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Discuta no conceito de Estado para Pierre Bourdieu Segundo Pierre Bourdieu, a construção e a consolidação do estado moderno deu-se ao longo dos séculos XVI e XVII, e a sua concepção baseia-se na gênese das suas instituições. Bourdieu formula a sua reflexão acerca do Estado a partir da concepção de estado de Weber, segundo a qual o Estado consiste numa associação de indivíduos que reivindica, com sucesso, o monopólio legítimo da violência, em um território delimitado e sobre um conjunto de população; todavia Bourdieu acrescentou a dimensão simbólica e o conceito de capital ao conceito de estado weberiano. Assim, ao pensar a gênese do estado, Bourdieu identificou neste a concentração de diferentes formas de capital: capital de força física, capital econômico, capital cultural (ou melhor, capital de informação) e capital simbólico; nesse sentido, segundo o autor, o Estado é detentor de uma forma específica de capital: o capital simbólico. Além disso, Bourdieu acrescentou ao conceito de estado de Weber o conceito de violência simbólica; assim, além do estado deter o monopólio legitimo da violência física, deteria também o monopólio da violência simbólica, que consiste na capacidade de impor selecionar e impor valores e determinados símbolos culturais, como a língua, por exemplo, em detrimento de outras. Para Bourdieu, o capital simbólico atua no plano cognitivo e consiste na capacidade que o estado tem de dar significado às coisas, ou seja, dar sentido aos símbolos, que pode ser, por exemplo, a ideia de nação, o reconhecimento da moeda, dos símbolos nacionais, etc. ainda segundo o autor, o capital simbólico assume feição concreta sob a forma do Direito.
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