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eoco: l u x l a m v i o À / m c i H á três coisas que me maravilham, e a quarta não a conheço: o caminho da águia no céu, o caminho da cobra na penha, o caminho do navio no meio do mar e o caminho do hom em com uma virgem. Provérbios 30.18,19 / / f< .U quero que vocês fechem os olhos e pensem em tantas fantasias sexuais um com o outro quanto conseguirem.” Embora Mark e Susan tenham feito aconselhamento pré- -nupcial com mais casais do que conseguem lembrar-se, eles nunca se esqueceram do momento em que esta instrução lhes foi dada em sua própria preparação antes do casamento. Ela não foi uma surpresa completa, já que o ministro que a fez costumava trafegar no terro do inusitado. Era um homem que tinha uma incrível capacidade de trazer Jesus para os lugares mais improváveis nas formas mais inesperadas. “Darei a vocês 60 segundos”, disse o ministro. Mark, feliz em obedecer a seu pastor, fechou os olhos e começou a pensar. O que Susan pensaria respeito daquilo não era sua preocupação imediata. “Acabou!” o ministro anunciou com um gesto. Mark olhou para ele, sentindo-se um pouco reticente sobre o que ha via acabado de fazer enquanto estava sentado na igreja — na sala do pastor! “Agora deixe-me contar a vocês o que aconteceu”, disse o ministro, liberando Mark de ter de anotar o que havia acabado de se passar por sua mente. Apontando para Mark, o ministro continuou: “Este jo vem só pensava em vinte ou trinta possibilidades diferentes. Mas sua futura esposa ainda está tentando pensar em uma 167 () ejue todo noivo precisa saber dessas possibilidades”. Mark olhou na direção de Susan. Seu rosto corado e o riso tímido nos lábios confirmaram as palavras do pastor. Naquele momento, Mark percebeu o que eu e você já sa bemos. As diferenças anatômicas entre maridos e esposas não se comparam com as imensas diferenças que existem nos lugares que jamais veremos — o nosso cérebro e o nosso coração. Prazer, Sr. Ingenuidade! Anos mais tarde, Mark estava sentado em frente a um jovem ca sal com apenas três meses de casamento. Por causa de confusões no agendamcnto, o casal só conseguiu completar quatro das cinco sessões pré-nupciais antes do casamento. Assim, a quinta e última sessão está ocorrendo agora, poucos meses após o ca samento. Nesta sessão, Mark normalmente discute o processo (e o poder) de construir uma vida sexual mutuamente satisfatória. “Os homens têm uma tendência a interpretar mal as necessida des de suas esposas quando se trata de sexo”, disse Mark. “Eles, muitas vezes, acham que, porque estão satisfeitos, as esposas também devem estar.” Enquanto ele falava, a noiva acenou com a cabeça em concordância. Ela sabia exatamente o que Mark estava dizendo. O noivo, por outro lado, foi tornando-se cada vez menos aten to, e os seus olhos examinavam fotografias de família na mesa de Mark e os comentários da Bíblia que estava na mesa. A esposa estava farta daquilo. “O senhor está vendo só?”, perguntou, aumentando o tom de voz o suficiente para deixar o marido saber que ela não estava satisfeita com a sua atitude. 168 Sexo: tudo em cima “Ô, amor”, o jovem respondeu, com um traço distinto de gozação em sua voz. “Você realmente acha que precisamos de ajuda nessa área?” Seus olhos se moveram de sua esposa para Mark, e a arrogância em seu olhar aumentou. Suas próximas palavras confirmaram que ali estava um homem em vias de tornar-se completamente estúpido por sua própria virilidade. “Eu diria que nós dominamos perfeitamente essa parte da nossa vida.” A jovem noiva endireitou-se em sua cadeira e olhou nos olhos de seu marido. “Você certamente já descobriu como tor- nar-se feliz, meu caro”, retrucou, “mas ainda tem uma ou duas coisas para você aprender sobre mim.” O silêncio que se seguiu foi pesado e intencional. Mark queria que as palavras da esposa mergulhassem profundamente na mente de seu marido. O rubor de seu rosto revelou que o seu comentário forte tinha atingido o marido como um soco. Leve-me ao jogo Convenhamos, relação sexual é relação sexual. Fazer as partes certas dos nossos corpos se encaixarem não é nada muito com plicado. A mensagem “Não necessita de montagem” poderia também constar em nossas certidões de casamento. Mas, para sua esposa, isso não é suficiente — não chega nem perto. Fazer as conexões emocionais e físicas de maneiras completamente satisfatórias para ela é um desafio totalmente diferente... F uma coisa totalmente nova. Desde a época em que éramos jovens — sexto ano, quan do toca o sino — nós e nossos amigos começamos a falar sobre “correr até as bases.” E eu não estou falando de beisebol. Você 169 0 que todo noivo precisa saber se lembra de ouvir os colegas dizendo piadas sobre ir até a pri meira base com uma garota — e então chegar à segunda base, e assim por diante? E particularmente não me recordo de nin guém dando nomes especiais para esses momentos, mas acho que assumimos que andar de mãos dadas e trocar beijos foram incluídos na primeira base. Beijo de língua poderia estar no percurso da primeira base para a segunda, e as carícias acima da cintura definitivamente anunciavam a chegada à segunda base. Quando você atingia a terceira base, significava que já rolavam carícias no corpo inteiro — tudo menos relação sexual propria mente dita. E, é claro, alcançar a HomeBase era o máximo. Você se lembra como foi cada um desses momentos? Para a maioria dos homens, independentemente da sua idade ou fa çanhas sexuais ao longo da vida, esses “primeiros” momentos são inesquecíveis. Tenho notado algumas coisas interessantes sobre como a maioria dos meninos fala sobre essas conquistas durante a sua adolescência. Conquistas inesquecíveis A primeira vez é uma experiência incrível — mesmo a da primeira base. Como meu pai foi pastor, sentar no banco da igreja era tão comum para a nossa família como sentar à mesa na cozi nha. Então, é claro, os meus primeiros encontros com garotas que não pertenciam à nossa família aconteciam lá. Qualquer coisa remotamente parecida com “interação social” na escola não passa de uma vaga lembrança, mas na igreja era diferente. Lembro-me de olhar para as meninas durante meus anos de escola dominical na adolescência, principalmente porque elas 170 Sexo: tudo em cima sempre se sentavam umas com as outras e sofriam de acessos de riso terminais. Eu estava sentado ao lado dela na igreja na primeira vez em que fiz contato com a mão de uma menina. Estávamos de braços cruzados, o que permitiu que nossas mãos se tocassem. E foi o que aconteceu. Meu coração disparou. Tenho certeza de que minhas orelhas ficaram vermelhas. Meu corpo inteiro formigava. Eu me senti como Kirk Gibson' no primeiro jogo da World Se ries de 1988. O pastor podia estar exercitando a sua oratória mais brilhante, mas eu estava completamente longe dali. Foi um momento incrível. Senti-me mais vivo do que nunca. Fadiga de continuar Eu treinei a minha primeira equipe Little League no se gundo semestre do ano 2000. Aprendi que, mesmo para os mais jovens, chegar à primeira base pode ser uma emoção e tanto, mas quem quer ficar só por lá? Saber dançar conforme a música para avançar alguns poucos metros em direção à segunda base é uma forma de arte. Claro, o objetivo é forçar uma tentativa de recepção na esperança de que o lançamento seja suficientemen te forte para que se possa correr até a segunda base. É uma coisa muito simples. Assim que chegar a uma base, o seu interesse não é mais ficar lá, mas sim seguir em frente. Ficar na mesma base por muito tempo é — bem, é um tanto chato. Correndo para a base Depois de passar algum tempo na primeira base, da pró xima vez em que você correr para uma base, você deixa a sua 171 O que todo noivo precisa saber base atual para trás, a percorrer o caminho para a próxima. Eu estive lá, sei como é. Quando nossas filhas fizeram 16 anos, receberam a nossa permissão para um marcar um encontro — para sair à noite com um rapaz. Os jovens estavam conscientes dessa nossa “regra de namoro aos 16 anos”, de modo que quando os aniver sários das meninas se aproximaram, Bobbie e eu não pudemos deixar de notar que os meninos começaram a estar por perto. Tínhamos outra regra, além do limite mínimo de idade. Os meninos que estivessem interessados em levar nossas meni nas para sair teriam de ser entrevistados por mim.32 O encontro da nossa segunda filha seria com um menino mais velho. Ele tinha 18 anos. Durante a entrevista, perguntei a Steven se ele já havia tido um relacionamento de longo prazo antes. “Sim, senhor”, ele disse. “Quanto tempo vocês namoraram”, perguntei. “Oh, cer ca de um ano”, foi sua resposta. Como essa era a primeira experiência de namoro para Julie e como Steven era uma espécie de veterano, adverti-o suavemen te sobre a sua sede de ir ao pote. “Não parta do pressuposto”, disse — enquanto gotas de suor se formavam nas suas têmporas — “de que você pode ir rapidamente até onde já esteve com sua outra namorada. Esta é a primeira experiência de Julie.” “Sim, senhor”, ele disse de novo, com os lábios ficando roxos por causa da privação de oxigênio. Aprendendo a falar de sexo Vários anos atrás, um casal mais velho entrou no escritório de Mark. O que o marido disse nos primeiros minutos teria sido 172 Sexo: tudo em cima ridículo, se não fosse tão trágico. “Faz anos — talvez dez — desde a última vez em que minha esposa e eu temos tivemos algum tipo de intimidade física”, confessou. “A coisa chegou a um ponto tão ruim, que eu decidi que precisávamos de acon selhamento.” A desintegração do casamento começa geralmente em lu gares secretos — lugares que ninguém mais pode ver, lugares que os maridos e as esposas evitam. E a intimidade sexual é um dos temas mais frequentemente evitados. Muitos casais apren dem a magia do diálogo aberto sobre todas as dimensões de suas vidas juntos — cada uma das dimensões possíveis, com exceção do sexo. E, por causa dessa negligência, o sexo, muitas vezes, torna-se uma área de frustração total e fracasso retumbante. No início de seu casamento, você precisa aprender a ex pressar suas necessidades de forma clara, e sua esposa precisa fazer o mesmo. E eu não estou falando de comentários sarcásticos durante o sexo. “Posso pegar algo para /cr?” não é algo que deva ser considerado uma conversa tão produtiva sobre esse assunto. “Eu realmente quero fazer amor com você esta noite” — um marido precisa sentir-se livre para dizer isso gentilmente a sua esposa no café da manhã. “Quando você faz isso comigo, fico louca”— uma mulher deve ser capaz de dizer isso a seu marido, sem inibição. Quando mencionamos a necessidade deste tipo de aber tura — especialmente para solteiros em um relacionamento — , muitas vezes, ouvimos um sonoro (ou não verbalizado) “Eu JAMAIS poderia dizer isso!” Então, nós fazemos o casal re cordar-se do desafio do Antigo Testamento de concentrar nossos esforços durante todo o primeiro ano em aprender a proporcionar prazer à nossa esposa. E como pode um marido pode aprender a agradar sua esposa se não falar sobre o que lhe agrada? 173 O que todo noivo precisa saber Para chegar à resposta, começamos mais uma vez com a nossa família de origem — os nossos padrões de normalidade. Se os seus pais não mostravam afeição física em sua presença, isso virou um padrão de normalidade. Se você nunca os viu trocan do carinhos com ternura, pode ter se convencido de que eles o encontraram na bolsa da cegonha, uma vez que nunca teriam feito AQUILO com o objetivo de trazê-lo para a sua família! Se os seus pais falavam sobre o sexo como algo sujo e ter rível, esse passou a ser o seu padrão de normalidade. Se os seus pais andavam pela casa em suas roupas íntimas (ou sem elas), se você viu seus pais flertarem com outros adultos em público, mas não um com o outro, se você nunca recebeu uma única pa lavra de aconselhamento sobre sexo quando você era pequeno e, por fim, se você tinha a certeza (e ainda tem) de que sua mãe seria incapaz de pronunciar a palavra coito — todas essas coisas passaram a ser normais para você. Seu desafio é reconhecer o seu padrão de normalidade sexual e celebrá-lo, porque é muito saudável, ou aprender supe- rá-lo, se não for. Então, você poderá começar a sentir-se livre para conversar sobre o assunto com sua esposa. As chances são melhores do que 50/50 de que ela está ansiosa para falar sobre isso com você. Saindo da base e correndo até o p layground Aprender sobre sexo fazendo um paralelo com o beisebol é algo que certamente não se aplicaria ao nosso dia a dia na época do sexto ano. No beisebol você “rebate, arremessa, corre, pisa, anota, aquece, vira — e vence”. Então, você pode concluir que o sexo é algo que você faz. Você pisa na base, ou você corre e entrega. Você faz algo com alguém. 174 Sexo: tudo em cima Estaríamos muito melhor se tivéssemos usado um play ground como metáfora da nossa imagem sexual. E isso que a metáfora proporciona e que o beisebol deixa passar. Variedade Tenho certeza de que você nunca viu um playground com apenas um tipo de estrutura para brincar. Você consegue ima ginar como seria absurda uma escola só com gangorras e nada mais? Ou então apenas com gira-giras ou só com escorregas? O beisebol tem regras — centenas de regras. Só porque um jogador decide que é mais divertido atirar-se para pegar uma bola do que arremessá-la, isso não muda a regra. Três strikes significam sempre um out. Não há espaço para a flexibili dade. De fato, alguns espíritos livres perguntam por que aquilo é chamado de “jogo”. A diversão do playground é o prazer da variedade. Quando se trata de relações sexuais com a sua esposa, encare a experiência como se estivesse no recreio e não entre as quatro linhas do campo de jogo. Alterar as definições, os momentos do dia, as posições e os locais — tudo é perfeitamente legal. Você não será acusado de errar por causa da sua criatividade. Claro, e como é um jogo, não se esqueça de que a sua companheira está se divertindo também. Isso é profundamente importante para ter em mente. Espontaneidade Eu realmente não sei por que eles fazem isso, mas os jo gos de beisebol quase sempre começam em horários fixos — 175 O que todo noivo precisa saber coisas do tipo 13h05 ou 19h20. No início de cada temporada, os atletas sabem exatamente por qual time e onde jogarão nos próximos seis meses. Mesmo entre os jogadores individuais, rigorosos esque mas de treinamento são realizados diariamente. Um jogador, só porque quer, não pode decidir treinar rebatidas antes do café da manhã ou levantar peso durante a sexta entrada. Simplesmente não há espaço para impulsividade ou espontaneidade. Mas a intimidade com sua esposa é muito diferente do beisebol. Não é algo que tenha de seguir uma agenda. Você in clusive não tem direito de fazer quaisquer exigências inflexíveis com relação à frequência, nem ela tem o privilégio garantido de entrar em greve. Riso Não há praticamente nada que possa ser considerado en graçado em um jogo de beisebol. Você ouve aplausos, vaias, gritos, insultos e referências às progenitoras dos árbitros. Há muito pouco riso, a menos que o humor seja dirigido a uma trapalhada envolvendo algum jogador. Mas se você abrir a jane la perto de um playground em uma pracinha de bairro cheia de crianças, você ouvirá gritos de alegria e risos. Um dos indicadores mais visíveis de um casamento sau dável é a capacidade de rir. Assistir a filmes bobos e contar de piadas um para o outro são coisas tão importantes quanto uma relação sexual de arrepiar. Algumas mulheres dizem que, de fato, uma coisa leva à outra. Mark e eu temos uma amiga cristã em comum que é te rapeuta sexual. Ela diz: “Existem 150 posições para a relação 176 Sexo: tudo em cima sexual, e apenas duas delas podem ser realizadas com sucesso sem rirmos”. Todos saem ganhando Você consegue imaginar uma criança reclamando para sua mãe que “perdeu na brincadeira do balanço” ou que “foi derro tada no gira-gira”? A beleza do playground é que a brincadeira em si é o objetivo. Para que haja sucesso, um grupo não precisa esmagar o nariz de outro, impondo a eles uma derrota desagra dável. Porque a brincadeira em si é o único objetivo, e os dois lados ganham. “Hoje à noite eu estou completamente ao seu serviço”, um marido pode dizer à sua mulher antes de dormir. “Seu dese jo é uma ordem — o que você quiser será o meu prazer.” Podem chamar essa cara de “perdedor” no beisebol, mas, na vida amo rosa, ele ganhou o prêmio Cy Young, a coroa dos rebatcdores e o MVP numa noite só. Claro, sua cerimônia de premiação é comemorada algu mas noites mais tarde, quando sua esposa fizer a ele essa mesma oferta incondicional. Acho que nós acabamos de definir como são as coisas quando os dois lados ganham.33 Missão possível: aprender os segredos do sexo com a sua esposa Existem diferentes tipos de momentos emocionantes no bei sebol. Certamente, o home run do rebatedor é o melhor deles — como o de Kirk Gibson em 1988. O no-hitter e o triple play são surpreendentes e extremamente raros. Mas um dos meus 177 0 que todo noivo precisa saber momentos favoritos no beisebol é o inside-the-park home run. Na verdade, com o tamanho reduzido de muitos dos novos es tádios, eles são cada vez mais frequentes. Mesmo que você não seja um grande fã do beisebol, pro vavelmente já sabe que quando um jogador lança para fora do campo de jogo, ele deve correr para fazer o home run", tocando em todas as bases. Se ele não fizer isso, a equipe adversária po derá protestar — e ele será eliminado. Ok, então, você já sabia disso. Mas você sabia que, mesmo que a bola ultrapasse a cerca, ele ainda tem de tocar em todas as bases, ou o seu esforço não contará como um home rurü. Robin Ventura reaprendeu essa regra em 1999 no campeona to da National League Championship Series contra o Atlanta, quando fez um home run imponente nas arquibancadas centrais à direita com a bases ocupadas. Seus companheiros de equipe correram do banco e o cercaram. O jogo acabou, e os Mets haviam vencido. Mas, como Robin não chegou a tocar as bases, ele recebeu o crédito de ter conseguido um grand-slam single“'. Agora que você é casado e “chegar à home platd’" é algo normal, pode sentir-se tentado a fazer uma curva à esquerda imediatamente na base do rebatedor, simplesmente correndo até a terceira base e voltando. Na verdade, você pode até mesmo sentir-se tentado a ficar ali na homeplate. Ei, todos os rebatedo- res estão por cima. Certo? Bem, na verdade, não. E isso é exatamente o que a jovem noiva estava tentando dizer a seu noivo no escritório de Mark naquele dia. Se o seu marido não se lembrar de suas habilidades de baserunning e praticá-las regularmente, ela perderá o inte resse por ele rapidamente. Para um homem, a emoção do sexo é chegar ao destino. Mas, para sua esposa, tudo o que importa é a viagem até lá. No 178 Sexo: tudo em cima que diz respeito a ela — mesmo que seja casada e que o placar nunca fique no zero a zero — , se ele “não tocar todas as suas bases”, a relação sexual não ganhará nenhum ponto. Então, quais são os segredos para uma relação sexual de alto nível com a sua esposa? O que significa “tocar todas as bases”? Se você tem acesso ao livro What Every Bride Needs to Know [O que toda noiva precisa saber], consulte o capítulo 10. Aprenda o que as mulheres pensam sobre como esse “jogo de beisebol” deve ser jogado. O toque Lembram-se do quadro de parede em tamanho natural na aula de biologia que mostrava como é o nosso sistema nervoso? Saindo do cérebro havia linhas que pareciam rios e afluentes, ramificando-se, até que cobrissem todo o seu corpo. Tente lembrar-se de onde você viu a maior aglomeração — a maior concentração — de terminações nervosas. Um capí tulo sobre o sexo pode mandá-lo para o lugar errado, porque a resposta é — nas pontas dos dedos. Não há palavras para descrever o poder do toque, espe cialmente para uma mulher. É quase como se houvesse um nervo que corresse em linha reta de seus dedos para o coração. Muitos maridos acomodam-se ao padrão de nunca aca riciar suas esposas, exceto em um contexto sexual. E esses homens se perguntam por que suas esposas têm pouco entusias mo com seus carinhos. A verdade é que os lugares em que ela quer ser tocada, muitas vezes, nem sequer aparecem em nossas “linhas de base”. Um dia, ela pode querer que você escove os seus cabelos. No outro, ela pode precisar de uma massagem no 179 O que todo noivo precisa saber pescoço. Depois, ela pode sentir enorme prazer se você esfregar seus pés. Se o único jogo sexual que você conhece é o beisebol, você provavelmente atacará. Então, quando você está sentado ao lado dela em um show ou dirigindo, segure a mão dela. Quando estiver caminhando do estacionamento para o shopping, pegue na mão dela. Quando se sentar em frente a ela em um restaurante, esperando por seu prato, acaricie a mão dela enquanto conversam. Você provavel mente fazia isso quando namoravam — e não há nenhuma boa razão para parar agora! O beijo Não sou especialista nas regras que as prostitutas seguem, mas há uma que é universalmente conhecida. Quando elas estão com um cliente, não há absolutamente nada que seja inaceitável — fora dos limites. Todas as posições possíveis ou fantasias que o cliente tiver fazem parte do jogo. E por elas que o cliente está pagando. No entanto, o beijo é algo fora de ques tão. Esse ato comunica um nível de amor e intimidade que nem mesmo as formas mais bizarras de sexo são capazes de acolher. Você não acha isso incrível? Muitos casais param de se beijar depois do casamento. Mesmo que você esteja casado há pouco tempo, talvez já tenha notado isso. Eu me casei com uma mulher que gosta de beijar. Fico cansado só de pensar nisso, mas, quando estávamos noivos, podíamos ficar literalmente — eu não estou inventando isso — nos beijando, só nos beijando, horas a fio. Às vezes, a gente parava (para recuperar o fôlego) e falava sobre como seria bom quando estivéssemos casados. 180 Sexo: tudo em cima “Poderemos nos beijar a noite toda”, dizia Bobbie. Não era exatamente o que eu tinha em mente, mas eu a deixava aproveitar essa ideia. A próxima vez que vocês estiverem fazendo amor, pare e dê um beijo longo e apaixonado na sua esposa. Faça como no dia em que lhe pediu para casar-se com você. Depois me diga se eu estava certo. A conversa E voltamos novamente ao mesmo ponto — falar sobre falar. Mas aqui o assunto sexo não é o tema. Meu foco não está em comentários do tipo “o que lhe dá prazer é o que também mc dá prazer” ou “preciso fazer amor com você hoje à noite”. Não, esse tipo de conversa é tão importante para uma mu lher como qualquer tipo de preliminares poderia ser. A ideia é falar com delicadeza, palavras positivas, conversar sobre assuntos agradáveis, como quando você estava tentando conquistar seu coração. Estes são os enunciados que ela precisa ouvir novamente em um cenário tranquilo e propício a um bate papo agradável: ^ “Adoro o seu jeito de sorrir.” ^ “Sou a pessoa mais sortuda do mundo, por causa de você.” ^ “Você tem os olhos mais bonitos que eu já vi.” Normalmente nossa vida está muito ocupada de enuncia dos relacionados a tarefas do dia a dia: “Pode pegar a roupa na lavanderia?” “Que horas é o jantar?” 181 O que todo noivo precisa saber “Você viu meu Palm topT “Ei, hoje é quinta-feira. Você se importaria de tirar o lixo?” As palavras de carinho que tenho em mente, no entanto, têm como destino unicamente o seu coração. Não há uma meta a atingir; meu objetivo é simplesmente lembrá-la de que, se tivesse que fazer tudo de novo, faria. Todas essas coisas — tocar, beijar e falando (e talvez um pouco mais que você e sua esposa possam descobrir juntos) — garantirá a você home runs como os que aparecem no livro dos recordes. Pressão e rejeição: desligando o ciclo O padrão mais comum — e destrutivo — que um casal pode experimentar é o ciclo desnecessário de pressão e rejeição. Se ainda não aconteceu com você, aguarde, porque vai. Haverá momentos em que um de vocês estará particular mente interessado em fazer amor, no exato momento em que o outro parecer estar indiferente. Como resultado, o este último se sentirá pressionado, e o primeiro se sentirá rejeitado. Essa não é definitivamente uma cena legal de se ver. Se for deixada de lado, essa situação pode degenerar-se e provocar um ressen timento cáustico capaz de contaminar o seu relacionamento. Embora esse padrão não seja nem um pouco surpreen dente, o que é notável é o fato de alguns casais nunca falarem sobre ele, e muito menos implementar os cenários possíveis para melhorar a situação. Muitos casais simplesmente cruzam os dedos e esperam que as coisas funcionem por conta própria. 182 Sexo: tudo em cima É uma estratégia que pode levá-los para uma vida de frustração. E, apesar do estereótipo de perseguidor e perseguido, não é sempre o homem que é o agressor (você não acha surpre endente que o estimulante sexual mais popular da história — Viagra — seja um produto para homens?). Aqui vão algumas ideias que podem ser úteis. Se parecer coisa de criança, pode ser porque não são nada mais do que ins truções — regras são para o esporte, lembra? Elas podem ajudar você e sua noiva a desfrutar do jogo sexual sem magoar um ao outro. Embora nenhuma das seguintes ideias seja perfeita, elas funcionam melhor que as superstições do dia a dia, tipo bater na madeira etc., as quais muitos casais recorrem no desespero. O "quase nunca diga não" ideal Porque a maioria dos casais concorda que o sexo é quase sempre uma boa ideia, aqui vai um padrão sexual para você: “Se estiver realmente com vontade, eu posso acompanhá-la”. E pense só, você provavelmente pensará no que acabou de vi- venciar e, independentemente de quem estava a fim, acabará admitindo que fo i rcalmente uma boa ideia. Agora, no início de seu casamento, você pode querer ado tar a política de “quase nunca dizer não”. Não, isso não é uma regra sem exceções. A questão é você decidir que será sempre a sua prioridade tentar atender às necessidades de sua esposa. A ideia desse padrão não é diferente do que ocorre quando sua esposa lhe diz: “Ei, eu adoraria fazer uma caminhada hoje à noite”. Mesmo que não esteja a fim de caminhar, você respira fundo e calça seu par de tênis. Você responder com um sim condicional, dizendo: “Eu adorarei caminhar com você, mas 183 0 que todo noivo precisa saber se estiver tudo bem, vamos dar apenas uma volta no quarteirão desta vez? Estou exausto”. Da mesma forma, o cônjuge convi dado para o ato sexual não programado pode dizer: “Olha, acho não que estou pronto para um evento de trinta minutos, mas se você estiver a fim de alguma coisa rápida, quero me inscrever”. Quando você for a pessoa que estiver fazendo a pergunta, talvez seja bom lembrar que o desempenho de sua esposa nes se momento pode não qualificá-la como uma das finalistas ao Oscar. Dizer “Poxa, senti você totalmente distante” é uma coisa que poderá colocá-lo em uma posição de negociação muito di fícil no futuro. Uma coisa pela outra Independentemente das melhores intenções de “nunca dizer não” por parte dela, haverá momentos em que sua esposa não dirá “sim”. Como você está em seus domínios e não no Yankee Stadium, deixe isso para lá. Acredite se quiser, haverá momentos em que não dará para você conseguir o que quer, e precisará de uma boa dose de compreensão por parte de sua esposa. Apesar de desencorajar a instalação de um placar eletrôni co na parede do seu quarto, achamos legal que você mantenha o controle informal de suas respostas afirmativas e negativas. Não há nada errado quando dizemos “Ei, isso não deu certo no meu plano para a noite de ontem e, mesmo que eu ainda não esteja me sentindo como Cleópatra — com certeza, vamos lá”. O mais importante nas horas do “Hoje não, amor” é deixar claro que a rejeição ao ato de fazer amor não significa que você ou sua esposa, de repente, contraíram lepra terminal. 184 Sexo: tudo em cima A falta de vontade da sua parte ou da parte dela significa só isso. Nada mais. Se é você que está recebendo a recusa, não leve isso para o lado pessoal. Se você é que estiver rejeitando sua esposa, um pouco de ternura acompanhando o “não, obrigado” fará uma diferença enorme. Além dessas duas orientações, você e sua esposa podem ter alguns princípios próprios para “brincar no playground’. Conhecemos um casal que joga “pedra, lápis, tesoura” quando não conseguem tomar uma decisão sobre algo. E o que perder pode apelar para uma “melhor de três”, se o assunto for sério. O segredo é discutir esses princípios do uso do playground antes que a situação surja, aproveitando a presença da harmonia e do pensamento racional. Quando as pessoas serenas estão engajadas na resolução de seus problemas, ideias construtivas são geralmente o resul tado natural. Feitos um para o outro Uma das coisas que Deus colocou cm seu casamento e na união sexual é o mistério da interdependência. Vocês começam a lite ralmente precisar um do outro. Deixe-me explicar. Bobbie e eu estávamos jantando com a nossa filha, Missy, e seu marido, Jon. Desde a época em que Missy começou a cuidar de seu recém-nascido, ela havia programado o passeio com a babá, para que o bebê não precisasse ser alimentado antes de voltar. O serviço do restaurante era muito lento, por isso a nossa experiência de jantar juntos demorou mais do que espe rávamos. Apesar de Missy não estar sentido dores — para mim, 185 O que todo noivo precisa saber é fácil dizer! — , ela estava começando a ficar um pouco des confortável. “Eu vou precisar amamentar logo”, ela disse (você reparou que ela disse que precisava de uma enfermeira?). Então, um bebê começou a chorar em um canto do res taurante. “Tadinho”, disse Missy, rapidamente levantando o guarda napo para proteger-se. Como o corpo de Missy estava preparado para amamentar, o som de um bebê chorando desencadeava a liberação do seu leite materno, molhando seu vestido. Jon rapi damente cobriu-a com seu casaco esporte. Não é incrível como Deus conecta a mãe e seu bebê dessa maneira? Quando o bebê nasce, não há nada mais gratificante do que o gosto do leite de sua mãe. E uma vez que esse processo começa, uma mãe passa a ter a mesma necessidade de doar o leite que o seu filho tem de receber. É a interdependência em operação. A analogia deveria ser óbvia. Quando você e sua esposa se casam e começam a praticar relações sexuais regulares, seus corpos passam a “precisar” um do outro — para, literalmente, ansiar pela presença do outro num espírito de interdependência. O lado sóbrio dessa verdade Na história de Missy e seu bebê, imaginemos que o bebê tenha acordado e que estivesse chorando por algo para comer. Em vez de esperar pela mãe, a babá preparou um composto para bebês e alimentou a criança. Como mágica, o bebê tomou uma mamadeira com o composto e voltou a dormir. Então, suponha que Missy chegue e pergunte “Como está o bebê?”, ela pergunta à babá. 186 Sexo: tudo em cima “Ótimo. Ele acordou cerca de uma hora atrás e começou a chorar. Então, eu lhe dei uma mamadeira do composto, e agora ele está dormindo de novo. “ Isso pode ter sido bom para o bebê, mas a mãe sentiu-se infeliz.34 Nessa incrível relação entre a criança e a mãe, Deus deu a ambos uma unidade — nesse caso, a fome — a ser forma da um pelo outro. Você sabe onde isso vai dar, não é? “Que tal?” Entre você e sua esposa é mais do que apenas uma questão de desfrutar de uma brincadeira lúdica em uma colina gramada. É mais do que apenas realizar uma daquelas fantasias de que Mark falou durante o seu próprio aconselhamento pré-nupcial. A relação sexual é, literalmente, a satisfação de um desejo que Deus lhe deu na pessoa de sua esposa. E a relação também sacia um de sejo que sua esposa tem por você. A realidade é esta: vocês precisam sexualmente um do outro. Mimando o seu apetite E fisiologicamente possível aliviar sua necessidade reprimida por sua esposa sem a presença dela — para mimar o seu ape tite, por assim dizer. E claro que a infidelidade faz exatamente isso. Tão culpado quanto estaria se roubasse o novo carro do seu vizinho e saísse dirigindo-o por aí, você está roubando da sua esposa o que pertence a ela. Sim, seu coração pertence a ela. Sim, o futuro pertence a ela. Mas seu corpo e o que ele oferece a ela — a saciação de seu desejo — também lhe pertencem. E como o sexo de alto nível é mais do que apenas estar em casa, qualquer tipo de atividade do tipo baserunning com qualquer outra 187 O que todo noivo precisa saber pessoa que não seja a sua esposa é uma ideia realmente ruim por pelo menos duas razões importantes: 1. 1. Ele rouba da sua esposa o que pertence exclusivamente a ela. O dano sofrido cria uma cicatriz para a vida intei ra— e em muitos casos isso significa o começo do fim. 2. 2. Você e sua esposa tornaram-se hábeis em fazer amor por tentativa e erro e, portanto, a sua nova experiência não será tão boa. Isso pode vir como uma surpresa para você, mas é quase sempre verdade. O psiquiatra e terapeuta familiar Frank Pittman, após aconselhamento a milhares de casais que tiveram casos extraconjugais, concluiu: “A maioria dos casos consiste em um pouco de sexo ruim e muitas horas no telefone”35. Outro estu do confirmou a avaliação de Pittman, citando números reais: enquanto 67% dos homens e 55% de mulheres consideram o sexo conjugal muito agradável, apenas 47% dos homens e 37% das mulheres descrevem o sexo extraconjugal como muito prazeroso.36 Mas, mesmo diante dos dados estatísticos, muitos ho mens ainda se encontram envolvidos em casos extraconjugais. E quase 100% desses homens praticam relações ilícitas apenas conversando, fazendo carícias e beijando (está vendo como essas coisas são poderosas?). Alguns homens com quem conver samos ainda declararam que tiveram muito mais liberdade para orar com seu novo amor do que com sua esposa. Eles insisti ram que, nas fases iniciais, não havia “nada de sexual” em seu relacionamento. No entanto, se esse tipo de caso “não sexual” não for encerrado, ele acabará por levá-lo à relação sexual — lembra-se dos Pequenos Leaguers fazendo aquelas coreografias típicas fora do tom? 188 Sexo: tudo em cima Além do mais, só porque um homem é casado e sexual mente satisfeito, não há nenhuma garantia de que ele não é um candidato a ter um caso. No aconselhamento, alguns homens chegaram mesmo a dizer: “Isso é apenas o meu corpo, mas eu ainda amo a minha esposa” — uma desculpa comum que tem um resultado previsível. Mesmo os casais que se recuperam da infidelidade carregam cicatrizes profundas para o resto de suas vidas. Converse com alguém com uma dessas cicatrizes. Ele vai dizer o mesmo que eu estou dizendo a você: Não vale a pena! A tentação à infidelidade será um adversário implacável por toda a sua vida. Então, fique de guarda. Aja como um alco ólatra em recuperação, com muito dinheiro no bolso, que mora bem em frente a uma loja de bebidas. Ele pode atravessar essa rua a qualquer momento — o homem pode até querer atraves sá-la, mas sabe que “um único gole” acabará com ele. Assim, permanece exatamente onde está e confia na sua sobriedade. “Um dia de cada vez”, diz o adesivo. O seu compromisso com a fidelidade sexual tem de ser o mesmo. Nunca baixe a guarda achando que você é à prova de balas. Você não é.37 Casos virtuais A verdadeira infidelidade não é a única maneira de o seu corpo ser roubado de sua esposa. Você pode fazê-lo também virtualmente. Todo homem pode se lembrar da primeira vez que viu uma imagem pornográfica. No meu caso, eu estava no segundo ano da faculdade. Para a minha sorte, não havia inter net em 1967. Hoje em dia, a pornografia ocupa amplamente o cibe respaço e é tão disponível como a minha escova de dentes. 189 O que todo noivo precisa saber Quase todos os dias, sou convidado para ver “jovens gostosas” ou “vagabundas famintas” no meu computador. Como o meu software de e-ma.il me mostra as primeiras linhas de cada men sagem antes de baixá-la, sinto-me ainda mais atraído para ver logo o que está esperando por mim. Toda vez que vejo esses convites lá, esperando por mim, meu coração pula. Toda vez, minha pulsação se acelera. Eu sempre serei um bêbado olhando para o bar no outro lado da rua, e eu estou consciente disso. O que também sei é que, se eu ceder, serei culpado de cometer roubo. Minha es posa, que confia em mim, perderá algo precioso por causa da minha insanidade. Mas a questão é que eu tenho vontade. Na verdade, eu gostaria muito. Tenho muita curiosidade de ver o que está lá esperando por mim. Respiro fundo e pressiono a tecla Del. E você deve fazer o mesmo. Perdoe-me por soar tão dogmático, como o professor de ensino fundamental, mas não há nenhuma margem de manobra nessa situação, simplesmente não existe um meio termo. Eu já comprovei pessoalmente — e na vida de amigos mais próximos — o que essa “droga” faz com a alma de um homem.38 Por favor, pressione a tecla Del. Tecle com for ça. Não é por mim — faça isso por sua esposa e por si mesmo. Se você ceder, aquilo o arruinará. Basta uma olhada Como eu viajo muito, costumo frequentar aeroportos. Por causa da maneira como são projetados, uma pessoa pode cuidar de seu condicionamento físico ao percorrer distâncias enor mes entre terminais para pegar uma conexão de um avião para outro. Em cada evento de que participo, conheço muita gente 190 Sexo: tudo em cima interessante. Algumas são mulheres, e algumas delas realmente não deveriam estar usando em público o que estão vestindo. Eu realmente não tenho controle sobre a primeira olhada. Mas prometi a mim mesmo — e à minha esposa — que eu não olharia de novo. Quando meus olhos enviam um sinal ao meu cérebro indicando “seios realmente grandes à esquerda” ou “saia curta e apertada à direita”, escolho não olhar de novo.39 Não é que, na verdade, eu esteja com medo de que vá fazer algo ilícito ali mesmo no aeroporto. Só o que eu sei é que estou diante de uma possibilidade de caso virtual. Se eu atravessar esse portal, estarei lesando — e desonrando — a minha esposa. Por isso, eu jamais dou uma segunda olhada. Não é fácil. Mas eu me acostumei. O mármore da glória Adoro ver atletas celebrando grandes vitórias. Um jogador de golfe abraçando seu caddie ou um jogador de beisebol sendo cumprimentado na horne plate depois de fazer um horne run e vencer o jogo, muitas vezes, traz-me lágrimas aos olhos. Como a minha capacidade atlética nunca atingiu proporções de notoriedade, não tenho que compreender o que significa para alguém ser vitorioso em uma competição numa escala tão gran de. Ou posso? Orei Hershiser, o melhor arremessador de 1988, ven cedor por unanimidade do prêmio Cy Young e do Most Valuable Player da National League Championship Series e da World Series, foi perguntado a respeito de como se sentiu como vencedor diante todo o mundo. Sua resposta pode surpreen- dê-lo: “E claro que eu estava emocionado, além das palavras. 191 O que todo noivo precisa saber Completamente pasmo. Mas esse sentimento não é diferente de quando você participa do hall da fama ou vê a sua noiva cami nhar até o altar ou segura o seu bebê pela primeira vez ou fecha um grande negócio. Você conhece a sensação”40. E verdade que cada uma dessas coisas é uma emoção diferente. No entanto, como eu o conheço pessoalmente, sei que há mais uma coisa que Orei poderia acrescentar à sua lista: a satisfação da fidelidade. Ganhar no desafio de intimidade com sua esposa e superar as tentações de ceder à infidelidade traz uma satisfação ainda maior do que vencer a World Series, a Stanley Cup ou o Masters. Sua disciplina, trabalho duro e abnegação terão valido a pena — e você se divertirá mais no playground do que jamais poderia ter imaginado. i Kirk Harold Gibson é um ex-jogador da Major League Baseball americana que, no momento, atua como gerente do Arizona Diamondbacks. Como jogador, Gibson foi um outfielder que rebatia pela esquerda (NT). ii H om e ru n é toda a rebatida na parte válida que ultrapassa os limites do campo, indo para a arquibancada. Nesse caso, tanto o rebatedor como os corredores (se houver) anotam corridas automaticamente. iii Uma referência ao b it que terminou o jogo 5 da Liga Nacional 1999 Cham pionship Series entre os New York Mets e um de seus rivais, Atlanta Braves. O jogo foi disputado cm 17 de outubro de 1999 no Shea Stadium. iv E a 4a base no beisebol. v No beisebol, é o ato de correr em torno das bases. 192
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