Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
POLÍMEROS EM SOLUÇÃO Professor André Simões POLÍMEROS EM SOLUÇÃO A interação de moléculas de cadeia longa com líquidos é de considerável interesse tanto do ponto de vista prático quanto teórico. • Polímeros em solução representa um sistema conveniente de estudo das propriedades macromoleculares; • Produção e controle da qualidade; • Tipo de solvente – inflamabilidade, solução aquosa, tiner, etc. • Determinação da massa molar – tamanho da cadeia polimérica; POLÍMEROS EM SOLUÇÃO Soluções Verdadeiras • soluto molecularmente disperso • apresenta afinidade entre os componentes; • formação espontânea; • concentração constante ao longo do tempo; • homogeneidade, presença de apenas uma fase; • estabilidade termodinâmica POLÍMEROS EM SOLUÇÃO Diferenças entre a dissolução de moléculas pequenas e a de polímeros POLÍMEROS EM SOLUÇÃO Em torno de cada mero há menos moléculas de solvente disponíveis para solvatação do que no caso de moléculas pequenas. Cada mero possui menos liberdade, após a dissolução, do que as moléculas pequenas. POLÍMEROS EM SOLUÇÃO Dissolução pode ser descrita como sendo o processo pelo qual se dispersa um material em um determinado meio, atingindo-se um conjunto de características POLÍMEROS EM SOLUÇÃO • Para polímeros Lineares e ramificados, normalmente são encontrados líquidos que dissolvem o polímero completamente para formar uma solução homogênea. • Para polímeros reticulados, quando em contato com líquidos compatíveis, apenas incharão POLÍMEROS EM SOLUÇÃO Como ocorrer a solubilidade? Uma vez colocado num solvente, os polímeros dissolvem em vários passos. O solvente deve molhar o polímero: difusão do solvente pelo polímero - inchaço. Para polímeros de alto peso molecular, este processo pode levar várias horas, dependendo da dimensão da amostra, temperatura, e assim por diante. POLÍMEROS EM SOLUÇÃO • Devido a afinidade entre o solvente e o polímero, moléculas de solvente penetram na massa polimérica, afastando os segmentos das cadeias e promovendo o inchamento da amostra; • A fase relativa a amostra inchada coexiste por algum tempo com a fase de solvente puro; POLÍMEROS EM SOLUÇÃO • Quando as cadeias de polímero afastam-se suficientemente umas das outras, começam a desentrelaçar e a difundir através do solvente; • Forma-se, então, uma fase de concentração reduzida, coexistindo com a fase mais concentrada (nesta ultima ainda existem entrelaçamentos); • Após algum tempo, os entrelacamentos são desfeitos, obtendo-se um sistema homogêneo (monofásico). POLÍMEROS EM SOLUÇÃO Principais fatores que afetam a dissolução de polímeros: 1 - natureza química do polímero e do solvente 2 - massa molar do polímero 3 - flexibilidade da cadeia polimérica 4 - densidade de empacotamento das cadeias poliméricas 5 - heterogeneidades na composição química das cadeias 6 - presença e densidade de uma rede tridimensional POLÍMEROS EM SOLUÇÃO Inchamento Limitado: As duas fases distintas, criadas logo apos o inchamento, permanecem separadas. Inchamento Limitado envolvendo polímeros lineares: As interações entre os segmentos das cadeias são maiores do que as interações destes com as moléculas de solvente. As cadeias não se separam completamente. POLÍMEROS EM SOLUÇÃO Inchamento Limitado envolvendo polímeros reticulados: Estas amostras incham ate que as cadeias não possam mais se afastar umas das outras, devido as ligações cruzadas. Quanto maior for o grau de reticulação, menor será o inchamento. POLÍMEROS EM SOLUÇÃO Como determinar o quanto a amostra incha: • Método Gravimétrico: • Método Volumétrico: O grau de inchamento permite estimar a interação entre o polímero e o solvente empregado POLÍMEROS EM SOLUÇÃO Conformação da Cadeia em Solução • Rotação em torno da ligação simples; • Ângulo de ligação e distancia interatômica; • Conformação em novelo; • Bom solvente ou temperatura alta – volume hidrodinâmico aumenta; • Cadeia mais estendida. • Solvente pobre ou baixa temperatura – volume hidrodinâmico diminui. • Volume hidrodinâmico – medida entre os finais da cadeia » Modelos estatísticos; – Cadeia livremente ligada; cadeia com rotação tetraédrica livre; cadeia tetraédrica com movimento restrito POLÍMEROS EM SOLUÇÃO Solubilidade de Polímeros • Energia livre de solubilidade •A entalpia depende da quantidade de grupos capazes de estabelecer interações fortes Para calcular ∆Hm : Hildebrande e Scott 21 2 2 1 2 2 2 1 1 1 νν ∆ − ∆ =∆ V E V EVH mm POLÍMEROS EM SOLUÇÃO Sendo o parâmetro de solubilidade – densidade de energia coesiva (DEC) 2 1 ∆ = V Eδ 21 2 2 1 22 1 1 ννδδ −=∆ mm VH Como entalpia é sempre positiva, deve-se para uma boa solubilização o menor valor para esta diferença entre os parâmetros de solubilidade (1 é o solvente e 2 o polímero) POLÍMEROS EM SOLUÇÃO Parâmetro de solubilidade Solventes (δ1) Solubilidade de Polímeros (δ2) Contribuição de grupo Exemplo: PS Obtenção Experimental de δ Para encontrar o valor de d para uma amostra polimérica basta realizar experimentos de inchamento desta amostra polimérica em diversos solvente diferentes. O parâmetro de Hildebrand do solvente que mais inchar o polímero será o valor do parâmetro de Hildebrand da amostra polimérica Soluções Diluídas •Para Flory-Huggins – o calor de mistura é dado por: •Chega-se a seguinte equação fundamental •Equação que é o ponto de partida para outra equações importantes como a pressão osmótica e o segundo coef. Do Virial (A2): ν2 = volume especifico do polímero; V1 = volume molar do solvente; NA = nº de Avogadro. Temperatura Teta (θθθθ) É um estado bem definido da solução polimérica, no qual os efeitos do volume excluído são eliminados e o novelo polimérico está numa condição não-pertubada Ocorre a expansão do novelo, causada pelas interações com o solvente Os segmentos poliméricos atraem-se uns aos outros, os novelos tendem a colapsar e ocorre separação de fases As condições theta (θ) Cadeias expandidas Cadeias se tornam ideais Quando o segundo coef. do Virial será zero. De outra forma, u = volume excluído; M = massa molar do polímero; •Quando a quantidade u for zero A2 será zero. Significa que as forças estão equilibradas e a cadeia do polímero não distingue moléculas de solvente com as de outras cadeias poliméricas. •Neste ponto as condições de mistura são simplificadas ocorrendo a uma dada temperatura-θ de Flory para um dado solvente. •Quando u < 0 significa atração polímero-polímero (aproximação entre segmentos) ⇒ precipitação imediata (temperatura-θθθθ > temperatura de trabalho) ; •Quando u > 0 significa atração polímero-solvente (afastamento entre segmentos) ⇒ solubilidade (temperatura-θθθθ < temperatura de trabalho) . Bom Solvente • Aumenta as dimensões do novelo (“coil”). • O abaixamento da temperatura reduz o “poder" do solvente. • Mudanças na dimensão do novelo afetam a viscosidade do polímero • Temperatura de Flory- temperatura na qual a "pobreza" do solvente compensa exatamente o efeito do volume excluído. 1. Adição de um não solvente 1. Mudança no δ do tiner levando à precipitação dos polímeros menos estáveis; 2. Evaporação do solvente 1. Mudança do δ do tiner levando a precipitação das cadeias de maior massa molar; 3. Alteração da temperatura 1. Atinge a região de separação de fase; 4. Fracionamento por eluição com aumento da temperatura 1. Separação dos diferentes tiposde cadeias (ramificadas / lineares e maiores) Viscosimetria de Soluções Diluídas - Mv Medida do tempo de escoamento de varias soluções diluídas do polímero em comparação com o tempo de escoamento do solvente. Viscosidade relativa Viscosidade específica Viscosidade intrínseca (relação com o volume hidrodinâmico) Relação de Mark-Houwink-Sakurada K, a = constantes específicas do conjunto polímero – solvente - temperatura Viscosidade A viscosidade de um liquido mede a resistência que este oferece a fluir. Um liquido é Newtoniano quando a força tangencial por unidade de área entre dois planos paralelos de fluido é proporcional ao gradiente de velocidade. Dησ = Coeficiente de viscosidade Métodos de medição Método capilar (Ostwald, Ubbelohde) tkρη = 22 11 2 1 t t ρ ρ η η = Método rotacional (Couette viscometer) Particularmente útil para fluidos não Newtonianos. ω θη k= ω - velocidade angular do cilindro exterior. θ - deflecção angular do cilindro interior. Viscosidade de soluções e dispersões coloidais diluídas Conceitos: reduzida de viscosida- /c relativa de viscosidada incremento - 1 relativa de viscosida- / dispersão da de viscosida- edispersant meioou puro solvente do de viscosida- i 0 i 0 0 η η ηη ηη η η −=
Compartilhar