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Aula 03 Auditoria ISSBH.21 01 11

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AUDITORIA PARA ISS-BH – TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR: MARCELO ARAGÃO 
www.pontodosconcursos.com.br 1
Oi pessoal, 
 Esta é a aula 3 do nosso curso de auditoria para o ISS BH, na qual vamos 
abordar o processo de execução da auditoria contábil, com ênfase para os 
procedimentos básicos de auditoria, os tipos de testes utilizados pelos auditores e a 
sua aplicação em áreas específicas das demonstrações contábeis. 
Portanto, os assuntos a serem tratados nesta aula são os seguintes: 
ƒ Testes de Auditoria: Substantivos, de Observância, Revisão Analítica. 
ƒ Procedimentos de Auditoria: Inspeção, Observação, Investigação e 
Confirmação, Cálculo, Procedimentos Analíticos. 
ƒ Tipos de Teste em Áreas Específicas das Demonstrações Contábeis: 
Caixa e Bancos, Clientes, Estoques, Investimentos, Imobilizado, 
Fornecedores, Advogados, Seguros, Folha de Pagamentos. 
Iniciaremos a aula pelos testes e procedimentos básicos de auditoria. 
Testes de Auditoria e Procedimentos Básicos de Auditoria 
Como demonstramos na aula 2, a auditoria deve ser adequadamente 
planejada para que se desenvolva de forma eficaz e eficiente. Portanto, o auditor 
deve entender e avaliar o sistema contábil e de controles internos da entidade 
auditada, para dimensionar os riscos de auditoria e, consequentemente, elaborar 
um plano que estabeleça a forma mais apropriada de aplicação dos testes e 
procedimentos de auditoria. 
Quanto menor for a confiança depositada nos controles internos, ou seja, 
maiores os riscos de distorções relevantes nas demonstrações financeiras, maior 
será a extensão dos testes a serem aplicados pelo auditor em seus procedimentos 
de auditoria. 
Procedimentos de auditoria são as técnicas utilizadas pelo auditor que, 
tomadas em seu conjunto, possibilitam a formação de opinião sobre os trabalhos 
realizados. 
Em auditoria contábil, o auditor realiza procedimentos de auditoria para obter 
evidências que fundamentem seu parecer sobre as demonstrações contábeis. 
Podemos classificar os procedimentos de auditoria das demonstrações 
contábeis, de acordo com os seus objetivos, em três categorias: 
 
 
 
 
 
 
AUDITORIA PARA ISS-BH – TEORIA E EXERCÍCIOS 
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¾ procedimentos para obtenção de entendimento do negócio e dos 
controles internos da entidade auditada; 
¾ testes de controles ou de observância; e 
¾ testes substantivos. 
Procedimentos para obtenção de entendimento 
Esses procedimentos são aplicados na fase preliminar e/ou de planejamento 
da auditoria. Vimos em aula anterior que o auditor independente precisa buscar 
entendimento sobre a organização auditada, a respeito de suas atividades, sobre a 
estrutura organizacional, competência e práticas gerenciais e operacionais de sua 
administração. Esse entendimento é importante para que o auditor avalie os fatores 
que possam afetar o risco inerente de que uma afirmação da administração 
contenha distorções. 
Portanto, o auditor elabora procedimentos específicos para aferir a validade e 
a exatidão de cada conjunto de afirmações presentes em uma demonstração, 
relacionadas no quadro anterior. 
Além do conhecimento sobre o negócio da entidade auditada, o auditor 
também busca entendimento acerca dos seus controles internos. Para atingir esse 
objetivo, o auditor entrevista ou questiona a administração sobre políticas e 
procedimentos de controles e inspeciona manuais de contabilidade e diagramas de 
fluxos do sistema contábil. Ele também pode obter conhecimento sobre a estrutura 
de controles internos, observando atividades e operações da entidade. 
RESUMINDO: Testes para obtenção de entendimento permitem ao auditor 
obter evidências sobre o negócio e a organização da entidade auditada e 
sobre o funcionamento dos controles internos. Esses procedimentos 
constituem os primeiros passos do auditor na execução da auditoria. 
Testes de controles (ou de observância) 
Os testes de controles visam à obtenção de razoável segurança de que os 
procedimentos de controle interno estabelecidos pela administração estão em 
efetivo funcionamento. Os testes de controle são também denominados de testes de 
procedimentos, testes de aderência ou testes de observância. 
Conforme nos ensina Silvio Aparecido Crepaldi, em seu livro Auditoria 
Contábil, Teoria e Prática, destinam-se a provar a credibilidade dos procedimentos 
 
 
 
 
 
 
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de controles da empresa, e não o registro correto das transações. Por exemplo, o 
auditor pode verificar que o empregado de contas a pagar aprovou cada fatura para 
codificação de contas; esse teste relativo à aprovação constitui um teste de 
observância e não se levará em conta se a codificação das faturas é uma realidade 
concreta. O teste de correção da codificação seria um teste substantivo. 
A aferição da efetividade dos diversos controles internos é de grande 
relevância para que o auditor possa dimensionar a natureza e o escopo (extensão e 
profundidade) dos testes substantivos a serem realizados. 
Apesar de não haver obrigação de realizar os testes de controles, é desejável 
que, sempre que o plano de auditoria for elaborado pressupondo confiança nos 
controles internos, seja obrigatória a realização dos testes de controles ou de 
aderência. 
Para aplicação dos testes de controles, o auditor, de início, deve definir com 
clareza quais são os controles-chave da unidade auditada e quais as implicações 
decorrentes da ausência de efetividade desses controles. Em seguida, deverá 
planejar testes específicos para cada um desses controles, definindo, de forma 
prévia, qual o padrão aceitável (critérios) e o que poderão ser considerados como 
desvios de controle. 
 Exemplos simplificados: 
1) Procedimento de compra de material – a norma estabelece necessidade de 
uma prévia requisição do material, pelo setor interessado (critério). A 
ausência de tal requisição poderá ser definida como um desvio de 
controle. 
2) Procedimento de recebimento de material em estoque – a norma prevê 
que todo o recebimento de material deve ser mediante nota fiscal 
devidamente atestada pelo setor de almoxarifado. Caso o critério seja o de 
que 100% das notas devem ser atestadas, a ausência de atesto em nota 
fiscal, pelo setor ou pessoa responsável, pode ser considerada como uma 
falha ou desvio de controle. 
RESUMINDO: Testes de controles são realizados para fornecer evidências 
sobre a eficácia do desenho e operação das políticas e procedimentos da 
estrutura de controles internos. O auditor testa os controles internos para 
verificar se os empregados da entidade auditada estão cumprindo as 
normas de procedimentos. 
 
 
 
 
 
 
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Testes Substantivos 
Testes substantivos são procedimentos de auditoria que visam à obtenção de 
evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelo 
sistema contábil da entidade. 
Ao contrário dos testes de controle, que podem ou não ser realizados pela 
auditoria, os testes substantivos devem sempre ser realizados, pois constituem o 
núcleo da realização dos trabalhos de auditoria. 
Os testes substantivos são dimensionados conforme a vulnerabilidade ou 
probabilidade de erros e irregularidades, aferida em função do risco inerente e de 
controle e da avaliação dos controles internos. 
Por exemplo: Se o risco inerente for alto e os controles internos fracos, a 
vulnerabilidade será alta e, conseqüentemente, deve haver maior volume de testes 
substantivos sobre determinada operação ou conta. 
Por outro lado, pode ser que o risco inerente seja baixo, mas os controles 
internosfracos, o que representaria uma vulnerabilidade de baixa a moderada, e 
assim, por diante. 
Atenção para os objetivos dos testes substantivos, por ser um 
assunto muito cobrado pelas bancas! O objetivo dos testes substantivos é que o 
auditor certifique-se da correção de um ou mais dos seguintes pontos: 
¾ existência – se o componente patrimonial existe em certa data; 
¾ direitos e obrigações – se efetivamente existentes em certa data; 
¾ ocorrência – se a transação de fato ocorreu; 
¾ abrangência – se todas as transações estão registradas; e 
¾ mensuração, apresentação e divulgação – se os itens estão 
avaliados, divulgados, classificados e descritos de acordo com os 
Princípios Fundamentais de Contabilidade e as Normas Brasileiras de 
Contabilidade. 
Lembram dos tipos de afirmações em demonstrações. Pois, então, os testes 
substantivos têm como propósito as conclusões acima, que dizem respeito aos tipos 
de afirmações contidas em demonstrações contábeis. 
 
 
 
 
 
 
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Por fim, cabe destacar que os testes substantivos subdividem-se em: 
¾ Procedimentos de revisão analítica; e 
¾ Testes de detalhes de saldos e de transações. 
Procedimentos de revisão analítica 
Procedimentos de revisão analítica correspondem a uma modalidade de 
testes substantivos de elementos econômico-financeiros por meio de análise e 
comparação do relacionamento entre eles. 
Os procedimentos de revisão analítica envolvem o cálculo e a utilização de 
índices financeiros simples, inclusive análise vertical de demonstrações, comparação 
de quantias reais com dados históricos ou orçados e utilização de modelos 
matemáticos e estatísticos, tal com análise de regressão. Os últimos podem 
contemplar a utilização tanto de dados financeiros como não-financeiros 
(quantidade de empregados, por exemplo). 
De acordo com Crepaldi, se os procedimentos de revisão analítica acusarem 
variações inesperadas no relacionamento entre os elementos, ou a existência de 
flutuações que seriam esperadas, ou ainda outras alterações de origem inusitada, 
suas causas devem ser investigadas se o auditor as julgar como indícios de 
anormalidades com significativa influência no resultado do seu exame. 
Em outras palavras, a execução dos procedimentos de revisão analítica poderá 
indicar a necessidade de procedimentos adicionais ou a redução de outros. Se o 
auditor, durante a revisão analítica, não obtiver informações objetivas suficientes 
para dirimir as questões suscitadas, deve efetuar verificações adicionais, aplicando 
novos procedimentos de auditoria, até alcançar conclusões satisfatórias. 
Na aplicação dos procedimentos de revisão analítica, o auditor deve 
considerar: 
a) o objetivo dos procedimentos e o grau de confiabilidade dos resultados 
alcançáveis; 
b) a natureza da entidade e o conhecimento adquirido nas auditorias 
anteriores; e 
 
 
 
 
 
 
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c) a disponibilidade de informações, sua relevância, confiabilidade e 
comparabilidade. 
Alguns autores defendem que a revisão analítica deve ser efetuada na visita 
preliminar e antes dos testes nas contas de ativo, passivo, receitas e despesas, de 
forma a ajudar o auditor no planejamento do serviço de auditoria e na determinação 
do volume, tipos e épocas de aplicação dos procedimentos de auditoria, devendo 
ser complementada na visita final. 
Porém, alertamos: Os procedimentos de revisão analítica possuem 
três funções distintas e podem ser realizados em três momentos da 
auditoria: 
¾ Como instrumento de planejamento, o qual se emprega antes de ter início 
a auditoria; 
¾ Como elemento de auditoria, como técnica de obtenção de evidência 
durante a mesma; e 
¾ Como revisão final das demonstrações financeiras, no final da auditoria. 
Testes detalhados de saldos e transações 
Procedimentos de revisão analítica por si só podem não ser suficientes para 
que o auditor chegue a uma conclusão segura sobre as afirmações contidas nas 
demonstrações, sendo necessários testes detalhados de saldos e transações. 
Testes de detalhes de saldos envolvem o exame da fundamentação do saldo 
final diretamente. Um exemplo é a confirmação do saldo final de contas a receber 
diretamente com o cliente, por exemplo. A técnica a ser utilizada, como veremos 
mais adiante, é a circularização. 
Testes de detalhes de transações envolvem o exame de documentos que 
suportam o lançamento de transações específicas em determinadas contas. Nesse 
caso, as técnicas utilizadas podem ser a inspeção documental e de registros, o 
rastreamento e outras, que também veremos ainda nesta aula. 
 
Os três tipos de testes substantivos são complementares (revisão analítica, 
testes detalhados de saldos e testes detalhados de transações). A extensão da 
utilização de cada tipo depende da conta em análise e baseia-se em fatores tais 
como eficácia e custo relativos. 
 
 
 
 
 
 
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Cuidado! Vocês já ouviram falar em teste de dupla finalidade ou duplo 
propósito? 
Em alguns casos, o auditor pode realizar testes de transações para determinar que 
tanto os controles internos aplicáveis à empresa foram cumpridos no 
processamento das transações (testes de controles) como os detalhes foram 
lançados corretamente no diário ou no razão. Um teste que vise a ambos os 
objetivos (observância e substantivo) é denominado de testes de dupla finalidade. 
Direção dos testes: Testes para superavaliação e para subavaliação 
Os procedimentos de auditoria podem ser aplicados com o propósito de 
verificar se o saldo de uma conta pode estar errado para mais (superavaliação) ou 
para menos (subavaliação). Também podemos classificar os procedimentos em 
testes descendentes e ascendentes. 
No teste para superavaliação, o auditor parte do valor registrado no razão 
geral para o documento-suporte da transação. 
Razão geral Registro final Registro inicial Documento 
O objetivo desses procedimentos é detectar superavaliação de débitos 
(ativos), verificando: a) a falta de documento ou documento não válido; b) a soma 
a maior dos registros; e c) o transporte a maior do valor do documento para o 
registro inicial e do valor de um registro para outro ou para o razão geral. 
No teste para subavaliação o auditor parte do documento para o razão geral, 
agindo de forma contrária à do teste de superavaliação. O objetivo dos testes para 
subavaliação é identificar subavaliação de créditos (passivos), verificando, por 
exemplo, a) a não inclusão do documento no registro inicial; b) a soma a menor dos 
registros ou do razão geral; c) transporte a menor do valor do documento para o 
registro inicial e do valor de um registro para outro ou para o razão geral. 
Documento Registro inicial Registro final Razão Geral 
 
 
 
 
 
 
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ATENÇÃO: Em prova de auditoria, geralmente as bancas examinadoras costumam 
elaborar questões sobre super e subavaliação de contas. Contudo, para questões 
dessa natureza, vale mais o conhecimento acerca dos lançamentos contábeis do 
que de auditoria. Por exemplo, a banca pode afirmar que o contador registrou a 
aquisição de um veículo no Ativo Circulante. Assim, qual seria a consequência desse 
erro? A Conta de Ativo Permanente ficaria subavaliada (saldo a menor) e a conta de 
Ativo Circulante ficaria superavaliada (saldo a maior). 
Veja uma questão dessa naturezaelaborada pela ESAF: 
(SEFAZ/CE/ESAF/2006) Ao analisar a contabilização em uma imobiliária, de um 
terreno destinado à construção da sede da empresa, percebeu-se que o mesmo 
tinha sido contabilizado nos Estoques. Pode-se afirmar que 
a) ao executar o teste primário de superavaliação na conta de Terrenos no 
Imobilizado, esta conta estará sub-avaliada e a conta Estoques de Terrenos estará 
superavaliada. 
b) ao praticar o teste primário de superavaliação na conta de Estoques, a mesma 
estará com seu saldo sub-avaliado e o Contas a Pagar superavaliado. 
c) independentemente da atividade da empresa, terrenos devem ser sempre 
contabilizados no Imobilizado, por se tratar de bem imóvel. 
d) ao proceder o teste primário de superavaliação do Contas a Receber, este 
apresentará saldo sub-avaliado. 
e) o referido procedimento está adequado, em virtude de a atividade da empresa 
ser de comercialização de imóveis. 
Solução: Como o terreno foi destinado à construção da sede da empresa, tratava-
se de um bem não circulante (ativo imobilizado). Como foi contabilizado 
inadequadamente na conta estoques, a conta terrenos no Imobilizado está a menor 
(subavaliada) e a conta Estoques no Ativo Circulante está superavaliada. A 
alternativa “a” é a correta. 
Testes descendentes e ascendentes 
William Boynton e outros autores ensinam que auditores geralmente abordam 
uma auditoria em duas direções, simultaneamente, conforme ilustrado na figura 
abaixo. De um lado, utilizam seu entendimento do negócio e combinando-o com o 
entendimento das vantagens competitivas do cliente, desenvolvem expectativas 
sobre as demonstrações contábeis. São os chamados procedimentos descendentes 
De outro, auditam os registros de transações individuais e a acumulação de tais 
transações, aplicando os chamados procedimentos ascendentes. Um dos desafios da 
auditoria é manter o equilíbrio entre as duas abordagens. 
 
 
 
 
 
 
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Descendentes: avaliar evidência sobre demonstrações 
contábeis esperadas, baseadas o conhecimento da entidade e 
de seu negócio 
Ascendentes: avaliar evidências que fundamentam 
transações e sua acumulação nas demonstrações contábeis 
Vamos dar uma pausa na teoria, para examinarmos algumas questões de 
concurso anteriores sobre o conteúdo estudado até aqui sobre testes de auditoria. 
1) (SEFAZ/SP/ESAF/2009) Os testes de observância têm por objeto de análise: 
a) as contas patrimoniais e de resultado. 
b) os procedimentos de controle de custos adotados pela administração. 
c) as contas patrimoniais, apenas. 
d) os procedimentos de controle interno estabelecidos pela administração. 
e) as contas de resultado, apenas. 
Solução: Os procedimentos de auditoria compreendem os testes de auditoria e a 
utilização de técnicas para obtenção de evidências suficientes e apropriadas para 
que o auditor emita opinião segura sobre a adequação das demonstrações contábeis 
(auditoria externa) ou sobre a validade e a propriedade das informações da 
entidade (auditoria interna). 
De forma geral, os testes de auditoria são classificados em duas categorias: 
testes de observância e testes substantivos. 
 
Os testes de observância também denominados de testes de controle e de 
aderência visam à obtenção de razoável segurança de que os procedimentos de 
controle interno estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento. 
Pelo exposto, a alternativa “d” é a correta. Vale notar que as alternativas “a”, 
“c” e “e” correspondem a testes substantivos, pois visam a examinar a validade do 
saldo de contas. 
Demonstrações 
financeiras 
 
 
 
 
 
 
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2) (SEFAZ/CE/ESAF/2006) Os testes de observância visam: 
a) confirmar que as normas e procedimentos da empresa estejam estabelecidos e 
previstos em seus manuais. 
b) estabelecer normas para implantação dos controles internos na empresa. 
c) evidenciar que os procedimentos estabelecidos pela empresa estão funcionando e 
sendo cumpridos na prática. 
d) assegurar que as demonstrações contábeis sejam apresentadas a todos os 
usuários. 
e) garantir que os administradores da empresa estejam implantando os sistemas de 
controles internos. 
Solução: O objetivo dos testes de controles é avaliar se os procedimentos de 
controles internos da organização auditada, previstos em seus manuais e normas, 
foram colocados em prática e estão sendo cumpridos pelos empregados. A 
alternativa correta é a “c”. 
3) (AFRE/MG/ESAF/2005/Com adaptações) Assinale a opção incorreta quanto 
aos objetivos do auditor na aplicação dos testes substantivos. 
a) Existência / direitos e obrigações / ocorrência. 
b) Abrangência / avaliação / mensuração. 
c) Mensuração / direitos e obrigações / relevância. 
d) Ocorrência / avaliação / divulgação. 
e) Apresentação e divulgação / abrangência / existência. 
Solução: Em auditoria contábil, os testes substantivos são procedimentos de 
auditoria que visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e 
validade dos dados produzidos pelo sistema contábil da entidade. 
O objetivo dos testes substantivos é que o auditor certifique-se da correção 
de um ou mais dos seguintes pontos: a) existência – se o componente patrimonial 
existe em certa data; b) direitos e obrigações – se efetivamente existentes em certa 
data; c) ocorrência – se a transação de fato ocorreu; d) abrangência – se todas as 
transações estão registradas; e e) mensuração, apresentação e divulgação – se os 
itens estão avaliados, divulgados, classificados e descritos de acordo com os 
Princípios Fundamentais de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade. 
Na questão em análise, repare que a alternativa “c” inclui um aspecto que 
não corresponde a um desses objetivos, que é a relevância, constituindo, portanto, 
o gabarito da questão. 
 
 
 
 
 
 
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4) (AFC/CGU/ESAF/2008) Considerando o que dispõe a NBC-T-11, assinale a 
opção correta. 
a) Testes de transações e de saldos são testes substantivos. 
b) Considera-se erro o ato intencional de omissão ou manipulação de transações, 
adulteração de documentos, registros e demonstrações contábeis. 
c) Os testes substantivos visam à obtenção de razoável segurança de que os 
procedimentos de controle interno estabelecidos pela administração estão em 
efetivo funcionamento e cumprimento. 
d) Considera-se fraude o ato não intencional resultante de omissão, desatenção ou 
má interpretação de fatos na elaboração de registros e demonstrações contábeis. 
e) Procedimentos de revisão analítica são testes de observância. 
Solução: Como foi visto, procedimentos de revisão analítica por si só podem não 
ser suficientes para que o auditor chegue a uma conclusão segura sobre as 
afirmações contidas nas demonstrações, sendo necessários testes detalhados de 
saldos e transações. 
Testes de detalhes de saldos envolvem o exame da fundamentação do saldo 
final diretamente – confirmando o saldo final de contas a receber diretamente com 
o cliente, por exemplo. A técnica a ser utilizada, como veremos mais adiante, é a 
circularização. 
 
Testes de detalhes de transações envolvem o exame de documentos que 
suportam o lançamento de transações específicas em determinadas contas. Nesse 
caso, as técnicas utilizadas podem ser o vouching e/ou o rastreamento, que 
também veremos mais adiante. 
 
Os três tipos de testes substantivos são complementares. A extensão da 
utilização de cada tipo depende da conta em análise e baseia-se em fatores tais 
como eficácia e custo relativos. 
 
A letra “a” é a correta.Testes de transações e de saldos são testes 
substantivos. As letras “b” e “d” estão incorretas, pois inverteram os conceitos de 
erro e fraude. A letra “c” corresponde ao conceito dos testes de observância. Por 
fim, a letra “e” também está incorreta, pois procedimentos de revisão analítica são 
testes substantivos. 
5) (ICMS/SP/2009/FCC) Os testes substantivos de auditoria dividem-se em 
testes de 
(A) observância e testes de circularização de saldos. 
(B) observância e testes de amostragem estatística. 
(C) amostragem estatística e procedimentos de revisão analítica. 
 
 
 
 
 
 
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(D) eventos subseqüentes e testes de transações e saldos. 
(E)) transações e saldos e procedimentos de revisão analítica. 
Solução: Os testes substantivos dividem-se em procedimentos de revisão analítica 
e testes de detalhes de saldos e transações. O gabarito é a letra “E”. 
6) (ICMS/SP/2009/FCC) Os procedimentos de auditoria que têm por finalidade 
obter evidências quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados gerados pelo 
sistema de contabilidade da entidade são denominados testes 
(A) de controle. 
(B) de observância. 
(C) substantivos. 
(D) de evidência. 
(E) de aderência. 
Solução: Os procedimentos de auditoria que têm por finalidade obter evidências 
quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados gerados pelo sistema de 
contabilidade da entidade são denominados testes substantivos ou de comprovação. 
O gabarito é a letra “C”. 
7) (Questão de minha autoria de nível intermediário) Assinale a alternativa 
incorreta com relação aos testes de auditoria. 
A) a verificação de que o encarregado do contas a pagar aprovou cada fatura para 
codificação de contas constitui um teste de observância. 
B) a comparação do valor absoluto do saldo final do contas a receber com o do ano 
anterior constitui um procedimento de revisão analítica. 
C) a confirmação dos saldos finais de uma amostra de clientes, diretamente com 
eles, constitui um teste de detalhes de transações. 
D) a determinação de que o total dos saldos finais nas contas individuais de clientes 
coincide com o saldo na conta-controle constitui um teste de detalhes de saldos. 
E) a avaliação da razoabilidade e coerência das pressuposições e recálculo das 
estimativas feitas pela administração constitui um teste de detalhes de 
estimativas contábeis. 
Solução: A letra “a” corresponde de fato a um teste de observância, pois pretende-
se verificar se o funcionário está adotando o mecanismo de controle de codificar 
adequadamente as faturas. Outros exemplos de controles seriam a aprovação das 
operações e a conferência aritmética das faturas. 
A letra “b” refere-se a uma das formas de procedimentos analíticos, mediante 
a comparação do valor absoluto do saldo final de uma conta com o saldo 
apresentado no ano anterior. 
 
 
 
 
 
 
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A letra “c” está incorreta e constitui o gabarito da questão. Repare que o 
auditor pretende apenas confirmar os saldos finais das contas a receber, mediante a 
confirmação direta (carta de circularização), constituindo, portanto, um teste de 
detalhes de saldo. 
A letra “d” está correta, pois o auditor também pretende apenas confirmar os 
saldos finais das contas a receber, mediante a inspeção de registros ou 
confrontação dos registros, constituindo um teste de detalhes de saldos. 
A alternativa “e” está correta. Os testes de estimativas contábeis geralmente 
envolvem testes substantivos de saldos, exigindo do auditor o entendimento do 
negócio e das atividades da entidade auditada. O auditor pretende se certificar da 
razoabilidade das estimativas feitas pela entidade, como, por exemplo, da previsão 
feita para a provisão para devedores duvidosos, sobre receitas ou perdas em 
contratos, para contingências trabalhistas, etc. 
8) (AUDITOR MG/CESPE/2008). Na aplicação dos testes substantivos, o auditor 
deve objetivar determinadas conclusões, entre as quais inclui-se a 
A abrangência, isto é, se o que está registrado de fato existe e se está correto. 
B verificação da efetividade dos controles internos. 
C efetiva ocorrência de uma transação. 
D avaliação patrimonial atualizada, com base na sistemática de correção monetária 
vigente. 
E existência dos direitos e obrigações que integram o patrimônio em algum 
momento do período transcorrido. 
Solução: Analisando os itens da questão, verifica-se que a alternativa mais correta 
e adequada aos termos da norma é a “C”, uma vez que uma das possíveis 
conclusões em testes substantivos é a efetiva ocorrência de uma transação. 
A alternativa “A” está incorreta, haja vista que a abrangência corresponde a 
se todas as transações estão registradas. A alternativa “B” corresponde a uma 
possível conclusão em testes de observância e não substantivos. A alternativa “D” 
está incorreta. De fato, a avaliação ou mensuração dos itens patrimoniais constitui 
um objetivo dos testes substantivos, mas não a avaliação patrimonial atualizada 
com base em sistemática de correção monetária. Por fim, a alternativa “E” 
apresenta incorreção, pois sua redação não está totalmente aderente aos termos da 
norma, qual seja: “Direitos e obrigações – se efetivamente existentes em certa 
data”. A data seria a das demonstrações contábeis, geralmente, 31 de dezembro. 
 
 
 
 
 
 
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9) (ICMS/SP/FCC/2009) Quando o auditor verifica se o valor do documento que 
suporta o lançamento contábil foi efetivamente o valor registrado, ele objetiva a 
conclusão de 
(A) existência. 
(B) ocorrência. 
(C) mensuração. 
(D) avaliação. 
(E) materialidade. 
Solução: Em conformidade com a NBC T 11, conclusão sobre a adequação do valor, 
de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade, corresponde ao aspecto 
da mensuração. Contudo, repare que a letra “d” também estaria correta à luz da 
doutrina, pois também se refere ao valor ou a quantia adequadamente registrada e 
divulgada nas demonstrações contábeis. A letra “c” foi considerada a única correta, 
em função da literalidade do texto da norma do CFC. A questão poderia ser 
questionada mediante recurso. 
10) (AFRFB/ESAF/2009) A empresa Evolution S.A. comprou novo sistema de 
faturamento para registro de suas vendas. A auditoria externa realizou testes para 
confirmar se todas as operações de vendas, efetivamente, haviam sido registradas 
na contabilidade. Esse procedimento tem como objetivo confirmar a: 
a) existência. 
b) abrangência. 
c) mensuração. 
d) ocorrência. 
e) divulgação. 
Solução: Quando o auditor aplica testes/procedimentos para verificar se todas as 
transações relativas a uma área ou conta estão registradas na contabilidade ele está 
procedendo à verificação de abrangência. A alternativa “b” é a correta. 
11) (ICMS/SP/FCC/2009) O auditor externo está realizando auditoria em uma 
empresa do setor industrial, na área de ativo imobilizado. Ao analisar os parâmetros 
do sistema de cálculo da depreciação da conta Móveis e Utensílios do Escritório 
Administrativo, constata que a taxa de depreciação, que deveria ser de 5% ao ano, 
foi cadastrada como 10% ao ano. Dessa forma, o auditor pode concluir que 
(A) a conta de Estoque de Produtos Acabados, no período, está subavaliada. 
(B) a conta de Depreciação Acumulada, no período, está subavaliada. 
(C) a Despesa de Depreciação, no período, está superavaliada. 
(D) a Depreciação Acumulada está com o saldo acumulado correto. 
(E) o Custo das Mercadorias Vendidas está superavaliado. 
 
 
 
 
 
 
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Solução: Trata-se de uma questão muito simples. Como a taxa de depreciação 
utilizada foi a maior do que deveria, a conta Depreciação Acumulada está a maior 
(superavaliada), por conseqüência a conta Móveis e Utensílios está e menor 
(subavaliada) e a conta de Despesa de Depreciação no ano está a maior 
(superavaliada). Portanto, a alternativa correta é a C. 
12) (ICMS/RIO/FGV/2009) O contador da Cia. Quartzo Rosa incorreu em um 
erro no reconhecimento da apropriação da receita de juros sobre o investimento em 
debêntures, deixando de contabilizar a receita de juros no ano corrente. 
Antes que qualquer ajuste seja efetuado, esse erro gera o seguinte efeito no 
patrimônio da empresa: 
(A) subavalição do ativo, do lucro líquido e do patrimônio líquido. 
(B) subavaliação do passivo, do patrimônio líquido e do lucro líquido. 
(C) superavaliação do ativo, do lucro líquido e do patrimônio líquido. 
(D) superavaliação do passivo, do patrimônio líquido e do lucro líquido. 
(E) subavaliação do ativo e do resultado e superavaliação do patrimônio líquido. 
Solução: Como não foi apropriada a receita de juros, ferindo-se o regime de 
competência, temos as seguintes conseqüências para o exercício em exame: 
a) a conta de receita está a menor (subavaliada); 
b) o lucro líquido está a menor (subavaliado); 
c) o patrimônio líquido está a menor, em função do resultado a menor 
(subavaliado); 
d) o ativo está a menor, pois a contrapartida de uma receita é o ativo: caixa, 
bancos ou juros a receber (subavaliado). A alternativa “A” é a correta. 
13) (TCE-AM/2008/FCC) O auditor externo ao realizar procedimento de 
conferência dos valores de depreciação, calculados sobre o imobilizado da empresa, 
constata que o cálculo estava incorreto, tendo sido utilizado taxa menor do que a 
permitida. Nesse caso, o saldo da conta de 
(A) Imobilizado está subavaliado. 
(B) Custo das Mercadorias Vendidas está superavaliado. 
(C) Estoques de Produtos Acabados está superavaliado. 
(D) Depreciação Acumulada está subavaliado. 
(E) Despesa de Depreciação está superavaliado. 
Solução: As demonstrações contábeis contêm afirmações explícitas e implícitas da 
administração, para as quais os auditores coletam evidências com o propósito de 
verificar a sua exatidão e adequação. Uma das categorias de afirmações em 
demonstrações contábeis é a “avaliação ou alocação”, que se referem às quantias 
 
 
 
 
 
 
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pelas quais componentes de ativos, passivos, receitas e despesas foram registrados 
e incluídos nas demonstrações contábeis de forma adequada. 
A questão trata de um erro no lançamento contábil, que terá como 
conseqüência uma distorção na afirmação de avaliação/alocação das demonstrações 
contábeis. Como foi utilizada uma taxa menor para o cálculo da depreciação do 
ativo imobilizado da empresa, teremos as seguintes conseqüências em termos de 
contas contábeis: 
¾ a conta depreciação acumulada terá saldo menor do que o devido – conta 
subavaliada; 
¾ a conta despesa de depreciação, contrapartida da conta depreciação 
acumulada, também apresentará saldo menor – conta subavaliada; 
¾ a classe Ativo Imobilizado terá um saldo maior, pois depreciação acumulada é 
conta retificadora desse ativo – conta superavaliada. 
Portanto, a alternativa correta é a “D”. 
PROCEDIMENTOS BÁSICOS E TÉCNICAS DE AUDITORIA 
Vimos que a aplicação dos procedimentos de auditoria deve ser realizada em 
razão da complexidade e volume das operações, por meio de provas seletivas, 
testes e amostragens, cabendo ao auditor, com base na análise de riscos de 
auditoria e outros elementos de que dispuser, determinar a amplitude dos exames 
necessários à obtenção dos elementos de convicção que sejam válidos para o todo. 
As normas de auditoria definem que o auditor, ao aplicar os testes de 
observância e substantivos, deve considerar os seguintes procedimentos técnicos 
básicos: 
a) inspeção – exame de registros, documentos e de ativos tangíveis. Note 
que são três os elementos a serem objeto da inspeção: 
¾ os registros – inspeção de registros; 
¾ os documentos – inspeção documental; 
¾ os bens tangíveis – inspeção física. 
b) observação – acompanhamento de processo ou procedimento quando de 
sua execução. Repare que são três também os objetos da observação por 
parte do auditor: 
¾ os processos; 
¾ os procedimentos; 
¾ as pessoas. 
 
 
 
 
 
 
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c) investigação e confirmação – obtenção de informações junto a pessoas 
ou entidades conhecedoras da transação, dentro ou fora da entidade. A 
investigação e confirmação quando de fonte externa à entidade auditada é 
realizada mediante a técnica da circularização, que consiste na 
expedição de carta de confirmação de uma informação, transação etc 
endereçada a essas pessoas que transacionam com a entidade. 
d) cálculo – conferência da exatidão aritmética de documentos 
comprobatórios, registros e demonstrações contábeis e outras 
circunstâncias; e 
e) revisão analítica – verificação do comportamento de valores 
significativos, mediante índices, quocientes, quantidades absolutas ou 
outros meios, com vistas à identificação de situação ou tendências 
atípicas. 
Cabe aqui fazer uma consideração que julgamos importante! As 
normas não vinculam quais os procedimentos que o auditor independente aplica 
como teste de controle ou como teste substantivo. Portanto, podemos concluir que 
qualquer procedimento pode, em tese, ser utilizado tanto para testar controles 
como para avaliar a exatidão de um saldo ou de uma transação. 
Todavia, sabemos que a inspeção de documentos, a observação e a 
indagação/averiguação são técnicas ou procedimentos muito utilizados em testes de 
controles. Por outro lado, os principais procedimentos substantivos ou técnicas 
vinculadas a testes substantivos são os seguintes: 
a) circularização ou confirmação; 
b) verificação física; 
c) testes de conciliação; 
d) análise de contas; 
e) exame de documentos; 
f) conferência de cálculos; 
Vamos estudar um pouco mais cada um dos procedimentos básicos ou 
técnica de auditoria! 
INSPEÇÃO OU EXAME DOCUMENTAL 
Em que consiste o exame documental? 
 
 
 
 
 
 
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O exame documental é uma das técnicas mais utilizadas em auditoria, sendo 
muitas vezes, por falta de conhecimento daqueles que executam o trabalho, 
confundida com a própria auditoria. 
No exame documental, a equipe deverá observar se as transações realizadas 
estão devidamente documentadas, se a documentação que suporta a operação 
contém indícios de inidoneidade, se a transação e a documentação suporte foram 
por pessoas responsáveis e se a operação realizada é adequada em função das 
atividades da entidade. 
Consiste na análise da adequação dos documentos comprobatórios dos fatos 
auditados, devendo o auditor atentar para a autenticidade, normalidade, aprovação 
e registro. 
- autenticidade: constatar se a documentação é fidedigna e merece crédito; 
- normalidade: constatar que a transação refere-se à operação normal e de 
acordo com os objetivos da empresa; 
- aprovação: verificação de que a operação e os documentos foram 
aprovados por pessoa autorizada; e 
- registro: comprovar que o registro das operações foi adequado, a 
documentação é hábil e houve correspondência contábil, fiscal etc. 
Quando utilizar o exame documental? 
É uma das técnicas mais utilizadas em auditorias contábeis, para constatar a 
veracidade dos valoresregistrados. A equipe observa se as transações estão 
documentadas, se esta contém indícios de inidoneidade, se a transação e a 
documentação de suporte foram feitas por pessoas responsáveis e se a operação é 
adequada em função das atividades da entidade auditada. 
INSPEÇÃO FÍSICA 
Em que consiste a inspeção física? 
Consiste na constatação “in loco”, que deverá fornecer à equipe a certeza da 
existência, ou não, do objeto ou item verificado. 
Esse exame deve possuir as seguintes características: 
 
 
 
 
 
 
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¾ existência física: comprovação visual da existência do item; 
¾ autenticidade: discernimento da fidedignidade do item; 
¾ quantidade: apuração adequada da quantidade real física; e 
¾ qualidade: comprovação visual ou laboratorial de que o objeto 
examinado permanece em perfeitas condições de uso. 
O exame físico realizado pelo auditor relativamente à existência dos estoques 
de uma entidade tem por objetivo a constatação visual de que estes existem nas 
quantidades apuradas. O exame físico não existe por si só. Trata-se de um 
procedimento complementar que permite ao auditor verificar se há correspondência 
nos registros da entidade auditada. 
Quando utilizar a inspeção física? 
Em auditorias contábeis é utilizada para identificar e comprovar a localização, 
especificação e utilização de bens móveis e imóveis. Quando relevante, o auditor 
acompanha o inventário dos estoques, procedendo à contagem física. Também 
podem ser objeto de inspeção física o dinheiro em caixa e títulos (ações, títulos de 
aplicações financeiras, etc). 
CONFERÊNCIA DE CÁLCULOS 
Em que consiste a conferência de cálculo? 
Este procedimento é, por si e ao mesmo tempo, o mais simples e o mais 
completo. Esta técnica é amplamente utilizada em virtude da quase totalidade das 
operações de uma entidade auditada envolver valores, números etc. Muito embora 
os valores auditados possam ter sido conferidos pela entidade, é de grande 
importância que sejam reconferidos. 
Objetiva a conferência das operações que envolvam cálculos; na aplicação da 
técnica, a equipe não deve se limitar a conferir os cálculos realizados por terceiros, 
fazendo-se necessária a efetivação de cálculos próprios, que serão comparados, ao 
final, com aqueles apresentados pelo auditado. 
Quando utilizar a conferência de cálculo? 
Em auditorias contábeis, como testes substantivos, para certificar a correção 
dos registros e demonstrações. As transações para as quais o auditor utiliza esse 
 
 
 
 
 
 
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procedimento são: a) cálculos de valores de estoques; b) cálculos de amortização 
de despesas antecipadas e diferidas; c) cálculos de depreciações dos bens do ativo 
imobilizado; d) cálculos dos juros provisionados; etc. 
OBSERVAÇÃO 
Em que consiste a observação? 
É análise dos fatos durante a sua ocorrência. Consiste em olhar como um 
determinado processo ou procedimento está sendo executado por outros. São 
objetos de observação as pessoas, os procedimentos e os processos. 
É a técnica de auditoria mais intrínseca, pois envolve o poder de constatação 
visual do auditor. Esta técnica pode revelar erros, problemas ou deficiências através 
de exames visuais, e é uma técnica dependente da argúcia, conhecimentos, e 
experiências do Auditor, que colocada em prática possibilitará que sejam 
identificados quaisquer problemas no item em exame. 
Diferença entre a observação e a inspeção física: Na inspeção física, o 
auditor verifica situações estáticas (bens e instalações) e na observação o auditor 
verifica situações dinâmicas (um procedimento). 
Quando utilizar a observação? 
A observação é aplicada em todos os tipos de auditoria. É, talvez, a mais 
generalizada de todas as técnicas de auditoria. Ela não se aplica à verificação 
específica de problemas, da forma que o fazem a circularização ou a conferência de 
cálculos, sendo, ao contrário, de alguma utilidade em quase todas as fases do 
exame e não devendo jamais ser omitida ou negligenciada. 
CONFIRMAÇÃO DIRETA OU CIRCULARIZAÇÃO 
Em que consiste a circularização? 
Consiste na confirmação, junto a terceiros, de fatos alegados pela entidade. 
No planejamento dos trabalhos, a equipe deve considerar as partes externas que 
podem ser circularizadas e os objetivos de auditoria que poderão ser satisfeitos pela 
circularização. 
Esse procedimento só tem validade para comprovação de auditoria quando o 
gerente ou responsável ligado ao assunto a comprovar tem participação no processo, 
 
 
 
 
 
 
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porém, ficam a remessa e a obtenção das respostas dos pedidos circularizados sob 
controle do auditor. 
Os dois tipos de pedidos de confirmação de dados, usados pela auditoria, são: 
ƒ positivo (quando há necessidade de resposta da pessoa de quem se 
quer obter uma confirmação formal); e 
ƒ negativo (quando a resposta somente for necessária em caso de 
discordância da pessoa de quem se quer obter a confirmação). 
A circularização positiva pode ser utilizada de duas formas: 
ƒ em preto - registra os valores para os quais se quer a confirmação 
do respondente; e 
ƒ em branco - não contém a indicação dos valores. Pergunta-se, por 
exemplo, quanto a pessoa deve ou tem a receber ou o quanto guarda 
de bens de propriedade da empresa. 
Consiste em fazer com que o auditado expeça cartas dirigidas a empresas e a 
pessoas com as quais mantém relação de negócios, solicitando que confirmem, em 
carta dirigida diretamente ao auditor, qual a situação desses negócios, em data 
determinada. Quando não se obtém resposta, presume-se que o destinatário não 
terá nada a contestar (negativa). Pelo princípio da relevância, solicita-se a 
circularização para devedores e credores acima de determinada quantia, sendo 
necessário incluir porcentagem de saldos e valores menores, a título de teste. 
(Franco e Marra, 2007). 
Quando utilizar a circularização? 
Em auditorias contábeis essa técnica é utilizada para confirmar, por meio de 
cartas, bens de propriedade da empresa em poder de terceiros, direitos a receber, 
obrigações, etc, ou seja, para confirmar a existência de ativos ou a omissão de 
passivos. 
Esta técnica é indicada nos casos em que é desejável evitar que haja 
influência ou modificação, por parte do auditado, dos dados ou respostas dos itens 
objeto do processo da circularização. 
AVERIGUAÇÃO OU INDAGAÇÃO OU ENTREVISTA 
 
 
 
 
 
 
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Observação: Em auditoria contábil, a técnica de formulação de perguntas e 
obtenção de repostas para elucidação de questões é denominada de 
averiguação, indagação ou questionamento. Portanto, geralmente a 
doutrina contábil não a denomina de entrevista. 
Em que consiste a averiguação? 
Consiste na elaboração de perguntas objetivando a obtenção de respostas 
para quesitos previamente definidos. 
Segundo Crepaldi, a técnica da averiguação consiste, justamente, em fazer 
perguntas e obter respostas favoráveis à elucidação de certas questões, que podem 
conduzir a um incremento na profundidade dos exames ou, sem sentido oposto, à 
não-realização de determinados testes de auditoria. 
Quando utilizar a averiguação? 
É aplicada em todas as fases de uma auditoria contábil, para fazer perguntas 
ao pessoal do cliente sobre quaisquer aspectos ou questões acerca dos quais o 
auditor tenha dúvida ou queira simplesmente confirmar seu pensamento. O auditor 
indagaos administradores, contadores e os advogados da empresa, etc. 
CONCILIAÇÕES COMO TÉCNICAS DE AUDITORIA 
Em que consiste a conciliação? 
Objetiva verificar a compatibilidade entre o saldo das contas sintéticas com 
aqueles das contas analíticas, ou ainda o confronto dos registros mantidos pela 
entidade com elementos recebidos de fontes externas, como no caso de conciliação 
ou reconciliação bancária. 
Conciliação consiste na confrontação da mesma informação com dados vindos 
de bases diferentes, adotando as ações corretivas, quando necessário. A análise, 
revisão ou preparação de conciliações bancárias estabelecem qual é o saldo correto 
de caixa na data do balanço representam, portanto, fonte importante de evidências 
sobre a afirmação de mensuração. Também fornecem evidências sobre as 
afirmações de existência ou ocorrência, abrangência e direitos e obrigações. 
Quando utilizar a conciliação? 
 
 
 
 
 
 
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Em auditorias contábeis, para verificar a compatibilidade entre o saldo de 
contas sintéticas com aqueles de contas analíticas, ou ainda o confronto dos 
registros mantidos pela entidade com elementos recebidos de fontes externas. 
REVISÃO ANALÍTICA 
Em que consiste a revisão analítica? 
Objetiva verificar o comportamento de valores significativos, mediante 
índices, quocientes, quantidades absolutas ou outros meios, com vistas à 
identificação de situações ou tendências atípicas. 
Esta técnica envolve o inter-relacionamento de contas específicas durante o 
período e comparação com dados de anos anteriores, orçamentos ou outros valores 
esperados. 
Quando utilizar a revisão analítica? 
Em auditorias contábeis, a revisão analítica é geralmente utilizada na fase de 
visita preliminar ou de planejamento, para verificar tendências ou situações 
anormais. Todavia, o auditor também utiliza a revisão analítica na fase de execução 
e até mesmo na finalização do trabalho, como uma verificação conclusiva para 
determinar se o item em questão está correto e, caso não esteja, que perguntas 
têm de ser respondidas e que informação é necessária para ter certeza de que o 
auditor compreende a atividade em exame. 
OUTRAS TÉCNICAS ABORDADAS NO LIVRO DE “WILLIAM ATTIE” QUE 
PODEM SER EXPLORADAS EM PROVA: 
INVESTIGAÇÃO MINUCIOSA – a investigação minuciosa nada mais é que o 
exame em profundidade da matéria auditada, que pode ser um documento, uma 
análise, uma informação obtida, entre outras. Quando essa técnica é colocada em 
prática, tem por objetivo certificar que o objetivo auditado, no momento, realmente 
é fidedigno, devendo o auditor, para tanto, ter os conhecimentos necessários para 
detectar a existência de quaisquer anomalias. 
INQUÉRITO – o inquérito consiste na formulação de perguntas e obtenção de 
respostas satisfatórias. É um dos procedimentos de auditoria de grande valia, desde 
que corretamente aplicado, uma vez que a formulação de perguntas tolas, merece, 
 
 
 
 
 
 
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conseqüentemente, respostas tolas. O inquérito, como procedimento de auditoria, 
pode ser utilizado através de declarações formais, conversações normais ou sem 
compromisso. 
CORRELAÇÃO DAS INFORMAÇÕES OBTIDAS – a correlação das informações 
obtidas nada mais é do que o relacionamento harmônico do sistema contábil de 
partidas dobradas. Durante os trabalhos realizados pelo auditor, certamente 
executará serviços que terão relações com outras áreas do balanço ou do resultado 
do exercício. À medida que for observado o relacionamento entre estas, o auditor 
estará efetuando a correlação das informações obtidas. Exemplo: recebimento de 
duplicatas a receber, que afetam as disponibilidades e contas a receber. 
OBSERVAÇÃO – ALÉM DAS TÉCNICAS QUE APRESENTAMOS 
ANTERIORMENTE, TEMOS A OBRIGAÇÃO DE ALERTÁ-LOS QUANTO À FORMA 
QUE WILLIAM BOYTON E OUTROS ABORDAM E CONCEITUAM TÉCNICAS OU 
PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA, POIS PODE SER COBRADO PELA BANCA. 
PREFIRO PECAR POR EXCESSO QUE POR OMISSÃO! 
Segundo William C. Boynton e outros, no livro Auditoria, da Editora Atlas, 
procedimentos de auditoria são os métodos ou técnicas que o auditor utiliza para 
coletar e avaliar material de evidência suficiente e competente. Esses 
procedimentos podem ser utilizados para obtenção de evidências descendentes e 
ascendentes. 
A evidência descendente focaliza a atenção do auditor no entendimento do 
negócio, nos objetivos e nas metas da administração, em como a administração 
utiliza seus recursos para atingir tais objetivos e metas, na vantagem competitiva 
que a organização tem no mercado em que atua, em seus principais processos e em 
seu livro e fluxo de caixa. Com base nessas informações o auditor desenvolve 
expectativas sobre as demonstrações contábeis da companhia. Procedimentos 
descendentes também ajudam o auditor a diagnosticar áreas de auditoria que 
necessitam de atenção adicional. 
A evidência ascendente focaliza diretamente a realização de testes de transações 
e de saldos de contas e dos sistemas que registram as transações e apuram os 
saldos. Evidência ascendente muitas vezes envolve alguma forma de amostragem 
de transações individuais ou de detalhes que fundamentam um saldo de conta 
(itens individuais de estoque, por exemplo), e a avaliação da apresentação 
adequada do detalhe que se encontra acumulado nas demonstrações contábeis. 
 
 
 
 
 
 
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Boynton e outros apresentam os 10 tipos de procedimentos (ou técnicas) de 
auditoria, conforme a seguir: 
Procedimentos de revisão analítica: compreendem estudo e comparação de 
relações entre dados. Envolvem o cálculo e a utilização de índices financeiros 
simples, inclusive análise vertical de demonstrações, comparação de quantias reais 
com dados históricos ou orçados e utilização de modelos matemáticos e estatísticos, 
tal como análise de regressão. Geralmente são utilizados em auditoria descendente, 
para desenvolver expectativas sobre determinada conta das demonstrações 
contábeis, dadas as circunstâncias então presentes. 
Inspeção: envolve escrutínio cuidadoso e exame detalhado de documentos e 
registros, e exame físico de recursos tangíveis. Inspeções são utilizadas 
intensamente em auditoria. Muitas vezes, resultam na coleta e na avaliação tanto 
de evidência ascendente como de evidência descendente como, por exemplo, 
quando inspeciona um contrato de arrendamento mercantil (inspeção documental), 
o auditor avalia não somente a adequação da correspondente contabilização, mas 
também como o arrendamento afetará as atividades de financiamento e 
investimento, a capacidade de geração de receitas adicionais e a estrutura de 
custos fixos da entidade. 
Confirmação: é uma forma de investigação que capacita o auditor a obter 
informações diretamente com uma fonte externa ao cliente. Geralmente, o cliente 
faz a solicitação à parte externa, por escrito, mas o auditor controla a quem a 
solicitação deve ser dirigida. Confirmações fornecem importante evidência 
ascendente e são utilizadas em auditoria, porque a evidência assim obtida 
geralmente é objetiva e provém de fonte independente. 
Questionamentos: envolvem a colocação de questões pelo auditor, verbalmente 
ou por escrito. Geralmente, dirigem-se à administração ou a empregados, como no 
caso de questões de acompanhamento de problemas identificados na realização de 
procedimentos de revisão analítica ou de obsolescência de estoques ou possibilidade 
de cobrança de contas a receber. Questionamentos produzem evidência verbal ou 
sob a forma de representação escrita, e podemfundamentar tanto evidência 
descendente como ascendente. 
Contagem: as duas implicações mais usuais de contagem são (1) a contagem física 
de recursos tangíveis, tais como caixa em tesouraria ou o estoque em mãos, e (2) 
localização de todos os documentos pré-numerados. A primeira constitui uma forma 
de avaliação da evidência física, enquanto a segunda pode ser vista como uma 
forma de avaliação dos controles internos da companhia, mediante evidência 
objetiva da integridade dos registros contábeis. Contagem proporciona evidência 
 
 
 
 
 
 
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ascendente, cujo contexto econômico deve inicialmente ser buscado, via evidência 
descendente. 
Rastreamento: o auditor seleciona documentos criados quando transações são 
executadas e determina quais informações daqueles documentos encontram-se 
adequadamente registradas nos livros contábeis (diários e razões). A direção dos 
testes é dos documentos para os registros contábeis, refazendo o fluxo original dos 
dados do sistema contábil. Assim, constitui importante procedimento para obtenção 
de evidências relacionadas com afirmações de integridade. Sua eficácia aumenta 
quando o cliente utiliza documentos pré-numerados. Rastreamento fornece 
evidência ascendente, inicialmente, para dispor do contexto econômico para 
rastreamento e teste de afirmações de integridade. 
Vouching: envolve (1) seleção de lançamentos nos registros contábeis e (2) 
obtenção e inspeção da documentação com base na qual os lançamentos foram 
efetuados, para determinação da validade e exatidão das transações contabilizadas. 
A direção do teste é oposta à do rastreamento. É um procedimento muito utilizado 
para detectar lançamentos a maior nos registros contábeis. Assim, constitui 
procedimento importante para obtenção de evidências sobre afirmações de 
existência ou ocorrência. Vouching fornece evidência ascendente e como acontece 
com rastreamento e contagem, geralmente é precedido pela realização de 
procedimentos descendentes com os quais se obtêm evidências do contexto 
econômico com base no qual o vouching deve ser realizado. 
Observação: relaciona-se a acompanhar a realização de alguma atividade ou 
processo. A atividade pode ser o processamento rotineiro de determinado tipo de 
transação, tal como o recebimento de caixa, para verificar se empregados estão 
seguindo as políticas e os procedimentos, na realização das tarefas. Observação é 
particularmente importante na obtenção de entendimento de controles internos. O 
objeto de observação são as pessoas, procedimentos e processos; com base em 
observações, o auditor obtém conhecimento pessoal e direto relacionado com o 
objetivo da auditoria. Observação geralmente fornece evidência ascendente; como 
acontece com outras evidências ascendentes, é importante que o auditor 
primeiramente entenda o contexto econômico que a justifica. 
Repetição: Um importante procedimento de auditoria é a repetição, pelo auditor, 
de conciliações e cálculos realizados pelo cliente – totais de lançamentos contábeis, 
cálculos de depreciação, de juros, de ágios ou deságios, de quantidades vezes 
preços unitários de itens, etc. O auditor também pode recalcular aspectos 
selecionados do processamento de determinadas transações, para verificar se o 
processamento original atende aos controles internos estabelecidos pela companhia. 
Repetição geralmente representa evidência ascendente: como acontece com outras 
 
 
 
 
 
 
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evidências ascendentes, é importante que o auditor primeiramente entenda o 
contexto econômico de acordo com o qual o teste será realizado. 
Técnicas de auditoria computadorizada: quando os registros contábeis do 
cliente são mantidos em meio eletrônico, o auditor pode utilizar técnicas de 
auditoria computadorizada como ajuda na realização de vários procedimentos 
descritos anteriormente. Por exemplo, o auditor pode utilizar software de auditoria 
para realizar cálculos e comparações utilizados em procedimentos de revisão 
analítica; selecionar uma amostra de contas a receber para confirmação; e analisar 
um arquivo para determinar se nele há referências a todos os documentos em 
determinada série, etc. Técnicas de auditoria computadorizadas podem ser 
utilizadas para obter tanto evidência descendente como ascendente. As técnicas em 
questão podem ser utilizadas como procedimentos de revisão analítica para 
desenvolvimento de expectativas sobre um saldo de conta ou classe de transações, 
ou podem ser utilizadas para realização de testes que confirmem as expectativas do 
auditor. 
Verifique agora como as bancas examinadoras costumam cobrar esse assunto 
em provas de concursos: 
14) (SEFAZ/SP/ESAF/2009) Assinale a opção que preenche corretamente a 
lacuna da seguinte frase: “Considerado um procedimento técnico básico a ser 
aplicado em testes de observância e substantivos, ____________ consiste(m) na 
verificação do comportamento de valores significativos, mediante índices, 
quocientes, quantidades absolutas ou outros meios, com vistas à identificação de 
situação ou tendências atípicas.” 
a) a inspeção 
b) a observação 
c) a investigação e a confirmação 
d) o cálculo 
e) a revisão analítica 
Solução: A letra “e” é a que satisfaz o enunciado. “Considerado um procedimento 
técnico básico a ser aplicado em testes de observância e substantivos, A REVISÃO 
ANALÍTICA consiste na verificação do comportamento de valores significativos, 
mediante índices, quocientes, quantidades absolutas ou outros meios, com vistas à 
identificação de situação ou tendências atípicas”. 
15) (AFC/CGU/ESAF/2008) Quando da aplicação dos testes de observância e 
substantivos, o auditor deve considerar alguns procedimentos técnicos básicos. Um 
deles – a revisão analítica – tal como a define a NBC-T-11, consiste no(a): 
 
 
 
 
 
 
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a) exame de registros, documentos e de ativos tangíveis. 
b) acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução. 
c) obtenção de informações junto a pessoas ou entidades conhecedoras da 
transação, dentro ou fora da entidade. 
d) conferência da exatidão aritmética de documentos comprobatórios, registros e 
demonstrações contábeis e outras circunstâncias. 
e) verificação do comportamento de valores significativos, mediante índices, 
quocientes, quantidades absolutas ou outros meios, com vistas à identificação de 
situação ou tendências atípicas. 
Solução: A alternativa correta é a letra “e”. A letra “a” corresponde à inspeção; a 
letra “b” corresponde à observação; a letra “c” é a investigação e confirmação; a 
letra “d” refere-se ao cálculo. 
16) (AFTE RS/FUNDATEC/2009) Na aplicação dos testes de observância e 
substantivos, o auditor deve considerar os seguintes procedimentos técnicos 
básicos, exceto: 
A) investigação e confirmação – obtenção de informações junto a pessoas ou 
entidades conhecedoras da transação, dentro e fora da entidade. 
B) comparação – dados realizados com os dados projetados. 
C) inspeção – exame de registros, documentos e de ativos tangíveis. 
D) observação – acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua 
execução. 
E) cálculo – conferência da exatidão aritmética de documentos comprobatórios, 
registros e demonstrações contábeis e outras circunstâncias. 
Solução: A questão trata dos cinco procedimentos básicos de auditoria, previstos 
nas normas brasileiras de auditoria contábil. De acordo com a norma, na aplicação 
dos testes de observância e substantivos, o auditor deve considerar os seguintes 
procedimentos técnicos básicos: a inspeção;a observação; a investigação e 
confirmação; o cálculo e a revisão analítica. 
 
Examinando, os itens da questão, percebe-se que a letra B está incorreta, 
pois o nome da técnica é revisão analítica e não comparação. 
17) (Auditor/TCE-SC/FEPESE/2006) Os procedimentos de revisão analítica 
compreendem o estudo e a comparação de relações entre dados. Envolvem o 
cálculo e a utilização de índices financeiros. Procedimentos de revisão analítica 
muitas vezes implicam a mensuração das atividades subjacentes às operações e a 
comparação de medidas dos direcionadores econômicos do negócio com os 
correspondentes resultados financeiros. 
 
 
 
 
 
 
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I - Inspeção envolve escrutínio cuidadoso e exame detalhado de documentos e 
registros, e exame físico de recursos tangíveis. Inspeções são utilizadas 
intensamente em auditoria e, muitas vezes, resultam na coleta e na avaliação tanto 
de evidência ascendente como de evidencia descendente. 
II - Confirmação é uma forma de investigação que capacita o auditor a obter 
informações diretamente com uma fonte externa ao cliente. Geralmente, o cliente 
faz a solicitação à parte externa, por escrito, mas o auditor controla a quem a 
solicitação deve ser dirigida. 
III - Questionamentos envolvem a colocação de questões pelo auditor, verbalmente 
ou por escrito. Geralmente, dirigem-se à administração ou a empregados, como no 
caso de questões de acompanhamento de problemas identificados na realização de 
procedimentos de revisão analítica ou de obsolescência de estoques. 
IV - As duas aplicações mais usuais de contagem são (1) contagem física de 
recursos tangíveis, tais como o caixa em tesouraria ou o estoque em mãos e (2) 
localização de todos os documentos pré-numerados. 
V - Um importante procedimento de auditoria é a repetição, pelo auditor, de 
conciliações e cálculos realizados pelo cliente – totais de lançamentos contábeis, 
cálculos de depreciação, de juros, de ágios ou deságios, de quantidades vezes 
preços unitários de itens, etc. 
VI - Observação relaciona-se a acompanhar a realização de alguma atividade ou 
processo. A atividade pode ser o processamento rotineiro de determinado tipo de 
transação, tal como o recebimento de caixa, para verificar se empregados estão 
seguindo as políticas e os procedimentos, na realização das tarefas. 
Com base no que foi descrito acima sobre os procedimentos de revisão analítica, 
assinale a alternativa correta: 
a) Todas as opções estão corretas. 
b) Apenas as opções I está correta. 
c) Apenas as opções II e IV estão corretas. 
d) Apenas as opções II, V e VI estão corretas. 
e) Apenas as opções I, II, IV e VI estão corretas. 
Solução: Todos os conceitos relacionados às técnicas de auditoria adotados pela 
banca na questão foram extraídos do livro Auditoria de William C. Boynton e outros, 
da Atlas, conforme vimos nesta aula. 
 
Pelo exposto e examinando cada afirmativa da questão, em comparação com 
o que nos ensinam os autores citados, verifica-se que todas as opções ou itens 
apresentados no enunciado da questão estão corretos. O gabarito é a letra “a”. 
18) (AUDITOR MG/CESPE/2008). A confirmação externa, ou circularização, 
consiste na expedição de cartas a empresas ou pessoas com as quais o auditado 
 
 
 
 
 
 
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mantém relações de negócios, solicitando confirmação a respeito da situação desses 
negócios em data determinada. Acerca da confirmação externa, assinale a opção 
correta. 
A Na correspondência encaminhada, os valores constantes dos livros do cliente 
devem ser obrigatoriamente discriminados. 
B As cartas são assinadas pelos auditores; as informações prestadas por terceiros 
devem ser previamente compartilhadas com o cliente e por ele reconhecidas. 
C As divergências entre os registros do cliente e os de terceiros só serão 
consideradas válidas mediante reconhecimento por parte do cliente. 
D Se a resposta for considerada muito relevante, sua falta implicará na emissão de 
parecer com abstenção de opinião. 
E Decidida a aplicação da confirmação, as cartas serão enviadas apenas às 
empresas e pessoas selecionadas mediante amostragem, considerando, entre 
outros fatores, as limitações de tempo, os custos do procedimento e os riscos 
associados. 
Solução: A questão trata do procedimento ou técnica de auditoria denominada de 
confirmação externa ou circularização, que consiste em fazer com que o auditado 
expeça cartas dirigidas a empresas e a pessoas com as quais mantém relação de 
negócios, solicitando que confirmem, em carta dirigida diretamente ao auditor, qual 
a situação desses negócios, em data determinada. 
A alternativa “A” está incorreta, pois podem ser discriminados os valores 
(circularização positiva em preto) ou não registrados os valores a serem 
confirmados pelo respondente (circularização positiva em branco). 
A alternativa “B” está incorreta. As cartas são preparadas e expedidas pelo 
auditor, mas assinadas pela administração. As informações prestadas por terceiros 
são enviadas diretamente aos auditores, não devendo ser conferidas pela 
administração. 
A alternativa “C” está incorreta, pois as divergências são verificadas pelos 
auditores. 
A alternativa “D” está incorreta, pois a ausência da resposta pode significar 
uma limitação relevante para a auditoria, ensejando, dependendo das circunstâncias 
e do impacto sobre os objetivos do trabalho, parecer com ressalva ou negativa de 
opinião. Vale notar ainda que a ausência da resposta, poderia levar o auditor a 
conseguir superar a limitação mediante procedimentos alternatives, o que não o 
obrigaria a modificar o seu parecer, mesmo diante da limitação inicial. 
 
 
 
 
 
 
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A alternativa “E” está correta (gabarito da questão), pois decidida a aplicação 
da confirmação, as cartas serão enviadas apenas às empresas e pessoas 
selecionadas mediante amostragem, considerando, entre outros fatores, as 
limitações de tempo, os custos do procedimento e os riscos associados. Hilário 
Franco e Ernesto Marra ensinam que, pelo princípio da relevância, solicita-se a 
circularização para devedores e credores acima de determinada quantia, sendo 
necessário incluir porcentagem de saldos e valores menores, a título de teste. Deve-
se contemplar 10% ou mais das firmas fornecedoras e pelo menos 80% do valor da 
conta fornecedor. 
 
19) (ICMS/RIO/FGV/2009) Avalie as seguintes situações: 
I. O auditor deve obter informações junto a pessoas ou entidades conhecedoras da 
transação, dentro ou fora da entidade. 
II. O auditor verifica o comportamento de valores significativos, mediante índices, 
quocientes, quantidades absolutas ou outros meios, com vistas à identificação de 
situação ou tendências atípicas. 
Os procedimentos técnicos aplicáveis a essas situações são, respectivamente: 
(A) inspeção e investigação / inspeção dedutiva. 
(B) revisão e análise / confirmação analítica. 
(C) cálculo e observação / revisão confirmativa. 
(D) investigação e confirmação / revisão analítica. 
(E) revisão e observação / análise quantitativa. 
Solução: A situação I corresponde ao procedimento técnico da investigação e 
confirmação (cuidado, pois constitui um único procedimento, que é a confirmação 
direta ou circularização no caso de confirmação dieta com terceiros fora da entidade 
ou externa). 
A situação II refere-se à revisão analítica. Portanto, a letra D é o gabarito da 
questão. 
20) (AFRFB/ESAF/2009) A empresa Grandes Resultados S.A. possui prejuízos 
fiscais apurados nos últimos três anos. A empresa estava em fasepré-operacional e 
agora passou a operar em plena atividade. As projeções para os próximos cinco 
anos evidenciam lucros. O procedimento técnico básico que aplicado pelo auditor 
constataria esse evento seria: 
a) ocorrência. 
b) circularização. 
c) cálculo. 
d) inspeção. 
e) inventário físico. 
 
 
 
 
 
 
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Solução: O procedimento técnico mais adequado e completo no caso seria o 
auditor examinar ou inspecionar os documentos e os registros que dão suporte a 
essas projeções. A alternativa correta é a “d”. O candidato poderia ficar em dúvida 
quanto ao cálculo, mas perceba que o auditor não pretende apenas verificar o 
correto cálculo do montante registrado, mas assegurar-se de que as projeções 
estão feitas em bases razoáveis. 
21) (AFRFB/ESAF/2009) A auditoria externa realizou na empresa Avalia S.A. o 
cálculo do índice de rotatividade dos estoques para verificar se apresentava índice 
correspondente às operações praticadas pela empresa. Esse procedimento técnico 
básico corresponde a: 
a) inspeção. 
b) revisão analítica. 
c) investigação. 
d) observação. 
e) confronto. 
Solução: Mais uma questão referente à revisão analítica, desta vez em concurso 
recente para Auditor da Receita Federal do Brasil. A revisão analítica é um 
procedimento utilizado em toda auditoria contábil e compreende estudo e 
comparação de relações entre dados, envolvendo o cálculo e a utilização de índices 
financeiros simples, inclusive análise vertical de demonstrações, comparação de 
quantias reais com dados históricos ou orçados e utilização de modelos matemáticos 
e estatísticos, tais como análise de regressão. O gabarito é a letra “b”. 
22) (Auditor UFFS/FEPESE/2009) Na aplicação dos testes de auditoria é correto 
afirmar: 
a. ( ) Investigação e confirmação são a obtenção de informações junto a pessoas ou 
entidades conhecedoras da transação, dentro ou fora da entidade 
b. ( ) A inspeção é o acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua 
execução. 
c. ( ) Cálculo é a verificação do comportamento de valores significativos. 
d. ( ) Inspeção é o cálculo de índices, quocientes, quantidades absolutas ou outros 
meios, com vistas à identificação de situação ou tendências atípicas. 
e. ( ) Investigação é o cálculo de índices, quocientes, quantidades absolutas ou 
outros meios, com vistas à identificação de situação ou tendências atípicas. 
Solução: A letra “a” é a única alternativa correta. Investigação e confirmação são a 
obtenção de informações junto a pessoas ou entidades conhecedoras da transação, 
dentro ou fora da entidade. A letra “b” corresponde à observação; a letra “c” 
 
 
 
 
 
 
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corresponde à revisão analítica; a letra “d” refere-se ao cálculo e a letra “e” 
constitui exemplo de revisão analítica. 
23) (Auditor/BADESC/FEPESE/2005) Assinale a alternativa correta. 
a. ( ) A técnica de auditoria chamada de circularização ou confirmação do tipo 
branco é aquela em que se colocam os valores nos pedidos efetuados a clientes. 
b. ( ) A confirmação ou circularização implica a obtenção de declaração informal e 
parcial de pessoas independentes à empresa e que estejam habilitadas a confirmar. 
c. ( ) A técnica de auditoria chamada de exame físico serve para determinar se os 
registros estão corretos e seus valores adequados, em função da qualidade do item 
examinado. 
d. ( ) O tipo de confirmação ou circularização a ser empregado na auditoria é algo 
pertinente aos desejos de evidências que a entidade auditada escolher para o 
auditor. 
Solução: A alternativa “a” está incorreta, pois a circularização ou confirmação do 
tipo branco é aquela em que não se colocam os valores nos pedidos efetuados a 
clientes. 
A alternativa “b” está incorreta, tendo em vista que a confirmação ou 
circularização implica a obtenção de declaração formal e imparcial de pessoas 
independentes à empresa e que estejam habilitadas a confirmar 
A alternativa “c” é a correta e constitui o gabarito da questão. Pelo exame ou 
inspeção física o auditor compara o resultado da inspeção nos bens tangíveis 
(estoques, bens móveis e imóveis etc) e compara com os controles e registros 
contábeis. 
 A alternativa “d” está incorreta. O tipo de confirmação ou circularização a ser 
empregado na auditoria (positivo ou negativo) é definido pelo auditor em função da 
relevância e do risco da conta ou do componente patrimonial que o auditor deseja 
verificar e confirmar. Logicamente que não é pertinente aos desejos de evidências 
que a entidade auditada escolher para o auditor, pois se assim o fosse, haveria total 
perda da independência, da objetividade e da imparcialidade do auditor. 
24) (TCE-AC/CESPE/2008) Com base nos procedimentos e técnicas de auditoria 
externa, assinale a opção correta. 
A O exame físico é uma técnica de auditoria que não mensura a comprovação das 
condições de uso do objeto examinado, tendo em vista que o importante nesse 
exame é a existência física do objeto examinado. 
B A observação não é técnica de auditoria. 
 
 
 
 
 
 
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C A provisão para devedores duvidosos, no balanço patrimonial, é classificada no 
passivo circulante. 
D O valor das duplicatas descontadas é classificado deduzindo-se o passivo 
circulante. 
E O auditor externo não só elabora um parecer ao final dos trabalhos, mas emite 
também relatórios-comentários, com descrição dos problemas de maior importância 
e sugestões para solucioná-los. 
Solução: A alternativa “A” está incorreta, em virtude de que o exame físico busca 
não só constatar a existência física do objeto examinado, mas também a sua 
autenticidade, quantidade e qualidade, quanto às condições de manutenção e de 
uso e se pode ser aproveitado na produção ou venda. 
A alternativa “B” está incorreta, pois a observação é uma técnica de auditoria. 
Cabe ressaltar que alguns autores, ao se referirem a uma técnica de auditoria, por 
vezes se referem à mesma denominando-a de procedimento, da forma como fazia a 
NBC T 11. 
As alternativas “C” e “D” estão incorretas ou erradas. A provisão para 
devedores duvidosos é uma conta redutora de ativo circulante e o valor das 
duplicatas descontadas é classificado deduzindo-se o ativo circulante. 
A alternativa “E” está correta, pois o auditor externo elabora não só o 
parecer, que é um relatório curto, mas pode elaborar também relatórios longos, 
onde são detalhados os procedimentos da auditoria ou em forma de carta-
comentário sobre os controles internos, relatando deficiências encontradas e 
apontando soluções/recomendações. Veremos várias questões sobre relatórios e 
pareceres na última aula. 
25) (Analista Técnico/SUSEP/ESAF/2010) O auditor interno, ao realizar seus 
testes, efetuou o acompanhamento dos inventários físicos, confrontou as notas 
fiscais do período com os registros e realizou a circularização dos advogados 
internos e externos. Esses procedimentos correspondem respectivamente a: 
a) investigação, inspeção e observação. 
b) inspeção, observação e investigação. 
c) confirmação, investigação e observação. 
d) circularização, observação e inspeção. 
e) observação, Inspeção e investigação. 
Solução: O acompanhamento dos inventários físicos corresponde ao procedimento 
da observação. O confronto das notas fiscais do período com os registros constitui 
 
 
 
 
 
 
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exemplo do procedimento da inspeção. A circularização dos advogados internos e 
externos

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