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* TERAPIA FAMILIAR ESTRUTURAL Salvador Minuchin e equipe: Haley, Bráulio Montalvo e Bernice Rosman – anos 60 Philadelphia Clild Guidance Clinic. * TERAPIA FAMILIAR ESTRUTURAL Salvador Minuchin (1921- 2017) Psiquiatra infantil, psicanalista e terapeuta de família Em 1962, quando Minuchin gerou suas formulações teóricas para a estrutura familiar, ele viajou para Palo Alto para trabalhar com Jay Haley (terapia breve) * Formulações Teóricas: noções básicas ESTRUTURA, SUBSISTEMAS E FRONTEIRAS - componentes da teoria ESTRUTURA FAMILIAR - refere-se ao conjunto invisível (duradouro) de exigências que organiza as diferentes maneiras através das quais os membros da família interagem. A estrutura é reforçada pelas expectativas que estabelecem regras Regras - descrevem regularidade - as regras definem quem participa de cada subsistema e como participa - uma mudança produz estresse no sistema – pode não mudar o todo, mas produz efeito. * Formulações Teóricas: noções básicas A estrutura familiar não é, uma entidade imediatamente acessível ao observador - é no processo de união com a família que o terapeuta obterá os dados. Diagnóstico estrutural (levantar uma hipótese) estrutural – Mapa familiar (esquema organizacional ) - os padrões transacionais e as fronteiras - utilizado para encontrar caminhos de mudança. (Nichols, 2007) * MAPA FAMILIAR Mapeamento estrutural – (avaliações preliminares) baseiam-se em interações ocorridas na primeira sessão - são aperfeiçoadas e revisadas. Convém refletir e palpitar sobre a estrutura da família antes mesmo da primeira sessão. Sem uma formulação e um plano estruturais, o terapeuta fica defensivo e pode se tornar passivo. Um conhecimento consistente da estrutura da família e o foco em uma ou duas mudanças estruturais ajuda o terapeuta a enxergar por trás das várias questões de conteúdo que os membros da família trazem. (Nichols, 2007) * Cada indivíduo pertence a diferentes subsistemas onde tem diferentes habilidades e diferentes níveis de poder. As famílias diferenciam-se em subsistemas. A natureza da estrutura é determinada por FRONTEIRAS que mantêm os membros da família próximos ou distantes. A função das fronteiras é proteger a diferenciação do sistema São as regras que definem quem participa de cada subsistema e como participa - fronteiras de um subsistema A qualidade das fronteiras é determinada pelo padrão de interação de seus membros. (Nichols, 2007) SUBSISTEMAS E FRONTEIRAS * Os indivíduos, subsistemas e a família inteira são demarcados por fronteiras interpessoais. As fronteiras variam de rígidas a difusas – continuum - dois extremos de funcionamento das fronteiras são classificados: desligado e aglutinado - a comunicação entre seus membros fica prejudicada Fronteiras rígidas _______são restritivas e permitem pouco contato com subsistemas externos, resultando em separação - famílias desengajadas. A família precisa chegar a um estresse extremo antes de mobilizarem ajuda mútua. Fronteira difusa .............. os membros da família reagem exageradamente e se envolvem um os outros de maneira intrusiva. Fornecem apoio mútuo, mas à custa da independência e da autonomia, resultando em subsistemas emaranhados - família aglutinada. Fronteira clara - - - - - - permite aos filhos interagir com pais, mas os exclui do subsistema do casal. (Nichols, 2007) SUBSISTEMAS E FRONTEIRAS * Os terapeutas familiares estruturais utilizam alguns símbolos simples para diagramar problemas estruturais, e esses diagramas (representação gráfica) normalmente deixam claro quais mudanças são necessárias. (Nichols, 2007) SUBSISTEMAS E FRONTEIRAS * Quando mecanismos adaptativos são evocados: Fronteira D. Família aglutinada: responde a qualquer variação com intensidade e velocidade excessivas. Fronteiras R. Família desagregada: ao contrário, tende a não responder quando isto se faz necessário. As características das fronteiras do sistema é que acrescentarão as intervenções terapêuticas a serem utilizadas. A disfunção familiar: resulta de uma combinação de estresse e fracasso em se realinhar para se ajustar a circunstâncias modificadas. O que distingue uma família normal não é a ausência de problemas, mas uma estrutura funcional para lidar com eles. * O Processo Terapêutico Função do terapeuta é ajudar o paciente identificado e a família, facilitando a transformação do sistema familiar. Três passos do processo O terapeuta une-se ao sistema num papel de liderança: em busca de áreas de flexibilidade; Descobre e avalia a estrutura do sistema: mapear a sua estrutura e ai desequilibrá-la - compreender a visão que a família tem dos seus problemas; Cria circunstâncias que vão permitir a transformação de sua estrutura: não é uma questão de criar novas estruturas, e sim de ativar estruturas dormentes. Objetivos da terapia é alterar as fronteiras e realinhar – reestruturar o sistema. (Calil, 1987) * As intervenções que promovem reestruturação do sistema incluem: Representação ou encenação: diálogos na sessão que permitem ao terapeuta observar como os membros da família realmente interagem. Rearranjo espacial da família durante a sessão: o terapeuta durante a sessão amplia o problema além dos indivíduos para o sistema familiar. Intensidade ou escalonamento de estresse. Focalização e modificação de interações. Aliança com um dos membros ou subsistema: Criação de fronteiras, altera o efeito do sintoma. Alteração do contexto ou efeito do sintoma – desequilibrar e realinhar o sistema. Designação de tarefas - durante a sessão ou em casa - com o objetivo de desenvolver áreas atrofiadas do relacionamento familiar. (Calil, 1987) * Referências A terapia familiar estrutural, p. 34 – 49, in: CALIL,Vera L. Lamanno. Terapia familiar e de casal. 7ª ed. São Paulo: Summus, 1987. 172p Terapia familiar estrutural, p. 181-20 in: NICHOLS, Michael P. e SCHWARTZ Richard C. Terapia familiar: conceitos e métodos; tradução Maria Adriana Veríssimo Veronese. 7ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2007. 480
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