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1 Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 2 Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 3 Olá, amigo (a)! Bem-vindo (a) a mais uma aula do nosso curso. É importante rememorar que a leitura e resolução de questões comentadas são as melhores ferramentas para alcançar a APROVAÇÃO desejada. Não há segredos, basta ter disciplina, foco, revisar e acreditar que você é capaz e vai conseguir. Desejamos uma ótima leitura e muita garra. Profº. Rômulo Passos Profª. Raiane Bezerra Profª. Tainá Santiago www.romulopassos.com.br Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 4 TENÍASE SOLITÁRIA 1 - TENÍASE O complexo teníase/cisticercose constitui-se de duas entidades mórbidas distintas, causadas pela mesma espécie de cestódio, em fases diferentes do seu ciclo de vida. A teníase é provocada pela presença da forma adulta da Taenia solium ou da Taenia saginata, no intestino delgado do homem. A cisticercose é causada pela larva da Taenia solium nos tecidos, ou seja, é uma enfermidade somática. A teníase é uma parasitose intestinal que pode causar dores abdominais, náuseas, debilidade, perda de peso, flatulência, diarreia ou constipação. Quando o parasita permanece na luz intestinal o parasitismo pode ser considerado benigno e só, excepcionalmente, requer intervenção cirúrgica por penetração em apêndice, colédoco, ducto pancreático, devido ao crescimento exagerado do parasita. A infestação pode ser percebida pela eliminação espontânea nas fezes de proglotes do verme. Em alguns casos, podem causar retardo no crescimento e no desenvolvimento das crianças, e baixa produtividade no adulto. As manifestações clínicas da cisticercose (larvas da Taenia solium) dependem da localização, tipo morfológico, número de larvas que infectaram o indivíduo, da fase de desenvolvimento dos cisticercos e da resposta imunológica do hospedeiro. As formas graves estão localizadas no sistema nervoso central e apresentam sintomas neuro-psiquiátricos (convulsões, distúrbio de comportamento, hipertensão intracraniana) e oftálmicos. 1.1 SINONÍMIA 1.2 AGENTE ETIOLÓGICO Forma adulta da Taenia solium ou da Taenia saginata, no intestino delg. do homem Teníase Larva da Taenia solium nos tecidos, → é uma enfermidade somática Cisticercose CISTICERCOSE LOMBRIGA NA CABEÇA Taenia solium é a tênia da carne de porco Taenia saginata é a da carne bovina Esses dois cestódeos causam doença intestinal (teníase) e os ovos da T. solium desenvolvem infecções somáticas (cisticercose). Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 5 1.3 RESERVATÓRIO O homem é o único hospedeiro definitivo da forma adulta da Taenia solium e da Taenia saginata. O suíno doméstico ou javali é o hospedeiro intermediário da T. solium; e o bovino é o hospedeiro intermediário da T. saginata, por apresentarem a forma larvária (Cysticercus cellulosae e C. bovis, respectivamente) nos seus tecidos. 1.4 MODO DE TRANSMISSÃO A teníase é adquirida através da ingesta de carne de boi ou de porco mal cozida, que contém as larvas. Quando o homem ingere, acidentalmente, os ovos de T. solium, adquire a cisticercose. A cisticercose humana por ingestão de ovos de T. saginata não ocorre ou é extremamente rara. Por outro lado, a cisticercose é adquirida pela ingestão acidental de ovos da T. solium e raramente da T. sagnata . Isso ocorre por exemplo, se a pessoa ingerir alface com esses ovos. 1.5 PERÍODO DE INCUBAÇÃO 1.6 COMPLICAÇÕES Teníase: obstrução do apêndice, colédoco, ducto pancreático. Cisticercose: deficiência visual, psicose, epilepsia, entre outros. Transmissão → do solo, água ou alimentos contaminados Com fezes humanas Ingest. dos ovos infectantes do parasita Varia de 15 dias a anos após a infecção. CISTICERCOSE HUMANA Em torno de 3 meses após a ingesta da larva o parasita adulto já é encontrado no intestino delgado humano. TENÍSASE Permanecem viáveis por vários meses no meio ambiente que é contaminado pelas fezes do humano portador da doença. OVOS DAS TÊNIAS Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 6 1.7 DIAGNÓSTICO O diagnóstico é clínico, epidemiológico e laboratorial. Como a maioria dos casos de teníase é oligossintomático, o diagnóstico comumente é feito pela observação do paciente ou, quando crianças, pelos familiares. Isso porque os proglotes são eliminados espontaneamente e, nem sempre, são detectados nos exames parasitológicos de fezes. Para se fazer o diagnóstico da espécie, em geral, coleta-se material da região anal e, através do microscópio, diferencia-se morfologicamente os ovos da tênia dos demais parasitas. Os estudos sorológicos específicos (fixação do complemento, imunofluorescência e hemaglutinação) no soro e líquido cefalorraquiano confirmam o diagnóstico da neurocisticercose, cuja suspeita é feita através de exames de imagem: RX (identifica apenas cisticercos calcificados), tomografia computadorizada e ressonância nuclear magnética (identificam cisticercos em várias fases de desenvolvimento). A biópsia de tecidos, quando realizada, possibilita a identificação microscópica da larva. Diagnóstico diferencial- Na neurocisticercose, deve-se fazer o diagnóstico diferencial com distúrbios psiquiátricos e neurológicos (principalmente epilepsia por outras causas). 1.8 TRATAMENTO a) Teníase - Mebendazol - 200mg, 2 vezes ao dia, por 3 dias, VO; niclosamida ou clorossalicilamida - adulto e criança com 8 anos ou mais, 2g e crianças de 2 a 8 anos, 1g, VO, dividido em duas tomadas; praziquantel, VO, dose única, 5 a 10mg/kg de peso corporal; albendazol, 400mg/dia, durante 3 dias. b) Neurocisticercose - Praziquantel, na dose de 50mg/kg/dia, durante 21 dias, associado à dexametasona para reduzir a resposta infl amatória, consequente à morte dos cisticercos. Pode-se usar também albendazol, 15 mg/dia, durante 30 dias, dividido em 3 tomadas diárias, associado a 100mg de metilpredinisolona, no primeiro dia de tratamento, a partir do qual se mantém 20mg/dia, durante os 30 dias. O uso de anticonvulsivantes, às vezes, se impõe, pois cerca de 62% dos pacientes são portadores de epilepsia associada. 2 - ANCILOSTOMÍASE Infecção intestinal causada por nematódeos, podendo chegar a ser assintomática em caso de infecções leves. Apresentações clínicas importantes, como um quadro gastrointestinal agudo caracterizado por náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal e flatulência, também podem ocorrer. Em crianças com parasitismo intenso, pode ocorrer hipoproteinemia e atraso no desenvolvimento físico e mental. Com frequência, dependendo da intensidade da infecção, acarreta anemia ferropriva. 2.1 SINONÍMIA Também conhecida como: AMARELÃO, OPILAÇÃO, DOENÇA DO JECA TATU. Acredite no seu potencial! Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-227 2.2 AGENTE ETIOLÓGICO Nematóides da família Ancylostomidae: A. duodenale e Necator americanus. 2.3 RESERVATÓRIO O homem 2.4 PERÍODO DE INCUBAÇÃO Semanas ou meses após a infecção inicial. 2.5 MODO DE TRANSMISSÃO A transmissão ocorre através dos ovos que estão nas fezes e são depositados no solo onde se tornam embrionados. Em condições favoráveis de umidade e temperatura, as larvas se desenvolvem até chegar ao 3° estágio, tornando-se infectantes em um prazo de 7 a 10 dias. A infecção nos homens se dá quando essas larvas infectantes penetram na pele, geralmente pelos pés, causando uma dermatite característica. As larvas dos ancilóstomos, após penetrarem através da pele, passam pelos vasos linfáticos, ganham a corrente sanguínea e nos pulmões penetram nos alvéolos. Daí migram para a traqueia e faringe, são deglutidas e chegam ao intestino delgado, onde se fixam, atingindo a maturidade ao final de 6 a 7 semanas, passando a produzir milhares de ovos por dia. A N C IL O ST O M ÍA SE Conhecido → amarelão, opilação, doença do Jeca Tatu Infec. intestinal → nematódeos, da família Ancylostomidae: A. duodenalee Necatoramericanus. Infecções leves, pode apresentar-se assintomática Apresentações clínicas → quadro gastrointestinal agudo caracterizado Náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal e flatulência, também podem ocorrer. Pode ocorrer hipoproteinemia e atraso no desenvolv. físico e mental Crianças (Parasitismo ↑) Pode ocorrer om frequência, → intensidade da infecção Anemia Ferropriva Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 8 Não se transmite de pessoa a pessoa, porém os indivíduos infectados contaminam o solo durante vários anos, quando não são adequadamente tratados. Em condições favoráveis, as larvas permanecem infectantes no solo durante várias semanas. 2.6 COMPLICAÇÕES Anemia, hipoproteinemia, podendo ocorrer insuficiência cardíaca e anasarca. A migração da larva através dos pulmões pode causar hemorragia e pneumonite. Em geral, o diagnóstico é clínico devido ao prurido característico. O diagnóstico laboratorial é realizado pelo achado de ovos no exame parasitológico de fezes, através dos métodos de Lutz, Willis ou Faust, realizando-se, também, a contagem de ovos pelo Kato-Katz. 2.7 TRATAMENTO Mebendazol, 100mg, 2 vezes ao dia, durante 3 dias consecutivos. Não é recomendado seu uso em gestantes. Essa dose independe do peso corporal e da idade. Pode ser usado albendazol, 2 comprimidos, VO, em dose única (1 comp = 200mg), ou 10ml de suspensão (5ml = 200mg). O controle de cura é realizado e nos 7º, 14º e 21º dias, após o tratamento, através de exames parasitológicos de fezes. 3 - ELEFANTÍASE Conhecida como filariose, filaríase de Bancrofti e elefantíase. A filariose por Wuchereria bancrofti é causada por um nematódeo que vive nos vasos linfáticos dos indivíduos infectados, apresentando diversas manifestações clínicas. Existem indivíduos com esta parasitose que nunca desenvolvem sintomas, havendo ou não detecção de microfilárias no sangue periférico; outros podem apresentar febre recorrente aguda, astenia, mialgias, fotofobia, quadros urticariformes, pericardite e cefaleia, linfadenite e linfangite retrógrada, com ou sem microfilaremia. Ovos → fezes → depositados no solo larvas infectantes penetram na pele, → pelos pés → dermatite característica Após penetrarem, passam vasos linfáticos → corrente sanguínea → pulmões → alvéolos Migram → traqueia e faringe → deglutidas e → intestino delgado, onde → atingindo a maturidade ao final de 6 a 7 sem. → maturidade, passando a produzir milhares de ovos por dia. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 9 Os casos crônicos mais graves são de indivíduos que apresentam hidrocele, quilúria e elefantíase de membros, mamas e órgãos genitais. Nesses casos, em geral, a densidade de microfilária no sangue é muito pequena ou mesmo não detectável. Descrevem-se, ainda, casos de eosinofilia pulmonar tropical, que é uma síndrome que se manifesta por crises paroxísticas de asma, com pneumonia intersticial crônica, ligeira febre recorrente, cujo leucograma registra importante eosinofilia; nesses casos, o exame dos tecidos mostra microfilárias em processo de degeneração, porém não são encontradas no sangue periférico (filaríase oculta). 3.3 MODO DE TRANSMISSÃO Ocorre pela picada dos mosquitos transmissores com larvas infectantes (L3). O Culex quinquefasciatus é o principal transmissor no Brasil. Em geral, as microfilárias têm periodicidade para circular no sangue periférico, sendo mais detectadas à noite, entre as 23 h e 1 h. Existem indivíduos → nunca desenvol. sintomas Outros, podem apresentar, no período agudo Febre recorrente aguda, astenia, mialgias, fotofobia Quadros urticariformes, pericardite e cefaleia, linfadenite e linfagite retrograda Principais Complicações • Hidrocele; • Linfoscroto; • Elefantíase; • Hematoquiluria • Wuchereria bancrofti, nematódeo que vive nos vasos linfáticos dos indivíduos infectados. 3.1 Agente Etiológico • Homem 3.2 Reservatório DIAGNÓSTICO Clínico-epidemiológico Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 10 O diagnóstico é basicamente clínico-epidemiológico quando há manifestações sugestivas e o indivíduo é oriundo de área endêmica. Já o diagnóstico específico corresponde a um teste de rotina que é feito pela pesquisa da microfilária no sangue periférico, pelo método da gota espessa (periodicidade noturna, das 23h a 1h). Pode-se, ainda, pesquisar microfilária no líquido ascítico, pleural, sinovial, cefalorraquidiano, urina, expectoração e gânglios, sendo, entretanto, restrito a casos específicos. Pela presença do verme adulto no sistema linfático, genitália ou em outras lesões (essa forma de diagnóstico não é realizada como rotina). 3.4 PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE Não se transmite de pessoa a pessoa. O ciclo ocorre quando um inseto transmissor pica um homem infectado com microfilaremia e a transmite a outro indivíduo, após maturação das microfilárias no vetor, que ocorre entre 12 a 14 dias do repasto sanguíneo. A microfilaremia pode persistir, aproximadamente, por 5 a 10 anos. 3.5 PERÍODO DE INCUBAÇÃO Manifestações alérgicas podem aparecer 1 mês após a infecção. As microfilárias, em geral, aparecem no sangue periférico de 6 a 12 meses após a infecção com as larvas infectantes da W. bancrofti. 3.6 TRATAMENTO A droga de escolha é a Dietilcarbamazina (DEC), com vários esquemas preconizados: 6 mg/kg/dia, VO, com periodicidade semestral ou anual; 6 mg/kg/dia, VO, por 12 dias; 6 mg/kg/dia, VO, por 2 a 4 semanas. 4 - ASCARIDÍASE Doença parasitária do homem, causada por um helminto. Habitualmente, não causa sintomatologia, mas pode manifestar-se por dor abdominal, diarreia, náuseas e anorexia. Quando há grande número de parasitas, pode ocorrer quadro de obstrução intestinal. Em virtude do ciclo pulmonar da larva, alguns pacientes apresentam manifestações pulmonares com broncoespasmo, hemoptise e pneumonite, caracterizando a síndrome de Loeffler, que cursa com eosinofilia importante. Quando há grande número de parasitas, pode ocorrer quadro de obstrução intestinal. Conhecida como infecçãopor Ascaris. 4.1 TRANSMISSÃO Ocorre por meio da ingestão dos ovos infectantes do parasita, procedentes do solo, água ou alimentos contaminados com fezes humanas. A transmissibilidade ocorre durante todo o período em que o indivíduo portar o parasita e estiver eliminando ovos pelas fezes. Portanto, é longo quando não se institui o tratamento adequado. As fêmeas fecundadas no aparelho digestivo podem produzir cerca de 200.000 ovos por dia. A duração média de vida dos parasitas adultos é de 12 meses. Quando os ovos embrionados encontram um meio favorável, podem permanecer viáveis e infectantes durante anos. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 11 4.2 COMPLICAÇÕES Obstrução intestinal; Volvo; Perfuração intestinal; Colecistite; Colelitíase; Pancreatite aguda; Abscesso hepático. O quadro clínico apenas não a distingue de outras verminoses, havendo, portanto, necessidade de confirmação do achado de ovos nos exames parasitológicos de fezes. 4.3 TRATAMENTO - Albendazol (ovocida, larvicida e vermicida), 400mg/dia, em dose única para adultos; em criança, 10mg/kg, dose única; - Mebendazol, 100mg, 2 vezes ao dia, durante 3 dias consecutivos. Não é recomendado seu uso em gestantes. Essa dose independe do peso corporal e da idade. - Levamizol, 150mg, VO, em dose única para adultos; crianças abaixo de 8 anos, 40mg, e acima de 8 anos, 80 mg, também em dose única. Tratamento da obstrução intestinal: piperazina, 100mg/kg/dia + óleo mineral 40 a 60ml/ dia + antiespasmódicos + hidratação. Nesse caso, estão indicados sonda nosogástrica e jejum + mebendazol, 200mg ao dia, dividido em 2 tomadas, por 3 dias. •Ascaris lumbricoides ou lombriga Agente Etiológico •Homem Reservatório •Ingestão dos ovos infectantes, procedentes do solo, água ou alimentos cont. com fezes humanas Transmissão •Obstrução e perfuração intestinal, volvo, colecistite, colelitíase, pancreatite aguda e abcesso hepático Complicações •Parasitológicos de fezes Diagnóstico “ A caminhada ao sucesso não é perfeita, vários são os obstáculos que precisamos superar, quem manter a resiliência, não desistir, fazer uma avaliação constante dos pontos fortes e fracos, alcançará a aprovação. ” Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 12 QUESTÕES COMENTADAS Meu amigo (a), o foco e disciplina nos estudos o levará a aprovação, então vamos ver algumas questões importantes a respeito do tema abordado! 1. (Prefeitura do Rio-RJ/2013//IABAS-BIORIO) São parasitoses que NÃO envolvem o mosquito vetor que participa da transmissão: a) teníase, malária e ancilostomose; b) elefantíase, malária e ascaridíase; c) esquistossomose, ancilostomose e malária; d) elefantíase, esquistossomose e ancilostomose; e) esquistossomose, ascaridíase e ancilostomose. COMENTÁRIOS: Analisando item a item pode-se identificar que o gabarito correto correspondente a esta questão é: 2. (CONPASS/2015) Sobre a Filaríase por Wuchereria bancrofti, assinale a alternativa incorreta a) Existem indivíduos com esta parasitose que nunca desenvolvem sintomas, havendo ou não detecção de microfilárias no sangue periférico; b) Os sinais e sintomas são febre recorrente aguda, astenia, mialgias, fotofobia, quadros urticariformes, pericardite, cefaleia, linfadenite e linfangite retrógrada, com ou sem microfilaremia. c) Os casos crônicos mais graves são de indivíduos que apresentam hidrocele, quilúria e elefantíase de membros, mamas e órgãos genitais. d) Nos casos mais graves, em geral, a densidade de microfilária no sangue é muito alta, que leva a um mau prognóstico da doença. e) Há casos de eosinofilia pulmonar tropical, síndrome que se manifesta por crises paroxísticas de asma, com pneumonia intersticial crônica e ligeira febre recorrente, cujo leucograma registra importante eosinofilia. COMENTÁRIOS: A filaríose linfática é causada por um nematódeo, Wuchereria bancrofti, que vive nos vasos linfáticos dos indivíduos infectados, apresentando diversas manifestações clínicas. Existem indivíduos com esta parasitose que nunca desenvolvem sintomas, outros, podem apresentar, no período agudo, febre recorrente aguda, astenia, mialgias, fotofobia, quadros urticariformes, pericardite e cefaleia, linfadenite e linfagite retrógrada, com ou sem microfilaremia. Na forma crônica, os casos mais graves são de indivíduos que apresentam hidrocele, quiluria e elefantíase de membros, mamas e órgãos genitais. Nesses casos, em geral, a densidade de microfilaria no sangue é muito pequena ou mesmo não detectável. Descrevem-se, ainda, casos de eosinofilia pulmonar tropical, síndrome que se manifesta por crises paroxísticas de asma, com pneumonia intersticial crônica e ligeira febre recorrente. O diagnóstico é basicamente clínico-epidemiológico, nos casos em queexistem manifestações sugestivas e o indivíduo é oriundo de área endêmica. Existe também o diagnóstico específico que corresponde a um teste de rotina que é feito pela pesquisa da microfilária no sangue periférico, pelo método da gota espessa Letra E. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 13 (periodicidade noturna, das 23h a 1h). Pode-se, ainda, pesquisar microfilária no líquido ascítico, pleural, sinovial, cefalorraquidiano, urina, expectoração e gânglios, sendo, entretanto, restrito a casos específicos. Pela presença do verme adulto no sistema linfático, genitália ou em outras lesões (essa forma de diagnóstico não é realizada como rotina). O Diagnóstico diferencial consiste em outras causas de elefantíase, como as malformações congênitas, episódios repetidos de erisipela, destruição ou remoção de linfáticos, micoses, donovanose, hanseníase, tuberculose, entre outras. No que diz ao respeito ao assunto não existe nada que faça referência as altas densidades de microfilária no sangue, onde leve a um mal prognóstico da doença. ------------------------------------------------------------------ Caro colega, chegamos ao final de nossa aula. Contamos com engajamento, estudo e determinação de todos vocês! Profº. Rômulo Passos Profª. Raiane Bezerra Profª. Tainá Santiago GABARITO 1. E 2. D ------------------------------------------------------------------ REFERÊNCIA Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Doenças infecciosas e parasitárias: guia de bolso / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. – 8. ed. rev. – Brasília : Ministério da Saúde, 2010. Sendo assim, o gabarito correto é a letra D. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22
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