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COMEÇANDO DO ZERO 
Direito Tributário - Aula 11 
Josiane Minardi 
1 
IPTU – Art. 156, I da CF e Arts. 32 a 34 do CTN 
 
Critério Material: Ser Proprietário de Imóvel Urbano 
 
Proprietário nos termos do art. 1.228 do Código Civil 
é quem tem a faculdade de usar, gozar e dispor da 
coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer 
que injustamente a possua ou detenha. 
 
A posse deflui do conceito de possuidor, como sen-
do todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou 
não, de algum dos poderes inerentes à propriedade 
(art. 1.196 do Código Civil). 
 
Não são considerados Contribuintes: 
1 – Cessionário de uso de bem público; 
2 – o mero detentor, ou seja, aquele que conserva a 
posse em nome de outrem e em cumprimento das 
ordens deste; 
3 – o usuário e o titular de direito de habitação 
4 – Locatário, arrendatário e comodatário 
5 – Contrato de direito real de concessão de uso; 
6 – Circos, quiosques, barracas de camping e banca 
de jornal. 
 
PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. VIOLAÇÃO 
DO ART. 535 DO CPC. ALEGAÇÃO GENÉRICA. 
SÚMULA 284/STF. IPTU. CONTRIBUINTE. AU-
SÊNCIA DE ANIMUS DOMINI. CONDOMÍNIO. 
MERO ADMINISTRADOR. 
(...) 
2. O fato gerador do IPTU, conforme dispõe o art. 
32 do CTN, é a propriedade, o domínio útil ou a 
posse. O contribuinte da exação é o proprietário do 
imóvel, o titular do seu domínio ou seu possuidor a 
qualquer título (art. 34 do CTN). 
3. A jurisprudência do STJ é pacífica no sentido de 
que somente a posse com animus domini é apta a 
gerar a exação predial urbana, o que não ocorre 
com o condomínio, in casu, que apenas possui a 
qualidade de administrador de bens de terceiros.4. 
"Não é qualquer posse que deseja ver tributada. 
Não é a posse direta do locatário, do comodatário, 
do arrendatário de terreno, do administrador de bem 
de terceiro, do usuário ou habitador (uso e habita-
ção) ou do possuidor clandestino ou precário (posse 
nova etc.). 
A posse prevista no Código Tributário como tributá-
vel é a de pessoa que já é ou pode ser proprietária 
da coisa." (in Curso de Direito Tributário, Coodena-
dor Ives Gandra da Silva Martins, 8ª Edição - Impos-
to Predial e Territorial Urbano, p.736/737).Recurso 
especial improvido.(REsp 1327539/DF, Rel. Ministro 
HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julga-
do em 14/08/2012, DJe 20/08/2012) 
 
TRIBUTÁRIO. IPTU. TLP. IMÓVEL PERTENCEN-
TE À UNIÃO. CONCESSÃO DE USO. 
RELAÇÃO DE DIREITO PESSOAL. AUSÊNCIA DE 
IDENTIDADE ENTRE CESSIONÁRIO E CONTRI-
BUINTE. NÃO INCIDÊNCIA DO TRIBUTO. 
 
1. Nos termos da jurisprudência do STJ, o cessioná-
rio do direito de uso não é o contribuinte do IPTU e 
da TLP, haja vista que é possuidor por relação de 
direito pessoal, não exercendo animus domini, sen-
do possuidor do imóvel como simples detentor de 
coisa alheia. 
2. Precedentes: AgRg no AREsp 152437/DF, Rel. 
Min. Cesar Asfor Rocha, Segunda Turma, julgado 
em 26/6/2012, DJe 7/8/2012; AgRg no REsp 
1205250/RJ, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, 
julgado em 26/10/2010, DJe 16/11/2010. 
Agravo regimental improvido. 
(AgRg no REsp 1350801/DF, Rel. Ministro HUM-
BERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 
21/02/2013, DJe 05/03/2013) 
 
OBS1: O STJ entendeu que não há base legal para 
cobrança de IPTU de quem apenas se utiliza de 
servidão de passagem de imóvel alheio. 
 
OBS 2: Há entendimento doutrinário no sentido de 
que o superficiário também poderá figurar como 
contribuinte, uma vez que responde pelos encargos 
e tributos que incidirem sobre o imóvel (art. 1.371, 
Código Civil) 
Superfície é o direito real pelo qual o proprietário 
concede por tempo determinado ou indeterminado, 
gratuita ou onerosamente, a outrem o direito de 
construir, ou plantar em seu terreno urbano ou rural, 
mediante escritura pública, devidamente resgistrada 
no Cartório de registro de Imóveis. 
(CC, art. 1.369, 1.370 e Estatuto da Cidade, art. 21 
– Lei nº 10.257/01) 
 
OBS 3: O promitente comprador pode ser conside-
rado contribuinte do IPTU, conjuntamente com o 
proprietário do imóvel, responsável pelo seu paga-
mento. 
Súmula 399 STJ: Cabe à legislação municipal esta-
belecer o sujeito passivo do IPTU. 
O promitente comprador será contribuinte se se 
tratar de promessa irretratável de venda, houver 
pago parcelas contratuais e se encontrar habilitado 
a lavrar escritura ou promover a adjudicação com-
pulsória. 
 
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO 
AGRAVO. RECURSO ESPECIAL.SUPOSTA 
OFENSA AO ART. 535 DO CPC. INEXISTÊNCIA 
DE VÍCIO NO ACÓRDÃO RECORRIDO. TRIBU-
TÁRIO. IPTU. CONTRATO DE PROMESSA DE 
COMPRA E VENDA DE IMÓVEL. LEGITIMIDADE 
PASSIVA DO POSSUIDOR (PROMITENTE COM-
PRADOR) E DO PROPRIETÁRIO (PROMITENTE 
 
 
 
 
 
 
 
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VENDEDOR). ESPECIAL EFICÁCIA VINCULATIVA 
DO ACÓRDÃO PROFERIDO NO RESP 
1.110.551/SP. 
1. Não havendo no acórdão recorrido omissão, obs-
curidade ou contradição, não fica caracterizada 
ofensa ao art. 535 do CPC.2. "A jurisprudência des-
ta Corte Superior é no sentido de que tanto o promi-
tente comprador (possuidor a qualquer título) do 
imóvel quanto seu proprietário/promitente vendedor 
(aquele que tem a propriedade registrada no Regis-
tro de Imóveis) são contribuintes responsáveis pelo 
pagamento do IPTU" 
(REsp 1.110.551/SP, 1ª Seção, Rel. Min. Mauro 
Campbell Marques, DJe de 18.6.2009 — recurso 
submetido à sistemática prevista no art. 543-C do 
CPC).3. Agravo regimental não provido.(AgRg no 
AREsp 114.617/RS, Rel. Ministro MAURO CAMP-
BELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 
08/05/2012, DJe 14/05/2012) 
 
OBS 4: Entende-se que o usufrutuário é contribuinte 
porque tem direito a posse, uso, administração e 
percepção dos frutos do imóvel; 
 
TRIBUTÁRIO. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO 
AGRAVO REGIMENTAL 
NO RECURSO ESPECIAL. RESTITUIÇÃO DE IN-
DÉBITO. IPTU. USUFRUTUÁRIO. LEGITIMIDADE. 
OBSCURIDADE. INOCORRÊNCIA. 
(...) 
II - No que se refere à legitimidade do usufrutuário 
para questionar a cobrança de IPTU, nada tem de 
obscuro o aresto que entendeu encontrar-se o acór-
dão recorrido encontra-se em consonância com o 
entendimento desta Corte acerca do assunto, por-
quanto, nas hipóteses de usufruto de imóvel, não há 
falar em solidariedade passiva no tocante ao IPTU 
quando apenas o usufrutuário é quem possui o di-
reito de usar e fruir exclusivamente do bem. 
(...) 
(EDcl no AgRg no REsp 698.041/RJ, Rel. Ministro 
FRANCISCO FALCÃO, PRIMEIRA TURMA, julgado 
em 06/04/2006, DJ 04/05/2006, p. 137) 
 
OBS 5: Quem sendo contribuinte e esbulhado na 
posse pelo próprio Município, não está obrigado a 
recolher o tributo até nela ser reintegrado por sen-
tença judicial. 
OBS 6: Área de Preservação Permanente Ambiental 
e o IPTU 
 
LOTEAMENTO. INCIDÊNCIA SOBRE ÁREA DE 
IMÓVEL URBANO DENOMINADA ÁREA DE PRE-
SERVAÇÃO PERMANENTE. LEGALIDADE. RES-
TRIÇÃO À UTILIZAÇÃO DE PARTE DO IMÓVEL 
QUE NÃO DESNATURA A OCORRÊNCIA DO FA-
TO GERADOR DO TRIBUTO. PROPRIEDADE. 
LIMITAÇÃO DE NATUREZA RELATIVA. AUSÊN-
CIA DE LEI ISENTIVA. 
(...) 
3. A restrição à utilização da propriedade referente a 
área de preservação permanente em parte de imó-
vel urbano (loteamento) não afasta a incidência do 
Imposto Predial e Territorial Urbano, uma vez que o 
fato gerador da exação permanece íntegro, qual 
seja, a propriedade localizada na zona urbana do 
município. 
Cuida-se de um ônus a ser suportado, o que não 
gera o cerceamento total da disposição, utilização 
ou alienação da propriedade, como ocorre, por 
exemplo, nas desapropriações. Aliás, no caso dos 
autos, a limitação não tem caráter absoluto, pois 
poderá haver exploração da área mediante prévia 
autorização da Secretaria do Meio Ambiente do 
município. 
 
4. Na verdade, a limitação de fração da propriedade 
urbana por força do reconhecimento de área depreservação permanente, por si só, não conduz à 
violação do artigo 32 do CTN, que trata do fato ge-
rador do tributo. 
O não pagamento da exação sobre certa fração da 
propriedade urbana é questão a ser dirimida tam-
bém à luz da isenção e da base de cálculo do tribu-
to, a exemplo do que se tem feito no tema envol-
vendo o ITR sobre áreas de preservação permanen-
te, pois, para esta situação, por exemplo, há lei fe-
deral permitindo a exclusão de áreas da sua base 
de cálculo (artigo 10, § 1º, II, "a" e "b", da Lei 
9.393/96). 
(REsp 1128981/SP, Rel. Ministro BENEDITO GON-
ÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 
18/03/2010, DJe 25/03/2010) 
 
Imóvel Urbano: 
 
Regra Geral: 
 Localização: Zona urbana, definida pela Lei Munici-
pal – Necessária a existência de dois, no mínimo, 
dos cinco melhoramentos do § 1º do Art. 32 do 
CTN. 
Art. 32. O imposto, de competência dos Municípios, 
sobre a propriedade predial e territorial urbana tem 
como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a 
posse de bem imóvel por natureza ou por acessão 
física, como definido na lei civil, localizado na zona 
urbana do Município. 
§ 1º Para os efeitos deste imposto, entende-se co-
mo zona urbana a definida em lei municipal; obser-
vado o requisito mínimo da existência de melhora-
mentos indicados em pelo menos 2 (dois) dos inci-
sos seguintes, construídos ou mantidos pelo Poder 
Público: 
 
 
 
 
 
 
 
 
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I - meio-fio ou calçamento, com canalização de 
águas pluviais; 
II - abastecimento de água; 
III - sistema de esgotos sanitários; 
IV - rede de iluminação pública, com ou sem poste-
amento para distribuição domiciliar; 
V - escola primária ou posto de saúde a uma distân-
cia máxima de 3 (três) quilômetros do imóvel consi-
derado. 
 
§ 2º A lei municipal pode considerar urbanas as 
áreas urbanizáveis, ou de expansão urbana, cons-
tantes de loteamentos aprovados pelos órgãos 
competentes, destinados à habitação, à indústria ou 
ao comércio, mesmo que localizados fora das zonas 
definidas nos termos do parágrafo anterior. 
 
AGRAVO REGIMENTAL. TRIBUTÁRIO. IPTU. MU-
NICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO. 
SÍTIO RECREIO. INCIDÊNCIA. IMÓVEL SITUADO 
EM ÁREA URBANA DESPROVIDA DE MELHO-
RAMENTOS. DESNECESSIDADE. 
1. A recorrente demonstra mero inconformismo em 
seu agravo regimental que não se mostra capaz de 
alterar os fundamentos da decisão agravada. 
2. A jurisprudência desta Corte é pacífica no sentido 
de que é legal a cobrança do IPTU dos sítios de 
recreio, localizados em zona de expensão urbana 
definida por legislação municipal, nos termos do 
arts. 32, § 1º, do CTN c/c arts. 14 do Decreto-lei nº 
57/66 e 29 da Lei 5.172/66, mesmo que não conte-
nha os melhoramentos previstos no art. 31, § 1º, do 
CTN. 
3. Agravo regimental não provido. 
(AgRg no REsp 783.794/SP, Rel. Ministro MAURO 
CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julga-
do em 15/12/2009, DJe 08/02/2010). 
 
Exceção: 
 
Destinação nos termos do art. 15 do Decreto-Lei nº 
57/66. 
Art 15. O disposto no art. 32 da Lei nº 5.172, de 25 
de outubro de 1966, não abrange o imóvel de que, 
comprovadamente, seja utilizado em exploração 
extrativa vegetal, agrícola, pecuária ou agro-
industrial, incidindo assim, sôbre o mesmo, o ITR e 
demais tributos com o mesmo cobrados. 
 
2) Critério Temporal: 
 
1º de janeiro de todo ano 
 
3) Critério Espacial: 
Município de Localização do Bem 
 
4) Critério Pessoal: 
 
Sujeito Ativo: Município da situação do bem 
Sujeito Passivo: Proprietário do bem 
 
5) Critério Quantitativo 
a) Base de Cálculo: 
 
Art. 33. A base do cálculo do imposto é o valor venal 
do imóvel. 
Parágrafo único. Na determinação da base de cál-
culo, não se considera o valor dos bens móveis 
mantidos, em caráter permanente ou temporário, no 
imóvel, para efeito de sua utilização, exploração, 
aformoseamento ou comodidade. 
b) Alíquotas 
Progressividade: 
Art. 182, § 4º, II 
Art. 156, I da CF (permitida apenas após EC nº 
29/2000) 
 
Súmula nº 668 – STF 
É INCONSTITUCIONAL A LEI MUNICIPAL QUE 
TENHA ESTABELECIDO, ANTES DA EMENDA 
CONSTITUCIONAL 29/2000, ALÍQUOTAS PRO-
GRESSIVAS PARA O IPTU, SALVO SE DESTINA-
DA A ASSEGURAR O CUMPRIMENTO DA FUN-
ÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE URBANA. 
 
Súmula nº 589 STF: 
É INCONSTITUCIONAL A FIXAÇÃO DE ADICIO-
NAL PROGRESSIVO DO IMPOSTO PREDIAL E 
TERRITORIAL URBANO EM FUNÇÃO DO NÚME-
RO DE IMÓVEIS DO CONTRIBUINTE. 
 
 Súmula 539 STF: 
 É CONSTITUCIONAL A LEI DO MUNICÍPIO QUE 
REDUZ O IMPOSTO PREDIAL URBANO SOBRE 
IMÓVEL OCUPADO PELA RESIDÊNCIA DO PRO-
PRIETÁRIO, QUE NÃO POSSUA OUTRO. 
 
Súmula 397 do STJ: 
O contribuinte do IPTU é notificado do lançamento 
pelo envio do carnê ao seu endereço. 
 
TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. IPTU. EXE-
CUÇÃO FISCAL. LANÇAMENTO DE OFÍCIO. 
PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. TERMO A QUO. 
NOTIFICAÇÃO. 
1. Nos tributos sujeitos a lançamento de ofício, co-
mo no caso do IPVA e IPTU, a constituição do crédi-
to tributário perfectibiliza-se com a notificação ao 
sujeito passivo, iniciando, a partir desta, o termo a 
quo para a contagem do prazo prescricional quin-
quenal para a execução fiscal, nos termos do art. 
174 do Código Tributário Nacional. 
(...) 
(AgRg no AREsp 246.256/SP, Rel. Ministro HUM-
BERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 
27/11/2012, DJe 04/12/2012) 
 
 
 
 
 
 
 
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PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO 
REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ES-
PECIAL. IPTU. (...). PRESUNÇÃO DE NOTIFICA-
ÇÃO QUE SE AFASTA MEDIANTE COMPROVA-
ÇÃO DO CONTRIBUINTE. APLICAÇÃO DO RESP 
"REPETITIVO" N. 1.111.124-PR (ART. 543-C DO 
CPC). 
(...) 
3. O Recurso Especial n. 1.111.124-PR, representa-
tivo de controvérsia, conforme a sistemática do art. 
543-C do CPC, sufragou o entendimento nesta Cor-
te acerca da necessidade da notificação do contri-
buinte, que se presume com a entrega do carnê do 
IPTU, cabendo ao contribuinte o ônus de provar que 
não o recebeu. 
4. Portanto, se há provas de que o carnê não foi 
entregue (ônus de prova pelo contribuinte), neces-
sário se faz sua notificação, nos termos do art. 142 
e 145 do CTN. Implicando, sua ausência, a nulidade 
da execução fiscal. 
5. É proibida a inovação de tese recursal em sede 
de agravo regimental. 
6. Agravo regimental não provido. 
(AgRg no AREsp 91.127/PR, Rel. Ministro BENEDI-
TO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 
13/11/2012, DJe 22/11/2012) 
 
ITBI: 
Art. 156, II da CF 
Arts. 35 a 42 do CTN 
 
Critério Material: “transmissão "inter vivos", a qual-
quer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por 
natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre 
imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão 
de direitos a sua aquisição 
 
Direitos Reais – Art. 1.225 do Código Civil: 
Art. 1.225. São direitos reais: 
I - a propriedade; 
II - a superfície; 
III - as servidões; 
IV - o usufruto; 
V - o uso; 
VI - a habitação; 
VII - o direito do promitente comprador do imóvel; 
VIII - o penhor; 
IX - a hipoteca; 
X - a anticrese. 
XI - a concessão de uso especial para fins de mora-
dia; (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007) 
XII - a concessão de direito real de uso. (Incluído 
pela Lei nº 11.481, de 2007) 
 
Hipóteses de Incidência: Compra e venda, dação 
em pagamento, permuta (troca), mandado em cau-
sa própria com poderes equivalentes para a trans-
missão de bem imóvel, arrematação, adjudicação, 
valor do imóvel que na divisão de patrimônio comum 
ou na partilha, forem atribuídos a um dos cônjuges 
separados ou divorciados, uso e fruto. 
 
PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ORDINÁRIO EM 
MANDADO DE SEGURANÇA.TRIBUTÁRIO. ITBI. 
ARREMATAÇÃO DE IMÓVEL. BASE DE CÁLCU-
LO. VALOR ALCANÇADO NA HASTA PÚBLICA. 
PRECEDENTES.1.A orientação das Turmas que 
integram a Primeira Seção/STJ firmou-se no sentido 
de que a arrematação corresponde à aquisição do 
bem alienado judicialmente, razão pela qual se deve 
considerar, como base de cálculo do ITBI, o valor 
alcançado na hasta pública. 
Nesse sentido: AgRg no AREsp 22.274/MG, 1ª 
Turma, Rel. Min. Benedito Gonçalves, DJe de 
3.4.2012; AgRg nos EDcl no Ag 1.391.821/MG, 1ª 
Turma, Rel. Min. Humberto Martins, DJe de 
1º.7.2011; REsp 1.188.655/RS, 1ª Turma, Rel. Min. 
Luiz Fux, DJe de 8.6.2010; REsp 863.893/PR, 1ª 
Turma, Rel. Min. Francisco Falcão, DJ de 
7.11.2006.2. Recurso ordinário não provido.(RMS 
36.293/RS, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL 
MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 
04/10/2012, DJe 11/10/2012) 
 
Hipóteses de Não Incidência: Usucapião, desapro-
priação, servidões, contratos de promessa de com-
pra e venda (haja vista tratar-se de contrato que 
poderá ou não se concretizar em contrato definitivo, 
este sim ensejador da cobrança do aludido tributo). 
Imunidades Específicas do ITBI: 
 
Art. 156 (...) 
§ 2º I - não incide sobre a transmissão de bens ou 
direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurí-
dica em realização de capital, nem sobre a trans-
missão de bens ou direitos decorrente de fusão, 
incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, 
salvo se, nesses casos, a atividade preponderante 
do adquirente for a compra e venda desses bens ou 
direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento 
mercantil; 
Art. 184, § 5º CF – 
§ 5º - São isentas de impostos federais, estaduais e 
municipais as operações de transferência de imó-
veis desapropriados para fins de reforma agrária. 
 
Súmula nº 111 STF: É legítima a incidência do im-
posto de transmissão "inter vivos" sobre a restitui-
ção, ao antigo proprietário, de imóvel que deixou de 
servir a finalidade da sua desapropriação. 
 
Critério Espacial: Município de situação do Bem 
Imóvel 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Critério Temporal: No momento da transmissão do 
Bem Imóvel. (art. 1.245 do Código Civil) 
Ocorre com o registro do Imóvel em Cartório. 
 
TRIBUTÁRIO. ITBI. FATO GERADOR. OCOR-
RÊNCIA. REGISTRO DE TRANSMISSÃO DO BEM 
IMÓVEL.1. Rechaço a alegada violação do art. 458 
do CPC, pois o Tribunal a quo foi claro ao dispor 
que o fato gerador do ITBI é o registro imobiliário da 
transmissão da propriedade do bem imóvel. A partir 
daí, portanto, é que incide o tributo em comento.2. 
O fato gerador do imposto de transmissão (art. 35, I, 
do CTN) é a transferência da propriedade imobiliá-
ria, que somente se opera mediante registro do 
negócio jurídico no ofício competente.Precedentes 
do STJ.3. Agravo Regimental não provido.(AgRg no 
AREsp 215.273/SP, Rel. Ministro HERMAN BEN-
JAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 02/10/2012, 
DJe 15/10/2012) 
Súmula 108 STF: É legítima a incidência do imposto 
de transmissão "inter vivos" sobre o valor do imóvel 
ao tempo da alienação, e não da promessa, na con-
formidade da legislação local. 
 
Súmula 420 STF: O imposto de transmissão "inter 
vivos" não incide sobre a construção, ou parte dela, 
realizada, inequivocamente, pelo promitente com-
prador, mas sobre o valor do que tiver sido constru-
ído antes da promessa de venda. 
 
Súmula 656 STF: É inconstitucional a lei que esta-
belece alíquotas progressivas para o imposto de 
transmissão inter vivos de bens imóveis - ITBI com 
base no valor venal do imóvel. 
 
ISSQN – Imposto sobre Serviços de Qualquer Natu-
reza – Art. 156, III da CF e LC nº 116/03 
 
Critério Material: Prestar Serviços de Qualquer 
Natureza. 
 
1) Serviço 
2) Que não seja de Competência dos Estados e 
DF, ou seja, de incidência do ICMS 
3) Tenha previsão em Lei Complementar 
 
A Lista anexa à LC nº 116/03 é taxativa, porém po-
de ter interpretação extensiva para serviços congê-
neres. 
 
Lista de serviços anexa à Lei Complementar nº 116, 
de 31 de julho de 2003. 
1 – Serviços de informática e congêneres. 
(...) 
3.03 – Exploração de salões de festas, centro de 
convenções, escritórios virtuais, stands, quadras 
esportivas, estádios, ginásios, auditórios, casas de 
espetáculos, parques de diversões, canchas e con-
gêneres, para realização de eventos ou negócios de 
qualquer natureza. 
(...) 
 
4 – Serviços de saúde, assistência médica e congê-
neres. 
15 – Serviços relacionados ao setor bancário ou 
financeiro, inclusive aqueles prestados por institui-
ções financeiras autorizadas a funcionar pela União 
ou por quem de direito. 
15.01 – Administração de fundos quaisquer, de con-
sórcio, de cartão de crédito ou débito e congêneres, 
de carteira de clientes, de cheques pré-datados e 
congêneres. 
15.02 – Abertura de contas em geral, inclusive con-
ta-corrente, conta de investimentos e aplicação e 
caderneta de poupança, no País e no exterior, bem 
como a manutenção das referidas contas ativas e 
inativas. 
 
1. Conforme a orientação desta egrégia Corte Su-
perior, é taxativa a Lista de Serviços anexa ao De-
creto-lei 406/68, para efeito de incidência de ISS, 
admitindo-se, em ampliação aos já existentes, apre-
sentados com outra nomenclatura, o emprego da 
interpretação extensiva para serviços congêneres 
(interpretação extensiva, observado, contudo, a 
natureza dos serviços). 
 (AgRg no REsp 1260079/SP, Rel. Ministro NAPO-
LEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA, 
julgado em 24/04/2012, DJe 07/05/2012) 
 
Súmula 424 STJ - É legítima a incidência de ISS 
sobre os serviços bancários congêneres da lista 
anexa ao DL n. 406/1968 e à LC n. 56/1987. 
 
1) Operações Mistas – Serviço e Entrega de Merca-
dorias 
LC nº 116/03 Art. 1º (...) 
§ 2
o
 Ressalvadas as exceções expressas na lista 
anexa, os serviços nela mencionados não ficam 
sujeitos ao Imposto Sobre Operações Relativas à 
Circulação de Mercadorias e Prestações de Servi-
ços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e 
de Comunicação – ICMS, ainda que sua prestação 
envolva fornecimento de mercadorias. 
7.05 – Reparação, conservação e reforma de edifí-
cios, estradas, pontes, portos e congêneres (exceto 
o fornecimento de mercadorias produzidas pelo 
prestador dos serviços, fora do local da prestação 
dos serviços, que fica sujeito ao ICMS). 
14.03 – Recondicionamento de motores (exceto 
peças e partes empregadas, que ficam sujeitas ao 
ICMS). 
17.11 – Organização de festas e recepções; bufê 
(exceto o fornecimento de alimentação e bebidas, 
que fica sujeito ao ICMS). 
 
 
 
 
 
 
 
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Súmula 274 STJ - O ISS incide sobre o valor dos 
serviços de assistência médica, incluindo-se neles 
as refeições, os medicamentos e as diárias 
hospitalares. 
 
Art. 155, § 2º, IX da CF (...) 
b) sobre o valor total da operação, quando mercado-
rias forem fornecidas com serviços não compreen-
didos na competência tributária dos Municípios; 
Súmula 163 STJ - O fornecimento de mercadorias 
com simultânea prestação de serviços em bares, 
restaurantes e estabelecimentos similares constitui 
fato gerador do ICMS a incidir sobre o valor total da 
operação. 
 
TRIBUTÁRIO. ICMS E ISS. SERVIÇOS DE COM-
POSIÇÃO GRÁFICA PERSONALIZADO E SOB 
ENCOMENDA. SÚMULA 156/STJ. MATÉRIA 
SUBMETIDA AO RITO DOS RECURSO REPETI-
TIVOS. INCIDÊNCIA DO ISS. 
1. A Primeira Seção do STJ, no julgamento do REsp 
1.092.206/SP, de relatoria do Min. Teori Albino Za-
vascki, submetido ao rito dos recursos repetitivos 
nos termos do art. 543-C do CPC e da Resolução 
8/2008 do STJ, consolidou entendimento segundo o 
qual: "As operações de composição gráfica, como 
no caso de impressos personalizados e sob enco-
menda, são de natureza mista, sendo que os servi-
ços a elas agregados estão incluídos na Lista Anexa 
ao Decreto-Lei 406/68(item 77) e à LC 116/03 (item 
13.05). 
Consequentemente, tais operações estão sujeitas à 
incidência de ISSQN (e não de ICMS),Confirma-se 
o entendimento da Súmula 156/STJ: 'A prestação 
de serviço de composição gráfica, personalizada e 
sob encomenda, ainda que envolva fornecimento de 
mercadorias, está sujeita, apenas, ao ISS'." 2. Não 
incidência da Súmula 7/STJ, pois a matéria discuti-
da no presente caso é eminentemente de direito. 
Agravo regimental improvido. 
(AgRg no REsp 1301117/SP, Rel. Ministro HUM-
BERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 
17/04/2012, DJe 25/04/2012) 
 
EMENTA : CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. 
CONFLITO ENTRE IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS 
DE QUALQUER NATUREZA E IMPOSTO SOBRE 
OPERAÇÃO DE CIRCULAÇÃO DE MERCADORI-
AS E DE SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO E DE 
TRANSPORTE INTERMUNICIPAL E INTERESTA-
DUAL. PRODUÇÃO DE EMBALAGENS SOB EN-
COMENDA PARA POSTERIOR INDUSTRIALIZA-
ÇÃO (SERVIÇOS GRÁFICOS). AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE AJUIZADA PARA 
DAR INTERPRETAÇÃO CONFORME AO O ART. 
1º, CAPUT E § 2º, DA LEI COMPLEMENTAR 
116/2003 E O SUBITEM 13.05 DA LISTA DE SER-
VIÇOS ANEXA. FIXAÇÃO DA INCIDÊNCIA DO 
ICMS E NÃO DO ISS. MEDIDA CAUTELAR DEFE-
RIDA. 
Até o julgamento final e com eficácia apenas para o 
futuro (ex nunc), concede-se medida cautelar para 
interpretar o art. 1º, caput e § 2º, da Lei Comple-
mentar 116/2003 e o subitem 13.05 da lista de ser-
viços anexa, para reconhecer que o ISS não incide 
sobre operações de industrialização por encomenda 
de embalagens, destinadas à integração ou utiliza-
ção direta em processo subsequente de industriali-
zação ou de circulação de mercadoria. Presentes os 
requisitos constitucionais e legais, incidirá o ICMS. 
(ADI 4389 MC, Relator(a): Min. JOAQUIM BARBO-
SA, Tribunal Pleno, julgado em 13/04/2011, PRO-
CESSO ELETRÔNICO DJe-098 DIVULG 24-05-
2011 PUBLIC 25-05-2011 RDDT n. 191, 2011, p. 
196-206 RT v. 100, n. 912, 2011, p. 488-505) 
 
 ............................... 
TRIBUTÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. SERVIÇOS 
DE COMPOSIÇÃO GRÁFICA.CONFECÇÃO DE 
CARTÕES MAGNÉTICOS PERSONALIZADOS E 
SOB ENCOMENDA. NÃO INCIDÊNCIA DE ICMS. 
NÃO APLICAÇÃO DO ENTENDIMENTO DO STF 
NA MEDIDA CAUTELAR NA ADI 4389. SITUA-
ÇÕES FÁTICAS DISTINTAS. ANÁLISE DE DISPO-
SITIVOS CONSTITUCIONAIS. IMPOSSIBILIDADE. 
COMPETÊNCIA DO STF. 
(...) 2. No julgamento da medida cautelar na ADI 
4389, o STF reconheceu a não incidência do ISS 
sobre operações de industrialização por encomenda 
de embalagens destinadas à integração ou utiliza-
ção direta em processo subsequente de industriali-
zação ou de circulação de mercadoria.3. A incidên-
cia do ICMS só ocorrerá nos casos em que a produ-
ção de embalagens, etiquetas sob encomenda (per-
sonalizada) seja destinada a subsequente utilização 
em processo de industrialização ou posterior circu-
lação de mercadoria, o que não é o caso dos autos. 
4. In casu, trata-se de produção de cartões magné-
ticos sob encomenda para uso próprio da empresa. 
No caso, a embargada atua como consumidora 
final, ou seja, tais cartões não irão fazer parte de 
futuro processo de industrialização ou comercializa-
ção. Incide, portanto, o ISS nos termos do que res-
tou determinado pela Primeira Seção do STJ, no 
julgamento do REsp 1.092.206/SP, Rel. Min. Teori 
Albino Zavascki, sujeito ao rito dos recursos respeti-
vos, nos termos do art. 543-C do CPC e da Resolu-
ção 8/2008 do STJ.5. Não cabe ao STJ analisar 
suposta violação de dispositivos constitucionais, 
mesmo a título de prequestionamento, sob pena de 
usurpação da competência do STF.Embargos de 
declaração rejeitados.(EDcl no AgRg no AREsp 
103.409/RS, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, 
SEGUNDA TURMA, julgado em 12/06/2012, DJe 
18/06/2012) 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Súmula 156 STJ - A prestação de serviço de com-
posição gráfica, personalizada e sob encomenda, 
ainda que envolva fornecimento de mercadorias, 
está sujeita, apenas, ao ISS. 
 
Depreende-se da vontade do legislador contida no 
art. 156, II da CF, que seu objetivo é fazer incidir o 
ISS sobre o esforço humano que alguém presta a 
terceiro como um fim a ser alcançado pelo bem que 
recebeu o serviço. Não há, na norma constitucional, 
espaço para se estender como tributável a ativida-
de-meio do prestador de serviço, isto é, o esforço 
humano que é realizado, a pedido de terceiro, como 
sendo ação intermediária para algo a ser feito, a 
consecução desse “fazer” não está sujeita ao ISS. 
Os serviços-meio destinados a atingir a execução 
dos serviços-fim não estão sujeitos à incidência do 
ISS. São serviços de intermediação, portanto, ele-
mentos constitutivos dos principais. 
 
Serviço X Industrialização 
O processo de industrialização compreende as ati-
vidades materiais de produção ou beneficiamento 
de bens, realizadas em massa, em série, estandar-
dizadamente; os bens industrializados surgem como 
espécimes idênticos dentro de uma classe ou de 
uma série intensivamente produzida (ou produtível 
denotando homogeneidade não-personificada nem 
personificável de produtos), sendo certo que indus-
trializar em suma, é conceito que reúne dois requisi-
tos: 
a) Alteração da configuração de um bem material; b) 
padronização e massificação. 
(Marçal Justen Filho. O Imposto sobre Serviços na 
Constituição. São Paulo: RT, 1985, p. 115). 
 
Algumas Questões: 
1) ISS e Informática – Incide ISS sobre software 
de encomenda 
TRIBUTÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO 
REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. 
ISSQN. PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE 
FILMES. ENCOMENDA. 
PRESTAÇÃO DE SERVIÇO. AGRAVO NÃO PRO-
VIDO. 
1. As fitas de vídeo produzidas por encomenda, 
personalizadas para um cliente determinado, confi-
guram-se como prestação de serviço, sendo, por 
conseguinte, devido o ISS sobre o valor cobrado. 
2. Agravo regimental não provido. 
(AgRg no Ag 1353885/RS, Rel. Ministro ARNALDO 
ESTEVES LIMA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 
05/06/2012, DJe 13/06/2012) 
(...) INDUSTRIALIZAÇÃO POR ENCOMENDA. BE-
NEFICIAMENTO DE MATÉRIA-PRIMA.ISS. APLI-
CAÇÃO DA SÚMULA (...) 3. Infere-se da detida 
análise dos autos que trata-se de serviços persona-
lizados feitos em conformidade com o interesse 
exclusivo do cliente, distintos dos serviços destina-
dos ao público em geral.4. Esta Corte entende que 
"a 'industrialização por encomenda' caracteriza 
prestação de serviço sujeita à incidência de ISS, e 
não de ICMS" (AgRg no REsp 1.280.329/MG, Rel. 
Min. Herman Benjamin, Segunda Turma, julgado em 
27.3.2012, DJe 13.4.2012). Incidência da Súmula 
83/STJ.Agravo regimental improvido.(AgRg no 
AREsp 207.589/RS, Rel. Ministro HUMBERTO 
MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 
06/11/2012, DJe 14/11/2012) 
 
2) O ISS e o Arrendamento Mercantil 
 
EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DIREI-
TO TRIBUTÁRIO. ISS. ARRENDAMENTO MER-
CANTIL. OPERAÇÃO DE LEASING FINANCEIRO. 
ARTIGO 156, III, DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. 
O arrendamento mercantil compreende três modali-
dades, [i] o leasing operacional, [ii] o leasing finan-
ceiro e [iii] o chamado lease-back. 
No primeiro caso há locação, nos outros dois, servi-
ço. A lei complementar não define o que é serviço, 
apenas o declara, para os fins do inciso III do artigo 
156 da Constituição. Não o inventa, simplesmente 
descobre o que é serviço para os efeitos do inciso III 
do artigo 156 da Constituição. No arrendamento 
mercantil (leasing financeiro), contrato autônomo 
que não é misto, o núcleo é o financiamento, não 
uma prestação de dar. 
E financiamento é serviço, sobre o qual o ISS pode 
incidir, resultando irrelevante a existência de uma 
compra nas hipóteses do leasing financeiro e do 
lease-back. Recurso extraordinário a que se dá 
provimento. 
 
(RE 547245, Relator(a): Min. EROS GRAU, Tribu-
nal Pleno, julgado em 02/12/2009,DJe-040 DIVULG 
04-03-2010 PUBLIC 05-03-2010 EMENT VOL-
02392-04 PP-00857 RT v. 99, n. 897, 2010, p. 143-
159 LEXSTF v. 32, n. 376, 2010, p. 175-200) 
 
Súmula 138 STJ - O ISS incide na operação de 
arrendamento mercantil de coisas móveis. 
 
3) ISS e Cessão de uso de Marca 
 
(...) 4. ISS. Incidência sobre contratos de cessão de 
direito de uso da marca. Possibilidade. Lei Comple-
mentar 116/2003. Item 3.02 do Anexo. 5. Agravo 
regimental ao qual se nega provimento. 
 
(Rcl 8623 AgR, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, 
Segunda Turma, julgado em 22/02/2011, DJe-045 
DIVULG 09-03-2011 PUBLIC 10-03-2011 EMENT 
VOL-02478-01 PP-00001 RDDT n. 190, 2011, p. 
175-177 RSJADV maio, 2011, p. 49-51) 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4) ISS E MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 
 
TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO RE-
CURSO ESPECIAL. SERVIÇOS DE CONSTRU-
ÇÃO CIVIL. MATERIAIS DEDUZIDOS DA BASE DE 
CÁLCULO DO ISS. MATÉRIA RECONHECIDA EM 
REPERCUSSÃO GERAL PELO STF. PRECEDEN-
TES. ACÓRDÃO RECORRIDO EM SINTONIA COM 
A JURISPRUDÊNCIA DO STJ. 
 
1. Após oscilações no entendimento, alinhada à 
orientação firmada pelo STF no recurso extraordiná-
rio n. 603.497/MG, a jurisprudência do STJ reco-
nhece a legalidade da dedução do custo dos mate-
riais empregados na construção civil da base de 
cálculo do imposto sobre serviços (ISS). Precedente 
mais recente: AgRg no AREsp 409.812/ES, Rel. 
Ministro Ari Pargendler, Primeira Turma, DJe 
11/04/2014. 
2. Agravo regimental não provido. 
(AgRg no REsp 1217401/SP, Rel. Ministro BENE-
DITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado 
em 08/05/2014, DJe 26/05/2014) 
 
5) ISS E ATIVIDADE MEIO 
 
TRIBUTÁRIO. ISS. SERVIÇO DE TELECOMUNI-
CAÇÃO. ATIVIDADE-MEIO. NÃO INCIDÊNCIA. 
PRECEDENTES. SÚMULA 83/STJ. 
1. O Superior Tribunal de Justiça firmou entendi-
mento no sentido de que, independente da cobran-
ça pela prestação de serviço, "não incide ISS sobre 
serviços prestados que caracterizam atividade-meio 
para atingir atividades-fim, no caso a exploração de 
telecomunicações" (REsp 883254/MG, Rel. Min. 
José Delgado, Primeira Turma, julgado em 
18.12.2007, DJ 28.2.2008 p. 74). Precedentes. 
Incidência da Súmula 83/STJ. 
2. É pacífica a jurisprudência desta Corte no sentido 
de que o teor da Súmula 83/STJ aplica-se, também, 
aos recursos especiais interpostos com fundamento 
na alínea "a" do permissivo constitucional. 
Agravo regimental improvido. 
(AgRg no AREsp 445.726/RS, Rel. Ministro HUM-
BERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 
18/02/2014, DJe 24/02/2014) 
 
Critério Temporal: Momento da Prestação de 
Serviço 
 
Critério Espacial: Art. 3
o
 O serviço considera-se 
prestado e o imposto devido no local do estabeleci-
mento prestador ou, na falta do estabelecimento, no 
local do domicílio do prestador, exceto nas hipóte-
ses previstas nos incisos I a XXII, quando o imposto 
será devido no local: 
I – do estabelecimento do tomador ou intermediário 
do serviço ou, na falta de estabelecimento, onde ele 
estiver domiciliado, na hipótese do § 1
o
 do art. 1
o
 
desta Lei Complementar; 
II – da instalação dos andaimes, palcos, coberturas 
e outras estruturas, no caso dos serviços descritos 
no subitem 3.05 da lista anexa; 
III – da execução da obra, no caso dos serviços 
descritos no subitem 7.02 e 7.19 da lista anexa; 
IV – da demolição, no caso dos serviços descritos 
no subitem 7.04 da lista anexa; 
V – das edificações em geral, estradas, pontes, 
portos e congêneres, no caso dos serviços descritos 
no subitem 7.05 da lista anexa; 
VI – da execução da varrição, coleta, remoção, inci-
neração, tratamento, reciclagem, separação e desti-
nação final de lixo, rejeitos e outros resíduos quais-
quer, no caso dos serviços descritos no subitem 
7.09 da lista anexa; 
VII – da execução da limpeza, manutenção e con-
servação de vias e logradouros públicos, imóveis, 
chaminés, piscinas, parques, jardins e congêneres, 
no caso dos serviços descritos no subitem 7.10 da 
lista anexa; 
VIII – da execução da decoração e jardinagem, do 
corte e poda de árvores, no caso dos serviços des-
critos no subitem 7.11 da lista anexa; 
IX – do controle e tratamento do efluente de qual-
quer natureza e de agentes físicos, químicos e bio-
lógicos, no caso dos serviços descritos no subitem 
7.12 da lista anexa; 
X – (VETADO) 
XI – (VETADO) 
XII – do florestamento, reflorestamento, semeadura, 
adubação e congêneres, no caso dos serviços des-
critos no subitem 7.16 da lista anexa; 
XIII – da execução dos serviços de escoramento, 
contenção de encostas e congêneres, no caso dos 
serviços descritos no subitem 7.17 da lista anexa; 
XIV – da limpeza e dragagem, no caso dos serviços 
descritos no subitem 7.18 da lista anexa; 
XV – onde o bem estiver guardado ou estacionado, 
no caso dos serviços descritos no subitem 11.01 da 
lista anexa; 
XVI – dos bens ou do domicílio das pessoas vigia-
dos, segurados ou monitorados, no caso dos servi-
ços descritos no subitem 11.02 da lista anexa; 
XVII – do armazenamento, depósito, carga, descar-
ga, arrumação e guarda do bem, no caso dos servi-
ços descritos no subitem 11.04 da lista anexa; 
XVIII – da execução dos serviços de diversão, lazer, 
entretenimento e congêneres, no caso dos serviços 
descritos nos subitens do item 12, exceto o 12.13, 
da lista anexa; 
XIX – do Município onde está sendo executado o 
transporte, no caso dos serviços descritos pelo subi-
tem 16.01 da lista anexa; 
XX – do estabelecimento do tomador da mão-de-
obra ou, na falta de estabelecimento, onde ele esti-
 
 
 
 
 
 
 
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9 
ver domiciliado, no caso dos serviços descritos pelo 
subitem 17.05 da lista anexa; 
XXI – da feira, exposição, congresso ou congênere 
a que se referir o planejamento, organização e ad-
ministração, no caso dos serviços descritos pelo 
subitem 17.10 da lista anexa; 
XXII – do porto, aeroporto, ferroporto, terminal rodo-
viário, ferroviário ou metroviário, no caso dos servi-
ços descritos pelo item 20 da lista anexa. 
 
Art. 4
o
 Considera-se estabelecimento prestador o 
local onde o contribuinte desenvolva a atividade de 
prestar serviços, de modo permanente ou temporá-
rio, e que configure unidade econômica ou profissi-
onal, sendo irrelevantes para caracterizá-lo as de-
nominações de sede, filial, agência, posto de aten-
dimento, sucursal, escritório de representação ou 
contato ou quaisquer outras que venham a ser utili-
zadas. 
TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS (ISS) 
INCIDENTE NA OPERAÇÃO DE ARRENDAMEN-
TO MERCANTIL (LEASING FINANCEIRO). COM-
PETÊNCIA DO MUNICÍPIO ONDE SITUADO O 
ESTABELECIMENTO PRESTADOR. CONTRO-
VÉRSIA DECIDIDA PELA PRIMEIRA SEÇÃO NO 
RESP 1.060.210/SC, SUBMETIDO AO REGIME DO 
ART. 543-C DO CPC. 
1. A Primeira Seção, no julgamento do REsp 
1.060.210/SC, submetido à sistemática do art. 543-
C do CPC e da Resolução STJ n. 08/2008, firmou a 
orientação de que "(b) o sujeito ativo da relação 
tributária, na vigência do DL 406/68, é o Município 
da sede do estabelecimento prestador (art. 12); (c) a 
partir da LC 116/03, é aquele onde o serviço é efeti-
vamente prestado, onde a relação é perfectibilizada, 
assim entendido o local onde se comprove haver 
unidade econômica ou profissional da instituição 
financeira com poderes decisórios suficientes à 
concessão e aprovação do financiamento - núcleo 
da operação de leasing financeiro e fato gerador do 
tributo". 
2. De acordo essa nova orientação, na prática, em 
se tratando de ISS especificamente sobre as opera-
ções de arrendamento mercantil, irrelevante tenham 
sido referidas operações realizadas na vigência do 
DL n. 406/68 ou da LC n. 106/2003, pois em qual-
quer hipótese "o Município do local onde sediado oestabelecimento prestador é o competente para a 
cobrança do ISS sobre operações de arrendamento 
mercantil", pois é nele (estabelecimento) em que o 
núcleo da operação de arrendamento mercantil, o 
serviço em si, que completa a relação jurídica, ocor-
re, qual seja a "decisão sobre a concessão, a efetiva 
aprovação do financiamento". 
3. No caso dos autos, restou incontroverso que as 
agravadas não possuem estabelecimento prestador 
no Município de Florianópolis/SC, situação que au-
toriza o reconhecimento da inexistência de capaci-
dade tributária ativa deste ente municipal para co-
brar o ISS sobre os fatos geradores ora em questão. 
4. Agravo regimental a que se nega provimento, 
com aplicação de multa. 
(AgRg no REsp 1334305/SC, Rel. Ministro OG 
FERNANDES, SEGUNDA TURMA, julgado em 
27/03/2014, DJe 22/04/2014) 
Critério Pessoal: 
 
Sujeito Passivo: Art. 5
o
 Contribuinte é o prestador do 
serviço. 
Critério Quantitativo: Base de Cálculo: 
 
Art. 7
o
 A base de cálculo do imposto é o preço do 
serviço. 
Art 9º A base de cálculo do impôsto é o preço do 
serviço. 
§ 1º Quando se tratar de prestação de serviços sob 
a forma de trabalho pessoal do próprio contribuinte, 
o impôsto será calculado, por meio de alíquotas 
fixas ou variáveis, em função da natureza do serviço 
ou de outros fatores pertinentes, nestes não com-
preendida a importância paga a título de remunera-
ção do próprio trabalho. 
 Alíquotas: 
Máxima: Art. 8
o
 As alíquotas máximas do Imposto 
Sobre Serviços de Qualquer Natureza são as se-
guintes: 
I – (VETADO) 
II – demais serviços, 5% (cinco por cento). 
 
Exercícios 
 
1) Quanto ao imposto sobre a propriedade pre-
dial e territorial urbana, é CORRETO afirmar que: 
 
A) Tem natureza exclusivamente fiscal. 
B) Tem como base de cálculo o valor de aquisição 
do imóvel. 
C) A progressividade de alíquotas em razão do tem-
po é ilimitada. 
D) A fixação de sua base de cálculo não se submete 
ao princípio da noventena. 
 
2) O IPTU 
 
A) não pode ter alíquotas progressivas porque se 
trata de imposto real, não se submetendo ao princí-
pio da capacidade contributiva. 
B) é um imposto exclusivamente proporcional, de 
acordo com o valor venal do imóvel. 
C) admite progressividade extrafiscal, denominada 
no tempo, que varia de acordo com o valor venal do 
imóvel. 
D) tem que ter alíquotas progressivas em razão da 
localização e da destinação do imóvel, submetendo-
se ao princípio da capacidade contributiva. 
E) poderá ter alíquotas progressivas em razão do 
 
 
 
 
 
 
 
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10 
valor venal do imóvel ou no tempo, e seletivas de 
acordo com a localização e o uso do imóvel, con-
forme o caso. 
 
3) Assinale a opção correta com relação ao 
IPTU. 
 
A) Na determinação da base de cálculo do IPTU, 
computa-se o valor dos bens móveis mantidos em 
caráter permanente no imóvel para efeito de sua 
utilização, exploração, aformoseamento ou 
comodidade. 
B) Conforme previsão do CTN, apenas o 
proprietário do imóvel é considerado contribuinte 
do IPTU. 
C) Para os efeitos do IPTU, considera-se zona 
urbana aquela definida como tal em lei municipal e 
que conte com sistema de abastecimento de água, 
requisito mínimo expressamente previsto no CTN. 
D) Conforme entendimento do STF, a utilização de 
índices superiores aos índices oficiais de correção 
monetária para a majoração do valor venal de 
imóveis para efeito de cobrança do IPTU será 
inconstitucional se não tiver sido prevista em lei em 
sentido formal. 
E) Considera-se fato gerador do IPTU, imposto de 
competência dos estados, a propriedade, o 
domínio útil ou a posse de bem imóvel por 
natureza ou por acessão física, como definido na 
lei civil, localizado na zona urbana de município. 
 
4) Para fins de instituição e cobrança do 
imposto sobre a propriedade predial e territorial 
urbana (IPTU), exige o Código Tributário 
Nacional a implementação, por parte do Poder 
Público municipal, de pelo menos dois 
melhoramentos que elenca. Assinale a 
alternativa que corretamente traduz esses 
melhoramentos. 
 
A) Meio-fio ou calçamento, com ou sem 
canalização de águas pluviais e abastecimento de 
água. 
B) Abastecimento de água e posto de saúde a uma 
distância mínima de cinco quilômetros do imóvel 
considerado. 
C) Sistema de esgotos sanitários e rede de 
iluminação pública, com ou sem posteamento para 
distribuição domiciliar. 
D) Sistema de esgotos sanitários e escola primária 
a uma distância mínima de três quilômetros do 
imóvel considerado. 
E) Abastecimento de água e escola primária a uma 
distância mínima de três quilômetros do imóvel 
considerado. 
 
5) Assinale a opção correta em relação à 
progressividade e à regressividade dos 
tributos. 
 
A) O imposto incidente sobre renda e proventos de 
qualquer natureza será informado pelo critério da 
regressividade. 
B) O IPTU é um tributo real e, por essa 
característica, não poderá ser progressivo. 
C) O ITR é um tributo real e só poderá ser 
progressivo no tempo. 
D) A progressividade é uma característica 
exclusiva dos tributos pessoais. 
E) O IPTU poderá ser progressivo em razão do 
valor do imóvel. 
 
6) Com relação à transmissão de bens ou direi-
tos decorrentes de fusão de pessoa jurídica cuja 
atividade preponderante da adquirente seja a de 
arrendamento mercantil 
 
A) não incide ITBI (imposto sobre a transmissão de 
bens imóveis), cuja competência é estadual. 
B) incide ITCMD (imposto sobre a transmissão cau-
sa mortis ou por doação), cuja competência é esta-
dual. 
C) incide IR (imposto sobre a renda e proventos de 
qualquer natureza), cuja competência é federal. 
D) incide ITBI (imposto sobre a transmissão de bens 
imóveis), cuja competência é municipal. 
E) incide IPTU (imposto sobre a propriedade predial 
e territorial urbana), cuja competência é municipal. 
 
7) A partilha de um único imóvel de um casal, 
pelo regime da comunhão universal de bens, 
quanto ao ITBI – Imposto de Transmissão de 
Bens Imóveis: 
 
A) sofre incidência do ITBI sobre o valor de 100% 
da avaliação do imóvel partilhado. 
B) sofre incidência do ITBI sobre 50% da avaliação 
do imóvel. 
C) não sofre incidência, pois cada cônjuge já era 
proprietário de sua metade, não havendo nenhuma 
transferência de patrimônio. 
D) sofre incidência do ITBI sobre 25% do valor da 
avaliação do imóvel. 
E) Nenhuma das respostas anteriores. 
 
8). Acerca de incidência do Imposto sobre Ser-
viços de Qualquer Natureza – ISSQN –,sobre 
serviços de registros públicos, cartorários e 
notariais, em julgamento de ação direta de in-
constitucionalidade – ADI–, o Supremo Tribunal 
Federal decidiu 
 
A) pela constitucionalidade dos dispositivos de lei 
federal que permitem a incidência do Imposto. 
B) que os dispositivos de lei federal que permitem a 
incidência do Imposto são inconstitucionais, e fun-
 
 
 
 
 
 
 
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COMEÇANDO DO ZERO 
Direito Tributário - Aula 11 
Josiane Minardi 
11 
damentou a decisão em entendimento consolidado 
na Corte de que emolumentos extrajudiciais têm 
natureza jurídica de taxa e há vedação constitucio-
nal de que haja incidência de imposto sobre taxa 
(espécie tributária). 
C) que os dispositivos de lei federal que permitem a 
incidência do Imposto são inconstitucionais, e fun-
damentou a decisão no princípio da imunidade tribu-
tária recíproca, consagrado no art. 150 da Constitui-
ção Federal: “Sem prejuízo de outras garantias as-
seguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: VI – 
instituir impostos sobre: a) patrimônio, renda ou 
serviços, uns dos outros...” 
D) que os dispositivos de lei federal que permitem a 
incidência do Imposto são inconstitucionais por vio-
lação ànorma da Constituição Federal, porquanto a 
matriz constitucional do Imposto sobre Serviços de 
Qualquer Natureza permitiria a incidência do tributo 
tão somente sobre a prestação de serviços de índo-
le privada. 
 
9) Na cobrança do ISSQN sobre serviços bancá-
rios, é correto afirmar, com base nos atuais jul-
gamentos do STJ, que: 
 
A) a lista de serviços previstos na legislação é 
exemplificativa, logo, admite outras inclusões. 
B) a lista de serviços previstos na legislação é taxa-
tiva e não admite outras inclusões. 
C) a lista de serviços previstos na legislação para a 
atividade bancária tem tratamento específico porque 
os serviços bancários têm natureza genérica, sujei-
tos, portanto, como regra, ao pagamento daquele 
tributo. 
D) a lista de serviços previstos na legislação é taxa-
tiva, porém, admite leitura extensiva para serviços 
idênticos embora com denominações distintas. 
 
10) O cálculo do ISS é efetuado mediante 
aplicação de alíquota determinado pelo 
município. A incidência máxima dessa alíquota é 
de: 
 
A) 6%; 
B) 3%; 
C) 5%; 
D) 4%; 
E) 7%. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GABARITO 
 
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2-E 
3-D 
4-C 
5-E 
6-D 
7-C 
8-A 
9-D 
10-C

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