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Avaliação Econômica de Projetos na Indústria do Petróleo

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28/04/2016
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Avaliação de Projetos
na Indústria do Petróleo
Albino Lopes d’Almeida
albinolopes@id.uff.br
Análise de Viabilidade Econômica
• EVTE: viabilidade técnico - econômica
• Fluxo de caixa esperado para o projeto: dispêndios e 
receitas 
• Valor do dinheiro no tempo (FCD)
• Custos: fixos e variáveis; investimentos e operacionais
• Vida útil pode não ser igual à vida econômica 
• Depreciação, em geral linear: benefício tributário
• Planejamento tributário, considerar externalidades
• Receitas: produção ou economia; risco de mercado
• Acompanhamento físico – financeiro
• Alternativas de financiamento só posteriormente 
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Projetos de E&P
• Valores elevados, alta volatilidade, riscos de estouro de prazo e 
orçamento 
• Desenvolvimento da produção (inicial, complementar, 
revitalização) ou infra-estrutura (dutos, portos, estações)
• Considerar magnitude e complexidade: alternativas, 
necessidade de tecnologia; também aspectos ambientais, 
estratégicos e responsabilidade social 
• Variáveis de influência: volume de produção, volume da 
reserva, preço do barril de petróleo, taxa de câmbio, CAPEX, 
OPEX, cronograma de desenvolvimento 
• Equipes multidisciplinares
• Licenças ambientais (IBAMA, órgãos estaduais)
• Tributação pesada: incluir participações governamentais
• Moeda estável
VPL
• Valores de entrada determinísticos: valor esperado ou médio 
• VPL mede o impacto incremental do projeto para a empresa 
(retorno absoluto) 
• VPL > 0, projeto viável
• Fluxo descontado por TMA, que depende de: expectativa de 
crescimento, relação capital próprio e de terceiros, custo de 
captação de recursos e incentivos fiscais
∑
=
=
+
+−=
n
k
1j
k
j
1
j
0
)i1(
FC
IVPL
pi
( )∑= ++−=
n
1j
j
j
0
r1
FC
IVPL
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Estudo de Caso – VPL
ANO TAXA 5,0% 7,5% 10,0% 12,5% 15,0% 17,5%
0 -1000 -1000,00 -1000,00 -1000,00 -1000,00 -1000,00 -1000,00
1 500 476,19 465,12 454,55 444,44 434,78 425,53
2 400 362,81 346,13 330,58 316,05 302,46 289,72
3 300 259,15 241,49 225,39 210,70 197,25 184,93
4 100 82,27 74,88 68,30 62,43 57,18 52,46
180,42 127,62 78,82 33,62 -8,33 -47,35
-100
-50
0
50
100
150
200
5,
0%
7,
5%
10
,
0%
12
,
5%
15
,
0%
17
,
5%
TIR
• TIR: comparação com a TMA, mede rentabilidade
• TIR > TMA, viável
• Resultados compatíveis com VPL para fluxos convencionais 
• Em projetos não convencionais (ocorrem mudanças de sinal no 
FC) pode haver geração de várias TIR
• Pode não existir TIR
• Quando VPL e TIR apresentam resultados diferentes opta-se 
pelo VPL pois ele pressupõe recursos à TMA, enquanto a TIR 
considera reaplicação de recursos à TIR, o que nem sempre é 
possível
• Índice de Lucratividade: VPL / Investimento Inicial
• Tempo de retorno (pay back): tempo para que fluxo de caixa 
recupere investimento inicial
• Os índices financeiros devem ser analisados em conjunto
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Risco
• Valores com comportamento não determinístico: imprecisão
• Risco medido pelo desvio-padrão ou variância
• Considerar distribuição de probabilidade (uniforme, triangular, normal)
• Análise de Sensibilidade 
• Análise de Cenários 
• Árvore de Decisão
• Simulação
• Taxas de Vedação
• Projetos com investimentos elevados, baixo VPL e alto grau de incerteza 
demandam análise de risco complementar
( ) k
m
k
k R.pRE
1
∑
=
= ( )2
1
)E(RRp −= ∑
=
k
m
k
kσ
Árvore de Decisão
Perfurar Não Perfurar
EVENTOS PROB
VPL VE VPL VE
Poço Seco 0,7 -500.000 -350.000 0 0
2 X 106 bbl 0,2 +1.000.000 +200.000 0 0
5 X 106 bbl 0,1 +2.500.000 +250.000 0 0
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Passo 1: Traçado do Diagrama
Poço Seco
Produtor (2 X 106 bbl)
Produtor (5 X 106 bbl)
Passo 2: Determinação dos Pontos de Decisão
Pontos de Decisão 
• Perfurar (P) 
• Não Perfurar (P)
Pontos de Resultado Aleatório
• Poço Seco, 
• Produtor 2 X 106 bbl
•Produtor 5 X 106 bbl
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Passo 3: Associar probabilidades a todos os ramos que 
se irradiam dos pontos de resultado aleatório e associar 
valores aos pontos terminais da árvore
Poço Seco ( - R$500.000)
Produtor 2 X 106 bbl (+R$1.000.000)
Produtor 5 X 106 bbl (+R$2.500.000)
0,7
0,2
0,1
Passo 4: Resolver a Árvore de Decisão
Poço Seco ( - R$500.000)
Produtor 2 X 106 bbl (+R$1.000.000)
Produtor 5 X 106 bbl (+R$2.500.000)
0,7
0,2
0,1
+R$100.000
R$ 0
VME=(0,7)(-500.000)+(0,2)(+1.000.000)+(0,1)(+2.500.000)=100.000
Uma Árvore de Decisão se resolve de trás para a 
frente. Principia-se calculando os valores 
esperados mediante a utilização dos pontos 
terminais que estejam situados após os últimos 
pontos de resultado aleatório e assim regride-se 
até o ponto inicial da Árvore
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Economicidade de Pescaria
CTD = custo abandonar CDP = custo pescar
- custo peixe
- custo desvio
- custo reperfuração
TEP = CTD / CDP (tradicional)
TEP = P. CTD / CDP
T E P
TEPn Pn . CTDn
CDP
 P(t).dt
 P(t).dt
 n
 n TEPn
 n
= =
∫
∫
⋅
+
∞
CTDn
CDP
PIi
 P(t).dt
 P(t).dt
n+i
n
= = −
∞
∞
=
∫
∫
∑1 PSj
j i
i
PSi
 P(t).dt
 P(t).dt
n+(i-1)
n
=
+
∞
∫
∫
n i
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Árvore de Decisão
m.CDP
CDm
CDm-1CDm-2
(m-1)CDP
PCIm-1
PCSm-1
PCIm
PCSmCm
MCm
3.CDP
MC4MC3MC2
2.CDP1.CDP
C1
CD2CD1CD0
PCS1
PCI1
PCS2
PCI2
PCS3
PCI3
(m-2)CDP
PCIm-2
PCSm-2 Cm-1Cm-2
MCm-1
CDm-3
C3C2
ABANDONAR PESCAR
0 700 205
1 800 456
2 900 697
3 1000 890
4 1100 1049
5 1200 1185
6 1300 1301
7 1400 1413
8 1500 1523
9 1600 1631
10 1700 1737
11 1800 1842
12 1900 1946
13 2000 2050
14 2100 2154
15 2200 2256
0
500
1000
1500
2000
2500
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
CU
ST
O
 
( M
IL
 
US
$ )
DIAS
PESCARIA
ABANDONAR
PESCAR
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Risco
• Relação risco – retorno
• Valoração de investimentos: livre ou dependente de 
preferência
• Dependente de preferência: aversão, neutralidade ou 
propensão ao risco
• Mercado perfeito:
- Ativos disponíveis em quantidade e divisíveis
- Não há custos de transação para investir ou desinvestir
- Informações confiáveis, sem custo e compartilhados pelo mercado
- Mercado suficientemente grande para que investidor individual não influencie 
preços
• Risco de mercado, sistemático, conjuntural, não diversificável: 
condições macroeconômicas, sócio-políticas, tecnológicas
• Risco da firma, próprio, privado, não sistemático, diversificável: 
situação da firma ou do segmento de atuação
Diversificação do Risco
• Markowitz, Teoria do Portfólio, Princípio da Diversificação 
• Risco não sistemático pode ser reduzido pela constituição de uma carteira de ativos 
correlacionados negativamente. A partir de 20 ativos a redução é desprezível
desvio-padrão da taxa de retorno
va
lo
r 
e
sp
e
ra
do
 
da
 
ta
xa
 
de
 
re
to
rn
o
p = -1
p = -0,8
p = 0
p = 0,8
p = 1
100 % do investimento em B
100 % do investimento em A
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Número de ativos
de
sv
io
-
pa
dr
ão
p = 0,8
p = 0,1
p = 0
p = -0,1
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Retorno Ajustado ao Risco
• Sharpe: linearização e simplificação do modelo anterior
• CAPM: Capital Asset Pricing Model
• Mercado remunera risco sistemático, não diversificável
• O risco de um ativo é medido por um coeficiente βj que indica o 
risco sistemático nele existente
• O risco de um ativo j: Rj = Rf + βj . (Rm- Rf) 
• O retorno do ativo j: µ = r + βj . (rm – r) 
βj = 0 Ativo indiferente ao risco do mercado
0 < βj < 1 Ativo defensivo, com risco inferior ao do mercado
βj = 1 Ativo médio, com risco de mercado
βj > 1 Ativo agressivo, com risco superior ao do mercado
Custo Médio de Capital da Empresa - WACC
• A determinação da TMA do projeto depende da estrutura 
financeira da empresa. É freqüentemente determinada pelo 
Custo Médio Ponderado de Capital (WACC – Weighted Avarage
Cost of Capital) da empresa
• WACC pondera os capitais de passivo (D) e ativo (E) da 
companhia e indica o retorno (W) por ela exigido para manter 
o valor de suas ações 
• Para a companhia o WACC é um referencial para a taxa de 
desconto ajustado ao risco ( não diversificável) do projeto 
• W = Kd . (D / K). (1 – T) + Ke. (E / K) 
onde : E + D = K, Kd < Ke
Kd = custo ponderado dos financiadores
Ke = remuneração dos acionistas, obtida a partir do CAPM
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Opções
• Origem área financeira
• Precificação de opções de ações
• Call – opção de compra – visão otimista
• Put – opção de venda – visão pessimista
Teoria das Opções Reais
• Direito, não obrigação
• Européia ou 
americana
• Simples ou composta
• Irreversibilidade
• Flexibilidade gerencial
• Valor da espera
• Tempo de expiração (τ)
• Incerteza (σ)
• Custo de espera (δ)
• Valor de gatilho superior 
ao break even point
(VPL)
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12
 
0 40 80 120 160 200 240 280 320 360 400
Po
0
400
800
1200
1600
2000
2400
2800
Fo
V - Io
Vantagens da TOR
• Considera a incerteza dos eventos futuros 
• Estimula o investimento em etapas
• Incorpora a flexibilidade gerencial
• Admite a influência do tempo no valor do 
projeto
• Mensura valor estratégico
• Obtém informações para depois investir
• Avalia projetos de forma uniforme
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Sondagem
• Operadoras especializadas ou unidades 
independentes de companhias de petróleo
• Taxa diária = f (preço do petróleo)
• Elevada variabilidade no tempo
• Mar : mercado mais globalizado e volátil
• Ativos e contingente de pessoal elevados
• Sondas mais novas ocupam espaço das mais antigas 
(obsoletas e mais caras), que são sucateadas e 
desativadas
• Taxa de utilização: sondas ativas / sondas disponíveis
• Sonda : opção americana com pagamento de 
dividendos (taxa diária)
1
m 0
PR
PH
PLPM
PL
I II III IV V
0 PL PM PR PH P
Pontos de Gatilho
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Variáveis
• Taxa diária de afretamento (P)
• Custo de aquisição de sonda (I)
• Custo de abandono (E)
• Custo imediato de reativação (R)
• Custo imediato de suspensão (EM)
• Custo de abandono estando suspenso (ES)
• Custo operacional (C)
• Custo de manutenção (M)
• Volatilidade (σ)
• Taxa de desconto livre de risco ( r )
• Custo de oportunidade do capital (δ)
Considerações
• Modelagem : Movimento Geométrico Browniano
• Otimização : Ativos Contingentes
• M < C, R < I, E = EM + ES, E + I > 0
• P embute taxa indisponibilidade
• EM e R inversamente correlacionados a M
• Vida útil ≥ 20 anos (τ = ∝)
• Custos descontados por r
• Receitas descontadas por µ (α + δ)
• Ignorada obsolescência tecnológica da sonda
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-A1 . PHβ1 + (B2 . PHβ2) + (PH / δ) - (C / r) - I = 0
-β1 . A1 . PHβ1 -1 + (β2 . B2 . PHβ2 - 1) + (1 / δ) = 0
(D1 - A1) . PLβ1 + (D2 . PLβ2) - M / r + E = 0
β1 . (D1 - A1) . PLβ1 - 1 + (β2 . D2 . PLβ2 - 1) = 0
-D1 . PRβ1 + (B3 . PRβ2) + (PR / δ) - (C - M) / r - R = 0
-β1 . D1 . PRβ1 -1 + (β2 . B3 . PRβ2 - 1) + (1 / δ) = 0
-D1 . PMβ1 + (B3 . PMβ2) + (PM / δ) - (C - M) / r + EM = 0
-β1 . D1 . PMβ1 - 1 + (β2 . B3 . PMβ2 - 1) + (1 / δ) = 0
Equações Diferenciais Parciais
• Métodos numéricos ou analíticos
• Solução Numérica
- Aproximações Sucessivas (iterações)
- Risco de não convergência ou raízes sem 
sentido físico ou econômico
- Restrição de amplitude através do uso de 
gráficos
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PL(2 . β1) . PHβ1 . r - β2 . PH(β2 – 1) . PL(2 . β1) . I . r . δ + PL(β1 + β2) .
β1 . PH(β1 – 1) . I . r . δ + PL(β1 + β2) . β1 . PH(β1 – 1) . δ . C - PL(β1 +
β2) 
. β1 . PHβ1 . r – PLβ1 . PH(β1 + β2 – 1) . β1 . M . δ + PLβ1 . PH(β1 +
β2 – 1)
 . β1 . E . r . δ + PH(β1 + β2 – 1) . β1 . PL(2 . β1) . r . D1 . δ -
PL(β1 + β2) . β1 . PH(β1 + β2 – 1) . r . δ . B3 - PLβ1 . PH(β1 + β2 – 1) . β2 .
E . r . δ - β2 . PH(β2 – 1) . PL(2 . β1) . δ . C + PLβ1 . PH(β1 + β2 – 1) . β2 .
M . δ + r . PL(2 . β1) . PHβ2 - PH(β1 + β2 – 1) . β2 . PL(2 . β1) . r . D1 . δ
+ β2 . PHβ2 . PL(2 . β1) . r + PL(β1 + β2) . β2 . PH(β1 + β2 – 1) . δ . B3. R
= 0.
Plataforma auto-elevável (PA) – Jack-up
- Limitação de lâmina d’água
- Sem movimentos após ser instalada
- Adequada para fundos moles
- Possibilidade de lavagem e escorregamento
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Caso Base
• I = 90
• E = -30
• EM=1.2
• R = 0.8
• C = 8.3
• M = 1.0
• σ = 25
• r = 7
• δ = 4
• PL = 15510
• PM = 15590
• PR = 25120
• PH = 63070
0
20
40
60
80
100
120
0 25 50 75 100 125 150 175 200
I (Milhão US$)
P 
(10
00
 
U
S$
/d
ia
) PH
PR
PM
PL
Sensibilidade – Custo Aquisição Sonda
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18
0
20
40
60
80
100
120
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
C (Milhão US$/ano)
P 
(10
00
 
US
$/d
ia
) PH
PR
PM
PL
Sensibilidade – Custo Operacional Sonda
Sensibilidade – Custo Operacional Sonda
0
20
40
60
80
100
0 5 10 15 20 25 30 35 40
VOLAT (% aa)
P 
(10
00
 
U
S$
/d
ia
) PH
PR
PM
PL
Sensibilidade –Volatilidade
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Fontes de Recursos
• Caixa próprio, aporte de capital
• Emissão de ações : aumento / 
pulverização de capital (Initial Public
Offering)
• Parcerias / joint ventures
• Financiamento corporativo
• Project Finance
Fusões e Incorporações
Anos 80
• Chevron + Gulf
• Texaco + Pacific
• Mobil + Superior
• BP + Sohio + Britoil
Anos 90
• Total + Petrofina
• BP + Amoco
• Exxon + Mobil
• Norsk Hydro + Saga
• BP/Amoco + Atlantic
• Repsol + YPF
• Total + Elf
• Devon + PennzEnergy
2000
• Chevron + Texaco
• Devon + Santa Fé
2001
• Phillips + Tosco
• El Paso + Coastal
• Conoco + Gulf Canada
• Devon + Mitchell + Anderson 
Canada
• Duke + WestCoast
• Conoco + Phillips
2002
• Shell + Enterprise
• Petrobras + Perez Conpanc
2003
• Devon + Ocean
• BP + TNK
2004
• Rosneft + Yukos
2005
• Chevron Texaco + Unocal
• Valero + Premcor
• CNPC + Petrokazakhistan
• Conoco Phillips + Burlington
2006
• Anadarko + Kerr McGee + Western
• Occidental + Vintage
• Gazprom + Sibneft
• Statoil + Norsk Hydro
2007 - 2011
• Suncor + PetroCanada
• Sinopec + Addax
• Sonangol + Starfish
• Chevron + Atlas
• Sinopec + Repsol Brasil
• Maersk + SK Brasil
• HRT + UNX Energy
• BP + Devon Brasil
• BHP Billiton + Petrohawk
• Statoil + Brigham
• Sinopec + Daylight Energy
• CNOOC + Nexen
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Fusões e Incorporações
2013 - 2015:
• Exxon + Celtic
• Rosneft + BP/TNK
• Pacific Rubiales + Petrominerales
• Energy XXI + EPL
• CNPC + Petrobras Peru
• Repsol + Talisman
• RD Shell + BG
Parapetroleiras:
• Schlumberger + Smith
• GE + Vetco Gray + Hydril + 
Dresser + Wellstream
• Baker Hughes + BJ
• Technip + Global Industries
• Siemens + Dresser-Rand
• Halliburton + Baker-Hughes
Operadoras de Sonda: 
• Transocean + Global Santa Fé
• San Antonio + Sotep
• Noble + Frontier Drilling
• Pride + Ensco
• Transocean + Aker
• Lupatech + San Antonio/Sotep
Distribuição de Óleo e Gás:
• BR Distribuidora + Liquigas
• Ultra + Texaco Brasil
• Cosan + Esso Brasil
• Alesat + Polipetro + Repsol Brasil
• Cosan + Shell = Raizen
• Petrobras + Gás Brasiliano
• Cosan + Comgas (BG)
Biocombustíveis:• Cosan + Shell = Raizen
• ETH (Odebrecht) + Brenco
• Louis Dreyfus + Santelisa Vale
• Bunge +Moema
• Petrobras + Guarani (Tereos)
• BP + CNAA
• Copersucar + Eco-Energy
Petroquímica:
• Petrobras / Brasken / Ultra + Ipiranga
• Petrobras + Suzano = Quattor
• Brasken + Quattor
• Brasken + Sunoco
Project Finance
• Financiamento de projeto específico garantido pelo seu 
fluxo de caixa futuro (criação da SPC)
• Garantias do investidor : receitas futuras (recebíveis) e 
propriedade dos ativos
• Segregação de riscos entre projeto e patrocinador (evitar 
contaminação)
• Relação “ganha – ganha” (risco – retorno)
• Identificação, mitigação e alocação de riscos
• Estruturação complexa e demorada
• Projetos intensivos em capital e de longo prazo
• Custos, em geral, mais elevados
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SPC (Special Purpose Company))
• Personalidade jurídica independente (objetivo social específico), 
em geral SA
• Unidade econômica autônoma (segrega riscos e financiamento)
• Vida útil limitada 
• Patrocinador pode ou não ter participação acionária na SPC
• Não aumenta endividamento corporativo (off balance sheet) 
• Eleva capacidade de crédito (alavancagem)
• Melhora classificação de risco (spreads mais baixos)
• Acesso a recursos não disponíveis corporativamente 
• Viabiliza projetos grandes demais para o investidor
• Dispensa uso de garantias reais ou pessoais (non recourse ou 
limited recourse): hipoteca, penhor, fiança, aval...
Participantes
• Patrocinador (Sponsor)
• Acionistas (Equity Investors)
• Financiadores (Lenders)
• Construtores (EPC Contractors) 
• Gerente da construção 
• Operador
• Agente estruturador (Arranger)
• Agencias de rating
• Seguradoras
• Fornecedores / Compradores
• Agente fiduciário (trustee)
• Intercreditor Agent
• Consultores técnicos, financeiros, jurídicos, contábeis, 
tributários, ambientais; auditores
• Governo
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Estruturação do Project Finance
• Projeto deve ter viabilidade técnica e econômica
• Atender expectativa risco – retorno dos envolvidos
• Previsibilidade do fluxo de caixa futuro (volatilidade)
• Modelo específico, artesanal
• Equipe multidisciplinar
• Necessidade de divulgação de informações (disclosure)
• Relação equity / debt (alavancagem)
• Estruturador pode dar “garantia firme”
• Escolha do construtor e/ou operador (preço e prazo)
• Receita gerada (tarifa) deve ser suficiente para cobrir 
custos operacionais, remunerar investidores e pagar 
despesas tributárias
Classificação de Rating
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Fontes de Financiamento
• Bancos comerciais (sindicalização)
• Agencias multilaterais de crédito (Banco Mundial, BID)
• Agencias de fomento nacionais (BNDES)
• ECA (Export Credit Agencies)
• Fundos de pensão
• Fundos de investimento
• Trading companies
• Seguradoras
• Mercado de capitais (debêntures, notas promissórias, 
bonds)
Empréstimo ponte
Países que não participam da OECD
FINNVERA
Finlândia
EKN
Suécia
GIEK
Noruega
ECGD
Reino 
Unido
NEXI, NEXI, 
JBIC
Japão
K-SURE, K-SURE, 
K-EXIM
Coréia
CHINA EXIM, 
SINOSURE e 
CDB
China
EDC
Canadá
US EXIM
Estados 
Unidos
EKF
Dinamarca
I-EXIMBANK
Índia
EXIMBANKA
Eslováquia
NIB
Nordic 
Bank
EXIM 
Malaysia
Malásia
EXIM 
Thailand
TailândiaBNDES 
EXIM,
Brasil
ASHRA
Israel
COFACE
França
CESCE
Espanha
OeKB
Áustria
SERV
Suíça
ATRADIUS
Holanda
ONDD
Bélgica
HERMES
Alemanha
SACE
ItáliaCOSECPortugal
MEHIB
H. EXIM
Hungria
ECAs no Mundo
28/04/2016
24
SPC Agências 
Multilaterais
Debt
Equity
Patrocinador
Aluguel
Consórcio
Diversos 
contratos
Bancos 
Comerciais
Acionistas
Bancos de 
Fomento 
(JBIC/BNDES)
Debt
Project Finance: Estrutura Típica
Mercado de 
Capitais
Riscos
• Construção / Tecnologia/ Engenharia (prazo, custo, especificação; 
turn-key)
• Mercado (preço, quantidade; take or pay, hedge)
• Suprimento (insumo, custo; contratos firmes)
• Operação (custo, qualidade, prazo, segurança; performance bonds)
• Infra-estrutura (transporte, comunicação)
• Político (expropriação, quebra de contratos, convertibilidade, 
moratória; PRI)
• Financeiro (taxa de juros, cambio, crédito, inadimplência; conta, 
hedge)
• Sindicalização (valores elevados, financiador inexperiente; garantia 
firme) 
• Ambiental (multa, imagem; licenças, melhores práticas)
• Força Maior (ação do homem ou da natureza)
• Participante
• Legal (sistema legal, foro, mudança de leis, erros documentação)
28/04/2016
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Indústria do Petróleo - Fim Século 
XX
• Baixo preço do petróleo (Brent = US$ 10/barril)
• Limitações orçamentárias da Petrobras
• Crises financeiras internacionais (asiática, russa)
• Rígidas restrições a endividamento (FMI)
• Compromisso com o superavit primário da União
• Contingenciamento bancário à concessão de crédito ao 
setor público pelo BNDES
• Quebra do monopólio do petróleo no Brasil
• Necessidade de produzir campos já conhecidos
• Necessidade de explorar novos campos dentro dos 
prazos concedidos pela agencia reguladora (ANP)
Projetos Estruturados na BC
PROJETO VALOR CAMPOS
(US$ milhão)
Albacora AJPL 173 Albacora
Albacora Petros 240 Albacora
Barracuda-Caratinga 2.500 Barracuda, Caratinga
EVM 1.077 Espadarte, Voador, Marimbá
Marlim 1.500 Marlim
NovaMarlim 834 Marlim
PCGC 86 Pampo, Cherne, Garoupa, 
Carapeba, Congro
TOTAL 6.410
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Consórcio 
Marlim
Consórcio 
Marlim
Commercial Papers / 
Debêntures / Notas
Commercial Papers / 
Debêntures / Notas
BNDESBNDES
DEBT - US$ 1.3 bilhão
Medium Term NotesMedium Term Notes
EQUITY - US$ 200 milhões
BNDESPar 30.0%
Valia 17.9%
Bco ABN AMRO 14.6%
PETROS 11.8%
Bradesco Previd. 11.8%
JPM Part. 7.9%
Bco Sul América 6.0%
BNDESPar 30.0%
Valia 17.9%
Bco ABN AMRO 14.6%
PETROS 11.8%
Bradesco Previd. 11.8%
JPM Part. 7.9%
Bco Sul América 6.0%
Receita
Concessão
Receita
Operação,
Serviços,
Comercialização
Marlim
(CPM)
Marlim
(CPM)
Marlim
Participações
Marlim
Participações
ANPANP
Investimentos
(Ativos)
Campo 
de 
Marlim
Marlim

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