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Avaliação de Projetos na Indústria do Petróleo Albino Lopes d’Almeida albinolopes@id.uff.br Pré-sal • Área de 800 x 200 Km. (ES até SC); rochas com 120 milhões de anos • LA: 1.500 a 3.000 metros; camada de sal com espessura de até 2.000 m.; reservatórios entre 5.000 e 7.000 m. • Baixo risco exploratório, alta rentabilidade • Problemas de financiabilidade, não economicidade • Produção média em 2015: 767 mil bpd • Contratação de até 40 novas sondas de perfuração (sendo 28 no Brasil) • Construção no país de 8 cascos idênticos de FPSO (replicantes); mais 4 para a cessão onerosa Pré-Sal Pré-Sal Pré-sal • Problemas operacionais na perfuração de poços: baixa taxa de penetração, fechamento do poço (prisão de coluna) e colapso no revestimento • Produção: presença e descarte de CO2 (agressivo à atmosfera e corrosivo para os equipamentos) e H2S (ligas especiais) • Reservatórios complexos e verticalmente heterogêneos, monitoramento com recursos de nanotecnologia • Óleo parafínico: risco de formação de hidratos • Gargalos: sondas de perfuração, plataformas de produção, linhas flexíveis, árvores de natal, barcos de apoio, aços especiais, mão-de-obra • Plantas de processamento e separação: miniaturização dos componentes na superfície ou instalação no fundo do mar Pré-sal • Logística complexa (300 Km. da costa): hubs para passageiros e fluidos; aeronaves maiores e com maior autonomia de vôo • Alguns campos próximos ao limite da Zona Econômica Exclusiva brasileira (200 milhas = 370 Km.), negociação com a ONU • Gás: unidade flutuante de liquefação para elevada produção (custo elevado de capital, manutenção e operação) • Condições oceânicas adversas: ondas até 40% maiores que na Bacia de Campos, maiores esforços sobre riser e sistema de ancoragem • Ritmo de produção e exportação: “doença holandesa” (entrada de US$, apreciação do real, perda de competitividade de outras atividades) X aumento do IDH norueguês Pré-sal • Descobertas em campos que já produziam no pós-sal • Primeira produção : Jubarte (1-ESS-203, P-34) em 2008 • Primeira produção comercial permanente : Baleia Franca (ES), 13.000 bpd, API 28, julho/10, FPSO Capixaba • Produção atual (mar/16): 884.000 bpd • Uso de recursos das fases iniciais para financiar as seguintes • Teste longa duração (TLD), projeto piloto (PP), produção definitiva • Desenvolver mercado de fornecedores nacionais (apoio BNDES), capacitar mão-de-obra (Promimp) e promover P&D (FINEP) Blocos Pré-sal na Bacia de Santos BLOCO CONSÓRCIO BM-S-8 (Bem-te-vi, Carcará) Petrobras (66%), Galp (14%), QGOG (10%), Barra (10%) BM-S-9 (Lapa, Sapinhoá, Iguaçu) Petrobras (45%), BG (30%), Repsol Sinopec (25%) BM-S-10 (Paraty) Petrobras (65%), BG (25%), Partex ( 10%) BM-S-11 (Lula, Iara, Cernambi) Petrobras (65%), BG (25%), Galp ( 10%) BM-S-21 (Caramba) Petrobras (80%), Galp (20%) BM-S-22 (Azulão) Exxon (40%), Hess (40%), Petrobras (20%) BM-S-24 (Júpiter) Petrobras (80%), Galp (20%) BM-S-52 (Corcovado) Petrobras (60%), BG (40%) Tupi / Lula • LA: 2.140 metros, profundidade > 7.000 m., área: 1974 Km2 • Distância do continente: 286 Km. • Condições severas de mar: onda centenária de até 11 metros • Reservas estimadas (bilhões boe) : 5 a 8 • TLD iniciado em maio/09 (14.000 bpd), FPSO Cidade de São Vicente. Interrupção de 2 meses para troca de ANM. • Produção TLD limitada por elevada RGO (220 m3 / 1000 l.) e acordo para limitar queima de gás (500.000 m3 / dia) Tupi / Lula • Projeto piloto iniciado no final de 2010, FPSO Angra dos Reis; depois FPSOs Cidade de Paraty (2013), Cidade de Mangaratiba (2014), Cidade de Itaguaí (2015) e Cidade de Maricá (2016) • Óleo de boa qualidade (28º API) mas com elevado teor de CO2 (8 a 12%) que deverá ser reinjetado • Produção média 2015 : 327.048 bpd • Escoamento de óleo por navios aliviadores; gás até o hub de Mexilhão (216 Km., 18”, 10 milhões m3 / dia) e daí até Caraguatatuba (145 Km., 34”) • Refino: RECAP, REVAP, REPLAN; problemas com sal • Lula e Cernambi formam único campo ? (ANP x Petrobras) Objetivos TLD / Projeto Piloto • Obter informações para a definição do futuro projeto definitivo de desenvolvimento da produção • Avaliar geologia características do reservatório • Otimizar número de poços e definir sua geometria • Avaliar desempenho dos métodos de recuperação • Garantir escoamento de óleo em linhas submarinas • Verificar desempenho de sistemas submarinos • Maximizar eficiência operacional da planta de processamento de gás na plataforma • Avaliar injeção alternada de água e gás e/ou CO2 nos reservatórios (WAG) Novo Modelo Regulatório • Regime de partilha, capitalização da Petrobras, criação de nova estatal, criação de fundo soberano • Aumento da participação do Estado na renda petrolífera • Ampliação do controle na atividade (ritmo de exploração, refino, destino da produção) • Criar indústria em torno do petróleo (USA, Mar do Norte X Venezuela, Nigéria) • Envolvimento transcende à indústria de petróleo (relacionamento com outros setores, dinamismo industrial) • Estímulo à cadeia de fornecedores (maior utilização da indústria nacional de bens e serviços) • Estímulo à instalação de empresas internacionais no país • Aquisição de conhecimento, capacitação tecnológica, estratégia para desenvolvimento do país Novo Modelo Regulatório Regime de Partilha • Para o pré-sal (e outros campos especiais) • Respeito aos contratos das licitações anteriores • União licita bloco ou contrata Petrobras: prazo máximo de 35 anos • Petrobras: única operadora e com participação mínima de 30% em cada bloco • Petrobras acompanha o percentual ofertado pela empresa ou consórcio vencedor • Contratado assume risco da exploração e paga royalties (15%) em hidrocarbonetos; se há descoberta comercial é ressarcido pelos investimentos feitos (óleo custo) sem correção monetária; restante (óleo lucro) é repartido pelas empresas e União • Vence leilão quem oferece maior parcela do óleo lucro para a União Criação de nova estatal (Pré-Sal Petróleo) • Representa a União nos consórcios e na gestão dos blocos • Monitora custo do petróleo e decisões de investimento • Controla empresas exploradoras (inclusive Petrobras) • Com voto de qualidade e veto nos comitês operacionais • Sem ativos operacionais e sem fazer investimentos • Gere contratos de comercialização de petróleo (pode contratar Petrobras) • Representa a União em casos de unitização Novo Modelo Regulatório Capitalização da Petrobras / Cessão Onerosa • Aumento da participação do Estado no capital da empresa e nos recursos gerados no futuro • Redução da relação dívida / capital na empresa (desalavancagem) • Petrobras emite ações para a União (e demais acionistas) para ter reforço financeiro e poder investir no pré-sal: US$ 70 bilhões • Petrobras recebe reservas de baixo risco e expectativa de produtividade elevada • Petrobras recebe da União títulos equivalentes a 5 bilhões bbl • Contrato de 40 anos podendo ser estendido por mais 5 anos • Volume excedente aos 5 bilhões bbl contratados diretamente à Petrobras (jun/14) Criação de fundo soberano • Aplicação da receita gerada com objetivos de longo prazo • Aplicação no exterior para evitar o “doença holandesa” • Fundo composto por bônus de assinatura, royalties, comercialização do óleo e gás da União e aplicações financeiras • Rendimentos: inovação científica / tecnológica, projetos sociais / educacionais, sustentabilidade ambiental Cessão Onerosa Volume Adicional ÁREA VOLUME ESTIMADO (bilhão boe) EXCEDENTE ÓLEO UNIÃO (%) BÚZIOS 6,5 – 10,0 47,42 ENTORNO DE IARA 2,5 – 4,048,53 FLORIM 0,3 – 0,5 46,53 NORDESTE DE TUPI 0,5 - 0,7 47,62 Franco => Búzios, Nordeste de Tupi => Sépia, Florim => Itapu Licitação Pré-sal - Libra • 170 km da costa, área de 1.500 Km2 • Potencial entre 8 e 12 bilhões boe • Leilão em outubro/2013 • Taxa para participar da licitação: R$ 2 milhões • Consórcio vencedor: Petrobras (40%), Shell (20%), Total (20%), CNPC (10%), CNOOC (10%) • Garantia financeira: R$ 610 milhões • Bônus assinatura: R$ 15 bilhões (R$ 50 milhões p/PPSA) • Percentual óleo lucro para a União: 41,65% • Demanda: 12 a 18 plataformas de produção, 60 e 90 barcos de apoio, quase 100 poços de produção e 100 poços de injeção • Recuperação de custos: sem correção monetária, limitada a 50% nos dois primeiros anos, baixando para 30% nos seguintes Sondas de Perfuração para o Pré-sal • Necessidade : 40 sondas • 12 sondas em estaleiros do exterior • 28 sondas em estaleiros nacionais. Prazo: 2015 - 2020 • Capacidade: 10.000 metros, 3.000 LA • 1º lote de 7 sondas: US$ 4,63 bilhões, estaleiro Atlântico Sul e Sete Brasil (10% Petrobras, 90% fundo participações) • 2º lote de 21 sondas: Sete Brasil (21) • Estaleiros: Atlântico Sul (7), Jurong Aracruz (6), Keppel Fels (6), Paraguaçu (6) e Rio Grande (3) • Alto nível de conteúdo local (55% a 65%) e economia de escala: oportunidades para estaleiros, operadores e fornecedores em geral • Necessidade de investimentos em toda a indústria de construção naval: parcerias, desenvolvimento tecnológico • Receitas futuras de afretamento são lastro para financiamento (créditos recebíveis) Sondas de Produção para o Pré-sal • Dique seco para construção de cascos em série no RS • 8 FPSOs idênticos (replicantes), com casco duplo, para a Bacia de Santos: Lula (5), Iracema (2) e Carcará (1); mais 4 para a cessão onerosa • Capacidade: 150.000 bpd de óleo e 6 milhões m3/dia gás • Simplificação de projeto, padronização de equipamentos • Redução em sobressalentes, armazenamento e treinamento • Ganho de escala e antecipação de produção • Conteúdo local : 70% Maiores Campos de Óleo 2015 (bpd) 0 50.000 100.000 150.000 200.000 250.000 300.000 350.000 Roncador Lula Jubarte Marlim Sapinhoá Marlim Sul Marlim Leste Barracuda Peregrino Albacora Leste Maiores Campos de Gás 2015 (103 m3/dia) 0 2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 12.000 14.000 16.000 Lula Mexilhão Roncador Leste de Urucu Sapinhoá Rio Urucu Manati Gavião Real Jubarte Marlim Sul Produção Nacional de Óleo 0 400.000 800.000 1.200.000 1.600.000 2.000.000 2.400.000 1 9 5 4 1 9 5 6 1 9 5 8 1 9 6 0 1 9 6 2 1 9 6 4 1 9 6 6 1 9 6 8 1 9 7 0 1 9 7 2 1 9 7 4 1 9 7 6 1 9 7 8 1 9 8 0 1 9 8 2 1 9 8 4 1 9 8 6 1 9 8 8 1 9 9 0 1 9 9 2 1 9 9 4 1 9 9 6 1 9 9 8 2 0 0 0 2 0 0 2 2 0 0 4 2 0 0 6 2 0 0 8 2 0 1 0 2 0 1 2 2 0 1 4 V o lu m e ( b p d ) Mar Terra B. Campos Produção Nacional de Gás Natural - 10.000 20.000 30.000 40.000 50.000 60.000 70.000 80.000 1 9 5 4 1 9 5 6 1 9 5 8 1 9 6 0 1 9 6 2 1 9 6 4 1 9 6 6 1 9 6 8 1 9 7 0 1 9 7 2 1 9 7 4 1 9 7 6 1 9 7 8 1 9 8 0 1 9 8 2 1 9 8 4 1 9 8 6 1 9 8 8 1 9 9 0 1 9 9 2 1 9 9 4 1 9 9 6 1 9 9 8 2 0 0 0 2 0 0 2 2 0 0 4 2 0 0 6 2 0 0 8 2 0 1 0 2 0 1 2 2 0 1 4 V o lu m e ( M m 3 /d ) Terra Mar B. Campos Reservas Brasileiras 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 RESERVAS ÓLEO (10^9 bbl) RESERVAS GÁS (10^9 m3) Refinarias brasileiras Capacidade Partida • Replan (Paulínia –SP) 434.000 1972 • Rlam (São Francisco do Conde – BA) 377.300 1950 • Revap (São José dos Campos – SP) 251.600 1980 • Reduc (Duque de Caxias – RJ) 242.100 1961 • Repar (Araucária – PR) 207.500 1976 • Refap (Canoas – RS) 201.300 1969 • Rpbc (Cubatão – SP) 169.800 1955 • Regap (Betim – MG) 166.000 1968 • Rnest (Ipojuca – PE) 115.000 2014 • Recap (Mauá – SP) 53.400 1954 • Reman (Manaus – AM) 46.000 1956 • Rpcc (Guamaré – RN) 37.800 2009 • Lubnor (Fortaleza – CE) 8.200 1966 • Riograndense (Rio Grande – RS) 17.000 1938 • Manguinhos (Rio de Janeiro – RJ) 13.800 1954 • Univen (Itupeva – SP) 9.100 2003 • Dax (Camaçari – BA) 2.100 2010 Avaliação de Projetos na Indústria do Petróleo Albino Lopes d’Almeida albinolopes@id.uff.br Análise de Viabilidade Econômica • EVTE: viabilidade técnico - econômica • Fluxo de caixa esperado para o projeto: dispêndios e receitas • Valor do dinheiro no tempo (FCD) • Custos: fixos e variáveis; investimentos e operacionais • Vida útil pode não ser igual à vida econômica • Depreciação, em geral linear: benefício tributário • Planejamento tributário, considerar externalidades • Receitas: produção ou economia; risco de mercado • Acompanhamento físico – financeiro • Alternativas de financiamento só posteriormente Projetos de E&P • Valores elevados, alta volatilidade, riscos de estouro de prazo e orçamento • Desenvolvimento da produção (inicial, complementar, revitalização) ou infra-estrutura (dutos, portos, estações) • Considerar magnitude e complexidade: alternativas, necessidade de tecnologia; também aspectos ambientais, estratégicos e responsabilidade social • Variáveis de influência: volume de produção, volume da reserva, preço do barril de petróleo, taxa de câmbio, CAPEX, OPEX, cronograma de desenvolvimento • Equipes multidisciplinares • Licenças ambientais (IBAMA, órgãos estaduais) • Tributação pesada: incluir participações governamentais • Moeda estável VPL • Valores de entrada determinísticos: valor esperado ou médio • VPL mede o impacto incremental do projeto para a empresa (retorno absoluto) • VPL > 0, projeto viável • Fluxo descontado por TMA, que depende de: expectativa de crescimento, relação capital próprio e de terceiros, custo de captação de recursos e incentivos fiscais n k 1j k j 1 j 0 )i1( FC IVPL n 1j j j 0 r1 FC IVPL Estudo de Caso – VPLANO TAXA 5,0% 7,5% 10,0% 12,5% 15,0% 17,5% 0 -1000 -1000,00 -1000,00 -1000,00 -1000,00 -1000,00 -1000,00 1 500 476,19 465,12 454,55 444,44 434,78 425,53 2 400 362,81 346,13 330,58 316,05 302,46 289,72 3 300 259,15 241,49 225,39 210,70 197,25 184,93 4 100 82,27 74,88 68,30 62,43 57,18 52,46 180,42 127,62 78,82 33,62 -8,33 -47,35 -100 -50 0 50 100 150 200 5,0 % 7,5 % 10, 0%12, 5% 15, 0% 17, 5% TIR • TIR: comparação com a TMA, mede rentabilidade • TIR > TMA, viável • Resultados compatíveis com VPL para fluxos convencionais • Em projetos não convencionais (ocorrem mudanças de sinal no FC) pode haver geração de várias TIR • Pode não existir TIR • Quando VPL e TIR apresentam resultados diferentes opta-se pelo VPL pois ele pressupõe recursos à TMA, enquanto a TIR considera reaplicação de recursos à TIR, o que nem sempre é possível • Índice de Lucratividade: VPL / Investimento Inicial • Tempo de retorno (pay back): tempo para que fluxo de caixa recupere investimento inicial • Os índices financeiros devem ser analisados em conjunto Risco • Valores com comportamento não determinístico: imprecisão • Risco medido pelo desvio-padrão ou variância • Considerar distribuição de probabilidade (uniforme, triangular, normal) • Análise de Sensibilidade • Análise de Cenários • Árvore de Decisão • Simulação • Taxas de Vedação • Projetos com investimentos elevados, baixo VPL e alto grau de incerteza demandam análise de risco complementar k m k k R.pRE 1 2 1 )E(RRp k m k k Árvore de Decisão Perfurar Não Perfurar EVENTOS PROB VPL VE VPL VE Poço Seco 0,7 -500.000 -350.000 0 0 2 X 10 6 bbl 0,2 +1.000.000 +200.000 0 0 5 X 10 6 bbl 0,1 +2.500.000 +250.000 0 0 Passo 1: Traçado do Diagrama Poço Seco Produtor (2 X 106 bbl) Produtor (5 X 106 bbl) Passo 2: Determinação dos Pontos de Decisão Pontos de Decisão • Perfurar (P) • Não Perfurar (P) Pontos de Resultado Aleatório • Poço Seco, • Produtor 2 X 106 bbl •Produtor 5 X 106 bbl Passo 3: Associar probabilidades a todos os ramos que se irradiam dos pontos de resultado aleatório e associar valores aos pontos terminais da árvore Poço Seco ( - R$500.000) Produtor 2 X 106 bbl (+R$1.000.000) Produtor 5 X 106 bbl (+R$2.500.000) 0,7 0,2 0,1 Passo 4: Resolver a Árvore de Decisão Poço Seco ( - R$500.000) Produtor 2 X 106 bbl (+R$1.000.000) Produtor 5 X 106 bbl (+R$2.500.000) 0,7 0,2 0,1 +R$100.000 R$ 0 VME=(0,7)(-500.000)+(0,2)(+1.000.000)+(0,1)(+2.500.000)=100.000 Uma Árvore de Decisão se resolve de trás para a frente. Principia-se calculando os valores esperados mediante a utilização dos pontos terminais que estejam situados após os últimos pontos de resultado aleatório e assim regride-se até o ponto inicial da Árvore Economicidade de Pescaria CTD = custo abandonar CDP = custo pescar - custo peixe - custo desvio - custo reperfuração TEP = CTD / CDP (tradicional) TEP = P. CTD / CDP T E P TEPn Pn . CTDn CDP P(t).dt P(t).dt n n TEPn n CTDn CDP PIi P(t).dt P(t).dt n+i n 1 PSj j i i PSi P(t).dt P(t).dt n+(i-1) n n i Árvore de Decisão m.CDP CDm CDm-1CDm-2 (m-1)CDP PCIm-1 PCSm-1 PCIm PCSmCm MCm 3.CDP MC4MC3MC2 2.CDP1.CDP C1 CD2CD1CD0 PCS1 PCI1 PCS2 PCI2 PCS3 PCI3 (m-2)CDP PCIm-2 PCSm-2 Cm-1Cm-2 MCm-1 CDm-3 C3C2 DIAS ABANDONAR PESCAR 0 700 205 1 800 456 2 900 697 3 1000 890 4 1100 1049 5 1200 1185 6 1300 1301 7 1400 1413 8 1500 1523 9 1600 1631 10 1700 1737 11 1800 1842 12 1900 1946 13 2000 2050 14 2100 2154 15 2200 2256 0 500 1000 1500 2000 2500 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 C U S T O ( M IL U S $ ) DIAS PESCARIA ABANDONAR PESCAR Risco • Relação risco – retorno • Valoração de investimentos: livre ou dependente de preferência • Dependente de preferência: aversão, neutralidade ou propensão ao risco • Mercado perfeito: - Ativos disponíveis em quantidade e divisíveis - Não há custos de transação para investir ou desinvestir - Informações confiáveis, sem custo e compartilhados pelo mercado - Mercado suficientemente grande para que investidor individual não influencie preços • Risco de mercado, sistemático, conjuntural, não diversificável: condições macroeconômicas, sócio-políticas, tecnológicas • Risco da firma, próprio, privado, não sistemático, diversificável: situação da firma ou do segmento de atuação Diversificação do Risco • Markowitz, Teoria do Portfólio, Princípio da Diversificação • Risco não sistemático pode ser reduzido pela constituição de uma carteira de ativos correlacionados negativamente. A partir de 20 ativos a redução é desprezível desvio-padrão da taxa de retorno va lo r es pe ra do d a ta xa d e r et or no p = -1 p = -0,8 p = 0 p = 0,8 p = 1 100 % do investimento em B 100 % do investimento em A 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Número de ativos de sv io -p ad rã o p = 0,8 p = 0,1 p = 0 p = -0,1 Retorno Ajustado ao Risco • Sharpe: linearização e simplificação do modelo anterior • CAPM: Capital Asset Pricing Model • Mercado remunera risco sistemático, não diversificável • O risco de um ativo é medido por um coeficiente j que indica o risco sistemático nele existente • O risco de um ativo j: Rj = Rf + j . (Rm - Rf) • O retorno do ativo j: = r + j . (rm – r) j = 0 Ativo indiferente ao risco do mercado 0 < j < 1 Ativo defensivo, com risco inferior ao do mercado j = 1 Ativo médio, com risco de mercado j > 1 Ativo agressivo, com risco superior ao do mercado Custo Médio de Capital da Empresa - WACC • A determinação da TMA do projeto depende da estrutura financeira da empresa. É freqüentemente determinada pelo Custo Médio Ponderado de Capital (WACC – Weighted Avarage Cost of Capital) da empresa • WACC pondera os capitais de passivo (D) e ativo (E) da companhia e indica o retorno (W) por ela exigido para manter o valor de suas ações • Para a companhia o WACC é um referencial para a taxa de desconto ajustado ao risco ( não diversificável) do projeto • W = Kd . (D / K). (1 – T) + Ke. (E / K) onde : E + D = K, Kd < Ke Kd = custo ponderado dos financiadores Ke = remuneração dos acionistas, obtida a partir do CAPM Opções • Origem área financeira • Precificação de opções de ações • Call – opção de compra – visão otimista • Put – opção de venda – visão pessimista Teoria das Opções Reais • Direito, não obrigação • Européia ou americana • Simples ou composta • Irreversibilidade • Flexibilidade gerencial • Valor da espera • Tempo de expiração () • Incerteza () • Custo de espera () • Valor de gatilho superior ao break even point (VPL) 0 40 80 120 160 200 240 280 320 360 400 Po 0 400 800 1200 1600 2000 2400 2800 Fo V - Io Vantagens da TOR • Considera a incerteza dos eventos futuros • Estimula o investimento em etapas • Incorpora a flexibilidade gerencial • Admite a influência do tempo no valor do projeto • Mensura valor estratégico • Obtém informações para depois investir • Avalia projetos de forma uniforme Sondagem • Operadoras especializadas ou unidades independentes de companhias de petróleo • Taxa diária = f (preço do petróleo) • Elevada variabilidade no tempo • Mar : mercado mais globalizado e volátil • Ativos e contingente de pessoal elevados • Sondas mais novas ocupam espaço das mais antigas (obsoletas e mais caras), que são sucateadas e desativadas • Taxa de utilização: sondas ativas / sondas disponíveis • Sonda: opção americana com pagamento de dividendos (taxa diária) 1 m 0 PR PH PL PM PL I II III IV V 0 PL PM PR PH P Pontos de Gatilho Variáveis • Taxa diária de afretamento (P) • Custo de aquisição de sonda (I) • Custo de abandono (E) • Custo imediato de reativação (R) • Custo imediato de suspensão (EM) • Custo de abandono estando suspenso (ES) • Custo operacional (C) • Custo de manutenção (M) • Volatilidade () • Taxa de desconto livre de risco ( r ) • Custo de oportunidade do capital () Considerações • Modelagem : Movimento Geométrico Browniano • Otimização : Ativos Contingentes • M < C, R < I, E = EM + ES, E + I > 0 • P embute taxa indisponibilidade • EM e R inversamente correlacionados a M • Vida útil 20 anos ( = ) • Custos descontados por r • Receitas descontadas por ( + ) • Ignorada obsolescência tecnológica da sonda -A1 . PH 1 + (B2 . PH 2) + (PH / ) - (C / r) - I = 0 -1 . A1 . PH 1 -1 + (2 . B2 . PH 2 - 1) + (1 / ) = 0 (D1 - A1) . PL 1 + (D2 . PL 2) - M / r + E = 0 1 . (D1 - A1) . PL 1 - 1 + (2 . D2 . PL 2 - 1) = 0 -D1 . PR 1 + (B3 . PR 2) + (PR / ) - (C - M) / r - R = 0 -1 . D1 . PR 1 -1 + (2 . B3 . PR 2 - 1) + (1 / ) = 0 -D1 . PM 1 + (B3 . PM 2) + (PM / ) - (C - M) / r + EM = 0 -1 . D1 . PM 1 - 1 + (2 . B3 . PM 2 - 1) + (1 / ) = 0 Equações Diferenciais Parciais • Métodos numéricos ou analíticos • Solução Numérica - Aproximações Sucessivas (iterações) - Risco de não convergência ou raízes sem sentido físico ou econômico - Restrição de amplitude através do uso de gráficos PL (2 . 1) . PH 1 . r - 2 . PH (2 – 1) . PL (2 . 1) . I . r . + PL (1 + 2) . 1 . PH (1 – 1) . I . r . + PL (1 + 2) . 1 . PH (1 – 1) . . C - PL (1 + 2) . 1 . PH 1 . r – PL 1 . PH (1 + 2 – 1) . 1 . M . + PL 1 . PH (1 + 2 – 1) . 1 . E . r . + PH (1 + 2 – 1) . 1 . PL (2 . 1) . r . D1 . - PL (1 + 2) . 1 . PH (1 + 2 – 1) . r . . B3 - PL 1 . PH (1 + 2 – 1) . 2 . E . r . - 2 . PH (2 – 1) . PL (2 . 1) . . C + PL 1 . PH (1 + 2 – 1) . 2 . M . + r . PL (2 . 1) . PH 2 - PH (1 + 2 – 1) . 2 . PL (2 . 1) . r . D1 . + 2 . PH 2 . PL (2 . 1) . r + PL (1 + 2) . 2 . PH (1 + 2 – 1) . . B3. R = 0. Plataforma auto-elevável (PA) – Jack-up - Limitação de lâmina d’água - Sem movimentos após ser instalada - Adequada para fundos moles - Possibilidade de lavagem e escorregamento Caso Base • I = 90 • E = -30 • EM=1.2 • R = 0.8 • C = 8.3 • M = 1.0 • = 25 • r = 7 • = 4 • PL = 15510 • PM = 15590 • PR = 25120 • PH = 63070 0 20 40 60 80 100 120 0 25 50 75 100 125 150 175 200 I (Milhão US$) P (1 00 0 U S$ /d ia ) PH PR PM PL Sensibilidade – Custo Aquisição Sonda 0 20 40 60 80 100 120 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 C (Milhão US$/ano) P (1 00 0 US $/ di a) PH PR PM PL Sensibilidade – Custo Operacional Sonda Sensibilidade – Custo Operacional Sonda 0 20 40 60 80 100 0 5 10 15 20 25 30 35 40 VOLAT (% aa) P (1 00 0 U S$ /d ia ) PH PR PM PL Sensibilidade –Volatilidade Fontes de Recursos • Caixa próprio, aporte de capital • Emissão de ações : aumento / pulverização de capital (Initial Public Offering) • Parcerias / joint ventures • Financiamento corporativo • Project Finance Fusões e Incorporações Anos 80 • Chevron + Gulf • Texaco + Pacific • Mobil + Superior • BP + Sohio + Britoil Anos 90 • Total + Petrofina • BP + Amoco • Exxon + Mobil • Norsk Hydro + Saga • BP/Amoco + Atlantic • Repsol + YPF • Total + Elf • Devon + PennzEnergy 2000 • Chevron + Texaco • Devon + Santa Fé 2001 • Phillips + Tosco • El Paso + Coastal • Conoco + Gulf Canada • Devon + Mitchell + Anderson Canada • Duke + WestCoast • Conoco + Phillips 2002 • Shell + Enterprise • Petrobras + Perez Conpanc 2003 • Devon + Ocean • BP + TNK 2004 • Rosneft + Yukos 2005 • Chevron Texaco + Unocal • Valero + Premcor • CNPC + Petrokazakhistan • Conoco Phillips + Burlington 2006 • Anadarko + Kerr McGee + Western • Occidental + Vintage • Gazprom + Sibneft • Statoil + Norsk Hydro 2007 - 2011 • Suncor + PetroCanada • Sinopec + Addax • Sonangol + Starfish • Chevron + Atlas • Sinopec + Repsol Brasil • Maersk + SK Brasil • HRT + UNX Energy • BP + Devon Brasil • BHP Billiton + Petrohawk • Statoil + Brigham • Sinopec + Daylight Energy • CNOOC + Nexen Fusões e Incorporações 2013 - 2015: • Exxon + Celtic • Rosneft + BP/TNK • Pacific Rubiales + Petrominerales • Energy XXI + EPL • CNPC + Petrobras Peru • Repsol + Talisman • RD Shell + BG Parapetroleiras: • Schlumberger + Smith • GE + Vetco Gray + Hydril + Dresser + Wellstream • Baker Hughes + BJ • Technip + Global Industries • Siemens + Dresser-Rand • Halliburton + Baker-Hughes Operadoras de Sonda: • Transocean + Global Santa Fé • San Antonio + Sotep • Noble + Frontier Drilling • Pride + Ensco • Transocean + Aker • Lupatech + San Antonio/Sotep Distribuição de Óleo e Gás: • BR Distribuidora + Liquigas • Ultra + Texaco Brasil • Cosan + Esso Brasil • Alesat + Polipetro + Repsol Brasil • Cosan + Shell = Raizen • Petrobras + Gás Brasiliano • Cosan + Comgas (BG) Biocombustíveis: • Cosan + Shell = Raizen • ETH (Odebrecht) + Brenco • Louis Dreyfus + Santelisa Vale • Bunge +Moema • Petrobras + Guarani (Tereos) • BP + CNAA • Copersucar + Eco-Energy Petroquímica: • Petrobras / Brasken / Ultra + Ipiranga • Petrobras + Suzano = Quattor • Brasken + Quattor • Brasken + Sunoco Project Finance • Financiamento de projeto específico garantido pelo seu fluxo de caixa futuro (criação da SPC) • Garantias do investidor : receitas futuras (recebíveis) e propriedade dos ativos • Segregação de riscos entre projeto e patrocinador (evitar contaminação) • Relação “ganha – ganha” (risco – retorno) • Identificação, mitigação e alocação de riscos • Estruturação complexa e demorada • Projetos intensivos em capital e de longo prazo • Custos, em geral, mais elevados SPC (Special Purpose Company)) • Personalidade jurídica independente (objetivo social específico), em geral SA • Unidade econômica autônoma (segrega riscos e financiamento) • Vida útil limitada • Patrocinador pode ou não ter participação acionária na SPC • Não aumenta endividamento corporativo (off balance sheet) • Eleva capacidade de crédito (alavancagem) • Melhora classificação de risco (spreads mais baixos) • Acesso a recursos não disponíveis corporativamente • Viabiliza projetos grandes demais para o investidor • Dispensa uso de garantias reais ou pessoais (non recourse ou limited recourse): hipoteca, penhor, fiança, aval... Participantes • Patrocinador (Sponsor) • Acionistas (Equity Investors) • Financiadores (Lenders) • Construtores (EPC Contractors) • Gerente da construção • Operador • Agente estruturador (Arranger) • Agencias de rating • Seguradoras • Fornecedores / Compradores • Agente fiduciário (trustee) • Intercreditor Agent • Consultores técnicos, financeiros, jurídicos, contábeis, tributários, ambientais; auditores • Governo Estruturação do Project Finance • Projeto deve ter viabilidade técnica e econômica • Atender expectativa risco – retorno dos envolvidos • Previsibilidade do fluxo de caixa futuro (volatilidade) • Modelo específico, artesanal • Equipe multidisciplinar • Necessidade de divulgação de informações (disclosure) • Relação equity / debt (alavancagem) • Estruturador pode dar “garantiafirme” • Escolha do construtor e/ou operador (preço e prazo) • Receita gerada (tarifa) deve ser suficiente para cobrir custos operacionais, remunerar investidores e pagar despesas tributárias Classificação de Rating Fontes de Financiamento • Bancos comerciais (sindicalização) • Agencias multilaterais de crédito (Banco Mundial, BID) • Agencias de fomento nacionais (BNDES) • ECA (Export Credit Agencies) • Fundos de pensão • Fundos de investimento • Trading companies • Seguradoras • Mercado de capitais (debêntures, notas promissórias, bonds) Empréstimo ponte Países que não participam da OECD FINNVERA Finlândia FINNVERA Finlândia EKN Suécia EKN Suécia GIEK Noruega GIEK Noruega ECGD Reino Unido ECGD Reino Unido NEXI, JBIC Japão NEXI, JBIC Japão K-SURE, K-EXIM Coréia K-SURE, K-EXIM Coréia CHINA EXIM, SINOSURE e CDB China CHINA EXIM, SINOSURE e CDB China EDC Canadá EDC Canadá US EXIM Estados Unidos US EXIM Estados Unidos EKF Dinamarca EKF Dinamarca I-EXIMBANK Índia I-EXIMBANK Índia EXIMBANKA Eslováquia EXIMBANKA Eslováquia NIB Nordic Bank NIB Nordic Bank EXIM Malaysia Malásia EXIM Malaysia Malásia EXIM Thailand Tailândia EXIM Thailand TailândiaBNDES EXIM, Brasil BNDES EXIM, Brasil ASHRA Israel ASHRA Israel COFACE França COFACE França CESCE Espanha CESCE Espanha OeKB Áustria OeKB Áustria SERV Suíça SERV Suíça ATRADIUS Holanda ATRADIUS Holanda ONDD Bélgica ONDD Bélgica HERMES Alemanha HERMES Alemanha SACE Itália SACE Itália COSEC Portugal COSEC Portugal MEHIB H. EXIM Hungria MEHIB H. EXIM Hungria ECAs no Mundo SPC Agências Multilaterais Debt Equity Patrocinador Aluguel Consórcio Diversos contratos Bancos Comerciais Acionistas Bancos de Fomento (JBIC/BNDES) Debt Project Finance: Estrutura Típica Mercado de Capitais Riscos • Construção / Tecnologia/ Engenharia (prazo, custo, especificação; turn-key) • Mercado (preço, quantidade; take or pay, hedge) • Suprimento (insumo, custo; contratos firmes) • Operação (custo, qualidade, prazo, segurança; performance bonds) • Infra-estrutura (transporte, comunicação) • Político (expropriação, quebra de contratos, convertibilidade, moratória; PRI) • Financeiro (taxa de juros, cambio, crédito, inadimplência; conta, hedge) • Sindicalização (valores elevados, financiador inexperiente; garantia firme) • Ambiental (multa, imagem; licenças, melhores práticas) • Força Maior (ação do homem ou da natureza) • Participante • Legal (sistema legal, foro, mudança de leis, erros documentação) Indústria do Petróleo - Fim Século XX • Baixo preço do petróleo (Brent = US$ 10/barril) • Limitações orçamentárias da Petrobras • Crises financeiras internacionais (asiática, russa) • Rígidas restrições a endividamento (FMI) • Compromisso com o superavit primário da União • Contingenciamento bancário à concessão de crédito ao setor público pelo BNDES • Quebra do monopólio do petróleo no Brasil • Necessidade de produzir campos já conhecidos • Necessidade de explorar novos campos dentro dos prazos concedidos pela agencia reguladora (ANP) Projetos Estruturados na BC PROJETO VALOR CAMPOS (US$ milhão) Albacora AJPL 173 Albacora Albacora Petros 240 Albacora Barracuda-Caratinga 2.500 Barracuda, Caratinga EVM 1.077 Espadarte, Voador, Marimbá Marlim 1.500 Marlim NovaMarlim 834 Marlim PCGC 86 Pampo, Cherne, Garoupa, Carapeba, Congro TOTAL 6.410 Consórcio Marlim Consórcio Marlim Commercial Papers / Debêntures / Notas Commercial Papers / Debêntures / Notas BNDESBNDES DEBT - US$ 1.3 bilhão Medium Term NotesMedium Term Notes EQUITY - US$ 200 milhões BNDESPar 30.0% Valia 17.9% Bco ABN AMRO 14.6% PETROS 11.8% Bradesco Previd. 11.8% JPM Part. 7.9% Bco Sul América 6.0% BNDESPar 30.0% Valia 17.9% Bco ABN AMRO 14.6% PETROS 11.8% Bradesco Previd. 11.8% JPM Part. 7.9% Bco Sul América 6.0% Receita Concessão Receita Operação, Serviços, Comercialização Marlim (CPM) Marlim (CPM) Marlim Participações Marlim Participações ANPANP Investimentos (Ativos) Campo de Marlim Marlim Project Finance na Indústria de Petróleo e Gás Natural Albino Lopes d’Almeida albinold@nucleodepetroleo.com.br Fontes de Recursos • Caixa próprio, aporte de capital • Emissão de ações : aumento / pulverização de capital (Initial Public Offering) • Parcerias / joint ventures • Financiamento corporativo • Project Finance Project Finance • Financiamento de projeto específico garantido pelo seu fluxo de caixa futuro (criação da SPC) • Garantias do investidor : receitas futuras (recebíveis) e propriedade dos ativos • Segregação de riscos entre projeto e patrocinador (evitar contaminação) • Relação “ganha – ganha” (risco – retorno) • Identificação, mitigação e alocação de riscos • Estruturação complexa e demorada • Projetos intensivos em capital e de longo prazo • Custos, em geral, mais elevados • Maior atenção no risco do projeto que no do patrocinador SPC (Special Purpose Company)) • Personalidade jurídica independente (objetivo social específico), em geral SA • Unidade econômica autônoma (segrega riscos e financiamento) • Vida útil limitada • Patrocinador pode ou não ter participação acionária na SPC • Não aumenta endividamento corporativo (off balance sheet) • Eleva capacidade de crédito (alavancagem) • Melhora classificação de risco (spreads mais baixos) • Acesso a recursos não disponíveis corporativamente • Viabiliza projetos grandes demais para o investidor • Dispensa uso de garantias reais ou pessoais (non recourse ou limited recourse): hipoteca, penhor, fiança, aval... Project Finance • Aplicações desde o século XIII (minas de prata) • Expedições colonizadoras (descobrimentos, Companhia das Índias Ocidentais e Orientais Holandesas) • Abertura do Canal de Suez • Crescimento a partir dos anos 70 /80: privatização, F&A • EuroDisney, Eurotunel, Mar do Norte, oleoduto no Alasca • US$ 200 bilhões em mais de 500 projetos anuais no mundo • Energia, infra-estrutura (água, serviços sociais, rodovias, portos, aeroportos), petróleo & gás, telecomunicações, mineração, lazer (estádios esportivos, parques temáticos, turismo), fontes energéticas alternativas • Brasil: petróleo / gás, concessões rodoviárias, metrô, energia elétrica (PCH), etanol, petroquímica, papel e celulose, imóveis (a partir dos anos 90) Estruturação do Project Finance • Projeto deve ter viabilidade técnica e econômica • Atender expectativa risco – retorno dos envolvidos • Previsibilidade do fluxo de caixa futuro (volatilidade) • Modelo específico, artesanal • Equipe multidisciplinar • Necessidade de divulgação de informações (disclosure) • Relação equity / debt (alavancagem) • Estruturador pode dar “garantia firme” • Escolha do construtor e/ou operador (preço e prazo) • Receita gerada (tarifa) deve ser suficiente para cobrir custos operacionais, remunerar investidores e pagar despesas tributárias Participantes • Patrocinador (Sponsor) • Acionistas (Equity Investors) • Financiadores (Lenders) • Construtores (EPC Contractors) • Gerente da construção • Operador • Agente estruturador (Arranger) • Agencias de rating • Seguradoras • Fornecedores / Compradores • Agente fiduciário (trustee) • Intercreditor Agent• Consultores técnicos, financeiros, jurídicos, contábeis, tributários, ambientais; auditores • Governo Riscos • Construção / Tecnologia/ Engenharia (prazo, custo, especificação; turn-key) • Mercado (preço, quantidade; take or pay, hedge) • Suprimento (insumo, custo; contratos firmes) • Operação (custo, qualidade, prazo, segurança; performance bonds) • Infra-estrutura (transporte, comunicação) • Político (expropriação, quebra de contratos, convertibilidade, moratória; PRI) • Financeiro (taxa de juros, cambio, crédito, inadimplência; conta, hedge) • Sindicalização (valores elevados, financiador inexperiente; garantia firme) • Ambiental (multa, imagem; licenças, melhores práticas) • Força Maior (ação do homem ou da natureza) • Legal (sistema legal, foro, mudança de leis, erros documentação) Fontes de Financiamento • Bancos comerciais (sindicalização) • Agencias multilaterais de crédito (Banco Mundial, BID) • Agencias de fomento nacionais (BNDES) • ECA (Export Credit Agencies) • Fundos de pensão • Fundos de investimento • Trading companies • Seguradoras • Mercado de capitais (debêntures, notas promissórias, bonds) Empréstimo ponte Classificação de Rating Países que não participam da OECD FINNVERA Finlândia FINNVERA Finlândia EKN Suécia EKN Suécia GIEK Noruega GIEK Noruega ECGD Reino Unido ECGD Reino Unido NEXI, JBIC Japão NEXI, JBIC Japão K-SURE, K-EXIM Coréia K-SURE, K-EXIM Coréia CHINA EXIM, SINOSURE e CDB China CHINA EXIM, SINOSURE e CDB China EDC Canadá EDC Canadá US EXIM Estados Unidos US EXIM Estados Unidos EKF Dinamarca EKF Dinamarca I-EXIMBANK Índia I-EXIMBANK Índia EXIMBANKA Eslováquia EXIMBANKA Eslováquia NIB Nordic Bank NIB Nordic Bank EXIM Malaysia Malásia EXIM Malaysia Malásia EXIM Thailand Tailândia EXIM Thailand Tailândia BNDES EXIM, Brasil BNDES EXIM, Brasil ASHRA Israel ASHRA Israel COFACE França COFACE França CESCE Espanha CESCE Espanha OeKB Áustria OeKB Áustria SERV Suíça SERV Suíça ATRADIUS Holanda ATRADIUS Holanda ONDD Bélgica ONDD Bélgica HERMES Alemanha HERMES Alemanha SACE Itália SACE Itália COSEC Portugal COSEC Portugal MEHIB H. EXIM Hungria MEHIB H. EXIM Hungria ECAs no Mundo SPC Agências Multilaterais Debt Equity Patrocinador Aluguel Consórcio Diversos contratos Bancos Comerciais Acionistas Bancos de Fomento (JBIC/BNDES) Debt Project Finance: Estrutura Típica Mercado de Capitais Fases • Concepção / Planejamento (EVTE, opção PF) • Contratação de arranger (viabilidade / riscos) • Divulgação e busca de fontes de financiamento • Definição da estrutura de capital (equity /debt) • Negociação de valores, taxas, prazos e garantias • Assinatura de contratos (dry closing) • Atendimento a condições precedentes • Desembolso inicial (wet closing) • Desembolsos complementares • Gestão da estrutura • Repagamento da dívida • Encerramento do projeto • Opção de compra e venda (put and call) Indústria do Petróleo - Fim Século XX • Baixo preço do petróleo (Brent = US$ 10/barril) • Limitações orçamentárias da Petrobras • Crises financeiras internacionais (asiática, russa) • Rígidas restrições a endividamento (FMI) • Comprometimento com o gasoduto Brasil-Bolívia • Compromisso com o superavit primário da União • Contingenciamento bancário à concessão de crédito ao setor público pelo BNDES • Quebra do monopólio do petróleo no Brasil • Necessidade de produzir campos já conhecidos • Necessidade de explorar novos campos dentro dos prazos concedidos pela agencia reguladora (ANP) Projetos Estruturados na BC PROJETO VALOR CAMPOS (US$ milhão) Albacora AJPL 173 Albacora Albacora Petros 240 Albacora Barracuda-Caratinga 2.500 Barracuda, Caratinga EVM 1.077 Espadarte, Voador, Marimbá Marlim 1.500 Marlim NovaMarlim 834 Marlim PCGC 86 Pampo, Cherne, Garoupa, Carapeba, Congro TOTAL 6.410 Consórcio Marlim Consórcio Marlim Commercial Papers / Debêntures / Notas Commercial Papers / Debêntures / Notas BNDESBNDES DEBT - US$ 1.3 bilhão Medium Term NotesMedium Term Notes EQUITY - US$ 200 milhões BNDESPar 30.0% Valia 17.9% Bco ABN AMRO 14.6% PETROS 11.8% Bradesco Previd. 11.8% JPM Part. 7.9% Bco Sul América 6.0% BNDESPar 30.0% Valia 17.9% Bco ABN AMRO 14.6% PETROS 11.8% Bradesco Previd. 11.8% JPM Part. 7.9% Bco Sul América 6.0% Receita Concessão Receita Operação, Serviços, Comercialização Marlim (CPM) Marlim (CPM) Marlim Participações Marlim Participações ANPANP Investimentos (Ativos) Campo de Marlim Marlim Mitigação de Riscos • Riscos de construção, desenvolvimento, produção, operação, mercado, tecnologia e reservas mitigados, pois investimentos em fase adiantada (várias UEP’s e poços) e atividades de pleno domínio da Petrobras (tecnologia provada) • Projeto estratégico pelo interesse do governo federal em alcançar a autosuficiencia de petróleo • Faturamento em US$ oriundo da venda de produtos exportáveis e com elevada liquidez no mercado internacional (óleo e derivados) • Quantidade e características das garantias suficientes para dar conforto a acionistas e investidores (elevado índice de cobertura, risco mínimo de default) Estruturação da Operação • Concessão do campo detida pela Petrobras (agosto/98) que continuará como única operadora (como desde 1991) • Carta mandato com o agente estruturador : ABN • Avaliação de reservas do campo por empresa independente • SPE brasileira para permitir participação do BNDESPar • Não ter entre os acionistas empresas de petróleo ou energia • Companhia Petrolífera Marlim S.A. (CPM), SPE constituída em dezembro/1998, fez consórcio com a Petrobras para aportar ativos no valor de US$ 1,5 bilhão Duração: 13 anos • Minimização dos custos financeiros e tributários • Obtenção de rating junto à Moody’s (Aaa.br), Standard & Poors (brAA+) e Fitch (AA+ bra) Estruturação da Operação • Fluxo de caixa de CPM mais que suficiente para cobrir em nível adequado todos os custos (incluindo serviço da dívida) • Criação da Marlim Participações em 1999 (permitir participação de fundos de pensão) • Commercial papers substituídos por debêntures em 2001 • Taxa das debêntures definida através de bookbuilding; divulgação em road-shows • Debêntures substituídas por notas internacionais em 2005 • SPC não tem atividade operacional ou empregados • Registro em instituições como BC, SRF, ANP, CVM, CBLC, ANDIMA Conclusão - Marlim • CPM foi uma das maiores empresas do pais (posição 157 nas 500 Maiores da Exame, julho/2002) • Excelente retorno e muita segurança para os investidores • Petrobras administrou CPM e MarlimPar, mas sem participação acionária nas SPC’s • Produção chegou a dobrar em relação ao período da estruturação • Exercício da opção de compra em 2009 • Incorporação na Petrobras em 2010 • Baixa na Jucerja, Receita Federal, órgãos municipais... • Continuação do desenvolvimento do campo envolveu outro project finance (US$ 834 milhões) e a criação da SPC NovaMarlim Petróleo Marlim x NovaMarlim Marlim • US$ 1500 milhões • Captação = 1/3 no mercado externo • Início = dez / 1998 • Duração = 13 anos • Transferência de ativos de jun/1999 a dez/2001 NovaMarlim • US$ 834 milhões • Captação total no mercado doméstico• Início = dez / 2001 • Duração = 7,5 anos • Transferência de ativos ou custos operacionais Projetos de Gás Natural • Monetizar reservas GN no Brasil e na Bolívia • Aumentar participação GN na matriz energética nacional • Construir infraestrutura de transporte e distribuição (capilaridade) • Honrar compromissos contratuais com distribuidoras, termelétricas (PPT), mercado gás natural veicular • Dar flexibilidade à oferta de gás quando das oscilações na demanda e reduzir a necessidade de utilização do GNL • Gerar empregos • Estimular fornecimento de bens e serviços pela indústria local (conteúdo nacional mínimo) Gasodutos Nacionais SPE - TRANSPORTADORA GASENEProjeto Gasene • Interligação das malhas de gasodutos Sudeste- Nordeste • Criação das SPE Gasene Participações e Transportadora Gasene • Extensão total: 1387 Km. • Gasoduto atravessa 68 municípios em 3 estados • Vazão máxima : 20 milhões m3/dia • Licenças ambientais obtidas junto ao IBAMA • Atendimento às normas da ANP para transporte de gás e cálculo de tarifas • Investimento total: US$ 4,5 bilhões GASCAC: 954 Km, 28” Investimento realizado pela SPE Transportadora Gasene S.A. GASCAV: 303 Km, 28” Investimento realizado pela SPE Transportadora Gasene S.A. Cacimbas-Vitória: 130 Km, 26” Investimento 100% Petrobras (TAG) Vazão máxima: 20 MMm³/dia Extensão total: 1.387 km Investimento total: US$ 4,5 bilhões Projeto Gasene PE Eunápolis PE Mucuri PE Itabuna ECOMP Prado ECOMP Catu (EDG catu) ECOMP Aracruz ECOMP Piúma PE Cachoeiro do Itapemirim PE Campos PE Vitória PE Viana CACIMBAS VITÓRIA CABIÚNAS BA MG DUQUE DE CAXIAS SE SP AL PE PB RN CE PI MA TO GO PA ES RJ JACUTINGA PAULÍNIA CUBATÃO TAUBATÉ BETIM CATU PILAR ATALAIA CABO GUAMARÉ GASODUTO CACIMBAS-CATU GASODUTO CACIMBAS-VITÓRIA GASODUTO CABIÚNAS-VITÓRIA ANCHIETA M M PECÉM GNL PECÉM GNL BAÍA DE GUANABARA M M PE Anchieta ESTAÇÃO DE COMPRESSÃO (ECOMP) PONTO DE ENTREGA (PE) PÓLO DE PROCESSAMENTO M Gasene Estrutura do Projeto Opção de compra e venda China Development Bank PETROBRAS Opção de compra e venda PETROBRAS Amort + Juros BNDES Notas Promissórias Amortização e Juros GASENE PAR TRANSPETRO TRANSPORTADORA GASENE TAG Subcontratação Contrato de Adm Contrato de Serviço de Transporte Firme de Gás Natural - (GTA) Contrato de O&M Contrato de O&M Financiamento Financiamento Financiamento •Contrato de Financiamento Mediante Abertura de Crédito (Gasene, BNDES) •Contrato de Financiamento Mediante Repasse de Recursos Externos (Gasene, BNDES, CDB) BNDES - Longo Prazo 3.164 BNDES - Repasse China Development Bank 1.247 Notas Promissórias 2.847 Total de Investimento do Projeto Gasene 7.258 Mobilização de Recursos (R$ MM) Gestão da Estrutura • Cumprir obrigações financeiras (recebimento de créditos, pagamento de dívida e tributos) • Cumprir obrigações não financeiras (contábeis, societárias, garantias, prestação de informações...) • Escolha dos diretores da SPC (incluir na licitação do arranger): disponibilidade, proximidade, procurações • Escolha do banco mandatário • Forma de contratação (e escopo) de prestadores de serviços (escritórios de contabilidade, firmas de auditoria) • Definição de escritórios de advogados durante a estruturação e após closing (parte societária) • Simplificação dos contratos (comando do estruturador) • Processo de assinaturas de documentos (patrocinador, diretores, cartas de atividades permitidas) Gestão da Estrutura • Processo de recepção e pagamento de faturas de materiais e EPCistas (volume, data, antecedência, frequência) • Relatórios de acompanhamento para investidores (prazo, frequência, conteúdo, nível de detalhamento) • Reavaliar continuamente a adequação da estrutura (perfil da dívida, relacionamento com acionistas e órgãos externos, incompatibilidades, fechamento de capital) • Possibilidade de pré-pagamento e encerramento da estrutura • Modelo financeiro (e disponibilização dos índices) • Casamento entre amortização da dívida e depreciação dos ativos constituídos • Fundos de aplicação dos recursos mantidos Bibliografia • D’ALMEIDA, A.L., Indústria do Petróleo no Brasil e no Mundo: Formação, Desenvolvimento e Ambiência Atual, São Paulo, Edgard Blucher, 2015 • FINNERTY, J.D., Project Finance: Engenharia Financeira Baseada em Ativos, Rio de Janeiro, Qualitymark,1998
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