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Fundac¸a˜o Centro de Cieˆncias e Educac¸a˜o Superior a Distaˆncia do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educac¸a˜o Superior a Distaˆncia do Estado do Rio de Janeiro Geometria Anal´ıtica I Exerc´ıcios Programados 6 Versa˜o Tutor Prezados Tutores, Os alunos podera˜o ter maiores dificuldades para fazer a ana´lise da posic¸a˜o relativa de c´ırculos, iso- ladamente, e tambe´m para a determinac¸a˜o da distaˆncia entre c´ırculos. Sugiro, enta˜o, que esta parte seja trabalhada com bastante cuidado, destacando as ac¸o˜es que podem ser efetuadas para a resoluc¸a˜o de tais problemas, como descritas a seguir. Para a ana´lise da posic¸a˜o relativa de c´ırculos e tambe´m para a determinac¸a˜o da distaˆncia entre c´ırculos, pode-se efetuar as seguintes ac¸o˜es: • determinar distaˆncia entre centros; • comparar a distaˆncia entre os centros e o raio de cada c´ırculo, a fim de identificar se o centro de um dos c´ırculos esta´ contido no interior ou exterior do outro (ou mesmo se pertence ao outro c´ırculo). Por exemplo, dados dois c´ırculos Γ1 e Γ2, o centro P2 do c´ırculo Γ2 – esta´ no interior do c´ırculo Γ1, de raio r1 e centro P1, se d(P1, P2) < r1; – esta´ no exterior de Γ1, se d(P1, P2) > r1 e – pertence ao c´ırculo Γ1, se d(P1, P2) = r1 De modo ana´logo, determina-se a posic¸a˜o do centro P1 de Γ1 em relac¸a˜o a` Γ2. • comparar o raio de um dos c´ırculos e a soma do raio do outro com a distaˆncia entre os centros, a fim de identificar se o interior de um c´ırculo esta´ contido no interior do outro. Por exemplo, o interior Ω2 de Γ2 esta´ contido no interior Ω1 de Γ1, se d(P1, P2) + r2 ≤ r1. • comparar a soma dos dois raios e a distaˆncia entre os centros, para verificar se os c´ırculos se intersectam. Por exemplo: – se d(P1, P2) > r1 + r2, enta˜o os c´ırculos Γ1 e Γ2 na˜o se intersectam; – se d(P1, P2) = r1 + r2, enta˜o os c´ırculos sa˜o tangentes, tendo um u´nico ponto de intersec¸a˜o; – se d(P1, P2) < r1 + r2, enta˜o temos as seguintes possibilidades: ∗ se cada centro esta´ no exterior do outro c´ırculo, ou seja se d(P1, P2) > r1 e d(P1, P2) > r2, enta˜o os c´ırculos se intersectam em dois pontos, ∗ se um dos centros pertence ao outro c´ırculo, enta˜o os c´ırculos tambe´m se intersectam em dois pontos, 1 ∗ um dos centros pode estar no interior do outro c´ırculo, por exemplo se P2 pertence ao interior de Γ1 dado que d(P1, P2) < r1, enta˜o · se d(P1, P2) + r2 = r1, enta˜o os c´ırculos sa˜o tangentes, tendo um u´nico ponto de intersec¸a˜o, e · se d(P1, P2) + r2 < r1, enta˜o os c´ırculos na˜o se intersectam. Estimulem os alunos a esboc¸ar diagramas que ilustrem os casos descritos acima. Atenciosamente, Marcelo Correˆa Coordenador de Geometria Anal´ıtica I Exerc´ıcio 1: Determine a distaˆncia do ponto P = (−5, 4) ao c´ırculo Γ : (x+ 1)2 + (y − 2)2 = 4. Resoluc¸a˜o: Primeiramente, observe que (−5 + 1)2 + (4− 2)2 = (−4)2 + 22 = 20 > 4. Portanto, P e´ um ponto no exterior do c´ırculo Γ. Olhando para a figura 68 da Aula 6, vemos que a fo´rmula (26) dessa Aula se reescreve como: d(P,Γ) = ‖−−→PQ‖ = | d(P0, P )− d(P0, Q) | = ‖−−→P0P‖ − ‖−−→P0Q‖ = ‖−−→P0P‖ − r , onde r = 2 e´ o raio de Γ e P0 = (−1, 2) e´ o centro do c´ırculo. Temos: −−→ P0P = P − PO = (−5− (−1), 4− 2) = (−4, 2) =⇒ ‖−−→P0P‖ = √ (−4)2 + 22 = √20 = 2√5. Logo, d(P,Γ) = 2 √ 5− 2. Exerc´ıcio 2 (Exerc´ıcio 6 da Aula 6): Determine a posic¸a˜o relativa dos c´ırculos Γ1 e Γ2, sendo item a) Γ1 : (x− 1)2 + (y − 3)2 = 4 e Γ2 : (x− 1)2 + (y − 7)2 = 4 item b) Γ1 : (x− 1)2 + (y + 3)2 = 4 e Γ2 : (x− 1)2 + (y − 7)2 = 4 Resoluc¸a˜o: a) O ponto P1 = (1, 3) e´ o centro e r1 = 2 e´ o raio do c´ırculo Γ1. O ponto P2 = (1, 7) e´ o centro e r2 = 2 e´ o raio do c´ırculo Γ2. • A distaˆncia entre os centros e´ d(P1, P2) = √ (1− 1)2 + (7− 3)2 =√0 + (4)2 = 4; • Como d(P1, P2) > r2, enta˜o P1 esta´ no exterior de Γ2; • Como d(P1, P2) > r1, enta˜o P2 esta´ no exterior de Γ1; • Como d(P1, P2) = 4 = 2 + 2 = r1 + r2, enta˜o os c´ırculos Γ1 e Γ2 sa˜o tangentes, tendo um u´nico ponto de intersec¸a˜o; • Como d(P1, P2) + r2 = 4 + 2 = 6 > 2 = r1, enta˜o o interior Ω2 de Γ2 na˜o esta´ contido no interior Ω1 de Γ1; 2 • De modo ana´logo, como d(P1, P2) + r1 = 4 + 2 = 6 > 2 = r2, enta˜o o interior Ω1 de Γ1 tambe´m na˜o esta´ contido no interior Ω2 de Γ2; Como os c´ırculos se interceptam, naturalmente a distaˆncia entre eles e´ nula e, de fato, d(Γ1,Γ2) = d(P1, P2)− r1 − r2 = 4− 2− 2 = 0. 1 3 7 - 6 µ´¶³ µ´¶³ b) O ponto P1 = (1,−3) e´ o centro e r1 = 2 e´ o raio do c´ırculo Γ1. O ponto P2 = (1, 7) e´ o centro e r2 = 2 e´ o raio do c´ırculo Γ2. • A distaˆncia entre os centros e´ d(P1, P2) = √ (1− 1)2 + (7− (−3))2 =√0 + (10)2 = 10; • Novamente, como d(P1, P2) > r2 , enta˜o P1 esta´ no exterior de Γ2, e como d(P1, P2) > r1, enta˜o P2 esta´ no exterior de Γ1; • Como d(P1, P2) = 10 > 2 + 2 = r1 + r2, enta˜o os c´ırculos Γ1 e Γ2 na˜o se interceptam. • Como d(P1, P2) > r1 e d(P1, P2) > r2, enta˜o os interiores de Γ1 e Γ2 na˜o tem pontos em comum, ou seja, Ω1 ∩ Ω2 = ∅; Observe que d(Γ1,Γ2) = d(P1, P2)− r1 − r2 = 10− 2− 2 = 6. 1 −3 7 - 6 µ´¶³ µ´¶³ Exerc´ıcio 3 (Exerc´ıcio 4a da Aula 6): Calcule a distaˆncia entre os c´ırculos Γ1 e Γ2, sendo Γ1 : (x− 5)2 + (y − 1)2 = 36 e Γ2 : (x− 3)2 + (y + 2)2 = 1 . Resoluc¸a˜o: O ponto P1 = (5, 1) e´ o centro e r1 = 6 e´ o raio do c´ırculo Γ1. O ponto P2 = (3,−2) e´ o centro e r2 = 1 e´ o raio do c´ırculo Γ2. • A distaˆncia entre os centros e´ d(P1, P2) = √ (3− 5)2 + (−2− 1)2 =√(−2)2 + (−3)2 = √4 + 9 = √13; • Como d(P1, P2) = √ 13 > 1 = r2, enta˜o P1 esta´ no exterior de Γ2; 3 • Como d(P1, P2) = √ 13 < 6 = r1, enta˜o P2 esta´ no interior de Γ1; • Como d(P1, P2) + r2 = √ 13 + 1 < 6 = r1, pois 3 < √ 13 < 4. Enta˜o, o interior de Γ2 esta´ contido no interior de Γ1, ou seja, Ω2 ⊂ Ω1. Ale´m disso, os c´ırculos na˜o se interceptam, visto que d(P1, P2) + r2 = √ 13 + 1 6= 6 = r2. Logo, d(Γ1,Γ2) = r1 − d(P1, P2)− r2 = 6− √ 13− 1 = 5−√13. 3 5−2 1 - 6 &% '$ f Exerc´ıcio 4: Dados os c´ırculos Γ1 : (x+ 2)2 + (y − 1)2 = 16 e Γ2 : x2 + y2 = 1 e a reta s : x+ y = 6, determine: a) a distaˆncia de s a Γ1, b) a posic¸a˜o relativa dos c´ırculos Γ1 e Γ2 e a distaˆncia entre eles. Resoluc¸a˜o: a) A equac¸a˜o cartesiana de s e´ x+ y − 6 = 0. O centro do c´ırculo Γ1 e´ o ponto P = (−2, 1) e o seu raio e´ r = 4. Observe que, A reta s e o c´ırculo Γ1 na˜o se interceptam (s ∩ Γ1 = ∅), pois a distaˆncia do centro de Γ1 a s e´ maior que o seu raio: d(P, s) = |(−2) + 1− 6|√ 12 + 12 = | − 7|√ 2 = 7 √ 2 2 > 4 = r1 . Logo, d(s,Γ) = d(P, s)− r = |(−2) + 1− 6|√ 12 + 12 − 4 = | − 7|√ 2 − 4 = 7 √ 2 2 − 4 b) Observe que: • O centro do c´ırculo Γ2 e´ a origem do plano cartesiano O = (0, 0) e o seu raio r2 e´ 1. • O centro de Γ2 (a origem) esta´ no interior de Γ1, visto que a distaˆncia entre os dois centros e´ menor que o raio de Γ1 (d(O,P ) = √ (−2− 0)2 + (1− 0)2 = √5 < 4); • O centro P de Γ1 esta´ no exterior de Γ2, pois a distaˆncia entre os dois centros e´ maior que o raio de Γ2 (d(O,P ) = √ 5 > 1). • A distaˆncia entre os dois centros somado com o raio de Γ2 e´ menor que o raio de Γ1 (d(O,P ) + r2 = √ 5 + 1 < 4 = r1, pois 2 < √ 5 < 3). Logo, Γ2 esta´ no interior de Γ1 e esses c´ırculos na˜o se interceptam. - 6 f½¼ ff» −2 1 Portanto, d(Γ1,Γ2) = r1 − r2 − d(O,P ) = 4− 1− √ 5 = 3−√5. 4
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