Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Saúde & Ambiente em Revista, Duque de Caxias, v.1, n.1, p.14-22, jan-jun 2006 14 MICROVARIAÇÕES TEMPORAIS DO PROTOZOOPLÂNCTON NA BAÍA DE GUANABARA (RJ): COMPOSIÇÃO ESPECÍFICA E DENSIDADE DURANTE O VERÃO DE 2004 Michele de Oliveira Areas1*, Denise Rivera Tenenbaum2**, Eli Ana Traversim Gomes1,2*** 1 Universidade do Grande Rio(Unigranrio), Instituto de Biociências, Av. Prof. José de Souza Herdy 1160, Bairro 25 de Agosto, Duque de Caxias (RJ), 25071-200, Brasil. 2 Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Biologia, Departamento de Biologia Marinha, Cidade Universitária CCS-A, Rio de Janeiro, RJ, CEP 21941-590, Brasil. *Bacharel em Ciências Biológicas; **Doutor em Ciências; ***Orientador, Doutor em Ciências. Palavras-chave: protozooplâncton, composição de táxons, densidade, tropical, Baía de Guanabara. Keywords: protozooplankton, taxa composition, density, tropical, Baía de Guanabara. Resumo Este trabalho, inserido no projeto “Eutrofização em ecossistemas costeiros do estado do Rio de Janeiro (Efeitos sobre o sistema planctôni- co)” sob a coordenação do Prof. Jean Louis Valentin (Departamento de Biologia Marinha/UFRJ), foi realizado com amostras do plâncton de superfície, coletadas no canal central da Baía de Guanabara, entre os dias 09 e 11 de fevereiro de 2004. O objetivo foi avaliar a densidade celular e a composição de táxons dos organismos que compõem o protozooplâncton (ciliados loricados, aloricados e outros). As amostras foram analisadas pela técnica de sedimentação e 64 táxons (32 gêneros, 22 famílias, 13 ordens, 3 classes) foram encontrados. A densidade total do protozooplâncton foi de 24,84 x 103 cél/L variando entre 2,28 e 4,8 x 103 cél/L (3,1 ± 0,9 x 103 cél/L), sendo 55% correspondente à contribuição dos loricados, 24% de aloricados e 20% de outros ciliados. Os táxons que se destacaram em densidade e ocorrência foram: Strombidium sp.15, Tintinnopsis sp.20, Undella sp.26 e Didinium sp.2, porém o de maior importância foi Undella sp.26 que apresentou a maior densidade (7,45 X 102 cél/L) e esteve presente em 100% das amostras. Embora o grupo de outros ciliados tenha apresentado o maior número de táxons, os loricados apresentaram as maiores densidades. A densidade e número de táxons são características de am- bientes costeiros tropicais eutrofizados e altamente dinâmicos pela influência das águas da bacia de drenagem e da plataforma continental devido a variação de maré. Abstract This work is included on the project “Rio de Janeiro ecosystem coastal eutrophication - Effects on the planktonic system”), co-ordinated by professor Jean Louis Valentin (Departamento de Biologia Marinha/UFRJ), and it was realised using surface plankton´s samples collected at central channel of Guanabara Bay, between 09 and 11 of February of 2004. The purpose was to estimate the cellular density and specific composition of organisms of the protozooplankton (ciliates: loricates, aloricates and others). Samples were analysed with settling tech- niques and the 64 taxa were identified (32 genus, 22 families, 13 orders, 3 classes). The protozooplankton total density was 24.84 x 103 cel/L, varying from 2.28 e 4.8 x 103 cel/L (3.1 ± 0.9 x 103 cel/L), where 55% correspond to loricates contribution, 24% from aloricates and 20% from the others ciliates. The taxa with higher density and occurrence where: Strombidium sp.15, Tintinnopsis sp.20, Undella sp.26 e Didinium sp.2, however the most important one was Undella sp.26, that presented the highest density (7.45 x 102 cel/L) and occurred in 100% of the samples. Although the others ciliates have presented the higher number of taxa, the loricates presented higher densities. Density and taxa number are typical to tropical eutrophic coastal system, with high dynamic influence by waters from drainage basin and continental shelf determining tidal fluctuations. Saúde & Ambiente em Revista, Duque de Caxias, v.1, n.1, p.14-22, jan-jun 2006 15 Introdução O protozooplâncton caracteriza-se por protozoários (unicelulares eucariontes) de vida livre, porém incapazes de man- ter sua distribuição independente da movimentação das massas d’água (Fenchel 1987). Junto com outros organismos unicelulares do plâncton têm grande importância nos ecossistemas marinhos, pois constituem a alça microbiana que sustenta a teia alimentar pelágica (Pomeroy 1974; Sherr & Sherr 1988). Os componentes da alça microbiana podem ser estuda- dos pela faixa de tamanho a que pertencem (Sieburth et al 1978): tamanhoentre 0,2 - 2 µm (picoplâncton), 2 - 20 µm (nanoplânc- ton), 20 - 200 µm (microplâncton) e > 200 µm (mesoplâncton e macroplâncton). O picoplâncton constitui-se de bactérias e algu- mas algas.; o nanoplâncton por organismos auto e heterotrófi- cos de diferentes classes taxonômicas (diatomáceas, pequenos flagelados, ciliados, cocolitoforídeos); o microplâncton engloba organismos auto e heterotróficos, principalmente diatomáceas, dinoflagelados, cocolitoforídeos e protozoários superiores a 20 µm, principalmente ciliados). O protozooplâncton possui considerável diversidade morfológica e fisiológica, com notável espectro de adaptações para diferentes condições ambientais, ocupando uma grande va- riedade de nichos ecológicos (Sherr & Sherr 1988). Seu sucesso no plâncton é atribuído ao pequeno tamanho, capacidade de adap- tação e ao caráter dinâmico, apresentando como estratégia do ciclo de vida, um rápido crescimento e altas taxas de reprodução e morte. São organismos extremamente sensíveis e respondem às alterações físicas e químicas do meio, estabelecendo complexas relações na competição e utilização do espaço e dos recursos dis- poníveis (Laybourn-Parry 1992), podendo representar a maior par- te do zooplâncton (até 60%). Desempenham um importante papel ecológico, pois são eficientes consumidores de bactérias, flagela- dos e algas, representando um elo na transferência de energia até os níveis tróficos superiores (Porter et al. 1985; Fenchel 1987). Entretanto, devido a fragilidade celular da maioria dos organismos, o protozooplâncton têm sido menos estudados que outros organismos do plâncton, tanto de ambientes marinhos quanto continentais (Gomes & Godinho 2004). Assim, o objetivo principal foi realizar um estudo quali- quantitativo do protozoo- plâncton, através da análise da microvariação temporal num in- tervalo de 6 horas, totalizando um período de 48 horas, partindo da hipótese de que as variações condicionadas pela influência da maré sobre a Baía de Guanabara (22º40’ e 23°00’ S, 43°00’ e 43º20’ O), um ambiente costeiro tropical, localizado no estado do Rio de Janeiro (Brasil) (Figura 1) podem alterar a densidade e com- posição taxonômica do protozooplâncton. Este estudo está inserido no projeto “Eutrofização em ecossistemas costeiros do estado do Rio de Janeiro (Efeitos sobre o sistema planctônico)”, sob a coordenação do Prof. Jean Louis Valentin (Departamento de Biologia Marinha/UFRJ) e financia- mento FAPERJ. A baía possui uma área de aproximadamente 381 km2, 131 km de perímetro, volume de 2 bilhões de m3, profun- didade média de 7,6 m e larguras máxima de 20 km e mínima de 1,8 km. Inúmeros rios de pequeno e médio porte contribuem diretamente com mais de 200 mil litros de água por segundo, em média (Instituto Baía de Guanabara 2005). A grande importância econômica da Baía de Guanaba- ra é atribuída às atividades portuárias, de construção naval, na- vegação e da pesca que antes era muito difundida, e hoje vem diminuindo prejudicada pelas alterações ambientais (Instituto Baía de Guanabara 2005). Ainda que suas águas sejam renovadas pelo mar, é considerada um ambiente costeiros eutrofizado, por se tratar de um corpo receptor de uma região hidrográfica (4000 km²) drenada por rios com qualidade de água influenciada pela carga poluidora lançada por diversos municípios e indústrias com umapopulação aproximada de 8,2 milhões, quase sempre, sem nenhum tratamento prévio. Estes impactos alteram as condições físicas e químicas do ecossistema repercutindo visivelmente sobre o sistema planctônico (Instituto Baía de Guanabara 2005). Figura 1. Esquema de localização e bacia hidrográfica da Baía de Guanabara (RJ) (Fonte: Instituto Baía de Guanabara 2005). Os primeiros estudos realizados sobre o microplâncton da Baía de Guanabara datam do início do século 20, com pesqui- sas realizadas pela Fundação Oswaldo Cruz - RJ (Faria &Cunha 1917; Cunha 1922), que incluíam apenas aspectos taxonômicos e não quantitativos. Em 1985 a UFRJ iniciou um programa de es- tudos relacionados ao plâncton, permitindo o levantamento sis- temático das comunidades planctônicas, caracterizando a hidro- biologia e identificando padrões de variações quali-quantitativas (Mayr et al. 1989). A partir daí, inúmeros trabalhos sobre o plânc- ton (fito- e zooplâncton) foram realizados, visando a compreensão da estrutura e funcionamento da Baía de Guanabara, bem como as alterações causadas pelo processo de eutrofização (Valentin et al. 1999). Porém, pouco ainda se sabe a respeito do protozoo- plâncton, pois somente mais recentemente vem sendo estudado (Gomes et al. manuscrito). Saúde & Ambiente em Revista, Duque de Caxias, v.1, n.1, p.14-22, jan-jun 2006 16 Material e Métodos As amostras de plâncton foram coletadas na superfície com garrafa de Van Dorn (2 L) entre os dias 09 e 12 de Fevereiro de 2004 (período de verão), no canal central da Baía de Guanaba- ra (Figura 2), em intervalos de 6 horas conforme a Tabela 1. Des- tas, oito amostras foram selecionadas em função da variação da maré num período de 48 horas (9 -11/02). Sub-amostras de 250 mL foram imediatamente fixadas com formaldeído à 2%, neutra- lizado com bórax, armazenadas em frascos de polietileno (Sherr & Sherr 1993) em temperatura ambiente. Figura 2. Mapa da Baía de Guanabara (Rio de Janeiro), com a localização do ponto de coleta (). (Fonte: Instituo Baía de Guanabara 2005). Tabela 1. Data e horário de coleta das amostras na Baía de Gua- nabara. Data Horário 9-fev-2004 23:00 10-fev-2004 05:00 10-fev-2004 11:00 10-fev-2004 17:00 10-fev-2004 23:00 11-fev-2004 05:00 11-fev-2004 11:00 11-fev-2004 17:00 Com base no método de Utermöhl (1958), as amostras foram dis- pensadas em sistemas de sedimentação (cubetas de 50 mL sobre câmaras de concentração de 2 mL) com o corante rosa de ben- gala, durante 48 h. Foram considerados como protozooplâncton os organismos ciliados com tamanho entre 20 e 200 m, identi- ficados, pelo menos a nível de gênero, com o auxilio de literatura especializada (Kudo 1971; Boltovskoy 1999; entre outros). As análises quali-quantitativas foram realizadas em microscópio ótico invertido (Nikon binocular, aumento de 200 a 400X), em campo claro e contraste de fase, em meia câmara e os resultados expressos em células por litro (cél/L). Resultados O protozooplâncton constitui-se pelos ciliados (filo Ci- liophora Doflein, 1901) das classes Kinetofragminophora (Pro- tostomatida, Sparthidiida, Pleurostomatida, Cyclotrichida e Cystophorida), Oligohymenophora (Scuticociliatida e Peritrichi- da), Polyhymenophora (Heterotriquida, Hypotrichida, Halteriida, Strombidiida, Oligotrichida e Tintinnida ). Foram encontrados 64 táxons, entre 32 gêneros, 22 famílias, 13 ordens e 3 classes, sendo 59 espécies identificadas, 3 espécies conferatur e 2 táxons não identificados (Tabela 2). Foram organizados em três grupos: os oligotríqueos com lórica secretada foram agrupados em “Lorica- dos ou Tintinideos”, os sem lórica foram reunidos em “Aloricados ou nús” e os demais ciliados foram agrupados na categoria “Ou- tros”. Tabela 2. Lista dos táxons encontrados no canal central da Baía de Guanabara (RJ). Segundo a classificação em Boltovskoy (1999). Classe Kinetofragminophora Puytorac, 1974 (Outros) Subclasse Gymnostamata Butschli, 1889 Ordem Protostomatida chewiakoff, 1896 Subordem Prorodontina Corlen, 1974 Família Colepidae hrenberg, 1838 Tiarina fusus Claparède and Lachmann, 1988 Tiarina sp.1 Bergh, 1881 (Berger, 1880) Ordem Sparthidiida Foissner e Foissner, 1988 Subordem Didiniida Jankowski, 1978 Família Didiniidae Poche, 1913 Didinium sp.2 Stein, 1913 Ordem Pleurostomatida Schewiakoff, 1988 Subordem Litonotina Foissner e Foissner, 1988 Família Litonotiade Kint, 1882 Litonotus sp.3 Müller, 1773 Ordem Cyclotrichida Jankowski, 1980 Família Mesodiniidae Jankowski, 1980 Mesodinium pulex Claparède and Lachmann, 1859 (Stein, 1867) Myrionecta rubra Johman, 1908 (Jankowski, 1976) Mesodinium sp.4 Jankowski, 1980 Ordem Cyrtophorida auré-Fremiet in Corliss, 1956 Subordem Dysteriina Deroux, 1976 Família Hartmannulidae Pouche, 1913 Saúde & Ambiente em Revista, Duque de Caxias, v.1, n.1, p.14-22, jan-jun 2006 17 Aegyriana oliva Claparède and Lachmann, 1859 (Deroux, 1974) Família Dysteriidae Claparède and Lachmann, 1859 (Lachmann, 1858) Dysteria brasiliensis Faria et al, 1922 Dysteria monostyla Faria et al, 1922 Dysteria sp.5 Faria et al, 1922 Classe Oligohymenophora Puytorac et al, 1947 (Outros) Subclasse Hymenostomata Delage and Hérouard, 1896 Ordem Scuticociliatida Small, 1967 Subordem Philasterina Small, 1967 Família Uronematidae Thompson, 1964 Uronema sp.6 Dujardin, 1841 Família Pseudocohnilembidae Evans and Thompson, 1964 Pseudocohnilembus sp.7 Quennerstedt, 1869 (Foisser and Foisser, 1981) Subordem Pleuronematina Fauré- Fremiet in Corliss, 1956 Família Pleuronematidae Kent, 1881 Pleuronema crassum Dujardin, 1841 Pleuronema sp.8 Kent, 1881 Ordem Peritrichida tein, 1859 Subordem Sessitina Kahl, 1933 Família Vorticelliade Ehrenberg, 1838 Vorticella microstoma Finley, 1943 (Brand, 1923) Vorticella sp.9 Ehrenberg, 1838 Classe Polyhymenophora Jankowski, 1967 (Outros) Subclasse Spirotrichea Bütschli, 1889 Ordem Heterotrichida Stein, 1859 Subordem Heterotrichina Stein,1867 Ordem Hypotrichida Stein, 1859 Subordem Sporadotrichina Fauré- Fremiet, 1961 Família Euplotidae Ehrenberg, 1838 Diophrys appendiculata Ehrenberg, 1838 (Levander, 1894) Euplotes appendiculata Ehrenberg, 1838 Euplotes harpa Stein, 1859 Euplotes vannus Müller, 1786 Euplotes sp.10 Ehrenberg, 1838 Não identificado Heterotricheo sp.11 Subclasse Oligotrichea Bütschli, 1887 Ordem Halteriida Petz and Foissner, 1992 (Aloricados) Família Halteriidae Claparède and Lachmann, 1858 Halteria sp.12 Claparède and Lachmann, 1858 Subclasse Oligotrichia Bütschli, 1887 Ordem Strombidiida Jankowski, 1980 Família Strombidiidae Fauré- Fremiet, 1970 Laboea sp.13 Lohmann, 1908 Lohmaniella sp.14 Leegaard, 1915 Strombidinopsis sp.15 Kent, 1881 Strombidium antarticum Busch, 1930 (Kahl, 1932) Strombidium capitatum Leegaard, 1915 (Kahl, 1932) Strombidium compressum Leegaard, 1915 (Kahl, 1932) Strombidium conicum Lohmann, 1908 (Wulff, 1919) Strombidium crassulum Leegaard, 1915 (Kahl, 1932) Strombidium diversum Busch, 1930 Strombidium sulcatum Claparède and Lachmann, 1858 Strombidium cf. wulfi Wulff, 1919 Strombidium sp.16 Fauré- Fremiet, 1970 Tontonia gracillima Fauré- Fremiet, 1924 Ordem Oligotrichida Bütschli, 1887 (Aloricados) Subordem Strobilidiina Jankowski, 1980 Família Strobilidiiidae Kahl in Doflein and Reichenow, 1929. Leegaardiella sp.17 Lynn and Montagnes, 1988 Strobilidium sp.18 Ordem Tintinnida Kofoid and Campbell, 1929 (Loricados) Família Tintinnidiidae Claus, 1876 Tintinnidium sp.19 Kent, 1882 Família Codonellidae Kent, 1881 Tintinnopsis brasiliensis Kofoid and Campbell, 1929 Tintinnopsis compressa Daday, 1887 Tintinnopsis parva Merkle, 1909 Tintinnopsis parvula Jörgensen, 1912 Tintinnopsis sp.20 Família Codonellopsidae Kofoid and Campbell, 1929 Codonellopsis sp.21 Kofoid and Campbell, 1929 Família Metacylididae Kofoid and Campbell, 1929 Metacylis cf.annulífera Ostenfield and Schidt, 1901 Hellicostomella subulata Jörgensen 1924 Helicostomella sp.22 Jörgensen, 1924 Família Plychocylididae Kofoid and Campbell,1929 Favella ehrenbergii Claparède and Laachmann, 1858 Favella ehrenbergii f. coxliella Laval-Peuto, 1981 Favella sp.23 Família Protorhabdonellidae Kofoid and Campbell, 1929 Protorhabdonella sp.24 Jörgensen, 1924 Família Xystonellidae Kofoid and Campbell, 1929 Parafavella sp.25 Kofoid and Campbell, 1929 Família Undellidae Kofoid and Campbell, 1929 Proplectella cf cuspidata Kofoid and Campbell, 1929 Undella claparedei Entz Sr., 1885 Undella hyalina Daday, 1887 Undella sp.26 Família Tintinnidae Claus, 1876 Canthariella sp.27 Kofoid and Campbell, 1939 Eutintinnus pinguis Kofoid and Campbell, 1929 Eutintinnus sp.28 Kofoid and Campbell, 1939 Steenstrupiella sp.29 Não identificado Oligotricheo sp.30 De modo geral, as amostras apresentaram grande ri- queza de espécies, sendo verificado o maior valor na amostra 1 (09/02/2004 23:00) e o menor na amostra 7 (11/02/2004 11:00), como mostra a figura 3. Entre os grupos do protozooplâncton, o grupo dos Outros ciliados apresentou maior riqueza, seguido respectivamente de loricados e aloricados (Figura 4). Os loricados apresentaram em média 9 ± 1 táxons/amostra, re- presentando 37,2%. Os aloricados tiveram a menor riqueza (6 ± 3 táxons/amostra), somando apenas 24,5% e os outros ciliados apresentaram o maior número de táxons (9 ± 3 táxons/amostra) totalizando 38,3% da riqueza específica. A comparação da riqueza dos grupos, em cada uma das Saúde & Ambiente em Revista, Duque de Caxias, v.1, n.1, p.14-22, jan-jun 2006 18 amostras, revelou que, aloricados apresentaram maior riqueza na amostra das 11:00 h do dia 11/02 quando o grupo dos loricados e outros ciliados tiveram o seu mínimo. Nas amostras de 17:00 e 23:00 h do dia 10/02 os loricados e outros ciliados apresentaram o maior número de táxons, respectivamente; enquanto os alorica- dos apresentaram menor riqueza às 23:00 h no mesmo dia. Figura 3. Número de táxons do protozooplâncton total, no canal central da Baía de Guanabara (RJ). Figura 4. Percentual de táxons dos grupos de ciliados do protozooplâncton no canal central da Baía de Guanabara. Os táxons listados na tabela 3 foram selecionados se- gundo o critério de ocorrência, se presentes em pelo menos 50% das amostras, e densidade média igual ou superior a 10%. Desta forma, 22 táxons foram considerados importantes, principalmen- te pela porcentagem de ocorrência. Treze foram oligotríqueos (5 aloricados e 8 loricados) e 9 do grupo de outros ciliados. Strombi- dium sp.16, Tintinnopsis sp.20, Undella sp.26 e Didinium sp.2 estiveram presentes em todas as amostras. Apesar de freqüentes, entre os aloricados apenas Strombidium sp.16 teve densidade média acima de 10%, enquanto os demais não apresentaram densidades altas (< 13%). Os 8 táxons loricados também foram selecionados pelo critério de ocorrência, pois somente duas espé- cies se destacaram pela densidade média: Tintinnopsis sp.20 e Undella sp.26. Entre os outros ciliados, 4 táxons demonstraram densidades médias ≥ 10%: Didinium sp.2, Euplotes vannus, Heterotríqueo sp.11 e Pleuronema sp.8. A espécie de maior importância foi Strombidium sp.16, que contribuiu com 52% da densidade média e 100% de ocorrên- cia. Por outro lado, entre todos os táxons encontrados, 23 foram considerados raros, por terem ocorrido em apenas uma amostra (12,5% de ocorrência): Leegardiella sp.17, Lohmaniella sp.14, Strombidinopsis sp.15, Strombidium antarcticum, Strombi- dium capitatum, Strombidium compressum, Canthariella sp.27, Codonellopsis sp.21, Codonelopsis tropica, Eutin- tinnus pinguis, Metacylis cf annulifera, Parafavella sp.25, Proplectella cf cuspidada e Protorhabdonella sp.24, Tintin- nopsis brasiliensis, Tintinnopsis parvula, Dyophris appendi- culata, Dysteria brasiliensis, Dysteria monostyla, Litonotus sp.3, Mesodinium pulex, Pseudocohnilembus sp.7 , Urone- ma sp.6. Tabela 3. Percentual de ocorrência e densidade média dos táxons mais importantes entre os dias 09-11/02/2004. Ocorrência (%) Densidade Média (%) ALORICADOS Strobilidium sp.18 50 5 Strombidium crassulum 75 8 Strombidium diversum 62 9 Strombidium sp.16 100 52 Oligotríqueo sp.30 50 13 LORICADOS Eutintinnus sp.28i 87 6 Favella sp.23 62 2 Helicostomella sp.22 50 3 Tintinnopsis parva 62 2 Tintinnopsis sp.20 100 24 Undella claparede 62 2 Undella hyalina 87 9 Undella sp.26 100 42 OUTROS Didinium sp.2 100 15 Euplotes sp.10 75 9 Euplotes vannus 50 11 Heterotríqueo sp.11 75 10 Mesodinium sp.4 62 6 Pleuronema crassum 62 6 Pleuronema sp.8 87 11 Vorticella microstoma 62 6 Vorticella sp.9 62 5 Saúde & Ambiente em Revista, Duque de Caxias, v.1, n.1, p.14-22, jan-jun 2006 19 A densidade total do protozooplâncton foi estimada em 24,84 x 103 cél/L (Figura 5), variando entre 2,28 (amostra 2) e 4,8 (amostra 3) x 103 cél/L (Figura 4) e densidade média de 3,1 x 103 cél/L ± 9 x 102 cél/L.Os loricados contribuíram com 55,4%, os loricados com pouco mais de 24% e os outros ciliados somaram 20,1% (Figura 6). A análise da densidade entre os horários de coleta, re- velou que o grupo de maior contribuição, apresentou densidade máxima durante a noite (23:00) e mínima durante o dia (11:00), os aloricados e outros ciliados apresentaram densidades máxima e mínima sem distinção de horário (Figura 6). Figura 5. Densidade do protozooplâncton total, no canal central da Baía de Gua- nabara (RJ). Figura 6. Densidade dos grupos do protozooplâncton, em intervalos de 6 horas, no canal central da Baía de Guanabara (RJ). A análise do protozooplâncton sob a influência da maré, mostrou uma tendência a altos valores de densidade e número de táxons em horário de maré cheia e baixos valores de densidade e número de táxons em maré vazante, com exceção das amostras 17:34 e 00:38 h que apresentaram o padrão inverso (Figura 7 e 8). Figura 7. Microvariações na densidade do protozooplâncton em função da altura da maré no canal central da Baía de Guanabara - RJ (Fonte: DHN). Figura 8. Microvariações no número de táxons do protozooplâncton em função da altura da maré no canal central da Baía de Guanabara - RJ (DHN). Discussão A Baía de Guanabara é um ecossistema costeiro alta- mente eutrofizados em função da grande atividade antrópica, com águas extremamente ricas em matéria orgânica, nutrientes e outros compostos trazidos da área de drenagem, principalmente por esgoto doméstico (Oliveira 1950; Lavrado et al.,1991). Com a grande oferta de nutrientes, a densidade do protozooplâncton tende a aumentar consideravelmente (Fenchel 1987; Laybourn- Parry 1992; Taylor 1982), porém o ponto de coleta das amostras pode ter sido influenciado por águas meso- ou oligotróficas vin- das da plataforma continental ou do oceano aberto pela maré alta. São poucos os trabalhos sobre o protozooplâncton em sistemas estuarinos brasileiros, geralmente abordam apenas os ciliados tintinídeos pela facilidade da taxonomia através da mor- fologia da lórica (Velôso 2000; Dolan & Gallegos 2001; Sassi et al 2002). Por isto, foi necessário fazer comparações com dados obtidos em trabalhos realizados em ambientes de água doce eu- trofizada e águas oceânicas oligotróficas, principalmente pela se- melhança entre as famílias de organismos destes ecossistemas. A tabela 4 apresenta a densidade do protozooplâncton total des- te estudo em comparação com outros trabalhos. Os ambientes estudados por Cupelo (2000) e Gonçalves (2004) apresentaram uma baixa densidade, característica de ambientes oligotróficos, Saúde & Ambiente em Revista, Duque de Caxias, v.1, n.1, p.14-22, jan-jun 2006 20 como os oceanostropicais, porém este último apresentou maior densidade interpretada pela influência das amostras coletadas na região costeira e não somente oceânica. Tabela 4. Densidade do microzooplâncton total e grupos em di- ferentes regiões. Área Densidade Total Fonte Baía de Guanabara 2,28 a 4,8x103 cél/L Este trabalho Bacia de Campos 7,0 a 8,4x101 cél/L Gonçalves, 2004 Costa Central do Brasi Primavera/98 1,3x101 a 1,9x102 cél/L Cupelo, 2000 Baía de Guanabara (Urca) 2,23x103 a 1,45x105 cél/L Gomes et al. (Manuscrito)Baía de Guanabara (Ramos) 5,41x104 a 6,14x105 cél/L Baía de Kiel 2,0x103 a 2,8x104 cél/L Smetacek, 1981 Ambientes costeiros de baías apresentam condições muito diferentes dos oceânicos, devido a maior flutuação das variáveis abióticas (profundidade local, salinidade, temperatura, oxigênio dissolvido, estado trófico) (Odum 1988). A Baía de Kiel (Smetacek 1981) apresentou densidades altas, provavelmente fa- vorecidas por essas características, uma vez que é considerada rasa (20 m) e eutrófica. Gomes et al (manuscrito), estudou o protozooplâncton na Baía de Guanabara num período de um ano, em duas áreas com diferentes graus de eutrofização (Urca e Ramos), e encon- traram densidades superiores aos deste trabalho em Ramos, área hipereutrófica, e densidades similares na Urca, área menos eutro- fizada próxima à entrada da baía e portanto, ao ponto onde as amostras do presente estudo foram coletadas. O ponto Urca sofre grande influência das águas prove- nientes da plataforma continental e apresentou alta freqüência de tintinnidios, explicada pela afinidade destes organismos por águas mais salinas (Boltovskoy 1999). Já o ponto Ramos sofre influência direta da bacia de drenagem, caracterizando uma área menos salina e mais eutrofizada, com grande abundância do pro- tozooplâncton, especialmente os aloricados. Por se tratar de um estuário, durante a maré vazante é comum encontrar espécies de água doce ou espécies que tenham menor afinidade por salinida- de, enquanto na maré cheia é mais comum encontrar organismos de águas oligotróficas da plataforma continental. Uma comparação realizada com os dados obtidos por Gomes et al (manuscrito) no ponto Urca da Baía de Guanabara e os dados deste trabalho durante a maré alta, revelou em comum os gêneros das famílias Codonellidae, Metacylididae, Tintin- nidae, Undellidae e Strombidiidae. Quando comparados os dados do ponto Ramos aos dados de maré baixa, a família Me- sodiniidae é comum em ambos os trabalhos. Esta comparação também revela famílias, que não apresentam preferência entre os pontos Ramos e Urca (Gomes et al manuscito) ou marés alta e baixa (este trabalho): Undellidae, Euplotidae e Didiniidae. A densidade do protozooplâncton na maioria das amos- tras, seguiu um padrão de variação representado por altos valores de densidades e número de táxons durante a maré cheia ou por baixos valores durante a maré vazante. Apesar disto, a correlação (Spearman) entre estes dados e a variação da maré não foi signi- ficativa (0,10), provavelmente devido ao baixo número de amos- tras. A composição específica do protozooplâncton revelou que apesar da grande contribuição dos aloricados e de outros ci- liados, os loricados (tintinidios), sem dúvida foram freqüentes e abundantes na Baía de Guanabara. Com base nos resultados apresentados algumas conclu- sões podem ser destacadas: • Densidade e riqueza de táxons características de ambientes costeiros tropicais eutrofizados e altamente dinâmicos pela in fluência das águas da bacia de drenagem e da plataforma continental devido a variação de maré; • Dominância de ciliados loricados, tanto em densidade quanto em número de táxons; sendo Undella o gênero de maior contribuição nas amostras; • Entre os aloricados, o gênero mais diversificado é Strombidium, típico no plâncton marinho; • Codonellidae, Metacylididae, Tintinnidae, Undellidae e Strombidiidae são as famílias mais freqüentes durante a maré alta e Mesodiniidae é mais freqüente durante a maré baixa; • Undellidae, Euplotidae e Didiniidae são as famílias que não apresentam preferência durante as variações da maré. Referências Bibliográficas AZAM, F.; FENCHEL, T.; FIELD, J.S.; MEYER-REIL, L.A.; THINGS- TAD, F. The ecological role of water-columm microbes in the sea. Marine Ecology Progress Series, 10. 1983. p. 257-263. BALECH, E. Los Tintinnidios de Afloramientos de águas (ciliata). Tomo XXXl, Buenos Aires, 1972. p. 519-528. BOLTOVSKOY, D. South Atlantic Zooplancton. Backhuys Publi- shers, Leiden, The Netherlands. 1999. 281-282 pp. CUNHA, A.M. Estudos sobre Protozoários do mar. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz. 1922. cap.6, p. 186-208. CUPELO, A.C.G.. As frações do pico-, nano-, e microplâncton na profundidade do máximo de clorofila na costa central do Brasil (13,5º - 23º S). Dissertação de Mestrado. Instituto Oceanográfico. Universidade de São Paulo. 2000. 131pp. DOLAN, J.R.; GALLEGOS, C.L. Estuarine diversity of Tintinnids (Planktonic ciliates). Oxford Universit. Journal of plankton resear- ch. France, 2001. vol.23(9). p. 1009 – 1027. Saúde & Ambiente em Revista, Duque de Caxias, v.1, n.1, p.14-22, jan-jun 2006 21 FARIA, J.G.; CUNHA, A. M. Estudos sobre o microplâncton da Baía do Rio de Janeiro e suas mediações. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz. 1917. cap.9, p. 68-93. FENCHEL, T. Protozoan Communities: Marine habitats. In: Ecology of protozoa: The Biology of free-living phagotrophic protist. 1987. cap.8, p. 103-116. GOMES, E.A.T.; GODINHO, M.J.L. Bactérias e protozoários em ambientes aquáticos: amostragem e análise. In: BICUDO, C.E.M.; BICUDO, D.E..Amostragem em Limnologia. Campos do Jordão: Rima, 2004. cap. 7, p. 121-132. GOMES, E.A.T.; SANTOS, V.S..; TENENBAUM, D.R.; VILLAC, M.C. Protozooplankton under different conditions of water quali- ty in a tropical Bay in Brasil. (Manuscrito). http://protist.i.hosei.ac.jp/......./Tintinnina-c.html (Imagens proto- zoplâncton*). Acesso em 13 de Outubro de 2005 às 13:12. http://www.baiadeguanabara.org.br/bol_janfev.asp. INSTITUTO BAÍA DE GUANABARA. Acesso em 24 de Outubro de 2005 às 23:37. http://www.cibg.rj.gov.br/galeria_design.asp?gr=2. (Imagens sa- télite da Baía de Guanabara). Acesso em 27 de Outubro de 2005 às 10:20. http://www.mar.mil.br/dhn/ (Tábua de maré). Acesso em 25 de Ou- tubro de 2005 às 12:35 KOFOID, C.A & CAMPBELL, A.S. The Tintinnoidea of the Eastem Tropical Pacific. Bulletin of the Museum of Comparative Zoology at Harvard College. KUDO, R.R. Protozoology.. Charles C. Thomas (5th ed.), Illinois. 1971. p. 1174. LAVRADO, H.P.; CARVALHO, V.; MAYR, L.M.; PARANHOS, R. Evolution (1980-1990) of amonia and dissolved oxygen in Guana- bara Bay, RJ, Brazil. American Society of Civil Engineers, New York, Proceedings of the Seventh Symposium on Coastal and Ocean Management, 1991. 4: 3234-3245. LAYBORN-PARRY, J.. Protozoan Plankton Ecology. Chapman & Hall, London: 1992. p. 231. MAYR, L. M.; TENENBAUM, D. R.; VILLAC, M.C.; PARANHOS, R.; NOGUEIRA, C.R.; BONECKER, S.L.C.; BONECKER, A.C.T. Hydro- biological characterization of Guanabara Bay. In: MAGOON, O.; NEVES, C. (eds). Coastlines of Brazil. American Society of Civil Engineers. New York: 1989. p. 124-138. ODUM, E. P. Ecologia. Rio de Janeiro: Interamericana, 1988. p. 434. POMEROY, L.R. The Ocean’s food web a changinging paradigm. Bioscience, 1974. 24(9): p. 499-504. PORTER, K.G.; SHERR, E.B.; SHERR, B.F.; PACE, M. & SANDERS, R.W. Protozoa in planktonic food webs. 1985. Journal of Protozo- ology. 32: p.409-415. SASSI, R.; LIMA, M.F.C.; ALVES, T.; GALVÃO, T.C.O. Espécies Um- brófilas de Tintinnina (protozoa – coreotrichida) encontradas em águas superfíciais e subsuperficíais do Atlântico Tropical. 2002. SHERR, E.; SHERR, B. Role of microbes in pelagic foodwebs: A revised concept. Limnology and Oceanography. 1988. v.33, n.5, p. 1225-1227. SIEBURTH, J.M.C.N.; SMETACEK, V.; LENZ, J. Pelagic ecosystem structure: Heterotrophic compartiments of the plankton and their relationship to plankton size fractions. Limnology and Oceanogra- phy. 1978. v.23, n.6, p. 1256-1263. SMETACEK, V. The annual cycle of protozooplankton in the Kiel bight. Marine Biology. v.63, p. 1-11. TAYLOR, G.T. The role of pelagic heterotrophic protozoa in nutrient cycling: a review. Ann. Inst. Océonogr. 1982. v. 58, p. 227-241. TENENBAUM, D.R.; VILLAC, M.C.; GOMES, E.A.T.; CUPELO, A.C.; SANTOS, V.S. A New “sight” on microbial plankton ecolo- gy: Coastal x Oceanic system in Brazil. Aquatic Microbial Plankton Ecology in Brazil. Series Oecologia Braziliensis. Rio de Janeiro. 2001. v. IX, p. 133-148. UTERMÖHL, H. Perfeccionamento del modo cuatitativo de fito- plancton. Associación Internacional Limnologia Teórica y Aplicada, Comitê de Métodos Limnológicos. 1958. v. 9, p. 1-89. VALENTIN, J.L.; TENENBAUM, D.R.; BONECKER, A.C.T; BONE- CKER, S.L.C.; NOGUEIRA, C.R.; VILLAC, M.C.O. sistema planctônico da Baía de Guanabara: Síntese do conhecimento. pp.35-39. In: SIL- VA, S.H.G; LAVRADO, H.P.. Ecologia dos ambientes costeiros do esta- do do Rio de Janeiro. Série Oecologia Brasiliensis. Rio de Janeiro. 1999. vol. Vll. VELÔSO; T.M.G. Composição específica,distribuição e abundân- cia dos Tintinnina (Protozoa, Ciliophora, Oligotrichida) no estuário do Rio Paraíba do Norte, Paríba, Brasil. Dissertação de mestrado. Coordenação de Pós-Graduação em Ciêncis Biológicas da Univer- sidade Federal da Paraíba. 1995. João Pessoa, Paraíba. p. 115. Agradedimentos Saúde & Ambiente em Revista, Duque de Caxias, v.1, n.1, p.14-22, jan-jun 2006 22 Os autores agradecem ao Departamento de Biologia Marinha do Instituto de Biologia da UFRJ, pela infra-estrutura utilizada. À bióloga Camila P. Gonçalves e oceanógrafa Gisele P. Guimarães pela contribuição na técnica de análise e elaboração dos mapas e gráficos.
Compartilhar