Buscar

Relatório de aulas práticas Parte 2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 31 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 31 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 31 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

RELATÓRIO DE AULAS 
PRÁTICAS PARTE 2 
Biologia do Plâncton 
Leandro da Silva Alves 
2016 
Universidade Federal Fluminense 
 
Dia 01 de fevereiro de 2016 
Saída de campo 
 
 A saída de campo da turma foi realizada no primeiro dia 
de fevereiro de 2016. Professor e turma se encontraram a partir de 
09 da manhã deste dia, no Iate Clube de Jurujuba, onde tomaram a 
embarcação que seria utilizada para fazer as coletas dos organismos 
planctontes. De lá o grupo seguiu pela Baía de Guanabara até a 
Enseada de Itaipu, em ambos os locais foram feitas coletas do 
plâncton em rede de 20, 64, 150 e 500 µm afim de estimar o padrão 
de diversidade, abundância e riqueza dos organismos presentes nas 
estações. 
Área de Estudo 
 Baía de Guanabara 
Segundo Paranhos et al (2012) a baía e a bacia de Guanabara 
estão localizadas entre os paralelos 22°24´e 22°57´ de latitude Sul e 
entre os meridianos 42°33´ e 43°19´, onde a área de drenagem 
continental abrange aproximadamente 1mil km², e o espelho d´água, 
350km² (Figura 1). Sua profundidade varia de 50m na entrada da baía 
(1,8km de largura) até menos de 1m nas áreas internas, próximas as 
margens (Valentin et al, 1999). Seu perímetro é de 131km, se 
estendendo ao máximo 28km de lesta a oeste e cerca de 30km de 
norte a sul (Kjerfve et al, 1996), onde sofre um estreitamento entre a 
Fortaleza de Santa Cruz e o Forte de São João, área a qual a largura 
da baía se restringe a 1,6km. 
A Baía é um ambiente bastante complexo e que apresenta 
grande variabilidade ambiental, determinada por um gradiente de 
salinidade, pelas variações na altura da lâmina d´agua e pelo padrão 
de circulação regido principalmente pelas marés (Amador, 1997). 
Esta se encontra em uma região de clima tropical úmido, com forte 
influência marinha e o clima da região pode ser dividido em um 
período seco (de junho a agosto), e um período úmido (de dezembro 
a abril) (Paranhos, et al., 2012) Da mesma forma, existe uma 
variação sazonal na descarga de água doce que o ambiente recebe, 
que varia em média de 33m³s-1 no período seco e 186m³s-1 no 
período úmido (Kjerfve et al., 1997), característica que demonstra 
uma diferenciada diluição da água marinha em seu interior, ao longo 
do ano. 
A área do entorno da Baía é densamente urbanizada e 
povoada, devido a esses fatores grandes quantidades de matéria 
inorgânica e orgânica são liberadas em sua área diariamente, o que 
leva o ambiente a ficar cada vez mais eutrofizado e gera impactos na 
biota local, essas caracteristicas tem motivado estudos e pesquisas 
ambientais na região. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1. Mapa da região da Baía de Guanabara. Disponível em: 
< Http://www.ilhadepaqueta.com.br/geografia> Acesso em março 2016. 
 
 
 Enseada de Itaipu 
A enseada de Itaipu está inserida em um ambiente costeiro 
protegido por ilhas e enriquecido pela presença de um complexo 
lagunar (Itaipu-Piratininga) (RESEX ITAIPU), localizada na região 
oceânica de Niterói – RJ (22°53´14´´S, 43°22´48´´W), ela ocupa uma 
área de cerca de 42km² (Monteiro et al. 2008). Esta é limitada a leste 
pelo morro das Andorinhas e a oeste pela Ponta da Galheta e em 
direção ao oceano, pelo alinhamento das ilhas do Pai, da Mãe e da 
Menina (Figura 2). 
Figura 2. Localização da enseada de Itaipu (Rodrigues, et al, 2015) 
 
Este litoral é caracterizado por uma maré do tipo mista, 
semidiurna, que não ultrapassa 1,5 metro (Diretoria de Hidrografia e 
Navegação da Marinha – DHN). Ondas e correntes de deriva 
litorânea e de retorno representam o principal agente modelador 
deste litoral (referencia). A morfologia de fundo da enseada de Itaipu 
é composta basicamente por areias médias e é controlada pelas 
ondas de tempestades. Os sedimentos mais finos tendem a se 
acumular a leste, trecho com baixa dinâmica, onde se localiza a praia 
de Itaipu (Salvador & Silva, 2002). 
De acordo com Barbiéri (1981) o clima do setor costeiro dessa 
região é classificado como tropical úmido com médias de 
temperatura que se situam entre 23 e 21°C no verão; 18 e 26°C no 
inverno; 19 e 27°C no outono; e 20 e 29°C durante a primavera. Esta 
região da enseada de Itaipu recebe o aporte de águas do complexo 
lagunar Itaipu-Piratininga, além da influência de massas d´água 
oceânicas. Através do canal de Camboinhas, todos os dias são 
depositados na enseada águas provenientes da Lagoa de Itaipu, que 
são ricas em nutrientes, devido ao grande despejo de matéria 
orgânica realizado nelas. O crescimento populacional em torno desse 
ambiente aumenta a quantidade e matéria orgânica e inorgânica 
despejada ali. 
 
Nosso trabalho de campo foi realizado nessas duas estações. 
A embarcação primeiramente se direcionou à Enseada de Itaipu e 
posteriormente à Baía de Guanabara para realizarmos as coletas 
(Figura 3). Dentro da embarcação os estudantes se organizaram a 
realizar diferentes atividades propostas pelo professor, alguns alunos 
ficaram responsáveis pela ficha de bordo (que poderemos observar 
no anexo deste relatório), outros por lançar as redes e o disco de 
Secchi ao mar. 
Figura 3. Pontos de coleta nas duas estações. 
 
 
 
 
 
Trajeto Enseada de Itaipu 
Chegamos na Enseada de Itapu por volta de 10:00 da manhã e a 
partir daí demos início as atividades (Tabela 1). Esta estação foi 
denominada estação 1 e nela encontramos uma profundidade de 
12m, com uma maré caracterizada como vazante. A temperatura da 
água foi medida as 10h10min e variou de 25 a 26° C. 
Material Atividade 
Disco de Secchi Lançamento de Disco de Secchi 
Garrafa Hidrográfica – Van Dorn Coleta com a garrafa 
hidrográfica 
Rede de plâncton – 20 µm Arrasto 
Rede de plâncton – 64 µm Arrasto 
Rede de plâncton – 150 µm Arrasto 
Rede de plâncton – 500 µm Arrasto 
Termômetro Medição de temperatura 
Tabela 1: Materiais e atividades realizadas na saída de campo em ambas as estações (1 e 2) 
 
A primeira atividade que realizamos foi o lançamento do disco 
de Secchi (Figuras 4, 5 e 6), uma das formas mais antigas e básicas 
utilizadas para avaliar a transparência da água. O disco de Secchi 
consiste num disco metálico de 20cm de diâmetro, dividido em 4 
quadrantes alternados, sendo 2 pintados de preto, suspenso por um 
cabo graduado e com ele se lê a profundidade da água até onde o 
disco continua visível, ao lança-lo na água. Esta medida é obtida 
mergulhando-se o disco branco no lado da sombra do barco, através 
de uma corda marcada. De preferência, usa-se discos com 
quadrantes pintados de preto, que facilita a leitura ou melhora a 
visualização da cor branca na água. A profundidade de 
desaparecimento do disco de Secchi é inversamente proporcional à 
quantidade de compostos orgânicos e inorgânicos no caminho ótico. 
Além do lançamento do disco, foi analisada a temperatura na 
superfície da água com um termômetro e se verificou uma variação 
entre 25 e 26° C na mesma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figuras 4, 5 e 6. Lançamento do Disco de Secchi. Fonte: Imagens cedidas pelo Prof. Sérgio 
Lourenço 
 
A profundidade de transparência encontrada com o lançamento 
do disco foi de 3,10m. Após serem medidas as caracteristicas físicas 
da água, as coletas foram iniciadas. Primeiramente utilizamos uma 
garrafa hidrográfica de Van Dorn (Figuras 7 e 8) para fazermos 4 
lançamentos, correspondentes as amostras 9 e 10,11,12 (para as 
análises de Clorofila) na enseada de Itaipu, (estação 1). Essas 
amostras geradas com os lançamentos foram depositadas cada uma 
em frasco de polietileno, lavado com água do mar no momento antes 
do armazenamento (figuras9). 
 
Figuras 7 e 
8. Garrafa 
de Van Dorn 
e seu 
lançamento 
na água. 
Imagens 
cedidas pelo 
Prof. Sérgio 
Lourenço 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 9. Armazenamento do material coletado em frasco de polietileno, devidamente lavado 
com água do mar. Imagem cedida pelo Prof. Sérgio Lourenço. 
 
Posteriormente realizamos os lançamentos das redes de 
plâncton (figuras 10,11,12), para coletarmos amostras dos 
organismos presentes em cada área. Foram utilizadas redes de 
tamanho de poro de 20 µm, 64 µm, 150 µm e 500 µm e para cada 
rede foram feitas o total de 2 lançamentos, totalizando 8 amostras, (1 
a 12) em cada estação (Enseada de Itaipu e Baía de Guanabara). 
Em cada lançamento de rede se fixava no centro da mesma um 
fluxômetro (figura 13), que é utilizado para calcular o volume de água 
filtrado no arrasto. Esses dados são importantes para se estimar o 
volume e a densidade dos organismos coletados na amostra, para 
se obter é necessário utilizar equações (figura 14) que foram 
descobertas pelo fabricante do objeto. 
 
 
 
 
 
 
Figuras 10, 11 e 12. Preparação da rede para ser lançada; 
lançamento da rede ao mar e arrasto da mesma, 
respectivamente. Imagens cedidas pelo Prof. Sérgio Lourenço 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 13. Fixação do fluxômetro no centro da rede, antes do seu lançamento. Imagem 
cedida pelo Prof. Sérgio Lourenço. 
 
 
 Figura 14. Equações utilizada para se calcular a distância (a), velocidade (b) 
 e volume(c). 
 
Após ter o fluxômetro fixado a rede foi preparada para ser jogada ao 
mar, primeiro foi amarrada com a ajuda de uma corda, que foi presa 
posteriormente na embarcação, afim de evitar algum acidente com a 
mesma. (Figura 15). Tomou-se nota na ficha de bordo (Figura 16), 
que pode ser observada no anexo deste documento, o número 
contido no fluxômetro e então a rede foi lançada. 
Figura 15. Rede presa com auxílio de 
uma corda na embarcação. Momento 
onde a mesma estava sendo retirada da 
água. Imagem cedida pelo Prof. Sérgio 
Lourenço. 
 
 
 
 
Figura 16. Ficha de bordo ao ser preenchida. 
Imagem cedida pelo Prof. Sérgio Lourenço 
 
 
 
 
 
 
 A partir do momento o qual a rede ficou imersa na água foi 
marcado o tempo o qual ela permaneceria ali. Passado esse tempo, 
a rede foi retirada da água (figura 15), sempre se tomando nota do 
número contigo no fluxômetro antes e após o lançamento. Todas as 
amostras coletadas em campo foram conservadas com formaldeído 
a 4%, exceto as coletadas com a rede de 20 µm que foram 
conservadas a 2%. 
Por fim, ao terminarmos os lançamentos na Enseada de Itaipu, 
seguimos para a entrada da Baía de Guanabara para realizarmos as 
mesmas atividades expostas na tabela 1. 
 Na entrada da Baía de Guanabara a profundidade da estação 
foi de 17m e ao chegarmos foi medida a temperatura da água ás 12h 
esta variou entre 27,5°C e 28,5°C. A profundidade de transparência 
encontrada no disco de Secchi foi de 1,15m, bem menor do que a 
anteriormente observada na Enseada de Itaipu. 
 Após realizarmos todos os lançamentos em ambas as 
estações, voltamos para o Jurujuba Iate Club e chegamos no local 
por volta de 13h da tarde, assim a parte de coleta do trabalho de 
campo foi finalizada (figura 16). 
 
 
Figura 16. 
Chegada ao Iate Clube de Jurujuba. 
Imagem cedida pelo Prof. Sérgio Lourenço. 
 
 
 
 Em seguida nossa próxima atividade foi a realização das análises de 
pigmentos fotossintéticos presentes nas amostras coletadas com 
rede de 20 µm (amostras 10,11,12 – estação 1; amostras 22, 23, 24 
- estação 2). 
 
Dia 15 de fevereiro de 2016 
Análises de clorofila 
 A clorofila é um pigmento encontrado em todos os grupos de 
vegetais e outros organismos autótrofos, esta é frequentemente 
utilizada como indicadora da biomassa fitoplanctônica em ambientes 
aquáticos. A determinação de sua concentração é uma ferramenta 
útil em estudos de produtividade primária, na interpretação de 
resultados de análises físicas e químicas, como indicadora do estado 
fisiológico do fitoplâncton e na avaliação do grau de eutrofização de 
um ambiente aquático. Abaixo serão descritos os procedimentos que 
utilizamos em laboratório para se determinar a concentração de 
clorofila a, b, c, carotenoides e feofitina. Manipulamos esse 
procedimento com o objetivo de fazermos uma comparação entre a 
biomassa encontrada na Enseada de Itaipu e a da Baía de 
Guanabara. 
 Utilizamos para as análises o método proposto por Lorenzen 
(1967), Jeffrey & Humphrey (1975) e Strickland & Parsons (1968) que 
consistiu em um procedimento de 3 etapas: 
1. Filtração – Todas as amostras foram preparadas através de 
filtração a vácuo (figura 17), onde as células ficaram retidas em 
filtros de fibra de vidro GF/F de 47mm de diâmetro e com poro 
de 0,75 micrômetros. Para isso se utilizou um frasco de 
Leandro Alves
Realce
Kitassato e colocou-se 1 litro de água para filtrar a amostra com 
o vácuo (figura 18) na amostra da estação 1; já as amostras da 
estação foram filtradas com 700ml de água. A pressão não 
pode ser muito forte, pois pode quebrar as células por ruptura. 
A clorofila é uma molécula de polaridade leve, de forma que a 
adição de uma fração de água à acetona, aumenta a eficiência 
da extração dos pigmentos (Lourenço, 2006). Ao final do 
procedimento o volume filtrado é colocado em um tubo de 
ensaio que são preenchidos com 6ml de acetona a 90%, para 
realizar as análises de imediato, ou se armazena em um 
envelope, junto com gel de sílica em ambiente refrigerado. 
 
Figuras 17 e 18. 
Filtro a vácuo e 
procedimento de 
filtração, 
respectivamente. 
Imagem cedida 
pelo Prof. Sérgio 
Lourenço. 
 
 
 
 
 
2. Trituração – Com o objetivo de se aumentar a eficiência do 
processo, cada amostra foi macerada com um bastão de 
polipropileno, que não é afetado pela acetona, em seu 
respectivo tubo de ensaio. 
 
3. Extração – Os tubos foram armazenados na geladeira a 40°C 
entre 20 e 24 horas, fora do alcance de luz para que a clorofila 
não seja degradada. Após esse tempo, em ambiente com luz 
baixa, utilizou-se pipetas de vidro e algodão para serem feitas 
a extração dos tubos (figura 19), e o líquido presente foi movido 
para outros tubos de ensaio, limpos. 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 19. Extração de clorofila. Imagem cedida pelo prof. Sérgio 
Lourenço 
 
Após esta etapa acima, as amostras foram lidas no 
espectrofotômetro (figura 20), que foi calibrado com acetona a 90% 
(pois é o solvente que foi utilizado nas análises), em diferentes 
comprimentos de onda, que representam cada tipo de feopigmento, 
clorofila ou carotenoide, como representa a tabela 2. 
Comprimento de onda Pigmento 
750 nm* *Análise da turbidez 
665 nm Clorofila a 
647 nm Clorofila b 
630 nm Clorofila c 
510 nm Carotenóides 
480 nm Carotenóides 
Tabela 2. Comprimentos de onda e seus pigmentos correspondentes. 
 Foi realizada também a análise da turbidez das amostras através 
da leitura do comprimento de onda 750nm. Eaton et al. (1995) 
recomenda este método para o monitoramento da concentração 
algal de dos pigmentos fotossintéticos, utilizando um 
espectrofotômetro a um comprimento de onda de 750nm, 
padronizado para corrigir a turbidez da amostra. Mittenzwey et al. 
(1992) aconselha o uso da faixa de luz vermelha (700-750nm), 
pois a radiação vermelha não penetra profundamente no líquido 
da amostra e a absorção de luz por outras partículas suspensas 
é menor nestafaixa do espectro. 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 20. Espectrofotômetro utilizado. Imagem cedida pelo Prof. Sérgio Lourenço 
 
Ao final do experimento, foi lido novamente os comprimentos 
de onda de 665nm e 750nm, desta vez com adição de HCL. Com 
esses valores foi possível estimar a percentagem de clorofila 
degradável e ativa nas amostras. A clorofila em sua forma 
degradada (Feofitina) capta luz, porém não a transforma em energia 
química, dessa maneira, quando mais saudável estiver o fitoplâncton 
de uma área, mais alto será o valor de clorofila ativa (geralmente 
cerca de apenas 10% degradado). 
 
 
Resultados e Discussão 
 
 
Para os devidos valores obtidos pelo espectrofotômetro foi 
calculado a média e o desvio padrão (Tabela 3), onde foi possível 
perceber diferenças e semelhanças significativas nas duas 
estações. 
 
 
Pigmentos Enseada de Itaipu 
(Estação 1) 
Baía de Guanabara 
(Estação 2) 
Cloforila a 15,85 (± 1,06) 52,86 (± 3,27) 
Cloforila b 3,72 (± 0,16) 11,32 (± 0,81) 
Cloforila c 1,24 (± 0,12) 4,63 (± 0,22) 
Feopimentos 3,23 (± 0,35) 10,57 (± 1,41) 
Carotenóides 6,28 (± 0,37) 19,68 (± 0,67) 
Tabela 3. Valores de média e desvio padrão, respectivamente, da concentração de 
fotopigmentos, expressos em mg/L nas coletas na Enseada de Itaipu e Baía de Guanabara 
 
Como podemos observar, os valores de clorofila a na estação 
1 foram cerca de três vezes menores que o da estação 2. Essas 
diferenças podem existir devido ao fato da biomassa de 
fitoplanctontes ser muito maior na estação 2, devido a esta ter maior 
concentração de nutrientes inorgânicos dissolvidos, em virtude do 
alto grau de eutrofização existente no local, uma vez que esses 
organismos respondem diretamente a disponibilidade de nutrientes, 
dessa maneira o fitoplâncton é de certa forma “beneficiado” em 
relação a disponibilidade de nutrientes na Baía de Guanabara. Os 
dados de clorofila mostram a estação da Baía de Guanabara com 
maior concentração e clorofila que a Enseada de Itaipu 
Em ambas as estações pode-se notar a presença de maior 
concentração de clorofila b em comparação a concentração de 
clorofila c. Isso pode ser explicado pelo regime de chuvas que 
ocorreram na região dias antes da data do nosso campo, o que levou 
a um aporte atípico desse material continental, o que também indica 
a presença de fitoplanctontes de água doce na região, que também 
podem ter sido carreados pelas mesmas chuvas que ocorreram 
antes da coleta. 
 Os valores dos feopigmentos (clorofila degradada) estão 
proporcionais em relação a clorofila a em ambas as estações, além 
disso se encontram abaixo da faixa de porcentagem que indica 
condições desfavoráveis do ambiente (30%), em ambas as estações 
essa proporção representou cerca de 20%, o que indica um estado 
fisiológico sem índices de stress para a biota planctonte, logo estes 
organismos não estão passando por nenhuma privação nutricional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Análise de nutrientes 
 Além da análise dos fotopigmentos, foram feitas também 
análise dos nutrientes presentes nas amostras. Nitrito (NO2-), Nitrato 
(NO3-), Amônia (NH3) e Fosfato (PO₄³⁻). 
 As análises de nitrito e de nitrato seguiram o procedimento 
proposto por Strickland & Parsons (1968), seguindo as modificações 
sugeridas por Aminot & Chaussepied (1983). A determinação do 
nitrito contido nas amostras baseou-se na reação com sulfanilamida 
+ HCl e N-naftil-etilenodiamino, e leituras espectrofotométricas em 
543 nm. O nitrato foi quantificado como nitrito, mediante redução pela 
passagem das amostras em colunas de cádmio metálico, 
impulsionadas por bomba peristáltica, descontados os valores das 
concentrações de nitrito encontrados para cada amostra antes da 
passagem pela coluna redutora. As colunas foram mantidas com 
eficiência de redução superior a 95%. O amônio foi determinado 
segundo Aminot & Chaussepied (1983), após reação com fenol e 
hipoclorito de sódio, sendo adotado o tempo de 3 horas após o início 
da reação para a realização das leituras espectrofotométricas, em 
640 nm. O fosfato foi determinado de acordo com Grasshoff et al. 
(1983), incluindo reação com molibdênio + H2SO4 e ácido ascórbico 
(catalisada por antimônio), e leituras espectrofotométricas 
executadas 5 minutos após o início da reação, em 880 nm. 
 
 
Resultados e Discussão 
 Média e desvio padrão foram calculados para cada 
concentração de nutriente e para a salinidade. A média da 
Temperatura encontrada nas amostras e a transparência da água em 
cada estação pode ser observada na tabela 4. 
 
Dados Hidrológicos Estação 1 Estação 2 
Amônia (μmol/L) 6,47 (± 082) 2,49 (± 0,27) 
Nitrato (μmol/L) 6,20 (± 0,50) 1,02 (± 0,13) 
Nitrito (μmol/L) 0,30 (± 0,08) 0, 03 (± 0,02) 
Fosfato (μmol/L) 0,80 (± 0,07) 0,65 (± 0,04) 
Razão N:P 
 
16,24 (± 1,86) 5,47 (± 0,50) 
Nitrogênio total dissolvido 12, 97 (± 1,18) 3,54 (± 0,38) 
Salinidade 32,33 (± 0,33) 27,56 (± 0,19) 
Temperatura (°C) 
 
25,5 28 
Transparêcia (m) 3,10 1,15 
 Tabela 4. Valores de concentração de nutrientes em ambas as estações e seus dados 
hidrológicos. 
 
 A concentração de Amônia encontrada na estação 1 foi 
significantemente maior do que na estação 2, assim como os 
resultados de Nitrato e Nitrito, diferentes dos dados observados por 
Valentim et al. (1999), segundo o autor as características hidrológicas 
obedecem a um fator temporal, regido pelo período de chuvas, pela 
passagem de frentes e pelo regime de maré e a um fator espacial 
ligado a dois gradientes: (a) gradiente horizontal entre a entrada da 
baía e áreas internas e (b) gradiente vertical. Como nossa coleta 
ocorreu um dia após um regime de chuva na região, alguma porção 
d´água bastante diluída pode ter adentrado a Baía de Guanabara no 
momento da coleta e por isso encontramos as concentrações bem 
pequenas de cada nutriente. 
 Outro fator que chamou atenção foi o a concentração de nitrato 
(6,20 μmol/L) na estação 1 ser equivalente à de amônia (6,47 
μmol/L), visto que esta é absorvida mais rapidamente em ambiente 
natural do que o nitrato, pois pode ser facilmente transformada em 
aminoácido, ela é o componente mais facilmente incorporado em 
matéria orgânica a ser assimilado. Era esperado que 
encontrássemos uma alta concentração de amônia na Baía, pelo fato 
deste ambiente ser saturado. 
O Nitrito é um intermediário metabólico entre Nitrato e Amônia, nele 
foram encontradas concentrações baixas em ambas as estações, 
destaca-se a estação 2 com uma média de 0,03 μmol/L, valor perto 
do indetectável, fator que corrobora para a explicação citada 
anteriormente, sobre as chuvas que ocorreram na região, antes da 
coleta, terem ajudado na diluição dos nutrientes presentes na água. 
Visto que nosso ponto de coleta na estação 2 é uma zona de diluição, 
região que é patrocinada pela variação do regime de marés. 
Os dados da estação da Baía de Guanabara evidenciam uma 
maior concentração de clorofila em comparação com a estação da 
Enseada de Itaipu, fato que ocorre inversamente em relação a 
análise de nutrientes. Uma alta concentração de clorofila é um 
indicador de elevada biomassa de produtores primários, o que nos 
faz chegar à conclusão de que a elevada concentração de biomassa 
na estação da Baía de Guanabara contribuiu para que 
encontrássemos pouca concentração de nutrientes na mesma 
estação, os produtores primários em alta concentração consumiram 
os nutrientes presentes na região. Essa elevada biomassa na 
estação 2 pode ser explicada também pela grande demanda de 
nutrientes inorgânicos e orgânicosque a região recebe por dia com 
a eutrofização. 
As concentrações de Fosfato foram baixas em ambas as 
amostras, visto que ambas as regiões recebem desague de 
efluentes que com eles carreiam altas quantidades de esgoto 
doméstico, que contém detergentes e sabonetes, ricos em 
concentração desse nutriente. Também foi calculada a razão N:P 
para cada estação com o objetivo de analisar se alguns dos 
nutrientes tem tendência a limitação neste ambiente, para esta 
característica foi encontrada uma proporção 20:1, o que indica que 
há excesso de N em relação ao P, o que faz o P ser limitante nas 
estações. 
Quanto a salinidade as concentrações são semelhantes nas 
estações, visto que os pontos de coleta são próximos. Novamente 
devido as chuvas que ocorreram antes da coleta, essas 
concentrações podem ter sido diminuídas. Este dado foi medido com 
o auxílio de um refratômetro. 
Temperatura nos dois pontos pode ser explicada pelo horário o 
qual chegamos nas estações. Na estação 1 realizamos a coleta por 
volta de 10h da manhã e na 2 por volta de 12h da tarde, horário com 
maior exposição solar, o que gerou a variação deste dado. 
Com relação a transparência da água, pudemos observar a 
estação 1 com 3,10m de transparência, o que pode ser explicado 
por ser tratar de um ambiente oligotrófico, em contrapartida a 
estação 2 apresentou valor de transparência igual e 1,15m, visto que 
essa região é extremamente eutrofizada e recebe grande aporte de 
sedimento, nutrientes e resíduos. 
 
Dias 20, 29 de fevereiro e 07 de março de 2016 
Quantificação dos planctontes e Biovolume 
 
Feito as análises de clorofila e dos nutrientes presentes nas 
amostras a próxima etapa foi a de quantificação dos organismos 
planctontes em ambas as estações, com o objetivo de apontar a 
semelhanças e particularidades da Enseada de Itaipu e da Baía de 
Guanabara quanto aos táxons encontrados em cada lançamento das 
redes com malha de 20 μm, 64 μm, 150 μm e 500 μm. 
 As amostras da rede de 20 μm (número das amostras) e 64 μm 
foram quantificadas com o auxílio do microscópio e da câmara de 
Sedgewick Rafter. Colocou-se 1ml da amostra, após esta ter sido 
homogeneizada, na câmara de contagem; já as amostras de 150 μm 
e 500 μm foram quantificadas com o auxílio de uma lupa da Cuba de 
Döfus, uma sub-amostra foi coletada e homogeneizada, sempre se 
tomando nota dos ml utilizados para preencher a cuba. 
 A razão indivíduos/m³ foi obtida através de regra de três 
simples, baseando-se no cálculo da quantidade de indivíduos 
contidos em cada amostra e em seguida se dividiu o valor encontrado 
pelo frasco filtrado durante o arrasto da rede. Seguem abaixo para 
cada rede os organismos encontrados e suas respectivas 
densidades (Tabelas 5, 6 7 e 8). 
 
 
Organismos encontrados (indivíduos/m³) Estação 1 
 Enseada de Itaipu 
Estação 2 
Baía de Guanabara 
Anabaena spp. 
 
* 75000 
Asterionellopsis spp. * 0 
Coscinodiscus spp. * 303571 
Chaetoceros spp. 5555 
Cyclotella spp. 
 
39935 2393647 
Favela spp. 235389 8714285 
Navicula spp. * 10714 
Pleurosigma spp. 811 13888 
Prorocentrum micans 324 750000 
Protoperidinium spp. 811 7142 
 
Tabela 5. Organismos presentes nas amostras 1,2 – estação 1; 13, 14 -estação 2 
respectivamente, rede de 20.
 * 
Organismos oriundos da amostra 2, que mostrou inconsistência 
nos dados obtidos na ficha de bordo, logo os seus resultados não serão apresentados. 
 
Organismos encontrados (indivíduos/m³) Estação 1 
Enseada de Itaipu 
Estação 2 
Baía de Guanabara 
Ceratium karsteni 261 153 
Coscinodiscus wailessi 1436 3673 
Favella spp. 373535 100182 
Hackeliella spp. 212793 230418 
Náuplio 41937 106 
Ovos de invertebrados 12112 83709 
Tintinopsis 3701 7695 
 
Tabela 6. Organismos presentas nas amostras 3,4 – estação 1; 15,16 – estação 2, 
respectivamente, rede de 64. 
 
Organismos encontrados (indivíduos/m³) Estação 1 
Enseada e Itaipu 
Estação 2 
Baía de Guanabara 
Acartia spp. * 45,6 
Evadne spp. * 19,3 
Ovos (elípticos e redondos) 3,80 58,5 
Penilia spp. 1,5 0 
Quetognatos 0,9 0 
Zoea 3,6 35,2 
 
Tabela 7. Organismos presentes nas amostras 5, 6 – estação 1; 17,18 – estação 2, 
respectivamente, rede 150. * organismos oriundos da amostra 5, que mostrou inconsistência nos 
dados obtidos na ficha de bordo, logo os seus resultados não serão apresentados. 
 
 
Organismos encontrados (indivíduos/m³) Estação 1 
Enseada de Itaipu 
Estação 2 
Baía de Gauanbara 
Copépodes totais 0,91 1,4 
Ovos (elípticos e redondos) 5,5 0,3 
Quetognatos 0,09 * 
Zoea Total 3,47 7,5 
 
Tabela 8. Organismos presentes nas amostras 7, 8 – estação 1; 19,20 – estação 2, 
respectivamente, rede 500. * Organismos oriundos da amostra 20 que mostrou inconsistência 
nos dados obtidos na ficha de bordo, logo os seus resultados não serão apresentados 
 
 A densidade dos organismos quantificados pode ser 
influenciada por uma variedade de fatores bióticos e abióticos, como 
a concentração de nutrientes, transparência da água, aporte 
continental ou a salinidade. 
 As maiores densidades encontradas foram nas redes de 20 μm 
seguida pela de 64 μm, enquanto que nas redes de 150 μm e 500 
μm a densidade de organismos diminuiu, visto que os organismos 
menores estão dispostos em quantidades elevadas em relação aos 
maiores, como explica a pirâmide de biomassa. No geral a estação 2 
apresentou densidade de organismos muito elevada em relação a 
estação 1, o que corrobora com os dados de clorofila a, que mostram 
a Baía de Guanabara com biomassa mais elevada que a Enseada de 
Itaipu. Uma alta concentração de clorofila indica uma biomassa de 
produtores primários bastante elevada, o que também pode explicar 
a baixa concentração de nutrientes encontrada nessa estação, que 
podem ter sido consumidos por essa alta concentração de 
fitoplâncton. 
 
 Na rede de 20 μm foi identificado a presença de espécie de 
uma cianobactéria, Anabaena spp. O que indica uma alta 
concentração de água doce em ambas as estações, muitos 
organismos de água doce podem não ter sido retidos nessa rede, 
mas teriam sido retidos no filtro de clorofila. Ambas as estações 
recebem aporte de material continental e como nossa coleta foi 
realizada após um período de chuvas na região, pode-se estimar que 
a presença desses organismos de água doce, é devido a essas 
características presentes nas estações na data de coleta. 
 Tanto as amostras da rede de 20 μm como a de 64 μm foram 
influenciadas pela floração dos protozoários Rackeliela spp. e Favela 
spp., que apresentaram densidades altíssimas em relação aos outros 
organismos quantificados, ambos consomem fitoplâncton, fator que 
pode ter corroborado para que os resultados de concentração de 
clorofila a serem menores na Enseada de Itaipu em relação a Baía 
de Guanabara. A pobreza de espécies encontradas nesta rede pode 
estar relacionada com a abundância desses protozoários. 
 Na rede de 150 μm foram encontradas densidades muito 
baixas de zooplanctontes consumidores primários, fator que também 
pode ser explicado pela floração dos protozoários Rackeliela spp. e 
Favela spp, que apresentam espinho e lórica, respectivamente, fator 
que afasta seus possíveis predadores. A presença desses 
organismos pode ter afastado os consumidores primários do local, 
devido a sua alta densidade. Como por exemplo os Quetognatos que 
na estação 1 apresentaram baixíssima densidade e na estação 2 não 
foram identificados. 
 Segundo Nogueira, et al (1998) a densidade de organismos 
zooplanctônicos é mais elevada na entrada e na região intermediária 
da baía, do que no seu interior. Osorganismos dominantes são, por 
ordem decrescente, Copépodes, Cladóceros, Apendicularias e 
Larvas de crustáceos. Todavia, na rede de 500 μm a densidade dos 
organismos zooplanctontes encontrados foi extremamente baixa, 
mesmo tendo realizado nossa coleta na entrada da Baía de 
Guanabara. Segundo Valentin et al, (1999) ocorre uma maior 
abundância de organismos do zooplancton próximo a entrada da 
baía durante o verão. A densidade de Copépodes totais foi 
extremamente baixa em ambas as estações, o que indica estes 
podem ter sido afastados da região devido a floração de protozoários 
que foi possível observar nos outros lançamentos de rede. 
Biovolume 
 Afim de se analisar a biomassa independente dos dados 
taxonômicos fizemos a descrição do biovolume de cada amostra 
segundo a descrição de Omori & Ikeda (1984). O volume deslocado 
de plâncton pode ser avaliado recorrendo a diversas técnicas. Uma 
amostra de plâncton após a remoção do líquido intersticial é 
adicionada a um determinado volume de água num recipiente 
graduado. O volume de plâncton pode ser deste modo diretamente 
determinado. O volume de deslocação é avaliado através da 
diferença entre duas medições volumétricas efetuadas (previamente 
e após a remoção dos planctontes). O resultado de cada amostra 
pode ser observado na Tabela 9. 
 
Amostras Biovolumes 
deslocados (ml) 
Biovolumes (ml/m³) 
1 0,3 0,19 
2 0,2 3,19 
3 15,0 0,57 
4 7,0 0,46 
5 0,5 0,57 
6 0,4 0,01 
7 0,5 0,00 
8 2,0 0,02 
13 0,3 3,51 
14 0,4 5,69 
15 8,0 0,49 
16 4,0 0,82 
17 4,7 0,03 
18 3,0 0,05 
19 0,4 0,01 
20 5,8 0,23 
Tabela 9. Biovolume deslocado de todas as amostras – 1 a 8 representam estação 1 – Enseada 
de Itaipu; 13 a 20 representam estação 2 – Baía de Guanabara. * Amostras que apresentaram 
inconsistência e não foram consideradas para a discussão. 
 Nas amostras da estação 1 a rede que apresentou maior 
biovolume foi a de 64 μm, o que pode ser explicado devido a floração 
de protozoários que ocorreu na região; já na estação 2 o maior 
biovolume foi encontrado nas amostras da rede de 20 μm, resultado 
que era esperado. Coletas de redes de diferentes tamanhos 
geralmente apresentam uma tendência de um perfil piramidal, onde 
redes de maiores malhas correspondem aos menores biovolumes, 
visto que os produtores primários, que são capturados pela rede de 
20 μm se apresentam em maior densidade do que os consumidores 
primários em ambiente natural. 
 
 
 
Anexo 1 
 
 
 Ficha de bordo da estação 1 – Enseada de Itaipu. 
 
 
 
 
Anexo 2 
 
 Ficha de bordo – Estação 2 – Baía de Guanabara. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências Bibliográficas 
 
 
AMADOR, E. S. 1997. Baía de Guanabara e ecossistemas periféricos 
– Homem e Natureza. Rio de Janeiro, Retroarte Gráfica e Editora. 
539 p. 
 
Aminot, A. & Chaussepied, M. 1983. Manuel des analyses chimiques 
en milieu marin. CNEXO, Brest, 395 pp. 
 
Bonecker, S.L.C.; Dias, C.O.; Fernandes, L.D. & Araujo, A.V. 2012. 
Avaliação da comunidade mesozooplanctônica. In: Baía de 
Guanabara – Síntese do Conhecimento Ambiental. Biodiversidade. 
Volume II. (Meniconi, M.F.G.; Silva, T.A.; Fonseca, M.L.; Lima, 
S.O.F.; Lima, E.F.A.; Lavrado, H.P. & Figueiredo Jr., A.G., orgs.). 
Petrobras, Rio de Janeiro, 99-145 p. 
 
Figueiredo Jr., A.G. & Fernandez, G.B. 2012. Caracterização 
geológica e química. In: Baía de Guanabara – Síntese do 
Conhecimento Ambiental. Ambiente e Influência Antrópica. Volume I. 
(Meniconi, M.F.G.; Silva, T.A.; Fonseca, M.L.; Lima, S.O.F.; Lima, 
E.F.A.; Lavrado, H.P. & Figueiredo Jr., A.G., orgs.). Petrobras, Rio de 
Janeiro, 21-40 p. 
 
FILIPPO, A. M. 1997. Passagem de Frentes Frias na Baía de 
Guanabara, RJ – Brasil:Impacto do nível do mar. Dissertação de 
mestrado, Departamento de Geoquímica Ambiental, Universidade 
Federal Fluminense, UFF. Niterói, RJ. 79 p. 
 
Filippo, A.M. & Figueiredo Jr., A.G. 2012. Caracterização 
hidrodinâmica. In: Baía de Guanabara – Síntese do Conhecimento 
Ambiental. Ambiente e Influência Antrópica. Volume I. (Meniconi, 
M.F.G.; Silva, T.A.; Fonseca, M.L.; Lima, S.O.F.; Lima, E.F.A.; 
Lavrado, H.P. & Figueiredo Jr., A.G., orgs.). Petrobras, Rio de 
Janeiro, 43-57 p. 
 
Gomes, E.A.T. & Areas, M.O. 2012. Caracterização do 
protozooplâncton. In: Baía de Guanabara – Síntese do 
Conhecimento Ambiental. Biodiversidade. Volume II. (Meniconi, 
M.F.G.; Silva, T.A.; Fonseca, M.L.; Lima, S.O.F.; Lima, E.F.A.; 
Lavrado, H.P. & Figueiredo Jr., A.G., orgs.). Petrobras, Rio de 
Janeiro, 67-97 p. 
Grasshoff, K.; Ehrhardt, M & Kremling, K. 1983. Methods of Seawater 
Analysis. 2nd revised and extended ed. Verlag Chemie, Weinheim, 
419 p. 
 
Guimarães, G, P., 2005. Estimativa dos fluxos de amônia e óxido 
nitroso na interface ar-mar da Baía de Guanabara, RJ. 
 
Kuchler, P.C.; Ferreira, A.P.S.; da Silva, J.A. & da Silva, A.T., 2005. 
A análise da diminuição do espelho d’água das Lagoas de Itaipu e 
Piratininga com o subsídio do Sensoriamento Remoto. XII Simpósio 
Brasileiro de Sensoriamento Remoto, Goiânia, Brasil, 16-21: 3651-
3653. 
 
Kurtz, F.W. 2012. Caracterização do ictioplâncton. In: Baía de 
Guanabara – Síntese do Conhecimento Ambiental. Biodiversidade. 
Volume II. (Meniconi, M.F.G.; Silva, T.A.; Fonseca, M.L.; Lima, 
S.O.F.; Lima, E.F.A.; Lavrado, H.P. & Figueiredo Jr., A.G., orgs.). 
Petrobras, Rio de Janeiro, 147-166 p. 
 
LOURENÇO, S.O. 2006. Cultivo de microalgas marinhas: princípios 
e aplicações. São Carlos: RiMa, 606 p. 
 
Meniconi, M.F.G.; Silva, T.A.; Fonseca, M.L.; Lima, S.O.F.; Lima, 
E.F.A.; Lavrado, H.P. & Figueiredo Jr., A.G. 2012. A baía de 
Guanabara. In: Baía de Guanabara – Síntese do Conhecimento 
Ambiental. Ambiente e Influência Antrópica. Volume I. (Meniconi, 
M.F.G.; Silva, T.A.; Fonseca, M.L.; Lima, S.O.F.; Lima, E.F.A.; 
Lavrado, H.P. & Figueiredo Jr., A.G., orgs.). Petrobras, Rio de 
Janeiro, 11-19 p. 
 
Monteiro-Neto, C.; Tubino, R. A.; Moraes, L. E. S.; Mendonça, P.; 
Esteves, G. V.; Fortes, W. L. 2008. Associações de peixes na região 
costeira de Itaipu, Niterói, RJ. Porto Alegre. Ser Zool. Vol 98. no.1. 
 
Omori, M. & Ikeda, T. 1984. Methods in Marine Zooplankton Ecology. 
Krieger Publishing Company, Malabar (FL), 332 p. 
 
Paranhos, R. & Andrade, L. 2012. Caracterização físico-química da 
coluna d’água e a qualidade da água. In: Baía de Guanabara – 
Síntese do Conhecimento Ambiental. Ambiente e Influência 
Antrópica. Volume I. (Meniconi, M.F.G.; Silva, T.A.; Fonseca, M.L.; 
Lima, S.O.F.; Lima, E.F.A.; Lavrado, H.P. & Figueiredo Jr., A.G., 
orgs.). Petrobras, Rio de Janeiro, 59-79 p. 
Rodrigues, M. E. 2015. Vulnerabilidade e variações de curto prazo na 
praia de Itaipu (Niterói – RJ) em resposta as mudanças nas 
condições do mar. Tamoios, São Gonçalo, RJ, 69-79p. 
 
SOUZA, W.F.L.; KNOPPERS, B. 2003. Fluxos de água e sedimentos 
à Costa Leste do Brasil: relações entre a tipologia e as pressões 
antrópicas. Geochimica Brasiliensis, 17 (1), p.57-74, 2003. 
 
Strickland, J.D.H. & Parsons, T.R. 1968. A practical handbook of 
seawater analysis. Bull. Fish. Res. Bd Can., 167:1-311. 
 
Tenenbaum, D.R. & Villac, M.C. 2012. Histórico e biodiversidade do 
fitoplâncton. In: Baía de Guanabara – Síntese do Conhecimento 
Ambiental. Biodiversidade. Volume II. (Meniconi, M.F.G.; Silva, T.A.; 
Fonseca, M.L.; Lima, S.O.F.; Lima, E.F.A.; Lavrado, H.P. & 
Figueiredo Jr., A.G., orgs.). Petrobras, Rio de Janeiro, 23-65 p. 
 
VILLAC, M. C. 1990. O fitoplâncton como um instrumento de 
diagnose e monitoramento ambiental: Um estudo de caso da Baía de 
Guanabara. Tese de Mestrado. Universidade Federal do Rio de 
Janeiro.193 p. 
 
VILLAC, M.C. & TENENBAUM, D.R. 2010. The phytoplankton of 
Guanabara Bay, Brazil. I. Historical account of its biodiversity. Biota 
Neotrop., vol. 10, no. 2.

Continue navegando