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Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 1 www.romulopassos.com.br Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 2 www.romulopassos.com.br Olá meu amigo (a), Esta aula aborda de forma clara e objetiva o conteúdo referente à Hipertensão Arterial Sistêmica. Inicialmente faremos uma abordagem teórica sobre o assunto e em seguida passaremos às questões abordadas em concurso. Boa aula! Profº. Rômulo Passos Profº. Sthephanie Abreu www.romulopassos.com.br Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 3 www.romulopassos.com.br HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA 1 – Conceitos Iniciais da Hipertensão Arterial Sistêmica Pressão arterial sanguínea é a medida da tensão exercida pelo sangue nos vasos durante a sístole e a diástole ventricular. Débito Cardíaco (DC) é a quantidade de sangue bombeado pelo coração por minuto. Os fatores que influenciam no débito cardíaco são a frequência cardíaca (FC) e o volume sistólico (VS). Quanto maior for qualquer uma dessas variáveis, maior será o DC. DC = FC x VS O volume sistólico é a quantidade de sangue que será bombeado pelo coração em uma contração. De acordo com a SBH, quando houver um aumento no volume de sangue a ser ejetado, por exemplo quando os rins não funcionam normalmente ou quando o coração contrai de modo insuficiente, ou quando a frequência cardíaca aumenta, isto é, o coração bate mais vezes por minuto para ejetar um determinado volume de sangue, ou quando a resistência oferecida pelas artérias para a passagem do sangue estiver aumentada, ocorre aumento da pressão arterial. De acordo com a SBC, a linha demarcatória que define HAS considera valores de PA sistólica ≥ 140 mmHg e∕ou de PA diastólica ≥ 90 mmHg em medidas de consultório. O diagnóstico deverá ser sempre validado por medidas repetidas, em condições ideais, em, pelo menos, três ocasiões, com intervalo mínimo de uma semana. A HAS é um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Sua prevalência no Brasil varia entre 22% e 44% para adultos (32% em média), chegando a mais de 50% para indivíduos com 60 a 69 anos e 75% em indivíduos com mais de 70 anos1. O Ministério da Saúde2 relatou, em 2006, que no Brasil são cerca de 17 milhões de portadores de hipertensão arterial, 35% da população de 40 anos e mais. E esse número é crescente; seu aparecimento está cada vez mais precoce e estima-se que cerca de 4% das crianças e adolescentes também sejam portadoras. A carga de doenças representada pela morbimortalidade devida à doença é muito alta e por tudo isso a Hipertensão Arterial é um problema grave de saúde pública no Brasil e no mundo 1 SBC; SBH; SBN, 2010, p. 1, disponível em: http://goo.gl/88YFD & Brasil, 2013, p. 19, disponível em: http://goo.gl/FXmjtP. 2 Brasil, 2006, p. 7, disponível em: http://goo.gl/8lMK8C DEFINIÇÃO Grave problema de saúde pública → condição clínica multifatorial → caracterizada por níveis ↑ e sustentados de PA (PA ≥140 x 90mmHg) Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 4 www.romulopassos.com.br 2 - Medida da Pressão Arterial Sistêmica Em crianças e adultos, a largura da bolsa de borracha do manguito com câmara inflável (cuff) deve ser adequada para a circunferência do braço de cada pessoa, ou seja, corresponder a 40% da circunferência do braço (distância entre o olécrano e o acrômio), e o comprimento da bolsa deve envolver 80% da circunferência do braço. Em gestantes, recomenda-se que a pressão arterial seja feita na posição sentada, e não ortostática (em pé), e deve ser obtida com os mesmos equipamentos e com a mesma técnica recomendada para adultos (principalmente sentada), entretanto a PA também pode ser medida no braço esquerdo na posição de decúbito lateral esquerdo em repouso, e esta não deve diferir da posição sentada. O 5º ruído de Korotkoff deve ser considerado como a pressão diastólica3. A primeira verificação deve ser realizada em ambos os braços. Caso haja diferença entre os valores, deve ser considerada a medida de maior valor. O braço com o maior valor aferido deve ser utilizado como referência nas próximas medidas. O indivíduo deverá ser investigado para doenças arteriais se apresentar diferenças de pressão entre os membros superiores maiores de 20/10 mmHg para as pressões sistólica/diastólica, respectivamente. Com intervalo de um minuto, no mínimo, uma segunda medida dever ser realizada (SBC; SBH;SBN, 2010, p. 6). As medidas nas posições ortostática (em pé) e supina (deitada) devem ser feitas pelo menos na primeira avaliação em todos os usuários e em todas as avaliações em idosos, diabéticos e alcoolistas. Vejamos abaixo as principais recomendações para aferição da pressão arterial: Sentado, com o braço apoiado e à altura do precórdio. Medir após 5 min. de repouso. Evitar o uso de cigarro e de bebidas com cafeína nos 30 min. precedentes. A câmara inflável deve cobrir ao menos 2/3 da circunferência do braço. Palpar o pulso braquial e inflar o manguito até 30mmHg acima do valor em que o pulso deixar de ser sentido. Desinflar o manguito lentamente (2 a 4 mmHg/seg). A PAS corresponde ao valor em que começarem a ser ouvidos os ruídos de Korotkoff (fase I). A PAD corresponde ao desaparecimento dos batimentos (fase V). A média de 2 aferições deve ser considerada como a PA do dia; se os valores observados diferirem em mais de 5 mmHg, medir novamente (intervalo mínimo de 1 min.). Na 1ª vez, medir a pressão nos 2 braços; se discrepantes, considerar o valor mais alto; nas vezes subsequentes, medir no mesmo braço (o direito de preferência). 3 SBC; SBH; SBN, 2010, p. 5-6, disponível em: http://goo.gl/88YFD & Brasil, 2013, p. 51, disponível em: http://goo.gl/FXmjtP. “Não deixe de revisar os conteúdos!” A aula é importante. Mantenha a concentração! Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 5 www.romulopassos.com.br 3 - Estágios da Hipertensão Arterial Sistêmica Vamos agora aprender e gravar a classificação atual, conforme disposições da SBH (2010) e Ministério da Saúde (2013)4. Classificação da pressão arterial de acordo com a medida casual no consultório (> 18 anos) Classificação PAS (mmHg) PAD (mmHg) Ótima < 120 < 80 Normal < 130 < 85 Limítrofe (pré-hipertensão)* 130–139 85–89 Hipertensão estágio 1 140-159 90-99 Hipertensão estágio 2 160–179 100–109 Hipertensão estágio 3 >180 >110 Hipertensão sistólica isolada ≥ 140 < 90 Quando as pressões sistólica e diastólica situam-se em categorias diferentes, a maior deve ser utilizada para classificação da pressão arterial. Fonte: (Alterado de SBC; SBH; SBN, 2010, p. 8, disponível em: http://goo.gl/88YFD & Brasil, 2013, p. 34, disponível em: http://goo.gl/FXmjtP). * Pressão normal-alta ou pré-hipertensão são termos que se equivalem na literatura. 4 SBC; SBH; SBN, 2010, p. 8, disponível em: http://goo.gl/88YFD & Brasil, 2013, p. 34, disponível em: http://goo.gl/FXmjtP. Essas aulas escritas (PDF) são atualizadas mensalmente - se for imprimir, faça isso apenas das aulas que estiveracompanhando, pois o material é atualizado e ampliado mensalmente. Todos os dias são inseridos novos vídeos potenciais nas disciplinas deste curso Completo de Enfermagem para Concursos. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 6 www.romulopassos.com.br 4 - Seguimento da Hipertensão Arterial Sistêmica Vamos visualizar, na tabela abaixo, as recomendações para o Seguimento da HAS, conforme níveis pressóricos apresentados pelo paciente, durante a consulta. Recomendações para o seguimento da HAS: prazos máximos para reavaliação* Pressão arterial inicial (mmHg)** Seguimento Sistólica Diastólica <130 < 85 Reavaliar em 1 ano. Estimular mudanças de estilo de vida. 130–139 85–89 Reavaliar em 6 meses.*** Insistir em mudanças do estilo de vida. 140–159 90–99 Confirmar em 2 meses.*** Considerar MAPA/MRPA. 160–179 100–109 Confirmar em 1 mês.*** Considerar MAPA/MRPA. ≥ 180 ≥ 110 Intervenção medicamentosa imediata ou reavaliar em 1 semana.*** Fonte: (Alterado de SBC; SBH; SBN, 2010, p. 6). * Modificar o esquema de seguimento de acordo com a condição clínica do paciente. ** Se as pressões sistólicas ou diastólicas forem de estágios diferentes, o seguimento recomendado deve ser definido pelo maior nível de pressão. *** Considerar intervenção de acordo com a situação clínica do paciente (fatores de risco maiores, doenças associadas e lesão em órgãos-alvo). De acordo com o Ministério da Saúde (CAB nº 37 - HAS), temos outra classificação de Rastreamento e Diagnóstico da Hipertensão Arterial Sistêmica na Atenção Básica, conforme o esquema abaixo: Precisamos ter cuidado nas provas, pois essas duas classificações já foram cobradas. Para maiores esclarecimentos, recomendamos à videoaula sobre o tema, neste curso. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 7 www.romulopassos.com.br 5 - Monitorização da Pressão Arterial Sistêmica Vamos descrever os procedimentos, nos esquemas abaixo, conforme SBC; SBH; SBN, 2010, p. 6-8: 5.1 - Automedida da pressão arterial (AMPA): A AMPA foi definida como a realizada por pacientes ou familiares, não profissionais de saúde, fora do consultório, geralmente no domicílio, representando uma importante fonte de informação adicional. A principal vantagem da AMPA é a possibilidade de obter uma estimativa mais real dessa variável, tendo em vista que os valores são obtidos no ambiente onde os pacientes passam a maior parte do dia. Valores superiores a 130/85 mmHg, pela AMPA, devem ser considerados alterados. 5.2 - Monitorização residencial da pressão arterial (MRPA) A MRPA é o registro da PA, que pode ser realizado obtendo-se três medidas pela manhã, antes do desjejum e da tomada de medicamento, e três à noite, antes do jantar, durante cinco dias, ou duas medidas em cada sessão, durante sete dias, realizada pelo paciente ou outra pessoa capacitada, durante a vigília, no domicílio ou no trabalho, com equipamentos validados. Sua maior utilização pode superar muitas limitações da tradicional medida da PA no consultório, sendo mais barata e de mais fácil execução que a MAPA, embora com limitações, como, por exemplo, a não avaliação da PA durante o período de sono. 5.3 - Monitorização ambulatorial da pressão arterial de 24 horas (MAPA) A Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA) é o método que permite o registro indireto e intermitente da pressão arterial durante 24 horas ou mais, enquanto o paciente realiza suas atividades habituais durante os períodos de vigília e sono. A MAPA deve fazer parte do fluxograma para diagnóstico da hipertensão arterial. Uma das suas características mais específicas é a possibilidade de identificar as alterações do ciclo circadiano da PA, sobretudo as alterações durante o sono, que têm implicações prognósticas consideráveis. Automedida da PA (AMPA): Realizada por pacientes ou familiares, não profissionais de saúde, fora do consultório, geralmente no domicílio. Monitorização residencial da PA (MRPA) Obtém-se 3 medidas pela manhã e 3 à noite p/ 5 d, ou 2 medidas em cada sessão, durante 7 d. Monitorização ambulatorial da PA de 24 horas (MAPA) Permite o registro indireto e intermitente da PA durante 24 h ou mais, durante os períodos de vigília e sono. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 8 www.romulopassos.com.br De acordo com a SBC5, devem ser prestadas as seguintes orientações aos pacientes, durante a utilização da MAPA: • Explicar detalhadamente como será o exame e recomendar a manutenção das atividades habituais durante o período em que ele estará sendo realizado; • Recomendar o seguimento da orientação médica quanto ao uso das medicações; • Orientar para que não sejam realizados exercícios físicos durante a execução do exame; • Vestir camisa de manga larga para não limitar o movimento dos braços; as mulheres devem evitar o uso de vestido; • Seguir a orientação do médico-assistente sobre a(s) medicação(ões) de uso crônico; • Evitar a execução de exercício físico nas 24 horas que precedem o exame em pacientes que não o pratiquem regularmente; • Tomar banho antes do exame, pois não será permitido fazê-lo durante o procedimento; • Informar que o monitor será fixado na cintura por meio de um cinto. Portanto, durante a realização da MAPA, o paciente monitorado não deve realizar exercícios físicos, mas pode fazer caminhadas do cotidiano. 6 - Já caiu em Prova! De acordo com estudos relatados pela SBC; SBH; SBN (2010, p. 18), o chocolate amargo (com alto teor de cacau) pode promover discreta redução da PA, devido às altas concentrações de polifenóis. A cessação do tabagismo constitui medida fundamental e prioritária na prevenção primária e secundária das doenças cardiovasculares e de diversas outras doenças. Não há, entretanto, evidências de que, para o controle de PA, haja benefícios (SBC; SBH; SBN, 2010, p. 20). Na população negra, a prevalência e a gravidade da hipertensão são maiores, o que pode estar relacionado a fatores étnicos e/ou socioeconômicos. Em nosso País, predomina a população miscigenada, que pode diferir da população negra quanto às características da hipertensão6. Desta forma, para pacientes negros, desde que não haja contraindicações, o uso de diuréticos e bloqueadores de canais de cálcio é a opção mais racional7. 5 SBC, 2011, p. 7, disponível em: http://publicacoes.cardiol.br/consenso/2011/diretriz_mapa_mrpa.pdf. 6 Brasil, 2006, p. 33, disponível em: http://goo.gl/8lMK8C 7 Brasil, 2010, p. 251, disponível em: http://goo.gl/Ld5DZ7. As questões online estão sendo ampliadas diariamente (todas comentadas em vídeo) - estude por elas para ser aprovado (a)! Ao final deste curso, acesse o menu Certificados na área do aluno para você fazer download e imprimir seu certificado, com código de autenticidade! Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 9 www.romulopassos.com.br 7 - Manobra de Osler e Utilização de Anticoncepcionais De acordo com a SBC; SBH; SBN (2010, p. 5), alterações próprias do envelhecimento determinam aspectos diferenciais na PA dessa população como, maior frequência de “hiato auscultatório”, que consiste no desaparecimento dos sons durante a deflação do manguito, geralmente entre o final da fase I e o início da faseII dos sons de Korotkoff, resultando em valores falsamente baixos para a sistólica ou falsamente altos para a diastólica. A grande variação da pressão arterial nos idosos, ao longo das 24 horas, torna a MAPA útil. A “pseudo-hipertensão”, que está associada ao processo aterosclerótico, pode ser detectada pela manobra de Osler, ou seja, quando a artéria radial permanece ainda palpável, após a insuflação do manguito pelo menos 30 mmHg acima do desaparecimento do pulso radial. O aparecimento de hipertensão arterial durante o uso de anticoncepcional oral impõe a interrupção imediata da medicação, o que, em geral, normaliza a pressão arterial em alguns meses. Deve-se, no entanto, providenciar a substituição por método contraceptivo eficaz. Todavia, em 2013, o Ministério da Saúde não fez as recomendações acima na atualização do Caderno de Atenção Básica nº 37. Relatou apenas que a substituição de anticoncepcionais hormonais orais por outros métodos contraceptivos promove a redução da pressão arterial em pacientes hipertensas8. 8 - Hipertensão Arterial Essencial e Secundária A maioria dos indivíduos com hipertensão possui a elevação persistente da pressão arterial como resultado de uma desregulação do mecanismo de controle homeostático da pressão, o que a define como essencial. Já a HAS secundária possui causa definida, que é potencialmente tratável e/ou curável, acometendo menos de 3% dos hipertensos. A correta avaliação destes pacientes é fundamental, visto que pode determinar a interrupção dos anti-hipertensivos9. Por conseguinte, a hipertensão arterial secundária é aquela com causa bem definida como a endócrina (acromegalia, hipotireoidismo, hipertireoidismo, hiperparatireoidismo, hiperaldosteronismo primário, síndrome Cushing, hiperplasia adrenal, feocromocitoma, uso de hormônios exógenos). 8 Brasil, 2013, p. 57, disponível em: http://goo.gl/FXmjtP. 9 Brasil, 2013, p. 47, disponível em: http://goo.gl/FXmjtP & SBC; SBH; SBN, 2010, p. 47, disponível em: http://goo.gl/88YFD. “Está estudando? Deixe o celular no silencioso. Concentre-se! A aula é importante! Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 10 www.romulopassos.com.br 9 – Emergência e Urgência Hipertensiva Outro tópico importante é a urgência e emergência hipertensiva. Vejamos as principais características e diferenças entre elas: Então, na Emergência Hipertensiva, pode ocorrer a elevação abrupta da PA ocasionando, em território cerebral, perda da autorregulação do fluxo sanguíneo e evidências de lesão vascular, com quadro clínico de encefalopatia hipertensiva, lesões hemorrágicas dos vasos da retina. 10 - Consulta de Enfermagem A consulta de Enfermagem vai ser pautada nas etapas do processo de Enfermagem, descritas abaixo: 11 – Risco Cardiovascular O escore de Framinghan mede o risco de uma pessoa apresentar angina, infarto do miocárdio ou morrer de doença cardíaca em 10 anos. O risco é considerado baixo quando o escore é inferior a 10%, intermediário quando está entre 10 e 20% e alto quando é superior a 20%. No escore de Framinghan, são avaliados os fatores: idade, colesterol total e HDL, pressão arterial, diabetes e tabagismo. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 11 www.romulopassos.com.br Em síntese, o processo de estratificação possui três etapas: 1ª) coleta de informações sobre fatores de risco prévios; 2ª) será avaliada a idade, exames de LDLc, HDLc, PA e tabagismo; 3ª) será estabelecida uma pontuação e, a partir dela, obtém-se o risco percentual de evento cardiovascular em dez anos para homens e mulheres. O escore de Framinghan é uma ferramenta útil e de fácil aplicação no cotidiano. Ele classifica os indivíduos por meio da pontuação nos seguintes graus de risco cardiovascular e auxilia na definição de condutas10: • Baixo Risco – quando existir menos de 10% de chance de um evento cardiovascular ocorrer em dez anos. O seguimento dos indivíduos com PA limítrofe poderá ser anual após orientá-los sobre estilo de vida saudável; • Risco Intermediário – quando existir 10% – 20% de chance de um evento cardiovascular ocorrer em dez anos. O seguimento dos indivíduos com PA limítrofe poderá ser semestral após orientações sobre estilo de vida saudável e, se disponível na UBS ou comunidade e se desejo da pessoa, encaminhamento para ações coletivas de educação em Saúde; • Alto Risco – quando existir mais de 20% de chance de um evento cardiovascular ocorrer em dez anos ou houver a presença de lesão de órgão-alvo, tais como IAM, AVC/AIT, hipertrofia ventricular esquerda, retinopatia e nefropatia. O seguimento dos indivíduos com PA limítrofe de alto risco poderá ser trimestral após orientações sobre estilo de vida saudável e, se disponível na UBS ou comunidade e, se desejo da pessoa, encaminhamento para ações de educação em Saúde coletivas. Vejamos nos esquemas abaixo, as principais informações sobre o escore de Framingham: 10 Brasil, 2013, p. 39-40, disponível em: http://goo.gl/FXmjtP. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 12 www.romulopassos.com.br Classificação do risco global, segundo escore de Framingham Categoria Evento cardiovascular maior (ECV) Baixo <10%/10 anos Moderado 10 a 20%/10 anos Alto > 20%/10 anos Na consulta de enfermagem para a estratificação de risco cardiovascular recomenda-se a utilização do escore de Framingham. A estratificação tem como objetivo estimar o risco de cada indivíduo sofrer uma doença arterial coronariana nos próximos dez anos. Essa estimativa se baseia na presença de múltiplos fatores de risco, como sexo, idade, níveis pressóricos, tabagismo, níveis de HDLc e LDLc. A partir da estratificação de risco, selecionam-se indivíduos com maior probabilidade de complicações, os quais se beneficiarão de intervenções mais intensas11. Após a identificação dos fatores de risco, se o usuário apresenta apenas um fator de risco baixo/intermediário, não há necessidade de calcular o escore, pois ele é considerado como baixo RCV. Se apresentar ao menos um fator de alto RCV, também não há necessidade de calcular o escore, pois esse paciente já é considerado como alto RCV. O cálculo será realizado quando o usuário apresentar mais de um fator de risco baixo/intermediário. Segue o quadro com fatores de risco para doença cardiovascular: Fatores de risco para doença cardiovascular 11 Brasil, 2013, p. 38, disponível em: http://goo.gl/FXmjtP. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 13 www.romulopassos.com.br 12 – Rotina Complementar Mínima para Pessoa com HAS O atendimento inicial é acompanhamento da pessoa com diagnóstico de HAS requer um apoio diagnóstico mínimo. Sugere-se uma periodicidade anual destes exames, no entanto, o profissional deverá estar atento ao acompanhamento individual de cada paciente, considerando sempre o risco cardiovascular, as metas de cuidado e as complicações existentes. 13 – Modificações de Estilo de Vida para Manejo da HAS A prevenção primária da HAS pode ser feita mediante controle de seus fatores de risco, como sobrecarga na ingestão de sal, excesso de adiposidade, especialmente na cintura abdominal, abuso de álcool, entre outros. Duas estratégiasde prevenção são consideradas: a populacional e a dirigida a grupos de risco. A primeira defende a redução da exposição populacional a fatores de risco, principalmente ao consumo de sal. O profissional poderá atuar nessa estratégia por meio de ações educativas coletivas com a população em geral para orientar a restrição à adição de sal na preparação de alimentos, identificação da quantidade de sal e/ou sódio presente nos alimentos industrializados, entre outros. A seguir, o quadro abaixo mostra o impacto de cada mudança de estilo de vida na redução da PA: Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 14 www.romulopassos.com.br Sempre que for estudar, utilize o filtro inteligente do site, afim de ter o direcionamento para cada concurso e não perder tempo estudando o que não será cobrado no concurso almejado. Os temas na enfermagem e SUS são atualizados rapidamente. Por isso, fique atento (a) às atualizações do site. Isso é uma rotina nossa! Utilize o fórum para contato direto com a equipe de professores do site a fim de sanar todas as suas dúvidas, esse recurso é essencial para a sua preparação. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 15 www.romulopassos.com.br QUESTÕES COMENTADAS VAMOS MANTER O FOCO NOS ESTUDOS PARA A SUA APROVAÇÃO! 1. (Residência Multiprofissional- HULW/UFPB/2015) A hipertensão arterial é uma das doenças com maior prevalência no mundo moderno. A pressão arterial é um parâmetro finamente controlado pelo organismo. Qual dos mecanismos de ação controlam a pressão arterial? a) Sistema renina‐angiotensina‐aldosterona; Centro vasomotor; Óxido nítrico. b) Angiotensina II; Noradrenalina; L-arginina. c) Vasopressina; Centro vasomotor; Bulbo ganglionar. d) Angiotensina I; Adenilatociclase; Centro neuroreceptor. e) Sistema renina-angiotensina aldosterona; Ciclamato MC3; Óxido pirúvico. COMENTÁRIOS: O sistema renina-angiontensina-aldosterona (SRAA) regula a pressão arterial por longo prazo e ele é ativado pelo organismo quando ocorre uma queda da pressão arterial ocasionada pela diminuição de sódio, hemorragias ou outros fatores patológicos, com a finalidade de recuperar a pressão e o volume sanguíneo. O mecanismo ocorre por meio da ação de alguns hormônios, entre eles o Angiotensinogênio, que é produzido pelo fígado e está presente no sangue, que por meio da ação de catalização da enzima Renina, que é liberada pelos rins quando o sangue apresenta baixa concentração de sódio ou baixa pressão arterial, formará a Angiotensina I. A Angiotensina I, que não apresenta ação vascular, é então convertida em Angiotensina II, reação esta catalisada pela Enzima Conversora de Angiotensina (ECA). A ECA é liberada pelo endotélio capilar dos pulmões. A Angiotensina II, então, se liga e ativa receptores específicos (AT1 e AT2), promovendo a vasoconstrição e estimulando a liberação de Aldosterona pelo córtex da glândula Adrenal. O hormônio Aldosterona promove a secreção de K+ e consequentemente a reabsorção de Na+. A vasoconstrição e a reabsorção de sódio resultam, finalmente, no aumento da pressão arterial. Esse mecanismo é conhecido como Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona e está esquematizado a seguir. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 16 www.romulopassos.com.br Dessa forma, a ativação excessiva desse sistema acarreta sérias consequências, como a Hipertensão Arterial, por isso para os indivíduos hipertensos, a hiperatividade desse sistema pode ser bastante perigosa de modo que foi preciso buscar meios de reduzir os seus efeitos ou até de interromper o funcionamento dele por meio mecanismos anti-hipertensivos (Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina (ECA) ou por Bloqueadores dos Receptores de Angiotensina II). Além desse mecanismo de controle da pressão arterial o Centro Vasomotor atua controlando a PA. O centro vasomotor é uma região localizada bilateralmente em parte do bulbo e no terço inferior da ponte. Esse centro pode ser dividido, por motivos didáticos, em três áreas: área vasoconstritora: os neurônios presentes nessa porção do centro secretam a noraepinefrina*; suas fibras distribuem-se por toda a medula espinhal, onde excitam os neurônios vasoconstritores do sistema nervoso simpático; área vasodilatadora: os neurônios dessa área projetam-se para a área vasoconstritora, inibindo a atividade dessa região, causando assim, a vasodilatação; área sensorial: os neurônios situados nessa parte recebem sinais nervosos sensoriais através principalmente dos nervos vagos e glossofaríngeo. Esses sinais são importantes para um controle "reflexo" de muitas funções circulatórias, a exemplo do reflexo baroceptor para o controle da pressão arterial. E o Óxido nítrico (NO) é um gás solúvel em água que é produzido nas células endoteliais, macrófagos e certo grupo de neurônios do cérebro. Ele atua no controle da produção de guanosina monofosfato cíclico (GMP), molécula que tem como uma de suas funções, o relaxamento dos músculos lisos. Sendo as artérias também composta por este tipo de musculatura, a presença de NO gera a dilatação de suas paredes (vasodilatação), aumentando o fluxo sanguíneo e diminuindo a pressão arterial. 2. (CNEN/IDECAN/2014) A escolha do tamanho do manguito é um procedimento recomendado para aferição da pressão arterial (PA). Sabe-se que as dimensões do manguito para aferição da PA em um recém-nascido, cuja circunferência do braço é ≤ 10 cm, é de 4 cm de largura e 8 cm de comprimento. “O tamanho correto de um manguito para um adulto, cuja circunferência do braço varia de 27-34 cm, é _______ cm de largura e _______ cm de comprimento.” Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente a afirmativa anterior. a) 08 / 19 b) 10 / 21 c) 12 / 23 d) 14 / 25 e) 16 / 32 COMENTÁRIOS: De acordo com o exposto, o gabarito da questão é a letra A. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 17 www.romulopassos.com.br Após análise da tabela, constatamos que o tamanho correto de um manguito para um adulto, cuja circunferência do braço varia de 27-34 cm, os valores relacionados a largura é 12 cm e ao comprimento é 23 cm. 3. (CNEN/IDECAN/2014) A pressão arterial é consequência da força que o sangue faz contra as paredes das artérias para conseguir circular pelo sistema circulatório. A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA). Nos adultos maiores de 18 anos, a pressão arterial pode ser classificada da seguinte forma: a) Estágio 1 (leve), sistólica: 140 a 159 mmHg e diastólica de 90 a 99 mmHg. / Estágio 2 (moderada), sistólica: 160 a 179 mmHg e diastólica de 100 a 109 mmHg. /Estágio 3 (grave), sistólica: 180 mmHg ou mais e diastólica de 110 mmHg ou mais. b) Estágio 1 (leve), sistólica: 140 a 149 mmHg e diastólica de 80 a 89 mmHg. / Estágio 2 (moderada), sistólica: 150 a 169 mmHg e diastólica de 100 a 109 mmHg. / Estágio 3 (grave), sistólica: 180 mmHg ou mais e diastólica de 110 mmHg ou mais. c) Estágio 1 (leve), sistólica: 140 a 159 mmHg e diastólica de 90 a 99 mmHg. / Estágio 2 (moderada), sistólica: 160 a 179 mmHg e diastólica de 100 a 109 mmHg. / Estágio 3 (grave), sistólica: 170 ou mais e diastólica de 110 ou mais. d) Estágio 1 (leve), sistólica: 140 a 159 mmHg e diastólica de 90 a 99 mmHg. / Estágio 2 (moderada),sistólica: 160 a 179 mmHg e diastólica de 100 a 119 mmHg. / Estágio 3 (grave), sistólica: 180 mmHg ou mais e diastólica de 120 mmHg ou mais. e) Estágio 1 (leve), sistólica: 139 a 149 mmHg e diastólica de 89 a 99mmHg. / Estágio 2 (moderada), sistólica: 160 a 179 mmHg e diastólica de 110 a 119mmHg. / Estágio 3 (grave), sistólica: 190 mmHg ou mais e diastólica de 120 mmHg ou mais. COMENTÁRIOS: De acordo com os dados referidos pela SBC, SBH e SBN (2010) por meio da tabela abaixo: Classificação da pressão arterial de acordo com a medida casual no consultório (> 18 anos) Classificação PAS (mmHg) PAD (mmHg) Ótima < 120 < 80 Normal < 130 < 85 Limítrofe (pré-hipertensão)* 130–139 85–89 Hipertensão estágio 1 140-159 90-99 Hipertensão estágio 2 160–179 100–109 Hipertensão estágio 3 >180 >110 Hipertensão sistólica isolada ≥ 140 < 90 Quando as pressões sistólica e diastólica situam-se em categorias diferentes, a maior deve ser utilizada para classificação da pressão arterial. Portanto, o gabarito é a letra C. Constata-se que o gabarito da questão é a letra A. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 18 www.romulopassos.com.br 4. (FUMUSA/CAIPIMES/2014) Considerando a pressão arterial, leia as frases abaixo e a seguir e assinale a alternativa correta. I- Em indivíduo adulto, a pressão arterial é considerada normal quando está inferior a 140x90mmHg. II- O locais mais comuns para verificação da pressão arterial são: artéria braquial nos membros superiores e artéria poplítea nos membros inferiores. III- O manguito deve ser colocado sobre o braço nu, 2 a 2,5 cm acima da fossa antecubital. IV- O diafragma do estetoscópio deve ser colocado embaixo do manguito. a) As frases II e III estão corretas b) As frases II, III e IV estão corretas c) As frases I e III estão corretas d) As frases I, II e III estão corretas COMENTÁRIOS: Atenção! Devemos gravar a classificação da pressão arterial, pois as questões de prova exploram esse conteúdo. Vejamos os itens errados. Item I . Em indivíduo adulto, a pressão arterial é considerada normal quando está inferior a 130 x 85 mmHg. Abaixo de 140 x 90 mmHg é limítrofe. Item IV. O diafragma do estetoscópio deve ser colocado na arteria braquial, na região da fossa antecubital, e não embaixo do manguito. 5. (Prefeitura de Alagoa Grande-PB/IBFC/2014) Um paciente atendido no pronto-socorro, apresentou pressão arterial sistólica de 175 mmHg e pressão arterial diastólica de 105 mmHg. Considerando a classificação da Pressão Arterial em adultos, é correto afirmar que esses valores indicam: a) Limítrofe. b) Hipertensão Arterial Estágio 3. c) Hipertensão Arterial Estágio 2. d) Hipertensão Arterial Estágio 1. Nesses termos, o gabarito é a letra A (itens II e III corretos). Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 19 www.romulopassos.com.br COMENTÁRIOS: A pressão arterial para maiores de 18 anos é considerada hipertensão estágio 2 quando os resultados da aferição forem, para as pressões sistólicas e diastólicas, respectivamente, 160-179 e 100-109mmHg. O paciente apresentou PAS 175 mmHg e PAD de 105 mmHg, sendo caracterizado como hipertenso grau 2. 6. (Prefeitura de Itacarambi-MG/UNIMONTES-COTEC/2014) A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Sua prevalência no Brasil varia entre 22% e 44% para adultos (32% em média), chegando a mais de 50% para indivíduos com 60 a 69 anos e 75% em indivíduos com mais de 70 anos (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2010). Com relação ao rastreamento e ao diagnóstico da HAS, nas Unidades Básicas de Saúde, marque a alternativa CORRETA. a) A primeira verificação deve ser realizada em ambos os braços. Caso haja diferença entre os valores, deve ser considerada a medida de menor valor. b) O indivíduo deverá ser investigado para doenças arteriais se apresentar diferenças de pressão entre os membros superiores maiores de 18/09 mmHg para as pressões sistólica/diastólica, respectivamente. c) De acordo com a média dos dois valores pressóricos obtidos, a PA deverá ser novamente verificada a cada ano, se a PA for menor que 120/80 mmHg. d) Todo adulto com 18 anos ou mais de idade, quando for à Unidade Básica de Saúde (UBS) para consulta, atividades educativas, procedimentos, entre outros, e não tiver registro no prontuário de ao menos uma verificação da PA nos últimos dois anos, deverá ser verificada e registrada. COMENTÁRIOS: Vamos corrigir os itens errados em relação ao rastreamento da HAS: a) A primeira verificação deve ser realizada em ambos os braços. Caso haja diferença entre os valores, deve ser considerada a medida de maior valor. O braço com o maior valor aferido deve ser utilizado como referência nas próximas medidas. Com intervalo de um minuto, no mínimo, uma segunda medida dever ser realizada. b) O indivíduo deverá ser investigado para doenças arteriais se apresentar diferenças de pressão entre os membros superiores maiores de 20/10 mmHg para as pressões sistólica/diastólica, respectivamente. c) De acordo com a média dos dois valores pressóricos obtidos, a PA deverá ser novamente verificada: – a cada dois anos, se PA menor que 120/80 mmHg; – a cada ano, se PA entre 120 – 139/80 – 89 mmHg nas pessoas sem outros fatores de risco para doença cardiovascular (DCV), conforme apresentado na tabela abaixo: Logo, o gabarito é a letra C. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 20 www.romulopassos.com.br 7. (Prefeitura de Belterra-PA/FADESP/2014) Joana, 22 anos de idade, procurou a Unidade Municipal de Saúde de Belterra queixando-se de cefaleia e alterações visuais, a enfermeira que a atendeu, suspeitando de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), procedeu com a verificação da Pressão Arterial (PA) às 08h e orientou que a usuária retornasse ao serviço às 11h para nova verificação da PA. A média das duas medidas no dia fora de 140/90mmHh. Nesse caso e conforme o fluxograma de rastreamento e diagnóstico da Hipertensão Arterial Sistêmica, a conduta adequada com relação à usuária seria: a) encaminhar à consulta de enfermagem para mudança de estilo de vida (MEV). b) realizar duas medidas de PA com intervalo de uma a duas semanas. c) retornar em três meses para reavaliação de enfermagem. d) encaminhar à consulta médica para estratificação do risco cardiovascular (ECV). COMETÁRIOS: O diagnóstico da HAS consiste na média aritmética da PA maior ou igual a 140/90mmHg, verificada em pelo menos três dias diferentes com intervalo mínimo de uma semana entre as medidas, ou seja, soma-se a média das medidas do primeiro dia mais as duas medidas subsequentes e divide-se por três. 8. (DEPEN/CESPE/2015) O diagnóstico de HAS é definido quando, em pelo menos três aferições de pressão arterial realizadas em um intervalo mínimo de uma semana entre cada medida, a média aritmética é maior ou igual a 140 mmHg × 90 mmHg. a) VERDADEIRO b) FALSO COMETÁRIOS: O diagnóstico da HAS consiste na média aritmética da PA maior ou igual a 140/90mmHg, verificada em pelo menos três dias diferentes com intervalo mínimo de uma semana entre as medidas, ou seja, soma-se a média das medidas do primeiro dia mais as duas medidas subsequentes e divide-se por três. 9. (HDT-UFT/AOCP/EBSERH/2015) Paciente, 18 anos, compareceu à Unidade Básica de Saúde para verificar a sua pressão arterial. O enfermeiro que o atendeu identificou que a média de dois valores pressóricos obtida apresentava-se em 110/70 mmHg.Considerando que o paciente não apresenta fatores de risco para doença cardiovascular, a pressão arterial a) deverá ser verificada novamente a cada 6 meses. b) deverá ser verificada novamente anualmente. c) deverá ser verificada novamente a cada 2 anos. d) deverá ser verificada novamente a cada 5 anos. e) não apresenta necessidade de rastreamento nessa idade. Nesses termos, o gabarito da questão é a letra D. Dessa forma, o gabarito é a letra B. Portanto, a questão encontra-se correta. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 21 www.romulopassos.com.br COMENTÁRIOS: De acordo com o ministério da saúde (CAB nº 37 - HAS), quando a média dos dois valores pressóricos obtidos for menor que 120/80 mmHg, a PA deverá ser novamente verificada a cada dois anos, conforme o esquema apresentado abaixo: 10. (Prefeitura de Heliodora-MG/IDECAN/2014) Sobre a hipertensão, assinale a afirmativa correta. a) A hipertensão do avental branco é considerada como hipertensão secundária. b) Considera-se hipertensão o valor sustentado de pressão arterial sistólica de ≥ 120 mmHg. c) A normotensão verdadeira é considerada quando os valores da PA são de ≤ 130 x 85 mmHg, monitorados através do MAPA. d) O efeito do avental branco é a diferença da pressão obtida após o diagnóstico de uma doença e a pressão antes do diagnóstico. e) A hipertensão mascarada é caracterizada quando os valores de PA são normais no consultório, porém elevados nas situações de estresses. COMENTÁRIOS: Faremos abaixo a análise de cada alternativa: Itens A e D. A maioria dos indivíduos com hipertensão possui a elevação persistente da pressão arterial como resultado de uma desregulação do mecanismo de controle homeostático da pressão, o que a define como essencial. Já a HAS secundária possui causa definida, que é potencialmente tratável e/ou curável, acometendo menos de 3% dos hipertensos. A correta avaliação destes pacientes é fundamental, visto que pode determinar a interrupção dos anti-hipertensivos. As causas mais comuns de HAS secundária estão vinculadas aos rins (parenquimatosa, arterial ou obstrutiva). As causas de HAS secundária podem ser divididas em categorias: • Causas renais: rim policístico, doenças parenquimatosas. • Causas renovasculares: coarctação da aorta, estenose da artéria renal. • Causas endócrinas: feocromocitoma, hiperaldosteronismo primário, síndrome de Cushing, hipertireoidismo, hipotireoidismo, acromegalia. • Causas exógenas: drogas, álcool, tabagismo (especialmente em grandes quantidades), cafeína, intoxicação química por metais pesados. Portanto, o gabarito da questão é a letra C. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 22 www.romulopassos.com.br O efeito do avental branco (EAB) é a diferença de pressão obtida entre a medida conseguida no consultório e fora dele, desde que essa diferença seja igual ou superior a 20 mmHg na pressão sistólica e/ou de 10 mmHg na pressão diastólica. Item B. Hipertensão Arterial é definida como pressão arterial sistólica ≥ 140 mmHg e uma pressão arterial diastólica ≥ 90 mmHg. Item C. A normotensão verdadeira é considerada quando os valores da PA são de ≤ 130 x 85 mmHg, monitorados através do MAPA. A pessoa com PA ótima, menor que 120/80mmHg deverá verificar novamente a PA em até dois anos. As pessoas que apresentarem PA entre 130/85mmHg são consideradas normotensas e deverão realizar a aferição anualmente. Excetuam-se pacientes portadores de diabetes mellitus, quando a PA deverá ser verificada em todas as consultas de rotina. Item E. Hipertensão mascarada é definida como a situação clínica caracterizada por valores normais de PA no consultório (< 140/90 mmHg), porém com PA elevada pela MAPA durante o período de vigília ou na MRPA. Portanto, a hipertensão mascarada é caracterizada quando os valores de PA são normais no consultório, porém elevados em situações normais fora do consultório. Por fim, vejamos os valores abaixo: Na suspeita de Hipertensão do Avental Branco (HAB) ou Hipertensão Mascarada (HM), sugerida pelas medidas da Ampa, recomenda-se a realização de Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (Mapa) ou Monitorização Residencial de Pressão Arterial (MRPA), para confirmar ou excluir o diagnóstico. 11. (HU-UFS/EBSERH/IAOCP/2014) Sobre a Hipertensão arterial, assinale a alternativa correta. a) Nos negros, a prevalência e a gravidade da hipertensão são maiores, o que pode estar relacionado a fatores étnicos e/ou socioeconômicos. b) O uso de antiagregantes plaquetários é contraindicado para pacientes que apresentem hipertensão e doença cardiovascular manifesta. c) O tratamento não-farmacológico é uma medida ineficaz para controle da hipertensão arterial, sendo, portanto, pouco recomendado. A partir do exposto, constatamos que o gabarito é a letra C. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 23 www.romulopassos.com.br d) Hipertensão Arterial é definida como pressão arterial diastólica maior ou igual a 130 mmHg e uma pressão arterial sistólica maior ou igual a 90 mmHg. e) Recomenda-se que a medida da pressão arterial em gestante seja feita na posição supina. A determinação da pressão diastólica deve ser realizada na fase IV de Korotkoff. COMENTÁRIOS: Vejamos os itens incorretos: Item B. O uso de antiagregantes plaquetários é indicado para pacientes que apresentem hipertensão e doença Cardiovascular manisfesta, pois reduze o risco cardiovascular. Item C. O tratamento não-farmacológico é uma medida eficaz para controle da hipertensão arterial, sendo recomendado quando não há contraindicação em decorrência de agravamento da doença. Item D. Hipertensão Arterial é definida como pressão arterial diastólica maior ou igual a 140 mmHg e/ou uma pressão arterial diastólica maior ou igual a 90 mmHg. Item E. Não se recomenda que a medida da pressão arterial em gestante seja feita na posição supina, para não ocasionar a compressão da veia cava. Ademais, a determinação da pressão diastólica deve ser realizada na fase V de Korotkoff. 12. (Prefeitura de Tapiratiba-SP/BIORIO/2014) Qual a pressão arterial média de um paciente com a pressão arterial de 120x80mmHg? a) 94,3 b) 100 c) 88 d) 93,3 COMENTÁRIOS: Pressão Arterial Média (PAM) é a média da pressão durante todo o ciclo cardíaco, a mais importante, do ponto de vista de perfusão tecidual. Ela somente pode ser fidedignamente definida por meio da medida direta da pressão, onde é calculada através do cálculo da área (o que representa a Integral matemática da curva) sob a curva da pressão arterial. Pode ser estimada grosseiramente pela fórmula: PAM = Pressão Diastólica + 1/3 (Pressão Sistólica - Pressão diastólica) PAM = 80 + (120 – 80) /3 PAM = 80 + 40/3 PAM = 80 + 13,3 PAM = 93,3 Ou poderia ser calculada pela seguinte fórmula: PAM= PAS+ 2PAD/3 PAM= 120+ 2x 80 / 3 PAM= 120+ 160/3 PAM= 280/3 PAM= 93,3 Nessa tela, o gabarito da questão é o item A. Portanto, o gabarito da questão é a letra D. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 24 www.romulopassos.com.br 13. (Prefeitura de São Sebastião da Grama-SP/ IPEFAE/2014) Considerando a Hipertensão Arterial Sistêmica em populações especiais, assinale a alternativa INCORRETA: a) Em alguns pacientes muito idosos é difícil reduzir a pressão abaixo de 140 mmHg, mesmo com boa adesão e múltiplos agentes. Nestes casos, afastada causas secundárias, podem-se aceitar reduções menos acentuadas de pressão arterial sistólica (por exemplo 160 mmHg).b) É obrigatória a medida anual da pressão arterial a partir dos cinco anos de idade. c) O aparecimento de hipertensão arterial durante o uso de anticoncepcional oral impõe a interrupção imediata da medicação, o que, em geral, normaliza a pressão arterial em alguns meses. d) Em razão de uma possível disautonomia, a pressão arterial em diabéticos deve ser medida nas posições deitada, sentada e em pé. COMENTÁRIOS: De acordo com Brasil (2013), a medida da PA em crianças é recomendada em toda avaliação clínica após os 3 anos de idade, pelo menos anualmente, como parte do seu atendimento pediátrico primário, devendo respeitar as padronizações estabelecidas para os adultos. 14. (EBSERH/MCO-UFBA/IADES/2014) Acerca da verificação da pressão arterial e dos cuidados de enfermagem, assinale a alternativa correta. a) A pressão de pulso é a diferença entre as pressões sistólica e diastólica. b) A pressão arterial média independe de idade, atividade física ou emoções. c) O hiato auscultatório é o aparecimento dos sons de Korotkoff (bulhas cardíacas). d) A palpação da artéria braquial ou radial é dispensável no caso de verificação de rotina. e) A pressão diastólica é a pressão máxima sentida na artéria durante a contração cardíaca. COMENTÁRIOS: Hipertensão arterial é um fator de risco cardiovascular bastante conhecido, porém não se conhece qual dos componentes da pressão arterial é o melhor preditor deste risco. Na prática clínica a pressão é definida em termos de pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD), que representam os dois pontos extremos do fenômeno pulsátil em torno da pressão arterial média (PAM), calculada como PAD + (PAS – PAD)/3, e que reflete a pressão da aorta e dos grandes vasos se o débito cardíaco fosse não-pulsátil (componente fixo). Já o componente pulsátil é definido pela Pressão de Pulso (PP), que vem a ser a diferença entre a PAS e a PAD e é determinada por dois componentes hemodinâmicos principais: o componente direto decorrente da interação entre a ejeção ventricular (volume sistólico e velocidade de ejeção ventricular) e as propriedades viscoelásticas das grandes artérias, enquanto o componente indireto seria a reflexão da onda de pulso. Vamos analisar cada alternativa! a) Correta. A pressão de pulso é a diferença entre as pressões sistólica e diastólica. b) Incorreta. A pressão arterial média depende de idade, atividade física ou emoções. c) Incorreta. O hiato auscultatório é um intervalo durante o qual os sons de Korotkoff não são audíveis. d) Incorreta. A palpação da artéria braquial ou radial é indispensável no caso de verificação de rotina. e) Incorreta. A pressão diastólica é a pressão mínima sentida na artéria durante a contração cardíaca. Assim, o gabarito é a letra B. Nesses termos, o gabarito da questão é a letra A. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 25 www.romulopassos.com.br 15. (Prefeitura de Ituporanga-SC/IOBV/2014) Sobre a classificação da elevação aguda da pressão arterial - PA, é considerado uma Emergência hipertensiva: a) É a situação caracterizada por PA marcadamente elevada com lesão de órgãos-alvo. Requer internação em unidades de cuidado intensivo e uso de medicações intravasculares. b) Tem como característica o aumento da PA que não representa risco imediato de vida e nem dano agudo a órgãos-alvo e o controle da PA poderá ser feito com a redução gradual em 24h. c) É quando a elevação pressórica não está relacionada ao risco de morte e desenvolvimento de disfunção de órgão-alvo. d) É a situação caracterizada pelos elevados valores pressóricos da PA em um período superior a 10 dias, sem melhora com medicação oral. Não há necessidade de comprometimento de órgão-alvos uma vez que a PA eleve a valores superiores a 150X120mmHg. COMENTÁRIOS: Vejamos abaixo os conceitos de urgência e emergência hipertensiva, conforme disposições das VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão da SBC (2010): - Urgências hipertensivas - a elevação crítica da pressão arterial, em geral pressão arterial diastólica ≥ 120mmHg, porém com estabilidade clínica, sem comprometimento de órgãos-alvo. A pressão arterial, nesses casos, deverá ser tratada com medicamentos por via oral buscando-se redução da pressão arterial em até 24 horas - Emergências hipertensivas - são condições em que há elevação crítica da pressão arterial com quadro clínico grave, progressiva lesão de órgãos-alvo e risco de morte, exigindo imediata redução da pressão arterial com agentes aplicados por via parenteral. Há elevação abrupta da pressão arterial ocasionando, em território cerebral, perda da autorregulação do fluxo sanguíneo e evidências de lesão vascular, com quadro clínico de encefalopatia hipertensiva, lesões hemorrágicas dos vasos da retina e papiledema. Pois a emergência hipertensiva é caracterizada por PA marcadamente elevada com lesão de órgãos- alvo. Requer internação em unidade de cuidado intensivo e uso de medicações intravasculares. As alternativas B e C descrevem características da urgência hipertensiva. 16. (EBSERH/HUPES-UFBA/IADES/2014) Ao aferir a pressão arterial de um paciente em situação de emergência, foi detectado hipotensão. A respeito desse assunto, assinale a alternativa que apresenta corretamente uma condição que altera a pressão arterial, diminuindo-a. a) Digestão. b) Hemorragia grave. c) Convulsão. d) Excitação emocional. e) Hipertiroidismo. COMENTÁRIOS: Algumas condições médicas podem causar diminuição da pressão arterial. Essas incluem: Gravidez. O gabarito é a letra A, Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 26 www.romulopassos.com.br Problemas do coração, como bradicardia, problemas nas válvulas cardíacas, ataque cardíaco e insuficiência cardíaca. Problemas endócrinos, tais como distúrbios da tireoide, insuficiência adrenal (doença de Addison), níveis baixos de açúcar no sangue (hipoglicemia) e, em alguns casos, a diabetes. Desidratação. Perda grave de sangue (hemorragia grave). Queimadura grave Infecção grave (septicemia) Reações alérgicas graves (anafilaxia) Anemia por falta de vitamina B2 e ácido fólico. Visto que uma das características marcantes do choque hipovolêmico é a hemorragia grave e a hipotensão. 17. (Prefeitura de Carandaí-MG/REIS & REIS/2014) Emergência hipertensiva corresponde ao aumento abrupto da pressão arterial (PA) com lesão de órgãos-alvo com risco à vida. Devem ser tratadas imediatamente com drogas de ação rápida, administradas por via endovenosa, com monitorização rígida, objetivando redução imediata da PA. São consideradas situações que caracterizam emergências hipertensivas: a) Edema Agudo de Pulmão, Infarto Agudo do Miocárdio e Encefalopatia Hipertensiva b) Edema Agudo de Pulmão c) Encefalopatia Hipertensiva, Transplante Renal e Anticoagulação d) Abuso de cocaína, Rebote por suspensão de anti-hipertensivos e Anticoagulação. COMENTÁRIOS: De acordo com o Caderno de Atenção Básica nº 15 de 2006 [Hipertensão Arterial Sistêmica], a Encefalopatia hipertensiva e Aneurisma dissecante de aorta são classificadas como Emergências Hipertensivas, enquanto que a Angina instável e a Pré-eclâmpsia são classificadas como Urgências Hipertensivas. Segundo o Caderno de Atenção Básica nº 37 de 2013 [Hipertensão Arterial Sistêmica], na emergência hipertensiva, há elevação abrupta da pressão arterial ocasionando, em território cerebral, perda da autorregulação do fluxo sanguíneo e evidências de lesão vascular, com quadro clínico de encefalopatiahipertensiva, lesões hemorrágicas dos vasos da retina e papiledema. Habitualmente, apresentam-se compressão arterial muito elevada em pacientes com hipertensão crônica ou menos elevada em pacientes com doença aguda, como em eclâmpsia, glomerulonefrite aguda, e em uso de drogas ilícitas, como cocaína. Podem estar associadas à acidente vascular encefálico, ao edema agudo dos pulmões, às síndromes isquêmicas miocárdicas agudas e à dissecção aguda da aorta. De acordo com o Manual de Pré-natal do Ministério da Saúde, a pré-eclâmpsia pode ser classificada como urgência e emergência hipertensiva. “Será Urgência quando: a pressão arterial diastólica for maior ou igual a 110mmHg COM AUSÊNCIA DE SINTOMATOLOGIA CLÍNICA: o não comprometimento de órgãos-alvo permite o controle pressórico em até 24h, O gabarito da questão é a letra B, Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 27 www.romulopassos.com.br se o quadro não se agravar. Será Emergência quando: a pressão arterial diastólica for maior ou igual a 110mmHg COM PRESENÇA DE SINTOMATOLOGIA CLÍNICA: o controle pressórico deve ser rápido, em até uma ou duas horas. A impossibilidade de previsão na evolução do quadro impõe, como medida ideal, o encaminhamento e a internação da paciente para acompanhamento hospitalar”. De acordo com José F.V. Martin; Afonso A.C. Loureiro; José P. Cipullo, NO ARTIGO CIENTÍFICO “Crise hipertensiva: atualização clínico-terapêutica” e Almeida F.A, NO ARTIGO CIETÍFICO “Emergências hipertensivas: bases fisiopatológicas para o tratamento”, a Encefalopatia Hipertensiva, Discecação Aguda de Aorta e ANGINA INSTÁVEL são classificadas como Emergências Hipertensivas e Pré-eclâmpsia é classificada como Urgência Hipertensiva. Conforme Gilson Soares Feitosa-Filho, Renato Delascio Lopes, Nilson Tavares Poppi, Helio Penna Guimaraes, NO ARTIGO CIENTÍFICO “Emergências hipertensivas”, a Encefalopatia Hipertensiva, Discecação Aguda de Aorta e ANGINA INSTÁVEL são classificadas como Emergências Hipertensivas. A classificação apresentada é divergente na literatura especializada, pois deve ser levado em consideração a intensidade das alterações e outros aspectos do paciente. Sendo a mais completa. Todavia, a questão deveria ter sito anulada, já que outras alternativas também descrevem situações que se caracterizam como emergência hipertensiva. 18. (HU-UFSM/EBSERH/Instituto AOCP/2014) A intensidade das intervenções preventivas das doenças cardiovasculares deve ser determinada pelo grau de risco cardiovascular estimado para cada indivíduo. Em termos práticos, costuma-se classificar os indivíduos em três níveis de risco: baixo, moderado e alto. Qual das alternativas a seguir apresenta um indicador de alto risco para doença cardiovascular? a) Angina de peito. b) Diagnóstico prévio de diabetes mellitus. c) História familiar de infarto agudo do miocárdio. d) Idade > 55 anos para mulheres. e) Idade > 45 anos para homens. O gabarito da questão é a letra A. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 28 www.romulopassos.com.br COMENTÁRIOS Vejamos cada uma das alternativas: Itens A e B. Angina de peito (doença cardíaca que representa lesão de órgão alvo) e diagnóstico prévio de diabetes mellitus são fatores de alto risco cardiovascular, conforme explicamos nesta aula (tópico 11). Itens C e D. História familiar de infarto agudo do miocárdio e idade > 65 anos para ambos os sexos são fatores de baixo risco cardiovascular. A partir do exposto, verificamos que as alternativas A e B estão corretas. 19. (DEPEN/CESPE/2015) A HAS em pacientes jovens está diretamente relacionada à história familiar de acidente vascular encefálico, doença arterial coronariana prematura (homens com idade abaixo de cinquenta e cinco anos e mulheres de até sessenta e cinco anos de idade) e morte prematura e súbita de familiares próximos. a) VERDADEIRO b) FALSO COMENTÁRIOS: A questão aborda a respeito dos fatores de risco para que um indivíduo > 18 anos venha desenvolver a HAS e o acidente vascular encefálico, a doença arterial coronariana prematura, homens com idade abaixo de 55 anos, mulheres de até 65 anos de idade e morte prematura e súbita de familiares próximos são fatores relevantes para o diagnóstico da doença. 20. (HU-UFS/EBSERH/Instituto AOCP/2014) No Acidente Vascular Encefálico, em pacientes com hemorragia intracerebral, deve-se evitar que a Pressão Arterial sistólica ultrapasse 180 mmHg e que a Pressão Arterial diastólica supere 105 mmHg, sendo mais recomendando, nas situações em que tais parâmetros pressóricos forem ultrapassados, a utilização intravenosa de a) metoprolol. b) nifedipina. c) furosemida. d) ticlopidina. e) espironolactona. COMENTÁRIOS: Em casos de HAS grave (PA sistólica > 220 mmHg ou PA diastólica > 120 mmHg ou PA média > 130 mmHg, sendo esta calculada somando-se a PA sistólica ao dobro da PA diastólica e dividindo-se por três), a sua redução deve ser feita de maneira bastante cautelosa, visto que pode ocorrer piora do quadro neurológico em consequência de resposta hipotensora excessiva. Beta-bloqueadores por via intravenosa (metoprolol) e nitroprussiato de sódio em infusão contínua são as drogas de eleição. Drogas que possam causar queda brusca e imprevisível da pressão arterial, tais como os bloqueadores de canais de cálcio por via sublingual (nifedipina) e os diuréticos de alça (furosemida, espironolactona) devem ser evitadas. Por isso a questão foi anulada. Logo, a questão encontra-se correta. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 29 www.romulopassos.com.br Fonte: Tratamento da Fase Aguda do Acidente Vascular Cerebral. 21. (Prefeitura de Tucuruí-PR/FIC/2014) São fatores de risco para a hipertensão no adulto, EXCETO: a) Fatores socioeconômicos: A Hipertensão arterial (HA) apresenta maior prevalência e maior risco de lesão em órgão-alvo e eventos cardiovasculares nos níveis sócio-econômicos mais baixos. b) Obesidade: O excesso de massa corporal é um fator pré-disponente para a HA, podendo ser responsável por 20% a 30% dos casos de HA, 75% dos homens e 65% das mulheres apresentam HA diretamente atribuível a sobrepeso e a obesidade. c) Álcool: O consumo elevado de bebidas alcoólicas como cervejas aumentam o risco de HA, enquanto que os destilados são indiferentes ao surgimento da HA. d) Sedentarismo: Aumenta a incidência de HA Indivíduos sedentários apresentam risco aproximado em 30% maior de desenvolver a HA que os ativos. e) Idade: A pressão arterial aumenta linearmente com a idade. COMENTÁRIOS: A ingestão de álcool (independentemente de ser destilado ou não) por períodos prolongados de tempo pode aumentar a PA. Vejamos a tabela abaixo: Fonte: Brasil (2013) 22. (HUAC-UFCG/COMPROV/2014) Apesar de apresentar uma redução significativa nos últimos anos, as Doenças Cardiovasculares (DCVs) têm sido a principal causa de morte no Brasil. A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é considerada o principal fator de risco para as doenças cardiovasculares. Sobre HAS, assinale a alternativa correta: a) No Brasil, a prevalência média de Hipertensão Arterial autorreferida na população acima de 18 anos, segundo a Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel – 2011) é maior em homens do que em mulheres. O gabarito da questão, portanto, é a letra A. O gabarito, portanto, é a letra C. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 30 www.romulopassos.com.br b) O efeito do avental branco é a diferença de pressão obtida entre a medida conseguida no consultório e a medida fora dele,desde que essa diferença seja igual ou superior a 20 mmHg na pressão sistólica e a 10 mmHg na diastólica. c) Pessoas com pressão arterial limítrofe entre 110/85 a 129/89mmHg deverão fazer avaliação para identificar a presença de outros fatores de risco. d) A hipertensão sistólica isolada e a pressão de pulso não são fatores de risco para doença cardiovascular em pacientes de meia idade e idosos. e) Na hipertensão estágio 2, a pressão sistólica deve estar maior ou igual a 180 mmHg, e a diastólica maior ou igual a 110. COMENTÁRIOS: Vamos analisar os itens incorretos: a) No Brasil, a prevalência média de Hipertensão Arterial autorreferida na população acima de 18 anos, segundo a Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel – 2011) é maior em mulheres do que em homens. De acordo com esse estudo, no conjunto da população adulta das 27 cidades estudadas, a frequência de diagnóstico médico prévio de hipertensão arterial se tornou mais comum com a idade, para ambos os sexos, mais marcadamente para as mulheres, alcançando 3,0%, entre os 18 e os 24 anos de idade, e 65,7% na faixa etária de 65 anos ou mais de idade. c) Pessoas com pressão arterial limítrofe entre 130/85 a 139/89mmHg deverão fazer avaliação para identificar a presença de outros fatores de risco para doenças cardiovasculares (DCV). d) A hipertensão sistólica isolada é definida como comportamento anormal da PA sistólica com PA diastólica normal. A hipertensão sistólica isolada e a pressão de pulso são fatores de risco importantes para doença cardiovascular em pacientes de meia idade e idosos. e) Na hipertensão estágio 3, a pressão sistólica deve estar maior ou igual a 180 mmHg, e/ou a diastólica maior ou igual a 110. Fonte: Diagnóstico e classificação da HAS (2010), VIGITEL (2011) e Brasil (2013). 23. (Prefeitura de Cortês-PE/IDEST/2014) No caderno nº15, sobre Hipertensão Arterial Sistêmica, o Ministério da Saúde classifica os agentes anti-hipertensivos. É incorreto afirmar que faz parte da classe de anti- hipertensivos: a) Diuréticos b) Inibidores adrenégicos c) Vasodilatadores diretos d) Bloqueador do canal de cálcio COMENTÁRIOS: A decisão de quando iniciar medicação anti-hipertensiva deve ser considerada avaliando a preferência da pessoa, o seu grau de motivação para mudança de estilo de vida, os níveis pressóricos e o risco cardiovascular. O gabarito, portanto, é a letra B. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 31 www.romulopassos.com.br Pessoas com alto risco cardiovascular ou níveis pressóricos no estágio 2 (PA ≥ 160/100mmHg) beneficiam-se de tratamento medicamentoso desde o diagnóstico para atingir a meta pressórica, além da mudança de estilo de vida (BRITISH HYPERTENSION SOCIETY, 2008). Pessoas que não se enquadram nos critérios acima e que decidem, em conjunto com o médico, não iniciar medicação neste momento, podem adotar hábitos saudáveis para atingir a meta por um período de três a seis meses. Durante esse intervalo de tempo devem ter a pressão arterial avaliada pela equipe, pelo menos, mensalmente. Quando a pessoa não consegue atingir a meta pressórica pactuada ou não se mostra motivada no processo de mudança de hábitos, o uso de anti-hipertensivos deve ser oferecido, de acordo com o método clínico centrado na pessoa. Fonte: Brasil (2013) Vejamos abaixo, relação de medicamentos indicados para o tratamento da HAS: Está estudando? Deixa o celular no silencioso Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 32 www.romulopassos.com.br Vejamos agora o detalhamento dos anti-hipertensivos disponíveis no Brasil: Fonte: SBC (2010) Todavia, verificamos que todas as alternativas descrevem classes de medicações anti-hipertensivas. A questão deveria ter sido anulada. O gabarito apontado pela banca foi a letra D. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 33 www.romulopassos.com.br 24. (CNEN/IDECAN/2014) A hipertensão arterial sistêmica secundária à síndrome de Cushing apresenta os principais sinais e sintomas, EXCETO: a) Fraqueza muscular, cansaço fácil e hirsutismo b) Obesidade central, fáscies em lua cheia e pletora c) Inchaço das mãos, fraqueza muscular e macroglossia d) Estrias abdominais, aumento de peso e distúrbios emocionais e) Afilamento dos braços e das pernas, aumento de peso e fraqueza muscular. COMENTÁRIOS: A síndrome de Cushing resulta de uma atividade adrenocortical excessiva, em lugar de deficiente (Porth & Matfin, 2009). A síndrome de Cushing é comumente causada pelo uso de medicamentos corticosteroides e raramente se deve à produção excessiva de corticosteroides em consequência de hiperplasia do córtex da suprarrenal. Qualquer que seja a etiologia, os mecanismos de retroalimentação normais que controlam a função do córtex da suprarrenal tornam-se ineficazes, e ocorre perda do padrão diurno habitual do cortisol. Os sinais e os sintomas da síndrome de Cushing representam principalmente uma consequência da secreção excessiva de glicocorticoides e androgênios (hormônios sexuais), embora secreção de mineralocorticoides também possa estar afetada (Porth & Matfin, 2009). Manifestações Clínicas: Quando ocorre produção excessiva de hormônio do córtex da suprarrenal, verifica-se a ocorrência de parada do crescimento, obesidade e alterações musculoesqueléticas, juntamente com intolerância à glicose. O quadro clássico da síndrome de Cushing no adulto consiste em obesidade do tipo central, com uma “corcova de búfalo” adiposa no pescoço e áreas supraclaviculares, tronco pesado e membros relativamente magros. A pele é fina, frágil e facilmente traumatizada; surgem equimoses (contusões) e estrias. O paciente queixa-se de fraqueza e prostração. Ocorre transtorno do sono, devido à secreção diurna alterada de cortisol. Observa-se um catabolismo proteico excessivo, produzindo debilidade -muscular e osteo-porose. Em consequência, podem ocorrer cifose, dor nas costas e fraturas das vértebras por compressão. A retenção de sódio e de água ocorre em consequência da atividade mineralocorticoide aumentada, produzindo hipertensão e insuficiência cardíaca. O paciente desenvolve uma aparência de “face de lua cheia” e pode exibir oleosidade aumentada da pele e acne. Observa-se uma suscetibilidade aumentada à infecção. Pode haver desenvolvimento de hiperglicemia ou diabetes franco. O paciente também pode relatar ganho de peso, cicatrização lenta de pequenos cortes e equimoses. As mulheres entre 20 e 40 anos de idade têm uma probabilidade 5 vezes maior do que os homens de desenvolver a síndrome de Cushing. Nas mulheres de todas as idades, pode ocorrer virilização em consequência do excesso de androgênios. A virilização caracteriza-se pelo aparecimento de traços masculi-nos e retrocesso dos traços femininos. Há crescimento excessivo de pelos na face (hirsutismo), as mamas sofrem atrofia, as menstruações cessam, o clitóris aumenta e a voz fica grave. Ocorre perda da libido tanto nos homens quanto nas mulheres. Ocorrem alterações no humor e na atividade mental, e pode haver desenvolvimento de psicose. A angústia e a depressão são comuns, sendo aumentadas pela gravidade das alterações físicas que ocorrem com essa síndrome. Se a síndrome de Cushing for uma consequência de tumor hipofisário, podem surgir distúrbios visuais devido à pressão do tumor em crescimento exercida sobre o quiasma óptico. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-2234 www.romulopassos.com.br Diagnósticos de Enfermagem Os principais diagnósticos de enfermagem do paciente com síndrome de Cushing incluem os seguintes: • Risco de lesão relacionado com a fraqueza. • Risco de infecção relacionado com a alteração do metabolismo das proteínas e da resposta inflamatória. • Déficit no autocuidado relacionado com a fraqueza, fadiga, debilidade muscular e alteração dos padrões de sono. • Comprometimento da integridade da pele, relacionado com o edema, cicatrização deficiente e pele fina e frágil. • Transtorno da imagem corporal relacionado com a aparência física alterada, comprometimento da função sexual e nível de atividade diminuído. • Transtorno nos processos de pensamento relacionado com as oscilações de humor, irritabilidade e depressão. Fonte: Brunner & Suddarth, Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica, 12ª Ed. 2012. Voltando para a análise da questão: Pois uma das manifestações clinica da síndrome de Cushing é a parada do crescimento, e não a macroglossia (crescimento anormal do tamanho da língua). 25. (FESMA/Fundação Sousândrade/2015) Durante a consulta de enfermagem, o paciente idoso, em tratamento de hipertensão arterial, refere apresentar mudança de padrão respiratório, após a introdução de uma nova medicação anti-hipertensiva. A medicação que pode causar broncoconstrição e o grupo farmacológico correspondente está corretamente descrita em uma das alternativas. Assinale-a. a) Losartana potássica; bloqueador de cálcio. b) Hidralazina; inibidor da ECA. c) Dobutamina; vasodilatador arterial e venoso. d) Atenolol; betabloqueador. e) Furosemida; poupador de potássio. COMENTÁRIOS: Vejamos cada uma das alternativas: a) Losartana potássica Classificação: antagonista dos receptores de angiotensina II Ação: Antagonista de angiotensina II (potente vasoconstrictor) Efeitos adversos: hipotensão, exantema, tontura b) Hidralazina Classificação: anti-hipertensivo, vasodilatador Ação: dilata os vasos sanguíneos periféricos Efeitos adversos: cefaleia, palpitação, hipotensão, edema periférico c) Dobutamina Classificação: agente adrenérgico Verificamos que a letra C é a alternativa incorreta. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 35 www.romulopassos.com.br Ação: aumenta a contratilidade do miocardio e o volume sistólico com efeitos cronotrópicos menores, resultando em aumento do débito cardíaco. Efeitos adversos: taquicardia, hipertensão e arritmias d) Atenolol Classificação: beta-adrenérgico, anti-hipertensivo. Ação: bloqueia o sistema nervoso simpático para o coração, produzindo uma frequência cardíaca mais lenta e diminindo a pressão arterial e a frequência de pulso. Indicados para pacientes que também apresentam angina de peito estável e isquemia silenciosa. Efeitos adversos: bradicardia, broncoespasmo, hipotensão. e) Furosemida Classificação: diurético de alça Ação: inibe a absorção dos ions sódio e cloreto e água na alça de Henle, assim como no túbulo contorcido do néfron. Efeitos adversos: fraqueza, hipocalemia, hipotensão ortostática. 26. (HU-FURG/EBSERH/IBFC/2016) Sobre o tratamento medicamentoso da hipertensão arterial sistêmica (HAS), leia as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta. I. Os diuréticos são pelo menos tão eficazes quanto outras opções anti-hipertensivas para prevenir eventos cardiovasculares em ampla gama de condições, como gravidade de hipertensão, idade, gênero, raça e presença de comorbidades (eventos clínicos prévios e diabetes mellitus). II. Indica-se o uso de betabloqueadores como droga de primeira linha no tratamento da HAS. III. Com a redução de 5 mmHg na pressão diastólica ou 10 mmHg na pressão sistólica, há redução aproximada de 25% no risco de desenvolver cardiopatia isquêmica e de 40% no risco de apresentar AVC (acidente vascular cerebral). IV. Antes de substituir o anti-hipertensivo que se mostra ineficaz, deve-se garantir o uso de doses adequadas. V. A ocorrência de efeitos adversos significativos ou continuada ineficácia não indicam a necessidade de substituição do medicamento, e sim o uso de doses mais altas. Estão corretas as afirmativas: a) II e III, apenas. b) I, II, III, IV e V. c) I, III, IV, apenas. d) II, IV e V, apenas. e) I, II, III e IV, apenas. COMENTÁRIOS: Vamos analisar cada alternativa: I. CORRETA. Os diuréticos são pelo menos tão eficazes quanto outras opções anti-hipertensivas para prevenir eventos cardiovasculares em ampla gama de condições, como gravidade de hipertensão, idade, gênero, raça e presença de comorbidades (eventos clínicos prévios e diabetes mellitus). Dessa forma, o gabarito da questão é a letra D. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 36 www.romulopassos.com.br II. INCORRETA. Não indica-se o uso de betabloqueadores como droga de primeira linha no tratamento da HAS. De acordo com a Revisão sistemática da Cochrane, mostrou um fraco efeito dos betabloqueadores em reduzir AVC e ausência de benefício na prevenção de doença coronariana, quando comparado com placebo. Também apresentou piores desfechos em comparação com outras classes anti-hipertensivas (diuréticos tiazídicos, inibidores da enzima conversora de angiotensina (Ieca) e bloqueadores de canais de cálcio) . No entanto, algumas evidências sugerem benefício do uso dos betabloqueadores na redução da morbimortalidade cardiovascular quando utilizado em pacientes mais jovens (Fonte: CAB nº 37 – HAS, MS, 2013). III. CORRETA. Com a redução de 5 mmHg na pressão diastólica ou 10 mmHg na pressão sistólica, há redução aproximada de 25% no risco de desenvolver cardiopatia isquêmica e de 40% no risco de apresentar AVC (acidente vascular cerebral). IV. CORRETA . Antes de substituir o anti-hipertensivo que se mostra ineficaz, deve-se garantir o uso de doses adequadas. V. INCORRETA. A ocorrência de efeitos adversos significativos ou continuada ineficácia indicam a necessidade de substituição do medicamento e/ou o uso de doses adequadas. 27. (HU-FURG/EBSERH/IBFC/2016) A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma doença frequente no adulto e é o fator de risco mais importante para o desenvolvimento de aterosclerose, doença coronariana, insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral e para a progressão de doença renal crônica. Sobre a HAS em menores de 18 anos, analise as afirmativas abaixo, dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F) e assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo. ( ) Há embasamento em estudos bem delineados, de que a pressão arterial deve ser aferida a partir dos 15 meses de vida nas consultas de rotina. Deve-se realizar uma medida aos 15 meses e outra aos 5 anos de idade. ( ) A classificação da pressão arterial (PA) em menores de 18 anos, considera normal a PA sistólica e diastólica percentil 90. ( ) A classificação da pressão arterial (PA) em menores de 18 anos, considera normal alta a PA sistólica média e/ou diastólica média entre o percentil 90 e 95. ( ) A classificação da pressão arterial (PA) em menores de 18 anos, considera alta ou hipertensão arterial a PA sistólica média e/ou diastólica média > percentil 95. a) V, V, V, V. b) F, V, V, V. c) F, F, F, F. d) V, F, V, F. e) F, V, F, V. COMENTÁRIOS: Meu amigo(a), vamos analisar as alternativas: FALSA. Há embasamento em estudos bem delineados, de que a pressão arterial deve ser aferida a partir dos 3 anos de vida nas consultas anualmente. VERDADEIRA. A classificação da pressão arterial (PA) em menores de 18 anos, considera normal a PA sistólica e diastólica percentil
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