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PROCESSO PENAL (RECURSOS) ----- LILIAN BARÇALOBRE MANOEL

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Prévia do material em texto

05/08/2014
Lilian Barcelobra
Na prova: pode consultar o código.
DOUTRINA: Nute ( esta no plano de estudos)
Art. 394 C.P.P.
- ordinário
- sumário 
- sumarissimo
 A pena é quem determina como será o procedimento.
Ordinário = pena IGUAL ou SUPERIOR a 4 anos
Sumario = - 4 anos
Sumarrisimo = + 3 anos
Art. 121 C.P. – homicídio : 6 a 20 anos
Procedimento especial pois vai para o tribunal do júri.
Especiais: homicídio,infanticídio,indução ao suicídio, aborto.
109 C.P. – prescrição
18/08/2014
Procedimento ordinário.
Lei. 11.719/08 art. 394
O procedimento será comum ou especial.
Comum:
-ordinário : = ou – 4 anos
-sumário : 3 anos
- sumaríssimo: = ou – 2 anos
Lei 9.099/95 art. 61
Art. 155 C.P. ordinário
Linha do tempo:
1 2 3 4 5 6
I-------------------------I------------------------I------------------------I--------------------I---------------------------I
Oferecimento da denuncia
Recebimento da denuncia
Citação do acusado
Recebimento da denuncia ou queixa
Audiência de instrução e julgamento
Se for pessoal: mandado ( entrega em local conhecido ),precatória ( esta em outra cidade ) ou rogatória ( está em outro país ).
Edital: diário oficial 363 C.P.P.
Hora certa: 362 C.P.P.
1996: alteração do 366 do C.P.P. : edital, citação, se suspende o processo e o prazo prescricional.
Citação pessoal: réu não compareceu nem constituiu defensor, sendo assim o Estado fornece defensor, porém o citado pode se tornar réu revel caso não apareça e no tramite penal o mesmo seja condenado.
Art. 109. C.P.
Sumula 415 S.T.J.
Chama-se réu para apresentar defesa preliminar ART. 396-A
Art. 400 C.P.P.
Prazo de 60 dias.
A pessoa deve ser ouvida: vitima
Testemunhas de acusação
Testemunhas da defesa ( até 8 testemunhas )
Produção de provas
Instrução
Debates orais
Sentença
Art. 400 C.P.P.
Citação: réu 351 C.P.P.
Intimação: partes
Notificação: peritos, testemunhas.
Sumario 
I----------------------------I--------------I--------------I-------------------------I----------------------------I
Ouve-se a vitima
Testemunhas de acusação
Defesa
Provas / produção
Interrogatório 
Debates orais
Sentença
Diferença entre sumario e ordinário:
- prazo de audiência
- nº de testemunhas
- fundamento jurídico art. 531 e 532
 Sumarissimo 
Lei 9099/95
Art. 89
 Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77 do Código Penal).
        § 1º Aceita a proposta pelo acusado e seu defensor, na presença do Juiz, este, recebendo a denúncia, poderá suspender o processo, submetendo o acusado a período de prova, sob as seguintes condições:
        I - reparação do dano, salvo impossibilidade de fazê-lo;
        II - proibição de freqüentar determinados lugares;
        III - proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do Juiz;
        IV - comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades.
        § 2º O Juiz poderá especificar outras condições a que fica subordinada a suspensão, desde que adequadas ao fato e à situação pessoal do acusado.
        § 3º A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário vier a ser processado por outro crime ou não efetuar, sem motivo justificado, a reparação do dano.
        § 4º A suspensão poderá ser revogada se o acusado vier a ser processado, no curso do prazo, por contravenção, ou descumprir qualquer outra condição imposta.
        § 5º Expirado o prazo sem revogação, o Juiz declarará extinta a punibilidade.
        § 6º Não correrá a prescrição durante o prazo de suspensão do processo.
        § 7º Se o acusado não aceitar a proposta prevista neste artigo, o processo prosseguirá em seus ulteriores termos.
19/08/2014
Art. 394 
Art. 394. O procedimento será comum ou especial. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
§ 1o O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo: (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
III - sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial ofensivo, na forma da lei. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
- termo circunstanciado
- composição civil
- transação penal
- sourci processual
- rito sumarissmo
- apelação
- embargos de declaração
Apelação: só cabe após sentença.
Art.82 – cabe sentença e o não recebimento da denuncia ou queixa.
No rito sumaríssimo NÃO existe recurso em sentido estrito.
Só cabe apelação ou embargos de declaração.
Eu sei que vai para o sumarissmo pela pena, lei 90099.
art. 77 C.P.C sourci penal]
Requisitos da Suspensão da Pena
Art. 77 - A execução da pena privativa de liberdade, não superior a 2 (dois) anos, poderá ser suspensa, por 2 (dois) a 4 (quatro) anos, desde que: (Alterado pela L-007.209-1984)
I - o condenado não seja reincidente em crime doloso;
II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias autorizem a concessão do benefício;
III - Não seja indicada ou cabível a substituição prevista no Art. 44 deste Código.
obs.dji.grau.1: Art. 44, Penas Restritivas de Direito - CP
obs.dji.grau.2: Art. 3º, Parágrafo único, Código Penal - L-007.209-1984 - Alteração; Art. 89, Disposições Finais - Juizados Especiais Criminais - Juizados Especiais - L-009.099-1995; Art. 156, Suspensão Condicional - Execução das Penas em Espécie - Lei de Execução Penal - LEP - L-007.210-1984
obs.dji.grau.3: Art. 5º, Crimes Contra a Economia Popular - L-001.521-1951, Art. 72, Disposições Gerais - Liberdade de Manifestação do Pensamento e de Informação (Lei de Imprensa) - L-005.250-1967; Art. 156 a Art. 163, Suspensão Condicional - Execução das Penas em Espécie - Lei de Execução Penal - LEP - L-007.210-1984; Art. 696 a Art. 709, Suspensão Condicional da Pena - Incidentes da Execução - Execução - Código de Processo Penal - CPP - L-003.689-1941
obs.dji.grau.4: Admonição; Pena (s); Reincidência; Sursis; Suspensão Condicional da Pena
obs.dji.grau.6: Ação Penal - CP; Aplicação da Lei Penal - CP; Aplicação da Pena - CP; Cominação das Penas - CP; Concurso de Pessoas - CP; Crime - CP; Disposições Finais - CP; Efeitos da Condenação - CP;Espécies de Pena - CP; Extinção da Punibilidade - CP; Imputabilidade Penal - CP; Livramento Condicional - CP; Medidas de Segurança - CP; Parte Especial - CP; Parte Geral - CP; Penas - CP; Reabilitação - CP
§ 1º - A condenação anterior a pena de multa não impede a concessão do benefício. (Alterado pela L-007.209-1984)
obs.dji.grau.4: Pena (s); Penas Privativas de Liberdade; Penas Restritivas de Direitos; Reincidência; Suspensão Condicional da Pena
§ 2º - A execução da pena privativa de liberdade, não superior a quatro anos, poderá ser suspensa, por quatro a seis anos, desde que o condenado seja maior de setenta anos de idade, ou razões de saúde justifiquem a suspensão. (Alterado pela L-009.714-1998)
obs.dji.grau.4: Maior
A diferença entre souci penal e processual é que um suspende o processo e o outro a pena.
Sourci processual: se extingue a punibilidade.
Composição civil: acordo, cada parte cede perde um pouco.
Rito ordinário :
Art. 395 e seguintes.
Art. 400 60 dias
Art. 401 8 testemunhas.
Rito sumario:
 Art. 395 e seguintes
Art. 531 – 30 dias
Art. 532 – 5 testemunhas
Artigos importantes da lei 9099:
Artigos : 61,67,74,76,77,78,79,80,81,82,83,89.
26/08/2014
Termo circunstanciado : art. 69
Composição civil : acordo entre as partes ( depende se a ação é publica ou privada ).
Transação penal: proposta pelo M.P. ( cabe acordo )
Não aceitou vai para o oferecimento da denuncia.01/08/2014
Questões em sala
02/08/2014
Citação é som,ente para o réu.
Citação real ou pessoal mandado art. 358 C.P.P. ou pracatória : 353 ou rogatória 369/369
L.I.N.S. local incerto e não sabido, quando não se tem conhecimento algum de onde possa estar o réu.
Ficta ou presumida : edital
Por hora certa : certeza que o réu esta se ocultando. Art. 366 C.P.P.
A citação por hora certa NÃO suspende o processo penal.
Art. 366 C.P.P.
Sumula 415 S.T.J.
Súmulas do Superior Tribunal de Justiça
STJ Súmula nº 415 - 09/12/2009 - DJe 16/12/2009
Período de Suspensão do Prazo Prescriciona - Pena Cominada
    O período de suspensão do prazo prescricional é regulado pelo máximo da pena cominada.
Referências:
- Art. 109, Prescrição Antes de Transitar em Julgado a Sentença - Extinção da Punibilidade - Código Penal - CP - DL-002.848-1940
- Art. 366, Citações - Citações e Intimações - Processo em Geral - Código de Processo Penal - CPP - DL-003.689-1941
obs.dji: Cominação; Cominação das Penas; Execução Penal; Extinção da Pena; Extinção da Punibilidade; Fixação da Pena; Pena (s); Período (s); Prazos da Prescrição; Prescrição; Prescrição Antes de Transitar em Julgado a Sentença; Prescrição e Decadência; Suspensão
Lei 9.099/ 95 art. 667
LJE - Lei nº 9.099 de 26 de Setembro de 1995
Dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis e Criminais e dá outras providências.
Art. 67. A intimação far-se-á por correspondência, com aviso de recebimento pessoal ou, tratando-se de pessoa jurídica ou firma individual, mediante entrega ao encarregado da recepção, que será obrigatoriamente identificado, ou, sendo necessário, por oficial de justiça, independentemente de mandado ou carta precatória, ou ainda por qualquer meio idôneo de comunicação.
Parágrafo único. Dos atos praticados em audiência considerar-se-ão desde logo cientes as partes, os interessados e defensores.
08/09/2014
Sistema de valoração das provas 155 C.P.P.
-sistema livre convicção ou persuasão racional. ( juiz / fundamentado )
-sistema inteira convicção ou certeza moral julgada ( jurados / não fundamentada ).
CADI: cônjuge,ascendente,descendente e irmão;
Proibição de depor: em razão de cargo, oficio,profissão ou ministério devem manter sigilo.
Art. 202 e seguintes.
Testemunha referida: testemunha citada por outra que foi anulada.
09/09/2014
Provas - Teoria Geral
Prova é a atividade desenvolvida no curso da ação para convencer da existência de infração penal, sua autoria, bem como de ter havido ou não causas excludentes de criminalidade para afastar a responsabilidade do agente, ou seja, é a atividade desenvolvida no curso da ação para provar materialidade e autoria do delito, bem como excludentes do crime.
Prova - artigo 155 e seguintes do CPP
Finalidade da prova
O objetivo da prova é formar o convencimento do julgador, que obrigatoriamente deve ser fundamentado, sob pena de nulidade absoluta. Exceção ocorre sobre a fundamentação para os juízes que compõem o conselho de sentença do tribunal do júri, onde não se exige fundamentação.
O que se deseja com a prova é a demonstração da verdade processual o que realmente aconteceu (busca da verdade real).
Objeto da prova
Apenas os fatos principais ou secundários devem ser provados, pois o juiz conhece o direito, com exceção de direito municipal, estadual, estrangeiro ou costumes.
Não precisam ser provados:
Fatos impertinentes, inúteis ou alheios a causa – não tem relação alguma com o crime ex. almoço
Fatos notórios de conhecimento geral – ex. SP metro cheio as 18 horas
Fatos cobertos por previsão legal – ex. menoridade
Fatos impossíveis – ex. fé
Fatos intuitivos ou axiomáticos – ex. chuva
Sistema valoração das provas – vide artigo 155 CPP
	Sistema da livre convicção ou da persuasão racional
	Sistema da intima convicção ou da certeza moral do julgador
	
	
	Esta é a regra no processo penal - Juiz julga pela sua livre convicção (fatos – provas) fundamenta sua decisão.
	Esta é a regra nas decisões do Tribunal do Júri – Jurados julgam pela sua intima convicção (consciência) em razão fatos apresentados não fundamentam sua decisão
Ônus da prova – vide artigo 156 do CPP
A prova da alegação incumbira a quem o fizer, mas o juiz poderá de oficio antes mesmo de iniciada a ação ordenar a produção antecipada de provas consideradas urgentes e relevantes.
Art. 156, CPP: “a prova da alegação incumbirá a quem o fizer, mas juiz pode de ofício, determinar diligências para dirimir dúvidas”. 
Em geral o ônus é das partes, mas, para formar seu conhecimento o juiz pode determinar a produção de provas de ofício – aplicação do princípio da verdade real. 
A Acusação: deve comprovar fatos constitutivos da pretensão punitiva, ou seja, autoria e materialidade. Caso haja dúvida, réu é absolvido pelo princípio da presunção do estado de inocência.
A Defesa: deve comprovar Fatos Extintivos (ex. prescrição), impeditivos da pretensão punitiva (ex. excludente crime) Modificativos (alteram a pretensão punitiva)
Princípios que regem as provas
Contraditório
Comunhão das provas
Identidade física do juiz
Oralidade
Autoincrimninação
Autorresponsabilidade
Concentração
Publicidade
Meios de prova 
Servirá de prova tudo que direta ou indiretamente seja útil na apuração da verdade processual, é admissível meio de prova de qualquer natureza, o CPP enumera vários meios de provas (nominados) como a testemunhal, documental, pericial, mas esta enumeração não é taxativa podendo outros meios ser utilizados (inominados), como as filmagens, fotografias etc..
O que se busca no processo penal é a busca da verdade real, no entanto é vedada a utilização de provas obtidas por meios ilegais.
Provas ilegais – vide artigo 157 do CPP
	Provas ilícitas
	Provas ilegítimas
	
	
	Viola direito material
Ex. violação domicilio, tortura
	Viola direito processual
Ex. oitiva testemunha proibida
Prova ilegal em beneficio da defesa
Há divergência, mesmo tendo a CF previsto serem inadmissíveis, vejamos:
Não é válida para nenhuma das partes, pois a CF proíbe. Baseado no princípio da paridade de armas ou igualdade processual – corrente majoritária.
É válida para a Defesa, pelo princípio da ampla defesa, que assegura todos os instrumentos para provar a inocência do acusado.
Teoria dos Frutos da Árvore Envenenada: prova ilícita por derivação. O fruto envenenado, na cadeia de provas, envenena as outras. Não apenas a prova ilegal ou proibida é considerada inválida, como também todas as demais que decorrerem logicamente dela, ainda que por si só sejam lícitas. 
Critério da proporcionalidade
A doutrina aceita o critério da proporcionalidade, pois a vedação a utilização da prova ilícita não tem caráter absoluto, motivo pelo qual a proibição pode ser mitigada quando se mostrar em confronto com outra norma ou principio de estatura constitucional, deve-se verificar qual dos bens jurídicos deve ser sacrificado em detrimento do outro (teoria da concordância prática)
Art. 157 CPP - São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais. 
§ 1o  São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras. 
§ 2o  Considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo os trâmites típicos e de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria capaz de conduzir ao fato objeto da prova. 
§ 3o  Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada inadmissível, esta será inutilizada por decisão judicial, facultado às partes acompanhar o incidente. 
Sobre este dispositivo, é importante salientar que:
Não havia dispositivo correspondente, a vedação das provas ilícitas no processo penal, estava prevista apenas no texto constitucional art. 5°, LVI da CF.O art. 157, CPP repetiu o texto constitucional vedando a utilização das provas obtidas por meios ilícitos e prevendo que as mesmas sejam desentranhadas do processo, bem como fez alguns acréscimos.
Quem decide sobre a ilicitude de uma prova é o Poder Judiciário.
O caput do artigo 157 do CPP silenciou sobre a possibilidade da prova ilícita ser utilizada em favor do réu.
Os parágrafos 1° e 2° cuidam das provas ilícitas por derivação, que também sofrerão as consequências do desentranhamento, e àquelas que poderão ser utilizadas pela ausência do nexo causal e pela possibilidade de sua criação hipotética por fontes de prova independentes.
O parágrafo 3° do mesmo artigo afirma que preclusa a decisão de desentranhamento esta será inutilizada por decisão judicial, facultado às partes acompanhar o incidente.
Validade das Provas
Prova produzida sob aplicação do princípio do contraditório: as partes devem ter as mesmas oportunidades para produzir provas, e juiz mesmo critério para deferir ou indeferir as provas.
Prova produzida na presença das partes e do juiz: as partes devem ter mesmos direitos de presenciar a produção e manifestar-se sobre a prova. 
Prova Emprestada: é admitida desde que respeitados os requisitos de validade das provas, ou seja, produzida na presença das mesmas partes e tendo aplicado o princípio do contraditório.
Prova Colhida no IP: artigo 155, CPP. O juiz não pode se valer apenas da prova colhida no inquérito policial. Deve cotejar aquelas obtidas no processo, sob a égide do contraditório e da ampla defesa.
Exame de corpo de delito e das pericias em geral - vide artigos 158 e seguintes CPP
Segundo o artigo 158 do CPP quando uma infração deixar vestígios será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
Os crimes que deixam vestígios é obrigatório a realização da perícia – ex. homicídio, falsidade documental - artigo 158 do CPP – crime de fato permanente.
Quando vestígio desaparece por causa natural ou por ação do próprio agente, podendo nestes casos, a prova testemunhal suprir a falta do exame pericial (artigo 167 CPP)
Os crimes que não deixam, ou nem sempre deixam vestígios, não é obrigatória a realização do exame pericial – ex. injuria verbal, furto simples - crime de fato transeunte.
A confissão do acusado não supre a realização do exame pericial
Perícias
Perícias são verificações elaboradas por técnicos ou pessoas com conhecimento do objeto em exame. 
Peritos são especialistas em determinado assunto, segundo o artigo 159 do CPP a pericia será feita por um perito oficial.
Na falta do perito oficial segundo o parágrafo primeiro do referido artigo o exame será realizado por duas pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área especifica.
Tanto o MP, ao assistente acusação, ao querelante e ao acusado será dado o direito de formular quesitos, bem como, de constituir assistente técnico.
Os peritos elaborarão o laudo pericial e responderão os quesitos no prazo maximo de dez dias.
Segundo o artigo 182 do CPP o juiz não ficará adstrito ao laudo podendo aceita-lo ou rejeita-lo, no todo ou em parte.
Exame de Corpo de Delito – artigo 158 CPP
	Direto
	Indireto
	Será obrigatório nas infrações que deixar vestígios
	Poderá ser suprido pela prova testemunhal
Interrogatório - vide artigo 185 CPP
È ato pelo qual o indiciado ou acusado presta declarações à Autoridade Policial ou Judicial a respeito de infração penal a ele atribuída e sobre circunstâncias pertinentes ao fato. É a oportunidade de manifestação da autodefesa (ampla defesa divide-se em: defesa técnica e autodefesa).
Natureza Jurídica 3 correntes: Meio de prova, meio de defesa, meio de prova e defesa.
Meio de Prova: isoladamente não o é, pois o indiciado/acusado não tem obrigação de dizer a verdade.
Meio de Defesa: oportunidade de se defender. Isoladamente não o é, pois o indiciado/acusado pode indicar provas ou confessar prática do crime.
Meio de Prova e Meio de Defesa (Natureza híbrida): é meio de defesa e eventualmente pode ser meio de prova.
Momento da Realização: 
Fase Policial: não existe momento específico. No IP, compõe o indiciamento.
Fase Processual: no momento previsto pelo rito processual podendo o juiz realizar novo interrogatório a qualquer tempo, de ofício ou a pedido das partes.
Características: 
Ato Personalíssimo - apenas indiciado/acusado poderá fazê-lo.
Oralidade - em regra o depoimento será realizado de forma oral. 
Vide artigos 192 e 193 do CPP
Interrogatório de acusado surdo – perguntas por escrito e respostas orais 
Interrogatório de acusado mudo - perguntas orais e respostas por escrito; 
Interrogatório de acusado surdo e mudo - perguntas e respostas por escrito;
Estrangeiro – tradutor e interprete
Participação das Partes – art. 188 do CPP
Juiz interroga e depois abre para que as partes formulem perguntas para esclarecimento. 
Posições sobre estes esclarecimentos: 
1. Somente sobre aquilo que já foi perguntado; 
2. Sobre algo não questionado pelo juiz.
Entrevista Prévia com Advogado: 
O juiz deve garantir que o advogado tenha acesso ao interrogado antes da realização do interrogatório.
Oitiva em Separado: Havendo mais de um réu – art. 191 CPP
Estrutura: 
Qualificação: Dados que identifiquem a pessoa. Defensor deve estar presente no interrogatório. O réu será cientificado que lhe é imputado o direito de permanecer em silêncio – artigo 186 CPP
Confissão é retratável, podendo o acusado desdizer em parte ou num todo aquilo que havia confessado.
Videoconferência - vide artigo 185, parágrafo 2 CPP
O interrogatório por videoconferência ou denominado também de interrogatório on line ainda gera muitas discussões, desta feita devemos entender que somente em casos excepcionais deve ser realizado, muitos entendem que a medida representa mitigação ao direito de presença do acusado, um dos componentes da autodefesa.
Prova Testemunhal – vide artigo 202 e seguintes CPP
Testemunha: é a pessoa desinteressada que presta depoimento sobre os fatos pertinentes e relevantes do processo. Prestam compromisso de dizer a verdade - art. 203 do CPP.
Declarante: presta depoimento e não tem compromisso de dizer a verdade. São eles: ofendido, ascendente, descendente, afim em linha reta, cônjuge, irmão, pai, mãe, ou filho adotivo do acusado os doentes mentais e menores de 14 anos – art. 206 do CPP
Proibidas de Depor: pessoas que em razão de função, ministério, ofício ou profissão são obrigados por lei a guardar segredo. Porém, se o titular do segredo autorizar, elas podem depor sem compromisso de dizer a verdade – art. 207 do CPP
Espécies de Testemunhas:
Numerárias: aquelas arroladas pelas partes. Acusação arrola na denúncia/queixa e Defesa na defesa prévia. Número máximo para cada fato criminoso: 
Rito ordinário (crimes apenados com reclusão): 08
Rito sumário (crimes apenados com detenção): 05
Rito sumaríssimo (crimes de menor potencial ofensivo): divergente – 2 correntes: 05 (analogia com sumário); 03 (analogia com Cível).
Testemunhas do o Juízo: testemunhas não arroladas pelas partes, mas requeridas de ofício pelo juiz.
Testemunhas Referidas: tiveram seu nome mencionado no depoimento de outras testemunhas. 
Podem ser ouvidas de ofício ou a requerimento da parte.
Intimação e Requisição
A testemunha deve ser intimada pessoalmente. Exceção: deverão ser requisitados os militares e os funcionários públicos.
Local do Depoimento: em regra, as testemunhas serão ouvidas na sede do Poder Judiciário da Comarca, Exceção: autoridades elencadas no art. 221; doentes e enfermos que não podem ir ao fórum; residentes fora da Comarca (precatória).
Ordem de Oitiva: 1º ofendido, 2º testemunha de acusação, 3º testemunhas de defesa, sob pena de nulidade.
Sistema Presidencialista: Antes da reforma, logo após o juiz perguntar para a testemunha,abria-se oportunidade para reperguntas das partes (acusação e defesa) dirigidas ao juiz que defere ou não de acordo com a pertinência. Este sistema era chamado de presidencialista. 
Depois da reforma, as partes perguntam diretamente à testemunha, não se adotando mais tal sistema.
Em regra testemunha depõe perante o réu, exceto quando se sentir intimidada, sendo que é permitida nesta hipótese a realização de videoconferência – art. 217 do CPP
Condução Coercitiva: o juiz tem o poder de convocar pessoas à sua presença (jurisdição). Se não respeitado, vale-se da condução coercitiva para vítima e testemunha – art. 201, parágrafo primeiro e art. 218 do CPP
Reconhecimento de Pessoas e Coisas – vide artigo 226 e seguintes CPP
De Pessoas 
Descrição prévia do autor do crime
Colocação, se possível, de outras pessoas ao lado do suspeito, preferencialmente parecidas fisicamente.
Sala de reconhecimento: para vítima/ testemunha reconhecer o acusado. Pessoas que depõem na frente do acusado reconhecem em audiência.
Lavratura do Auto de reconhecimento de pessoa: feito na fase policial. Na fase processual é feito nas próprias declarações ou depoimento.
Se duas ou mais pessoas tiverem que reconhecer, reconhecem em separado.
De Coisas
Reconhecimento Fotográfico: Não tem previsão legal e por si só não leva à condenação.
Validade do Reconhecimento de Pessoas e Coisas: somente válido se realizado nas duas fases da persecução penal: IP e Processo (repetido em juízo)
Acareação – vide artigo 229 do CPP
Admissibilidade entre acusados, testemunhas e ofendidos; possível tanto na fase policial quanto na processual.
As pessoas são questionadas sobre os pontos conflitantes, divergentes. A acareação busca esclarecer a divergência. O acusado não é obrigado a participar da acareação, pois tem direito ao silêncio.
Pessoa fora da Comarca: é feita acareação desde que não resulte em demora ao processo.
Prova Documental – vide artigo 231 e seguintes CPP
Elementos:
Físico/material: superfície do documento. Relacionado com autenticidade o documento deve ser íntegro, sem rasuras ou recortes.
Símbolo: a linguagem, o conteúdo. Relacionado com a veracidade, ou seja, o conteúdo do documento deve corresponder à verdade.
Propositura: qualquer das partes pode pedir a juntada de documentos ou juiz de ofício.
Momento: Qualquer tempo. Exceção: no júri nenhum documento será juntado na fase das alegações escritas e nenhuma leitura de documento será feita na sessão sem comunicação prévia à parte contrária de no mínimo 3 dias.
Documentos em língua estrangeira serão traduzidos por tradutor público, e, na falta, nomeado pelo juiz.
Indícios – vide artigo 239 e seguintes CPP
A prova indiciária por si só não leva à condenação deve ser confirmada por outros meios de prova.
Ocorre quando existe algo comprovado e a partir disso se conclui a existência de outra circunstância.
A Busca e Apreensão – vide artigo 240 e seguintes CPP
Não é meio de prova, apesar de o CPP colocá-lo como tal.
Tem por finalidade assegurar a integridade das provas.
Tem natureza jurídica acautelatória
Objeto: rol exemplificativo do art. 240, §1º ou qualquer elemento de convicção.
Espécie pessoal e domiciliar:
Pessoal: independe de mandado e ocorre quando houver fundada suspeita;
Domiciliar: depende de mandado, com requisitos do art. 243, CPP, necessidade de especificar o que será buscado. Deve ser realizada de dia (de noite só com autorização do morador). Se houver resistência, pode-se utilizar da força necessária.

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