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RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS PARTE 2 Biologia do Plâncton Leandro da Silva Alves 2016 Universidade Federal Fluminense Dia 01 de fevereiro de 2016 Saída de campo A saída de campo da turma foi realizada no primeiro dia de fevereiro de 2016. Professor e turma se encontraram a partir de 09 da manhã deste dia, no Iate Clube de Jurujuba, onde tomaram a embarcação que seria utilizada para fazer as coletas dos organismos planctontes. De lá o grupo seguiu pela Baía de Guanabara até a Enseada de Itaipu, em ambos os locais foram feitas coletas do plâncton em rede de 20, 64, 150 e 500 µm afim de estimar o padrão de diversidade, abundância e riqueza dos organismos presentes nas estações. Área de Estudo Baía de Guanabara Segundo Paranhos et al (2012) a baía e a bacia de Guanabara estão localizadas entre os paralelos 22°24´e 22°57´ de latitude Sul e entre os meridianos 42°33´ e 43°19´, onde a área de drenagem continental abrange aproximadamente 1mil km², e o espelho d´água, 350km² (Figura 1). Sua profundidade varia de 50m na entrada da baía (1,8km de largura) até menos de 1m nas áreas internas, próximas as margens (Valentin et al, 1999). Seu perímetro é de 131km, se estendendo ao máximo 28km de lesta a oeste e cerca de 30km de norte a sul (Kjerfve et al, 1996), onde sofre um estreitamento entre a Fortaleza de Santa Cruz e o Forte de São João, área a qual a largura da baía se restringe a 1,6km. A Baía é um ambiente bastante complexo e que apresenta grande variabilidade ambiental, determinada por um gradiente de salinidade, pelas variações na altura da lâmina d´agua e pelo padrão de circulação regido principalmente pelas marés (Amador, 1997). Esta se encontra em uma região de clima tropical úmido, com forte influência marinha e o clima da região pode ser dividido em um período seco (de junho a agosto), e um período úmido (de dezembro a abril) (Paranhos, et al., 2012) Da mesma forma, existe uma variação sazonal na descarga de água doce que o ambiente recebe, que varia em média de 33m³s-1 no período seco e 186m³s-1 no período úmido (Kjerfve et al., 1997), característica que demonstra uma diferenciada diluição da água marinha em seu interior, ao longo do ano. A área do entorno da Baía é densamente urbanizada e povoada, devido a esses fatores grandes quantidades de matéria inorgânica e orgânica são liberadas em sua área diariamente, o que leva o ambiente a ficar cada vez mais eutrofizado e gera impactos na biota local, essas caracteristicas tem motivado estudos e pesquisas ambientais na região. Figura 1. Mapa da região da Baía de Guanabara. Disponível em: < Http://www.ilhadepaqueta.com.br/geografia> Acesso em março 2016. Enseada de Itaipu A enseada de Itaipu está inserida em um ambiente costeiro protegido por ilhas e enriquecido pela presença de um complexo lagunar (Itaipu-Piratininga) (RESEX ITAIPU), localizada na região oceânica de Niterói – RJ (22°53´14´´S, 43°22´48´´W), ela ocupa uma área de cerca de 42km² (Monteiro et al. 2008). Esta é limitada a leste pelo morro das Andorinhas e a oeste pela Ponta da Galheta e em direção ao oceano, pelo alinhamento das ilhas do Pai, da Mãe e da Menina (Figura 2). Figura 2. Localização da enseada de Itaipu (Rodrigues, et al, 2015) Este litoral é caracterizado por uma maré do tipo mista, semidiurna, que não ultrapassa 1,5 metro (Diretoria de Hidrografia e Navegação da Marinha – DHN). Ondas e correntes de deriva litorânea e de retorno representam o principal agente modelador deste litoral (referencia). A morfologia de fundo da enseada de Itaipu é composta basicamente por areias médias e é controlada pelas ondas de tempestades. Os sedimentos mais finos tendem a se acumular a leste, trecho com baixa dinâmica, onde se localiza a praia de Itaipu (Salvador & Silva, 2002). De acordo com Barbiéri (1981) o clima do setor costeiro dessa região é classificado como tropical úmido com médias de temperatura que se situam entre 23 e 21°C no verão; 18 e 26°C no inverno; 19 e 27°C no outono; e 20 e 29°C durante a primavera. Esta região da enseada de Itaipu recebe o aporte de águas do complexo lagunar Itaipu-Piratininga, além da influência de massas d´água oceânicas. Através do canal de Camboinhas, todos os dias são depositados na enseada águas provenientes da Lagoa de Itaipu, que são ricas em nutrientes, devido ao grande despejo de matéria orgânica realizado nelas. O crescimento populacional em torno desse ambiente aumenta a quantidade e matéria orgânica e inorgânica despejada ali. Nosso trabalho de campo foi realizado nessas duas estações. A embarcação primeiramente se direcionou à Enseada de Itaipu e posteriormente à Baía de Guanabara para realizarmos as coletas (Figura 3). Dentro da embarcação os estudantes se organizaram a realizar diferentes atividades propostas pelo professor, alguns alunos ficaram responsáveis pela ficha de bordo (que poderemos observar no anexo deste relatório), outros por lançar as redes e o disco de Secchi ao mar. Figura 3. Pontos de coleta nas duas estações. Trajeto Enseada de Itaipu Chegamos na Enseada de Itapu por volta de 10:00 da manhã e a partir daí demos início as atividades (Tabela 1). Esta estação foi denominada estação 1 e nela encontramos uma profundidade de 12m, com uma maré caracterizada como vazante. A temperatura da água foi medida as 10h10min e variou de 25 a 26° C. Material Atividade Disco de Secchi Lançamento de Disco de Secchi Garrafa Hidrográfica – Van Dorn Coleta com a garrafa hidrográfica Rede de plâncton – 20 µm Arrasto Rede de plâncton – 64 µm Arrasto Rede de plâncton – 150 µm Arrasto Rede de plâncton – 500 µm Arrasto Termômetro Medição de temperatura Tabela 1: Materiais e atividades realizadas na saída de campo em ambas as estações (1 e 2) A primeira atividade que realizamos foi o lançamento do disco de Secchi (Figuras 4, 5 e 6), uma das formas mais antigas e básicas utilizadas para avaliar a transparência da água. O disco de Secchi consiste num disco metálico de 20cm de diâmetro, dividido em 4 quadrantes alternados, sendo 2 pintados de preto, suspenso por um cabo graduado e com ele se lê a profundidade da água até onde o disco continua visível, ao lança-lo na água. Esta medida é obtida mergulhando-se o disco branco no lado da sombra do barco, através de uma corda marcada. De preferência, usa-se discos com quadrantes pintados de preto, que facilita a leitura ou melhora a visualização da cor branca na água. A profundidade de desaparecimento do disco de Secchi é inversamente proporcional à quantidade de compostos orgânicos e inorgânicos no caminho ótico. Além do lançamento do disco, foi analisada a temperatura na superfície da água com um termômetro e se verificou uma variação entre 25 e 26° C na mesma. Figuras 4, 5 e 6. Lançamento do Disco de Secchi. Fonte: Imagens cedidas pelo Prof. Sérgio Lourenço A profundidade de transparência encontrada com o lançamento do disco foi de 3,10m. Após serem medidas as caracteristicas físicas da água, as coletas foram iniciadas. Primeiramente utilizamos uma garrafa hidrográfica de Van Dorn (Figuras 7 e 8) para fazermos 4 lançamentos, correspondentes as amostras 9 e 10,11,12 (para as análises de Clorofila) na enseada de Itaipu, (estação 1). Essas amostras geradas com os lançamentos foram depositadas cada uma em frasco de polietileno, lavado com água do mar no momento antes do armazenamento (figuras9). Figuras 7 e 8. Garrafa de Van Dorn e seu lançamento na água. Imagens cedidas pelo Prof. Sérgio Lourenço Figura 9. Armazenamento do material coletado em frasco de polietileno, devidamente lavado com água do mar. Imagem cedida pelo Prof. Sérgio Lourenço. Posteriormente realizamos os lançamentos das redes de plâncton (figuras 10,11,12), para coletarmos amostras dos organismos presentes em cada área. Foram utilizadas redes de tamanho de poro de 20 µm, 64 µm, 150 µm e 500 µm e para cada rede foram feitas o total de 2 lançamentos, totalizando 8 amostras, (1 a 12) em cada estação (Enseada de Itaipu e Baía de Guanabara). Em cada lançamento de rede se fixava no centro da mesma um fluxômetro (figura 13), que é utilizado para calcular o volume de água filtrado no arrasto. Esses dados são importantes para se estimar o volume e a densidade dos organismos coletados na amostra, para se obter é necessário utilizar equações (figura 14) que foram descobertas pelo fabricante do objeto. Figuras 10, 11 e 12. Preparação da rede para ser lançada; lançamento da rede ao mar e arrasto da mesma, respectivamente. Imagens cedidas pelo Prof. Sérgio Lourenço Figura 13. Fixação do fluxômetro no centro da rede, antes do seu lançamento. Imagem cedida pelo Prof. Sérgio Lourenço. Figura 14. Equações utilizada para se calcular a distância (a), velocidade (b) e volume(c). Após ter o fluxômetro fixado a rede foi preparada para ser jogada ao mar, primeiro foi amarrada com a ajuda de uma corda, que foi presa posteriormente na embarcação, afim de evitar algum acidente com a mesma. (Figura 15). Tomou-se nota na ficha de bordo (Figura 16), que pode ser observada no anexo deste documento, o número contido no fluxômetro e então a rede foi lançada. Figura 15. Rede presa com auxílio de uma corda na embarcação. Momento onde a mesma estava sendo retirada da água. Imagem cedida pelo Prof. Sérgio Lourenço. Figura 16. Ficha de bordo ao ser preenchida. Imagem cedida pelo Prof. Sérgio Lourenço A partir do momento o qual a rede ficou imersa na água foi marcado o tempo o qual ela permaneceria ali. Passado esse tempo, a rede foi retirada da água (figura 15), sempre se tomando nota do número contigo no fluxômetro antes e após o lançamento. Todas as amostras coletadas em campo foram conservadas com formaldeído a 4%, exceto as coletadas com a rede de 20 µm que foram conservadas a 2%. Por fim, ao terminarmos os lançamentos na Enseada de Itaipu, seguimos para a entrada da Baía de Guanabara para realizarmos as mesmas atividades expostas na tabela 1. Na entrada da Baía de Guanabara a profundidade da estação foi de 17m e ao chegarmos foi medida a temperatura da água ás 12h esta variou entre 27,5°C e 28,5°C. A profundidade de transparência encontrada no disco de Secchi foi de 1,15m, bem menor do que a anteriormente observada na Enseada de Itaipu. Após realizarmos todos os lançamentos em ambas as estações, voltamos para o Jurujuba Iate Club e chegamos no local por volta de 13h da tarde, assim a parte de coleta do trabalho de campo foi finalizada (figura 16). Figura 16. Chegada ao Iate Clube de Jurujuba. Imagem cedida pelo Prof. Sérgio Lourenço. Em seguida nossa próxima atividade foi a realização das análises de pigmentos fotossintéticos presentes nas amostras coletadas com rede de 20 µm (amostras 10,11,12 – estação 1; amostras 22, 23, 24 - estação 2). Dia 15 de fevereiro de 2016 Análises de clorofila A clorofila é um pigmento encontrado em todos os grupos de vegetais e outros organismos autótrofos, esta é frequentemente utilizada como indicadora da biomassa fitoplanctônica em ambientes aquáticos. A determinação de sua concentração é uma ferramenta útil em estudos de produtividade primária, na interpretação de resultados de análises físicas e químicas, como indicadora do estado fisiológico do fitoplâncton e na avaliação do grau de eutrofização de um ambiente aquático. Abaixo serão descritos os procedimentos que utilizamos em laboratório para se determinar a concentração de clorofila a, b, c, carotenoides e feofitina. Manipulamos esse procedimento com o objetivo de fazermos uma comparação entre a biomassa encontrada na Enseada de Itaipu e a da Baía de Guanabara. Utilizamos para as análises o método proposto por Lorenzen (1967), Jeffrey & Humphrey (1975) e Strickland & Parsons (1968) que consistiu em um procedimento de 3 etapas: 1. Filtração – Todas as amostras foram preparadas através de filtração a vácuo (figura 17), onde as células ficaram retidas em filtros de fibra de vidro GF/F de 47mm de diâmetro e com poro de 0,75 micrômetros. Para isso se utilizou um frasco de Leandro Alves Realce Kitassato e colocou-se 1 litro de água para filtrar a amostra com o vácuo (figura 18) na amostra da estação 1; já as amostras da estação foram filtradas com 700ml de água. A pressão não pode ser muito forte, pois pode quebrar as células por ruptura. A clorofila é uma molécula de polaridade leve, de forma que a adição de uma fração de água à acetona, aumenta a eficiência da extração dos pigmentos (Lourenço, 2006). Ao final do procedimento o volume filtrado é colocado em um tubo de ensaio que são preenchidos com 6ml de acetona a 90%, para realizar as análises de imediato, ou se armazena em um envelope, junto com gel de sílica em ambiente refrigerado. Figuras 17 e 18. Filtro a vácuo e procedimento de filtração, respectivamente. Imagem cedida pelo Prof. Sérgio Lourenço. 2. Trituração – Com o objetivo de se aumentar a eficiência do processo, cada amostra foi macerada com um bastão de polipropileno, que não é afetado pela acetona, em seu respectivo tubo de ensaio. 3. Extração – Os tubos foram armazenados na geladeira a 40°C entre 20 e 24 horas, fora do alcance de luz para que a clorofila não seja degradada. Após esse tempo, em ambiente com luz baixa, utilizou-se pipetas de vidro e algodão para serem feitas a extração dos tubos (figura 19), e o líquido presente foi movido para outros tubos de ensaio, limpos. Figura 19. Extração de clorofila. Imagem cedida pelo prof. Sérgio Lourenço Após esta etapa acima, as amostras foram lidas no espectrofotômetro (figura 20), que foi calibrado com acetona a 90% (pois é o solvente que foi utilizado nas análises), em diferentes comprimentos de onda, que representam cada tipo de feopigmento, clorofila ou carotenoide, como representa a tabela 2. Comprimento de onda Pigmento 750 nm* *Análise da turbidez 665 nm Clorofila a 647 nm Clorofila b 630 nm Clorofila c 510 nm Carotenóides 480 nm Carotenóides Tabela 2. Comprimentos de onda e seus pigmentos correspondentes. Foi realizada também a análise da turbidez das amostras através da leitura do comprimento de onda 750nm. Eaton et al. (1995) recomenda este método para o monitoramento da concentração algal de dos pigmentos fotossintéticos, utilizando um espectrofotômetro a um comprimento de onda de 750nm, padronizado para corrigir a turbidez da amostra. Mittenzwey et al. (1992) aconselha o uso da faixa de luz vermelha (700-750nm), pois a radiação vermelha não penetra profundamente no líquido da amostra e a absorção de luz por outras partículas suspensas é menor nestafaixa do espectro. Figura 20. Espectrofotômetro utilizado. Imagem cedida pelo Prof. Sérgio Lourenço Ao final do experimento, foi lido novamente os comprimentos de onda de 665nm e 750nm, desta vez com adição de HCL. Com esses valores foi possível estimar a percentagem de clorofila degradável e ativa nas amostras. A clorofila em sua forma degradada (Feofitina) capta luz, porém não a transforma em energia química, dessa maneira, quando mais saudável estiver o fitoplâncton de uma área, mais alto será o valor de clorofila ativa (geralmente cerca de apenas 10% degradado). Resultados e Discussão Para os devidos valores obtidos pelo espectrofotômetro foi calculado a média e o desvio padrão (Tabela 3), onde foi possível perceber diferenças e semelhanças significativas nas duas estações. Pigmentos Enseada de Itaipu (Estação 1) Baía de Guanabara (Estação 2) Cloforila a 15,85 (± 1,06) 52,86 (± 3,27) Cloforila b 3,72 (± 0,16) 11,32 (± 0,81) Cloforila c 1,24 (± 0,12) 4,63 (± 0,22) Feopimentos 3,23 (± 0,35) 10,57 (± 1,41) Carotenóides 6,28 (± 0,37) 19,68 (± 0,67) Tabela 3. Valores de média e desvio padrão, respectivamente, da concentração de fotopigmentos, expressos em mg/L nas coletas na Enseada de Itaipu e Baía de Guanabara Como podemos observar, os valores de clorofila a na estação 1 foram cerca de três vezes menores que o da estação 2. Essas diferenças podem existir devido ao fato da biomassa de fitoplanctontes ser muito maior na estação 2, devido a esta ter maior concentração de nutrientes inorgânicos dissolvidos, em virtude do alto grau de eutrofização existente no local, uma vez que esses organismos respondem diretamente a disponibilidade de nutrientes, dessa maneira o fitoplâncton é de certa forma “beneficiado” em relação a disponibilidade de nutrientes na Baía de Guanabara. Os dados de clorofila mostram a estação da Baía de Guanabara com maior concentração e clorofila que a Enseada de Itaipu Em ambas as estações pode-se notar a presença de maior concentração de clorofila b em comparação a concentração de clorofila c. Isso pode ser explicado pelo regime de chuvas que ocorreram na região dias antes da data do nosso campo, o que levou a um aporte atípico desse material continental, o que também indica a presença de fitoplanctontes de água doce na região, que também podem ter sido carreados pelas mesmas chuvas que ocorreram antes da coleta. Os valores dos feopigmentos (clorofila degradada) estão proporcionais em relação a clorofila a em ambas as estações, além disso se encontram abaixo da faixa de porcentagem que indica condições desfavoráveis do ambiente (30%), em ambas as estações essa proporção representou cerca de 20%, o que indica um estado fisiológico sem índices de stress para a biota planctonte, logo estes organismos não estão passando por nenhuma privação nutricional. Análise de nutrientes Além da análise dos fotopigmentos, foram feitas também análise dos nutrientes presentes nas amostras. Nitrito (NO2-), Nitrato (NO3-), Amônia (NH3) e Fosfato (PO₄³⁻). As análises de nitrito e de nitrato seguiram o procedimento proposto por Strickland & Parsons (1968), seguindo as modificações sugeridas por Aminot & Chaussepied (1983). A determinação do nitrito contido nas amostras baseou-se na reação com sulfanilamida + HCl e N-naftil-etilenodiamino, e leituras espectrofotométricas em 543 nm. O nitrato foi quantificado como nitrito, mediante redução pela passagem das amostras em colunas de cádmio metálico, impulsionadas por bomba peristáltica, descontados os valores das concentrações de nitrito encontrados para cada amostra antes da passagem pela coluna redutora. As colunas foram mantidas com eficiência de redução superior a 95%. O amônio foi determinado segundo Aminot & Chaussepied (1983), após reação com fenol e hipoclorito de sódio, sendo adotado o tempo de 3 horas após o início da reação para a realização das leituras espectrofotométricas, em 640 nm. O fosfato foi determinado de acordo com Grasshoff et al. (1983), incluindo reação com molibdênio + H2SO4 e ácido ascórbico (catalisada por antimônio), e leituras espectrofotométricas executadas 5 minutos após o início da reação, em 880 nm. Resultados e Discussão Média e desvio padrão foram calculados para cada concentração de nutriente e para a salinidade. A média da Temperatura encontrada nas amostras e a transparência da água em cada estação pode ser observada na tabela 4. Dados Hidrológicos Estação 1 Estação 2 Amônia (μmol/L) 6,47 (± 082) 2,49 (± 0,27) Nitrato (μmol/L) 6,20 (± 0,50) 1,02 (± 0,13) Nitrito (μmol/L) 0,30 (± 0,08) 0, 03 (± 0,02) Fosfato (μmol/L) 0,80 (± 0,07) 0,65 (± 0,04) Razão N:P 16,24 (± 1,86) 5,47 (± 0,50) Nitrogênio total dissolvido 12, 97 (± 1,18) 3,54 (± 0,38) Salinidade 32,33 (± 0,33) 27,56 (± 0,19) Temperatura (°C) 25,5 28 Transparêcia (m) 3,10 1,15 Tabela 4. Valores de concentração de nutrientes em ambas as estações e seus dados hidrológicos. A concentração de Amônia encontrada na estação 1 foi significantemente maior do que na estação 2, assim como os resultados de Nitrato e Nitrito, diferentes dos dados observados por Valentim et al. (1999), segundo o autor as características hidrológicas obedecem a um fator temporal, regido pelo período de chuvas, pela passagem de frentes e pelo regime de maré e a um fator espacial ligado a dois gradientes: (a) gradiente horizontal entre a entrada da baía e áreas internas e (b) gradiente vertical. Como nossa coleta ocorreu um dia após um regime de chuva na região, alguma porção d´água bastante diluída pode ter adentrado a Baía de Guanabara no momento da coleta e por isso encontramos as concentrações bem pequenas de cada nutriente. Outro fator que chamou atenção foi o a concentração de nitrato (6,20 μmol/L) na estação 1 ser equivalente à de amônia (6,47 μmol/L), visto que esta é absorvida mais rapidamente em ambiente natural do que o nitrato, pois pode ser facilmente transformada em aminoácido, ela é o componente mais facilmente incorporado em matéria orgânica a ser assimilado. Era esperado que encontrássemos uma alta concentração de amônia na Baía, pelo fato deste ambiente ser saturado. O Nitrito é um intermediário metabólico entre Nitrato e Amônia, nele foram encontradas concentrações baixas em ambas as estações, destaca-se a estação 2 com uma média de 0,03 μmol/L, valor perto do indetectável, fator que corrobora para a explicação citada anteriormente, sobre as chuvas que ocorreram na região, antes da coleta, terem ajudado na diluição dos nutrientes presentes na água. Visto que nosso ponto de coleta na estação 2 é uma zona de diluição, região que é patrocinada pela variação do regime de marés. Os dados da estação da Baía de Guanabara evidenciam uma maior concentração de clorofila em comparação com a estação da Enseada de Itaipu, fato que ocorre inversamente em relação a análise de nutrientes. Uma alta concentração de clorofila é um indicador de elevada biomassa de produtores primários, o que nos faz chegar à conclusão de que a elevada concentração de biomassa na estação da Baía de Guanabara contribuiu para que encontrássemos pouca concentração de nutrientes na mesma estação, os produtores primários em alta concentração consumiram os nutrientes presentes na região. Essa elevada biomassa na estação 2 pode ser explicada também pela grande demanda de nutrientes inorgânicos e orgânicosque a região recebe por dia com a eutrofização. As concentrações de Fosfato foram baixas em ambas as amostras, visto que ambas as regiões recebem desague de efluentes que com eles carreiam altas quantidades de esgoto doméstico, que contém detergentes e sabonetes, ricos em concentração desse nutriente. Também foi calculada a razão N:P para cada estação com o objetivo de analisar se alguns dos nutrientes tem tendência a limitação neste ambiente, para esta característica foi encontrada uma proporção 20:1, o que indica que há excesso de N em relação ao P, o que faz o P ser limitante nas estações. Quanto a salinidade as concentrações são semelhantes nas estações, visto que os pontos de coleta são próximos. Novamente devido as chuvas que ocorreram antes da coleta, essas concentrações podem ter sido diminuídas. Este dado foi medido com o auxílio de um refratômetro. Temperatura nos dois pontos pode ser explicada pelo horário o qual chegamos nas estações. Na estação 1 realizamos a coleta por volta de 10h da manhã e na 2 por volta de 12h da tarde, horário com maior exposição solar, o que gerou a variação deste dado. Com relação a transparência da água, pudemos observar a estação 1 com 3,10m de transparência, o que pode ser explicado por ser tratar de um ambiente oligotrófico, em contrapartida a estação 2 apresentou valor de transparência igual e 1,15m, visto que essa região é extremamente eutrofizada e recebe grande aporte de sedimento, nutrientes e resíduos. Dias 20, 29 de fevereiro e 07 de março de 2016 Quantificação dos planctontes e Biovolume Feito as análises de clorofila e dos nutrientes presentes nas amostras a próxima etapa foi a de quantificação dos organismos planctontes em ambas as estações, com o objetivo de apontar a semelhanças e particularidades da Enseada de Itaipu e da Baía de Guanabara quanto aos táxons encontrados em cada lançamento das redes com malha de 20 μm, 64 μm, 150 μm e 500 μm. As amostras da rede de 20 μm (número das amostras) e 64 μm foram quantificadas com o auxílio do microscópio e da câmara de Sedgewick Rafter. Colocou-se 1ml da amostra, após esta ter sido homogeneizada, na câmara de contagem; já as amostras de 150 μm e 500 μm foram quantificadas com o auxílio de uma lupa da Cuba de Döfus, uma sub-amostra foi coletada e homogeneizada, sempre se tomando nota dos ml utilizados para preencher a cuba. A razão indivíduos/m³ foi obtida através de regra de três simples, baseando-se no cálculo da quantidade de indivíduos contidos em cada amostra e em seguida se dividiu o valor encontrado pelo frasco filtrado durante o arrasto da rede. Seguem abaixo para cada rede os organismos encontrados e suas respectivas densidades (Tabelas 5, 6 7 e 8). Organismos encontrados (indivíduos/m³) Estação 1 Enseada de Itaipu Estação 2 Baía de Guanabara Anabaena spp. * 75000 Asterionellopsis spp. * 0 Coscinodiscus spp. * 303571 Chaetoceros spp. 5555 Cyclotella spp. 39935 2393647 Favela spp. 235389 8714285 Navicula spp. * 10714 Pleurosigma spp. 811 13888 Prorocentrum micans 324 750000 Protoperidinium spp. 811 7142 Tabela 5. Organismos presentes nas amostras 1,2 – estação 1; 13, 14 -estação 2 respectivamente, rede de 20. * Organismos oriundos da amostra 2, que mostrou inconsistência nos dados obtidos na ficha de bordo, logo os seus resultados não serão apresentados. Organismos encontrados (indivíduos/m³) Estação 1 Enseada de Itaipu Estação 2 Baía de Guanabara Ceratium karsteni 261 153 Coscinodiscus wailessi 1436 3673 Favella spp. 373535 100182 Hackeliella spp. 212793 230418 Náuplio 41937 106 Ovos de invertebrados 12112 83709 Tintinopsis 3701 7695 Tabela 6. Organismos presentas nas amostras 3,4 – estação 1; 15,16 – estação 2, respectivamente, rede de 64. Organismos encontrados (indivíduos/m³) Estação 1 Enseada e Itaipu Estação 2 Baía de Guanabara Acartia spp. * 45,6 Evadne spp. * 19,3 Ovos (elípticos e redondos) 3,80 58,5 Penilia spp. 1,5 0 Quetognatos 0,9 0 Zoea 3,6 35,2 Tabela 7. Organismos presentes nas amostras 5, 6 – estação 1; 17,18 – estação 2, respectivamente, rede 150. * organismos oriundos da amostra 5, que mostrou inconsistência nos dados obtidos na ficha de bordo, logo os seus resultados não serão apresentados. Organismos encontrados (indivíduos/m³) Estação 1 Enseada de Itaipu Estação 2 Baía de Gauanbara Copépodes totais 0,91 1,4 Ovos (elípticos e redondos) 5,5 0,3 Quetognatos 0,09 * Zoea Total 3,47 7,5 Tabela 8. Organismos presentes nas amostras 7, 8 – estação 1; 19,20 – estação 2, respectivamente, rede 500. * Organismos oriundos da amostra 20 que mostrou inconsistência nos dados obtidos na ficha de bordo, logo os seus resultados não serão apresentados A densidade dos organismos quantificados pode ser influenciada por uma variedade de fatores bióticos e abióticos, como a concentração de nutrientes, transparência da água, aporte continental ou a salinidade. As maiores densidades encontradas foram nas redes de 20 μm seguida pela de 64 μm, enquanto que nas redes de 150 μm e 500 μm a densidade de organismos diminuiu, visto que os organismos menores estão dispostos em quantidades elevadas em relação aos maiores, como explica a pirâmide de biomassa. No geral a estação 2 apresentou densidade de organismos muito elevada em relação a estação 1, o que corrobora com os dados de clorofila a, que mostram a Baía de Guanabara com biomassa mais elevada que a Enseada de Itaipu. Uma alta concentração de clorofila indica uma biomassa de produtores primários bastante elevada, o que também pode explicar a baixa concentração de nutrientes encontrada nessa estação, que podem ter sido consumidos por essa alta concentração de fitoplâncton. Na rede de 20 μm foi identificado a presença de espécie de uma cianobactéria, Anabaena spp. O que indica uma alta concentração de água doce em ambas as estações, muitos organismos de água doce podem não ter sido retidos nessa rede, mas teriam sido retidos no filtro de clorofila. Ambas as estações recebem aporte de material continental e como nossa coleta foi realizada após um período de chuvas na região, pode-se estimar que a presença desses organismos de água doce, é devido a essas características presentes nas estações na data de coleta. Tanto as amostras da rede de 20 μm como a de 64 μm foram influenciadas pela floração dos protozoários Rackeliela spp. e Favela spp., que apresentaram densidades altíssimas em relação aos outros organismos quantificados, ambos consomem fitoplâncton, fator que pode ter corroborado para que os resultados de concentração de clorofila a serem menores na Enseada de Itaipu em relação a Baía de Guanabara. A pobreza de espécies encontradas nesta rede pode estar relacionada com a abundância desses protozoários. Na rede de 150 μm foram encontradas densidades muito baixas de zooplanctontes consumidores primários, fator que também pode ser explicado pela floração dos protozoários Rackeliela spp. e Favela spp, que apresentam espinho e lórica, respectivamente, fator que afasta seus possíveis predadores. A presença desses organismos pode ter afastado os consumidores primários do local, devido a sua alta densidade. Como por exemplo os Quetognatos que na estação 1 apresentaram baixíssima densidade e na estação 2 não foram identificados. Segundo Nogueira, et al (1998) a densidade de organismos zooplanctônicos é mais elevada na entrada e na região intermediária da baía, do que no seu interior. Osorganismos dominantes são, por ordem decrescente, Copépodes, Cladóceros, Apendicularias e Larvas de crustáceos. Todavia, na rede de 500 μm a densidade dos organismos zooplanctontes encontrados foi extremamente baixa, mesmo tendo realizado nossa coleta na entrada da Baía de Guanabara. Segundo Valentin et al, (1999) ocorre uma maior abundância de organismos do zooplancton próximo a entrada da baía durante o verão. A densidade de Copépodes totais foi extremamente baixa em ambas as estações, o que indica estes podem ter sido afastados da região devido a floração de protozoários que foi possível observar nos outros lançamentos de rede. Biovolume Afim de se analisar a biomassa independente dos dados taxonômicos fizemos a descrição do biovolume de cada amostra segundo a descrição de Omori & Ikeda (1984). O volume deslocado de plâncton pode ser avaliado recorrendo a diversas técnicas. Uma amostra de plâncton após a remoção do líquido intersticial é adicionada a um determinado volume de água num recipiente graduado. O volume de plâncton pode ser deste modo diretamente determinado. O volume de deslocação é avaliado através da diferença entre duas medições volumétricas efetuadas (previamente e após a remoção dos planctontes). O resultado de cada amostra pode ser observado na Tabela 9. Amostras Biovolumes deslocados (ml) Biovolumes (ml/m³) 1 0,3 0,19 2 0,2 3,19 3 15,0 0,57 4 7,0 0,46 5 0,5 0,57 6 0,4 0,01 7 0,5 0,00 8 2,0 0,02 13 0,3 3,51 14 0,4 5,69 15 8,0 0,49 16 4,0 0,82 17 4,7 0,03 18 3,0 0,05 19 0,4 0,01 20 5,8 0,23 Tabela 9. Biovolume deslocado de todas as amostras – 1 a 8 representam estação 1 – Enseada de Itaipu; 13 a 20 representam estação 2 – Baía de Guanabara. * Amostras que apresentaram inconsistência e não foram consideradas para a discussão. Nas amostras da estação 1 a rede que apresentou maior biovolume foi a de 64 μm, o que pode ser explicado devido a floração de protozoários que ocorreu na região; já na estação 2 o maior biovolume foi encontrado nas amostras da rede de 20 μm, resultado que era esperado. Coletas de redes de diferentes tamanhos geralmente apresentam uma tendência de um perfil piramidal, onde redes de maiores malhas correspondem aos menores biovolumes, visto que os produtores primários, que são capturados pela rede de 20 μm se apresentam em maior densidade do que os consumidores primários em ambiente natural. Anexo 1 Ficha de bordo da estação 1 – Enseada de Itaipu. Anexo 2 Ficha de bordo – Estação 2 – Baía de Guanabara. Referências Bibliográficas AMADOR, E. S. 1997. 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