Delineamento da Pesquisa

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GIL, A. C. Métodos e Técnicas
De Pesquisa Social. 5ª ed.
São Paulo: Atlas, 1999.
Resumo do Capítulo VII: Delineamento da Pesquisa
A primeira etapa da pesquisa, como visto anteriormente, é aquela em que o marco teórico é estabelecido. O passo seguinte é determinar o delineamento da pesquisa para que esta base teórica possa ser comparada com dados da realidade, conferindo à pesquisa um caráter mais prático de verificação.
Existem diversas possibilidades de testar hipóteses, que é a base para a soloção de problemas e, por essa razão, diversas formas de classificar o delineamento da pesquisa. A principal delas se baseia no processo de coleta de dados utilizado. De acordo com esse elemento, podem ser estabelecidos dois grupos. O primeiro grupo utiliza as chamadas “fontes de papel” como forma de coleta de dados. Dentro desse método, podemos classificar a pesquisa em bibliográfica ou em documental. A primeira é base para a maioria dos estudos e se vale de material elaborado, como livros e artigos científicos e permite um maior domínio dos elementos estudados, pois consegue reunir dados dispersos. Porém, o pesquisador deve estar atento às condições de obtenção desses dados para não comprometer a qualidade de sua pesquisa, porque dados reunidos ou processados de maneira errada e utilizados como fontes farão com que esses erros sejam repassados e ampliados, por isso, deve-se utilizar várias fontes e analisar cada informação recebida. Já a pesquisa documental serve-se de documentos que podem ser reelaborados de acordo com as necessidades da pesquisa, quer sejam documentos de primeira mão – sem tratamento analítico - , como cartas, reportagens, etc., ou de segunda mão – já analisados de alguma forma - , como relatórios, tabelas estatísticas, etc..
O segundo grupo de classificação do delineamento é aquele em que indivíduos fornecem os dados necessários à pesquisa. Através desse tipo de classificação, podemos caracterizar vários métodos de pesquisa, sendo a principal delas a experimental, na qual o objeto de estudo é definido, as variáveis de influência são escolhidas e determina-se como o efeito dessas variáveis sobre o objeto será controlado e observado. Essa forma de pesquisa pode ter até três subclassificações: a pesquisa genuinamente experimental, onde indivíduos são distribuídos aleatoriamente por dois grupos, o experimental, que sofrerá a ação da variável, e o de controle; há ainda a pesquisa pré-experimental, no qual um único grupo é estudado após um tratamento supostamente causador de alguma mudança, o que o torna vulnerável pelo fato de não existir controle antes do experimento e nem algum tipo de comparação; e por último existe a pesquisa quase experimental, onde a comparação é feita com grupo ou grupos utilizando a análise das reações antes e após a implantação do agente modificador. Ainda dentro desse grupo de delinemento, pode-se identificar 4 tipos de pesquisa:
Ex-Post-Facto – neste tipo de pesquisa, o pesquisador não tem controle direto sobre as variáveis por elas serem fatores não manipuláveis, como sexo, classe social, etc.;
Levantamento – é a pesquisa em que há um questionamento direto dos indivíduos acerca do que se deseja saber. Geralmente é feita utilizando apenas um amostra estatisticamente escolhida da população a ser estudada, considerando a margem de erro que pode ocorrer;
Estudo de Campo – pesquisa em que são utilizadas técnicas de observação de um grupo ou comunidade, enfocando a interação de seus integrantes;
Estudo de Caso – geralmente utilizado quando se quer conhecer mais amplamente determinado objeto de estudo em uma situação em que não é possível usar levantamentos ou experimentos, porém, a principal desvantagem da sua aplicação está no fato de que esses tipos de estudo exigem, na maior parte das vezes, muito tempo para sua realização.
 Por:
Alexandra de Alencar Granja