está 
em comentários do tipo “o que lhe dá prazer é o que também 
mc dá prazer” ou “preciso fazer amor com você hoje à noite”.
Não, esse tipo de conversa é tão importante para uma mu­
lher como qualquer tipo de preliminares poderia ser. A ideia é 
falar com delicadeza, palavras positivas, conversar sobre assuntos 
agradáveis, como quando você estava tentando conquistar seu 
coração. Estes são os enunciados que ela precisa ouvir novamente 
em um cenário tranquilo e propício a um bate papo agradável:
^ “Adoro o seu jeito de sorrir.”
^ “Sou a pessoa mais sortuda do mundo, por causa de 
você.”
^ “Você tem os olhos mais bonitos que eu já vi.”
Normalmente nossa vida está muito ocupada de enuncia­
dos relacionados a tarefas do dia a
dia:
“Pode pegar a roupa na lavanderia?”
“Que horas é o jantar?”
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O que todo noivo precisa saber
“Você viu meu Palm topT
“Ei, hoje é quinta-feira. Você se importaria de tirar o 
lixo?”
As palavras de carinho que tenho em mente, no entanto, 
têm como destino unicamente o seu coração. Não há uma meta 
a atingir; meu objetivo é simplesmente lembrá-la de que, se 
tivesse que fazer tudo de novo, faria.
Todas essas coisas — tocar, beijar e falando (e talvez um 
pouco mais que você e sua esposa possam descobrir juntos) — 
garantirá a você home runs como os que aparecem no livro dos 
recordes.
Pressão e rejeição: desligando o ciclo
O padrão mais comum — e destrutivo — que um casal pode 
experimentar é o ciclo desnecessário de pressão e rejeição. Se 
ainda não aconteceu com você, aguarde, porque vai.
Haverá momentos em que um de vocês estará particular­
mente interessado em fazer amor, no exato momento em que o 
outro parecer estar indiferente. Como resultado, o este último 
se sentirá pressionado, e o primeiro se sentirá rejeitado. Essa 
não é definitivamente uma cena legal de se ver. Se for deixada 
de lado, essa situação pode degenerar-se e provocar um ressen­
timento cáustico capaz de contaminar o seu relacionamento.
Embora esse padrão não seja nem um pouco surpreen­
dente, o que é notável é o fato de alguns casais nunca falarem 
sobre ele, e muito menos implementar os cenários possíveis 
para melhorar a situação. Muitos casais simplesmente cruzam 
os dedos e esperam que as coisas funcionem por conta própria.
182
Sexo: tudo em cima
É uma estratégia que pode levá-los para uma vida de frustração.
E, apesar do estereótipo de perseguidor e perseguido, não 
é sempre o homem que é o agressor (você não acha surpre­
endente que o estimulante sexual mais popular da história — 
Viagra — seja um produto para homens?).
Aqui vão algumas ideias que podem ser úteis. Se parecer 
coisa de criança, pode ser porque não são nada mais do que ins­
truções — regras são para o esporte, lembra? Elas podem ajudar 
você e sua noiva a desfrutar do jogo sexual sem magoar um ao 
outro. Embora nenhuma das seguintes ideias seja perfeita, elas 
funcionam melhor que as superstições do dia a dia, tipo bater 
na madeira etc., as quais muitos casais recorrem no desespero.
O "quase nunca diga não" ideal
Porque a maioria dos casais concorda que o sexo é quase 
sempre uma boa ideia, aqui vai um padrão sexual para você: 
“Se estiver realmente com vontade, eu posso acompanhá-la”. 
E pense só, você provavelmente pensará no que acabou de vi- 
venciar e, independentemente de quem estava a fim, acabará 
admitindo que fo i rcalmente uma boa ideia.
Agora, no início de seu casamento, você pode querer ado­
tar a política de “quase nunca dizer não”. Não, isso não é uma 
regra sem exceções. A questão é você decidir que será sempre a 
sua prioridade tentar atender às necessidades de sua esposa.
A ideia desse padrão não é diferente do que ocorre quando 
sua esposa lhe diz: “Ei, eu adoraria fazer uma caminhada hoje 
à noite”. Mesmo que não esteja a fim de caminhar, você respira 
fundo e calça seu par de tênis. Você responder com um sim 
condicional, dizendo: “Eu adorarei caminhar com você, mas
183
0 que todo noivo precisa saber
se estiver tudo bem, vamos dar apenas uma volta no quarteirão 
desta vez? Estou exausto”. Da mesma forma, o cônjuge convi­
dado para o ato sexual não programado pode dizer: “Olha, acho 
não que estou pronto para um evento de trinta minutos, mas se 
você estiver a fim de alguma coisa rápida, quero me inscrever”.
Quando você for a pessoa que estiver fazendo a pergunta, 
talvez seja bom lembrar que o desempenho de sua esposa nes­
se momento pode não qualificá-la como uma das finalistas ao 
Oscar. Dizer “Poxa, senti você totalmente distante” é uma coisa 
que poderá colocá-lo em uma posição de negociação muito di­
fícil no futuro.
Uma coisa pela outra
Independentemente das melhores intenções de “nunca 
dizer não” por parte dela, haverá momentos em que sua esposa 
não dirá “sim”. Como você está em seus domínios e não no 
Yankee Stadium, deixe isso para lá. Acredite se quiser, haverá 
momentos em que não dará para você conseguir o que quer, 
e precisará de uma boa dose de compreensão por parte de sua 
esposa.
Apesar de desencorajar a instalação de um placar eletrôni­
co na parede do seu quarto, achamos legal que você mantenha o 
controle informal de suas respostas afirmativas e negativas. Não 
há nada errado quando dizemos “Ei, isso não deu certo no meu 
plano para a noite de ontem e, mesmo que eu ainda não esteja 
me sentindo como Cleópatra — com certeza, vamos lá”.
O mais importante nas horas do “Hoje não, amor” é 
deixar claro que a rejeição ao ato de fazer amor não significa 
que você ou sua esposa, de repente, contraíram lepra terminal.
184
Sexo: tudo em cima
A falta de vontade da sua parte ou da parte dela significa só isso. 
Nada mais.
Se é você que está recebendo a recusa, não leve isso para 
o lado pessoal. Se você é que estiver rejeitando sua esposa, um 
pouco de ternura acompanhando o “não, obrigado” fará uma 
diferença enorme.
Além dessas duas orientações, você e sua esposa podem 
ter alguns princípios próprios para “brincar no playground’. 
Conhecemos um casal que joga “pedra, lápis, tesoura” quando 
não conseguem tomar uma decisão sobre algo. E o que perder 
pode apelar para uma “melhor de três”, se o assunto for sério. 
O segredo é discutir esses princípios do uso do playground antes 
que a situação surja, aproveitando a presença da harmonia e do 
pensamento racional.
Quando as pessoas serenas estão engajadas na resolução 
de seus problemas, ideias construtivas são geralmente o resul­
tado natural.
Feitos um para o outro
Uma das coisas que Deus colocou cm seu casamento e na união 
sexual é o mistério da interdependência. Vocês começam a lite­
ralmente precisar um do outro. Deixe-me explicar.
Bobbie e eu estávamos jantando com a nossa filha, Missy, 
e seu marido, Jon. Desde a época em que Missy começou a 
cuidar de seu recém-nascido, ela havia programado o passeio 
com a babá, para que o bebê não precisasse ser alimentado antes 
de voltar. O serviço do restaurante era muito lento, por isso a 
nossa experiência de jantar juntos demorou mais do que espe­
rávamos. Apesar de Missy não estar sentido dores — para mim,
185
O que todo noivo precisa saber
é fácil dizer! — , ela estava começando a ficar um pouco des­
confortável. “Eu vou precisar amamentar logo”, ela disse (você 
reparou que ela disse que precisava de uma enfermeira?).
Então, um bebê começou a chorar em um canto do res­
taurante.
“Tadinho”, disse Missy, rapidamente levantando o guarda­
napo para proteger-se. Como o corpo de Missy estava preparado 
para amamentar, o som de um bebê chorando desencadeava a 
liberação do seu leite materno, molhando seu vestido. Jon rapi­
damente cobriu-a com seu casaco esporte.
Não é incrível como Deus conecta a mãe e seu bebê dessa 
maneira? Quando o bebê nasce, não há nada mais gratificante 
do que o gosto do leite de sua mãe. E uma vez que esse processo 
começa, uma mãe passa a ter a mesma necessidade de doar o 
leite que o seu filho tem de receber. É a interdependência em 
operação.
A analogia deveria ser óbvia. Quando você e sua esposa 
se casam e começam a praticar relações sexuais regulares, seus 
corpos passam a “precisar” um do outro — para, literalmente, 
ansiar pela presença do outro num espírito de interdependência.
O lado sóbrio dessa verdade
Na história de Missy e seu bebê, imaginemos que o bebê 
tenha acordado e que estivesse chorando por algo para comer. 
Em vez de esperar pela mãe, a babá preparou um composto 
para bebês e alimentou a criança. Como mágica, o bebê tomou 
uma mamadeira com o composto e voltou a dormir.
Então, suponha que Missy chegue
e pergunte “Como está 
o bebê?”, ela pergunta à babá.
186
Sexo: tudo em cima
“Ótimo. Ele acordou cerca de uma hora atrás e começou a 
chorar. Então, eu lhe dei uma mamadeira do composto, e agora 
ele está dormindo de novo. “
Isso pode ter sido bom para o bebê, mas a mãe sentiu-se 
infeliz.34 Nessa incrível relação entre a criança e a mãe, Deus 
deu a ambos uma unidade — nesse caso, a fome — a ser forma­
da um pelo outro.
Você sabe onde isso vai dar, não é? “Que tal?” Entre você 
e sua esposa é mais do que apenas uma questão de desfrutar 
de uma brincadeira lúdica em uma colina gramada. É mais do 
que apenas realizar uma daquelas fantasias de que Mark falou 
durante o seu próprio aconselhamento pré-nupcial. A relação 
sexual é, literalmente, a satisfação de um desejo que Deus lhe 
deu na pessoa de sua esposa. E a relação também sacia um de­
sejo que sua esposa tem por você.
A realidade é esta: vocês precisam sexualmente um do outro.
Mimando o seu apetite
E fisiologicamente possível aliviar sua necessidade reprimida 
por sua esposa sem a presença dela — para mimar o seu ape­
tite, por assim dizer.
E claro que a infidelidade faz exatamente isso. Tão 
culpado quanto estaria se roubasse o novo carro do seu vizinho 
e saísse dirigindo-o por aí, você está roubando da sua esposa 
o que pertence a ela. Sim, seu coração pertence a ela. Sim, o 
futuro pertence a ela. Mas seu corpo e o que ele oferece a ela — 
a saciação de seu desejo — também lhe pertencem. E como o 
sexo de alto nível é mais do que apenas estar em casa, qualquer 
tipo de atividade do tipo baserunning com qualquer outra
187
O que todo noivo precisa saber
pessoa que não seja a sua esposa é uma ideia realmente ruim 
por pelo menos duas razões importantes:
1. 1. Ele rouba da sua esposa o que pertence exclusivamente 
a ela. O dano sofrido cria uma cicatriz para a vida intei­
ra— e em muitos casos isso significa o começo do fim.
2. 2. Você e sua esposa tornaram-se hábeis em fazer amor 
por tentativa e erro e, portanto, a sua nova experiência 
não será tão boa. Isso pode vir como uma surpresa para 
você, mas é quase sempre verdade.
O psiquiatra e terapeuta familiar Frank Pittman, após 
aconselhamento a milhares de casais que tiveram casos 
extraconjugais, concluiu: “A maioria dos casos consiste em um 
pouco de sexo ruim e muitas horas no telefone”35. Outro estu­
do confirmou a avaliação de Pittman, citando números reais: 
enquanto 67% dos homens e 55% de mulheres consideram 
o sexo conjugal muito agradável, apenas 47% dos homens e 
37% das mulheres descrevem o sexo extraconjugal como muito 
prazeroso.36
Mas, mesmo diante dos dados estatísticos, muitos ho­
mens ainda se encontram envolvidos em casos extraconjugais. 
E quase 100% desses homens praticam relações ilícitas apenas 
conversando, fazendo carícias e beijando (está vendo como 
essas coisas são poderosas?). Alguns homens com quem conver­
samos ainda declararam que tiveram muito mais liberdade para 
orar com seu novo amor do que com sua esposa. Eles insisti­
ram que, nas fases iniciais, não havia “nada de sexual” em seu 
relacionamento. No entanto, se esse tipo de caso “não sexual” 
não for encerrado, ele acabará por levá-lo à relação sexual — 
lembra-se dos Pequenos Leaguers fazendo aquelas coreografias 
típicas fora do tom?
188
Sexo: tudo em cima
Além do mais, só porque um homem é casado e sexual­
mente satisfeito, não há nenhuma garantia de que ele não é um 
candidato a ter um caso. No aconselhamento, alguns homens 
chegaram mesmo a dizer: “Isso é apenas o meu corpo, mas eu 
ainda amo a minha esposa” — uma desculpa comum que tem 
um resultado previsível. Mesmo os casais que se recuperam da 
infidelidade carregam cicatrizes profundas para o resto de suas 
vidas. Converse com alguém com uma dessas cicatrizes. Ele vai 
dizer o mesmo que eu estou dizendo a você: Não vale a pena!
A tentação à infidelidade será um adversário implacável 
por toda a sua vida. Então, fique de guarda. Aja como um alco­
ólatra em recuperação, com muito dinheiro no bolso, que mora 
bem em frente a uma loja de bebidas. Ele pode atravessar essa 
rua a qualquer momento — o homem pode até querer atraves­
sá-la, mas sabe que “um único gole” acabará com ele. Assim, 
permanece exatamente onde está e confia na sua sobriedade. 
“Um dia de cada vez”, diz o adesivo. O seu compromisso com 
a fidelidade sexual tem de ser o mesmo. Nunca baixe a guarda 
achando que você é à prova de balas. Você não é.37
Casos virtuais
A verdadeira infidelidade não é a única maneira de o seu 
corpo ser roubado de sua esposa. Você pode fazê-lo também 
virtualmente. Todo homem pode se lembrar da primeira vez 
que viu uma imagem pornográfica. No meu caso, eu estava no 
segundo ano da faculdade. Para a minha sorte, não havia inter­
net em 1967.
Hoje em dia, a pornografia ocupa amplamente o cibe­
respaço e é tão disponível como a minha escova de dentes.
189
O que todo noivo precisa saber
Quase todos os dias, sou convidado para ver “jovens gostosas” ou 
“vagabundas famintas” no meu computador. Como o meu 
software de e-ma.il me mostra as primeiras linhas de cada men­
sagem antes de baixá-la, sinto-me ainda mais atraído para ver 
logo o que está esperando por mim. Toda vez que vejo esses 
convites lá, esperando por mim, meu coração pula. Toda vez, 
minha pulsação se acelera.
Eu sempre serei um bêbado olhando para o bar no outro 
lado da rua, e eu estou consciente disso. O que também sei é 
que, se eu ceder, serei culpado de cometer roubo. Minha es­
posa, que confia em mim, perderá algo precioso por causa da 
minha insanidade.
Mas a questão é que eu tenho vontade. Na verdade, eu 
gostaria muito. Tenho muita curiosidade de ver o que está lá 
esperando por mim. Respiro fundo e pressiono a tecla Del. E 
você deve fazer o mesmo. Perdoe-me por soar tão dogmático, 
como o professor de ensino fundamental, mas não há nenhuma 
margem de manobra nessa situação, simplesmente não existe 
um meio termo. Eu já comprovei pessoalmente — e na vida de 
amigos mais próximos — o que essa “droga” faz com a alma 
de um homem.38 Por favor, pressione a tecla Del. Tecle com for­
ça. Não é por mim — faça isso por sua esposa e por si mesmo. 
Se você ceder, aquilo o arruinará.
Basta uma olhada
Como eu viajo muito, costumo frequentar aeroportos. 
Por causa da maneira como são projetados, uma pessoa pode 
cuidar de seu condicionamento físico ao percorrer distâncias enor­
mes entre terminais para pegar uma conexão de um avião para 
outro. Em cada evento de que participo, conheço muita gente
190
Sexo: tudo em cima
interessante. Algumas são mulheres, e algumas delas realmente 
não deveriam estar usando em público o que estão vestindo.
Eu realmente não tenho controle sobre a primeira olhada. 
Mas prometi a mim mesmo — e à minha esposa — que eu não 
olharia de novo. Quando meus olhos enviam um sinal ao meu 
cérebro indicando “seios realmente grandes à esquerda” ou “saia 
curta e apertada à direita”, escolho não olhar de novo.39 Não é 
que, na verdade, eu esteja com medo de que vá fazer algo ilícito 
ali mesmo no aeroporto. Só o que eu sei é que estou diante de 
uma possibilidade de caso virtual. Se eu atravessar esse portal, 
estarei lesando — e desonrando — a minha esposa. Por isso, eu 
jamais dou uma segunda olhada.
Não é fácil. Mas eu me acostumei.
O mármore da glória
Adoro ver atletas celebrando grandes vitórias. Um jogador de 
golfe abraçando seu caddie ou um jogador de beisebol sendo 
cumprimentado na horne plate depois de fazer um horne run e 
vencer o jogo, muitas vezes, traz-me lágrimas aos olhos. Como 
a minha capacidade atlética nunca atingiu proporções de 
notoriedade, não tenho que compreender o que significa para 
alguém ser vitorioso em uma competição numa escala tão gran­
de. Ou posso?
Orei Hershiser, o melhor arremessador
de 1988, ven­
cedor por unanimidade do prêmio Cy Young e do Most 
Valuable Player da National League Championship Series e da 
World Series, foi perguntado a respeito de como se sentiu como 
vencedor diante todo o mundo. Sua resposta pode surpreen- 
dê-lo: “E claro que eu estava emocionado, além das palavras.
191
O que todo noivo precisa saber
Completamente pasmo. Mas esse sentimento não é diferente de 
quando você participa do hall da fama ou vê a sua noiva cami­
nhar até o altar ou segura o seu bebê pela primeira vez ou fecha 
um grande negócio. Você conhece a sensação”40.
E verdade que cada uma dessas coisas é uma emoção 
diferente. No entanto, como eu o conheço pessoalmente, sei 
que há mais uma coisa que Orei poderia acrescentar à sua lista: 
a satisfação da fidelidade. Ganhar no desafio de intimidade com 
sua esposa e superar as tentações de ceder à infidelidade traz 
uma satisfação ainda maior do que vencer a World Series, a 
Stanley Cup ou o Masters.
Sua disciplina, trabalho duro e abnegação terão valido a 
pena — e você se divertirá mais no playground do que jamais 
poderia ter imaginado.
i Kirk Harold Gibson é um ex-jogador da Major League Baseball americana que, 
no momento, atua como gerente do Arizona Diamondbacks. Como jogador, 
Gibson foi um outfielder que rebatia pela esquerda (NT).
ii H om e ru n é toda a rebatida na parte válida que ultrapassa os limites do campo, 
indo para a arquibancada. Nesse caso, tanto o rebatedor como os corredores (se 
houver) anotam corridas automaticamente.
iii Uma referência ao b it que terminou o jogo 5 da Liga Nacional 1999 Cham­
pionship Series entre os New York Mets e um de seus rivais, Atlanta Braves. O 
jogo foi disputado cm 17 de outubro de 1999 no Shea Stadium.
iv E a 4a base no beisebol.
v No beisebol, é o ato de correr em torno das bases.
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