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ÁGUA Poluição: Alteração indesejável nas características físicas, químicas ou biológicas da atmosfera, litosfera ou hidrosfera que cause ou possa causar danos à saúde, à sobrevivência ou atividades dos seres humanos e outras espécies desejáveis ou ainda deteriorar materiais. Contaminação: Alteração indesejável com a adição de elementos (químicos ou microbiológicos) que tornem as características do solo, água ou ar nocivas à saúde. A contaminação é uma poluição. CAPÍTULO IV Condições e padrões de lançamento QUAIS SÃO OS USOS DA ÁGUA? 97,5 2,5 ÁGUA SALGADA ÁGUA DOCE 354.200 Km2 - ¾ da superfície 1.386 milhões de Km3 68,90% 30,80% 0,30% GELEIRAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS ÁGUAS SUP. E ALGUNS RESERVATÓRIOS SUBT. 100 mil de Km3 Fonte: Boscardin Borghetti et al 2004 Brasil possui a maior disponibilidade hídrica do planeta, ou seja, 13,8% do deflúvio médio mundial. A produção hídrica, em território nacional é de 182.170 m³/s, o que equivale a um deflúvio anual de cerca de 5,744Km³ O Brasil detém 11,6% da água doce superficial do mundo é o maior manancial de água doce subterrânea transfronteiriço do mundo. área de 1,2 milhões de Km², estendendo-se pelo Brasil (840.000 Km²), Paraguai (58.500 Km²), Uruguai (58.500 Km²) e Argentina (255.000 Km²). tem recarga de 140 bilhões de metros cúbicos por ano, mas apenas 40 bilhões de metros cúbicos poderiam ser utilizados, para que a sustentabilidade do lençol freático fosse mantida uma espessura média aqüífera de 250 metros e porosidade efetiva de 15%, estima-se que as reservas permanentes do aqüífero (água acumulada ao longo do tempo) sejam da ordem de 45.000 Km³ REGIÃO RECURSOS HÍDRICOS SUPERFÍCIE POPULAÇÃO Norte 68,50 45,30 6,98 Centro-Oeste 15,70 18,80 6,41 Sul 6,50 6,80 15,05 Sudeste 6 10,80 42,65 Nordeste 3,30 18,30 28,91 SOMA 100 100 100 conjunto de terras drenadas por um rio principal, seus afluentes e subafluentes. A idéia de bacia hidrográfica está associada à noção da existência de nascentes, divisores de águas e características dos cursos de água, principais e secundários, denominados afluentes e subafluentes. 1 litro de cerveja : demanda 4 a 7 litros 1 kg de açúcar : 100 litros 1 kg de papel: 250 litros 1 kg de alumínio: 100.000 litros de água 1 litro de petroleo processado: 18 litros 1 kg de fibra sintética: 83 a 2800 litros 1 kg de trigo : 900 litros 1 kg de milho: 1400 litros 1kg de arroz: 1919 litros Dessedentação de animais: Galinhas: 0,2 litros/dia Suinos: 6 litros/dia Caprinos e ovinos: 41 litros/dia Bovinos: 53 litos/dia uso geral Uso específico Qualidade exigida Abastecimento doméstico consumo humano higiene pessoal uso doméstico Isenta de substâncias químicas e biológicas prejudiciais à saúde Adequada para serviços domésticos Baixa agressividade e dureza Esteticamente agradável ( baixa cor, turbidez, sabor e odor) Abastecimento industrial água sem contato com produto Baixa agressividade e dureza água com contato com o produto variável com o produto água é incorporada ao produto Isenta de substâncias químicas e organismos prejudiciais a saúde,Esteticamente agradável ( baixa cor, turbidez, sabor e odor) Irrigação hortaliças, produtos ingeridos crus ou com casca Isenta de substâncias químicas e organismos prejudiciais a saúde Salinidade não excessiva Demais plantações Isenta de substâncias químicas prejudiciais ao solo e às plantações; Salinidade não excessiva Dessedentação de animais Isenta de substâncias químicas e organismos prejudiciais a saúde Preservação da flora e fauna Variável com os requisitos ambientais da flora e da fauna que se deseja preservar. Recreação e lazer Contato primário Isenta de substâncias químicas e organismos prejudiciais a saúde Baixos teores de sólidos em suspensão, óleos e graxas Contato secundário Aparência agradável Geração de energia Usinas hidrelétricas Baixa agressividade Usinas nucleares e termelétricas Baixa dureza Diluição de despejos Transporte Baixa presença de material grosseiro que possa por em riso as embarcações Aquicultura Presença de nutrientes e qualidades compatíveis com as exigências das espécies a serem cultivadas Paisagismo e manutenção da umidade do ar e estabilidade do clima estética e conforto térmico Resolução CONAMA 357/2005 Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes CLASSE ESPECIAL CLASSE 1 CLASSE 2 CLASSE 3 CLASSE 4 abastecimento para consumo humano, com desinfecção; preservação de equilíbrio natural das comunidades aquáticas. Preservação dos ambientes aquáticos em unidades de conservação de proteção integral ao abastecimento doméstico após tratamento simplificado; à proteção das comunidades aquáticas; recreação de contato primário conforme Resolução Conama nº 274/2000 irrigação de hortaliças que são consumindas cruas e frutas que se desenvolvem rentes ao solo e que são ingeridas cruas sem remoção de película; À proteção de comunidades aquáticas em Terra Indígenas ao abastecimento doméstico após tratamento convencional; à proteção das comunidades aquáticas; recreação de contato primário conforme Resolução Conama nº 274/2000; irrigação de hortaliças e frutíferas e de parques, jardins, campos de esporte e lazer, com os quais o público possa vir a ter contato direto; À aquicultura e à atividade de pesca. ao abastecimento doméstico após tratamento convencional; irrigação de cultura arbóreas, cerealíferas e forrageiras; À pesca amadora; À recreação de contato secundário; dessedentação de animais navegação; harmonia paisagística PARÂMETROS CARACTERÍSTICAS F Í S I C O S cor devido substâncias dissolvidas, principalmente orgânicos turbidez devido materiais em suspensão, sólidos finos, colóides e microrganismos que impedem a passagem da luz sabor e odor devido substâncias orgânicas em decomposição, gases, algas, sais, etc Q U Í M I C O S pH a medida do pH está relacionada com a acidez ou basicidade alcalinidade Quantidade de íons na água com capacidade de neutralizar ácidos. Os principais elementos responsáveis pela alcalinidade são: bicarbonatos, carbonatos e hidróxidos dureza Concentração de cátions, principalmente: Cálcio e Magnésio. Em determinadas concentrações podem causar sabor desagradável e ter efeitos laxativos, reduz a formação de espuma no uso de sabões e causa incrustações em tubulações de água quente ferro e manganês Podem causar problemas de cor na água em em certas concentrações sabor e odor, além de manchar roupas durante a lavagem Cloretosadvindo da dissolução de sais, o cloreto em concentrações elevadas podem imprimir sabor salgado à água Nitrogênio Pode ser encontrado na forma de nitrato, nitrito, ou amoniacal. O nitrogênio amoniacal é tóxico para os seres vivos; o nitrato em excesso pode ser relacionado a doenças como metahemoglobinemia; O nitrato em excesso nos corpos d'água pode acarretar o processo de eutrofização e no processo de nitrificação há consumo de oxigênio do meio Fósforo Podem ser encontrado na forma de ortofosfato, polifosfato e fósforo orgânico.São necessários para o metabolismo celular. Em excesso, juntamento com o nitrogênio pode levar ao processo de eutrofização. Oxigênio dissolvido a presença do oxigênio no meio líquido é vital para os seres vivos aeróbios, e necessário para a estabilização da matéria orgânica. Matéria orgânica é uma característica importante, sendo causadora do principal problema de poluição das águas: o consumo do oxigênio dissolvido pelos microrganismos nos processo metabólicos Micropoluente orgânicos Destacam-se os defensivos agrícolas, alguns detergentes e um grande número de produtos químicos FENÓIS. geralmente não ocorrem naturalmente nos corpos de água. A presença dos mesmos, nos corpos de água, se deve principalmente aos despejos de origem industrial. São compostos tóxicos aos organismos aquáticos, em concentrações bastante baixas, e afetam o sabor dos peixes e a aceitabilidade das águas, por conferir sabor e odor extremamente pronunciados, especialmente os derivados do cloro. Para o homem o fenol é considerado um grande veneno,causando efeito de cauterização no local em que ele entra em contato através da ingestão. Os resultados de intoxicação são náuseas, vômito, dores na cavidade bucal, na garganta e estômago, entre outros. Inicialmente, há uma excitação seguida de depressão, e queda na pressão arterial, seguida de desenvolvimento de coma, convulsão. TRIHALOMETANOS – COMPOSTOS ORGANOCLORADOS micropoluentes inorgânicos Uma grande parte dos micropoluentes inorgânicos são tóxicos, os mais significativos são os metais pesados. Alumínio. A toxicidade aguda por alumínio metálico e seus compostos é baixa, variando até a 1.000 mg de alumínio 1 kg peso corpóreo por dia. A osteomalacia é observada em humanos expostos ao alumínio. Há considerável evidência que o alumínio é neurotóxico. O acúmulo de alumínio no homem tem sido associado ao aumento de casos de demência senil do tipo Alzheimer. Não há indicação de carcinogenicidade para o alumínio. Cádmio. Está presente em águas doces em concentrações traços, geralmente inferiores a 1 µg/L. Pode ser liberado para o ambiente através da queima de combustíveis fósseis e também é utilizado na produção de pigmentos, bactérias, soldas, equipamentos eletrônicos, lubrificantes, acessórios fotográficos, praguicidas, etc. É um metal de elevado potencial tóxico, que se acumula em organismos aquáticos, possibilitando sua entrada na cadeia alimentar. O cádmio pode ser fator para vários processos patológicos no homem, incluindo disfunção renal, hipertensão, artereosclerose, inibição no crescimento, doenças crônicas em idosos e câncer. Bário. Em geral ocorre nas águas naturais em concentrações muito baixas, de 0,7 a 900 µg/L. É normalmente utilizado nos processos de produção de pigmentos, fogos de artifício, vidros e praguicidas. A ingestão de bário, em doses superiores às permitidas, pode causar desde um aumento transitório da pressão sangüínea, por vasoconstrição, até sérios efeitos tóxicos sobre o coração, vasos e nervos, sendo que até hoje não foi comprovado seu efeito cumulativo. Chumbo. Dissolvido em águas superficiais naturais os seus teores geralmente encontram-se em quantidades baixas. FONTES: A queima de combustíveis fósseis, utilização como aditivo anti-impacto na gasolina, eletrodeposição, metalurgia, materiais de construção, plásticos, tintas, etc. IMPACTOS: O chumbo é uma substância tóxica cumulativa. Uma intoxicação crônica pode levar a doença saturnismo. Outros sintomas de uma exposição crônica ao chumbo, quando o efeito ocorre no sistema nervoso central, são: tontura, irritabilidade, dor de cabeça, perda de memória, entre outros. Quando o efeito ocorre no sistema periférico o sintoma é a deficiência dos músculos extensores. A toxicidade do chumbo, quando aguda, é caracterizada pela sede intensa, sabor metálico, inflamação gastro-intestinal, vômitos e diarréias. CROMO. As concentrações de cromo em água doce são muito baixas, normalmente inferiores a 1 µg/L. É comumente utilizado em aplicações industriais e domésticas, como na produção de alumínio anodizado, aço inoxidável, tintas, pigmentos, explosivos, papel, fotografia. Na forma trivalente o cromo é essencial ao metabolismo humano e, sua carência, causa doenças. Na forma hexavalente é tóxico e cancerígeno. Os limites máximos são estabelecidos basicamente em função do cromo hexavalente. MERCÚRIO FONTES: Indústrias cloro-álcali de células de mercúrio, vários processos de mineração e fundição, efluentes de estações de tratamento de esgotos, fabricação de certos produtos odontológicos e farmacêuticos, indústrias de tintas, etc. O peixe é um dos maiores contribuintes para a carga de mercúrio no corpo humano, sendo que o mercúrio mostra-se mais tóxico na forma de compostos organo- metálicos. SINTOMAS: Náuseas, vômitos, dores abdominais, diarréia, danos nos ossos e morte. Esta intoxicação pode ser fatal em 10 dias. A intoxicação crônica afeta glândulas salivares, rins e altera as funções psicológicas e psicomotoras. B I O L Ó G I C O S Coliformes Escherichia coli (exclusivamente fecal), Klebsiella, Enterobacter, Citrobacter entre outros ( altos teores de matéria orgânica) Escherichia coli Fezes humanas, animais domésticos, selvagens e pássaros. ( animais de sangue quente) Doenças Microrganismo transmissor bactérias Febre tifóide Febre paratifóide Salmoneloses Shigeloses Diarréias por Escherichia coli Leptospirose Cólera Salmonella Typhi Salmonella paratyphi A, B e C Salmonella sp Shigelas sp Escherichia coli Leptospira Vibrio cholerae Vírus Hepatite A Vibrio da Hepatite A Protozoários Amebíases Giardíases Entamoeba histolytica Giardia lamblia Helmintos Esquitossomose Ascaridíase Schistosoma mansoni Schistosoma japonicum Schistosoma haemotobium Ascaris lumbricóides PORTARIA 518, DE 25 DE MARÇO DE 2004 ETAS Matéria prima Fluido auxiliar Geração de energia Fluido de aquecimento e ou resfriamento Transporte e assimilação de contaminantes Padrão de Qualidade Recomendado para Água de Resfriamento E vapor - polímeros, metais ou cerâmica - 0,02 μm a 4 μm - Pressão menor que 2 bar - Usado quando a água tem baixo teor de sólidos, as membranas sofrem ataque químico. 0,002 a 0,2 μm Pressão de 1 a 10 bar Remoção de colóides e moléculas orgânicas de alto peso molecular; NANOFILTRAÇÃO • Pressão de 5 a 35 bar • Remoção moléculas orgânicas de alto peso molecular de 250 a 1000 g/mol Experiência profissional da equipe Conhecimento dos processos industriais envolvidos Qualidade da água disponível Qualificação dos operadores Procedimentos de operação e manutenção Custo dos equipamentos e de operação. Critérios de Qualidade da água são valores máximos toleráveis que garantem os usos pretendidos da água definidos para condições genéricas de exposição. PADRÃO: Quando o critério está citado em uma legislação Para seu estabelecimento são necessários estudos toxicológicos adequados. •Consumo Humano •Recreação •Dessedentação de animais •Irrigação •Proteção da vida aquática •Aquicultura ->Portaria do MS nº 518/ 2004 – Consumo Humano ->Resolução CONAMA nº 357/2005, Classes que englobam conjuntos de usos concomitantes: * Consumo Humano com ou sem tratamento * Recreação * Dessedentação de Animais * Irrigação * Proteção da Vida Aquática * Aquicultura * Capazes de causar efeitos adversos ou desconforto aos organismos expostos (tóxicos) * Probabilidade de ocorrência na água devido a características geológicas (naturais) ou fontes de poluição * Uso no país ou região Para o consumo humano (não cancerígenos, cancerígenos e organolépticos). Para dessedentação de animais (idem acima) Para irrigação (fitotoxiciade, se cumulativo ou praguicidas – cálculo específico) Para proteção da vida aquática (efeito crônico) Hepatotoxicidade Neurotoxicidade Teratogênicidade Imunotoxicidade •Baseados em experimentos em animais e dados epidemiológicos •NOAEL: Nível de Efeito Adverso Não Observado •LOAEL: Nível do Menor Efeito Observado Para cada efeito faz-se uma curva e usa-se o efeito mais precoce que se considera adverso. 1. Qualidade dos dados toxicológicos disponíveis 2. Existência de dados humanos e sua qualidade 3. Variabilidade da resposta interespécie e intraespécie TDI= NOAEL ou LOAEL dividido pelo FI TDI: Ingresso diário tolerável NOAEL: Dose sem efeito obeservado (mg/kg de peso/dia) LOAEL; Nenor dose com efeito observado (mg/kg de peso/dia) FI: Fator de Incerteza (varia de 10 a 1000) VMP= TDIxPxF dividido por C VMP: Valor Máximo Permitido P= Peso corporal (60 ou 70 kg)
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