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Rafaela Pamplona 
Organização e Funções Gerais do SN
 
► Aspectos gerais – Neurofisiologia do século XVIII 
- Organização anatômica do SN: reconhecimento das divisões central e 
periférica. Essa divisão é didática, o SN “não se vê” como algo dividido, o 
que acontece em um repercute no outro e no organismo como um todo. 
- Didaticamente o SN central é a parte do SN que está contida em uma 
cavidade óssea, Ex.: encéfalo (dentro do crânio) e medula espinhal (dentro 
da coluna vertebral. Enquanto o SN periférico é composto por gânglios e 
nervos. 
 
► Aspectos Gerais Externos da Anatomia Encefálica 
 
 
 
► Medula Espinhal, Raízes Espinhais e Segmentos Medulares 
Todos os nervos espinhais saem de raízes que têm origem em somente 
duas regiões da medula: ou saem das pontas das colunas (cornos) dorsais 
ou saem da fissura anterolateral da medula. A parte mais anterior chama-
se raízes ventral e a mais posterior de raízes dorsais, que se unem para 
formar uma única estrutura, os gânglios e os nervos espinhais. 
 
 
 
 
► Organização Macroscópica do SN 
 
O SNC é formado pelo encéfalo e pela medula espinhal. O encéfalo, por 
sua vez, engloba o cérebro, cerebelo e o tronco encefálico. O cerebelo 
é responsável pelo equilíbrio do corpo, controlando os músculos do 
corpo. O tronco encefálico liga o encéfalo a medula espinhal. 
 
► Padrão de Distribuição dos Nervos Espinhais 
Segmentos medulares é a parte da medula espinhal de onde partem as 
raízes ou filamentos radiculares anteriores ou ventrais (motores) e 
posteriores ou dorsais (sensitivos) que entram na formação de um único 
nervo espinhal. 
 
 
► Propriedades Essenciais de um Ser Vivo 
- : propriedade de ser sensível a um estímulo, permite que 
a célula detecte as modificações do meio. 
: ao reagir a um estímulo a célula da origem a um 
impulso. 
 é a resposta ao impulso 
 
 
Rafaela Pamplona 
► Formação Básica dos Circuitos Neuronais 
O desenvolvimento de arcos funcionais 
: são fibras ou feixes de fibras que 
trazem impulsos para uma determinada aérea do SN. 
: são fibras que levam impulsos de uma 
determinada área do SN. 
Logo, aferente se refere ao que entra no SN e eferente ao que sai do 
SN. 
: 
responsável por fazer a associação de um segmento com outro. 
 
Arco Reflexo Intrasegmentar 
O estímulo é aplicado em um segmento dá origem a um impulso, que é 
conduzido pelo neurônio sensitivo ao centro (gânglio). O axônio deste 
neurônio faz sinapse com o neurônio de associação, também localizado 
no gânglio cujo axônio, passando pela corda ventral, estabelece sinapse 
com o neurônio motor do segmento vizinho. Deste modo, o estímulo se 
inicia em um segmento e a resposta se faz em outro. 
 
 
O existe independente da vontade, é a resposta a um dado 
estímulo recebido por um nervo, ocorrendo de forma inconsciente 
(excitação processada na medula e não no encéfalo). Pode ser classificado 
em: 
: controlam os sistemas respiratório e cardiovascular 
: 
~ Exteroceptivos: estimulados por receptores cutâneos sensíveis a 
pressão, temperatura, dor e tato. 
~ Proprioceptivos: estimulados por receptores localizados nos 
músculos, ligamentos, articulações e tendões. 
 
Reflexo patelar: o martelo produz estiramento do tendão que acaba por 
estimular receptores no músculo quadríceps, dando origem a impulsos 
nervosos que seguem pelo neurônio sensitivo. O prolongamento central 
desses neurônios penetra na medula e termina fazendo sinapse com 
neurônios motores aí situados. O impulso sai pelo axônio do neurônio 
motor e volta ao membro inferior, onde estimula as fibras do músculo 
quadríceps, fazendo com que a perna se projete para a frente. 
 
► Organização Funcional Geral do SN 
➢ – componentes sensoriais. 
Receptores sensoriais → neurônios aferentes primários. 
Gânglios da raiz dorsal ou dos nervos cranianos. 
Os neurônios aferentes geram as sensações, eles estão na linha de frente 
para receber o estimulo, ou seja, algo que pode gerar uma resposta é 
percebido por esses componentes. 
Só pode ser dito que houve estimulação se houver uma estrutura que 
seja afetada por algum tipo de evento ambiental. 
➢ – substância cinzenta do SNC 
e Interneurônios Entéricos. 
➢ – componentes motores 
 - Motoneurônios Somáticos 
 - Núcleos motores 
 - Medula espinhal ou tronco encefálico 
- Motoneurônios Autonômicos 
 - Neurônios pré e pós ganglionares 
 
 
 
► Microestrutura do SN 
: permitiu a visualização de 
diferentes tipos de neurossomas (=corpo de uma célula nervosa). Com 
essa identificação, passou-se a classificar o neurônio de acordo com o 
formato do neurossoma e de sua célula dendrítica. 
- Estudo da citoarquitetura 
- Diferenciação entre neurônios e células gliais. Há muito mais células da 
glia que neurônios, principalmente astrócitos. 
- Identificação dos corpúsculos de Nissl (aglomerados de ribossomos) 
Sincício: células isoladas que durante o seu desenvolvimento, ao 
encostarem uma na membrana da outra, as membranas se fusionam, 
 
Rafaela Pamplona 
gerando poros entre os citoplasmas, de modo que todo o conjunto 
parece ser um só. 
Neuritos: prolongamentos dos neurossomas 
- Teoria Reticular (Golgi) X Teoria Celular de Schwann (Cajal) 
 
 
Unidade Funcional Básica - Neurônio 
São as unidades básicas do SN, ou seja, são células especializadas na 
transmissão de informações, por meio de impulsos nervosos. 
→ 
Nucléolo proeminente 
 – perde a capacidade de orientação das 
estruturas em desenvolvimento durante a divisão celular. Devido a essa 
característica, o neurônio maduro quando sofre algum dano, ele perde 
sua capacidade de regeneração e acaba se degenerando. 
Ribossomas 
Mitocôndrias 
Retículos endoplasmáticos 
Melanina - Locus ceruleus 
- Substância negra 
 
► Classificação dos Neurônios 
→ 
- Esferoidais – corpo neuronal com formato esférico, normalmente 
não tem dendritos, possui apenas axônio. 
- Piramidais – corpo neuronal e o campo dendrítica com formato 
piramidal, tem rede dendrítica e axônio. Normalmente, o axônio sai da 
base da pirâmide. Esse é chamado de neurônio é polarizado, significa 
que o axônio sai do neurônio em direção perpendicular à superfície do 
córtex essa característica conformacional é importante porque permite 
a existência das bases (das ondas) do registro do eletroencefalográfico. 
A despolarização sempre começa na região dendrítica O córtex 
cerebral é dividido em 6 camadas, onde duas delas (3 e 5) são ricas em 
neurônios do tipo piramidal. 
- Estrelares – seus prolongamentos seguem em todas as direções, 
difícil identificar o axônio. 
- Piriformes (de Purkinje) – presente no córtex do cerebelo, 
bem polarizado e direcionado do campo dendrítico e da saída do axônio. 
→ 
- Unipolar – encontrado em invertebrados 
- Pseudo-unipolar – segundo mais comum. Não tem dendrito, 
ambas as ramificações têm características axonais. Presentes nos 
gânglios das raízes dorsais., quando apenas um axônio é emitido do 
corpo celular. 
- Bipolar – duas saídas axonais, presente na mucosa de revestimento 
do nariz e na retine. 
- Multipolar – mais comum. 
 
 
 
 
 
 
 
Rafaela Pamplona 
► Estrutura Neuronal: Dendrito 
- Afunilam à medida que se afastam da origem 
- Presença dos receptores – região rica em receptores moleculares e 
neurotransmissores, sendo eletricamente pouco excitável, de forma geral, 
o potencial de ação não se gera ou propaga. Ele despolariza, mas não 
propaga potencial de ação. 
- Espinhos dendríticos – pequenos prolongamentos (ramificações). Local 
onde circundam os botões sinápticos. Pode se modificar de acordo com 
suas necessidades, alterações no número, no comprimento, na disposição 
espacial e na densidade das espinhas dendríticas (conceito de plasticidade 
neuronal). 
- Importância do tamanho e da área do campo dendrítico: quanto mais 
ramificado e maior em número, melhor a possibilidade receber 
informações dediversas origens. 
 
► Estrutura Neuronal: Axônio 
- Geração do potencial de ação 
- Canais de Sódio Dependentes de Voltagem 
- Ramificação do axônio: ramificação mais distal, em ângulo reto e 
mantendo o diâmetro. Normalmente, é menos ramificado que o dendrito. 
Nos neurônios multipolares a região do cone de implantação do axônio é 
rica em canais proteicos de sódio, essa característica permite que se inicie 
o potencial de ação. 
Todos os estímulos elétricos que ocorrem nos dendritos e no soma 
convergem para o cone de implantação. Esses eventos podem resultar 
na despolarização de membrana, com a presença dos canais de sódio 
pode ser gerado um potencial de ação. 
 
- : transmissão sináptica. 
No terminal axonal não há mais as características necessárias para que 
ocorra a propagação do potencial de ação, ou seja, é uma região pobre 
em canais de sódio dependentes de voltagem. No entanto, possui outros 
canais importantes para outros íons, também podem ter botões sinápticos. 
Sua principal função é a síntese e liberação de neurotransmissores, 
caracterizando a transmissão sináptica. 
 
 
► Tipos de Sinapses 
 
- Axo-somática 
- Axo-axônica é importantíssima para a regulação da resposta que o 
neurônio seguinte dá ao neurônio inicial. 
- Axo-dendrítica 
 
► Segmentos funcionais do Neurônio 
: dendritos e neurossoma 
: zona de gatilho, local onde é gerado o potencial 
de ação (cone de implantação). 
: axônio 
: além de produzir e liberar neurotransmissores, 
também pode receber informação sináptica. Com essa função, há duas 
regiões receptivas, tanto o neurossoma quanto o terminal de transmissão. 
 
 
 
 
 
Rafaela Pamplona 
► Citoesqueleto Funcional do Neurônio 
: são responsáveis por dar forma e rigidez, 
pela modificação de forma e mobilidade, pelo crescimento e renovação 
da estrutura neuronal, além de funcionar como meio de transporte para 
substâncias dentro do neurônio. 
 
 
As três principais proteínas do citoesqueleto são: 
→ : é a mais calibrosa, microtúbulo, sua espessura é semelhante 
a distância existente entre os neurônios em uma fenda sináptica. O sistema 
microtubular tem importante função dendrítica, pois são elementos 
essenciais para a elaboração das ramificações dendríticas. São estruturas 
especializadas, tem interrelações com os neurofilamentos, além de serem 
responsáveis pelo transporte intracelular. 
MAPs = interconexão entre os microtúbulos. proteína Tau, substância 
amilóide e correlação com a doença de Alzheimer. 
Ao longo do axônio, do cone de implantação até o terminal, a vários 
microtúbulos interligados a membrana e entre os próprios microtúbulos, 
por meio das proteínas associadas ao microtúbulo, responsáveis por 
ancorá-los. 
Proteínas Tau = são proteínas de associação entre os microtúbulos que 
tem projeção para fora da célula. 
Quando essas proteínas se acumulam pode prejudicar a transmissão do 
potencial de ação, favorecendo o surgimento de doenças 
neurodegenerativas, como Alzheimer. 
→ : constituem os filamentos intermediários. São 
essenciais para a manutenção da forma neuronal, da arborização 
dendrítica e para o crescimento axonal e transporte de moléculas e 
organelas no sistema nervoso. 
Astrócitos – proteína acida fibrilar glial: correlação com o grau de 
reatividade astrocitária 
Mutações em genes que codificam neurofilamentos ou suas proteínas 
ligantes podem causar inibição no transporte axonal. Adicionalmente, o 
acúmulo anormal de proteínas dos neurofilamentos é uma característica 
comum a muitas doenças neurodegenerativas, como a doença do 
neurônio motor humana (ex.: ELA – esclerose lateral amiotrófica). 
O neurofilamento de cadeia leve (NFL, na siga em inglês) que funciona 
como um marcador no sangue que dá uma indicação de perda de células 
nervosas no cérebro. Esta proteína se acumula no sangue das pessoas 
muito antes da doença se manifestar, provocando danos cerebrais e 
outras doenças, como esclerose múltipla. 
→ : é a mais fina, microfilamento, formam uma estrutura complexa 
responsável pelo controle da forma celular, distribuição das proteínas de 
membrana e tráfego intracelular, crescimento e regeneração. Presente 
principalmente nos dendritos, nos cones de crescimento quando o 
neurônio está reagindo a uma secção no axônio e nas modificações dos 
espinhos dendríticos. 
 
► Transporte Axonal – transporte axoplasmático 
Por não possuírem ribossomos, REL e mitocôndrias, os axônios 
necessitam de fluxo continuo de substâncias solúveis e de organelas que 
se deslocam do pericárdio até a terminação axônica. Contudo, a 
renovação dos componentes da terminação nervosa é feita de um fluxo 
em sentido contrário, ou seja, do axônio ao pericárdio. 
As tubulinas são importantes para o transporte axonal, tanto neurossoma 
– terminal quanto no sentido inverso. 
 
→ (se move ou se estende para a frente) : é o 
transporte que saí do soma para o terminal, com velocidade variável entre 
0,1 a 10 mm/dia. Responsável por transportar enzimas e moléculas solúveis. 
→ : é o transporte que saí do neurossoma para 
o terminal, com velocidade variável entre 50 a 1000 mm/dia. “Vai carregada 
e volta vazia” 
Cinesina – são microtubulinas, que funcionam como trilhos, são 
proteínas carreadoras unidirecionais quando estão carregadas. Essas 
proteínas têm afinidade por organelas celulares, ao se ligarem o 
deslocamento é iniciado no sentido do terminal axônico. Ou seja, são 
proteínas móveis que se deslocam no sentido do terminal axônico quando 
 
Rafaela Pamplona 
estão carregadas por grandes organelas celulares limitadas por 
membranas, como mitocôndrias e vesículas de secreção. 
 
 
→ : a velocidade varia de 200 a 300 mm/dia. 
Dineína: sua função é inversa a cinesina, ou seja, do terminal para o 
neurossoma, transportam lisossomas e enzimas. Vírus como o herpes 
zoster (catapora) utiliza esse mecanismo de transporte. 
 
 
► Neuróglia e a Sustentação do SN 
As células da Glia, Gliócitos ou Neuróglia são responsáveis pela sustentação 
e pela proteção dos neurônios. São células com grande importância para 
o neurônio, sendo a sua principal função a nutrição (além da estrutural). 
As células da glia são geralmente menores que os neurônios, porém, são 
de 5 a 10 vezes mais numerosas. Apesar de essas células não produzirem 
potencial de ação, elas participam do controle do meio onde estão os 
neurônios. Outra característica é que elas são capazes de se dividirem 
mesmo na fase adulta. 
 
 
 
 
 
→ : correspondem a maior população celular do SN. Em 
termos de citoesqueleto possuem as mesmas proteínas dos neurônios, 
seu neurofilamento característico é a proteína GEAP (proteína ácida 
fibrilar glial), ela confere a rigidez e o suporte mecânico para o tecido 
nervoso. Funcionam como meio de separação entre os neurônios (exceto 
nas sinapses). 
Ligam os neurônios aos capilares e à pia-mater, para nutrição, além disso 
eles dão sustentação, formam uma rede de comunicação, cicatrização e 
manutenção do equilíbrio químico. Chamam de pés vasculares 
(transferências de moléculas e íons). 
Seus prolongamentos citoplasmáticos têm funções: 
- Auxiliar na barreira hematoencefálica que regula a passagem de 
substâncias do sangue para as células nervosas. 
Barreira hematoencefálica: composta por três 
elementos – junções intercelulares, membrana 
basal e por fora o revestimento pelos astrócitos. 
- Captação de neurotransmissores. Participam no metabolismo de 
neurotransmissores e mantem o equilíbrio do potássio no microambiente 
(=tamponamento do potássio extracelular) dos neurônios do SNC para a 
geração de impulsos nervosos. 
- Isolamento de sinapses, deixando-a mais eficiente por formar uma 
espécie de bolsa evitando que os neurotransmissores sejam perdidos no 
interstício. O astrócito possui comunicação por junções abertas (=sincício). 
- Formação da glia radial tem papel fundamental como guia de 
crescimentopara os neurônios. 
- Capacidade proliferativa e reacional, com formação de GLIOSE (cicatriz 
no cérebro) após a morte neuronal 
• Astrócito protoplasmático – predomina na substância cinzenta, 
possuem prolongamentos curtos e mais ramificações 
(aspectos grosseiros) 
• Astrócito fibroso – predomina na substância branca, possuem 
prolongamentos longos e menos numerosos. 
→ : é sintetizada na medula óssea, 
possuem a mesma origem embrionária dos macrófagos, ou seja, são 
células relacionadas ao sistema de defesa, realizando fagocitose no SN. 
Está presente em pouca quantidade. 
 
Rafaela Pamplona 
São células que apresentam o complexo de histocompatibilidade (MCH-I 
e MCH-II) – responsável pela apresentação do complexo antígeno – MCH 
ativa as células T → as células T iniciam o processo de reação inflamatória 
quando necessário, com a produção de citocinas (IL-1 = interleucina I; TNF-
α). 
→ revestimento celular do SNC. São as células 
responsáveis pela produção da bainha de mielina no SNC. Cada 
oligodendrócito pode mielinizar vários segmentos de vários axônios. Ao 
emitir seus prolongamentos oferecem proteção e isolamento aos axônios. 
O axônio pode não ter esse envoltório mielínico ou ter apenas uma 
camada, sendo chamado de fibra amielínica ou contínua, essa fibra passa 
a condução mais lenta e com maior gasto de ATP. Já a fibra mielínica é 
quando o axônio é revestido por várias voltas dos envoltórios da bainha 
de mielina, nessa fibra a condução é saltatória, rápida e com gasto 
pequeno de ATP. 
→ : revestimento celular do SNP. É a célula glial 
do sistema nervoso periférico. São as células presentes no SNP cujo a 
função é a mielinização das fibras nervosas dos neurônios do SNP. Sua 
função é análoga a dos oligodendrócito, porém, no SNP. 
Diferente dos oligodendrócitos, as células de Schwann só podem mielinizar 
uma fibra nervosa somente em um segmento curto de tal forma que 
várias células de Schwann precisam se dispor, como em uma fila, para 
cobrir toda a extensão do axônio. 
As células de Schwann tem seu citoplasma enrolado várias vezes em si 
mesma, semelhante a um bolo de rocambole, esse enrolamento pode se 
repetir até 50 vezes. Ao final de uma célula de Schwann e começo de 
outra a uma fenda desmielinizada expondo o axônio do neurônio, essa 
pequena fenda desmielinizada recebe o nome de Nódulo de Ranvier. 
É na região do nodo de Ranvier que há a presença dos canais de sódio 
dependentes de voltagem que podem gerar os potenciais de ação. 
 
 
Lembrar!!! 
► oligodendrócito = uma célula para vários axônios 
► célula de Schwann = várias células para um axônio 
As células de Schwann são importantes na regeneração neuronal 
periférica. na degeneração ortógrafa ou walleriana (no axônio separado) 
com coto axonal distal a secção. É um processo resultante do corte ou 
esmagamento de uma fibra nervosa, no qual a parte do axônio que é 
separada do corpo do neurônio degenera distalmente em relação à lesão. 
 
 
O neurônio motor que sofre uma secção no axônio a porção distal, que 
está separada do neurossoma vai se degenerar devido a falta de nutrição 
suficiente. Mas o segmento proximal, ainda em contato com o 
neurossoma, deixa de receber qualquer tipo de sinalização via retrograda, 
além das próprias citocinas e passa a reativar esse processo de tentativa 
de regeneração e reinervação da célula alvo, dependendo da distância, 
do tempo e da habilidade cirúrgica do médico responsável pela 
reaproximação essa, as células de Schwann são mantidas viáveis. 
♥ Cromatólise central 
A secção do axônio pode causar no neurônio alterações conhecidas como 
cromatólise central ou reação axonal: o corpo celular sofre tumefação, 
com desaparecimento dos corpúsculos de Nissl (devido ativação dos 
ribossomos) na porção central da célula e deslocamento do núcleo para 
a periferia. O segmento axonal proximal emite prolongamentos em busca 
de sinais químicos até encontrar as antigas células de Schwann. Ao 
encontrá-las o axônio volta a crescer dentro dos canais de orientação 
mantidos pelas células de Schwann. 
Estas alterações são geralmente reversíveis e interpretadas como um 
estado de metabolismo aumentado para favorecer a regeneração do 
axônio. Alteração semelhante pode ser observada em certas lesões 
crônicas do neurônio como, por exemplo, na pelagra. 
Essa regeneração só é possível porque cada grupo de células de 
Schwann só é responsável por um axônio, por uma única fibra nervosa. 
 
► Regeneração do contanto neural após lesão 
→ : 
- Brotamento do coto proximal remanescente 
- Preservação da integridade das células gliais e da matriz de 
endoneuro no nervo periférico. 
- Canais de orientação pelas células de Schwann 
- Formação de neuroma nas lesões de separação acima de 3mm 
→ : 
- Incapacidade de formação de canais de orientação 
~ mielinização feita por oligodendrócitos (recolhem seus 
prolongamentos após a lesão 
~ preenchimento rápido por astrócitos 
 
http://anatpat.unicamp.br/bineuhistogeral.html#cromat%C3%B3lise
 
Rafaela Pamplona 
► Conceitos Básicos 
: grupamento de neurônios (corpos celulares) e células da glia 
situados fora do sistema nervoso central e envoltos por uma cápsula de 
tecido conjuntivo. Mesmo sendo parte do SNP, os nervos penetram nas 
cavidades ósseas para fazer conexão com o SNC e possibilitar o fluxo de 
informações aferentes e eferentes. Assim, a definição anatômica de SNC 
e de SNP está intimamente relacionada com a embriogênese do sistema 
nervoso. 
 feixes de axônios periféricos com uma rota comum 
 feixe de axônios com a mesma região de origem, destino e função. 
Na denominação de um trato, geralmente, indica-se primeiro a origem, 
depois o destino e, por vezes, sua posição relativa 
 cruzamento de axônios perpendicular ao plano sagital 
mediano. As fibras provenientes de cada lado têm direção semelhante, 
mas sentidos opostos 
 cruzamento oblíquo de axônios no plano sagital mediano 
 feixe compacto de axônios 
 significa “cordão”. Utiliza-se para determinar regiões de 
substância branca pelas quais navegam tratos e fascículos 
 significa “fita”. É um feixe achatado de axônios 
 axônio envolto pela célula glial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rafaela Pamplona 
Formação Embrionária e 
Organização Estrutural do SN 
 
► Desenvolvimento Inicial – Gastrulação 
 
 
 
 
 
 
Da linha primitiva: 
- Mesoderma extraembrionário 
- Mesoderma do embrião 
- Processo notocordal 
- Endoderma do embrião 
Durante a terceira semana o rápido desenvolvimento do embrião é 
caracterizado por: 
 - aparecimento da linha primitiva 
 - desenvolvimento da notocorda 
 - diferenciação das 3 camadas germinativas 
 é o início da morfogênese (formação dos sistemas) 
formação das camadas germinativas, são precursoras de todos os tecidos 
embrionários. É iniciado com a formação da linha primitiva na superfície 
do epiblasto. 
• Ectoderma embrionário: origina a epiderme, SNC e SNP 
• Mesoderma embrionário: origina a musculatura lisa, tecido 
conjuntivo, células do sangue, musculatura esquelética... 
• Endoderma embrionário: vias respiratórias e trato gastrointestinal 
 
 
 
: é o primeiro sinal da gastrulação. Resulta na 
proliferação e migração das células do epiblasto para o plano mediano do 
disco embrionário. Na região caudal a linha se alonga pela adição de células, 
enquanto na região cranial ela se prolifera (↑volume), formando o nó 
primitivo. Essa conformação ajuda a identificar o eixo céfalo-caudal do 
embrião. 
 
Destino da linha primitiva: 
Depois da 4º semana a linha primitiva diminui de tamanho relativo e torna-
se uma estrutura insignificante na região sacrococcígea do embrião. A 
persistência de resquícios da linha primitiva pode dar origem aum tumor 
= teratoma. 
Processo Notocordal e Notocorda 
As células mesenquimais migram cefalicamente do nó e da fosseta, 
formando um cordão celular mediano, o processo notocordal (fosseta 
primitiva), a luz dele canal notocordal, até alcançar a placa pré-cordal, onde 
• 
- Endoderma do saco 
vitelínico 
~ Mesoderma 
extraembrionário 
• 
- Ectoderma do âmnio 
- Ectoderma do embrião 
- Linha Primitiva 
 
Rafaela Pamplona 
o ectoderma e o endoderma estão em contato. Esse processo é essencial 
para a indução do cérebro anterior e do olho. 
A placa pré-cordal é o primórdio da membrana bucofaríngea (futura 
cavidade oral) que tem como papel ser o centro sinalizador para controlar 
o desenvolvimento de estruturas cranianas. 
A notocorda define o eixo primitivo e fornece os sinais necessários para 
o esqueleto axial. Ela se estende da membrana bucofaríngea até o nó 
primitivo. Degenera e desaparece quando os corpos vertebrais se 
formam, mas persiste como o núcleo pulposo de cada disco intervertebral. 
A notocorda induz o ectoderma a formar a placa neural, primórdio do 
sistema nervoso central. 
 
► Desenvolvimento Inicial – Neurulação 
: são os processos envolvidos na formação da placa neural 
e das pregas neurais e no fechamento dessas pregas para a formação 
do tubo neural. O espessamento do ectoderma forma a placa neural, que 
dará origem ao SNC. 
Por volta do 18º dia, a placa neural se invagina e forma o sulco neural 
mediano com pregas neurais, a fusão das pregas converte a placa em 
tubo neural. A crista neural se separa em partes, direita e esquerda, e 
origina os gânglios sensitivos dos nervos cranianos e os gânglios espinhais. 
 
 
 
A placa neural, muda sua conformação, com elevação das suas bordas 
laterais (pregas neurais), passando a se chamar sulco neural. As pregas 
neurais vão se aproximando e o sulco neural se aprofundando, formando 
a goteira neural. Quando as pregas neurais se fundem, forma-se então o 
tubo neural. Durante a formação do tubo neural, em embriões de cerca 
de três semanas e meia, na região de fusão das pregas neurais, células 
se desprendem da superfície e migram para as laterais do tubo neural, 
essas células constituem a crista neural. A crista neural se forma até no 
mínimo quatro semanas e meia, no encéfalo, e durante muito mais tempo 
na medula espinhal. 
O fechamento do tubo neural tem início na região central do embrião e 
migra para as regiões periféricas, formando o neuroporo rostral (abertura 
anterior, encéfalo) e o neuroporo caudal (medula espinhal) 
 
 
► Estruturas e Relações do Tubo Neural 
 
 
: relação com os prolongamentos centras dos neurônios 
sensoriais (gânglios ou raízes dorsais). Recebe fibras nervosas (axônio) de 
fora. (raízes sensitivas) 
: motoneurônios somáticos e viscerais (raízes ventrais). 
Emite fibras nervosas (axônio) para fora. (raízes motoras) 
: separação motora-sensitiva, relação com a inervação 
visceral 
: epêndima do plexo coróide 
: sulco mediano do IV ventrículo 
Relações das Placas Alares e Basais 
 
 
Rafaela Pamplona 
 
As cristas neurais se encontram paralelamente ao tubo neural, no lado 
direito e esquerdo, elas contêm neuroblastos em formação que ao se 
desenvolver, como todo neurônio, emite axônios, estabelecendo a ligação 
entre as cristas neurais com a placa alar. Enquanto isso, a placa basal emite 
axônios em direção as estruturas mesodérmicas em formação, chegando 
ao ectoderma e endoderma. Na placa basal encontramos neurônios 
multipolares, sua vasta rede dendrítica ajuda a formar a substância cinzenta 
da medula espinhal. Já no gânglio da raiz dorsal, os neurônios são do tipo 
pseudo-unipolar que emite dois ramos, o ramo central que se dirige a 
placa alar e o ramo periférico que se dirige tanto para as estruturas 
mesodérmicas viscerais quanto ectodérmicas somáticas. Essa 
configuração estabelece um elo entre a pele e as vísceras com o sistema 
nervoso. 
 
Todo axônio e todo neurônio são ricos em estruturas que podem gerar 
e propagar um potencial de ação, mas funcionalmente, no neurônio 
multipolar o potencial de ação é gerado no cone de implantação e 
propagado no axônio no sentido da periferia, caracterizando uma fibra 
motora = fibra eferente. 
No neurônio pseudo-unipolar o potencial de ação, normalmente, não tem 
inicio no cone de implantação. A região que é mais susceptível ao impacto 
elétrico é a estrutura no terminal periférico e propagado no sentido do 
sistema nervoso central, caracterizando uma fibra sensitiva = fibra 
aferente. 
A geração e o sentido do potencial estão relacionados as estruturas e as 
funções. 
 
 
 
 
 
► Desenvolvimento do Encéfalo 
o tudo neural sofre dilatações, que 
consequentemente dilatam a luz naquela região. As dilatações da luz do 
tubo neural constituirão os ventrículos encefálicos. 
O tubo neural sofre três dilatações, produzindo as vesículas primordiais, 
sendo prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo. 
O encéfalo no embrião é formado aproximadamente na quarta semana, 
o tubo neural subdivide-se rapidamente nas vesículas encefálicas primarias, 
que, em seguida, por volta da quinta semana, formam as vesículas 
encefálicas secundárias. Essas cinco vesículas diferenciam-se em 
estruturas encefálicas adultas. 
5ª semana: 3 vesículas encefálicas primárias 
Prosencéfalo 
Mesencéfalo 
Rombencéfalo 
Inclinação do eixo longitudinal 
Flexura cefálica (entre o mesencéfalo e prosencéfalo) 
Flexura cervical (entre encéfalo e medula espinal) 
7ª semana: 5 vesículas secundárias 
• Prosencéfalo: telencéfalo e diencéfalo 
• Mesencéfalo 
• Rombencéfalo: metencéfalo e mielencéfalo 
• Flexura pontina (entre metencéfalo e mielencéfalo) 
 
 
Rafaela Pamplona 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 – é um canal estreito, no mesencéfalo, que conecta 
o terceiro e o quarto ventrículos, permitindo a passagem do liquido 
cefalorraquidiano. A sua volta há uma grande quantidade de substância 
cinzenta do tronco encefálico, essa região está relacionada a parte 
sensorial (principalmente) e motora, por estar envolvida com os 
mecanismos de sensibilização a dor e analgesia. 
Espaços Internos Derivados das Vesículas Encefálicas 
- Vesículas telencefálicas laterais → ventrículos laterais 
- Telencéfalo mediano → III ventrículo 
- Mesencéfalo → aqueduto cerebral ou de Sylvius 
- Rombencéfalo → IV ventrículo 
 
 
Rafaela Pamplona 
 
 
Os dois ventrículos laterais dentro dos lobos do cérebro, o III 
ventrículo encontrado entre os tálamos e o IV ventrículo localizado sobre a 
ponte e a medula e abaixo do cerebelo. Os ventrículos são conectados 
por forames através do qual o líquido cefalorraquidiano (LCR) passa. 
O forame interventricular (de Monro) entre os ventrículos laterais e o 
terceiro ventrículo, o aqueduto cerebral (de Sylvius) entre o terceiro e o 
quarto ventrículos, as duas aberturas laterais (de Luschka) entre o quarto 
ventrículo e a cisterna magna e a abertura mediana (de Magendie) entre o 
quarto ventrículo e o canal central da medula espinhal. 
O LCR é produzido por um tecido especializado chamado plexo coróide, que 
é encontrado nas paredes dos ventrículos (terceiro, quarto e laterais). 
 
► Desenvolvimento Adicional do Encéfalo 
Núcleos da Base: são corpos de neurônios, bem delimitados e com funções 
específicas, localizados no interior do centro medular branco do cérebro. 
Também chamados de gânglios da base. Estão envolvidos diretamente 
com o sistema motor, através de uma função moduladora dos 
movimentos, participando sobremaneira nos processos de planejamento 
e controle dos movimentos. É composto por: 
 em forma de arco, se relaciona com o ventrículo 
lateral. Sua porção anterior é dilatada constituindo a cabeça do núcleo 
caudado (relaciona-se lateralmente com o ventrículo lateral). 
Posteriormente, o núcleo caudado se continua, mais estreito, com o corpo 
(localizado próximo ao assoalho doventrículo lateral), terminando em uma 
porção bastante afilada, denominada de cauda (localizada próxima ao corno 
temporal do ventrículo lateral). 
(dividido em duas porções o globo pálido e o 
Putâmen): formado medialmente pelo globo pálido e, lateralmente 
pelo Putâmen. O globo pálido é separado do núcleo caudado e tálamo pela 
cápsula interna. Funcionalmente, o corpo estriado é dividido em: estriado 
(formado pelo núcleo caudado e Putâmen), e o pálido (constituído pelo 
globo pálido). A maior parte das fibras parte do estriado para o 
pálido. Deste último, partem fibras eferentes do corpo estriado. 
 (do latim claustrum – barreira): é uma fina lâmina de 
substância cinzenta, localizada entre as cápsulas externa e extrema. 
: localiza-se próximo à cauda do núcleo caudado, 
no lobo temporal. Tem amplas conexões com o sistema límbico, 
relacionando-se com o comportamento sexual e agressividade. 
(“Meynert”): formado por neurônios colinérgicos, localiza-
se anteriormente ao globo pálido. Conecta-se ao sistema límbico e ao 
córtex cerebral, apresentando funções correlacionadas com a memória. 
 : localizado entre a cabeça do núcleo caudado e o 
putâmen. 
Os núcleos caudado e lentiforme formam o corpo estriado (relacionado 
com o planejamento motor, apresentando conexões com o mesencéfalo 
e o diencéfalo). 
 
 
► Desenvolvimento da Medula Espinhal 
Diferença de crescimento entre a medula espinhal e a coluna vertebral: a 
medula espinal faz parte do sistema nervoso central (SNC) e situa-se dentro 
do canal vertebral (ou canal medular) da coluna vertebral. A coluna vertebral 
tem origem mesodérmica enquanto a medula espinal possui origem 
ectodérmica, um se desenvolve dentro do outro. 
Durante o desenvolvimento, há uma desproporção entre o crescimento da 
medula espinal e o crescimento da coluna vertebral. A medula espinal termina 
de crescer aos 4 anos, enquanto a coluna vertebral termina o seu 
crescimento aos 14-18 anos. Esta é a razão pela qual, em adultos, a medula 
espinal ocupa apenas os dois terços superiores do canal vertebral. 
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/sistema-nervoso
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/coluna-vertebral-espinha
 
Rafaela Pamplona 
A medula espinal é uma continuação do tronco cerebral, que se estende 
do forame magno na base do crânio até à vértebra L2/L3, onde termina 
como cone medular. Um fino fio denominado filamento terminal (filum 
terminale) se estende da ponta do cone medular até a primeira vértebra 
coccígea (Co1) e ancora a medula espinal em seu lugar, o conjunto formado 
pelo cone medular e o filamento terminal é denominado cauda equina. 
 
 
 
Aplicações clínicas → Punção Lombar: para avaliar a pressão do LCR; para 
aliviar a pressão do LCR; e para administrar medicamentos sem correr risco 
de lesionar a medula espinhal. 
 
► Desenvolvimento Anormal da Medula Espinhal 
- Anencefalia: devido ao não fechamento do neuroporo rostral 
- Espinha Bífida: devido ao não fechamento do neuroporo caudal 
 
 
► Desenvolvimento das Cristas Neurais 
- Gânglios espinhais 
 ~ gânglios do SN autônomo 
 ~ gânglios sensitivos 
- Medula da Adrenal 
- Células de Schwann 
- Melanócitos; Células C da tireóide; Odontoblastos; Corpúsculos carotídeos 
e aórticos; Enteroendócrinas; 
A substância cinzenta é a parte central em forma de borboleta da medula 
espinal e é composta por corpos celulares neuronais. Compreende os 
cornos anteriores, laterais e posteriores. A substância branca envolve a 
substância cinzenta e é composta por axônios. Ela contém vias neurais que 
conectam o cérebro com o resto do corpo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/cranio
 
Rafaela Pamplona 
Somestesia: 
a percepção das sensações do corpo 
 
 
► Aspectos Gerais - Somestesia 
É a capacidade de receber informações sobre as diferentes partes do 
corpo. Uma modalidade sensorial constituída por diversas submodalidades, 
como tato, propriocepção, termossensibilidade, dor e outras. 
É uma cadeia sequencial de neurônios, fibras nervosas e sinapses que 
traduzem, codificam e modificam as informações provenientes do corpo. 
Três funções básicas: sensorial, integrativa e motora. 
• Função sensorial: os receptores sensoriais detectam estímulos internos 
(pH do sangue) e estímulos externos (tato). Essa informação sensorial é 
conduzida até o encéfalo e medula espinal por meio dos nervos cranianos 
e espinais. 
• Função integrativa.: o SN (processa) informação sensorial, analisando e 
armazenando uma parte e tomando decisões para as respostas 
apropriadas. Uma função integrativa importante é a percepção, o 
conhecimento consciente do estímulo sensorial, que ocorre no encéfalo. 
• Função motora.: uma vez que a informação é integrada, o sistema 
nervoso pode provocar uma resposta motora apropriada, ativando os 
efetores (músculos ou glândulas) por meio dos nervos espinais e cranianos. 
A estimulação dos efetores leva à contração dos músculos e à secreção 
das glândulas. 
Funções Gerais do SN 
Duas grandes funções iniciais do SN 
~ Receber informações: → 
~ Emitir informações: → 
 
 
Estimulações internas (mas fora do SNC) ou externas, geram informações 
que precisam ser carreadas ao SNC. Isso só é possível por meu da 
utilização de estruturas corporais. Ou seja, esses estímulos alteram a 
percepção dos receptores sensoriais, que são estruturas complexas, ou 
parte de células, que sofrem alguma alteração em virtude de alguma 
estimulação. 
Ex.: um estimulo físico é provocado ao tocar a pele, alterando o 
funcionamento receptores para esse estimulo físico. Em virtude dessa 
alteração, é gerada uma informação que irá percorrer neurônios ou fibras 
neuronais/sensoriais até chegar ao SNC. Com isso, dependendo do tipo 
de informação uma resposta motora pode ser gerada. 
Para que haja a transmissão das informações é preciso a utilização das 
estruturas do SN, como os neurônios. Os neurônios que derivam das 
cristas neurais transmitem melhor o potencial de ação da periferia para 
SNC, porque na periferia o terminal do axônio é dotado de estruturas 
especiais, as quais permitem a percepção do estimulo, recebendo o nome 
de receptores sensoriais. 
O pode ser uma parte do terminal do axônio, ou uma 
célula especializada que está em contato com esse terminal axônico 
periférico, com a capacidade de traduzir as diversas formas de estimulo, 
gerando uma modificação do padrão elétrico da membrana (potencial de 
ação), conduzindo até o SNC. 
A informação trazida ao SNC é processada ou interpretada pela função 
Integradora. É importante salientar que para a informação se tornar 
consciente é necessário que chegue ao córtex. 
Organização Estrutural do sistema somestésico é um 
conjunto sequencial de neurônios, fibras nervosas e sinapses, capaz de 
representar, por meio de potenciais bioelétricos, os estímulos ambientais 
que atingem o corpo, em seguida modificar esse código de potenciais a 
cada estágio sináptico e, por fim, conduzi-los a regiões cerebrais 
superiores para que sejam transformados em percepção e emoção, e 
eventualmente utilizados na modulação do comportamento. 
A percepção do estimulo é dada em pelo menos 5 níveis, que são: 
~ Modalidade: em situações normais, cada receptor somente pode 
ser ativado por um tipo de energia, ou seja, um estímulo adequado. 
Ex.: visão, audição 
~ Localização: é determinada pelo conjunto de neurônios sensitivos 
que é ativada pelo estímulo 
~ Intensidade, Duração e Frequência: são determinadas pelo número 
de receptores ativados e pela frequência de potenciais de ação 
emitidos 
 
Rafaela Pamplona 
Classificação do SN 
Pode-se dividir o sistema nervoso em: SN da vida de relação, ou , 
e SN da vida vegetativa, ou O somático está 
relacionado com as informações vindas do meio externo do corpo. Ovisceral está relacionado as informações produzidas dentro do corpo, mas 
fora do SNC. 
 
 
O componente motor ou eferente, o qual envolve os nervos motores 
conduzem a informação do SNC em direção aos músculos e às glândulas 
do corpo, levando as informações do SNC. 
Sensações 
A existência do estimulo externo modifica o funcionamento do receptor 
sensorial, gerando sensações que chegam ao SNC, dependendo a área 
cortical é desenvolvido o sentido dos sentidos, como mecânica, sonora 
etc. A classificação da informação depende do tipo de sensibilidade de 
estrutura celular tem ao estimulo e da área cortical que é estimulada. 
Ex.: o olho gera a informação a sensação que vai ser encaminhada para 
regiões especificadas do córtex para o processamento e conscientização 
da visão. Quando esse processamento está alterado pode gerar imagens 
(não patológico) ou esquizofrenia (patológico). 
→ : principalmente em receptores internos 
viscerais responsáveis pelo funcionamento orgânico do corpo. Envolve o 
controle da motricidade, as funções autonômicas, a manutenção da vigília. 
 
Elementos das Vias Aferentes 
→ é sempre uma terminação nervosa sensível ao estímulo que 
caracteriza a via. Existem receptores especializados para cada uma das 
modalidades de sensibilidade. A conexão deste receptor, por meio de 
fibras específicas, com uma área específica do córtex, permite o 
reconhecimento das diferentes formas de sensibilidade (discriminação 
sensorial); 
→ : compreende um nervo espinhal ou craniano e um 
gânglio sensitivo anexo a estes nervos. De modo geral, nos nervos que 
possuem fibras com funções diferentes, elas se agrupam aparentemente 
ao acaso; 
→ : em seu trajeto pelo SNC, as fibras que constituem as 
vias aferentes se agrupam em feixes (tratos, fascículos, lemniscos), de 
acordo com suas funções. O trajeto central das vias aferentes 
compreende ainda núcleos relés, onde se localizam os neurônios (II, III e 
IV) da via considerada; 
→ : está no córtex cerebral ou cerebelar; no 
primeiro caso, a via nos permite distinguir os diversos tipos de sensibilidade, 
e é consciente; no segundo caso, ou seja, quando a via termina no córtex 
cerebelar, o impulso não determina qualquer manifestação sensorial e é 
utilizado pelo cerebelo para realização de sua função primordial de 
integração motora; a via é inconsciente. 
 
Cadeias Neuronais: une SNP ao SNC 
Sempre levar em consideração a posição e o trajeto desses três 
neurônios. 
→ localiza-se geralmente , em um gânglio 
sensitivo (ou na retina e mucosa olfatória, no caso das vias óptica e 
olfatória). É um neurônio sensitivo, em geral , cujo 
dendraxônio se bifurca em “T”, dando um prolongamento periférico e 
outro central. O prolongamento periférico liga-se ao receptor, enquanto o 
prolongamento central penetra no SNC pela raiz dorsal dos nervos 
espinhais ou por um nervo craniano. 
→ localiza-se na ou em 
núcleos de nervos cranianos do tronco encefálico (fazem exceção as vias 
óptica e olfatória). Origina axônios que geralmente o plano 
mediano logo após sua origem e entram na formação de um trato ou 
lemnisco. 
→ localiza-se no e origina um axônio que 
 por uma radiação talâmica (faz exceção a via olfatória.) 
 
 
► Classificação Geral dos Sentidos ou Modalidades 
Sensoriais 
A sensibilidade pode ser agrupada em duas classes: sensibilidade geral e 
sentidos especiais. 
→ : visão, audição, paladar, olfato, equilíbrio 
→ : sensibilidade somática e visceral 
 
Rafaela Pamplona 
• Somestésico superficial: tato e pressão, vibração, cócegas, frio e 
calor, nocicepção (dor) 
~ A dor se particulariza pela sua importância para a proteção e 
a sobrevivência dos indivíduos., possuindo uma submodulação 
especialmente elaborada, possibilitando o controle da transmissão 
sináptica na medula por meio de outras vias aferentes e de vias 
descendentes: são os mecanismos analgésicos endógenos 
• Somestésico profundo: propriocepção, pressão profunda, dor 
profunda 
 ~ Articulação, tendão, músculo etc. 
~ A propriocepção, normalmente está mais relacionada aos 
estímulos mecânicos. É a capacidade em reconhecer a 
localização espacial do corpo, sua posição e orientação, a força 
exercida pelos músculos e a posição de cada parte do corpo 
em relação às demais. 
• Visceral (interocepção): fome, náusea, distensão, dor visceral 
A dor é um sinal visceral importante, porque permite a adoção de 
medidas de contenção, cura ou tratamento dessa dor. 
 
► Receptores Sensoriais Periféricos 
Processo de Sensibilidade 
Os receptores sensitivos possuem , respondendo 
intensamente a um tipo específico de estimulo e fracamente ou não 
responde a outros estímulos. 
Eventos necessários para que a sensação ser originada: 
1. : região do corpo que o estimulo 
ativa o recepto e produz uma resposta 
2. : o receptor converte o estimulo em 
potencial graduado. Cada receptor só é capaz de fazer transdução 
apenas de um tipo de estimulo (seletividade). 
O receptor sensorial realiza , que é a transforma/conversão 
dos diversos tipos de energia do ambiente, por exemplo energia física em 
outro tipo de energia, como a eletroquímica (potencial de ação). 
3. : quando o potencial graduado 
atinge o limiar, dispara impulsos nervosos que se propagam em 
direção ao SNC, o impulso é percorrido no Neurônio de Primeira 
Ordem. 
4. : as sensações ou percepções 
conscientes são integradas no córtex cerebral. 
 
► Classificação dos Receptores Sensitivos 
Quanto ao Neurônio de Primeira Ordem 
→ : são dendritos sem revestimento, 
relacionados com dor, temperatura cocegas, prurido e algumas sensações 
táteis. 
→ : os dendritos são revestidos 
por tecido conjuntivo, relacionado com as sensações somáticas e viscerais 
de pressão, vibração e algumas sensações táteis. 
→ : relacionada com os sentidos especiais 
 
 
Terminações nervosas livres e encapsuladas produzem potenciais 
geradores que desencadeiam impulsos nervosos nos neurônios de 
primeira ordem. 
Receptores sensitivos separados produzem um potencial receptor que 
provoca a liberação do neurotransmissor. O neurotransmissor, em seguida, 
desencadeia impulsos nervosos no neurônio de primeira ordem 
 
Quanto a Localização do Receptor e Estímulos de Ativação 
→ : localizados na superfície externa do corpo ou próximo 
a ela e respondem a estímulos externos (originados fora do organismo), 
fornecendo informações externas sobre sensações de audição, visão, 
olfato, paladar, tato, pressão, vibração, temperatura e dor. 
→ : localizados nos músculos, tendões, articulações e 
orelha interna, fornecendo informações a respeito da posição do corpo, 
extensão e tensão do músculo e posição e movimento das articulações. 
→ : localizados nos vasos sanguíneos, 
nos órgãos viscerais, nos músculos e no sistema nervoso; respondem a 
estímulos viscerais, monitorando as condições do ambiente interno. 
 
Quanto ao Tipo de Estímulo Detectado 
Lembrar!!! 
Na raiz dorsal ou sensitiva, os neurônios são do tipo pseudo-unipolar que 
emite dois ramos, o ramo central que se dirige ao corno dorsal (placa alar) 
e o ramo periférico que se dirige tanto para as estruturas viscerais e 
somáticas. Ou seja, as células do corno dorsal recebem aferências 
sensoriais das fibras da raiz dorsal. A larga coluna dorsal possui axônios que 
transportam informação da sensibilidade somática (tato) da medula 
espinhal ao encéfalo. 
 
Rafaela Pamplona 
 
 
Nos neurônios sensoriais a zona de disparo localiza-se próxima aos 
terminais nervosos sensoriais, onde a despolarização causada pela 
estimulação sensorial leva à geração de potenciais de ação que se 
propagam ao longo dos nervos sensoriais. No neurônio pseudo-unipolar 
sensitivo o terminal axônico da periferia tem uma estrutura de membrana 
diferente do terminal axônico do centro. O terminal periférico é constituído 
por receptores sensoriais capazes de sofrer modificações de acordo coma estimulação que incida sobre ele, como mecânica, térmica etc. Ou seja, 
o terminal axônico periférico é ou está ligado a um receptor 
sensorial/transdutor. 
A classificação especifica está relacionada ao tipo de estimulo ao qual o 
receptor é mais sensível., podendo ser: 
→ (compressão ou estiramento): sensíveis a 
estímulos mecânicos e constituem o grupo mais diversificado. Situam-se 
os receptores de audição e de equilíbrio do ouvido interno; os receptores 
do seio carotídeo, sensíveis a mudanças na pressão arterial 
(barorreceptores); os fusos neuromusculares e órgãos neurotendinosos, 
sensíveis ao estiramento de músculos e tendões; receptores das vísceras, 
assim como os vários receptores cutâneos responsáveis pela sensibilidade 
de tato, pressão e vibração. 
→ (alterações de temperatura): capazes de detectar frio 
e calor. São terminações nervosas livres. Alguns se localizam no hipotálamo 
e detectam variações na temperatura do sangue, desencadeando 
respostas para conservar ou dissipar calor. 
→ (lesão tecidual): são ativados por diversos estímulos 
mecânicos, térmicos ou químicos, mas em intensidade suficiente para 
causar lesões de tecidos e dor. São terminações nervosas livres; 
→ (ação de fatores químicos): sensíveis a estímulos 
químicos, como os da olfação e gustação e os receptores do corpo 
carotídeo capazes de detectar variações no teor do oxigénio circulante; 
→ (luz): detectam a luz que atinge a retina. 
→ : receptores capazes de detectar variação de 
pressão osmótica. 
 
► Codificação Sensorial: Modalidade 
Modalidade e Submodalidades 
- Visão: de cores, percepção de formas, de movimentos etc. 
- Audição: reconhecimento de tons, timbres, localização espacial etc. 
- Somestésicas: tato, temperatura, dor, propriocepção etc. 
- Gustação: sabor amargo, doce, azedo e salgado. 
- Olfação: não há como definir, pela infinidade de possibilidades de 
odores que podemos perceber. 
A modalidade se refere aos sentidos, está relacionada com: 
1 – Tipo específico dos receptores sensoriais 
2 – Área de ativação encefálica 
 
Classificação Geral das Modalidades 
~ Sensações objetivas: relação direta com receptores 
~ Sensações subjetivas: somatório de atividades corticais 
Seguem o (marcada): sequência de 
neurônios dedicados a transmissão de um tipo específico de sensação, ou 
de características, desde os receptores sensoriais até áreas encefálicas 
(especificas ou não). 
Em linhas gerais, a informação sensorial que é transmitida para a medula 
espinhal projeta-se para o tronco encefálico em direção as áreas 
sensitivas do cérebro. Cada estrutura encefálica é responsável pelo 
processamento de um tipo de informação sensorial. Desta maneira, o 
mesencéfalo e o tálamo recebem informação visual, o bulbo recebe 
informações sonoras e de paladar. Estas vias permitem que as 
informações somatossensitivas sejam carregadas e então projetadas para 
o tálamo, que atua como uma estação de processamento fino da 
informação sensorial, e posteriormente, as envia para áreas corticais. 
Somente a informação do olfato não inclui sinapses talâmicas. Sendo a 
informação olfativa processada diretamente por áreas corticais. 
As vias do processo do córtex cerebral que recebem conscientemente 
a informação sensitiva ainda não são completamente entendidas. Um 
aspecto interessante do processamento pelo sistema nervoso central é o 
limiar de percepção, ou seja, o nível de intensidade de estímulo necessário 
para que nós tenhamos consciência de uma sensação em particular. O 
estímulo bombardeia nossos receptores sensitivos constantemente, mas 
nosso encéfalo pode desligar alguns estímulos para evitar uma sobrecarga 
de informação. Isto é possível por meio do processo da inibição 
modulatória. Esta inibição modulatória geralmente ocorre em neurônios 
secundários e terciários das vias sensitivas. Um exemplo desta modulação 
é a nossa capacidade de filtrarmos diferentes barulhos quando estamos 
absorvidos intensamente em uma leitura 
 
 
Rafaela Pamplona 
 
 
► Canais Iônicos e Terminais Axonais 
A transdução dos estímulos sensoriais em impulsos nervosos é feita pelos 
canais iônicos, que se dividem em duas categorias: de 
vazamento/repousou ou com comportas. Em todos os casos, a causa 
básica da alteração no potencial de membrana é a alteração na 
permeabilidade da membrana do receptor, que permite que os íons se 
difundam mais ou menos prontamente através da membrana, alterando 
desse modo o potencial transmembrana (através da membrana). 
 
Vazamento ou 
Repouso 
são seletivamente permeáveis a 
certas substâncias, as quais 
pode deslocar-se diretamente 
pelos canais ao outro lado da 
membrana plasmática 
são altamente 
seletivas, a 
presença desses 
canais na 
membrana 
proporciona as suas 
células excitabilidade 
elétrica 
Mecanicamente 
abre mediante forças físicas, 
como pressão e estiramento. 
São encontrados em neurônios 
sensoriais 
Por ligante 
abre em resposta a ligantes 
como: neurotransmissores, 
neuromoduladores 
extracelulares ou moléculas 
sinalizadoras intracelulares. 
Maioria dos neurônios 
respondem a grande variedade 
de ligantes 
Por voltagem 
Respondem a mudanças no 
potencial de membrana celular. 
Importante no início e condução 
dos sinais elétricos 
 
No terminal central encontram-se canais ativados por comportas, canais 
que precisam de elementos de interação para serem ativados. Ex.: Canal 
seletivo para Ca2+ precisa do canal iônico com comporta controlado por 
voltagem. Já no terminal periférico, a sensibilidade ao estimulo depende 
do tipo de estrutura (tipo de canal) acionado. 
→ se alternam aleatoriamente entre as posições 
aberta e fechada. Normalmente, as membranas plasmáticas têm muito 
mais canais de vazamento para o íon potássio (K') do que canais de 
vazamento para o íon sódio (Na+), e os canais de vazamento para o íon 
potássio são mais permeáveis (mais mal vedados) do que os canais de 
vazamento para o íon sódio. Portanto, a permeabilidade da membrana 
para o K' é muito maior do que para o Na". 
 
→ Canal se abre e se fecha em resposta a 
um estímulo químico específico. Uma ampla variedade de ligantes químicos 
— incluindo neurotransmissores, hormônio e íons específicos — é capaz 
de abrir ou fechar os canais controlados por ligantes. O neurotransmissor 
acetilcolina, por exemplo, abre os canais de cátions que permitem a 
difusão do Na+ e do Ca:+ para o interior e do K+ para o exterior. 
 
→ controlado se abre ou se fecha em resposta 
à estimulação mecânica na forma de vibração (como as ondas sonoras), 
de toque, de pressão ou de estiramento do tecido. A força tira o canal de 
sua posição de repouso, abrindo a comporta. Exemplos de canais 
mecanicamente regulados são aqueles encontrados nos receptores 
auditivos, nas orelhas, em receptores que monitoram o estiramento de 
órgãos internos e em receptores de pressão (táteis) na pele. 
 
→ Canais controlados por ligantes se abrem em resposta a uma alteração 
no potencial ( ) de membrana. Os canais controlados por ligantes 
participam na geração e condução dos potenciais de ação. 
 
 
 
 
Rafaela Pamplona 
► Potencial Transmembrana e a Codificação Sensorial 
Com relação as concentrações eletroquímicas e a diferença de potencial 
transmembrana: 
~ se dá pela diferença de 
concentração, ou seja, os íons movimentam-se do local mais 
concentrado para o local menos concentrado. 
~ tem como fundamento a variação de 
negatividade. O meio intracelular é o meio mais negativo, portanto ele 
estimula entrada de íons positivos, uma vez que o meio extracelular 
é positivo, e os íons movimentam-se do local mais positivo para o 
local mais negativo. 
Não há um valor de potencial transmembrana fixo, pois cada célula possui 
uma diferença de potencial elétrico (DDP) encontrada entre suas duas 
faces da membrana, que é modulada pelo gradiente de concentração, 
pois as cargasseparadas são energia elétrica em potencial. 
O que se sabe é que todas as células possuem uma maior concentração 
de K+ no meio intra e que ele possui canais de repouso ou vazamento, 
permitindo a passagem constante para o meio extracelular, seguindo o 
gradiente eletroquímico. A saída do K+ e a permanência outras moléculas 
negativas, aumentando a DDP através da membrana. Isso continua ate que 
o fluido interno adquire força elétrica suficiente para contrabalancear o 
gradiente de concentração. Nesse momento, é estabelecido o estado de 
equilíbrio, onde a força elétrica e a força de difusão são iguais e opostas, 
cessando o movimento de K+ através da membrana. 
Enquanto a Bomba de Na/K ou ATPases Na/K produz e mantem o 
gradiente de concentração (sai 3 Na+ e entra 2K+). 
 
Com relação aos íons NA+, eles estão em maior concentração no meio 
extracelular, deixando ainda mais positivo e com tendência a seguir o 
gradiente. Porém canais de vazamento de NA+ estão presentes em 
menor quantidade dificultando a passagem para o meio intracelular. Devido 
a isso, qualquer alteração nos canais iônicos com comportas provoca um 
intenso influxo de íons NA+ provocando a despolarização na membrana. 
Outra consequência da alta permeabilidade ao K+ é que o potencial de 
membrana é particularmente sensível a alterações na concentração 
extracelular de potássio. Alteração no potencial de membrana do valor de 
repouso normal (–65 mV) para um valor menos negativo é chamada de 
despolarização da membrana. Por- tanto, um aumento na concentração 
extracelular de potássio despolariza os neurônios. Os astrócitos, também 
possuem mecanismos eficientes para captar K+ extracelular sempre que 
a concentração suba, como normalmente acontece durante períodos de 
atividade neuronal, esse fenômeno é chamado de 
. 
Morte por Injeção Letal 
Injeção de cloreto de potássio 
(KCL) causa paralisia cardíaca e 
a morte. 
O funcionamento apropriado de 
células excitáveis, requer que 
suas membranas sejam 
mantidas no potencial de repouso sempre que não estejam gerando 
impulsos. O potencial de repouso negativo é resultado da permeabilidade 
iônica seletiva ao K+ e das bombas metabólicas que concentram potássio 
dentro da célula. Como o potencial de membrana é muito sensível a 
alterações na concentração extracelular de potássio, um aumento de 10 
vezes no K+ extracelular eliminaria o potencial de repouso. 
Sem os potenciais de repouso negativos, as células musculares cardíacas 
não podem mais gerar os impulsos que causam a contração, e o coração 
imediatamente deixa de bater. Uma injeção intravenosa de cloreto de 
potássio é, portanto, letal. 
 
Tipos de Potenciais de Membrana 
→ : é o potencial transmembrana que faz cessar 
o movimento de um íon determinado íon que seguia seu gradiente de 
concentração. 
→ : o íon que possui maior influência é o potássio 
(K+), pois possui alta permeabilidade por canais de vazamento que 
permitem sua livre movimentação entre o meio intra e extracelular. O 
potencial de repouso tende a ser próximo ao valor do potencial de 
equilíbrio para o íon K+. 
Os canais de vazamento ou repouso permitem a passagem constante de 
determinados íons, como K+ que devido ao gradiente de concentração 
flui para o meio externo, deixando a superfície da membrana próxima ao 
poro eletricamente negativa no meio intra e positiva no meio extracelular. 
Essa diferença de polaridade promove uma DDP (diferença de potencial) 
entre as duas faces da membrana, que está diretamente relacionada ao 
gradiente de concentração – Princípio da Difusão. 
A importância do potencial de repouso é porque variações nele podem 
desencadear potenciais de ação (respostas propagáveis) nos tecidos 
excitáveis. O potencial de repouso é mantido a partir de três fatores: 
1. Distribuição desigual de íons no citosol (K+) e no liquido extracelular 
(Na+ e Cl-). Permitindo o efluxo de K+, contribuindo para o interior 
ficar negativo. 
2. Incapacidade da maioria dos ânions em deixar a célula, a maioria dos 
ânions não consegue sair pois não estão na forma livre. 
 
Rafaela Pamplona 
3. ATPases Na+/K+ o vazamento de sódio e potássio é compensado 
pela bomba, ajudando a manter o potencial de repouso. 
→ variações de potencial transmembrana que 
não são suficientes para atingir o Limiar de Excitação. 
→ variação de potencial transmembrana 
(despolarizante ou hiperpolarizante) decorrente de um estímulo sobre um 
receptor sensorial. Propagação do tipo eletrotônica. 
→ apresenta força variada, a mudança no 
potencial de membrana é proporcional ao tamanho do estimulo, percorre 
curtas distâncias, perdendo força gradualmente. Potencial do tipo 
Eletrotônico.: perde a força ao se distanciar da origem. 
 
→ gerado em decorrência de uma transmissão 
sináptica (excitatório ou inibitório) 
→ : os estímulos sofrem 
transdução, convertendo o estimulo em gradiente receptor atinge o limiar 
de excitabilidade, promovendo a alteração da permeabilidade da 
membrana. Isso ocorre rapidamente, com a diminuição e inversão do 
potencial de membrana, que depois é restaurado ao valor de repouso. 
Características do PA: rápida e transitória variação do potencial de repouso 
de uma célula excitável, constituído de uma despolarização da membrana 
seguida de uma polarização em sentido oposto ao daquele verificado no 
estado de repouso e pelo retorno deste potencial ao seu valor inicial. A 
amplitude e a duração são variáveis de acordo com o tipo de célula, mas 
invariáveis no mesmo tipo. Com velocidade de propagação constante. 
 
 
 
Fases do Potencial de Ação 
• : é o potencial de membrana no qual um 
número suficiente de canais de sódio dependentes de voltagem se abrem, 
de forma que a permeabilidade iônica relativa da membrana favoreça o 
sódio sobre o potássio. 
• : os canais de sódio se 
abrem, ocorrendo influxo dos íons Na+ através de seus poros, causando 
a despolarização rápida da membrana. O potencial de membrana se torna 
 chega a zero e, em seguida, se torna positivo. É 
causada por transientes iônicos através da membrana frente à estímulos 
que atinjam o limiar de excitabilidade da célula. No potencial de ação o íon 
que “domina” é o Na+. Há uma alta permeabilidade à passagem de sódio, 
pois, os canais PDC (canais dependentes de voltagem) de sódio se abrem, 
e então há um grande influxo, fazendo com que a célula se torna menos 
negativa (positiva), e assim despolarize desencadeando o PA. 
Então um potencial de ação é disparado dentro de um princípio 
denominado lei do tudo ou nada. O potencial de ação ocorre quando o 
estímulo é suficiente para atingir o limiar de excitabilidade e dessa forma 
gerar a despolarização da membrana e propagação do impulso nervoso. 
Portanto, fica claro que se o estímulo não atinge esse limiar, nada ocorre. 
• permeabilidade relativa da membrana favorece 
enormemente o sódio, o potencial de membrana atinge um valor próximo 
do Potencial de Equilíbrio do Na, que é maior do que 0 mV. 
• canais de sódio dependentes 
de voltagem são inativados. Em seguida, os canais de potássio 
dependentes de voltagem finalmente terminam de se abrir, produzindo o 
efluxo dos íons K+ através dos canais adicionais abertos, fazendo com que 
o potencial de membrana volte a ser negativo. 
• canais de potássio dependentes de 
voltagem que estão abertos aumentam ainda mais a permeabilidade ao 
potássio em relação ao que era quando a membrana estava em repouso, 
conforme eles se fecham, o potencial de membrana retorna os nível de 
repouso. 
 
♥ Resumindo: Os primeiros canais que se abrem, os canais de Na+ 
controlados por voltagem, permitem que o Na+ entre rapidamente na 
célula, o que causa a fase de despolarização. Em seguida, os canais de K+ 
controlados por voltagem se abrem, permitindo que o K+ saia, o que 
produz a fase de repolarização. A fase pós-hiperpolarização ocorre 
quando os canais de K+ controlados por voltagempermanecem abertos 
após o término da fase de repolarização. 
 
 
Rafaela Pamplona 
Potencial Graduado X Potencial de Ação 
 
Codificação Sensorial: Intensidade 
A intensidade do estimulo no terminal receptor tem relação direta com a 
amplitude do potencial receptor. 
Com intensidades de estimulação muito altas, a amplitude do potencial 
gerador aumenta rapidamente no início e, a seguir, mais lentamente. 
A frequência dos potenciais de ação repetitivos, transmitidos pelos 
receptores sensoriais, aumenta quase proporcionalmente ao aumento do 
potencial receptor. 
A estimulação muito intensa do receptor provoca progressivamente 
menos aumentos adicionais do número de potenciais de ação. Esse é 
princípio extremamente importante aplicável a quase todos os receptores 
sensoriais. Ele permite que o receptor seja sensível à experiência sensorial 
muito fraca e ainda assim seja capaz de não atingir a frequência máxima 
de disparo até que a experiência sensorial seja extrema. Isso possibilita que 
o receptor tenha ampla gama de respostas de muito fracas até muito 
intensas, permitindo as diferentes sensações. 
Outra característica de todos os receptores sensoriais é que eles se 
adaptam, parcial ou completamente, a qualquer estímulo constante depois 
de certo período. 
 
 
 
Períodos do Potencial de Ação 
O período após o início de um potencial de ação, durante o qual a célula 
excitável não é capaz de gerar outro potencial em resposta a um estímulo 
liminar normal, é chamado de período refratário. Durante o período 
, até mesmo um estímulo muito intenso não é capaz 
de iniciar um segundo potencial de ação. Esse período coincide com o 
período de ativação e inativação do canal de Na+ quando a membra- na 
torna-se fortemente despolarizadas. Os canais inativados de Na+ não são 
capazes de reabrir, precisando retornar a seu estado de repouso. Ao 
contrário dos potenciais de ação, os potenciais graduados não apresentam 
período refratário. 
 
 
 
O período é quando a membrana permanece 
hiperpolarizada até que os canais de potássio dependentes de voltagem 
fechem, após os canais inativados do Na+ terem retornado a seu estado 
de repouso. O intervalo de tempo durante o qual um segundo potencial 
de ação é gerado, mas apenas por estímulos maiores do que os normais. 
 
Período Refratário Absoluto Período Refratário Relativo 
Despolarização Repolarização 
Canais de Na+ abertos ou inativos Permite a reativação dos Canais de Na+ 
Canais de K+ abrem Canais de K+ ainda abertos 
Incapaz de gerar novo PA Estímulo maior para gerar um novo PA 
 
Rafaela Pamplona 
 
 
O PA se propaga em um sentido: ele não volta pelo caminho já percorrido. 
Isso ocorre porque a membrana por onde passou está refratária como 
resultado da inativação dos canais de sódio recém-utilizados. 
 
Conduções Contínua e Saltatória 
Existem dois tipos de propagação o tipo de condução contínua consiste 
em despolarização e repolarização gradativas de cada segmento 
adjacente da membrana plasmática. Na condução contínua, os íons fluem 
pelos canais controlados por voltagem em cada segmento adjacente da 
membrana. O potencial de ação se propaga apenas por uma distância 
relativamente pequena. em uns poucos milissegundos. A condução 
contínua ocorre em axônios amielínicos e nas fibras musculares. 
Quando o potencial graduado chega com o limiar de excitabilidade no 
 é gerado o potencial de ação. Que se 
propagam mais rapidamente ao longo de axônios mielinizados do que ao 
longo de axônios amielínicos. 
 
 
A condução saltatória, o modo especial de propagação do potencial de 
ação que ocorre ao longo dos axônios mielinizados, acontece em 
decorrência da distribuição desigual dos canais controlados por voltagem, 
nos nós de Ranvier (não existe bainha de mielina) possuem muitos canais 
controlados por voltagem. Consequentemente, a corrente conduzida 
pelos íons Na+ e K+ flui pela membrana plasmática, principalmente nos 
nós. 
 
A presença de membranas altamente resistentes é mais rápida que 
minimizam o vazamento do fluxo corrente para fora da célula. O axônio 
não mielinizado possui uma baixa resistência ao vazamento de corrente, 
uma vez que toda a membrana do axônio está em contato com o líquido 
extracelular e contém canais iônicos pelos quais a corrente pode vazar. 
A bainha de mielina cria uma barreira de alta resistência que impede o 
fluxo de íons para fora do citoplasma. 
Quando um potencial de ação viaja ao longo do axônio da zona de gatilho 
até o terminal axonal, ele passa alternando entre os axônios mielinizados 
e os nódulos de Ranvier. Cada nó possui uma grande concentração de 
canais de Na+ dependentes de voltagem, que se abrem com a 
despolarização e permitem a entrada de sódio no axônio. Os íons de sódio 
que entram em um nódulo reforçam a despolarização e restabelecem a 
amplitude do potencial de ação quando ele passa de nódulo em nódulo. 
 
Fatores que Afetam a Velocidade de Propagação 
A velocidade de propagação do potencial de ação é afetada por três 
fatores principais: 
1. : os potenciais de ação se 
propagam mais rapidamente ao longo de axônios mielinizados do que 
ao longo de axônios amielínicos. 
2. : axônios de maior diâmetro conduzem 
potenciais de ação com maior velocidade que os de menor diâmetro, 
porque suas áreas de superfície são maiores. 
3. axônios propagam potenciais de ação em baixas 
velocidades quando resfriados. 
 
► Transmissão da Informação para o SNC 
A informação é distribuída e integrada por outros neurônios no SNC, essa 
transferência de informação de um neurônio para outro é chamada de 
transmissão sináptica. As sinapses são essenciais para a homeostasia, por 
permitirem que a informação seja filtrada e integrada. O neurônio que 
envia o sinal é chamado de neurônio , e o neurônio que 
recebe a mensagem é chamado de . 
 
Tipos de sinapses 
→ Elétrica: os potenciais de ação passam diretamente entre células 
adjacentes, por meio de estruturas chamadas . 
A junção é estreita e atravessada por grupos de proteínas especiais 
denominadas conexinas, que formam o canal denominado conéxon, e dois 
conéxons (um em cada célula) combinam- se para formar um canal de 
junção comunicante. Esse canal permite que íons passem diretamente do 
citoplasma de uma célula para o citoplasma da outra célula do tipo 
bidirecionais 
 
 
Rafaela Pamplona 
 
 
São denominadas eletricamente acopladas, pois um potencial de ação no 
neurônio pré-sináptico pode produzir, quase que instantaneamente, um 
potencial de ação no neurônio pós-sináptico. São comuns nos músculos 
cardíaco e liso visceral e no embrião em desenvolvimento. Também 
ocorrem no SNC. Tem como vantagem a comunicação mais rápida e a 
sincronicidade. 
O potencial de ação no neurônio pré-sináptico induz um pequeno fluxo 
de corrente iônica para o outro neurônio através da junção comunicante. 
Essa corrente iônica causa um potencial pós-sináptico (PPS) no segundo 
neurônio. 
→ Química: as membranas pré e pós sinápticas são separadas pela 
, preenchida com matriz extracelular de proteínas 
fibrosas, mantendo a adesão. O lado pré-sináptico (pré-sináptico) é 
geralmente um terminal axonal, contendo pequenas vesículas sinápticas, 
que armazenam , substâncias químicas utilizadas na 
comunicação com neurônios pós-sinápticos. 
O lado pré-sináptico possui os sítios de liberação de neurotransmissores, 
denominados zonas ativas. Enquanto no outro lado há a densidade pós-
sináptica com receptores para os neurotransmissores, os quais convertem 
os sinais químicos intercelulares em um sinal elétrico na célula pós-sináptica. 
A natureza da resposta pós-sináptica depende do tipo de receptor 
protéico que é ativado pelo neurotransmissor. 
Em resposta a um impulso nervoso, o neurônio pré-ganglionar libera um 
neurotransmissor que se difunde pelo líquido na fenda sináptica e se liga 
aos receptores situados na membrana plasmáticado neurônio pós-
ganglionar. O neurônio pós-ganglionar recebe o sinal químico e, por sua 
vez, produz um potencial pós-sináptico, um tipo de potencial graduado, 
esse mecanismo geralmente tem caráter unidirecional. 
 
 
 
• No SNC: 
As sinapses podem ser diferenciadas de acordo com a região de contato 
entre o terminal axonal e a membrana pós-sináptica. 
~ Axodendrítica: do axônio para o dendrito 
~ Axossomática: do axônio para o corpo celular 
~ Axoaxônica: de axônio para axônio 
~ Dendrodentríticas: de dendrito para dendrito 
Ou de acordo com as diferenciações das membranas pré e pós-sinápticas: 
~ Sinapses assimétricas ou do tipo I de Gray: são geralmente 
excitatórias 
~ Sinapses simétricas ou do tipo II de Gray: são mais comumente 
inibitórias 
 
• Nas Junções Neuromusculares: as sinapses químicas ocorrem entre 
axônios de neurônios motores da medula espinhal e o músculo 
esquelético, a membrana pós-sináptica, chamada de placa motora terminal. 
 
► Princípios da Transmissão Sináptica Química 
 
A maioria das sinapses do SNC é mediada pelos aminoácidos glutamato 
(Glu), ácido gama-aminobutírico (GABA) e glicina (Gly). A amina acetilcolina 
(ACo) medeia a transmissão sináptica rápida em todas as junções 
neuromusculares. 
 
1. Síntese e Armazenamento dos neurotransmissores 
Sintetizados no RER, são clivados no C. Golgi. Grânulos secretores 
desprendem-se e são transportados ao terminal axonal por transporte 
axoplasmático. 
 
 
 
Rafaela Pamplona 
2. Liberação de neurotransmissores das vesículas na fenda 
sináptica em resposta a um potencial de ação pré-
sináptico 
É desencadeada pela chegada de um PA ao terminal axonal. A 
despolarização da membrana do terminal abre os 
dependentes de voltagem nas zonas ativas. O potencial favorece 
grandemente a entrada do Ca2+. A elevação resultante da [Ca2+] no meio 
intracelular causa a liberação dos neurotransmissores das vesículas 
sinápticas. As vesículas liberam seus conteúdos por exocitose. A 
membrana da vesícula sináptica funde-se com a membrana pré-sináptica 
nas zonas ativas, permitindo que o conteúdo da vesícula seja derramado 
na fenda sináptica 
 
 
3. Produção de uma resposta elétrica ou bioquímica ao 
neurotransmissor no neurônio pós-sináptico 
Os neurotransmissores liberados dentro da fenda sináptica afetam os 
neurônios pós-sinápticos por se ligarem a proteínas receptoras específicas 
que estão embutidas nas densidades pós-sinápticas. Os receptores podem 
ser divididos em dois tipos: 
→ : é um tipo de receptor de neurotransmissor 
contendo um sítio de ligação de neurotransmissor. É um canal iônico é 
um tipo de canal controlado por ligantes, dependendo do canal aberto 
pode ser: 
~ (PEPS): permeáveis ao 
Na+, o efeito resultante será a despolarização da membrana da 
célula pós-sináptica. A ativação sináptica de canais iônicos abertos 
por acetilcolina e por glutamato causam PEPSs. 
 
 
~ (PIPS): permeáveis ao Cl−, o 
efeito resultante será a hiperpolarização da membrana da célula 
pós-sináptica. A ativação sináptica de canais iônicos abertos por 
glicina ou GABA causa um PIPS. 
 
Outras causas comuns de PIPS: aumento da permeabilidade ao K+, 
inativação dos canais de Na+, maior ativação da ATPase Na+/K+ 
→ : podem ter ações pós-sinápticas mais lentas, 
duradouras e diversificadas. O neurotransmissor se liga ao receptor na 
membrana pós-sináptica. O receptor protéico ativa a proteína G que, por 
sua vez, ativam proteínas efetoras, podem ser canais iônicos ou enzimas 
que sintetizam segundos mensageiros. Segundos mensageiros podem 
ativar enzimas adicionais que podem regular canais iônicos e alterar o 
metabolismo celular. Devido aos receptores acoplados a proteínas G 
podem desencadear uma variedade de efeitos metabólicos 
→ receptores pré-sinápticos que são sensíveis aos 
neurotransmissores liberados no próprio terminal pré-sináptico. 
Responsável pela inibição da liberação de neurotransmissores e, em alguns 
casos, da síntese de neurotransmissores. Isso permite que o terminal pré-
sináptico regule a si próprio. 
 
4. Remoção dos neurotransmissores da fenda sináptica. 
A remoção do neurotransmissor da fenda sináptica é essencial para o 
funcionamento normal das sinapses. O neurotransmissor é removido por 
três modos: 
~ Difusão: difundem para fora da fenda sináptica 
~ Degradação Enzimática: por exemplo a enzima acetilcolinesterase 
cliva a acetilcolina presente na fenda sináptica 
~ Captação: as proteínas da membrana que realizam a captação são 
chamadas de transportadores de neurotransmissores. 
 
 
Rafaela Pamplona 
► Princípios da Integração Sináptica 
Integração Sináptica é o processo pelo qual múltiplos potenciais sinápticos 
se combinam em um neurônio pós-sináptico. A integração dos influxos 
compreende a somação dos potenciais pós-sinápticos na membrana pós. 
Quanto maior a somação dos PEPS maior a probabilidade de o limiar ser 
atingido. Há dois tipos de somação: espacial e temporal. 
~ : é a somação de potenciais pós-sinápticos, em 
resposta aos estímulos que ocorrem em diferentes locais, na 
membrana de uma célula pós-ganglionar, ao mesmo tempo. Por 
exemplo, a somação espacial resulta do acúmulo de neurotransmissor 
liberado, simultaneamente, por vários botões terminais pré-sinápticos. 
~ : é a somação de potenciais pós-sinápticos, em 
resposta a estímulos que ocorrem no mesmo local, na membrana da 
célula pós-ganglionar, mas em diferentes momentos. Por exemplo, a 
somação temporal resulta do acúmulo de neurotransmissor liberado 
por um único botão terminal pré-sináptico duas ou mais vezes, em 
rápida sucessão. Quanto mais intenso o estímulo, maior a frequência 
de PA, maior a quantidade de neurotransmissores liberados na sinapse. 
 
 
As somações agem em conjunto para influenciar a probabilidade de que 
um neurônio estimule um potencial de ação. A soma de todos os efeitos 
excitatórios e inibitórios, a qualquer momento, determina o efeito sobre o 
neurônio pós-ganglionar, que pode ser: excitatório subliminar, impulso 
nervoso ou inibitório. 
 
► Localização Espacial e Corporal do Estímulo 
Cada receptor sensorial é responsável por captar informações periféricas 
de uma determinada área, ou seja, possui um . Que 
podem ter forma irregular e frequentemente se sobrepõem aos campos 
receptivos de neurônios adjacentes. Se neurônios sensoriais primários 
convergirem para um mesmo neurônio secundário seus campos 
receptivos individuais passam a um único campo receptivo secundário 
maior. A convergência de estímulo permite que estímulos sublimiares 
múltiplos se somem em neurônios sensoriais secundários gerando 
potenciais de ação e sendo agora transmitidos ao longo do SNC. 
O tamanho dos campos receptivos secundários determina o quanto uma 
dada área é sensível a um estímulo. Por exemplo, a sensibilidade tátil é 
demonstrada pelo teste da discriminação entre dois pontos. Áreas da pele 
mais sensíveis, como a ponta dos dedos, possuem campos receptivos 
menores, com uma proporção entre neurônios sensoriais primários e 
secundários de 1:1. 
Exceto: os neurônios da orelha e do nariz são mais sensíveis a diferentes 
frequências de sons e diferentes odores, mas sua ativação não fornece 
informação sobre a localização do som ou do odor. Para isto o encéfalo 
utiliza para codificar a origem do estímulo a velocidade para a ativação do 
receptor. Por exemplo, um som emitido na frente da pessoa irá chegar 
às duas orelhas simultaneamente. Porém, quando um som é emitido de 
um determinado lado irá estimular vários milissegundos antes em 
receptores auditivos na orelha mais próxima ao estímulo. Esta diferença é 
utilizada para determinar a localização do som. 
 
 
 
► Propriedades dos Receptores e a Codificação Sensorial 
Um importante característica é a capacidade de , na qual o 
potencial gerador ou o potencial receptor diminui de amplitude durante 
um estímulo constantee prolongado. Isso provoca uma redução na 
frequência dos impulsos nervosos nos neurônios de primeira ordem. 
Como resultado da adaptação, a percepção de uma sensação pode 
diminuir ou desaparecer, embora o estímulo persista. 
→ : fornece informações 
sobre a variação do estímulo. Adaptados para detectarem vibrações e 
estímulos em movimento. O estímulo está presente, mas o receptor 
acusa como se não estivesse. Associados a pressão, tato e odor se 
adaptam rapidamente. 
- Somente ativados durante a ocorrência de alterações na intensidade 
do estímulo 
- Detectam o início e o final da estimulação 
- Receptores de Velocidade ou de Movimento 
Ex.: Corpúsculos de Pacini e de Meissner 
→ : informações sobre a 
intensidade e duração. O receptor informa o cérebro continuamente 
sobre a presença do estímulo. Receptores de adaptação lenta monitoram 
os estímulos associados a dor, posição corporal e composição química do 
sangue. Ex.: Merkel e Ruffini. 
- Detectam a duração completa dos estímulos 
 
Rafaela Pamplona 
Ex.: Fusos Neuromusculares e Órgãos Tendinosos de Golgi; Nociceptores; 
Aparelho Vestibular; Quimioceptores e Baroceptores 
 
 
 
 
 
Importância da Co-atuação dos Receptores na Definição de 
Submodalidades Sensoriais. 
Para que os estímulos sensoriais se tornem sensações sensoriais 
específicas, temos que reconhecer além da natureza do estímulo 
(modalidade), tem que ser codificado a localização, a intensidade e 
a duração do estímulo. 
→
- Interação entre os Receptores de Adaptação Rápida 
(Começo e Fim do estímulo) e Lenta (Duração Real) 
→
- Intervalos entre as descargas dos neurônios sensoriais 
- Envolve Receptores de Adaptação Rápida 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rafaela Pamplona 
Percepção de Tato e Pressão 
 
Um único receptor sensorial pode codificar as características do estímulo, 
como a intensidade, a duração, a posição e, algumas vezes, a direção. No 
entanto, um único estímulo ativa normalmente muitos receptores. O 
sistema nervoso central interpreta a atividade de um vasto conjunto de 
receptores e utiliza essas informações para gerar percepções coerentes. 
Quando não existe nenhuma representação cortical não há um precisão 
nas sensação. Ex.: coração 
 
► Receptores Táteis – Características Gerais 
A maioria dos receptores sensoriais do sistema sensorial somático é 
constituída por , os quais são sensíveis à deformação 
física como flexão ou estiramento, promovendo a abertura dos canais 
iônicos mecanossensiveis. 
A percepção de tato e pressão inicia no terminal axonal periférico. Os 
receptores táteis podem variar de acordo com a: 
- Posição na estrutura corporal: profundo, superficial 
Quanto mais superficial menor o tamanho do campo 
receptivo, quanto mais profundo maior a área tecidual deve 
ser estimulada consequentemente maior o campo receptivo. 
Quanto mais superficial o receptor maior a capacidade de 
discernimento consciente de detalhes, por exemplo textura, 
sendo possui perceber pequenas variações 
- Capacidade de adaptação: rápido ou lento 
 
Receptor 
Sensorial 
Localização 
Campo 
Receptivo 
Capacidade 
de 
adaptação 
Sensação 
Corpúsculo 
de Pacini 
Camada 
mais 
profunda da 
derme 
Campo 
receptivo 
grande 
Adaptação 
rápida 
Pressão e 
vibração 
Terminações 
de Ruffini 
Encontrado 
na derme 
pilosa e 
glabra 
Campo 
receptivo 
grande 
Adaptação 
lenta 
Calor 
Corpúsculos 
de Meissner 
Entre as 
papilas 
dérmicas da 
pele glabra 
Campo 
receptivo 
pequeno 
Adaptação 
rápida 
Tato leve 
Disco de 
Merckel 
Junto à 
epiderme 
Campo 
receptivo 
pequeno 
Adaptação 
lenta 
Tato e 
pressão 
Bulbo 
terminal de 
Krause 
Entre a 
pele seca e 
a mucosa 
 Frio 
 
 
 
 
 
 
 
Modalidade Estímulo Tipo de receptor 
Receptor 
sensorial 
Tato Pressão Mecanorreceptor 
Pacini, 
Meissner e 
Merckel 
Temperatura 
Quantidade 
de calor 
Termorreceptor 
Krause (frio) 
e Ruffini 
(calor) 
Dor 
Estímulos 
intensos e 
substâncias 
químicas 
Nociceptor 
Terminações 
nervosas 
livres 
 
 
 
Importância do Encapsulamento 
No corpúsculo encapsulado, um grande potencial de receptor foi gerado 
no início e no fim do estímulo; durante a pressão contínua, o potencial 
receptor desaparece. Na terminação axonal desnuda, quando foi 
pressionada, foi gerado novamente um potencial do receptor, de forma 
que a cápsula não é necessária para a mecanorrecepção. No entanto, 
enquanto o corpúsculo intacto respondia somente no início e no final de 
uma pressão contínua, a versão desprovida de cápsula forneceu uma 
resposta muito mais prolongada. Sua frequência de adaptação passou a 
ser lenta. Aparentemente, é a cápsula que torna o corpúsculo insensível 
a estímulos de baixa frequência. A terminação axonal desnuda é muito 
menos sensível aos estímulos vibratórios e mais sensível a pressão 
estática. 
 
Rafaela Pamplona 
 
 
Discriminação de dois pontos 
A capacidade de discriminação de dois pontos pode variar em até vinte 
vezes ao longo do corpo. As pontas dos dedos da mão são as áreas de 
maior resolução. Principais características que dão essa maior sensibilidade: 
1. Existe uma densidade muito maior de mecanorreceptores 
2. As pontas dos dedos têm um maior número de receptores com 
campos receptivos pequenos; 
3. Existe mais tecido cerebral destinado ao processamento da 
informação sensorial 
4. Pode haver mecanismos neurais especiais destinados às 
discriminações de alta resolução. 
 
 
► Tipos de Receptores Táteis 
: tato fino, da propriocepção consciente, propiciando 
uma somatotopia precisa, com campos receptores pequenos e unimodais, 
formados principalmente por mecanorreceptores ligados a fibras 
periféricas Ia, Ib e Aβ, ligando-se a neurônios de segunda ordem nos 
núcleos da coluna dorsal e núcleo principal do trigêmeo, utilizando feixes 
da coluna dorsal. 
: tato grosseiro, a termossensibilidade e a dor, com 
campos receptores grandes e polimodais, formados principalmente por 
mecanorreceptores, termorreceptores e quimiorreceptores, ligados a 
fibras Aδ e C, ligando-se a neurônios de segunda ordem nos cornos 
dorsais e núcleo espinal do trigêmeo, utilizando feixes da coluna ântero-
lateral. 
Subsistema Epicrítico Subsistema Protopático 
Tato Dor 
Propriocepção Termocepção 
 
 
 
→ : superficiais ou profundos, não 
encapsulados e com adaptação variável. 
→ : base do folículo piloso, fibras do tipo e 
com adaptação rápida. Detectam contato inicial e movimentação do 
objeto. 
→ : pele glabra, é encapsulado, com pequeno 
campo receptivo e de adaptação rápida. Áreas de alta sensibilidade e de 
definição das características espaciais do tato. Velocidade da 
movimentação de objetos sobre a superfície. 
→
~ : pele glabra ou pilosa, superficial, campo 
receptivo pequeno e não encapsulado. Agrupam-se em grupos 
chamado cúpula de iggo. Função conjunta com os corpúsculos de 
Meissner, mas com adaptação lenta, o sinal inicialmente é forte e 
breve, depois fraco e continuo. São responsáveis pelo fornecimento 
de sinais estacionários, que permitem a detecção de toque continuo 
de objetos. Está relacionado a sensações em aéreas especificas e 
determinação da textura. 
→ : tanto na derme quanto nas fáscias de tecidos 
profundos. Várias capsulas envolvendo uma única terminação nervosa, de 
localização profunda, com grandes campos receptivos e de adaptação 
rápida. Aceleração de objetos sobre a superfície. 
→ : tecidos mais profundos da pele, 
relacionado a propriocepção. Terminações encapsuladas com múltiplas 
ramificações. Possui grande campo receptivo e de adaptação lenta. 
Estados contínuos de deformação da pele e tecidos mais profundos (tato 
pesado e prolongado) 
 
 
Rafaela Pamplona 
► Organização da Transmissão das SensaçõesTáteis 
 
Área Sensorial do Córtex Percepção 
Núcleos Sensoriais Talâmicos Neurônio de 3º Ordem 
Medula Espinhal ou tronco 
encefálico 
Cruzamento para o lado oposto 
Neurônio de 2º Ordem 
Transdução e condução da 
informação do SNP para o SNC 
Neurônio de 1º Ordem 
 
 
 
► Classificação das Fibras Nervosas 
Os axônios aferentes primários entram na medula espinhal através das 
raízes dorsais, seus corpos celulares estão nos gânglios da raiz dorsal, 
apresentam diâmetros variados, e seus tamanhos correlacionam-se com 
o tipo de receptor sensorial ao qual estão ligados. 
 
 
 
Os axônios dos receptores sensoriais da pele são comumente designados 
por Aα, Aβ, Aδ e C. Os axônios de tamanho similar, mas que inervam os 
músculos e tendões, são chamados de grupos I, II, III e IV. 
 
 
A – mielínico e C – amielínico 
− Fibras do tipo Aβ: quase todos os receptores sensoriais 
− Fibras do tipo Aδ: terminações nervosas livres 
− Fibras amielínicas ou do tipo C: cócegas e afago 
 
 
 
Lembrar!!! 
O diâmetro de um axônio e a quantidade de mielina determinam a 
velocidade de condução do PA. Os axônios menores (fibras C) não 
possuem mielina e têm diâmetro menor. As fibras C transmitem a 
sensação de dor e de temperatura e são os axônios mais lentos. Por 
outro lado, as sensações de tato, transmitidas pelos mecanorreceptores 
cutâneos, são conduzidas pelos axônios Aβ relativamente grandes. 
 
► Origem dos Dermátomos – Posição dos Receptores 
 
 
Rafaela Pamplona 
 
Os dermátomos são áreas da pele inervada pelas raízes dorsais direita e 
esquerda de um único segmento espinhal e seus ramos., que são derivadas 
do sómito. As áreas se espalham de acordo com o nervo espinhal dominante 
responsável por sua inervação. O significado clínico de um dermátomo é 
que, quando um caso dermatológico se apresenta limitado a um único 
dermátomo, um rash cutâneo por exemplo, os sintomas clínicos podem 
indicar envolvimento patológico da raiz nervosa relacionada. 
 
 
 
Quando uma raiz dorsal é seccionada, o dermátomo correspondente do 
lado da lesão não perde toda a sensação. A sensação somática residual é 
explicada pelo fato de que as raízes dorsais adjacentes inervam áreas 
sobrepostas. Para perder toda a sensação em um dermátomo, três raízes 
dorsais adjacentes devem ser seccionadas. Entretanto, a pele inervada 
pelos axônios de uma raiz dorsal pode ser plenamente revelada em uma 
condição patológica chamada herpes zoster (cobreiro), quando todos os 
neurônios de um único gânglio da raiz dorsal são infectados pelo vírus, 
caracterizando faixas de lesão, hiperdolorosas, pois o vírus ataca 
principalmente os gânglios sensitivos. 
− Axila e pescoço: gânglios cervical, principalmente C6, C7 e C8. 
− MMSS: no máximo até T2. 
− Abdômen e pelve: T2 até T12 
− MMII: lombar e sacral 
► Vias de Transmissão e Tipos de Sensação 
 
 
 
Qualquer tipo de sensação para se tornar consciente tem que chegar 
ao córtex cerebral. Em geral, para que a informação chegue ao córtex 
são utilizadas as vias neurais (1º, 2º e 3º ordem). 
1º Ordem Une o SNP a medula 
2º Ordem 
Une a medula ao tálamo, ocorre 
o cruzamento 
3º Ordem Une o tálamo ao córtex 
 
Com base nas características das lesões foram definidas duas grandes 
vias, que envolvem elementos anatômicos diferentes: 
 
→ – –
 
• Tato epicrítico: localização precisa sobre a pele, avaliação precisa 
do grau de pressão sobre a pele e gradações finas de intensidade 
da sensação tátil (textura) 
• Sensações fásicas (vibrações) 
• Propriocepção consciente: posição estativa e velocidade do 
deslocamento. 
 
Rafaela Pamplona 
Axônio do 1º neurônio ascende 
no mesmo lado da ME, nos 
funículos posteriores (fascículos 
grácil e cuneiforme) e termina 
no 2º neurônio no 
(núcleos grácil e cuneiforme) 
→ os núcleos dão origem as 
fibras arqueadas internas que 
 o plano mediano 
(decussação sensitiva) e 
infletem-se no ângulo de 90º 
cranialmente, em direção ao 
tálamo, para formar o 
 
 
 
Observar que o núcleo do trigêmeo tem seu núcleo principal na altura da 
ponte e sua posição mais lateral em relação aos núcleos grácil e 
cuneiforme. 
 
Lembrar!! Neurônio de 2º ordem tem seu neurossoma fica do mesmo 
lado da origem do estimulo, mas a sinapse é contralateral ao estímulo. 
 
Após o cruzamento, o conjunto dos axônios dos 2º neurônio formam 
uma fita que segue em direção ao tálamo, chamada de Lemnisco Medial. 
As fibras referentes a cabeça posicionadas mais dorsalmente, durante o 
processo de ascendência o lemnisco sofre uma torção. Na ponte as fibras 
da cabeça se encontram em posição medial e as pernas, em lateral. A 
orientação no mesencéfalo é semelhante à da ponte. Essa configuração 
fornece maior proteção para as fibras da cabeça. 
 
Chegada ao Tálamo 
 
Complexo ventro-basal: 
• : núcleo das vias sensitivas, 
recebendo fibras dos lemniscos medial e espinhal. Projeta as fibras para 
o córtex do giro pós-central, onde se localiza a área somestésica. 
• núcleo das vias sensitivas. Recebe 
fibras do lemnisco trigeminal, trazendo sensibilidade somática geral de 
parte da cabeça e fibras gustativas provenientes do núcleo do trato 
solitário (fibras solitário-talâmicas). Projeta fibras para a área somestésica 
situada no giro pós-central e para a área gustativa situada na parte 
posterior da insula. 
 
 
→
 
Rafaela Pamplona 
Sensações que não permitem localização muito distinta da fonte do sinal, 
nem a discriminação fina das gradações de intensidade. 
• Tato protopático: tato e pressão grosseiros e mal localizados 
• Nocicepção: dor 
• Sensações térmicas 
• Cócegas, prurido e sensações sexuais 
~ Características da transmissão: baixa velocidade de transmissão 
sensorial, baixo grau de localização espacial do estímulo, gradações de 
intensidade menos acuradas e capacidade precária de transmissão de 
estímulos repetitivos. 
Axônio do 1º neurônio faz entrada no corno posterior da medula através 
de Fibras C ou Aδ e sinapse na substância gelatinosa (lâminas I e II de 
Rexed). Ao chegar na medula o neurônio emite varias ramificações (de 1 a 
2 segmentos acima e abaixo), fazendo o espalhamento da informação. 
Essa ramificação, percorre uma curta distância nos sentidos rostral e 
caudal na medula, em uma região chamada Tracto de Lissauer, depois 
faz sinapse em células da parte externa do corno dorsal, na região da 
substância gelatinosa. As fibras do 2º neurônio cruzam a comissura branca 
anterior da ME em direção ântero-lateral → axônios compõem os tratos 
espinotalâmico (tato e dor), espinorreticular (dor) e espinocerebelares 
(propriocepção). 
 
 
 
Divisão da Substância Cinzenta em Lâminas – Rexed 
- Lâminas de I a IV – Área Receptora 
- Lâminas V e VI – Informações Proprioceptivas 
- Lâmina IX e VIII – Motores Somáticos e Reflexos Motores 
- Lâmina X – Epêndima e Percepção da Dor Visceral 
 
 
 
Obs.: vias descendentes, motoras eferentes conscientes trafegam pelo 
funículo anterior e lateral. Ou seja, há a coexistência de vias na região 
ântero-lateral da substância branca. 
Término da Via Ântero-lateral 
Na região central do tronco encefálico, há um agregado de diferentes 
neurônios, denominado . Possui grupos de neurônios 
com diferentes tipos de neurotransmissores, com as monoaminas: 
noradrenalina, serotonina, dopamina. Esses grupos de neurônios 
constituem os núcleos da formação reticular com funções distintas: 
a) núcleos da rafe: serotonina. 
b) lócus ceruleus: noradrenalina; 
c) área tegmentar ventral: dopamina. 
 
O , conduz impulsos dolorosos. As fibras fazem 
sinapse na formação reticular do tronco encefálico, onde se originam as 
fibras retículotalâmicas, constituindo-se a via espino-retículo-talâmica., que 
conduz impulsos relacionados com dores do tipo crônico e difuso (dor em 
queimação), enquanto a via espinotalâmica se relaciona com as dores 
agudas e bem localizadas da superfíciecorporal. 
 
 
 
Os (localização da orgirem do estímulo) 
recebem um grande número de fibras da formação reticular e têm papel 
ativador sobre o córtex cerebral integrando o Sistema Ativador Reticular 
Ascendente (SARA). A via que liga a formação reticular ao córtex, através 
dos núcleos intralaminares, proporciona uma vaga percepção sensorial 
sem especificidade, mas com reações emocionais especialmente para 
estímulos dolorosos. Lesões no núcleo centromediano já foram feitas para 
aliviar dores intratáveis. 
 
 
Rafaela Pamplona 
 
 
 
 
 
 
Modalidade 
Sensitiva 
1º 
Neurônio 
2º 
Neurônio 
Cruzamento 
das fibras 
3º 
Neurônio 
Sistema 
Posterior 
Lemniscal 
- tato 
epicrítico 
Gânglio 
sensitivo 
da raiz 
dorsal 
Bulbo 
(núcleos 
grácil e 
cuneiforme) 
No bulbo, 
após 
sinapse nos 
núcleos 
grácil e 
cuneiforme 
Tálamo: 
núcleo 
ventral e 
posterior 
Sistema 
Ântero-
lateral 
- tato 
protopático 
Gânglio 
sensitivo 
da raiz 
dorsal 
Medula 
espinhal 
(corno 
posterior) 
Na medula 
espinhal, 
após 
sinapse no 
corno 
posterior 
Núcleo 
reticular e 
Núcleo 
Intralaminar 
 
 
 
► Disfunções Sensoriais 
 
 
As informações de , enquanto as 
informações de . 
Logo, lesões na medula espinhal apresentam sintomas: 
~ Ipsilateral a lesão: insensibilidade ao tato leve, às vibrações de um 
diapasão sobre a pele e à posição de um membro. Perda Epicrítica. 
~ Contralateral a lesão: déficits de sensibilidade à dor e à temperatura. 
Perda Protopática. 
 
 
 
As principais alterações da sensibilidade são: 
a) anestesia: perda da sensibilidade tátil 
b) analgesia: perda de sensibilidade dolorosa 
c) hipoestesia: diminuição da sensibilidade 
d) hiperestesia: aumento da sensibilidade 
e) parestesia: aparecimento sem estimulação de sensações 
espontâneas e mal definidas como “formigamento” 
f) algias: dor em geral. 
Quando são lesadas as raízes dorsais, haverá́ perda total de sensibilidade 
no dermátomo correspondente à raiz lesada. A identificação dos locais 
das lesões radiculares é feita com base nos mapas de dermátomos e de 
território de inervação radicular. 
→ : consequência da neurossífilis, ocorre lesão das raízes 
dorsais. As fibras dos fascículos grácil e cuneiforme são destruídas. Há 
perda das funções: 
 
Rafaela Pamplona 
a) perda da propriocepção consciente: perda da cinestesia, ou seja, 
do sentido de posição e de movimento; 
b) perda do tato epicrítico: perde a discriminação tátil; 
c) perda da sensibilidade vibratória e da estereognosia. 
→ : o 
conjunto de sintomas sensoriais e motores: 
• Sintomas que se manifestam do mesmo lado da lesão (tratos não 
cruzados na medula): 
~ Perda da propriocepção consciente e do tato epicrítico devido a 
interrupção das fibras dos fascículos grácil e cuneiforme. 
• Sintomas que se manifestam do lado oposto ao lesado (tratos 
cruzados) 
~ Perda da sensibilidade térmica e dolorosa a partir de um ou dois 
dermátomos abaixo do nível da lesão, devido interrupção das fibras 
do trato espinotalâmico lateral 
~ Ligeira diminuição do tato protopático e da pressão, por 
comprometimento do trato espinotalâmico anterior. Este 
comprometimento, em geral, é pequeno, porque as fibras da raiz 
dorsal, que levam esta modalidade de sensibilidade, dão ramos 
ascendentes muito grandes, que emitem colaterais em várias alturas 
antes de fazer sinapse na coluna posterior e cruzar para o lado 
oposto. 
→ : interrupção das fibras que formam os dois tratos 
espinotalâmicos laterais, quando eles cruzam ventralmente ao canal 
central. Ocorre perda de sensibilidade térmica e dolorosa de ambos os 
lados, em uma área que corresponde aos dermátomos relacionados 
com as fibras lesadas. Não há qualquer perturbação da propriocepção, 
sendo mínima a deficiência tátil. 
→ : após um traumatismo que resulte na 
secção completa da medula, o paciente entra em estado de choque 
espinhal. Caracteriza-se pela absoluta perda da sensibilidade, dos 
movimentos e do tônus nos músculos inervados pelos segmentos 
medulares situados abaixo da lesão. Há retenção de urina e de fezes e 
perda da função erétil. 
→ : 
ocorre anestesia da face do mesmo lado da lesão, no território 
correspondente aos três ramos do trigêmeo. A lesão pode se estender 
ao lemnisco medial, determinando a perda da propriocepção consciente 
e do tato epicrítico do lado oposto ao lesado. 
→ : 
lesão dos lemniscos medial, espinhal e trigeminal, provocando anestesia 
da metade oposta do corpo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rafaela Pamplona 
Córtex Somatossensorial 
 
A localização exata da sensibilidade somática ocorre quando impulsos 
nervosos chegam à (S1 – áreas 1, 2 
e 3), que ocupa o 
. Cada região, nessa área, recebe influxo sensitivo de uma parte 
diferente do corpo. Em geral, a metade anterior do lobo parietal está 
relacionada com a recepção e interpretação dos sinais somatossensoriais 
e a metade posterior promove níveis maiores de interpretação. 
 
 
 
 
A área somatossensorial I apresenta alto grau de localização das diferentes 
partes do corpo. Ao contrário, a localização é pobre na área 
somatossensorial II, embora a face esteja representada anteriormente, os 
braços centralmente e as pernas posteriormente. 
Projeções da área somatossensorial I são necessárias para a função da 
área somatossensorial II. Entretanto, a remoção de partes da área 
somatossensorial II não tem efeito aparente sobre a resposta dos 
neurônios da área somatossensorial I. Com isso, a sensação somática 
parece ser explicada pelas funções da área somatossensorial I. 
A área somatossensorial I se situa imediatamente atrás da fissura central, 
localizada no giro pós-central do córtex (nas áreas de Brodmann 3, 1 e 2). 
Cada lado do córtex recebe, quase que exclusivamente, informações 
sensoriais vindas do lado oposto do corpo. As dimensões dessas áreas são 
diretamente proporcionais ao número de receptores sensoriais 
especializados, em cada área periférica respectiva do corpo. 
 
 
 
 
► Camadas do Córtex Somatossensorial e suas Funções 
O córtex cerebral contém seis camadas de neurônios, a camada I próxima 
da superfície e a camada VI mais profunda. O nome de cada camada é 
baseada nos principais tipos de células encontradas em cada região. Os 
neurônios das diversas camadas realizam diferentes funções 
 
 
 
1. Os sinais sensoriais aferentes excitam inicialmente os neurônios da 
camada IV; em seguida, o sinal se espalha em direção à superfície do 
córtex e em direção às camadas mais profundas. 
2. As camadas I e II recebem sinais aferentes inespecíficos e difusos, 
provenientes dos centros subcorticais, que facilitam regiões específicas do 
córtex. Essas aferências controlam principalmente o nível geral de 
excitabilidade das respectivas regiões estimuladas. 
3. Os neurônios das camadas II e III enviam axônios para áreas relacionadas 
no lado oposto do córtex cerebral, pelo corpo caloso. 
4. Os neurônios das camadas V e VI enviam axônios para estruturas 
encefálicas profundas. Os neurônios da camada V são geralmente maiores 
e se projetam para áreas mais distantes, como os gânglios da base, o 
tronco cerebral e a medula espinhal, onde controlam a transmissão de 
sinais. Da camada VI, número especialmente grande de axônios se projeta 
para o tálamo (feedback sensorial), levando assim sinais do córtex cerebral 
que interagem e ajudam a controlar os níveis de excitação dos sinais 
sensoriais aferentes que entram no tálamo. 
 
Rafaela Pamplona 
 
 
 
► Sistemas de Classificação do Córtex 
→ : baseada na citoarquitetura 
 
 
 
→ : de acordo com o grau de relacionamento 
com a motricidade e sensibilidade 
 
 
 
 
 recebem estímulos somestésicos, 
auditivos, visuais e gustatóriosdo tálamo, que recebe os estímulos de 
órgãos sensoriais especializados e de receptores periféricos. As vias 
olfativas contornam o tálamo e vão diretamente a áreas especializadas 
do córtex. Os estímulos sensoriais são processados em áreas de 
associação relacionadas com um ou mais sentidos. 
 produz movimentos corporais voluntários; as 
áreas de associação ajudam a planejar e executar atividades motoras 
complexas. 
 é adjacente à sua área sensorial 
primária correspondente e processa informações daquela área em um 
nível mais alto do que a área sensorial primária. 
 não se restringem a nenhuma 
atividade sensorial ou motora isolada, mas recebem informações 
convergentes de múltiplas áreas sensoriais e motoras do cérebro . As 
áreas de associação multimodais nos lobos frontal, temporal e parietal 
integram informações sensoriais, feedback motor e outras informações 
com as memórias instintiva e adquirida. Essa integração facilita o 
aprendizado e cria o pensamento, a expressão e o comportamento. 
 
 
 
► Córtex Somatossensorial Primário (S1) 
Os níveis mais complexos do processamento somatossensorial ocorrem 
no córtex cerebral, principalmente no lobo parietal. 
A área de Brodmann 3b ou 
córtex somatossensorial 
primário (S1), situada no 
 (logo atrás do 
sulco central). Junto à S1, estão 
outras áreas corticais que 
também processam a 
informação sensorial somática. 
Incluem as áreas 3a, 1 e 2 no 
giro pós-central e áreas 5 e 7 
no córtex parietal posterior 
adjacente. 
 
Rafaela Pamplona 
A área 3b é o córtex sensorial somático primário porque recebe um 
grande número de aferências do núcleo VP (ventral posterior) do tálamo 
e seus neurônios são muito responsivos aos estímulos somatossensoriais. 
A área 3a também recebe uma densa aferências do tálamo, entretanto, 
está mais relacionada com as informações acerca da posição do corpo. 
As áreas 1 e 2 recebem densa inervação da área 3b. A projeção da área 
3b para a área 1 envia principalmente informação sobre textura, enquanto 
a projeção para a área 2 enfatiza tamanho e forma. 
→
- Giro pós-central do lobo parietal (áreas de Brodmann 3a, 3b, 1 e 2) 
- Recebe aferências do tálamo 
→
- Áreas de Brodmann 5 e 7 
- Recebe aferências de S1 
 
 
 
 
 
► Disfunções no Córtex Somatossensorial 
Alterações no S1 (giro pós-central) provoca incapacidade de localização 
separada das diferentes sensações, de avaliação de graus críticos de 
pressão, incapaz de reconhecer as formas dos objetos (Astereognosia), 
de avaliar os pesos dos objetos, não discernimento da textura e má 
localização das sensações de dor e temperatura. 
O córtex parietal posterior é essencial para a percepção e interpretação 
das relações espaciais, a noção exata do corpo e o aprendizado das 
tarefas que envolvem a coordenação do corpo no espaço. Essas funções 
envolvem uma complexa integração da informação somatossensorial com 
a de outros sistemas sensoriais, especialmente com o sistema visual. 
Lesões do córtex parietal posterior podem causar alguns distúrbios 
neurológicos, como a agnosia, a incapacidade em reconhecer objetos, 
apesar de as capacidades sensoriais simples parecerem normais. Pessoas 
com estereognosia não conseguem reconhecer objetos comuns pelo 
tato, apesar de a sensação tátil ser normal sob outros aspectos e 
poderem, inclusive, não ter problemas para reconhecer o objeto pela 
visão ou pelo som. Os déficits são frequentemente limitados ao lado 
contralateral à lesão. 
As lesões no córtex parietal também podem causar uma síndrome de 
negligência, na qual uma parte do corpo ou uma parte do mundo é 
ignorada ou suprimida, e sua própria existência é negada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rafaela Pamplona 
Sensações Térmicas 
 
A modalidade sensorial temperatura é estimulada pela quantidade de calor 
captadas pelas terminações livres dos neurônios aferentes presentes na 
pele. 
► Tipos de Receptores Térmicos - Termorreceptores 
Localizam-se imediatamente abaixo da pele em pontos discretos e 
separados 
- Área de estimulação – 1 mm2 
→ – identificados histologicamente 
- Maior quantidade que os de calor 
- Fibras tipo A e C pequenas e bastante ramificadas 
→ – sem identificação histológica 
- Terminações nervosas livres, apenas Fibras do tipo C 
O mecanismo de estimulação: modificação da velocidade de reações 
químicas. 
► Estimulação dos Receptores Térmicos 
As graduações térmicas têm pelo menos três tipos de receptores 
sensoriais: receptores para frio, receptores para calor e receptores para 
dor. Os receptores para dor só são estimulados pelos graus extremos de 
calor ou de frio e, portanto, são responsáveis, junto com os receptores 
para frio e calor, pelas sensações de “frio congelante” e “calor extremo”. 
A determinação das diferentes graduações das sensações térmicas pelos 
graus relativos de estimulação das diferentes terminações. Também, 
pode-se compreender por que os graus extremos, tanto de frio, quanto 
de calor podem ser dolorosos e porque ambas as sensações, quando 
intensas o suficiente, geram quase a mesma qualidade de sensação, isto 
é, as sensações de frio congelante ou de calor abrasador são muito 
parecidas. 
 
Os receptores que responderam as temperaturas mais altas, são 
chamados de receptores de calor. Importante perceber que a partir de 
45ºC os impulsos diminuem drasticamente, isso ocorre devido a 
destruição dos receptores. 
Os receptores de frio tem o pico de estimulação não em temperaturas 
frias, mas sim em temperaturas agradáveis que não causam dano ao 
corpo. 
 
 
Em temperaturas muito baixas, por volta dos 5ºC, o córtex não recebe 
estímulos nem das fibras de frio nem das fibras de calor. Essa falta de 
estimulo é interpretada pelo córtex como ambiente super frio. 
As baixas temperaturas diminuem o metabolismo de todas as células, 
incluindo os receptores de frio. Logo, a sensação de frio não ocorre pela 
ativação de seus receptores, mas, sim, por sua inativação associada a 
inativação dos receptores de calor. Já com o aumento da temperatura, 
os receptores de frio também diminuem sua atividade, enquanto os de 
calor aumentam, esse quadro é interpretado pelo cérebro como ambiente 
quente. 
Temperaturas extremas de frio e calor ativam as fibras de dor. 
 
► Adaptação dos Receptores Térmicos 
Para a termorrecepção é a variação repentina na qualidade de um 
estímulo que gera as respostas neurais e perceptivas mais intensas. 
Os termorreceptores possuem elevado grau de adaptação LENTA, mas 
nunca completamente. 
Maior eficácia de resposta durante alterações da temperatura 
 
 
► Percepção Térmica 
A detecção térmica provavelmente resulta não dos efeitos físicos diretos 
do calor ou do frio sobre as terminações nervosas, mas sim da estimulação 
química das terminações modificadas pela temperatura. Como o número 
de terminações para frio ou para calor em qualquer área da superfície do 
corpo é pequeno, quando grande área da pele é estimulada, os sinais 
térmicos de toda a área se somam. 
A organização da via da temperatura é paralela à via da dor. Os axônios 
de pequeno diâmetro fazem sinapse na substância gelatinosa do corno 
dorsal. Os axônios dos neurônios de 2º ordem decussam em seguida e 
ascendem pelo trato espinotalâmico contralateral. Dessa forma, se a 
medula espinhal for seccionada em um lado, haverá uma perda da 
sensibilidade à temperatura (bem como à dor) do lado oposto do corpo, 
especificamente daquelas regiões da pele inervadas pelos segmentos 
espinhais que estão abaixo do nível da secção. 
 
 
Rafaela Pamplona 
Dor e Nocicepção 
 
► Conceitos Importantes 
• : mecanismo pelo qual os estímulos são transmitidos ao 
SNC (percepção dos estímulos nocivos) por meio da ativação dos 
nociceptores. É o processo sensorial que fornece os sinais que 
desencadeiam a experiência da dor. 
• : éa interpretação consciente dos estímulos nociceptivos. É a 
sensação ou a percepção de sensações tão diversas como irritação, 
inflamação, fisgada, ardência, latejo, ou sensações insuportáveis que 
surgem de uma parte do corpo 
• : são terminações nervosas livres de neurônios aferentes 
capazes de serem ativados por estímulos intensos que causam lesão 
tecidual e dor. 
 
► Classificação Fisiopatológica da Dor 
• Nociceptiva: causada por ativação dos nociceptores. Tipos: somática 
superficial e profunda, visceral, referida, irradiada. 
• Neuropática: lesão do SNP ou SNC, sem estimulação do receptor 
• Mista 
• Psicogênica, mental ou emocional 
 
► Etapas da Nocicepção 
• : estímulo doloroso é recebido pelos nociceptores e 
transformado em potencial de ação 
• : impulso é conduzido até coluna posterior da medula 
espinhal 
• : no CDME o impulso é modulado antes de chegar a níveis 
superiores do SNC. 
• : impulso é integrado e percebido como dor 
 
► Dor Fisiológica 
A dor é uma percepção subjetiva, a interpretação do encéfalo sobre a 
informação sensorial transmitida pelas vias que se iniciam nos nociceptores. 
A dor é individual e multidimensional, e pode variar de acordo com o 
estado emocional. 
Percepção Afetiva da Estimulação dos Nociceptores 
- Vias envolvendo projeções para Hipotálamo e Amígdalas 
- “Interpretação Cognitivo-Emocional” da Nocicepção 
• Componente sensorial-discriminativo: detecção da intensidade, 
localização, duração, padrão temporal e qualidade do estímulo nocivo 
 
 
• Componente emocional-afetivo-cognitivo: reação emocional decorrente 
da percepção, ou seja, a integração do estímulo nocivo com áreas 
corticais e sistema límbico. 
 
► Tipos de Dor e suas Qualidades 
→ : rápida; em picada; súbita 
- Sentida em cerca de 0,1 s 
- Elevada intensidade inicial e decréscimo progressivo 
- Dor pontual rápida não é sentida nos tecidos mais profundos 
- Estímulos mecânicos e térmicos 
- Fibras do tipo A (mielinizada de diâmetro médio) 
→ : lenta; difusa; em queimação) 
- Sentida após 1s ou mais, aumentando sua intensidade lentamente 
- Associada à destruição tecidual 
- Estímulos mecânicos, térmicos e químicos. 
- Fibras do tipo C (amielínicas de diâmetro pequeno) 
 
 
 
► Nociceptores e sua Estimulação 
A transdução dos estímulos dolorosos ocorre nas TNL das fibras tipo A 
e C. A maioria dos nociceptores responde aos estímulos mecânicos, 
térmicos e químicos., sendo chamados de nociceptores . 
Com isso, respondem com eficiência a mais de uma modalidade, 
sobretudo a estímulos causadores de lesão tecidual e dor. Os nociceptores 
estão presentes na maioria dos tecidos do corpo, incluindo a pele, os 
ossos, os músculos, a maioria dos órgãos internos, os vasos sanguíneos e 
o coração. Estão ausentes no SN em si, mas estão presentes nas 
meninges. 
→ (TNL): difusamente distribuídos nas 
camadas superficiais da pele 
~ Tecidos mais profundos (Periósteo, paredes arteriais etc.) 
 
Rafaela Pamplona 
~ Receptores Não-Adaptáveis: os receptores para a dor se 
adaptam muito pouco ou não se adaptam. Na verdade, a excitação das 
fibras dolorosas fica progressivamente maior. Esse aumento da 
sensibilidade é chamado de 
A Hiperalgesia pode ser um limiar reduzido à dor, uma intensidade 
aumentada dos estímulos dolorosos ou, até́ mesmo, dor espontânea. A 
 ocorre na área do tecido lesado, mas os 
tecidos que envolvem a região da lesão também podem se tornar 
supersensíveis, pelo processo de . 
Várias substâncias são liberadas quando a pele é lesada., modulando a 
excitabilidade dos nociceptores, tornando-os mais sensíveis aos estímulos 
térmicos ou mecânicos. Ex.: bradicinina, prostaglandinas e substância P. 
A substância P causa vasodilatação e a liberação de histamina dos 
mastócitos. A sensibilização de outros nociceptores, nas vizinhanças da 
lesão, por ação da substância P é uma das causas da hiperalgesia 
secundária. Mecanismos do SNC também contribuem à hiperalgesia 
secundária, após a lesão, a ativação dos axônios mecanorreceptivos A 
por um toque leve pode resultar em dor. Portanto, outro mecanismo de 
hiperalgesia envolve uma linha cruzada entre a via do tato e a via da dor 
na medula espinhal. 
 
→ : aquecimento da pele a temperatura danosas 
• Aciona os Termonociceptores – modificação do limiar de excitabilidade 
 
→
A irritação ou lesão tecidual libera substâncias químicas, como 
prostaglandinas, cianinas e íons potássio (K+), que estimulam os 
nociceptores. 
• Mediadores diretos: bradicinina, íons K+ e H+, ATP, histamina, 
serotonina 
• Potencializadores: prostaglandinas, substância P, CGRP (peptídeo 
relacionado ao gene da calcitonina). 
 
 
 
► Vias de Transmissão para o SNC 
Os reflexos nociceptivos protetores iniciam com a ativação de TNL. Os 
canais iônicos respondem a estímulos, dando origem a potenciais 
graduados, os quais disparam potenciais de ação se o estímulo for 
suficientemente intenso. 
Os neurônios sensoriais primários da nocicepção terminam no corno 
dorsal da medula espinhal. A ativação do nociceptor pode seguir duas vias: 
1. Respostas protetoras reflexas, que são integradas na medula espinal 
(= reflexos espinais) 
2. Vias ascendentes para o córtex cerebral, responsáveis pela 
sensação consciente (dor ou prurido). 
Os neurônios nociceptivos primários fazem sinapses com interneurônios 
nas respostas reflexas espinais ou em neurônios secundários que se 
projetam ao encéfalo. As respostas nociceptivas integradas na medula 
espinal iniciam reflexos protetores inconscientes rápidos = 
Os neurônios sensoriais secundários cruzam ME e ascendem ao tálamo 
e áreas sensoriais do córtex. As vias também enviam ramos para o sistema 
límbico e para o hipotálamo. Como resultado, a dor pode ser acompanhada 
de manifestação emocional (sofrimento) e várias reações 
neurovegetativas (autônomas), como náuseas, vômitos e sudorese. 
 
 
 
 
 
Rafaela Pamplona 
→
Duas vias correspondem principalmente aos dois tipos de dor – uma via 
para a dor pontual rápida e uma via para a dor lenta crônica. 
 
 
→
 
Dor Aguda 
− Fibras A: lâmina I e V 
− Trato espinotalâmico lateral 
− Neurônio de 2º ordem: subida contralateral, mantendo a 
somatotopia 
− Neurônio de 3º ordem: núcleos ventrais posteriores lateral e 
inferior do tálamo. 
Dor Crônica 
− Fibras C: lâmina II e III 
− Trato espinorreticular 
− Neurônio de 2º ordem: subida contra e ipsilateral 
− Neurônio de 3º ordem: núcleos reticulares do bulbo, área tectal 
do mesencéfalo e substância cinzenta periaquedutal 
− Termino difuso no tronco encefálico: dor mal localizada 
 
 
 
► Outros Aspectos Gerais da Dor 
• Funções da Formação Reticular, Tálamo e Córtex: a percepção de dor 
não é afetada pela remoção do córtex somatossensorial 
 Participação de estruturas encefálicas inferiores 
 Importância do córtex na interpretação do tipo e localização da dor 
• A dor aumenta o nível de excitabilidade geral do cérebro: dificuldade 
para dormir na presença de dor intensa 
• Correlação com sistema límbico e regulação hormonal: fibras para o 
hipotálamo, núcleos amigdaloides e septais  Córtex Cingulado Anterior 
(carga emocional da dor) 
 
► Sistemas de Analgesia Endógenos 
É a capacidade do próprio SNC minimizar a entrada de sinais de dor 
→ 
Estimulação de Fibras do Tato Epicrítico (A)  Inibição Lateral das 
Fibras Nociceptivas (A e C). Ex.: Estimulação Elétrica e Acupuntura 
 
Teoria do portão 
da dor: retransmissão 
sináptica das informações 
nociceptivas pelos 
neurônios de projeção é 
controlada pela atividade 
de um interneurônio 
inibitório. 
 
→ 
O SN produz substâncias endógenas semelhantes à morfina, chamadas 
endorfinas. Os opioides endógenos incluem três famílias: endorfinas, 
encefálicas e dinorfinas. Pequenas quantidades de morfina ou endorfinas 
na PAG (subs. cinzenta periaquedutal), nos núcleos da rafe ou no cornodorsal podem produzir analgesia. 
No âmbito celular, as endorfinas exercem múltiplos efeitos, que incluem 
supressão da liberação de glutamato das terminações pré-sinápticas e 
inibição dos neurônios pela hiperpolarização das membranas pós-
sinápticas. 
 
Rafaela Pamplona 
 
 
Obs.: a crença de que o tratamento funcionará pode 
causar ativação de sistemas endógenos encefálicos de alívio à dor. 
 
► Tipos de Dor 
→
- Presença preferencial de nociceptores 
- Lesões viscerais bem localizadas raramente causam dor intensa 
- Estimulação difusa das terminações  Dor Intensa 
Dor Crônica 
Vísceras Insensíveis: parênquima do fígado e alvéolos do pulmão 
• Causas Principais 
Distúrbios de 
estimulação 
química 
 
Distensão acentuada ou 
espasmos de vísceras 
ocas (cólicas) 
Isquemia 
Dor Parietal causada por Lesão Visceral - acometimento do peritônio 
parietal, pleura ou pericárdio. Ex.: apendicite. 
Dor Aguda 
Via de Transmissão da Dor Visceral Verdadeira 
- Divisão Sensorial do SNA 
- Fibras tipo C 
Via Parietal e Dupla Transmissão 
- Nervos Espinhais Locais 
- Fibras tipo A 
Dor Referida 
Localização da dor referida através das vias parietais: a origem embrionária 
em comum da inervação das vísceras e da pele 
 
 
 
• Principais dermátomos da dor referida e sua origem visceral 
Projeção somática Órgão visceral 
C3 – C4 Diafragma 
T1 – T8 Coração 
T10 Apêndice 
T10 – T12 Testículos, próstata 
T10 – T12 Ovários, útero 
 
• Mecanismo da Dor Referida: convergência de sinapses sobre o neurônio 
de 2º ordem de dor superficial. 
 
 
Cefaleias 
→
- Ausência de nociceptores no SNC  Cérebro insensível à dor 
- Estimulação de áreas sensoriais  Parestesia ou Formigamento 
• Condições que provocam dor na abóboda craniana 
- Estiramento da dura-máter na base do cérebro 
- Lesão do tentório (acima – V par; abaixo – IX par, X par e C2) 
- Estiramento dos seios venosos cerebrais ou dos vasos sanguíneos das 
meninges (artéria meníngea média) 
 
 
Rafaela Pamplona 
• Tipos de Cefaleia Intracraniana 
~ Cefaleia da Meningite 
- Áreas sensitivas da Dura-máter e dos seios venosos 
~ Baixa Pressão do LCR 
- Remoção de LCR (20 ml)  Diminui a Flutuação do cérebro 
~ Enxaqueca 
- Estimulação anômala de origem NEUROGÊNICA que se propaga de 
forma cíclica. 
- Sensações Prodrômicas: náuseas; perda de campo visual; aura visual. 
Com início de 30 min a 1 hora antes da dor 
→
- Irritação das estruturas nasais e acessórias 
 
- Distúrbios oculares 
Exposição à radiação dos raios luminosos pode causar de pequenas 
irritações conjuntivas à perda da visão, como dificuldade em focalizar. 
Sobrecarrega os músculos ciliares – 
Provoca espasmos reflexos dos músculos faciais e extraoculares 
– 
 
► Disfunções Sensoriais 
→ : afetam primeiro os neurônios 
maiores e mais ativos. Ex.: Lesões por Pressão do nervo Ciático 
Dormência de extremidades e dificuldade no caminhar 
→ Neuropatia periférica (toxinas ou distúrbios metabólicos) 
Padrão em Meia e Luva 
• 
- Processo de Regeneração mais falha em fibras pequenas 
- Proliferação exacerbada dos “brotos de regeneração” das fibras 
maiores (A) = fibras mais calibrosas, relacionadas ao tato 
 Alodinia: dor a estímulos que a principio não seriam dolorosos. 
Está relacionado à sensibilização central, presente na fibromialgia, 
enxaqueca, esclerose múltipla etc. 
 Dor fantasma 
 
•
•
- Disfunção na Transmissão do n. Trigêmeo ou Glossofaríngeo 
- Áreas de gatilho (mecanoceptores) muito sensíveis na face 
→ Neuropatia Central ou Síndrome Talâmica: pode ser 
causada por falta de irrigação a partir de ramos da a. cerebral posterior e 
por lesão da região ventral e posterior do tálamo 
• Associada a Anormalidades de Transmissão Sensorial Prévias: 
- Perda e/ou Falha da Condução Somática do lado oposto; 
- Ataxia 
- Retorno anômalo da somestesia do lado oposto; 
- Sensações Afetivas Extremamente Desagradáveis 
Facilitação Central da Via Espinorreticular – relato de dores intensas e 
enlouquecedoras 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rafaela Pamplona 
Propriocepção e Funções Motoras da 
Medula Espinhal 
 
Propriocepção é a sensação de posição e movimento do corpo, utilizando 
sinais sensoriais dos músculos, articulações e pele. 
A associação entre os fusos musculares (= receptor de estiramento) e 
os axônios Ia é exemplo de proprioceptores. Esses receptores são um 
componente do sistema sensorial somático que é especializado na 
“sensação corporal”, ou propriocepção, que informa como o nosso corpo 
se posiciona e se move no espaço. 
 
 
 
Aspectos Gerais – Sistema Motor 
Envolve elementos do SN e do tecido muscular 
Os movimentos são combinações entre: 
→ Reflexos Involuntários: medula espinhal e tronco encefálico 
→ Movimentos voluntários: níveis superiores (encéfalo) 
 
Tipos de Receptores 
→ : transmitem o grau de 
angulação de todas as articulações, em todos os planos e sua velocidade 
de direção, sendo, possível relacionar a posição do membro em relação 
ao corpo. 
→ (terminações nervosas livres) 
→ (corpúsculos de Ruffini e Pacini) 
→ : informações estáticas (encurtamento) e dinâmicas 
(presença e velocidade de mudança de comprimento) a partir das fibras 
musculares esqueléticas. 
 
 
→ informações sobre o tensionamento 
resultante da contração. 
 
 
Os fusos neuromusculares e os órgãos tendinosos de Golgi são estruturas 
complexas que ao sofrer estiramento ou tensionamento acionam 
mecanoceptores que podem gerar o potencial de ação. 
 
Fuso Neuromuscular – Músculo 
 
 
Características anatômicas: 
→
Dispostas em paralelo 
Relacionadas a contração – inervada por motoneurônio alfa 
( α) 
Os neurônios motores inferiores saem do corno ventral e se agrupam 
para formar as raízes ventrais. 
→
Relacionadas a mecanossensibilidade: a distensão das fibras intrafusais 
promove a abertura de canas iônicos, o que resulta em disparos de 
potenciais de ação. 
~ Inervadas : motoneurônio gama ( ᵧ) 
~ Inervação Aferente: fibra nervosa Ia (terminais primários) e II 
(terminais secundários). 
: terminação primária, possuem adaptação rápida, 
transmitindo estímulos dinâmicos. Localizadas no centro. 
 
Rafaela Pamplona 
: terminação secundária, possuem adaptação lenta 
e transmitem informações de caráter estático. Localizadas nas 
terminações. 
Outra classificação para as fibras Intrafusais: fibras em bolsa ou saco nuclear 
e fibras em cadeia nuclear. 
 
 
 
O estiramento das fibras extrafusais promove o aumento dos estímulos 
proprioceptivos. 
 
 
Ao ajustar a intensidade de resposta de um fuso muscular ao estiramento 
de um músculo esquelético, o encéfalo estabelece o nível geral do tônus 
muscular, o menor grau de contração presente enquanto o músculo está 
em repouso. 
 
Órgãos Tendinosos de Golgi – Tendão 
Disposição das fibras extrafusais em série 
São mecanorreceptores associados a tendões que detectam mudanças 
de tensão nessas estruturas 
Formados por fibras , que estão internalizadas nos 
tendões, onde se ramificam entre as fibras de colágeno para detectar as 
mudanças de tensão 
Vias Espinocerebelar e Lemniscal 
 
 
 
 
Resumo da Inervação dos Músculos 
Fibras Extrafusais (contração) Fibra tipo Aα (Eferente) 
Fibra Intrafusais 
Fibra tipo Ia (Aferente) 
Fibra tipo II (Aferente) 
Fibra tipo Aᵧ (Eferente) 
Órgãos Tendinosos de Golgi Fibra tipo Ib (Aferente) 
 
Comportamento das Fibras - Estiramento 
 
 
• Fibras Ia ou fibras de terminações primárias: possuem adaptação rápida, 
transmitindo estímulos dinâmicos Com o tempo, os estímulos ficam mais 
espaçados. 
• Fibras II ou de terminações secundárias: possuem adaptação lenta e 
transmitem informações de caráter estático. Com o tempo, o estimulo 
passa a ser mais frequente. 
 
Comportamento das Fibras - Encurtamento 
 
 
Comportamento do ÓrgãoTendinoso de Golgi - Tensão 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rafaela Pamplona 
Vias Descendentes - Eferentes 
 
 
Na contração voluntaria, as fibras musculares extrafusais (fibra Aα) são 
acionadas antes que as fibras neuromusculares (Aᵧ). 
 
Atividade dos Receptores de Propriocepção 
Os receptores mais ativos durante a movimentação articular normal 
• Angulação na faixa média de movimento: aparelho do fuso 
neuromuscular 
• Extremos da angulação articular: corpúsculos de Pacini, Ruffini e 
receptores semelhantes aos tendinosos de Golgi 
• Detecção de velocidade de movimento: corpúsculos de Pacini e fusos 
neuromusculares. 
 
Transmissão da Propriocepção 
→ º (calibrosas e mielinizadas)
- Tipo Ia (informações dinâmicas) e Tipo II (informações estáticas) dos 
aparelhos do fuso neuromuscular 
- Tipo Ib dos órgãos tendinosos de Golgi 
- Tipo A dos receptores das capsulas articulares e especializados 
• Via da = propriocepção 
- Sinapse com interneurônios na medula espinhal 
- Chegada ao córtex somatossensorial primário 
• Via = propriocepção 
- Vias espinocerebelares 
→ : diferentes grupos 
com resposta ótima para cada angulação 
A diferença de 
processamento das 
informações é que 
permite a percepção da 
posição e angulação das 
articulações. 
 
Arco Reflexo 
Os movimentos reflexos são menos complexos e integrados 
principalmente na coluna anterior da medula espinhal. Os reflexos são 
movimentos automáticos e estereotipados em resposta a um estimulo 
sensorial. 
Os movimentos reflexos também podem ser modulados por informações 
provenientes de centros encefálicos superiores. Além disso, as aferências 
dos fusos musculares e dos órgãos tendinosos de Golgi são enviadas para 
o encéfalo e participam na coordenação dos movimentos voluntários e 
dos reflexos posturais. 
Os reflexos posturais nos ajudam a manter a posição do corpo enquanto 
estamos de pé́ ou nos movendo. Esses reflexos são integrados no tronco 
encefálico e requerem aferências sensoriais contínuas dos sistemas visual, 
vestibular (orelha interna) e dos músculos. 
Os receptores musculares, tendinosos e articulares fornecem informações 
sobre a propriocepção, as posições das várias partes do corpo e a relação 
entre elas. 
Os reflexos antecipatórios permitem que o corpo se prepare para um 
movimento voluntário, e são usados mecanismos de retroalimentação 
para gerar movimentos contínuos uniformes. A coordenação do 
movimento exige a cooperação de muitas áreas do encéfalo. 
 
 
Estimulação do receptor sensorial 
 
Envio da mensagem para a medula espinhal, via neurônio sensorial 
 
Na medula, o neurônio motor correspondente é estimulado 
 
Neurônio motor provoca o estiramento das fibras musculares 
 
Reflexo Miotático ou de Estiramento (fásico ou tônico): 
funcionamento a partir da ativação dos Fusos Neuromusculares 
 
 
Rafaela Pamplona 
O axônio Ia e os neurônios motores alfa sobre os quais estabelece sinapses 
constituem o arco reflexo monossináptico miotático. 
O estiramento do fuso leva a uma despolarização dos terminais do axônio 
Ia porque abrem-se canais iônicos mecanossensíveis. O resultante 
aumento da descarga de potenciais de ação dos axônios Ia despolariza 
sinapticamente os neurônios motores alfa, que respondem com um 
aumento de suas frequências de potenciais de ação. Isso faz com que o 
músculo se contraia e, portanto, encurte. 
 
Todo reflexo de estiramento ou reflexo miotático é desencadeado pelo 
fuso neuromuscular, que tem acionamento direto dos músculos agonistas 
e inibição dos antagonistas na medula espinhal. 
Fuso Neuromuscular e o Tônus 
- Sistema de alça gama: tônus muscular 
- Mecanismo: 
Contração das extremidades das fibras intrafusais 
 
Estiramento leve do centro da fibra 
 
Ativação de fibras nervosas Ia e II 
 
Transmissão ipsilateral para neurônio alfa 
 
Produção de contração leve (tônus) 
Obs.: Espasticidade ou hipertonia (motoneurônio gama) 
 
Reflexo Miotático Invertido 
- Funcionamento a partir da ativação dos 
- Função de sinalizar o excesso de tensão muscular gerada pela 
contração, levando ao relaxamento 
- Mecanismos 
Contração muscular repuxa tendão 
 
A tração do tendão ativa a fibra Ib 
 
Ativa o neurônio inibitório medular 
 
Inibi o motoneurônio alfa medular 
 
Relaxamento do músculo agonista 
 
 
Reflexo de Retirada (ou flexão) e Reflexo de Extensão 
Cruzada 
- Polisináptico – reflexo protetor para evitar danos teciduais 
- Funcionamento simultâneo a partir da ativação dos 
 
Este reflexo é caracterizado pela retirada de um membro do corpo frente 
a estímulos como dor, picada e calor. Ex.: quando encostamos a mão no 
fogo e há a retirada da mão mesmo antes da dor. Isso ocorre devido à 
integração, na medula, da ativação dos neurônios sensitivos com os 
neurônios motores e, consequente excitação dos músculos flexores e 
recíproco relaxamento ou inibição dos músculos extensores. 
A flexão de um membro acompanhada da reação contralateral do 
membro oposto é denominada reflexo extensor cruzado. No entanto, para 
que este reflexo ocorra o estímulo tem que ser suficientemente forte 
para atingir os interneurônios, com limiar de ativação mais alto, que fazem 
parte do circuito neuronal do reflexo extensor cruzado. A necessidade do 
envolvimento dos músculos contralaterais neste tipo de reflexo tem a 
função de dar suporte postural durante a retirada do membro afetado 
frente ao estímulo da dor.

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