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Teoria da Firma

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UNIDADE III 
 
NOÇÕES DE 
 MICROECONOMIA 
Aula 12 
Teoria da Firma 
Bibliografia 
 
 
 - MANUAL DE ECONOMIA 
Equipe Prof. USP, Cap. 7 
 
Teoria da Firma 
 
A teoria da firma explica o comportamento da firma quando 
desenvolve sua atividade produtiva. 
 
Assim, o título “teoria da firma” abrange a teoria da 
produção, a teoria dos custos e a análise dos rendimentos 
da firma. 
Teoria da Produção 
CONCEITOS: 
 
• FIRMA = unidade de produção que atua racionalmente 
procurando maximizar seus resultados relativos a 
produção e lucro. 
 
• FATOR DE PRODUÇÃO = bens ou serviços 
transformáveis em produção 
 
• PRODUÇÃO = transformação, pela empresa, dos fatores 
adquiridos em produtos para a venda no mercado. 
A Função de Produção 
• A função de produção identifica a forma de solucionar os 
problemas técnicos da produção, pela apresentação das 
combinações de fatores que podem ser utilizados para o 
desenvolvimento do processo produtivo. 
 
>>> relação que mostra qual a quantidade obtida do produto, com 
base na quantidade utilizada dos fatores de produção 
 
Processo de produção = indica quanto de cada fator se faz 
necessário para obter certa quantidade de produto 
 
Função de Produção = indica o máximo de produto que se pode 
obter com certa quantidade de fatores, mediante a adequada 
escolha do processo de produção. 
 
Função de Produção 
q = f (x1, x2, x3, ..., xn) 
q é a quantidade produzida do bem e x1, x2, x3, ..., xn identificam 
as quantidade utilizadas de diversos fatores, respeitando o 
processo de produção mais eficiente escolhido. 
De forma simplificada temos: 
q = f (x1, x2) 
Por hipótese, a função de produção é uniforme e contínua: se 
constitui em um fluxo de fatores do qual resulta em um fluxo de 
produtos. 
Além disso é definida apenas em níveis positivos de fatores e 
produtos: q > 0; x1 > 0 ; x2 > 0 
Se o nível tecnológico existente muda, a função de produção se 
modifica 
Curto prazo x Longo prazo 
• A análise microeconômica considera que no curto prazo, 
a função de produção abarque fatores fixos e variáveis, e 
que no longo prazo todos os fatores são variáveis. 
 
• Fatores variáveis: aqueles cujas quantidades utilizadas 
variam com a realização do processo produtivo 
 
• Fatores fixos: aqueles cujas quantidades utilizadas não 
variam com a realização do processo produtivo. 
Função de Produção no CP 
q = f(x1, x2°), 
em que 
q = quantidade do produto 
X1 = fator variável 
x2° = fator fixo 
 
Nesse caso, a quantidade produzida, para que possa 
variar, dependerá da variação da quantidade utilizada do 
fator variável, associada à contribuição constante do fator 
fixo, em cada combinação dos fatores utilizados. 
Produtividade 
• Produto Total do fator variável = a quantidade do produto 
que se obtém da utilização do fator variável, mantendo-se 
fixa a quantidade dos demais fatores. 
• Produtividade Média do fator variável = o resultado do 
quociente da quantidade total produzida pela quantidade 
utilizada desse fator 
 PMe = 
𝑞
𝑥1
 
 
Produtividade Marginal do fator variável = relação entre as 
variações do produto total e as variações da quantidade 
utilizada de fator variável 
 Pmg = 
∆𝑞
∆𝑥1
 
 
Rendimentos Decrescentes 
• A Lei dos Rendimentos decrescentes descreve o 
comportamento da taxa de variação da produção quando é 
possível variar apenas um dos fatores, permanecendo 
constantes os demais. 
 
• À medida que determinada empresa aumenta sua produção 
por meio da função de produção, em que todos os fatores de 
produção são fixos, menos um, alteram-se as proporções de 
combinações entre fatores. Essa alteração não se faz 
totalmente ao sabor das próprias intenções da empresa, ela é 
regida pela lei dos rendimentos decrescentes: aumentando-se 
a quantidade de um fator variável, permanecendo a 
quantidade dos demais fatores fixa, a produção inicialmente 
crescerá a taxas crescentes; a seguir, depois de certa 
quantidade utilizada do fator variável, passará a crescer a 
taxas decrescentes; continuando o incremento da utilização do 
fator variável, a produção decrescerá. 
Função de Produção no curto prza 
 
O produto q irá modificar-se em função de cada nível em que for fixado o fator fixo x2 
Função de Produção no LP 
• Longo prazo = hipótese de existência unicamente de 
fatores variáveis na função de produção 
 
q = f (x1, x2, x3, ..., xn) 
 
q: representa a produção realizada 
x1, ..., xn: representa as quantidades de fatores utilizadas 
em cada período de tempo 
 
Simplificando, ou seja, admitindo que a função possua 
apenas dois fatores, temos: 
q = f (x1, x2) 
 
Função de Produção de LP 
• Uma função de produção com essas características pode 
ser representada por uma curva denominada 
ISOQUANTA 
 
• Isoquanta significa “igual quantidade” 
 
• Curva de isoquanta: uma curva ou linha na qual todos os 
pontos representam combinações de fatores que indicam 
a mesma quantidade produzida. 
• Curva de isoquanta = curva de indiferença da produção 
Isoquanta 
• Isoquanta = representação gráfica do conjunto de pontos 
que identificam a mesma quantidade de produto. 
 
 
Mapa de Produção 
• Um conjunto de isoquanta, cada qual representando 
determinado nível de produção derivado da combinação 
de fatores, constitui uma família de isoquantas e é 
normalmente conhecido por “mapa de produção” 
 
Taxa Marginal de Substituição Técnica 
entre os fatores 
• A taxa marginal de substituição técnica revela qual 
deverá ser o acréscimo de utilização do fator x1, ou seja, 
+∆x1, para que, compensando o decréscimo de utilização 
do fator x2, isto é, -∆x2, mantenha constante a quantidade 
produzida do produto. 
• A taxa marginal de substituição técnica mostra que o 
ganho de produção devido ao acréscimo de utilização 
+∆x1 do fator x1 é exatamente igual à perda de produção 
devido ao decréscimo de utilização -∆x2 do fator x2. 
• Assim, na mesma isoquanta, a produção permanece 
constante para qualquer combinação de x1x2 
Tx Marginal de Substituição Técnica 
 
 TMST x1,x2 = −
∆𝑥1
∆𝑥2
 
 
 
Propriedades das Isoquantas 
1) São decrescentes da esquerda para a direita 
 >>> o sinal da TMST é sempre negativo (relaciona 
decréscimo de um fator com o acréscimo de outro); como 
TMST representa a inclinação da isoquanta, esta será 
negativamente inclinada 
 
 
 
Propriedades das Isoquantas 
2) São convexas com relação à origem 
 >>>TMST é decrescente, caminhando-se sobre a 
isoquanta no sentido do fator que está sendo substituído, 
percebe-se que cada vez menores quantidades desse fator 
deixam de ser utilizadas em troca de novas unidades do 
fator que o está substituindo na função. 
 
 
 
Propriedades das Isoquantas 
3) Não se cruzam e nem se tangenciam 
 >>> um ponto só pode passar por uma isoquanta 
 
 
 
 
Rendimentos de Escala 
• Escala de Produção é o ritmo de variação da produção, 
respeitada certa proporção de combinação entre fatores. 
 
• Rendimento de escala é o resultado relativo a produtos 
finais obtidos por meio da variação da utilização dos 
fatores de produção. 
 
• De acordo com a resposta da quantidade produzida a 
uma variação da quantidade utilizada de fatores, é 
possível identificar 3 tipos de rendimentos de escala: 
 
• Rendimentos CRESCENTES de escala 
• Rendimentos CONSTANTES de escala 
• Rendimentos DECRESCENTES de escala 
 
 
Rendimentos de Escala 
• CRESCENTES: a variação na quantidade do produto 
total é mais queproporcional à variação da quantidade 
utilizada dos fatores de produção 
Ex: aumentando-se em 10% a utilização dos fatores, a produção 
cresce 20% 
 
• CONSTANTES: a variação na quantidade do produto total 
é proporcional à variação da quantidade utilizada dos 
fatores de produção 
Ex: aumentando-se em 10% a utilização dos fatores, a produção 
cresce 10% 
 
Rendimentos de Escala 
• DECRESCENTES: a variação na quantidade do produto 
total é menos do que proporcional à variação da 
quantidade utilizada dos fatores de produção 
Ex: aumentando-se em 10% a utilização dos fatores, a produção 
cresce 5% 
 
 
Teoria dos Custos 
• O objetivo básico da firma é a maximização dos seus resultados 
quando realiza sua atividade produtiva 
 
• Dessa forma, procurará sempre obter a máxima produção possível 
em face da utilização de certa combinação de fatores. 
 
• A otimização dos resultados da firma (Equilíbrio da Firma) 
poderá ser obtida através da: 
 
 (1) maximização da produção para determinado custo total, 
ou 
 (2) minimização do custo total para certo nível de produção. 
 
Os custos de Produção 
• Posições de equilíbrio da firma = situações de otimização 
• Conhecidos os preços dos fatores, é sempre viável 
determinar um custo total de produção ótimo para cada 
nível de produção. 
 
• CUSTO TOTAL de produção = total das despesas 
realizadas pela firma com a utilização da combinação 
mais econômica dos fatores, por meio da qual é obtida 
determinada quantidade de produto 
 
 
 Custo Total da produção = Custos fixos totais + 
 Custos variáveis totais 
Custos Fixos Totais (CFT) e 
Custos Variáveis Totais (CVT) 
 
• CFT correspondem à parcela dos custos totais que 
independem da produção. São decorrentes de gastos 
com os fatores de produção fixos. 
 
• CVT são parcelas dos custos totais que dependem da 
produção e assim, mudam com a variação desta. 
• Representam as despesas realizadas com os fatores variáveis de 
produção. 
 
 
 
 
Custos Totais de Curto e Longo Prazo 
 
• Dado que a teoria da produção divide sua análise em curto e longo 
prazo, segundo a existência de fatores de produção fixos e variáveis, 
a teoria dos custos de produção obedece essa mesma bipartição. 
 
• CUSTOS TOTAIS DE CURTO PRAZO são caracterizados pelo fato 
de serem compostos por parcelas de custos fixos e de custos 
variáveis. 
 
• CUSTOS TOTAIS DE LONGO PRAZO são formados unicamente por 
custos variáveis. 
 
Os custos de curto prazo 
• Consideremos, para efeito de análise dos custos de 
produção de curto prazo, a função de produção da firma 
assim identificada: 
 q = f (x1, x2,, x3°) 
 
na qual 
 
q = quantidade produzida 
x1 e x2 = fatores variáveis (insumo e mão de obra) 
x3° = fator fixo (dimensão da planta) 
Os custos de curto prazo 
• Sabemos que o custo total de produção da quantidade q 
é formado pelo total das despesas realizadas com a 
utilização da combinação mais econômica dos fatores de 
produção: x1, x2, e x3° 
 
• Sabemos também que esse custo total é formado por 
duas parcelas: uma variável (CVT) decorrente das 
despesas com fatores variáveis x1 e x2; e outra fixa (CFT), 
resultado das despesas com o fator fixo x3° 
 
Os custos de curto prazo 
• Sendo p1, p2, p3, os preços dos fatores x1, x2 e x3 
respectivamente, podemos especificar os custos de curto 
prazo da seguinte maneira: 
 CTcp = CVT + CFT 
 CTcp = p1x1 + p2x2 + p3x3 
 
CVT = p1x1 + p2x2 
Total das despesas com os fatores variáveis 
(quantidades utilizadas desses fatores multiplicadas pelos respectivos preços) 
 
CFT = p3x3 
Total das despesas com os fatores fixos 
(quantidade utilizada do fator fixo multiplicada pelo respectivo preço) 
Os custos de curto prazo 
Além da análise dos custos totais de curto prazo, também 
nos interessam o CUSTOS MÉDIOS ou UNITÁRIOS e os 
CUSTO MARGINAL. 
 
Dentre os custos médios, destacam-se o CUSTO TOTAL 
MÉDIO de curto prazo (CMecp) e o CUSTO FIXO MÉDIO 
(CFMe ) 
 
 
 
Custos de curto prazo 
• Custo Total médio é obtido por meio do quociente entre o custo 
total e a quantidade produzida 
 
CMecp =
𝐶𝑇𝑐𝑝
𝑞
 
 
Mas como o CTcp é decomposto em duas parcelas, temos: 
 
CMecp = 
𝐶𝑉𝑇+𝐶𝐹𝑇
𝑞
 
 
CMecp = 
𝐶𝑉𝑇
𝑞
+
𝐶𝐹𝑇
𝑞
 , 
 
 
 
Custos de curto prazo 
 CMecp = 
𝐶𝑉𝑇
𝑞
+
𝐶𝐹𝑇
𝑞
 
 
 em que, 
 
 
𝐶𝑉𝑇
𝑞
 é o CUSTO VARIÁVEL MÉDIO, e 
 
𝐶𝐹𝑇
𝑞
 é o CUSTO FIXO MÉDIO 
 
 
Custo Marginal de Curto Prazo 
• CUSTO MARGINAL DE CURTO PRAZO é determinado pela 
variação do custo total em resposta à variação da quantidade 
produzida 
 CMgcp = 
∆𝐶𝑇𝑐𝑝
∆𝑞
 
 
Mas como 
 CTcp = CVT + CFT, então: CMgcp = 
∆( 𝐶𝑉𝑇+𝐶𝐹𝑇)
∆𝑞
 
 
Todavia, como o custo fixo total não se modifica com as variações na 
produção, então o custo marginal de curto prazo é determinado pela 
variação do custo variável total em decorrência das variações na 
quantidade produzida: 
 
 CMgcp = 
∆𝐶𝑉𝑇
∆𝑞
 
 
O comportamento dos custos a cp 
• O custo variável total aumenta à medida que a produção 
cresce. 
 
• O custo variável médio é inicialmente decrescente e, 
após atingir o mínimo, torna-se crescente. 
• Isso porque, embora o custo variável total seja crescente com o 
aumento da produção, inicialmente ele cresce proporcionalmente 
menos do que a produção e, após certo nível de produto, ele 
passa a crescer mais do que proporcionalmente. 
 
• O custo total fixo é constante para cada intervalo de 
produção. Logo, o custo fixo médio é decrescente à 
medida que a produção aumenta. 
Os Custos de Longo Prazo 
• Longo Prazo: todos os fatores na função de produção são 
variáveis 
>>> não faz sentido então falar em custos fixos 
 
Função de produção hipotética em que todos os seus fatores são variáveis: 
 
qLp = f (x1, x2, x3) 
 
qLp: quantidade produzida 
x1, x2, x3: fatores variáveis (mão de obra, capital e dimensão da planta) 
 
Custo Total de Produção de Longo Prazo 
• CUSTO TOTAL de produção de longo prazo é 
determinado pela soma das despesas com cada um dos 
fatores. 
 
• CTLP = p1x1 + p2x2 + p3x3 
 
• Como todos os fatores são variáveis é possível afirmar 
que o custo total de produção em longo prazo é um custo 
inteiramente variável e, portanto, dependente do nível de 
produção estabelecido pela firma. 
Custos de Longo Prazo 
• CUSTO MÉDIO DE LONGO PRAZO = quociente entre o 
custo total de longo prazo e a quantidade produzida 
 CMELP = 
𝐶𝑇 𝑙𝑝
𝑞
 
 
CUSTO MARGINAL DE LONGO PRAZO = quociente entre 
as variações do custo total de longo prazo e as variações 
da quantidade produzida 
 
 CMgLP = 
∆𝐶𝑇 𝑙𝑝
∆𝑞
 
O Comportamento dos custos no LP 
• O comportamento dos custo total e custo médio de longo 
prazo está intimamente correlacionado com o tamanho 
(dimensão) da planta escolhida para operar em longo prazo. 
 
• Para cada dimensão da planta escolhida existirá sempre um 
custo total de curto prazo e um custo total de longo prazo que 
otimizarão a quantidade produzida. 
 
• Dessa forma, existirá sempre um custo médio de curto prazo e 
um de longo prazo, que tornarão ótima a produção. 
 
• Assim, para cada nível ótimo de produção, serão iguais os 
custos totais e médios de curto e longo prazos. 
Custo Total de curto e longo prazos 
Para produzir OX, a firma pode utilizar as dimensões A, B ou C, mas a produção 
pode ser obtida com o menor custo totalna dimensão A (ponto X’) 
A curva de CTLP é traçada a partir dos pontos de menor custo total de curto prazo 
(curva envelope) 
Custo médio de curto e longo prazos 
Curva CMeLP também é uma curva envelope da curva CMeCP 
 
Para a produção OR, a planta representativa da dimensão A é a mais adequada, identificando o 
menor custo médio de produção (ponto R’) 
 
Para o nível de produto OT, a curva de CMeLP tangencia a CMeCP em seu ponto de mínima 
(ponto T’). Assim, OT revela-se não apenas a produção ótima para determinada dimensão de 
planta, mas também a melhor dimensão de planta escolhida, ou seja, aquela que iguala, nos 
respectivos pontos de mínimos, o CMeCP ao CMeLP 
Custo Marginal de longo prazo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A curva de CMgLP é formada pelos pontos das curvas de CMgCP que correspondem à 
produção ótima relativa a cada tamanho ideal escolhido para a planta da firma. 
R’, S’, T’, M’ e N’ representam os pontos dos custos marginais de curto prazo das 
produções OR, OS,OT,OM e ON, respectivamente, todas elas ótimas em relação às 
dimensões de plantas escolhidas. 
 
Isocusto 
• A isocusto pode ser definida como a linha na qual todos 
os pontos indicadores das combinações de quantidades 
utilizadas dos fatores adquiridos pela firma representarem 
sempre o mesmo custo total. 
 
• Isocusto: representação gráfica da equação de custo total 
da empresa, quando para qualquer combinação dos 
fatores esse custo é mantido constante. 
 
 CT = p1x1 + p2x2 
Taxa Marginal de Substituição Técnica na 
isocusto 
• Nesse caso, a TMST revela qual deverá ser o incremento 
na utilização de um fator que compensará perfeitamente 
o decréscimo de utilização do outro fator 
 
 TMST x1,x2 = −
∆𝑥1
∆𝑥2
 
Curva de Possibilidade de Produção 
• Curva de Possibilidade de Produção: linha na qual todos 
os pontos revelam as diferentes possibilidades de dois 
produtos serem fabricados de forma combinada em 
determinado período com a quantidade de fatores que a 
firma possui. 
Taxa Marginal de Substituição na CPP 
 
 
• Nesse caso, a taxa marginal de substituição entre produtos 
é denominada Taxa Marginal de Transformação 
 
 TMS = 
 −∆𝑥1
+ ∆𝑥2
 
 
A taxa marginal de transformação é CRESCENTE: para que 
a produção de um dos bens possa ser aumentada em uma 
quantidade constante, o sacrifício em termos de produção 
do outro bem necessita ser cada vez maior. 
 
 
Taxa Marginal de Substituição na CPP 
 
 
 
Os pontos S, M, N e T mostram que a taxa é crescente: para aumentar a produção 
de chapas em quantidades constantes (S’M = M’N = N’T) é necessário diminuir a 
produção de trilhos em quantidades crescentes (SS’ < MM’ < NN’) 
Custo de Oportunidade 
O Custo de Oportunidade mede o valor das oportunidades perdidas em 
decorrência da escolha de uma alternativa de produção em lugar de outra 
também possível. 
 
Os pontos M e N são alternativas viáveis para a firma e a distância MM’ indica o 
custo de oportunidade de se modificar a estrutura de produção de trilhos e 
chapas da alternativa indicada em M para a indicada em N 
 
Qual a razão que induz a firma a escolher produzir no ponto N em lugar da 
quantidade indicada no ponto M? Admitindo-se o comportamento racional da 
firma, ela só escolherá a alternativa indicada pelo ponto N se o ganho 
adicional com a produção de chapas for maior do que o custo de 
oportunidade da alternativa escolhida, de trilhos produzidos a menos. 
Os Rendimentos da Firma 
• RECEITA TOTAL DE VENDAS (RT) = resultado da 
multiplicação da quantidade total do produto oferecida e 
vendida no mercado (q) pelo seu respectivo preço de venda 
(p). 
 
 RT = p.q 
 
RECEITA MÉDIA (RMe) = resultado do quociente entre a receita 
total e a quantidade vendida do produto 
 Rme = 
𝑅𝑇
𝑞
 
 
mas como RT = p.q, então: 𝑅𝑀𝑒 =
𝑝.𝑞
𝑞
= 𝑝 
 
Os Rendimentos da Firma 
• RECEITA MARGINAL (RMg) = resultado do quociente 
entre as variações da receita total decorrentes das 
variações da quantidade vendida do produto. 
 
𝑅𝑀𝑔 =
∆𝑅𝑇
∆𝑞
 
 
Os Rendimentos da Firma 
Os Rendimentos da Firma 
 
Isorrendimento 
 
 
• ISORRENDIMENTO = igual rendimento 
 
• ISSORENDIMENTO: linhas sobre as quais os pontos 
revelam as diferentes quantidades dos produtos que, 
vendidas no mercado aos seus respectivos preços, 
geram para a firma a mesma receita total. 
Isorrendimento 
 
 
Taxa Marginal de Substituição entre 
produtos na curva de isorrendimento 
 
• A taxa marginal de substituição entre produtos na 
isorrendimento revela o aumento necessário nas vendas 
de um dos produtos (m) para que, compensando a 
redução nas vendas do outro produto (n), se mantenha 
inalterada a receita total da firma. 
 
• 𝑇𝑀𝑆 = −
∆𝑚
∆𝑛
 
 
 
Exemplo: m = trilhos, e n = chapas 
O Equilíbrio da Firma 
1) Hipótese de produção Simples: a firma produz apenas 
um produto 
 
• A firma estará na sua condição de equilíbrio quando 
MAXIMIZAR a quantidade produzida em relação a 
determinado custo de produção. 
 
• Graficamente essa situação é identificada pela 
associação entre diferentes isoquantas, representando 
cada uma certo nível do produto, e a isocusto, 
identificando o custo total de produção 
Eq da firma na produção simples 
 
O Equilíbrio da Firma 
2) Hipótese de produção Múltipla: a firma produz mais de 
um produto 
 
• A firma estará na sua condição de equilíbrio quando 
MAXIMIZAR a receita total possível pela venda de seus 
produtos. 
 
• Graficamente essa situação é identificada pela 
associação entre a curva de possibilidade de produção 
e a curva de isorrendimento. 
Eq da Firma na produção múltipla 
Maximização do Lucro Total 
• De forma resumida, pode-se dizer que o objetivo da firma 
é a maximização do lucro, no curto e longo prazos. 
 
• LUCRO TOTAL (LT) = a diferença entre as receitas totais 
de vendas da firma (RT) e seus custos totais de 
produção (CT) 
 
 LT = RT - CT 
Maximização do Lucro Total 
• A empresa, desejando maximizar seus lucros, escolherá 
o nível de produção para qual a diferença positiva entre 
RT e CT seja a maior possível (máxima). 
 
• Isso ocorre exatamente no ponto em que a receita marginal da 
última unidade produzida seja igual ao custo marginal dessa última 
unidade produzida: 
 
 RMg = CMg 
Maximização do Lucro Total 
 
 RMg = CMg: maximização do lucro total 
 
Se RMg > CMg: o empresário terá interesse em aumentar a 
produção, pois cada unidade adicional fabricada aumenta seus 
lucros, já que sua receita marginal é superior ao seu custo 
marginal. 
 
Se RMg < CMg: o empresário terá interesse em diminuir a 
produção, pois cada unidade adicional que deixa de ser 
fabricada aumenta seus lucros, já que seu custo marginal é 
maior que a receita marginal. 
 
No ponto em que a RMg = CMg o empresário não tem 
incentivos para produzir mais ou menos e seu lucro total será 
máximo 
 
 
Exercícios 
• Calcule a Produtividade Média e Marginal do fator 
variável (mão de obra), segundo os dados a seguir 
 
 Fator 
fixo 
(terra) 
Fator 
variável 
(mão de 
obra) 
Produto 
Total 
Produtivid
ade Média 
da mão de 
obra 
Produtividad
e Marginal 
da Mão de 
obra 
10 5 38 - 
10 6 42 
10 7 44 
10 8 44 
10 9 42 
• Calcule o Custo Total (CT), Custo Fixo Médio(CFMe), 
Custo Variável Médio (CVMe), Custo Médio (Cme) e 
Custo Marginal (CMg), segundo os dadosa seguir. 
 
 
 
Produção Custo 
Fixo 
Total 
(CFT) 
Custo 
Variável 
Total 
CT CFMe CVMe CMe CMg 
0 10 0 
1 10 5 
2 10 8 
3 10 10 
4 10 11 
5 10 13 
6 10 16 
• Calcule a Receita Total (RT), o Lucro Total (LT), o Custo Marginal (CMg), a Receita 
Marginal (RMg) e encontre o nível de produção no qual a firma maximiza seus lucros. 
Produção 
e vendas 
(q) 
Custo 
Total 
(CT) 
Preço 
unitário de 
mercado (p) 
RT LT CMg RMg 
0 10 5 
1 15 5 
2 18 5 
3 20 5 
4 21 5 
5 23 5 
6 26 5 
7 30 5 
8 35 5 
9 41 5 
10 48 5 
11 56 5

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