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TIPOS DE FAMÍLIA: CASAIS RECASADOS Um “recasamento” é um novo casamento, que se predispõe a ser diferente dos anteriores que tenham existido na vida de um ou de ambos os cônjuges. Diversas manifestações podem ser observadas na dinâmica dos casais recasados, por exemplo, a compulsão a repetir um padrão de relacionamento que já se evidenciou inadequado em casamento ou casamentos anteriores por parte de um ou ambos os “recasados”. O que entendemos por casamento hoje em dia? Já não se considera atualmente casamento como um momento formal de contrato cível ou religioso, mas um acordo em que entram questões como morar juntos, cuidados mútuos e relações sexuais… e que nem sempre ocorrem simultaneamente, pois vão se constituindo ao longo de um processo que faz com que as pessoas, quando se dão conta, já estão casadas ou recasadas. Muitas vezes, o que inaugura um casamento (ou recasamento) é o fato de os cônjuges se assumirem como casal diante dos amigos e da sociedade. Temos que considerar dois tipos de recasamentos: o sem filhos e o com filhos de casamentos anteriores. Vale ressaltar que os recasamentos com filhos trazem um fator complicador, tendo em vista que o cônjuge sempre estará em contato com a outra família e os filhos adolescentes têm mais dificuldades e resistências para aceitar os recasamentos. É comum os filhos desejarem ou querem resgatar o casamento dos pais biológicos. O kit relacional trazido no texto fala sobre aquilo que cada cônjuge recebe, ou seja, um “kit completo” proveniente de suas experiências anteriores, no qual estão incluídos não só os filhos oriundos de casamentos anteriores, mas também toda a rede sociofamiliar constituída até então, com os respectivos pais, ex-cônjuges, amigos, colegas, etc. Existem diferentes tipos de estratégias que podem ser utilizadas no manejo das problemáticas que se manifestam no relacionamentos, entre elas temos: O laboratório de relações familiares: A denominação “laboratório” privilegia o caráter experimental da abordagem proposta, procurando não só ativar a criatividade dos participantes para que encontrem novos paradigmas de convívio familiar, como também busca igualmente ativar-se para criar sua própria e original categoria operativa. Além da discussão livre em relação a situações aportadas pelos participantes, eventualmente são utilizados recursos audiovisuais para ilustrar determinada situação a ser melhor explorada e compreendida. Terapia de Casais: quando o núcleo familiar não ficar satisfeito com o resultado do laboratório, poderão buscar a terapia de casais, que é construída a partir de conhecimentos oriundos da psicanálise, do psicodrama, da teoria sistêmica e da comunicação humana, dos grupos operativos, além de alguns elementos cognitivo-comportamentais. O texto traz a visão do casal de psicoterapeutas que o escreveram e são levantadas questões como o feminino e o masculino nos atendimentos e na realidade da família, a importância do trabalho em dupla trazendo outro olhar para as intervenções (vale ressaltar que o valor da terapia não altera nesses casos). O objetivo da co-terapia é se propor a ensinar aos casais a se comunicarem melhor, corrigindo mal-entendidos, estimulando-os a pensar de modo distinto, usando o humor para melhorar o clima das sessões.
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