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28/04/2016 1 Avaliação de Projetos na Indústria do Petróleo Albino Lopes d’Almeida albinolopes@id.uff.br Análise de Viabilidade Econômica • EVTE: viabilidade técnico - econômica • Fluxo de caixa esperado para o projeto: dispêndios e receitas • Valor do dinheiro no tempo (FCD) • Custos: fixos e variáveis; investimentos e operacionais • Vida útil pode não ser igual à vida econômica • Depreciação, em geral linear: benefício tributário • Planejamento tributário, considerar externalidades • Receitas: produção ou economia; risco de mercado • Acompanhamento físico – financeiro • Alternativas de financiamento só posteriormente 28/04/2016 2 Projetos de E&P • Valores elevados, alta volatilidade, riscos de estouro de prazo e orçamento • Desenvolvimento da produção (inicial, complementar, revitalização) ou infra-estrutura (dutos, portos, estações) • Considerar magnitude e complexidade: alternativas, necessidade de tecnologia; também aspectos ambientais, estratégicos e responsabilidade social • Variáveis de influência: volume de produção, volume da reserva, preço do barril de petróleo, taxa de câmbio, CAPEX, OPEX, cronograma de desenvolvimento • Equipes multidisciplinares • Licenças ambientais (IBAMA, órgãos estaduais) • Tributação pesada: incluir participações governamentais • Moeda estável VPL • Valores de entrada determinísticos: valor esperado ou médio • VPL mede o impacto incremental do projeto para a empresa (retorno absoluto) • VPL > 0, projeto viável • Fluxo descontado por TMA, que depende de: expectativa de crescimento, relação capital próprio e de terceiros, custo de captação de recursos e incentivos fiscais ∑ = = + +−= n k 1j k j 1 j 0 )i1( FC IVPL pi ( )∑= ++−= n 1j j j 0 r1 FC IVPL 28/04/2016 3 Estudo de Caso – VPL ANO TAXA 5,0% 7,5% 10,0% 12,5% 15,0% 17,5% 0 -1000 -1000,00 -1000,00 -1000,00 -1000,00 -1000,00 -1000,00 1 500 476,19 465,12 454,55 444,44 434,78 425,53 2 400 362,81 346,13 330,58 316,05 302,46 289,72 3 300 259,15 241,49 225,39 210,70 197,25 184,93 4 100 82,27 74,88 68,30 62,43 57,18 52,46 180,42 127,62 78,82 33,62 -8,33 -47,35 -100 -50 0 50 100 150 200 5, 0% 7, 5% 10 , 0% 12 , 5% 15 , 0% 17 , 5% TIR • TIR: comparação com a TMA, mede rentabilidade • TIR > TMA, viável • Resultados compatíveis com VPL para fluxos convencionais • Em projetos não convencionais (ocorrem mudanças de sinal no FC) pode haver geração de várias TIR • Pode não existir TIR • Quando VPL e TIR apresentam resultados diferentes opta-se pelo VPL pois ele pressupõe recursos à TMA, enquanto a TIR considera reaplicação de recursos à TIR, o que nem sempre é possível • Índice de Lucratividade: VPL / Investimento Inicial • Tempo de retorno (pay back): tempo para que fluxo de caixa recupere investimento inicial • Os índices financeiros devem ser analisados em conjunto 28/04/2016 4 Risco • Valores com comportamento não determinístico: imprecisão • Risco medido pelo desvio-padrão ou variância • Considerar distribuição de probabilidade (uniforme, triangular, normal) • Análise de Sensibilidade • Análise de Cenários • Árvore de Decisão • Simulação • Taxas de Vedação • Projetos com investimentos elevados, baixo VPL e alto grau de incerteza demandam análise de risco complementar ( ) k m k k R.pRE 1 ∑ = = ( )2 1 )E(RRp −= ∑ = k m k kσ Árvore de Decisão Perfurar Não Perfurar EVENTOS PROB VPL VE VPL VE Poço Seco 0,7 -500.000 -350.000 0 0 2 X 106 bbl 0,2 +1.000.000 +200.000 0 0 5 X 106 bbl 0,1 +2.500.000 +250.000 0 0 28/04/2016 5 Passo 1: Traçado do Diagrama Poço Seco Produtor (2 X 106 bbl) Produtor (5 X 106 bbl) Passo 2: Determinação dos Pontos de Decisão Pontos de Decisão • Perfurar (P) • Não Perfurar (P) Pontos de Resultado Aleatório • Poço Seco, • Produtor 2 X 106 bbl •Produtor 5 X 106 bbl 28/04/2016 6 Passo 3: Associar probabilidades a todos os ramos que se irradiam dos pontos de resultado aleatório e associar valores aos pontos terminais da árvore Poço Seco ( - R$500.000) Produtor 2 X 106 bbl (+R$1.000.000) Produtor 5 X 106 bbl (+R$2.500.000) 0,7 0,2 0,1 Passo 4: Resolver a Árvore de Decisão Poço Seco ( - R$500.000) Produtor 2 X 106 bbl (+R$1.000.000) Produtor 5 X 106 bbl (+R$2.500.000) 0,7 0,2 0,1 +R$100.000 R$ 0 VME=(0,7)(-500.000)+(0,2)(+1.000.000)+(0,1)(+2.500.000)=100.000 Uma Árvore de Decisão se resolve de trás para a frente. Principia-se calculando os valores esperados mediante a utilização dos pontos terminais que estejam situados após os últimos pontos de resultado aleatório e assim regride-se até o ponto inicial da Árvore 28/04/2016 7 Economicidade de Pescaria CTD = custo abandonar CDP = custo pescar - custo peixe - custo desvio - custo reperfuração TEP = CTD / CDP (tradicional) TEP = P. CTD / CDP T E P TEPn Pn . CTDn CDP P(t).dt P(t).dt n n TEPn n = = ∫ ∫ ⋅ + ∞ CTDn CDP PIi P(t).dt P(t).dt n+i n = = − ∞ ∞ = ∫ ∫ ∑1 PSj j i i PSi P(t).dt P(t).dt n+(i-1) n = + ∞ ∫ ∫ n i 28/04/2016 8 Árvore de Decisão m.CDP CDm CDm-1CDm-2 (m-1)CDP PCIm-1 PCSm-1 PCIm PCSmCm MCm 3.CDP MC4MC3MC2 2.CDP1.CDP C1 CD2CD1CD0 PCS1 PCI1 PCS2 PCI2 PCS3 PCI3 (m-2)CDP PCIm-2 PCSm-2 Cm-1Cm-2 MCm-1 CDm-3 C3C2 ABANDONAR PESCAR 0 700 205 1 800 456 2 900 697 3 1000 890 4 1100 1049 5 1200 1185 6 1300 1301 7 1400 1413 8 1500 1523 9 1600 1631 10 1700 1737 11 1800 1842 12 1900 1946 13 2000 2050 14 2100 2154 15 2200 2256 0 500 1000 1500 2000 2500 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 CU ST O ( M IL US $ ) DIAS PESCARIA ABANDONAR PESCAR 28/04/2016 9 Risco • Relação risco – retorno • Valoração de investimentos: livre ou dependente de preferência • Dependente de preferência: aversão, neutralidade ou propensão ao risco • Mercado perfeito: - Ativos disponíveis em quantidade e divisíveis - Não há custos de transação para investir ou desinvestir - Informações confiáveis, sem custo e compartilhados pelo mercado - Mercado suficientemente grande para que investidor individual não influencie preços • Risco de mercado, sistemático, conjuntural, não diversificável: condições macroeconômicas, sócio-políticas, tecnológicas • Risco da firma, próprio, privado, não sistemático, diversificável: situação da firma ou do segmento de atuação Diversificação do Risco • Markowitz, Teoria do Portfólio, Princípio da Diversificação • Risco não sistemático pode ser reduzido pela constituição de uma carteira de ativos correlacionados negativamente. A partir de 20 ativos a redução é desprezível desvio-padrão da taxa de retorno va lo r e sp e ra do da ta xa de re to rn o p = -1 p = -0,8 p = 0 p = 0,8 p = 1 100 % do investimento em B 100 % do investimento em A 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Número de ativos de sv io - pa dr ão p = 0,8 p = 0,1 p = 0 p = -0,1 28/04/2016 10 Retorno Ajustado ao Risco • Sharpe: linearização e simplificação do modelo anterior • CAPM: Capital Asset Pricing Model • Mercado remunera risco sistemático, não diversificável • O risco de um ativo é medido por um coeficiente βj que indica o risco sistemático nele existente • O risco de um ativo j: Rj = Rf + βj . (Rm- Rf) • O retorno do ativo j: µ = r + βj . (rm – r) βj = 0 Ativo indiferente ao risco do mercado 0 < βj < 1 Ativo defensivo, com risco inferior ao do mercado βj = 1 Ativo médio, com risco de mercado βj > 1 Ativo agressivo, com risco superior ao do mercado Custo Médio de Capital da Empresa - WACC • A determinação da TMA do projeto depende da estrutura financeira da empresa. É freqüentemente determinada pelo Custo Médio Ponderado de Capital (WACC – Weighted Avarage Cost of Capital) da empresa • WACC pondera os capitais de passivo (D) e ativo (E) da companhia e indica o retorno (W) por ela exigido para manter o valor de suas ações • Para a companhia o WACC é um referencial para a taxa de desconto ajustado ao risco ( não diversificável) do projeto • W = Kd . (D / K). (1 – T) + Ke. (E / K) onde : E + D = K, Kd < Ke Kd = custo ponderado dos financiadores Ke = remuneração dos acionistas, obtida a partir do CAPM 28/04/2016 11 Opções • Origem área financeira • Precificação de opções de ações • Call – opção de compra – visão otimista • Put – opção de venda – visão pessimista Teoria das Opções Reais • Direito, não obrigação • Européia ou americana • Simples ou composta • Irreversibilidade • Flexibilidade gerencial • Valor da espera • Tempo de expiração (τ) • Incerteza (σ) • Custo de espera (δ) • Valor de gatilho superior ao break even point (VPL) 28/04/2016 12 0 40 80 120 160 200 240 280 320 360 400 Po 0 400 800 1200 1600 2000 2400 2800 Fo V - Io Vantagens da TOR • Considera a incerteza dos eventos futuros • Estimula o investimento em etapas • Incorpora a flexibilidade gerencial • Admite a influência do tempo no valor do projeto • Mensura valor estratégico • Obtém informações para depois investir • Avalia projetos de forma uniforme 28/04/2016 13 Sondagem • Operadoras especializadas ou unidades independentes de companhias de petróleo • Taxa diária = f (preço do petróleo) • Elevada variabilidade no tempo • Mar : mercado mais globalizado e volátil • Ativos e contingente de pessoal elevados • Sondas mais novas ocupam espaço das mais antigas (obsoletas e mais caras), que são sucateadas e desativadas • Taxa de utilização: sondas ativas / sondas disponíveis • Sonda : opção americana com pagamento de dividendos (taxa diária) 1 m 0 PR PH PLPM PL I II III IV V 0 PL PM PR PH P Pontos de Gatilho 28/04/2016 14 Variáveis • Taxa diária de afretamento (P) • Custo de aquisição de sonda (I) • Custo de abandono (E) • Custo imediato de reativação (R) • Custo imediato de suspensão (EM) • Custo de abandono estando suspenso (ES) • Custo operacional (C) • Custo de manutenção (M) • Volatilidade (σ) • Taxa de desconto livre de risco ( r ) • Custo de oportunidade do capital (δ) Considerações • Modelagem : Movimento Geométrico Browniano • Otimização : Ativos Contingentes • M < C, R < I, E = EM + ES, E + I > 0 • P embute taxa indisponibilidade • EM e R inversamente correlacionados a M • Vida útil ≥ 20 anos (τ = ∝) • Custos descontados por r • Receitas descontadas por µ (α + δ) • Ignorada obsolescência tecnológica da sonda 28/04/2016 15 -A1 . PHβ1 + (B2 . PHβ2) + (PH / δ) - (C / r) - I = 0 -β1 . A1 . PHβ1 -1 + (β2 . B2 . PHβ2 - 1) + (1 / δ) = 0 (D1 - A1) . PLβ1 + (D2 . PLβ2) - M / r + E = 0 β1 . (D1 - A1) . PLβ1 - 1 + (β2 . D2 . PLβ2 - 1) = 0 -D1 . PRβ1 + (B3 . PRβ2) + (PR / δ) - (C - M) / r - R = 0 -β1 . D1 . PRβ1 -1 + (β2 . B3 . PRβ2 - 1) + (1 / δ) = 0 -D1 . PMβ1 + (B3 . PMβ2) + (PM / δ) - (C - M) / r + EM = 0 -β1 . D1 . PMβ1 - 1 + (β2 . B3 . PMβ2 - 1) + (1 / δ) = 0 Equações Diferenciais Parciais • Métodos numéricos ou analíticos • Solução Numérica - Aproximações Sucessivas (iterações) - Risco de não convergência ou raízes sem sentido físico ou econômico - Restrição de amplitude através do uso de gráficos 28/04/2016 16 PL(2 . β1) . PHβ1 . r - β2 . PH(β2 – 1) . PL(2 . β1) . I . r . δ + PL(β1 + β2) . β1 . PH(β1 – 1) . I . r . δ + PL(β1 + β2) . β1 . PH(β1 – 1) . δ . C - PL(β1 + β2) . β1 . PHβ1 . r – PLβ1 . PH(β1 + β2 – 1) . β1 . M . δ + PLβ1 . PH(β1 + β2 – 1) . β1 . E . r . δ + PH(β1 + β2 – 1) . β1 . PL(2 . β1) . r . D1 . δ - PL(β1 + β2) . β1 . PH(β1 + β2 – 1) . r . δ . B3 - PLβ1 . PH(β1 + β2 – 1) . β2 . E . r . δ - β2 . PH(β2 – 1) . PL(2 . β1) . δ . C + PLβ1 . PH(β1 + β2 – 1) . β2 . M . δ + r . PL(2 . β1) . PHβ2 - PH(β1 + β2 – 1) . β2 . PL(2 . β1) . r . D1 . δ + β2 . PHβ2 . PL(2 . β1) . r + PL(β1 + β2) . β2 . PH(β1 + β2 – 1) . δ . B3. R = 0. Plataforma auto-elevável (PA) – Jack-up - Limitação de lâmina d’água - Sem movimentos após ser instalada - Adequada para fundos moles - Possibilidade de lavagem e escorregamento 28/04/2016 17 Caso Base • I = 90 • E = -30 • EM=1.2 • R = 0.8 • C = 8.3 • M = 1.0 • σ = 25 • r = 7 • δ = 4 • PL = 15510 • PM = 15590 • PR = 25120 • PH = 63070 0 20 40 60 80 100 120 0 25 50 75 100 125 150 175 200 I (Milhão US$) P (10 00 U S$ /d ia ) PH PR PM PL Sensibilidade – Custo Aquisição Sonda 28/04/2016 18 0 20 40 60 80 100 120 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 C (Milhão US$/ano) P (10 00 US $/d ia ) PH PR PM PL Sensibilidade – Custo Operacional Sonda Sensibilidade – Custo Operacional Sonda 0 20 40 60 80 100 0 5 10 15 20 25 30 35 40 VOLAT (% aa) P (10 00 U S$ /d ia ) PH PR PM PL Sensibilidade –Volatilidade 28/04/2016 19 Fontes de Recursos • Caixa próprio, aporte de capital • Emissão de ações : aumento / pulverização de capital (Initial Public Offering) • Parcerias / joint ventures • Financiamento corporativo • Project Finance Fusões e Incorporações Anos 80 • Chevron + Gulf • Texaco + Pacific • Mobil + Superior • BP + Sohio + Britoil Anos 90 • Total + Petrofina • BP + Amoco • Exxon + Mobil • Norsk Hydro + Saga • BP/Amoco + Atlantic • Repsol + YPF • Total + Elf • Devon + PennzEnergy 2000 • Chevron + Texaco • Devon + Santa Fé 2001 • Phillips + Tosco • El Paso + Coastal • Conoco + Gulf Canada • Devon + Mitchell + Anderson Canada • Duke + WestCoast • Conoco + Phillips 2002 • Shell + Enterprise • Petrobras + Perez Conpanc 2003 • Devon + Ocean • BP + TNK 2004 • Rosneft + Yukos 2005 • Chevron Texaco + Unocal • Valero + Premcor • CNPC + Petrokazakhistan • Conoco Phillips + Burlington 2006 • Anadarko + Kerr McGee + Western • Occidental + Vintage • Gazprom + Sibneft • Statoil + Norsk Hydro 2007 - 2011 • Suncor + PetroCanada • Sinopec + Addax • Sonangol + Starfish • Chevron + Atlas • Sinopec + Repsol Brasil • Maersk + SK Brasil • HRT + UNX Energy • BP + Devon Brasil • BHP Billiton + Petrohawk • Statoil + Brigham • Sinopec + Daylight Energy • CNOOC + Nexen 28/04/2016 20 Fusões e Incorporações 2013 - 2015: • Exxon + Celtic • Rosneft + BP/TNK • Pacific Rubiales + Petrominerales • Energy XXI + EPL • CNPC + Petrobras Peru • Repsol + Talisman • RD Shell + BG Parapetroleiras: • Schlumberger + Smith • GE + Vetco Gray + Hydril + Dresser + Wellstream • Baker Hughes + BJ • Technip + Global Industries • Siemens + Dresser-Rand • Halliburton + Baker-Hughes Operadoras de Sonda: • Transocean + Global Santa Fé • San Antonio + Sotep • Noble + Frontier Drilling • Pride + Ensco • Transocean + Aker • Lupatech + San Antonio/Sotep Distribuição de Óleo e Gás: • BR Distribuidora + Liquigas • Ultra + Texaco Brasil • Cosan + Esso Brasil • Alesat + Polipetro + Repsol Brasil • Cosan + Shell = Raizen • Petrobras + Gás Brasiliano • Cosan + Comgas (BG) Biocombustíveis:• Cosan + Shell = Raizen • ETH (Odebrecht) + Brenco • Louis Dreyfus + Santelisa Vale • Bunge +Moema • Petrobras + Guarani (Tereos) • BP + CNAA • Copersucar + Eco-Energy Petroquímica: • Petrobras / Brasken / Ultra + Ipiranga • Petrobras + Suzano = Quattor • Brasken + Quattor • Brasken + Sunoco Project Finance • Financiamento de projeto específico garantido pelo seu fluxo de caixa futuro (criação da SPC) • Garantias do investidor : receitas futuras (recebíveis) e propriedade dos ativos • Segregação de riscos entre projeto e patrocinador (evitar contaminação) • Relação “ganha – ganha” (risco – retorno) • Identificação, mitigação e alocação de riscos • Estruturação complexa e demorada • Projetos intensivos em capital e de longo prazo • Custos, em geral, mais elevados 28/04/2016 21 SPC (Special Purpose Company)) • Personalidade jurídica independente (objetivo social específico), em geral SA • Unidade econômica autônoma (segrega riscos e financiamento) • Vida útil limitada • Patrocinador pode ou não ter participação acionária na SPC • Não aumenta endividamento corporativo (off balance sheet) • Eleva capacidade de crédito (alavancagem) • Melhora classificação de risco (spreads mais baixos) • Acesso a recursos não disponíveis corporativamente • Viabiliza projetos grandes demais para o investidor • Dispensa uso de garantias reais ou pessoais (non recourse ou limited recourse): hipoteca, penhor, fiança, aval... Participantes • Patrocinador (Sponsor) • Acionistas (Equity Investors) • Financiadores (Lenders) • Construtores (EPC Contractors) • Gerente da construção • Operador • Agente estruturador (Arranger) • Agencias de rating • Seguradoras • Fornecedores / Compradores • Agente fiduciário (trustee) • Intercreditor Agent • Consultores técnicos, financeiros, jurídicos, contábeis, tributários, ambientais; auditores • Governo 28/04/2016 22 Estruturação do Project Finance • Projeto deve ter viabilidade técnica e econômica • Atender expectativa risco – retorno dos envolvidos • Previsibilidade do fluxo de caixa futuro (volatilidade) • Modelo específico, artesanal • Equipe multidisciplinar • Necessidade de divulgação de informações (disclosure) • Relação equity / debt (alavancagem) • Estruturador pode dar “garantia firme” • Escolha do construtor e/ou operador (preço e prazo) • Receita gerada (tarifa) deve ser suficiente para cobrir custos operacionais, remunerar investidores e pagar despesas tributárias Classificação de Rating 28/04/2016 23 Fontes de Financiamento • Bancos comerciais (sindicalização) • Agencias multilaterais de crédito (Banco Mundial, BID) • Agencias de fomento nacionais (BNDES) • ECA (Export Credit Agencies) • Fundos de pensão • Fundos de investimento • Trading companies • Seguradoras • Mercado de capitais (debêntures, notas promissórias, bonds) Empréstimo ponte Países que não participam da OECD FINNVERA Finlândia EKN Suécia GIEK Noruega ECGD Reino Unido NEXI, NEXI, JBIC Japão K-SURE, K-SURE, K-EXIM Coréia CHINA EXIM, SINOSURE e CDB China EDC Canadá US EXIM Estados Unidos EKF Dinamarca I-EXIMBANK Índia EXIMBANKA Eslováquia NIB Nordic Bank EXIM Malaysia Malásia EXIM Thailand TailândiaBNDES EXIM, Brasil ASHRA Israel COFACE França CESCE Espanha OeKB Áustria SERV Suíça ATRADIUS Holanda ONDD Bélgica HERMES Alemanha SACE ItáliaCOSECPortugal MEHIB H. EXIM Hungria ECAs no Mundo 28/04/2016 24 SPC Agências Multilaterais Debt Equity Patrocinador Aluguel Consórcio Diversos contratos Bancos Comerciais Acionistas Bancos de Fomento (JBIC/BNDES) Debt Project Finance: Estrutura Típica Mercado de Capitais Riscos • Construção / Tecnologia/ Engenharia (prazo, custo, especificação; turn-key) • Mercado (preço, quantidade; take or pay, hedge) • Suprimento (insumo, custo; contratos firmes) • Operação (custo, qualidade, prazo, segurança; performance bonds) • Infra-estrutura (transporte, comunicação) • Político (expropriação, quebra de contratos, convertibilidade, moratória; PRI) • Financeiro (taxa de juros, cambio, crédito, inadimplência; conta, hedge) • Sindicalização (valores elevados, financiador inexperiente; garantia firme) • Ambiental (multa, imagem; licenças, melhores práticas) • Força Maior (ação do homem ou da natureza) • Participante • Legal (sistema legal, foro, mudança de leis, erros documentação) 28/04/2016 25 Indústria do Petróleo - Fim Século XX • Baixo preço do petróleo (Brent = US$ 10/barril) • Limitações orçamentárias da Petrobras • Crises financeiras internacionais (asiática, russa) • Rígidas restrições a endividamento (FMI) • Compromisso com o superavit primário da União • Contingenciamento bancário à concessão de crédito ao setor público pelo BNDES • Quebra do monopólio do petróleo no Brasil • Necessidade de produzir campos já conhecidos • Necessidade de explorar novos campos dentro dos prazos concedidos pela agencia reguladora (ANP) Projetos Estruturados na BC PROJETO VALOR CAMPOS (US$ milhão) Albacora AJPL 173 Albacora Albacora Petros 240 Albacora Barracuda-Caratinga 2.500 Barracuda, Caratinga EVM 1.077 Espadarte, Voador, Marimbá Marlim 1.500 Marlim NovaMarlim 834 Marlim PCGC 86 Pampo, Cherne, Garoupa, Carapeba, Congro TOTAL 6.410 28/04/2016 26 Consórcio Marlim Consórcio Marlim Commercial Papers / Debêntures / Notas Commercial Papers / Debêntures / Notas BNDESBNDES DEBT - US$ 1.3 bilhão Medium Term NotesMedium Term Notes EQUITY - US$ 200 milhões BNDESPar 30.0% Valia 17.9% Bco ABN AMRO 14.6% PETROS 11.8% Bradesco Previd. 11.8% JPM Part. 7.9% Bco Sul América 6.0% BNDESPar 30.0% Valia 17.9% Bco ABN AMRO 14.6% PETROS 11.8% Bradesco Previd. 11.8% JPM Part. 7.9% Bco Sul América 6.0% Receita Concessão Receita Operação, Serviços, Comercialização Marlim (CPM) Marlim (CPM) Marlim Participações Marlim Participações ANPANP Investimentos (Ativos) Campo de Marlim Marlim
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