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Aula 6 e 7 Gestão de Estoque

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ORGANIZAÇÃO DAS INDÚSTRIAS (2018.2)
PROFESSORA: TÁLITA FLORIANO DOS SANTOS
•represa
•estoque em 
processo
•estoque de m.p.
•consumo contínuo
•processo seguinte não 
interrompido
•processo estável
•chuvas sazonais
•máquina que 
quebra
•fornecedor incerto
Fase 1 Fase 2Estoque
Estoques: acúmulo de recursos materiais em um sistema 
de transformação
Taxa de chuvas
(fase1)
Taxa de consumo
(fase 2)
Estoque
(represa)
Por que surgem os estoques?Por que surgem os estoques?
Impossível/inviável
coordenar suprimento e
demanda
Incerteza de previsões
Necessidades de
preencher canal de
distribuição (“pipeline”)
Especulação
capacidade
informação obtenção
tecnologia suprimento
demanda
escassez
oportuni-
dade
Garantir a independência entre etapas produtivas.
 Permitir uma produção constante.
 Possibilitar o uso de lotes econômicos.
Reduzir os lead times produtivos.
Como fator de segurança.
 Para obter vantagens de preço.
Fornecedor Indústria Centro de Varejista
distribuição
Materais em
processo
Bens 
acabados
Estoque de segurança
Estoque de ciclo
Estoque de antecipação
Estoque em trânsito
TEMPO
DEMANDA 
NORMAL
ELEVAÇÃO 
DA 
DEMANDA
REPOSIÇÃO 
DO 
ESTOQUE
Q
Q
U
A
N
TI
D
A
D
E 
EM
 E
ST
O
Q
U
E
UTILIZAÇÃO 
DO 
ESTOQUE
FALTA DE 
ESTOQUE
TEMPO
Q
ATRASO
REPOSIÇÃO 
DO 
ESTOQUE
Q
U
A
N
TI
DA
D
E 
EM
 E
ST
O
Q
U
E
Atraso na entrega
Tempo
Q
ua
nt
id
ad
e
d
t
Qs
d´
t´
São projetados para absorver as variações na demanda durante o tempo de ressuprimento, ou 
variações no próprio tempo de ressuprimento, dado que é apenas durante este período que os 
estoques podem acabar e causar problemas ao fluxo produtivo.
no canal de distribuiçãoProdutos com oferta 
sazonal
 Custos para manter estoques.
 Custos para obter estoques (custo de pedido).
 Custo total (custo de manter + custo de obter).
 Processamento de compras.
 Inspeção.
 Mão-de-obra.
 Equipamentos de movimentação.
 Transporte.
 Comunicação.
 Qualificação de fornecedores.
 Etc.
 
 
 
 
 
 
custos de 
manutenção 
de estoques 
custos de 
serviços 
seguros 
 
impostos 
armazém da fábrica 
 
armazéns terceirizados 
 armazéns próprios 
armazéns de aluguel 
obsolescência 
danos 
perdas e roubos 
custos de realocação 
custos do 
espaço de 
armazenagem 
custos de 
risco 
 custo do 
 capital 
 investimento 
 em estoques 
 Custo Direto (CD)
 É aquele incorrido diretamente com a compra ou fabricação do item. É 
proporcional à demanda para o período e aos custos unitários do item (de 
fabricação ou de compra)
CD = D x C
CD = Custo direto do período
D = Demanda do item para o período
C = Custo unitário de compra ou fabricação do item
Custo de Preparação ou Aquisição (CP)
 São todos aqueles custos referentes ao processo de reposição do item pela 
compra ou fabricação do lote de itens
 mão-de-obra para emissão e processamento das ordens de compra ou de fabricação, 
materiais e equipamentos utilizados para a confecção das ordens, custos indiretos dos 
departamentos de Compras ou do PCP para a confecção das ordens, como luz, telefone, 
aluguéis, etc., e, quando for o caso de fabricação dos itens, os custos de preparação dos 
equipamentos produtivos
CP = N x A = D/Q x A
CP = Custo de aquisição do período
N = Número de pedidos de compra ou fabricação durante o período
Q = Tamanho do lote de reposição
A = Custo unitário de aquisição
Custo de Manutenção de Estoques (CM)
Decorrentes do fato do sistema produtivo necessitar manter itens em 
estoques para o seu funcionamento
 mão-de-obra para armazenagem e movimentação dos itens, aluguel, luz, seguro, 
telefone, sistemas computacionais e equipamentos do almoxarifado, custos de 
deterioração e obsolescência dos estoques, e, principalmente, o custo do capital 
investido relacionado com a taxa de mínima atratividade (TMA) da empresa
CM = Qm x C x I
CM = Custo de manutenção de estoques do período
Qm = Estoque médio durante o período
C = Custo unitário de compra ou fabricação do item
I = Taxa de encargos financeiros sobre os estoques
Tempo
Estoque
cíclico médio
Q
Q—2
1 ciclo
Recebimento 
do pedido Redução do nível
de estoque (demanda)
Es
to
qu
e 
di
sp
on
ív
el
 (u
ni
da
de
s)
2
1
2
Q
t
QtQm 

Qm = área do triângulo / tempo
Tempo
Q
ua
nt
id
ad
e
Q
d
t
Gráfico “dente de serra”
 Um comerciante trabalha com máquinas fotográficas compradas em
Manaus a um custo de $ 50 cada e vendidas aqui. Em cada viagem a
Manaus se gasta $ 1.300, independente da quantidade trazida. A demanda
anual pelas máquinas é de 600 unidades, e sobre o capital empatado se
paga uma taxa de 78% ao ano. Quantas viagens ele deve fazer por ano, ou
qual o tamanho do lote a ser comprado em cada viagem?
 C = $ 50
 D = 600 unidades
 A = $ 1.300
 I = 0,78
 Qm = Q/2
Viagens Lotes CD CP CM CT
1 600 30.000
2 300 30.000
3 200 30.000
4 150 30.000
5 120 30.000
6 100 30.000
7 86 30.000
8 75 30.000
9 67 30.000
10 60 30.000
C = $ 50 
D = 600
A = $ 1.300
I = 0,78
Qm = Q/2
CD = D x C
Viagens Lotes CD CP CM CT
1 600 1.300
2 300 2.600
3 200 3.900
4 150 5.200
5 120 6.500
6 100 7.800
7 86 9.100
8 75 10.400
9 67 11.700
10 60 13.000
C = $ 50 
D = 600
A = $ 1.300
I = 0,78
Qm = Q/2
CP = N x A
Viagens Lotes CD CP CM CT
1 600 11.700
2 300 5.850
3 200 3.900
4 150 2.925
5 120 2.340
6 100 1.950
7 86 1.671
8 75 1.463
9 67 1.300
10 60 1.170
C = $ 50 
D = 600
A = $ 1.300
I = 0,78
Qm = Q/2
CM = Qm x C x I
Viagens Lotes CD CP CM CT
1 600 30.000 1.300 11.700 43.000
2 300 30.000 2.600 5.850 38.450
3 200 30.000 3.900 3.900 37.800
4 150 30.000 5.200 2.925 38.125
5 120 30.000 6.500 2.340 38.840
6 100 30.000 7.800 1.950 39.750
7 86 30.000 9.100 1.671 40.771
8 75 30.000 10.400 1.463 41.863
9 67 30.000 11.700 1.300 43.000
10 60 30.000 13.000 1.170 44.170
Lote 
Econômico
0
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
30.000
35.000
40.000
45.000
50.000
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Número de Viagens
R
$
CD CP CM CT
Como determinar o tamanho de lote? Variáveis:
Custo de armazenagem Ca
Custo de fazer pedidos Cp
Número de pedidos feitos N
Demanda D
Pedir lotes altos pode ter alto
custo de armazenagem...
Mas pedir lotes muito baixos 
pode ter alto custo de 
pedidos
t
Es
to
qu
e 
m
éd
io
lo
te
Poucos pedidos tMuitos pedidos
Lote
Lote
C
us
to
CP
CT
Lote econômico LE
CM: custos de 
manutenção
CP: custos de pedido
CT: custo total
2
QQm 
ICQA
Q
DCDICQA
Q
DCDCT m  2
Tempo
Q
ua
nt
id
ad
e
Q
d
t
Tempo
Q
ua
nt
id
ad
e
Q
d
t



IC
ADQ 2*



A
ICDN
2
*
C = $ 50 por unid.
D = 600 unid./ano
A = $ 1.300 por ordem
I = 0,78 a.a
Tempo
Q
ua
nt
id
ad
e
Q
d
t
reposição por unid. 200
78,050
130060022* 




IC
ADQ
ano por rep. 3
13002
78,050600
2
* 




A
ICDN
ano por $ 800.3778,050
2
200300.1
200
60050600
2
 ICQA
Q
DCDCT
C = $ 50 por unid.
D = 600 unid./ano
A = $ 1.300 por ordem
I = 0,78 a.a
Uma empresa utiliza o LEC para repor o estoque de uma 
das suas peças cuja demanda anual é de 90.000 unidades. 
Se o custo de colocação de um pedido é de R$ 4.000,00, e o 
custo de manutenção de estoques é de R$20,00 por peçapor ano, qual o LEC utilizado?
 Ao se determinar um valor para o lote econômico, este servirá apenas 
como um indicativo do valor em torno do qual se dará a reposição 
(Faixa Econômica).
 Uma série de problemas práticos irá impedir que o PCP possa 
programar exatamente o valor encontrado:
 A dificuldade em se levantar precisamente os valores das variáveis que entrarão 
na fórmula de cálculo do lote econômico (A, I, D, C).
 A logística de movimentação e armazenagem do item (embalagem, meio de 
transporte, ou forma de armazenagem) impede o uso do valor exato.
34.000
36.000
38.000
40.000
42.000
44.000
46.000
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Número de Viagens
R
$
Faixa Econômica
Viagens Lote CD CP CM CT DCT %DCT DLote %DLote
1 600 30.000 1.300 11.700 43.000 5.200 13,76 400 200,00
2 300 30.000 2.600 5.850 38.450 650 1,72 100 50,00
3 200 30.000 3.900 3.900 37.800 0 0,00 0 0,00
4 150 30.000 5.200 2.925 38.125 325 0,86 -50 -25,00
10 60 30.000 13.000 1.170 44.170 6.370 16,85 -140 -70,00
1. A taxa de demanda para o item é constante.
2. Não existem limitações sobre o tamanho de lote.
3. Os únicos custos relevantes são o custo de manter o 
estoque, o custo de emissão do pedido ou preparação do 
equipamento.
4. As decisões referentes a um item são independentes das 
decisões sobre outros itens.
5. Não existe incerteza quanto ao tempo de espera ou 
quanto ao suprimento.
Suposições
Tempo
Pedido
recebido
Pedido
recebido
Pedido
colocado
Pedido
colocado
t t t
PP
Pedido
recebido
Pedido
colocado
Pedido
recebido
Es
to
qu
e 
di
sp
on
ív
el
Tempo
Q
ua
nt
id
ad
e d
t
Qmin
Q
PP
Qmax
QstdPP  QsQ minQsQQ max
D – demanda anual
PP – Ponto de Pedido
d- taxa de demanda/consumo
Qs – Estoque de segurança
t- tempo de ressuprimento
anot
Dd
Montar um sistema de controle de estoques por ponto de
pedido e explicar seu funcionamento, admitindo-se reposições
em lotes econômicos, para um item com uma demanda anual de
2000 unidades, um custo de preparação do pedido de $ 20,00,
uma taxa de encargos financeiros sobre os estoques de 30% ao
ano e um custo unitário de $ 15,00. Vamos admitir ainda que
este item tenha um estoque de segurança de 30 unidades, e um
tempo de ressuprimento de 5 dias para um ano com 250 dias
úteis.
Tempo
Q
ua
nt
id
ad
e d
t
Qmin
Q
tr
Qmax
QsQ minQsQQ max
D
tQ
N
ttr anoano 
*
*
*
1. A quantidade do lote de reposição deve ser suficiente para garantir a 
demanda até a próxima revisão mais um tempo de ressuprimento
2. Como no momento da revisão existirá uma quantidade de saldo final em 
estoque (Qf), a mesma deverá ser retirada do lote de reposição, pois já se tem 
essa quantidade de itens para atender a demanda.
3. Caso o tempo entre revisões seja menor do que o tempo de ressuprimento, 
ocorrerão entregas de lotes anteriores, ou quantidades pendentes (Qp), 
durante o período analisado, aumentando o saldo em estoque neste período. 
Consequentemente, se deve subtrair da demanda total necessária estas 
quantidades pendentes.
4. Em sistemas de informações o saldo final em estoque não pode ter 
registros negativos, caso os usuários solicitem itens e não haja 
disponibilidade em estoque (nesse caso Qf = 0), ocorrerá uma 
demanda reprimida (Qr), ou quantidade solicitada ao estoque e 
não atendida, que deverá ser adicionada ao tamanho do lote.
5. Finalmente, não se pode esquecer do estoque de segurança (Qs)
que, via de regra, no sistema de informações está embutido dentro 
do Qf inicialmente retirado, e, portanto, deve ser acrescentado 
novamente.
QsQrQpQftrtdQ  )(
Pedidos 
pendentes
Estoque de 
segurança
Saldo em 
estoque
Demanda 
reprimida
Taxa de 
demanda
Tempo 
entre 
revisões
Lead time de 
ressuprimento
Montar um modelo de controle de estoques por revisões periódicas, 
com periodicidade econômica, para o item do exercício anterior, 
explicando seu funcionamento. Admitindo-se que em uma das 
revisões não haja saldo em estoque e sim uma demanda reprimida 
de 20 unidades, e que neste período deverá chegar um lote de 
reposição atrasado de 100 unidades, calcule a quantidade do lote de 
reposição a ser colocado.
Montar um sistema de controle de estoques por ponto de pedido e explicar seu
funcionamento, admitindo-se reposições em lotes econômicos, para um item com uma
demanda anual de 2000 unidades, um custo de preparação do pedido de $ 20,00, uma taxa de
encargos financeiros sobre os estoques de 30% ao ano e um custo unitário de $ 15,00. Vamos
admitir ainda que este item tenha um estoque de segurança de 30 unidades, e um tempo de
ressuprimento de 5 dias para um ano com 250 dias úteis.
Satisfazer uma demanda mais alta que o esperado 
Evitar problemas relacionados à atrasos no lead-time do suprimento 
Retirado de: https://edisciplinas.usp.br/acessar/
Prof. Regina Meyer Branski
Retirado de: https://edisciplinas.usp.br/acessar/
Prof. Regina Meyer Branski
 d é a demanda média
 σௗ o desvio padrão da demanda
 t tempo médio de ressuprimento ou 
atendimento
 σ௧ o desvio padrão do tempoSe o desvio padrão do tempo de ressuprimento 
for muito pequeno ou nulo, temos:
Retirado de: https://www.ime.usp.br/~salles/fatec/estatistica/estoque-seguranca.pdf
O Sr. João é o gerente de suprimentos da cadeia de lojas de brinquedo 
Brim&Cadeira. Ele está atualmente estudando as políticas de compra e 
estocagem do cubo mágico, um dos brinquedos mais vendidos no 
momento. Uma análise histórica dos últimos meses mostrou que o 
tempo de atendimento é praticamente constante e aproximadamente 
normal em 10 dias e a demanda tem média de 1240 unidades por dia, 
com desvio padrão de 375 unidades por dia. 
Para um nível de serviço de 90%, determine o estoque de segurança. 
Qual seria o estoque de segurança para um nível de serviço de 95%? 
Retirado de: https://edisciplinas.usp.br/acessar/
Prof. Regina Meyer Branski
 É a aplicação do modelo de Pareto para estratificar os materiais em 
função dos valores envolvidos em classes A, B e C.
 É uma das maneiras de estabelecer a criticidade em função do valor 
envolvido.
 Itens com movimentação de valor particularmente alta demandam 
controle cuidadoso. 
 Aqueles com baixas movimentações de valor não precisam ser 
controlados tão rigorosamente.
Obs.: Item de estoque também é chamado de SKU – Stock Keeping Unit.
20% de fatores
80% de 
impacto
20% de 
impacto
80% de fatores
O Princípio de Pareto estabelece que os problemas 
podem ser classificados em duas categorias: 
os “poucos vitais” e os “muitos triviais”
• São aqueles 20% dos itens de alto valor 
que representam cerca de 80% do valor 
total do estoque (valores 
exemplificados).
Itens 
classificados 
como A
• São aqueles de valor médio, usualmente 
os seguintes 30% dos itens que 
representam cerca de 10% do valor 
total.
Itens 
classificados 
como B
• São itens de baixo valor, apesar de 
compreender cerca de 50% do total de 
tipos de itens estocados, normalmente 
somente representam cerca de 10% do 
valor total de itens estocados. 
Itens 
classificados 
como C
 É um método de diferenciação dos estoques segundo sua maior ou menor 
abrangência em relação a determinado fator, consistindo em separar os itens por 
classes de acordo com sua importância relativa. 
0
20
40
60
80
100
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
% itens
%
 v
al
or
A B C
Classe % de itens % do valor
 A 10 a 20 50 a 70
 B 20 a 30 20 a 30
 C 50 a 70 10 a 20
Obs.: Os percentuais não são fixos e são definidos para cada caso.1. Calcula-se a demanda valorizada de cada item, multiplicando-se o valor da 
demanda pelo custo unitário do item.
2. Colocam-se os itens em ordem decrescente de valor de demanda 
valorizada.
3. Calcula-se a demanda valorizada total dos itens.
4. Calculam-se as percentagens da demanda valorizada de cada item em 
relação a demanda valorizada total, podendo-se calcular também as 
percentagens acumuladas.
5. Em função dos critérios de decisões, estabelecem-se as classes ABC.
 Além do valor envolvido outros critérios determinam a criticidade:
 Classe A: - material imprescindível ao funcionamento da empresa; a falta 
deste item acarreta parada na fase operativa; substituição por equivalente 
não é possível; lead time de compra é longo; fornecedor exclusivo.
 Classe B: - material não é imprescindível ao funcionamento da empresa; a 
falta afeta a fase operativa; substituição por equivalente é possível; lead 
time de compra é médio; existência de mais de um fornecedor no mercado; 
falta ocasiona ônus.
 Classe C: - material não é imprescindível ao funcionamento da empresa; 
falta está ligada aos órgãos de apoio; não prejudica a fase operativa; lead 
time de compra é curto; existem vários fornecedores; falta não ocasiona 
ônus.

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