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Competências Legislativas da União

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CARREIRAS JURÍDICAS 
Constitucional – Módulo II 
Robério Nunes 
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Cuidados Especiais 
 
- Art. 22. Compete privativamente à União 
legislar sobre: 
- XVII – organização judiciária, do Ministério 
Público do Distrito Federal e dos 
Territórios e da Defensoria Pública dos 
Territórios, bem como organização 
administrativa destes; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 69, de 2012); 
- Art. 22. Compete privativamente à União 
legislar sobre: 
- XI – trânsito e transporte; 
- Art. 23. É competência comum da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios: 
- XII - estabelecer e implantar política de 
educação para a segurança do trânsito. 
- Art. 22. Compete privativamente à União 
legislar sobre: 
- XXI - normas gerais de organização, 
efetivos, material bélico, garantias, 
convocação e mobilização das polícias 
militares e corpos de bombeiros militares; 
- Art. 22. Compete privativamente à União 
legislar sobre: 
- XXVII - normas gerais de licitação e 
contratação, em todas as modalidades, 
para as administrações públicas diretas, 
autárquicas e fundacionais da União, 
Estados, Distrito Federal e Municípios, 
obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para 
as empresas públicas e sociedades de 
economia mista, nos termos do art. 173, § 
1°, III; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998) 
- Art. 24. (...) § 1º - No âmbito da legislação 
concorrente, a competência da União 
limitar-se-á a estabelecer normas gerais. 
- § 2º - A competência da União para legislar 
sobre normas gerais não exclui a 
competência suplementar dos Estados. 
- § 3º - Inexistindo lei federal sobre normas 
gerais, os Estados exercerão a 
competência legislativa plena, para 
atender a suas peculiaridades. 
- § 4º - A superveniência de lei federal sobre 
normas gerais suspende a eficácia da lei 
estadual, no que lhe for contrário. 
- Art. 22. Compete privativamente à União 
legislar sobre: 
- XXIII - seguridade 
social; 
- Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao 
Distrito Federal legislar concorrentemente 
sobre: 
- XII - previdência social, proteção e defesa 
da saúde; 
- Art. 22. Compete privativamente à União 
legislar sobre: 
- Parágrafo único. Lei complementar poderá 
autorizar os Estados a legislar sobre 
questões específicas das matérias 
relacionadas neste artigo. 
- Art. 23. É competência comum da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios: 
- XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as 
concessões de direitos de pesquisa e 
exploração de recursos hídricos e minerais 
em seus territórios; 
 
 
Cuidados Especiais: Jurisprudência 
- “PENAL E CONSTITUCIONAL. CRIME DE 
RESPONSABILIDADE. TIPIFICAÇÃO. 
COMPETÊNCIA EXCLUSIVA DA UNIÃO. 
PRECEDENTE DO PLENÁRIO DO STF. 1. 
A tipificação do crime de responsabilidade é 
da competência legislativa privativa da 
União. Precedente: ADI n. 2220, Relatora a 
Ministra Cármen Lúcia, Plenário, Dje de 
7.12.2011. (…)” (STF, AI 515894 AgR, Rel. 
Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, j. em 
28/08/2012); 
- “Ação Direta de Inconstitucionalidade - 
Constituição do Estado de Rondônia - 
Outorga de prerrogativas de caráter 
processual penal ao Governador do Estado 
- Imunidade à prisão cautelar e a 
qualquer processo penal por delitos 
estranhos a função governamental - 
inadmissibilidade - Ofensa ao princípio 
republicano - Usurpação de competência 
legislativa da União - Prerrogativas 
inerentes ao presidente da República 
enquanto chefe de Estado (CF/88, art. 86, 
par. 3. e 4.) (...)” (STF, ADI 1023, 
19/10/1995) 
- Legislação estadual sobre a possibilidade 
de acúmulo das franquias de minutos 
mensais ofertados pelas operadoras de 
telefonia, determinando a transferência dos 
minutos não utilizados no mês de sua 
aquisição, enquanto não forem utilizados, 
para os meses subsequentes. 
 
 
 
 
 
 
 
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Competência privativa da União para 
legislar sobre telecomunicações. 
Violação do art. 22, IV, da Constituição 
Federal. (STF, ADI 4649 MC, Rel. Min. 
DIAS TOFFOLI, Pleno, j. em 28/09/2011); 
- Legislação estadual sobre vedação da 
cobrança de tarifa de assinatura básica 
na telefonias fixa e na telefonia móvel, 
instituindo penalidade. Invasão da 
competência legislativa da União. Violação 
dos artigos 21, XI, 22, IV, e 175, parágrafo 
único, da Constituição Federal. 
Precedentes. (STF, ADI 3847, Rel. Min. 
GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, j. em 
01/09/2011); 
- Legislação estadual sobre gratuidade de 
todos os estacionamentos situados no 
Estado aos portadores de deficiência e 
aos maiores de sessenta e cinco anos, 
proprietários de automóveis. Violação ao 
art. 22, I, da Constituição Federal, pois a 
competência para legislar sobre direito 
civil é privativa da União. (STF, AI 742679 
AgR, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, 
Segunda Turma, j. em 27/09/2011); 
- Legislação municipal que institui cobertura 
obrigatória de seguro contra furto e 
roubo de automóveis, para as empresas 
que operam área ou local destinados a 
estacionamentos, com número de vagas 
superior a cinquenta veículos, ou que deles 
disponham, invadiu a competência para 
legislar sobre seguros, que é privativa da 
União, como dispõe o art. 22, VII, da 
Constituição Federal. (STF, RE 313060, 
Rel. Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, 
j. em 29/11/2005). 
- A competência constitucional dos 
Municípios de legislar sobre interesse 
local não tem o alcance de estabelecer 
normas que a própria Constituição, na 
repartição das competências, atribui à 
União ou aos Estados. 
- (STF, RE 313060, Rel. Min. ELLEN 
GRACIE, Segunda Turma, j. em 
29/11/2005). 
- Violação da competência privativa da 
União para legislar sobre trânsito e 
transporte, consoante disposto no art. 22, 
XI, da CF: 
 
 
- Lei estadual que dispõe sobre o 
cancelamento de multas de trânsito 
(STF, ADI 2137, Rel. Min. Dias Toffoli, 
11/04/2013). 
- Lei estadual que dispõe sobre a 
obrigatoriedade do uso do cinto de 
segurança nas vias urbanas (STF, ADI 
2960, Rel. Min. Dias Toffoli, 11/04/2013). 
- Violação da competência privativa da 
União para legislar sobre trânsito e 
transporte, consoante disposto no art. 22, 
XI, da CF: 
- Lei estadual que dispõe sobre a 
obrigatoriedade das empresas de 
transporte coletivo de passageiros que 
operam no estado instalarem cinto de 
segurança nos veículos (STF, ADI 874, 
Rel. Min. Gilmar Mendes, 03/02/2011). 
- Violação da competência privativa da 
União para legislar sobre trânsito e 
transporte, consoante disposto no art. 22, 
XI, da CF: 
- Lei estadual que dispõe sobre penalidade a 
quem dirigir veículo automotor em estado 
de flagrante embriaguez (STF, ADI 3269, 
Rel. Min. Cezar Peluso, 01/08/2011). 
- Instituições bancárias: 
- A definição do horário de funcionamento 
(atividade-fim) é da competência 
legislativa da União (RE 118363; Súmula 
19 do STJ). 
- É inconstitucional a lei estadual que 
imponha às agências bancárias o uso de 
equipamento que, ainda quando indicado 
pelo Banco Central, ateste a autenticidade 
das cédulas de dinheiro nas transações 
bancárias. Ofensa aos arts. 21, VIII, e 192, 
da CF. (STF, ADI 3515, Pleno, 01/08/2011). 
- Instituições bancárias: 
- A Corte Especial do STJ entende que o 
funcionamento interno das agências 
bancárias e, por conseguinte, as 
atividades-meio dessas instituições são 
questões de interesse local, cuja 
competência legislativa é do Município 
(STJ, RESP 1347921, 07/03/2013) 
- Instituições bancárias: 
- O Município pode legislar apenas sobre 
temas de interesse local, inclusive 
relativos à proteção do consumidor e à 
relação de consumo, como por exemplo:www.cers.com.br 
 
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- Instalação de sanitários (STF, RE 266536 
AgR, 17/04/2012) e equipamentos de 
segurança (AI 574296 AgR, 23/05/2006). 
- Tempo de espera (AI 495187 AgR, 
Primeira Turma, 30/08/2011). 
- Constitucionalidade (competência 
concorrente da união, estados-membros e 
o DF para legislar sobre direito econômico - 
art. 24, I, da CF/88) de leis estaduais que 
garantem meia entrada para: 
- doadores regulares de sangue no acesso a 
locais públicos de cultura esporte e lazer 
(STF, ADI 3512, 15/02/2006). 
- estudantes regularmente matriculados em 
estabelecimentos de ensino no ingresso em 
casas de diversão, esporte, cultura e lazer 
(STF, ADI 1950, 03/11/2005). 
- Inconstitucionalidade (competência do 
Município para legislar sobre assunto de 
interesse local, especialmente trasnsporte 
coletivo - art. 30, I e V, da CF/88) de norma 
da constituição estadual que garantia meia 
passagem para estudantes nos 
transportes coletivos municipais. A 
Constituição do Estado só pode assegurar 
a meia passagem nos transportes coletivos 
intermunicipais, de competência estadual 
(STF, ADI 845, 22/11/2007). 
- É inconstitucional norma do Estado ou do 
Distrito Federal que disponha sobre 
proibição de revista íntima em 
empregados de estabelecimentos de 
estabelecimentos industriais, comerciais e 
de serviços com sede ou filiais no Estado 
ou no DF. Matéria concernente a relações 
de trabalho. Usurpação de competência 
privativa da União. Ofensa aos arts. 21, 
XXIV, e 22, I, da CF. (STF, ADI 2947, 
05/05/2010). 
 
 
01. Questão (MP/RN – CESPE/UnB 2009) 
Assinale a opção correta com relação ao 
federalismo brasileiro: 
 
a) O federalismo brasileiro, quanto à sua 
origem, é um federalismo por agregação; 
b) Existia no Brasil um federalismo de segundo 
grau até a promulgação da CF, após a qual o 
país passou a ter um federalismo de terceiro 
grau; 
 
 
c) Uma das características comuns à federação 
e à confederação é o fato de ambas serem 
indissolúveis; 
d) A federação é o sistema de governo cujo 
objetivo é manter reunidas autonomias 
regionais; 
e) Os territórios federais são considerados 
entes federativos. 
 
 
 
02. Questão (DP/ES – CESPE/UnB 2009) 
Julgue: 
 
“Suponha que um Estado-membro da 
Federação tenha legislado, de forma 
exaustiva, acerca de assistência judiciária e 
defensoria pública, dada a inexistência de 
legislação federal sobre o tema. Nesse 
caso, ao ser promulgada legislação federal 
a esse respeito, as normas estaduais 
incompatíveis com ela serão 
automaticamente revogadas”. 
 
 
03. Questão (ANAC – CESPE/UnB 2012) 
Julgue: 
 
“Compete à União explorar, diretamente ou 
mediante autorização, concessão ou 
permissão, a navegação aérea”. 
 
 
04. Questão (MP/RJ 2011) A alternativa que 
inclui em seu rol competência legislativa 
não privativa da União é: 
 
a) desapropriação; requisições civis e militares, 
em caso de iminente perigo e em tempo de 
guerra; águas, energia, informática 
telecomunicações e radiodifusão. 
b) sistema monetário e de medidas, títulos e 
garantias dos metais; política de crédito, 
câmbio, seguros e transferência de valores; 
comércio exterior e interestadual. 
c) sistemas de poupança, captação e garantia 
da poupança popular; sistemas de consórcios e 
sorteios e propaganda comercial. 
d) águas, energia, informática 
telecomunicações e radiodifusão. 
e) direito civil, comercial, penal, processual, 
eleitoral, tributário, financeiro, agrário, 
marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
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05. Questão (27º CPR- MPF 2013 – 
04/08/2013) Assinale a alternativa que está 
em desacordo com o entendimento do STF: 
 
a) não é possível a extensão, aos 
governadores de Estado, das regras que 
consagram a irresponsabilidade penal relativa 
e a imunidade à prisão cautelar do Presidente 
da República. 
 
 
Organização Político-Administrativa 
- Art. 1º A República Federativa do Brasil 
(...) tem como fundamentos: 
- I - a soberania; 
- II - a cidadania; 
- III - a dignidade da pessoa humana; 
- IV - os valores sociais do trabalho e 
da livre iniciativa; 
- V - o pluralismo político. 
- Parágrafo único. Todo o poder 
emana do povo, que o exerce por meio de 
representantes eleitos ou diretamente, nos 
termos desta Constituição. 
- Art. 3º Constituem objetivos 
fundamentais da República Federativa do 
Brasil: 
- I - construir uma sociedade livre, 
justa e solidária; 
- II - garantir o desenvolvimento 
nacional; 
- III - erradicar a pobreza e a 
marginalização e reduzir as desigualdades 
sociais e regionais; 
- IV - promover o bem de todos, sem 
preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade 
e quaisquer outras formas de discriminação. 
- Art. 4º A República Federativa do Brasil 
rege-se nas suas relações internacionais pelos 
seguintes princípios: 
- I - independência nacional; 
- II - prevalência dos direitos 
humanos; 
- III - autodeterminação dos povos; 
- IV - não-intervenção; 
- V - igualdade entre os Estados; 
- VI - defesa da paz; 
- VII - solução pacífica dos conflitos; 
 
 
 
- Art. 4º A República 
Federativa do Brasil rege-se 
nas suas relações internacionais pelos 
seguintes princípios: 
- VIII - repúdio ao terrorismo e ao 
racismo; 
- IX - cooperação entre os povos para o 
progresso da humanidade; 
- X - concessão de asilo político. 
- Parágrafo único. A República 
Federativa do Brasil buscará a integração 
econômica, política, social e cultural dos povos 
da América Latina, visando à formação de uma 
comunidade latino-americana de nações. 
- O idioma e símbolos próprios estão 
previstos no art. 13 da CF/88: 
- Art. 13. A língua portuguesa é o idioma 
oficial da República Federativa do Brasil. 
- § 1º - São símbolos da República 
Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as 
armas e o selo nacionais. 
- § 2º - Os Estados, o Distrito Federal e 
os Municípios poderão ter símbolos próprios. 
- Sobre o tema, vide a Lei 5.700/71. 
- Art. 1º A República Federativa do Brasil, 
formada pela união indissolúvel dos 
Estados e Municípios e do Distrito 
Federal, constitui-se em Estado 
Democrático de Direito e tem como 
fundamentos: (…) 
- Art. 18. A organização político-
administrativa da República Federativa do 
Brasil compreende a União, os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios, todos 
autônomos, nos termos desta 
Constituição. 
- Art. 18. (...) 
- § 2º - Os Territórios Federais integram a 
União, e sua criação, transformação em 
Estado ou reintegração ao Estado de 
origem serão reguladas em lei 
complementar. 
- Art. 18. (...) § 3º - Os Estados podem 
incorporar-se entre si, subdividir-se ou 
desmembrar-se para se anexarem a outros, 
ou formarem novos Estados ou Territórios 
Federais, mediante aprovação da 
população diretamente interessada, 
através de plebiscito, e do Congresso 
Nacional, por lei complementar. 
- OBS: Há regras disciplinadas nos 
artigos 4º e 7º da Lei 9.709/98. 
- Art. 18 (...) § 4º A criação, a 
incorporação, a fusão e o desmembramento de 
Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro 
 
 
 
 
 
 
 
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do período determinado por Lei 
Complementar Federal, e dependerão de 
consulta prévia, mediante plebiscito, às 
populações dos Municípios envolvidos, 
após divulgação dos Estudos de Viabilidade 
Municipal, apresentados e publicados na 
forma da lei. (Redação da EC nº 15, de 1996) 
- OBS: Há regras disciplinadas nos 
artigos 5º e 7º da Lei 9.709/98. 
- Lei 9.709/98: 
- Art. 4o A incorporação de Estados entre 
si, subdivisão ou desmembramento para se 
anexarem a outros,ou formarem novos 
Estados ou Territórios Federais, dependem da 
aprovação da população diretamente 
interessada, por meio de plebiscito realizado na 
mesma data e horário em cada um dos 
Estados, e do Congresso Nacional, por lei 
complementar, ouvidas as respectivas 
Assembléias Legislativas. 
- Lei 9.709/98: 
- § 1o Proclamado o resultado da consulta 
plebiscitária, sendo favorável à alteração 
territorial prevista no caput, o projeto de lei 
complementar respectivo será proposto 
perante qualquer das Casas do Congresso 
Nacional. 
- § 2o À Casa perante a qual tenha sido 
apresentado o projeto de lei complementar 
referido no parágrafo anterior compete 
proceder à audiência das respectivas 
Assembléias Legislativas. 
- Lei 9.709/98: 
- § 3o Na oportunidade prevista no 
parágrafo anterior, as respectivas Assembléias 
Legislativas opinarão, sem caráter vinculativo, 
sobre a matéria, e fornecerão ao Congresso 
Nacional os detalhamentos técnicos 
concernentes aos aspectos administrativos, 
financeiros, sociais e econômicos da área 
geopolítica afetada. 
- Lei 9.709/98: 
- § 4o O Congresso Nacional, ao aprovar 
a lei complementar, tomará em conta as 
informações técnicas a que se refere o 
parágrafo anterior. 
- Art. 5o O plebiscito destinado à criação, 
à incorporação, à fusão e ao desmembramento 
de Municípios, será convocado pela 
Assembléia Legislativa, de conformidade com a 
legislação federal e estadual. 
 
- Lei 9.709/98: 
- Art. 7o Nas consultas plebiscitárias 
previstas nos arts. 4o e 5o entende-se por 
população diretamente interessada tanto a 
do território que se pretende desmembrar, 
quanto a do que sofrerá desmembramento; 
em caso de fusão ou anexação, tanto a 
população da área que se quer anexar 
quanto a da que receberá o acréscimo; e a 
vontade popular se aferirá pelo percentual 
que se manifestar em relação ao total da 
população consultada. 
- ADCT: “Art. 96. Ficam convalidados os atos 
de criação, fusão, incorporação e 
desmembramento de Municípios, cuja lei 
tenha sido publicada até 31 de dezembro 
de 2006, atendidos os requisitos 
estabelecidos na legislação do respectivo 
Estado à época de sua criação.” (Incluído 
pela EC nº 57, de 2008). 
- Art. 18. (...) 
- § 1º - Brasília é a Capital Federal. 
- Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com 
a sanção do Presidente da República, não 
exigida esta para o especificado nos arts. 
49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias 
de competência da União, especialmente 
sobre: (...) 
- VII - transferência temporária da sede do 
Governo Federal; 
 
 
Vedações constitucionais 
- Art. 19. É vedado à União, aos Estados, 
ao Distrito Federal e aos Municípios: 
- I - estabelecer cultos religiosos ou 
igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o 
funcionamento ou manter com eles ou seus 
representantes relações de dependência ou 
aliança, ressalvada, na forma da lei, a 
colaboração de interesse público; 
- O Brasil já teve religião oficial, na 
Constituição de 1824: 
- “Art. 5. A Religião Catholica 
Apostolica Romana continuará a ser a Religião 
do Imperio. Todas as outras Religiões serão 
permitidas com seu culto domestico, ou 
particular em casas para isso destinadas, sem 
fórma alguma exterior do Templo.” 
- Segundo o STF: 
- “ESTADO – LAICIDADE. O Brasil é 
uma república laica, surgindo absolutamente 
neutro quanto às religiões. Considerações. (...)” 
 
 
 
 
 
 
 
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(ADPF 54, Rel. Min. Marco Aurélio, Tribunal 
Pleno, julgado em 12/04/2012) 
- Segundo o STF: 
- “Preâmbulo da Constituição: não 
constitui norma central. Invocação da proteção 
de Deus: não se trata de norma de 
reprodução obrigatória na Constituição 
estadual, não tendo força normativa” (STF, 
ADI por omissão 2076. Vide ainda MS 
24.645/DF-MC) 
- Art. 5º, CF/88: 
- “VI - é inviolável a liberdade de 
consciência e de crença, sendo assegurado o 
livre exercício dos cultos religiosos e garantida, 
na forma da lei, a proteção aos locais de culto 
e a suas liturgias;” 
- “VIII - ninguém será privado de 
direitos por motivo de crença religiosa ou de 
convicção filosófica ou política, salvo se as 
invocar para eximir-se de obrigação legal a 
todos imposta e recusar-se a cumprir prestação 
alternativa, fixada em lei;” 
- CF/88: 
- Art. 150. Sem prejuízo de outras 
garantias asseguradas ao contribuinte, é 
vedado à União, aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios: (...) 
- VI - instituir impostos sobre: (...) 
- b) templos de qualquer culto; 
 
 
06. Questão (27º CPR- MPF 2013 – 
04/08/2013) 
Assinale a alternativa incorreta: 
(...) 
d) a laicidade do Estado, tal como 
concebida pela Constituição de 1988, 
significa a adoção de uma perspectiva 
refratária à expressão pública da 
religiosidade por indivíduos e grupos. 
 
- Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao 
Distrito Federal e aos Municípios: 
- II - recusar fé aos documentos públicos; 
- III - criar distinções entre brasileiros ou 
preferências entre si. 
 
 
Bens da União 
- Art. 20. São bens da União: 
- I – os que atualmente lhe pertencem e 
os que lhe vierem a ser 
atribuídos; 
- 
- OBS: Vide Decreto-Lei 9.760/1946, 
sobre bens imóveis da União. 
- Art. 20. São bens da União: 
- II – as terras devolutas indispensáveis 
à defesa das fronteiras, das fortificações e 
construções militares, das vias federais de 
comunicação e à preservação ambiental, 
definidas em lei; 
- OBS: Incluem-se entre os bens dos 
Estados “as terras devolutas não 
compreendidas entre as da União” (art. 26, IV 
da CF/88). 
- Art. 20. São bens da União: 
- Vide o Decreto-Lei n° 9.760/46: 
- “Art. 5º São devolutas, na faixa da 
fronteira, nos Territórios Federais e no Distrito 
Federal, as terras que, não sendo próprios nem 
aplicadas a algum uso público federal, estadual 
territorial ou municipal, não se incorporaram ao 
domínio privado: (...)” 
- Sobre elas dispôs o art. 3º da Lei 
601/1850. 
- Terras devolutas e usucapião: 
- “Esta Corte Superior possui 
entendimento de que a circunstância do imóvel 
objeto do litígio estar situado em área de 
fronteira não tem, por si só, o condão de torná-
lo de domínio público. A ausência de 
transcrição no ofício imobiliário não conduz 
à presunção de que o imóvel se constitui 
em terra devoluta, cabendo ao Estado o 
encargo de provar a titularidade pública do 
bem.” (STJ, 3ª Turma, AgRg no REsp 
611.577/RS, 20/11/2012) 
- Art. 20. São bens da União: 
- III - os lagos, rios e quaisquer correntes 
de água em terrenos de seu domínio, ou que 
banhem mais de um Estado, sirvam de limites 
com outros países, ou se estendam a território 
estrangeiro ou dele provenham, bem como os 
terrenos marginais e as praias fluviais; 
- Art. 20. São bens da União: 
- OBS: Incluem-se entre os bens dos 
Estados “as águas superficiais ou 
subterrâneas, fluentes, emergentes e em 
depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da 
lei, as decorrentes de obras da União” (art. 26, 
I da CF/88). 
- Art. 20. São bens da União: 
- IV - as ilhas fluviais e lacustres nas zonas 
limítrofes com outros países; as praias 
marítimas; as ilhas oceânicas e as 
 
 
 
 
 
 
 
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costeiras, excluídas, destas, as que 
contenham a sede de Municípios, exceto 
aquelas áreas afetadas ao serviço público e 
a unidade ambiental federal, e as referidas 
no art. 26, II. (Redação dada pela EC nº 46, 
de 2005) 
- Art. 20. São bens da União: 
- OBS: Incluem-se entre os bens dos 
Estados “as áreas, nas ilhas oceânicas e 
costeiras, que estiverem no seu domínio, 
excluídas aquelas sob domínio da União, 
Municípios ou terceiros” (art. 26, II, da 
CF/88), bem como “as ilhas fluviais e 
lacustres não pertencentesà União” (art. 
26, III, da CF/88). 
- Art. 20. São bens da União: 
- IV – (...) as praias marítimas; (...) 
- OBS: Vide Lei n° 7.661/88 (institui o Plano 
Nacional de Gerenciamento Costeiro): 
- “Art. 10. As praias são bens públicos de uso 
comum do povo, sendo assegurado, 
sempre, livre e franco acesso a elas e ao 
mar, em qualquer direção e sentido, 
ressalvados os trechos considerados de 
interesse de segurança nacional ou 
incluídos em áreas protegidas por 
legislação específica. 
- Art. 20. São bens da União: 
- IV – (...) as praias marítimas; (...) 
- OBS: Vide Lei n° 7.661/88 (institui o Plano 
Nacional de Gerenciamento Costeiro): 
- Art. 10. (...) § 1º. Não será permitida a 
urbanização ou qualquer forma de 
utilização do solo na Zona Costeira que 
impeça ou dificulte o acesso assegurado no 
caput deste artigo.” 
- Art. 20. São bens da União: 
- IV – (...) as praias marítimas; (...) 
- OBS: Vide Lei n° 7.661/88 (institui o Plano 
Nacional de Gerenciamento Costeiro): 
- Art. 10. (...) § 2º. A regulamentação desta 
lei determinará as características e as 
modalidades de acesso que garantam o 
uso público das praias e do mar. 
- Art. 20. São bens da União: 
- IV – (...) as praias marítimas; (...) 
- OBS: Vide Lei n° 7.661/88 (institui o 
Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro): 
 
- Art. 10. (...) § 3º. Entende-se por praia a 
área coberta e descoberta periodicamente 
pelas águas, acrescida da 
faixa subseqüente de material 
detrítico, tal como areias, cascalhos, seixos e 
pedregulhos, até o limite onde se inicie a 
vegetação natural, ou, em sua ausência, onde 
comece um outro ecossistema.” 
- Art. 20. São bens da União: 
- V - os recursos naturais da plataforma 
continental e da zona econômica exclusiva; 
- Lei n°8.617/93: 
- “Art. 11. A plataforma continental do 
Brasil compreende o leito e o subsolo das 
áreas submarinas que se estendem além do 
seu mar territorial, em toda a extensão do 
prolongamento natural de seu território 
terrestre, até o bordo exterior da margem 
continental, ou até uma distância de duzentas 
milhas marítimas das linhas de base, a partir 
das quais se mede a largura do mar territorial, 
nos casos em que o bordo exterior da margem 
continental não atinja essa distância. ” 
- Lei n°8.617/93: 
- “Art. 12. O Brasil exerce direitos de 
soberania sobre a plataforma continental, para 
efeitos de exploração dos recursos naturais.” 
- Art. 20. São bens da União: 
- V - os recursos naturais da plataforma 
continental e da zona econômica exclusiva; 
- Lei n°8.617/93: 
- “Art. 6º A zona econômica exclusiva 
brasileira compreende uma faixa que se 
estende das doze às duzentas milhas 
marítimas, contadas a partir das linhas de base 
que servem para medir a largura do mar 
territorial.” 
- Lei n°8.617/93: 
- “Art. 7º Na zona econômica 
exclusiva, o Brasil tem direitos de soberania 
para fins de exploração e aproveitamento, 
conservação e gestão dos recursos naturais, 
vivos ou não-vivos, das águas sobrejacentes 
ao leito do mar, do leito do mar e seu subsolo, 
e no que se refere a outras atividades com 
vistas à exploração e ao aproveitamento da 
zona para fins econômicos.” 
- Art. 20. São bens da União: 
- VI – o mar territorial; 
- Lei n°8.617/93: 
- Art. 1º O mar territorial brasileiro 
compreende uma faixa de doze milhas 
marítimas de largura, medidas a partir da linha 
de baixa-mar do litoral continental e insular, tal 
como indicada nas cartas náuticas de grande 
escala, reconhecidas oficialmente no Brasil.” 
 
 
 
 
 
 
 
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8 
- Art. 2º A soberania do Brasil estende-se 
ao mar territorial, ao espaço aéreo 
sobrejacente, bem como ao seu leito e subsolo. 
- Além do mar territorial, a Lei n°8.617/93 
cuida também da zona contígua: 
- Art. 4º A zona contígua brasileira 
compreende uma faixa que se estende das 
doze às vinte e quatro milhas marítimas, 
contadas a partir das linhas de base que 
servem para medir a largura do mar territorial. 
- Além do mar territorial, a Lei n°8.617/93 
cuida também da zona contígua: 
- Art. 5º Na zona contígua, o Brasil 
poderá tomar as medidas de fiscalização 
necessárias para: 
- I - evitar as infrações às leis e aos 
regulamentos aduaneiros, fiscais, de imigração 
ou sanitários, no seu territórios, ou no seu mar 
territorial; 
- II - reprimir as infrações às leis e aos 
regulamentos, no seu território ou no seu mar 
territorial. 
- Mar Territorial – 12 milhas marítimas a 
partir da linha de baixa-mar. Soberania plena 
do Brasil. 
- Zona Contígua – das 12 às 24 milhas 
marítimas. O Brasil pode adotar medidas de 
Fiscalização. 
- Zona Econômica Exclusiva – das 12 às 200 
milhas marítimas. O Brasil tem direitos de 
soberania para fins de exploração dos recursos 
naturais e econômicos. 
- Plataforma Continental – leito e subsolo 
submarinos até 200 milhas marítimas. O Brasil 
tem direitos de soberania para fins de 
exploração dos recursos naturais. 
- Art. 20. São bens da União: 
- VII – os terrenos de marinha e seus 
acrescidos. 
- O Decreto-Lei n°9.760/46 dispõe sobre 
esses temas: 
- “Art. 2º São terrenos de marinha, em 
uma profundidade de 33 (trinta e três) metros, 
medidos horizontalmente, para a parte da terra, 
da posição da linha do preamar-médio de 
1831: 
 
 
 
- a) os situados no continente, na costa 
marítima e nas margens dos rios e lagoas, até 
onde se faça sentir a 
influência das marés; 
- O Decreto-Lei n°9.760/46 dispõe sobre 
esses temas: 
- “Art. 2º São terrenos de marinha, em 
uma profundidade de 33 (trinta e três) metros, 
medidos horizontalmente, para a parte da terra, 
da posição da linha do preamar-médio de 
1831: 
- b) os que contornam as ilhas situadas 
em zona onde se faça sentir a influência das 
marés. 
- O Decreto-Lei n°9.760/46 dispõe sobre 
esses temas: 
- “Art. 2º São terrenos de marinha, em 
uma profundidade de 33 (trinta e três) metros, 
medidos horizontalmente, para a parte da terra, 
da posição da linha do preamar-médio de 
1831: 
- Parágrafo único. Para os efeitos dêste 
artigo a influência das marés é caracterizada 
pela oscilação periódica de 5 (cinco) 
centímetros pelo menos, do nível das águas, 
que ocorra em qualquer época do ano. 
- O Decreto-Lei n°9.760/46 dispõe sobre 
esses temas: 
- “Art. 3º São terrenos acrescidos de 
marinha os que se tiverem formado, natural ou 
artificialmente, para o lado do mar ou dos rios e 
lagoas, em seguimento aos terrenos de 
marinha.” 
- Terrenos de Marinha e acrescidos de 
Marinha 
- Art. 20. São bens da União: 
- VIII - os potenciais de energia hidráulica; 
- IX - os recursos minerais, inclusive os do 
subsolo; 
- OBS: Art. 20, § 1°: “É assegurada, nos 
termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal 
e aos Municípios, bem como a órgãos da 
administração direta da União, participação no 
resultado da exploração de petróleo ou gás 
natural, de recursos hídricos para fins de 
geração de energia elétrica e de outros 
recursos minerais no respectivo território, 
plataforma continental, mar territorial ou zona 
econômica exclusiva, ou compensação 
financeira por essa exploração.” 
- Art. 20. São bens da União: 
- X - as cavidades naturais subterrâneas e os 
sítios arqueológicos e pré-históricos; 
- OBS: A lei nº 3.924/61 dispõe sobre os 
monumentos arqueológicos e pré-
históricos. 
- Art. 20. São bens da União: 
 
 
 
 
 
 
 
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- XI - as terras tradicionalmente ocupadas 
pelos índios. 
- Art. 231. São reconhecidos aos índios sua 
organização social, costumes, línguas, 
crenças e tradições, e os direitos originários 
sobre as terras que tradicionalmente 
ocupam, competindo à União demarcá-las, 
protegere fazer respeitar todos os seus 
bens. 
- Art. 231. (...)§ 1º. São terras 
tradicionalmente ocupadas pelos índios as 
por eles habitadas em caráter permanente, 
as utilizadas para suas atividades 
produtivas, as imprescindíveis à 
preservação dos recursos ambientais 
necessários a seu bem-estar e as 
necessárias a sua reprodução física e 
cultural, segundo seus usos, costumes e 
tradições. 
- Art. 231. (...) § 2º - As terras 
tradicionalmente ocupadas pelos índios 
destinam-se a sua posse permanente, 
cabendo-lhes o usufruto exclusivo das 
riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas 
existentes. 
- Art. 231. (...) § 3º - O aproveitamento dos 
recursos hídricos, incluídos os potenciais 
energéticos, a pesquisa e a lavra das 
riquezas minerais em terras indígenas só 
podem ser efetivados com autorização do 
Congresso Nacional, ouvidas as 
comunidades afetadas, ficando-lhes 
assegurada participação nos resultados da 
lavra, na forma da lei. 
- Art. 231. (...) § 4º - As terras de que trata 
este artigo são inalienáveis e indisponíveis, 
e os direitos sobre elas, imprescritíveis. 
- Art. 231. (...) § 5º - É vedada a remoção 
dos grupos indígenas de suas terras, salvo, 
"ad referendum" do Congresso Nacional, 
em caso de catástrofe ou epidemia que 
ponha em risco sua população, ou no 
interesse da soberania do País, após 
deliberação do Congresso Nacional, 
garantido, em qualquer hipótese, o retorno 
imediato logo que cesse o risco. 
 
 
- Art. 231. (...) § 6º - São nulos e extintos, 
não produzindo efeitos jurídicos, os atos 
que tenham por objeto a ocupação, o 
domínio e a posse das 
terras a que se refere 
este artigo, ou a exploração das riquezas 
naturais do solo, dos rios e dos lagos nelas 
existentes, ressalvado relevante interesse 
público da União, segundo o que dispuser 
lei complementar, não gerando a nulidade e 
a extinção direito a indenização ou a ações 
contra a União, salvo, na forma da lei, 
quanto às benfeitorias derivadas da 
ocupação de boa fé. 
- Vide, ainda: 
- Súmula 650 do STF; 
- Lei 6.001/73 (Estatuto do Índio); 
- Art. 17 da MP n° 2180-35, de 
24/08/2001. 
- Art. 20. São bens da União: 
- § 2º - A faixa de até cento e cinqüenta 
quilômetros de largura, ao longo das 
fronteiras terrestres, designada como faixa 
de fronteira, é considerada fundamental 
para defesa do território nacional, e sua 
ocupação e utilização serão reguladas em 
lei. 
- OBS: A Lei nº 6.634/1979 (regulamentada 
pelo Decreto n° 85.064/1980) dispõe sobre 
a Faixa de Fronteira. 
 
Estados 
 
- Art. 25. Os Estados organizam-se e 
regem-se pelas Constituições e leis que 
adotarem, observados os princípios desta 
Constituição. 
- § 1º - São reservadas aos Estados as 
competências que não lhes sejam vedadas por 
esta Constituição. 
- Art. 25 (...) § 2º - Cabe aos Estados 
explorar diretamente, ou mediante concessão, 
os serviços locais de gás canalizado, na forma 
da lei, vedada a edição de medida provisória 
para a sua regulamentação. (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 5, de 1995) 
- Art. 25. (...) § 3º - Os Estados poderão, 
mediante lei complementar, instituir regiões 
metropolitanas, aglomerações urbanas e 
microrregiões, constituídas por agrupamentos 
de municípios limítrofes, para integrar a 
organização, o planejamento e a execução de 
funções públicas de interesse comum. 
- Segundo o STF, “A instituição de 
regiões metropolitanas, aglomerações urbanas 
e microrregiões, constituídas por agrupamentos 
de municípios limítrofes, depende, apenas, de 
lei complementar estadual”, não sendo 
 
 
 
 
 
 
 
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necessário, portanto, aprovação prévia da 
câmara municipal (STF, ADI 1.841, Rel. Min 
Carlos Velloso, j. em 01/08/2002), nem 
tampouco consulta prévia, mediante plebiscito, 
às populações diretamente interessadas (STF, 
ADI 796, Rel. Min. Neri da Silveira, j. em 
02/02/1998). 
- Segundo o STF, “(...) 2. Criação de 
regiões metropolitanas. Exigência de lei 
complementar estadual. Inclusão de município 
limítrofe por ato da Assembléia Legislativa. 
Legitimidade. Constitui-se a região 
administrativa em um organismo de gestão 
territorial compartilhada em razão dos 
interesses comuns, que tem no Estado-
membro um dos partícipes e seu coordenador, 
ao qual não se pode imputar a 
- titularidade dos serviços em razão da 
unidade dos entes envolvidos. Ampliação dos 
limites da região metropolitana. Ato da 
Assembléia Legislativa. Vício de iniciativa. 
Inexistência. (...)” (ADI 2809, Rel. Min. 
Maurício Corrêa, j. em 25/09/2003) 
- Art. 26. Incluem-se entre os bens dos 
Estados: 
- I - as águas superficiais ou 
subterrâneas, fluentes, emergentes e em 
depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da 
lei, as decorrentes de obras da União; 
- II - as áreas, nas ilhas oceânicas e 
costeiras, que estiverem no seu domínio, 
excluídas aquelas sob domínio da União, 
Municípios ou terceiros; 
- Art. 26. Incluem-se entre os bens dos 
Estados: 
- III - as ilhas fluviais e lacustres não 
pertencentes à União; 
- IV - as terras devolutas não 
compreendidas entre as da União. 
- Art. 27. O número de Deputados à 
Assembléia Legislativa corresponderá ao triplo 
da representação do Estado na Câmara dos 
Deputados e, atingido o número de trinta e 
seis, será acrescido de tantos quantos forem 
os Deputados Federais acima de doze. 
 
 
- Art. 27. (...) § 1°. Será de quatro anos o 
mandato dos Deputados Estaduais, aplicando-
se-lhes as regras desta Constituição sobre 
sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, 
remuneração, perda de 
mandato, licença, 
impedimentos e incorporação às Forças 
Armadas. 
- Art. 27. (...) § 2º O subsídio dos 
Deputados Estaduais será fixado por lei de 
iniciativa da Assembléia Legislativa, na razão 
de, no máximo, setenta e cinco por cento 
daquele estabelecido, em espécie, para os 
Deputados Federais, observado o que dispõem 
os arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II, 153, III, e 
153, § 2º, I.(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998) 
- Art. 27. (...) § 3º - Compete às 
Assembléias Legislativas dispor sobre seu 
regimento interno, polícia e serviços 
administrativos de sua secretaria, e prover os 
respectivos cargos. 
- § 4º - A lei disporá sobre a iniciativa 
popular no processo legislativo estadual. 
- Art. 28. A eleição do Governador e do 
Vice-Governador de Estado, para mandato de 
quatro anos, realizar-se-á no primeiro domingo 
de outubro, em primeiro turno, e no último 
domingo de outubro, em segundo turno, se 
houver, do ano anterior ao do término do 
mandato de seus antecessores, e a posse 
ocorrerá em primeiro de janeiro do ano 
subseqüente, observado, quanto ao mais, o 
disposto no art. 77. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 16, de 1997) 
- Art. 28. (...) § 1º Perderá o mandato o 
Governador que assumir outro cargo ou função 
na administração pública direta ou indireta, 
ressalvada a posse em virtude de concurso 
público e observado o disposto no art. 38, I, IV 
e V. (Renumerado do parágrafo único, pela 
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
- OBS: O art. 38 trata de regras para o 
servidor público investido em mandato eletivo. 
- Art. 28. (...) § 2º Os subsídios do 
Governador, do Vice-Governador e dos 
Secretários de Estado serão fixados por lei de 
iniciativa da Assembléia Legislativa, observado 
o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 
153, III, e 153, § 2º, I. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998) 
 
 
 
GABARITO 
 
 
01. B 
02. ERRADO 
 
 
 
 
 
 
 
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11 
03. CERTO 
04. E 
05. CORRETO 
06. D

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