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P3 aulas 1e 2

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P3 
 Receptores sensoriais - Princípios Gerais
Todas as sensações são geradas a partir de:
1.Um estímulo físico. 
2.Um conjunto de eventos que transforma o estímulo em impulsos nervosos. 
3.Uma resposta para este sinal na forma de percepção ou experiência da sensação. 
Sistema Sensorial Somático
Sensação Somática (superfície da pele principalmente) 
- Permite que o nosso corpo sinta o contato, a dor, o frio 
- Sensível a muitos tipos de estímulos 
- Diferenças do sistema sensorial somático em relação outros sistemas sensoriais: 
 - Distribuição dos receptores (por todo corpo)
 - Responsividade para diferentes estímulos 
Receptores Sensoriais
- mecanorreceptores: relacionados principalmente a estímulos relacionados ao tato
- propioceptores: passagem da informação da posição dos membros, força exercida, qual é estimulado etc
- Termorreceptores: informação de temperatura
- nociceptores: informação de dor
Sistema sensório 
Todos os sistemas sensórios geram quatro tipos básicos de informação: 
1.Modalidade. 
2.Localização: local que está tendo o estímulo
3.Intensidade. receptores que estimulam rápido, param ficam contínuos, outros de outro jeito (adaptação dos receptores)
4.Duração. duração da atividade/estímulo do recptor pode variar.
Receptores Sensoriais
As principais modalidades sensoriais em seres humanos são mediadas por classes distintas de neurônios receptores localizados em órgãos específicos dos sentidos, com especificidades para cada função.
São células especializadas em captar a energia que provém do ambiente (externo ou interno ao organismo).
Célula sensorial detecta estímulo inicial, fazem sináses com neurônios que trasmitem essa informação a centros superiores para sua tradução.
Os receptores respondem a apenas um tipo de energia do estímulo (fotorreceptor = luz; mecanorreceptor = pressão) de acordo com sua morfologia específica.
Existem subclasses de receptores sensoriais, que são encontrados nos órgãos dos sentidos (exemplo: fotorreceptor: cone azul, bastonete, cone verde e cone vermelho), que são atividados dependendo do estímulo que o ativa.
Receptores sensórias somáticos na pele
-Receptor do folículo piloso: receptor envolto de pelos que distinguem o movimento dos mesmos.
-Disco de Merkel
-Corpusculo de Meissner
-Corpusculo de Pacini
CAMPOS RECEPTORES
•Área da pele no qual um estímulo pode ativar um neurônio sensorial (zona preferencial de ativação)
–Corpúsculo de Meissner & Disco de Merkel apresentam pequenos campos receptores (CR) (2-3mm) 
–Corpúsculo de Pacini & Corpúsculo de Ruffini apresentam grandes campos receptores (dedo inteiro/metade de uma palma) 
•O campo receptor do neurônio define a resolução espacial do estímulo: detectar qual região o neurônio sensorial está na sua pele
•Sobreposição de campos receptores: quanto mais a densidade de receptores, maior sobreposição, menos descriminação do estímulo.
•A densidade de receptores em uma certa região está relacionada com um maior detalhamento do estímulo. 
- É possível identificar o campo receptor registrando a atividade de uma fibra sensorial e estimular diferentes pontos, observando o quanto a fibra dispara em cada ponto. 
- A discriminação entre dois pontos depende do tamanho do campo receptor dessas células e a densidade, onde sempre que dispare dois neurônios diferentes ocorre a discriminação.
Porque um leitor em braille lê melhor com a ponta dos dedos do que com o cotovelo, por exemplo?
•Densidade de Mecanorreceptores (maior)
•Tamanho do Campo Receptor (menor)
•Quantidade de Tecido Cerebral (maior – mais fobras sensoriais, maior capacidade da transmissão nervosa)
•Mecanismos neurais especiais destinados às discriminações de alta resolução (maior)
Transdução permite que os receptores sensoriais respondam aos estímulos – conversão de uma sensação em um impulso nervoso 
Transdução Sensorial – processo que permite um receptor sensorial responder a um estímulo. 
A transdução sensorial induz um potencial receptor no terminal periférico de um neurônio sensorial 
Potencial receptor é um evento de despolarização que se elevar o pot. de membrana ao limiar, irá gerar um impulso nervoso 
A conversão de um potencial receptor para um PA acontece na zona de gatilho, que pode ser no 1 nodo de Ranvier. 
Codificação neural da intensidade de estímulo
- Quanto maior o estímulo, maior amplitude do potencial receptor, aumentando a probabilidade de gerar mais potenciais de ação.
Adaptação dos Receptores 
A duração do estímulo é codificada pela duração dos PAs. 
Um estímulo mais longo gera uma série mais longa de PAs. 
Se um estímulo persiste, alguns receptores adaptam-se ou param de responder 
Existem 2 classes de receptores de acordo como eles adaptam-se: 
Receptores Tônicos – adaptação lenta – eles disparam rapidamente quando há um estímulo de ativação e que apresentam um descréscimo pequeno e lento enquanto o estímulo está presente 
Receptores Fásicos – adaptação rápida – disparam rapidamente quando apresentados ao estímulo, mas param de responder se a força do estímulo é mantida constante 
Ex: Tato na mão humana
4 tipos de receptores, Corpúsculos de Meissner e Pacini (adaptação rápida) e Células de Mermkel e Terminações de Ruffini (adaptação lenta).
Os dois de adaptação rápida respondem a diferentes freqüências de estímulo (são ativados por freqüências diferentes); Pacini é envolto por uma cápsula qu precisa ser movida até atingir a fibra – o que explica o estímulo de alta freqüência para seu estímulo;
Tipos de canais iônicos mecanossensíveis
- osmorreceptores: estímulos internos;
- canais iônicos por ptns extracelulares: sinais de estiramento que seja dependente da ptns desse canal e se tem mudança conformacional, abre o canal
- por ptns intracelular: citosqueleto; estímulo muda a ptns e abre canal
O neurônio do gânglio da raiz dorsal é a célula receptora sensorial primária do sistema somatossensorial. Toda transmissão sendo mediada pela fibras, entram no segmento da medula espinhal por essas células do gânglio da raiz dorsal (apenas corpo celular fica na medula espinhal).
Fibras de propriocepção são altamente mielinizada.
Tato: A beta, mielinizada mas n tanto qt A alfa
dor e temp: levemente mielinizada (a delta) e não mielinizada ©
Dermátonos
As fibras sensoriais são enervadas por diferentes segmentos da medula espinhal. Cada região da pele enerva determinado segmento da medula espinhal. 
Organização Sensoral da Medula Espinhal
A informação dos axônios A beta entram na raiz dorsal e seguem para o cérebro. Quando a informação ascende, pode ocorrer cruzamento da informação;
Vias sensoriais 
•No SNC, os neurônios funcionalmente relacionados formam cadeias 
denominadas vias. 
•A via que traz as informações sensoriais para o SNC é denominada via aferente e a que o deixa, conduzindo os comandos motores para os órgãos efetuadores é denominada via eferente. 
•Neurônios de primeira, segunda e terceira ordem. 
•Os relês ou núcleos de retransmissão pré-processam a informação e determinam se esta chegará ou não ao córtex. 
•Tais núcleos funcionam como filtros e a presença de neurônios inibitórios nestas regiões ajudam a aumentar o contraste entre estímulos distintos.
A Principal via rsponsável pelo tato
É a via da coluna dorsal – lemnisco medial, vão para medula espinhal e ascendem ao bulbo, onde ao atingirem o núcleo da coluna dorsal os neurônios cruzam de lado, e atinge o lemnisco medial, se projetando no núcleo ventral posterior e a informaçaão é levada ao córtex somatossensorial primário.
Via Táctil Trigeminal
Do nervo trigêmio, face, não pasa por segmento da medula espinhal.
SOMESTESIA 
Mecanorreceptores da pele
Corpúsculo de Meissner 
–Localizado entre as papilas dérmicas. 
–Formado por uma cápsula que compreende diversas células de Schwann 
–São os mecanorreceptores mais comuns da pele glabra. 
–40% da inervação sensorial da mão humana. 
–Respondem a estímulosde frequência baixa (30-50Hz). 
Corpúsculo de Pacini 
–Localizado no tecido subcutâneo. 
–Formado por uma capsula de tecido conjuntivo preenchida por um fluido. 
–15% da inervação sensorial da mão humana. 
–Respondem a estímulos de frequência alta (250-350Hz). 
Os discos de Merkel 
–Localizado nas papilas dérmicas. 
–Abundantes nas pontas dos dedos. 
–25% da inervação sensorial da mão humana. 
–Desempenham um papel importante na discriminação estática de formas, bordas e texturas ásperas 
Terminações de Ruffini 
–Localizado profundamente na pele, bem como em ligamentos e tendões. 
–Capsula fusiforme. 
–20% da inervação sensorial da mão humana. 
Terminações livres do folículo piloso 
- fibra nervosa que envolve folículo piloso e transmite informações sobre posição do pêlo.
Córtex somatossensorial
Onde tem um ‘mapa’ das diferentes localizações somáticas do nosso corpo, onde cada parte gera resposta de uma parte do corpo.
Essa representação não é fixa, pode sofrer plasticidade (treinamento de certa parte do corpo tbm aumenta representatividade cortical; perda do dedo, aumenta a representaividade dos dedos adjacentes ao dedo perdido), e nem é proporcional ao tamanho do corpo (há grande representação nos dedos e na língua e pouca nas costas).
Colunas de neurônio com adaptação lente e outra coluna de adaptação rápida, para fácil detectar a diferença de sinais como textura, vibração e etc.
Os mapas somatossensoriais no córtex de diferentes espécies refletem diferentes sensibilidades somáticas. Ex: humanos referentes às mãos e à língua; coelho referent à face ao redor do focinho.
Lesões nas áreas somatossensoriais do encéfalo produzem déficits táteis específicos
- como por exemplo, a coordenação dos dedos é prejudicada quando a transmissão sináptica é inibida no córtex somatossensorial de um macaco (afetam o lado contralateral do que foi aplicado a droga por a informação cruza).
- Membro fantasma: amputação do membro e ocorre relatos do sentir da dor. Como a representação somatossensorial da face está próxima a do braço amputado, as fibras se projetam para a área da face, e qnd estimula a face, relata o sentir dos dedos.
- Pode causar distúrbios neurológicos
	- estereognosia: incapacidade de rconhecer objetos comuns pelo tato;
	- síndrome da negligência: por mais que a visão esteja normal, passar a não descrever o hemisfério esquerdo de algum objeto. 
PROPRIOCEPÇÃO
Controle e posição de membros do corpo.
Proprioceptores
Fornecem informações detalhadas contínuas sobre a posição dos membros e outras partes do corpo no espaço. 
Axônios sensoriais Aalfa (maior veloc. de condução), altamente mielinizada. 
1) Fusos musculares - 4-8 fibras musculares intrafusais paralelas às fibras musculares. Detectam mudanças no comprimento muscular. Canais iônicos sensíveis ao estiramento, que se abrem, deixando entrar cátions e permite o disparo da sinalização da fibra nervosa que envolve o fuso muscular. Quanto maior o estiramento, maior o potencial do receptor.
2) Órgãos tendinosos de Golgi - sinalizam mudanças na força/tensão do músculo. Presentes no tendão e as fibras nervosas fazem sinapse que respondem conforme tem a tensão do músculo. 
DOR
Os nociceptores são ativados por estímulos que tem o potencial de causar lesão nos tecidos. 
Nociceptores polimodais são os que atuam de maneira menos específica.
- A informação do processamento de dor é feita principalmente por fibras A delta (levemente mielinizadas) ou tipo C (sem mielinização). A propagação do potencial de ação é bem menor que do tato pela falta da mielina nessas fibras. Essa resposta é fundamental para o processamento
Geralemente, tem a dor inicial mais aguda e a dor sustentada mais leve. Essa diferença de recepção de dor ocorre porque a dor primária tem a ativação prferencial de fibras A delta, enquanto a dor secundária ativação preferenciaç de fibra C. Isso pode ser observado bloqueando as fibras, não gerando a dor primária/secundária correspondente.
Transdução dos sinais nociceptivos
O processamento da formação nociceptiva é mediada por TRPs (receptor de potencial transitório), que são canais catiônicos sem muita seletividade mas com ampla variedade de TRP. São os mesmo receptores que respondem às fibras de termocepção de temperatura que não induzem estímulos de dor.
Ex: Bradicinina, modulador que é liberada em situações dolorosas, ativam receptores associados à proteína G, que libera IP3 que libera cálcio do retículo endoplasmáicos e PKC que ativa TRPV1, que abre o canal e permite entrada de cálcio, sinalizando dor. 
Vários mediadores liberados em uma lesão podem contribuir para capacidade/percepção de uma determinada dor.
Dor referida: ocorre pela convergência das fibras aferentes viscerais e somáticas nociceptoras que entram no mesmo segmento da medula espinhal. 
Principais classes de neurotransmissores liberados pelos neurônios sensoriais nociceptivos 
As principais são glutamato, substância P, opióides, onde receptores estão no corno dorsal superficial da medula espinhal. 
Hiperalgesia
•Limiar reduzido à dor 
•Aumento da Sensibilidade à dor 
•Sensibilização de Nociceptores periféricos por exposição repetitiva a estímulos mecânicos nocivos 
Ocorre quando uma área já sensibilizada é ativada novamente ao estímulo de dor por estímulos que não seriam nocivos. Isso é mediado por vários mediadores químicos que estão sendo liberados na região da lesão. 
Primária: no local da lesão em si
Secundária: vermelhidão ao redor da lesão que também sofre sensibilização pela liberação de mediadores e recrutamento de células específicas do sistema imune que também libera mediadores que ativam ainda mais fibras nociceptivas. 
Analgésicos
Alguns analgésicos, como a aspirina, pode problear a produção da prostaglandina, controlando uns dos mediadores de dor, diminuindo a sensação de dor. 
- Neurotrofinas, fatores tróficos, também são mediadores da dor. É transportado até o corno dorsal onde fazem sinapse com nurônios de segunda ordem potencializam a dor.
Sensibilização Central
A ativação de fibras nociceptivas na periferia pode induzir a produção de certos neuropeptideos que podem afetar sinapses no corno dorsal da medula espinhal, ocorrem a sensibilização central. 
As fibras do tipo A delta quando ativadas liberam neurotransmissores como glutamato podem ativar receptores que induzem certa despolarização do neurônio. 
Quando ocorre a ativação da fibra C, além da liberação dos neurotransmissores, tem o fenômeno da potenciação, onde é possível ativar por mais tempo a sinapse com o recrutamento de mais receptores para a membrana, e essa inserção de mais receptores aumenta a sinalização. 
Essa regulação da sinapse da fibra C com o neurônio de segunda ordem = sensibilização central.
Via Ascendente da Dor
Trato Espinotalâmico: neurônio nociceptivo cruza o hemisfério no próprio segmento da medula espinhal e ascende pelo trato espinotalâmico. Esse neurônio se projeta, passa pelo bulbo, pelo tálamo e para o córtex somatossensorial primário.
2 principais vias ascendentes sensoriais somáticas
Regulação da Dor
massagem que para a dor: fibra da dor e do tato fazem sinapse com interneurônio. Se o estímulo relacionado ao tato for mais forte que da fibra nociceptiva, pode regular a transmissão sináptica da fibra de dor, ‘bloqueia’ parcialmente a fibra de dor por esse interneurônio >> Teoria do Portão para o Controle da Dor.
Vias descendentes de controle da dor
Populações de neurônios que interligam regiões distintas. Mediadas principalmente por opiódes, que diminui a sinalização das fibras nociceptivas. 
Circuitaria Nociceptiva no Corno Dorsal
O neurônio de segunda ordem faz sinapse com o nociceptor, interneurônios também podem regular essa resposta pois libera opioide, e um neurônio noradrenergico ou serotoninérgico que regule a liberação de opióide pelo interneurônio;
O neuro. Noradrenergico estimula ointer a liberar opioide, que bloqueia a informação levada pela fibra nociceptiva e diminui a dor.
 
Receptores Opióides
Abrem canais que permitem efluxo de potássio e influxo de cálcio, hiperpolarizando a membbrana e dificultando a ativação da fibra.
TERMORRECEPTORES
As fibras são as mesmas da nociceptivas, A delta e C, e a transdução da temperatura ocorre através da ativação de transmissores TRP. 
Podem ser ativados tbm por substancias como mentol e principio ativo da pimenta. Cada tipo de TRP tem uma faixa ótima de temperatura para sua ativação. 
Assim como outros receptores, eles também podem sofrer uma adaptação. 
A queda de temperatura aumenta a resposta do receptor de frio e vai diminuindo ao longo do tempo com a estabilidade da temperatura. Quando a temperatura aumenta, para de responder. 
Aula 3 – Sistema auditivo
O som é a impressão fisiológica produzida pelas ondas sonoras (variações audíveis na pressão do ar). 
Som é a perturbação vibratória do ambiente que pode ser medido em:
– Intensidade (0 a 120 dB) 
– Frequência (20 a 20.000Hz) 
Produção do som pelas variações da pressão do ar
ar comprimido – nas cristas – maior pressão do ar
ar rarefeito – nas depressões
Frequência e intensidade das ondas sonoras: 
- Baixa frequência: menos ondas em um dado tempo\intervalo.
- Alta frequência: mais ondas em um dado tempo\intervalo.
- Baixa intensidade: ondas baixas (altura <).
- Alta intensidade: ondas mais altas (altura >).
Som
- som grave: onda sonora de baixa frequência 
- som agudo: onda sonora de alta frequência 
- Som alto – alta amplitude
Capacidade auditiva de humanos: de 16 a 20000 Hz. 
Anatomia do sistema auditivo:
Primeiros estágios da via auditiva:
-
Onda sonora move a membrana
 Timpânica 
→Membrana
 Timpânica move os ossículos 
→
Ossículos movem a memb
rana
 da janela oval 
→
Movimento da janela oval move o fluído da cóclea 
→
Movimento do fluído na cóclea causa uma resp
osta nos neurônios sensoriais.
→ Ouvido externo: 
Pavilhão c
aptura e concentra o 
som oriundo de uma extensa área-
 
Convoluções
 do Pavilhão
; Canal Auditivo -
 2,5/3 cm
, onde passa o estímulo auditivo.
→ 
onda sonora 
move a membrana timpânica
, que induz o movimento do conjunto de ossículos, que leva a membrana do estribo a pressionar a cóclea na região da janela oval, podendo aumentar a pressão ou diminuir
.
 Tuba de 
Eustáquio
 – comunicação do ouvido coma cavidade nasal.→ Ouvido médio:
→ Ouvido interno – reflexo de atenuação
1 - Funções: 
- Adaptação para sons contínuos de alta intensidade 
- Proteção 
- Retardo: 50 – 100 ms 
No ouvido médio ainda tem dois músculos: o músculo 
tensor do tímpano e o músculo estapédio. Quando eles
 ficam contraídos, diminuem a capacidade de movimentação 
desses ossículos, isso se chama reflexo de atenuação. 
Reduz a capacidade de transmissão das ondas, é uma
 reação de proteção mesmo que seja de adaptação lenta. 
Ou seja, não impede que ouça o primeiro impacto mas 
impede que continue sendo ouvido com alta intensiadade. 
Por isso pode causar dano.
2 - Cóclea
É 
órgão receptor do sistema auditivo
. Membranas para separar as escalas. A cóclea esta preenchida de fluido: na escala vestibular e timpânica por 
perilinfa
 e na escala média por endolinfa. 
Orgão
 de 
Corti
 que tem as células ciliadas que vão 
transduzir
 a onda sonora em sinais elétricos.
A variação dessa membrana vai determinar o tipo de som que esta sendo recebido. Janela redonda para suportar a movimentação do fluido, meio que uma membrana flexível. O estribo pressiona a janela oval, o líquido vai ate o 
helicotrema
 e com essa pressão é necessário ter a janela redonda. 3 - Membrana basilar em uma cóclea desenrolada:
A 
perilinfa
 é movida pela ação do estribo na escala vestibular, com isso a endolinfa é movimentada na escala média já que está logo baixo podendo ter o movimento dessa membrana basilar.4 - Propagação de uma onda na membrana basilar:
Diferentes posições da membrana basilar são deformadas ao máximo para as diferentes 
frequências
 de som. Ápice mais largo e flexível, base mais estreita e rígida. Sons de alta 
frequência
 são capazes de induzir o movimento na base da membrana basilar já que é mais rígida e estreita. Sons de baixa 
frequência
 são mais percebidos no ápice já que é mais flexível e largo. E de média 
frequência
 na região mais central.5 - Resposta da membrana basilar ao som:
 
Órgão que possui as células receptoras auditivas, as que vão fazer a transdução do sinal sonoro para o elétrico - 
São as células ciliadas
. Também tem as células de suporte, pilares de corte (Tb para suporte), lâmina reticular que dão uma base para os cílios, membrana 
tectorial
 de substancia gelatinosa e modíolo fechando (dentro com endolinfa. A esquerda dos pilares de corte está 
as
 células externas, e a direita do pilar as células internas. Mais células externas que internas (3-1). Tudo isso no topo da membrana basilar.6 - Órgão de Corti:
 
7 - Transdução mecanoelétrica pelas células ciliadas:
Canais iônicos sensíveis ao estimulo mecânico. Os canais catiônicos nos 
estereocílios
 estão interligados por filamentos de 
capitina
, com o deslocamento\estiramento os canais são abertos. A endolinfa tem muito potássio (então diferente da maior parte, tem mais potássio fora que dentro da célula). Com a entrada do potássio vai ocorrer uma despolarização da célula (mais positiva dentro) que ativa os canais de cálcio dependentes de voltagem, ocorrendo um influxo de cálcio que pode induzir a liberação dos neurotransmissores. Esse neurotransmissor vai atuar nos neurônios do gânglio espiral que fazem sinapses com essas células ciliadas.
Obs.: Peculiar
 pois
 potássio é despolarizante!Deslocamento dos Estereocílios produzido pelo movimento para cima da membrana basilar. O movimento do fluido vai movimentar a membrana basilar, com isso os estereocílios ligados na membrana tectonial vão se mover, como um deslizamento (memb. tectonial fixa). Os estereocílios estão interligados.
Potenciais: Os estereocílios podem mover para dois sentidos, dependendo disso pode ter um sinal hiperpolarizante (fechamento dos canais, retorno, término) ou despolarizante (para a esquerda, direção ao mais apical – aumento do potencial receptor).
8 - Despolarização das células ciliadas
 
Os neurônios fazem mais sinapses com as células ciliadas externas (poucas) do que com as internas (mais). As células externas podem ser 
amplificadores coclear
.9 - Inervação das células ciliadas pelos neurônios do gânglio espiral
10 - Amplificação pelas células ciliadas externas – amplificador coclear 
Motivo para essa diferença de conexão com neurônios (mais conexões com os externos).
Células Ciliadas Externas atuam como pequenos motores que amplificam o movimento da membrana Basilar durante os estímulos sonoros de baixa intensidade – através das proteínas motoras que provocam uma maior deformação da membrana basilar que faz com que recrute mais células internas, o que aumenta a capacidade de perceber determinado estímulo (maior resposta).
Efeito da Furosemida e dos Antibióticos nas Células Ciliadas Externas:
- Furosemida: bloqueia as células ciliadas externas provocando uma diminuição da capacidade de amplificação coclear, derivada das atividade das células ciliadas externas. 
- Exposição prolongada a antibióticos – lesionam as células ciliadas externas que deixam de ter essa capacidade de amplificação. 
- Propriedades das respostas dos neurônios na via auditiva
O neurônio é mais responsivo ao som de uma frequência característica, pois está localizado num local da membrana basilar que responde a certa frequência (como visto no inicio).
- Intensidade do estímulo
A intensidade do som é codificada pela frequência de disparos dos neurônios e pelo número de neurônios ativos. 
- Vias auditivas
Via: onervo auditivo (os neurônios que saem da cóclea) que se projetam para o núcleo coclear, ai dele vai ter outro neurônio que se projeta para a região oliva superior (tanto no próprio hemisfério quanto no contralateral), nessas regiões tem neurônios que se projetam para o colículo inferior, posteriormente para o núcleo genicular medial (área talâmica) e posteriormente para o córtex auditivo.
- Mapas tonotópicos na membrana basilar e no núcleo coclear
Tonotopia: organização sistemática de 
frequências características em uma
 estrutura auditiva (a preferência 
por frequência de acordo com a região); 
Mapas tonotópicos existem na membrana 
basilar, nos núcleos de retransmissão 
auditivos, nos NGM e no córtex auditivo. 
Cada região dessa tem um mapa carcterístico.
Mapas tonotópico para sons complexos : tanto 
de baixa quanto de alta frequência , deformando diferentes regiões da membrana basilar e ativando diferentes populações de neurônios de acordo com o neurônios que estão sendo ativados por esse estímulo auditivo. 
- Sincronia de fase na resposta das fibras do nervo auditivo
Representação das diferentes frequências: 
Baixas Frequências – Apenas com a sincronia de fase, pois o neurônio vai disparar na mesma frequência que a onda sonora que está sendo recebida;
Frequências Intermediárias – precisa tanto da tonotopia quanto da Sincronia de Fase, pois o neurônio não responde na mesma frequência que a onda sonora. Então a tonotopia e a sincronia de fase são necessárias para saber que frequência está sendo dispara;
Altas Frequências - Apenas pela tonotopia, neurônio não dispara na mesma sincronia que a onda, então só com o mapa para saber a frequência da onda.
- Mecanismos de localização do som
Retardo temporal interauricular como uma informação para a localização do som (Sons entre 20-2000 Hz); 
Diferença de intensidade interauricular como uma informação para a localização do som (Sons entre 2000-20000 Hz);
Sensibilidade dos Neurônios (Oliva Superior) com resposta binauricular à localização do som.
- Tipos de surdez
Surdez de Condução: perda de audição resultante de um distúrbio na condução do som do ouvido externo à cóclea. Possíveis causas: cera em excesso, ruptura da membrana timpânica, fusão dos ossículos ao osso do ouvido médio;
Surdez Neural: perda auditiva associada à perda de neurônios, tanto do nervo auditivo como das células ciliadas da cóclea. Possíveis causas: tumores que afetem o ouvido interno, antibióticos, exposição a sons altos.
- Implantes coclear
Implanta eletrodo para substituir o papel da cóclea. Se o nervo auditivo está normal (fazendo sinapse), então o eletrodo dispara os sinais para eles (papel da cóclea). Tem um sistema que capta o estimulo (implantado logo abaixo da orelha) e um aparelho com eletrodos onde estaria a cóclea, esse estão conectados.

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