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Slides ELEMENTOS ACIDENTAIS DO NEGOCIO

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ELEMENTOS ACIDENTAIS DO NEGÓCIO
A classificação tradicional dos neg. juridicos vem do dir. Romano, esses são constituídos de :
Elementos essenciais e estruturais: são os indispensáveis à existência e validade do ato
Elementos naturais – São as consequencias ou efeitos que decorrem da própria natureza do neg. jurídico, sem a necessidade de expressa menção ( art 441, 477,327 CC) por tratar-se de normas supletivas podem ser afastadas)
Elementos acidentais – constituem estipulações acessórias, que as partes podem facultativamente adicionar ao negócio para modificar suas consequências naturais
São cláusulas que opostas ao neg. jurídico por declaração unilateral ou pela vontade das partes, acarretam modificação em sua eficácia ou em sua abrangência – ENCONTRAM-SE NO PLANO DA EFICÁCIA DO NEGÓCIO JURÍDICO.
 CONDIÇÃO
Acontecimento futuro e incerto de que depende a eficácia do neg. jurídico – É a cláusula que deriva exclusivamente da vontade do declarante – ART 121CC ( afastando as condições impostas pela lei) por não se tratarem de condições propriamente ditas. Ex:
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Ex: o testador que subordina a execução do legado à sobrevivência do legatário; ou o alienante que só efetivará a venda se o adquirente lavrar a escritura pública.
REQUISITOS
VOLUNTARIEDADE – deriva exclusivamente da vontade das partes ( não pode ser imposta)
FUTURIDADE – o evento deve ser não acontecido, o fato passado ou presente ainda que ignorado não é considerado condição. Ex: darei 100,00 de o meu bilhete que correu ontem, foi sorteado – de duas uma ou o bilhete não foi premiado e a declaração é ineficaz ou se foi premiado a obrigação é pura e simples.
INCERTEZA – o evento deve ser incerto, podendo se verificar ou não. A incerteza não deve existir somente na mente da pessoa na realidade
NEGÓCIOS JURÍDICOS QUE NÃO ADMITEM CONDIÇÃO
Existem atos que em razão de sua natureza, não admitem condições que sujeitem a sua eficácia, são chamados de ATOS PUROS. São eles:
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a) os negócios que por sua função inadmitem incerteza. Ex: aceitação e renúncia de herança ( art 1898), impugnação de inventariante, compensação, fixação de domicílio, os títulos de crédito.
b) os atos jurídicos em sentido estrito. Ex: Reconhecimento de filho, o exercício do poder familiar, aceitação da tutela e da curatela.
c) os referente ao direito de família e sucessões, Ex: deveres do casamento
 CLASSIFICAÇÃO DAS CONDIÇÕES
Quanto ao modo de atuação:
Suspensiva: Art 125 impede que o ato produza efeitos até a realização do evento futuro e incerto; Ex. Te darei um carro se passar no vestibular, não se adquire o direito enquanto não implementar a condição imposta.
Resolutiva: é a que extingue, resolve o direito transferido pelo negócio, ocorrido o evento futuro e incerto. Ex: constituirei uma renda em seu benefício enquanto estudar. Acabado os estudos resolve-se a obrigação. Depois de recebido o bem doado, casa-se com pessoa que o doador proibira. DEVE SER JUDICIAL A RESOLUÇÃO
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Quanto à licitude – Art 122, e a contrário senso depreendemos as iilícitas. Ex: Condição que obrigue alguém a mudar de religião, a prestar favores sexuais ( pois afetam à liberdade das pessoas de maneira absoluta) Ex; proíbe a pessoa de casar, MAS se a proibição for de não casar com determinada pessoa não são ilícitas.
Quanto à possibilidade - Art 123 e 124 podem ser possíveis e impossíveis, física ou judicialmente
Fisicamente impossíveis – as que não podem ser cumpridas por nenhum ser humano. Ex; Te darei R$ 500,00 de encostares o dedo no céu. ( ESSAS SÃO TIDAS POR INEXISTENTES QUANDO RESOLUTIVAS art 124)
Juridicamente impossíveis: é a que fere proibição expressa no ordenamento jurídico ou fere a moral e os bons costumes. Ex: adotar pessoa da mesma idade ( art 1619CC) ou realizar negócio cujo objeto é herança de pessoa viva ( 426CC)
Quanto à parte final do 124, se são impossíveis, não há mesmo como realizá-las, portanto não atingem o negócio jurídico 
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Obs – quando as condições impossíveis forem suspensivas, ( art 123), subordinando a eficácia do negócio a elas, são consideravas inválidas.
Quanto à fonte de onde promanam:
Causais: são as que dependem do acaso, do fortuito, do fato alheio à vontade das partes, podendo ser inclusive de um terceiro. Ex: Te darei certo bem, se chover amanhã, se Fulano passar na porta da minha casa.
Potestativas : são as que decorrem da vontade ou do poder de uma das partes, que pode provocar ou impedir sua ocorrência 
Puramente potestativas: são consideradas ilícitas ( art 122CC), pois sujeitam a eficácia do negócio ao puro arbítrio de uma das partes. Ex: Se eu quiser, se eu cortar o cabelo, se eu levantar o braço ( mero capricho)
Simplesmente potestativas; são admitidas por depedenrem não só da vontade de uma das partes, mas também de algum acontecimento ou circunstância exterior que escapa ao seu controle. Ex: ser for a Paris, te dar-te-ei um carro; cláusula de retrovenda art 509 CC
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Mistas: são as condições que dependem simultaneamente da vontade de uma das partes e da vontade de um terceiro. Ex: te darei um apto. se casares com o zé, se constituir sociedade com a Maria.
 Art 122 e 123, III - As condições que provam de todo o efeito o negócio jurídico são as perplexas ou contraditórias, que não fazem sentido e deixam o interprete confuso sem compreender o propósito da estipulação, resultando na invalidade do próprio negócio.
Art 128 – condição resolutiva superveniente, ou seja em contrato já firmado, tem efeito de alcançar os atos já praticados e resolver este negócio, SALVO se tratar-se prestações periódicas, onde essa condição não alcança os atos já praticados ( ou seja não tem como reaver os valores pagos).
Art 126 – Ex. se foi feita doação sob condição suspensiva, houver posterior oferecimento deste bem em penhor a terceiro, realizada a condição suspensiva extingue-se o penhor.
PENDÊNCIA, IMPLEMENTO E FRUSTRAÇÃO DA CONDIÇÃO
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Art 125 – Pendente condição suspensiva, não se terá adquirido o direito a que visa o negócio jurídico.
Na condição resolutiva, o direito é adquirido desde logo, mas pode extingui-se, para todos os efeitos, se ocorrer o implemento da condição. ( quem adquire domínio resolúvel está assumindo um risco, não podendo alegar prejuízo se advier a resolução.)
 Art 130 permite ao titular do direito eventual, o exercício de atos destinados a conservá-los ( ações possessórias ) 
Art 129 – prestigia a boa-fé das partes na consecução do negócio.
 TERMO
É o dia ou momento em que começa ou se extingue a eficácia do negócio juridico.
TERMO CONVENCIONAL: é a cláusula contratual que subordina a eficácia do negócio a evento Futuro e Certo.
O negócio cujo termo inicial é diferido, SUSPENDE o exercício do direito, mas não sua aquisição, por ser um evento futuro mas dotado de Certeza ( existe somente um estado de pendência) – ARt 131 cc. Neste caso o titular do direito a termo pode, com maior razão, exrcer sobre ele atos conservatórios 
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Termo Inicial – data de início
Termo final – Data de extinção ou cumprimento do negócio jurídico
Art 135 cc – Ex: o termo inicial impossível ( 31 de fevereiro) demonstra inexistência da vontade real de se obrigar gerando nulidade do negócio – No caso de termo final impossível deve ser considerado este, como inexistente por demonstra que as partes não querem que o negócio se resolva.
 PRAZO
Prazo é o intervalo entre o termo “a quo” ( inicial) e o termo “ ad quem” ( final), ou entre a manifestação da vontade e o advendo do termo final.
Contagem de prazo – Art 132 cc Os dias como unidade de tempo, contam-se por inteiro, da meia-noite à meia-noite seguinte.
Art 133 – Prazo fixado em benefício do devedor é a regra 
Ex: quando as partes contratam a entrega de uma safra, adquirida pelo credor, estipulando que será entregue daqui a 03 meses, data em que o armazém do credor estará pronto.
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OBS: a consequência da fixação do prazo ser em benefício do devedor, é a de que se este quiser renunciar ao prazo que lhe foi concedido e antecipar o pagamento( para se livrar de uma taxa de juros alta) o credor não poderá impedi-lo. 
Art. 134 cc – A regra da execução imediata, deve ser vista com bom senso, pois há situações em que este cumprimento se torna impossível se exigido de maneira imediata. Ex: devolução de bem que encontra-se em outro local, desocupação de imóvel onde reside a família ( comodato)
 ENCARGO
Encargo ou modo é uma determinação imposta pelo autor de negócio gratuito ( liberalidade), à outra parte, de modo que ser cumprimento seja obrigatório.
Ex: doações feitas ao município de terreno para construção de hospital, escolas etc. Para instituições beneficentes para construção creches e asilos, ou ainda para reverter a renda aos idosos.
O Encargo é obrigatório, podendo ser exigido mediante ação cominatória
Art 136 cc – Os direitos transmitidos com cláusula de cumprimento de encargo, são imediatamente adquiridos e exercidos 
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Cumprimento do Encargo Art. 553CC
O encargo pode ser instituído em benefício:
Do doador
De terceiro 
Do interesse geral
Obs: O instituidor poderá revogar a liberalidade se o encargo não for cumprido, o terceiro interessado e o MP, somente poderão intentar ação cominatória, obrigando o cumprimento do encargo, mas não revogá-lo.
 Art 136 – O encargo difere da Condição suspensiva pois esta impede a aquisição do direito ( partícula “se”), enquanto o encargo não impede nem suspende a aquisição do direito (“para que”). E ainda ninguém é obrigado a cumprir uma condição, o encargo é coercitivo. – MAS se for expressa a vontade de instituí-lo como condição suspensiva, será conferido este efeito.
Art 137 – A princípio de o encargo é ilícito ou impossível, tem-e como não escrito – MAS se for a causa determinante do negócio ( ou seja sem aquela finalidade não existe negócio), o neg. será declarado nulo. Ex; doação para casa de prostituição ou de jogo ( atividade ilícita, sendo esta a finalidade específica da doação, será nulo o negócio.

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