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Apostila Anatomia - 3º Bimestre Membro Inferior Angelo de Souza Ramos Filho - Turma LI Itajubá/MG - 2018 Sumário 1. Acidentes Ósseos .................................................................................................. 7 1.1. Osso do quadril - Face lateral .......................................................................................................... 7 1.2. Osso do quadril - Face Medial ......................................................................................................... 8 1.3. Fêmur - Face anterior ..................................................................................................................... 9 1.4. Fêmur - Face posterior.................................................................................................................... 9 1.5. Patela ........................................................................................................................................... 10 1.6. Tíbia e Fíbula - Face anterior ......................................................................................................... 10 1.7. Tíbia - Face lateral ........................................................................................................................ 11 1.8. Ossos do pé - Face dorsal.............................................................................................................. 12 1.9. Ossos do pé - Face planar ............................................................................................................. 13 2. Teórica - Acidentes ósseos .................................................................................. 14 2.1. Osso do quadril:............................................................................................................................ 14 2.2. Fêmur: .......................................................................................................................................... 14 2.3. Tíbia: ............................................................................................................................................ 15 2.4. Fíbula: .......................................................................................................................................... 15 2.5. Ossos do Pé: ................................................................................................................................. 15 2.5.1. Tarso: .................................................................................................................................... 15 2.5.2. Metatarsos: ........................................................................................................................... 16 2.6. Tela subcutânea e fáscia: .............................................................................................................. 16 2.6.1. Fáscia Lata: ............................................................................................................................ 17 2.6.2. Fáscia Muscular da Perna: ..................................................................................................... 17 3. Articulações ........................................................................................................ 18 3.1. Articulação do Quadril (coxofemoral) - Face anterior.................................................................... 18 3.2. Articulação do Quadril (coxofemoral) - Face posterior .................................................................. 19 3.3. Articulação do Quadril (aberta) - Face lateral ................................................................................ 20 3.4. Articulação do joelho - Face anterior (dissecação superficial) ....................................................... 21 3.5. Articulação do joelho - Face anterior (dissecação profunda) ......................................................... 22 3.6. Articulação do joelho - Face posterior (dissecação superficial)...................................................... 23 3.7. Articulação do joelho - Face posterior (dissecação profunda) ....................................................... 24 3.8. Articulação do joelho - Face lateral (dissecação superficial) .......................................................... 25 3.9. Articulação do joelho - Face medial (dissecação superficial) ......................................................... 26 3.10. Ligamentos entre a Tíbia e a Fíbula - Face anterior .................................................................... 27 3.11. Ligamentos do tornozelo - Face posterior ................................................................................. 28 3.12. Ligamentos do tornozelo - Face lateral ...................................................................................... 29 3.13. Ligamentos do tornozelo - Face medial ..................................................................................... 30 3.14. Ligamentos do pé - Face plantar................................................................................................ 31 4. Teórica - Articulações .......................................................................................... 33 4.1. Articulação do Quadril: ................................................................................................................. 33 4.1.1. Faces articulares do quadril: .................................................................................................. 33 4.1.2. Cápsula da articulação do quadril: ......................................................................................... 33 4.1.3. Movimentos da articulação do quadril: ................................................................................. 34 4.2. Articulação do Joelho: .................................................................................................................. 34 4.2.1. Faces articulares do joelho: ................................................................................................... 34 4.2.2. Cápsula articular do joelho: ................................................................................................... 35 4.2.3. Ligamentos extracapsulares da articulação do joelho: ........................................................... 36 4.2.4. Ligamentos intra-articulares do joelho: ................................................................................. 36 4.2.5. Movimentos da articulação do joelho: ................................................................................... 37 4.3. Articulação Tibiofibular:................................................................................................................ 38 4.3.1. Sindesmose tibiofibular: ........................................................................................................ 38 4.4. Articulação do Tornozelo: ............................................................................................................. 38 4.4.1. Articulação talocrural: ........................................................................................................... 38 4.5. Articulações do Pé: ....................................................................................................................... 39 4.5.1. Principais ligamentos: ............................................................................................................ 39 4.5.2. Arcos do pé: .......................................................................................................................... 39 5. Músculos ............................................................................................................. 41 5.1. Músculosda coxa - Face anterior (dissecação superficial) ............................................................. 41 5.2. Músculos da coxa - Face anterior (dissecação profunda) .............................................................. 42 5.3. Músculos da coxa - Face lateral .................................................................................................... 44 5.4. Músculos da coxa - Face posterior (dissecação superficial) ........................................................... 45 5.5. Músculos da coxa - Face posterior (dissecação profunda) ............................................................. 46 5.6. Músculos da perna - Face anterior (dissecação superficial) ........................................................... 47 5.7. Músculos da perna - Face anterior (dissecação profunda) ............................................................ 48 5.8. Músculos da perna - Face lateral .................................................................................................. 50 5.9. Músculos da perna - Face posterior (dissecação superficial) ......................................................... 51 5.10. Músculos da perna - Face posterior (dissecação média) ............................................................ 52 5.11. Músculos da perna - Face posterior (dissecação profunda) ....................................................... 53 5.12. Músculos do dorso do pé (dissecação superficial) ..................................................................... 55 5.13. Músculos do dorso do pé (dissecação profunda) ....................................................................... 56 5.14. Músculos da planta do pé (primeira camada) ............................................................................ 57 5.15. Músculos da planta do pé (segunda camada) ............................................................................ 58 5.16. Músculos da planta do pé (terceira camada) ............................................................................. 59 5.17. Bainha dos tendões do pé - Face medial ................................................................................... 60 5.18. Bainha dos tendões do pé - Face lateral .................................................................................... 61 5.19. Origem e inserção dos músculos do quadril e coxa - Face anterior ............................................ 62 5.20. Origem e inserção dos músculos do quadril e coxa - Face posterior .......................................... 63 5.21. Origem e inserção dos músculos da perna - Face anterior ......................................................... 64 5.22. Origem e inserção dos músculos da perna - Face posterior ....................................................... 65 6. Teórica – Músculos ............................................................................................. 66 6.1. Músculos da região glútea: abdutores e rotadores laterais: .......................................................... 66 6.2. Músculos anteriores da coxa: ....................................................................................................... 67 6.3. Músculos posteriores da coxa: extensores do quadril e flexores do joelho: .................................. 69 6.4. Músculos mediais da coxa: adutores da coxa: ............................................................................... 70 6.5. Músculos dos compartimentos anterior e lateral da perna: .......................................................... 71 6.6. Músculos superficiais do compartimento posterior da perna: ...................................................... 72 6.7. Músculos profundos do compartimento posterior da perna: ........................................................ 73 6.8. Músculos do pé: 1ª e 2ª camadas da face plantar. ........................................................................ 74 6.9. Músculos do pé: 3ª e 4ª camadas da face plantar: ........................................................................ 75 6.10. Músculos do pé: face dorsal do pé: ........................................................................................... 76 7. Vascularização .................................................................................................... 77 7.1. Vasos da coxa - Face anterior........................................................................................................ 77 7.2. Artérias da cabeça e colo do fêmur ............................................................................................... 78 7.3. Artérias da coxa e joelho .............................................................................................................. 79 7.4. Veias superficiais - Face anterior................................................................................................... 80 7.5. Veias superficiais - Face posterior ................................................................................................. 81 8. Teórica – Vascularização ..................................................................................... 82 8.1. Trígono femoral: ........................................................................................................................... 82 8.2. Artérias da região glútea e femoral posterior: .............................................................................. 82 8.3. Artérias da face anterior e medial da coxa: ................................................................................... 83 8.4. Vasos sanguíneos na fossa poplítea: ............................................................................................. 84 8.5. Artérias da perna: ......................................................................................................................... 85 8.6. Artérias do pé: .............................................................................................................................. 86 8.7. Drenagem Venosa do Membro Inferior: ....................................................................................... 86 8.7.1. Veias superficiais: .................................................................................................................. 87 8.7.2. Veias profundas: .................................................................................................................... 87 8.7.3. Veias do pé: ........................................................................................................................... 87 9. Inervação ............................................................................................................ 89 9.1. Inervação dos Nn. Femoral e cutâneo femoral lateral ................................................................... 89 9.2. Inervação dos Nn. Femoral e cutâneo femoral lateral - Inervação cutânea ................................... 90 9.3. Inervação do N. Obturatório ......................................................................................................... 90 9.4. Inervação dos Nn. Isquiático e cutâneo femoral posterior ............................................................ 91 9.5. Inervação dos Nn. Isquiático e cutâneo femoral posterior - Inervação cutânea............................. 92 9.6. Inervação do N. Tibial ................................................................................................................... 92 9.7. Inervação do N. Tibial - Face Plantar ............................................................................................. 93 9.8. Inervação do N. Fibular comum .................................................................................................... 94 9.9. Inervação do N. Tibial - Face Plantar (inervação cutânea)............................................................. 95 9.10. Inervação do N. Fibular comum – Inervação cutânea ................................................................ 95 9.11. Nervos do quadril e da região glútea ......................................................................................... 96 9.12. Plexo Lombar - Esquema ........................................................................................................... 97 9.13. Plexo Sacral e Coccígeo - Esquema ............................................................................................ 98 10. Teórica – Inervação ............................................................................................. 99 10.1. Nervos da região glútea e femoral posterior: ............................................................................ 99 10.2. Nervo Femoral: ....................................................................................................................... 101 10.3. Nervos na fossa poplítea: ........................................................................................................ 101 10.4. Plexo lombar: .......................................................................................................................... 101 10.5. Plexo sacral: ............................................................................................................................ 102 10.6. Plexo coccígeo: ....................................................................................................................... 102 10.7. Nervos cutâneos: .................................................................................................................... 102 11. Drenagem Linfática ........................................................................................... 105 11.1. Vasos linfáticos e linfonodos - Face anterior: .......................................................................... 105 11.2. Vasos linfáticos e linfonodos - Face posterior: ......................................................................... 105 11.3. Vasos linfáticos e linfonodos - Região inguinal: ....................................................................... 106 12. Teórica – Drenagem Linfática............................................................................ 107 12.1. Drenagem linfática: ................................................................................................................. 107 12.2. Drenagem linfática das regiões glútea e femoral: .................................................................... 107 Angelo de Souza Ramos Filho - Turma LI 7 | P á g i n a 1. Acidentes Ósseos 1.1. Osso do quadril - Face lateral 1) Linha intermédia da crista ilíaca 2) Tubérculo da crista ilíaca 3) Lábio externo da crista ilíaca 4) Asa do ílio (face glútea) 5) Linha glútea anterior 6) Linha glútea inferior 7) Linha glútea posterior 8) Espinha ilíaca ântero-superior 9) Espinha ilíaca ântero-inferior 10) Espinha ilíaca póstero-superior 11) Espinha ilíaca póstero-inferior 12) Incisura isquiática maior 13) Corpo do ílio 14) Espinha do ísquio 15) Incisura isquiática menor 16) Túber isquiático 17) Ramo isquiático 18) Forame obturado 19) Ramo inferior do púbis 20) Crista obturatória 21) Tubérculo púbico 22) Ramo superior do púbis 23) Incisura do acetábulo 24) Limbo (margem) do acetábulo 25) Face semilunar 26) Acetábulo Angelo de Souza Ramos Filho - Turma LI 8 | P á g i n a 1.2. Osso do quadril - Face Medial 1) Linha intermédia da crista ilíaca 2) Lábio interno da crista ilíaca 3) Espinha ilíaca ântero-superior 4) Espinha ilíaca Ântero-inferior 5) Espinha ilíaca póstero-superior 6) Espinha ilíaca póstero-inferior 7) Asa do ílio (com a fossa ilíaca) 8) Linha arqueada 9) Eminencia iliopúbica 10) Ramo superior do púbis 11) Linha pectínea do púbis 12) Tubérculo púbico 13) Face sinfisial 14) Sulco obturatório 15) Forame obturado 16) Ramo inferior do púbis 17) Ramo do ísquio 18) Túber isquiático 19) Corpo do ísquio 20) Incisura isquiática menor 21) Corpo do ílio 22) Espinha isquiática 23) Incisura isquiática maior 24) Face auricular (para o sacro) 25) Tuberosidade ilíaca Angelo de Souza Ramos Filho - Turma LI 9 | P á g i n a 1.3. Fêmur - Face anterior 1) Cabeça do fêmur 2) Fóvea da cabeça do fêmur (para o ligamento) 3) Trocanter maior 4) Colo do fêmur 5) Trocanter menor 6) Linha intertrocantérica 7) Corpo do fêmur (diáfise) 8) Epicôndilo lateral 9) Côndilo lateral 10) Côndilo medial 11) Face patelar 12) Epicôndilo medial 13) Tubérculo adutor 1.4. Fêmur - Face posterior 1) Fossa trocantérica 2) Cabeça do fêmur 3) Fóvea da cabeça do fêmur (para o ligamento) 4) Colo do fêmur 5) Crista intertrocantérica 6) “Esporão” (calcar) 7) Trocanter menor 8) Linha pectínea 9) Tuberosidade glútea 10) Lábio medial da linha áspera 11) Lábio lateral da linha áspera 12) Tubérculo adutor 13) Epicôndilo medial 14) Côndilo medial 15) Côndilo lateral 16) Fossa intercondilar 17) Epicôndilo lateral 18) Face poplítea 19) Corpo do fêmur 20) Linha áspera 21) Trocanter maior Angelo de Souza Ramos Filho - Turma LI 10 | P á g i n a 1.5. Patela 1) Base 2) Face anterior 3) Ápice 4) Face articular 1.6. Tíbia e Fíbula - Face anterior 1) Tubérculo intercondilar lateral da eminencia intercondilar da tíbia 2) Tubérculo intercondilar medial da eminencia intercondilar da tíbia 3) Área intercondilar anterior da tíbia 4) Côndilo lateral da tíbia 5) Ápice da cabeça da fíbula 6) Cabeça da fíbula 7) Colo da fíbula 8) Face lateral da fíbula 9) Margem anterior da fíbula 10) Margem interóssea da fíbula 11) Face medial da fíbula 12) Corpo da fíbula 13) Maléolo lateral da fíbula 14) Face articular do maléolo lateral da fíbula 15) Face articular inferior da tíbia 16) Face articular do maléolo medial da tíbia 17) Maléolo medial da tíbia 18) Corpo da tíbia 19) Margem medial da tíbia 20) Face medial da tíbia 21) Margem interóssea da tíbia 22) Margem anterior da tíbia 23) Face lateral da tíbia 24) Tuberosidade da tíbia 25) Linha oblíqua da tíbia 26) “Tubérculo de Gerdy” (inserção do trato iliotibial) 27) Côndilo medial da tíbia Angelo de Souza Ramos Filho - Turma LI 11 | P á g i n a 1.7. Tíbia - Face lateral 1) Tubérculo intercondilar lateral da eminencia intercondilar da tíbia 2) Tubérculo intercondilar medial da eminencia intercondilar da tíbia 3) Área intercondilar posterior da tíbia 4) Sulco para inserção do tendão do m. semimembranáceo da tíbia 5) Linha do m. sóleo da tíbia 6) Margem interóssea da tíbia 7) Face posterior da tíbia 8) Margem medial da tíbia 9) Corpo da tíbia 10) Sulco dos tendões dos músculos tibial posterior e flexor longo dos dedos da tíbia 11) Maléolo medial da tíbia 12) Face articular do maléolo medial da tíbia 13) Face articular inferior da tíbia 14) Fossa do maléolo lateral da fíbula 15) Maléolo lateral da fíbula 16) Incisura fibular 17) Margem posterior da fíbula 18) Corpo da fíbula 19) Face lateral da fíbula 20) Crista medial da fíbula 21) Face posterior da fíbula22) Forame nutrício da tíbia 23) Colo da fíbula 24) Cabeça da fíbula 25) Ápice da cabeça da fíbula 26) Côndilo lateral da tíbia 27) Face articular superior (facetas medial e lateral) da tíbia Angelo de Souza Ramos Filho - Turma LI 12 | P á g i n a 1.8. Ossos do pé - Face dorsal 1) Corpo do calcâneo 2) Tróclea da fíbula 3) Seio do tarso 4) Articulação transversa do tarso 5) Cuboide 6) Tuberosidade do 5º metatarsal 7) Ossos metatarsais 8) Falanges proximais 9) Falanges médias 10) Falanges distais 11) Tuberosidade das falange distal 12) Base da falange 13) Cabeça da falange 14) Corpo da falange 15) Cabeça do metatarso 16) Corpo do metatarso 17) Base do metatarso 18) Articulação tarsometatarsal 19) Cuneiforme medial 20) Cuneiforme intermédio 21) Cuneiforme lateral 22) Tuberosidade navicular 23) Navicular 24) Cabeça do tálus 25) Colo do tálus 26) Tróclea do tálus 27) Sulco do tendão do m. flexor longo do hálux 28) Tubérculo medial do processo posterior do tálus 29) Tubérculo lateral do processo posterior do tálus Angelo de Souza Ramos Filho - Turma LI 13 | P á g i n a 1.9. Ossos do pé - Face planar 1) Tubérculo lateral do tálus 2) Tubérculo medial do tálus 3) Processo posterior do tálus 4) Cabeça do tálus 5) Articulação transversa do tálus 6) Navicular 7) Tuberosidade do osso navicular 8) Cuneiforme lateral 9) Cuneiforme intermédio 10) Cuneiforme medial 11) Articulação tarsometatarsal 12) Ossos metatarsais 13) Osso sesamóide medial 14) Osso sesamóide lateral 15) Falanges proximais 16) Falanges médias 17) Falanges distais 18) Tuberosidade das falanges distais 19) Base da falange 20) Cabeça da falange 21) Corpo da falange 22) Cabeça do metatarso 23) Corpo do metatarso 24) Base do metatarso 25) Tuberosidade do 5º metatarsal 26) Sulco do tendão do m. fibular longo 27) Tuberosidade do osso cuboide 28) Tróclea fibular 29) Sulco do tendão do m. flexor longo do hálux 30) Sustentáculo do hálux 31) Processo lateral da tuberosidade do calcâneo 32) Processo medial da tuberosidade do calcâneo 33) Tuberosidade do calcâneo Angelo de Souza Ramos Filho - Turma LI 14 | P á g i n a 2. Teórica - Acidentes ósseos 2.1. Osso do quadril: É o grande osso pélvico formado pela união de 3 ossos primários – ílio, ísquio e púbis – no fim da adolescência. Promove a conexão do esqueleto axial com o apendicular. Na puberdade, os três ossos ainda estão separados por uma cartilagem trirradiada em forma de Y centralizada no acetábulo, terminando a fundição dos ossos aos 20 e 25 anos. Forame Obturador: O forame obturado é uma grande abertura oval ou triangular irregular no osso do quadril. É limitado pelo púbis e ísquio e seus ramos. Exceto por uma pequena passagem para o nervo e vasos obturatórios (o canal obturatório), o forame obturado é fechado pela membrana obturadora, que é fina e forte. O forame minimiza a massa óssea (peso) enquanto seu fechamento pela membrana obturadora propicia extensa superfície de ambos os lados para fixação muscular. Acetábulo: O limbo do acetábulo é incompleto inferiormente na incisura do acetábulo, o que torna a fossa semelhante a um cálice em que falta um pedaço da borda. 2.2. Fêmur: O fêmur é o osso mais longo e mais pesado do corpo. Transmite o peso do corpo do osso do quadril para a tíbia quando a pessoa está de pé. Seu comprimento corresponde a aproximadamente 25% da altura da pessoa. Trocanter maior: é uma grande massa óssea, posicionada lateralmente, que se projeta superior e posteriormente onde o colo se une ao corpo do fêmur, oferecendo fixação e alavanca para abdutores e rotadores da coxa. Trocanter menor: abrupto, cônico e arredondado estende-se medialmente da parte posteromedial da junção do colo com o corpo e serve de local de fixação tendínea para o flexor primário da coxa (músculo iliopsoas). Linha áspera: proporciona fixação aponeurótica para os adutores da coxa. Epicôndilos: locais de fixação dos ligamentos colateral medial e lateral da articulação do joelho. Angelo de Souza Ramos Filho - Turma LI 15 | P á g i n a 2.3. Tíbia: Localizada na face anteromedial da perna, quase paralela à fíbula, a tíbia é o segundo maior osso do corpo. Faces articulares superiores: também chamadas de platôs tibiais, articulam com os côndilos do fêmur. São separadas pela eminencia intercondilar que é formada por dois tubérculos intercondilares (medial e lateral) que são ladeados pelas áreas intercondilares (superior e inferior). Além disso, os tubérculos e áreas intercondilares são locais de fixação dos meniscos e ligamentos cruzados anterior (LCA) e posterior (LCP). Tuberosidade da tíbia: local de fixação distal do ligamento patelar. Margem interóssea da tíbia: local de fixação da membrana interóssea que une os dois ossos da perna (tíbia e fíbula). Linha do músculo sóleo: origem aponeurótica do músculo sóleo. 2.4. Fíbula: A fíbula delgada situa-se posterolateralmente à tíbia e está firmemente fixada a ela pela sindesmose tibiofibular, que inclui a membrana interóssea. A fíbula não tem função de sustentação de peso. Sua função principal é a fixação muscular (uma inserção e oito origens). 2.5. Ossos do Pé: Formado por 7 ossos tarsais, 5 metatarsais e 14 falanges. 2.5.1. Tarso: O tarso compõe os ossos: tálus, calcâneo, navicular, 3 cuneiformes (medial, intermédio e lateral) e cuboide. 2.5.1.1. Tálus Sua face superior, ou tróclea do tálus, é segurada pelos 2 maléolos (medial e lateral) recebendo o peso do corpo através da tíbia. Assim, transmite esse peso entre o osso calcâneo e a parte anterior do pé por uma rede osteoligamentar. Único osso que não possui fixação de musculares ou tendínea. Angelo de Souza Ramos Filho - Turma LI 16 | P á g i n a 2.5.1.2. Calcâneo O calcâneo é o maior e mais forte osso do pé. Na posição de pé, o calcâneo transmite a maior parte do peso do corpo do tálus para o solo, através do tubérculo medial do calcâneo. A face lateral do calcâneo tem uma crista oblíqua (Figura 5.11D), a tróclea fibular, situada entre os tendões dos músculos fibulares longo e curto. A tróclea é o local de fixação de uma polia tendínea para os eversores do pé (músculos que afastam a planta do plano mediano). 2.5.1.3. Navicular: A face medial do navicular projeta-se inferiormente para formar a tuberosidade do navicular, um local importante para fixação tendínea porque a margem medial do pé não se apoia no solo, como faz a margem lateral. Em vez disso, forma o arco longitudinal do pé, que deve ser sustentado centralmente. Se essa tuberosidade for proeminente demais, pode ser pressionada contra a parte medial do sapato, o que causa dor no pé. 2.5.1.4. Cuboide: Anteriormente à tuberosidade do cuboide, nas faces lateral e inferior do osso, está o sulco do tendão do músculo fibular longo. 2.5.2. Metatarsos: Composto por 5 ossos metatarsais numerados a partir da face medial do pé. As bases dos metatarsais I e V têm grandes tuberosidades que permitem fixação de tendão; a tuberosidade do quinto metatarsal projeta-se lateralmente sobre o cuboide. Na face plantar da cabeça do metatarsal I há ossos sesamoides medial e lateral proeminentes; estão inseridos nos tendões que passam ao longo da planta. 2.6. Tela subcutânea e fáscia: A tela subcutânea situa-seprofundamente à pele e consiste em tecido conjuntivo frouxo que contém uma quantidade variável de gordura, nervos cutâneos, veias superficiais (veias safenas magna e parva e suas tributárias), vasos linfáticos e linfonodos. A fáscia muscular do membro inferior é bastante forte e reveste o membro como uma meia elástica. Essa fáscia limita a expansão externa dos músculos que se contraem, o que aumenta a eficiência da contração muscular na compressão das veias para empurrar o sangue em direção ao coração. Angelo de Souza Ramos Filho - Turma LI 17 | P á g i n a 2.6.1. Fáscia Lata: A fáscia muscular da coxa é denominada fáscia lata. A fáscia lata tem grandes dimensões porque encerra os grandes músculos da coxa, sobretudo lateralmente, onde é espessada e fortalecida por outras fibras longitudinais de reforço para formar o trato iliotibial. O hiato safeno na fáscia lata é uma abertura ou hiato na fáscia lata inferior à parte medial do ligamento inguinal. A margem medial é lisa, mas as margens superior, lateral e inferior têm um formato de meia-lua bem nítido, a margem falciforme. A margem falciforme se une à margem medial por meio de tecido fibroadiposo, a fáscia cribriforme. O tecido conjuntivo é perfurado por várias aberturas (daí seu nome) para a passagem de vasos linfáticos eferentes dos linfonodos inguinais superficiais, e pela veia safena magna e suas tributárias. Depois de atravessar o hiato safeno e a fáscia cribriforme, a veia safena magna entra na veia femoral. Os vasos linfáticos entram nos linfonodos inguinais profundos. 2.6.2. Fáscia Muscular da Perna: A fáscia muscular da perna fixa-se às margens anterior e medial da tíbia, onde é contínua com seu periósteo. Septos intermusculares anteriores e posteriores partem da face profunda da fáscia muscular lateral da perna e fixam-se às margens correspondentes da fíbula. A membrana interóssea e os septos intermusculares dividem a perna em três compartimentos: anterior (dorsiflexor), lateral (fibular) e posterior (flexor plantar). O compartimento posterior é subdividido pelo septo intermuscular transverso, que separa os músculos flexores plantares superficiais e profundos. Angelo de Souza Ramos Filho - Turma LI 18 | P á g i n a 3. Articulações 3.1. Articulação do Quadril (coxofemoral) - Face anterior 1) Espinha ilíaca ântero-superior 2) Espinha ilíaca ântero-inferior 3) Trocanter maior 4) Linha intertrocantérica 5) Trocanter menor 6) Ramo superior do púbis 7) Crista obturatória 8) Ligamento pubofemoral 9) Bolsa iliopectínea (sobre o espaço nos ligamentos) 10) Ligamento iliofemoral (ligamento em Y de Bigelow) Angelo de Souza Ramos Filho - Turma LI 19 | P á g i n a 3.2. Articulação do Quadril (coxofemoral) - Face posterior 1) Espinha isquiática 2) Túber isquiático 3) Protrusão da membrana sinovial 4) Trocanter menor 5) Crista intertrocantérica 6) Trocanter maior 7) Zona orbicular 8) Ligamento isquiofemoral 9) Ligamento iliofemoral Angelo de Souza Ramos Filho - Turma LI 20 | P á g i n a 3.3. Articulação do Quadril (aberta) - Face lateral 1) Face semilunar (articular) do acetábulo 2) Cartilagem articular 3) Trocanter maior 4) Cabeça do fêmur 5) Colo do fêmur 6) Linha intertrocantérica 7) Ligamento da cabeça do fêmur (seccionado) 8) Trocanter menor 9) Túber isquiático 10) Ligamento transverso do acetábulo 11) Membrana obturatória 12) Ramo acetabular da a. obturatória 13) Ramo posterior da a. obturatória 14) Ramo anterior da a. obturatória 15) Artéria obturatória 16) Gordura da fossa do acetábulo (coberta pela membrana sinovial) 17) Lábio do acetábulo (fibrocartilagíneo) 18) Eminencia iliopúbica 19) Espinha ilíaca ântero-inferior 20) Espinha ilíaca ântero-superior Angelo de Souza Ramos Filho - Turma LI 21 | P á g i n a 3.4. Articulação do joelho - Face anterior (dissecação superficial) 1) M. Vasto intermédio 2) M. Vasto lateral 3) Trato iliotibial 4) Retináculo lateral da patela 5) Epicôndilo lateral do fêmur 6) Ligamento colateral fibular com sua bolsa 7) Tendão do m. bíceps femoral com sua bolsa subtendínea inferior 8) Bolsa profundamente ao trato iliotibial 9) Inserção do trato iliotibial na linha obliqua da tíbia 10) Nervo fibular comum 11) Cabeça da fíbula 12) M. Fibular longo 13) M. Extensor longo dos dedos 14) M. Tibial anterior 15) M. Gastrocnêmio 16) Tuberosidade da tíbia 17) Ligamento patelar 18) Côndilo medial da tíbia 19) Bolsa anserina 20) Tendão do m. sartório 21) Tendão do m. grácil 22) Tendão do m. semitendíneo 23) Ligamento colateral tibial 24) Retináculo medial da patela 25) Epicôndilo medial do fêmur 26) Patela 27) Tendão do m. reto femoral (parte inicial do tendão do m. quadríceps 28) M. Vasto medial 29) M. Articular do joelho 30) Fêmur Angelo de Souza Ramos Filho - Turma LI 22 | P á g i n a 3.5. Articulação do joelho - Face anterior (dissecação profunda) 1) Ligamento cruzado anterior (LCA) 2) Côndilo lateral do fêmur 3) Tendão do m. poplíteo 4) Ligamento colateral fibular 5) Menisco lateral 6) Ligamento transverso do joelho 7) Cabeça da fíbula 8) “Tubérculo de Gerdy” 9) Tuberosidade da tíbia 10) Côndilo medial da tíbia 11) Ligamento colateral tibial 12) Côndilo medial do fêmur 13) Ligamento cruzado posterior (LCP) Angelo de Souza Ramos Filho - Turma LI 23 | P á g i n a 3.6. Articulação do joelho - Face posterior (dissecação superficial) 1) Tendão do m. adutor magno 2) Cabeça medial do m. gastrocnêmio 3) Bolsa subtendínea medial do m. gastrocnêmio 4) Ligamento colateral tibial 5) Tendão do m. semimembranáceo 6) Ligamento poplíteo oblíquo (expansão tendínea do m. semimembranáceo) 7) Bolsa do m. semimembranáceo profundamente ao tendão 8) M. Poplíteo 9) Tíbia 10) Membrana interóssea 11) Fixação da capsula articular do joelho 12) Ligamento posterior da cabeça da fíbula 13) Cabeça da fíbula 14) Ligamento poplíteo arqueado (margem da capsula que se arqueia sobre o m. poplíteo) 15) Bolsa subtendínea inferior do m. bíceps femoral 16) Tendão do m. bíceps femoral 17) Bolsa do ligamento fibular 18) Ligamento fibular 19) Bolsa tendínea lateral do m. gastrocnêmio 20) Cabeça lateral do m. gastrocnêmio 21) M. Plantar 22) Fixação da capsula articular do joelho 23) Fêmur (face poplítea) Angelo de Souza Ramos Filho - Turma LI 24 | P á g i n a 3.7. Articulação do joelho - Face posterior (dissecação profunda) 1) Tubérculo adutor do epicôndilo medial do fêmur 2) Côndilo medial do fêmur (face articular) 3) Menisco medial 4) Ligamento colateral tibial 5) Côndilo medial da tíbia 6) Cabeça da fíbula 7) Menisco lateral 8) Ligamento colateral fibular 9) Tendão do m. poplíteo 10) Côndilo lateral do fêmur 11) Ligamento meniscofemoral posterior 12) Ligamento cruzado anterior (LCA) 13) Ligamentocruzado posterior (LCP) Angelo de Souza Ramos Filho - Turma LI 25 | P á g i n a 3.8. Articulação do joelho - Face lateral (dissecação superficial) 1) Trato iliotibial 2) Cabeça longa do m. bíceps femoral 3) Cabeça curta do m. bíceps femoral 4) Bolsa profundamente ao trato iliotibial 5) Ligamento colateral fibular com sua bolsa 6) M. Plantar 7) Tendão do m. bíceps femoral e bolsa subtendínea inferior do retináculo do m. plantar 8) Nervo fibular comum 9) Cabeça da fíbula 10) M. Gastrocnêmio 11) M. Sóleo 12) M. Fibular longo 13) M. Tibial anterior 14) Tuberosidade da tíbia 15) Ligamento patelar 16) Capsula articular do joelho 17) Retináculo lateral da patela 18) Patela 19) Tendão do m. quadríceps femoral 20) M. Vasto lateral Angelo de Souza Ramos Filho - Turma LI 26 | P á g i n a 3.9. Articulação do joelho - Face medial (dissecação superficial) 1) M. Vasto medial 2) Tendão do m. quadríceps femoral 3) Epicôndilo medial do fêmur 4) Patela 5) Retináculo medial da patela 6) Capsula articular do joelho 7) Ligamento patelar 8) Tuberosidade da tíbia 9) M. Sóleo 10) M. Gastrocnêmio 11) M. Sartório 12) M. Grácil 13) M. Semitendíneo 14) Bolsa tendínea profundamente aos mm. semitendíneo, grácil e sartório 15) Bolsa do m. semimembranáceo 16) Fibras oblíquas 17) Fibras paralelas 18) Tendão do m. adutor longo 19) M. Semimembranáceo com seu tendão 20) Tendão do m. semitendíneo 21) M. Grácil 22) M. Sartório Angelo de Souza Ramos Filho - Turma LI 27 | P á g i n a 3.10. Ligamentos entre a Tíbia e a Fíbula - Face anterior 1) Trato iliotibial 2) Ligamento colateral fibular 3) Tendão do m. bíceps femoral 4) Cabeça da fíbula 5) Ligamento anterior da cabeça da fíbula 6) Tubérculo para o trato iliotibial (ou para o m. tibial anterior) (de Gerdy) 7) Margem anterior da fíbula 8) Margem interóssea da fíbula 9) Face lateral da fíbula 10) Fíbula 11) Ligamento tibiofibular anterior 12) Ligamento talofibular anterior 13) Maléolo lateral 14) Ligamento calcaneofibular 15) Ligamento colateral medial (deltoideo) 16) Maléolo medial 17) Tíbia 18) Face lateral da tíbia 19) Membrana interóssea 20) Margem interóssea da tíbia 21) Margem anterior da tíbia 22) Tuberosidade da tíbia 23) Ligamento patelar 24) Ligamento colateral tibial 25) Ligamento cruzado anterior (LCA) 26) Ligamento cruzado posterior (LCP) Angelo de Souza Ramos Filho - Turma LI 28 | P á g i n a 3.11. Ligamentos do tornozelo - Face posterior 1) Tíbia 2) Tálus 3) Ligamento colateral medial (deltóideo) 4) Ligamento talocalcâneo posterior 5) Tendão dos mm. fibulares no retináculo inferior dos mm. fibulares 6) Ligamento calcâneofibular 7) Ligamento talofibular posterior 8) Ligamento talofibular posterior 9) Membrana interóssea 10) Fíbula Angelo de Souza Ramos Filho - Turma LI 29 | P á g i n a 3.12. Ligamentos do tornozelo - Face lateral 1) Tíbia 2) Fíbula 3) Ligamento tibiofibular anterior 4) Ligamento tibiofibular posterior 5) Retináculo superior dos mm. fibulares 6) Tendão do calcâneo (de Aquiles) 7) Retináculo inferior dos mm. fibulares 8) Ligamento talocalcâneo lateral 9) Ligamento plantar longo 10) Tendão do m. fibular longo 11) Tendão do m. fibular curto 12) Ligamento calcaneocubóide 13) Cuboide 14) Ligamentos cuneocubóides dorsais 15) Ligamentos metatarsais dorsais 16) Ligamento tarsometatarsais dorsais 17) Ligamentos intercuneiformes dorsais 18) Ligamentos cuneonaviculares dorsais 19) Ligamento cuneonavicular dorsal 20) Ligamento calcaneocubóide (parte do ligamento bifurcado) 21) Ligamento calcaneonavicular (parte do ligamento bifurcado) 22) Ligamento talonavicular 23) Ligamento talocalcâneo interósseo 24) Ligamento talofibular anterior (componente do ligamento colateral lateral) 25) Ligamento calcâneofibular (componente do ligamento colateral lateral) 26) Ligamento talofibular posterior (componente do ligamento lateral) Angelo de Souza Ramos Filho - Turma LI 30 | P á g i n a 3.13. Ligamentos do tornozelo - Face medial 1) Parte tibiotalar posterior do ligamento colateral medial (deltóideo) 2) Parte tibiocalcâneo do ligamento colateral medial (deltóideo) 3) Parte tibionavicular do ligamento colateral medial (deltóideo) 4) Parte tibiotalar anterior do ligamento colateral medial (deltóideo) 5) Ligamento talonavicular 6) Navicular 7) Ligamentos cuneonaviculares dorsais 8) Cuneiforme medial 9) Ligamento intercuneiforme dorsal 10) Ligamentos tarsometatarsais dorsais 11) 1º osso metatarsal 12) Tuberosidades do 1º metatarsal 13) Tendão do m. tibial anterior 14) Tendão do m. tibial posterior 15) Ligamento calcaneonavicular plantar (“molar”) 16) Ligamento calcaneocubóide plantar (“plantar curto”) 17) Ligamento plantar longo 18) Sustentáculo do calcâneo 19) Tendão do calcâneo (de Aquiles) 20) Ligamento talocalcâneo posterior 21) Processo posterior do tálus 22) Ligamento talocalcâneo medial 23) Tíbia Angelo de Souza Ramos Filho - Turma LI 31 | P á g i n a 3.14. Ligamentos do pé - Face plantar 1) Tendão do m. flexor longo dos dedos para o 2º dedo 2) Tendão do m. flexor curto dos dedos para o 2º dedo 3) Falange distai do 4º dedo 4) Falange medial do 4º dedo 5) Ligamentos metatarsais transversos profundos 6) Falange proximal do 5º dedo 7) Tendão do 4º m. lumbrical (seccionado) 8) Tendões dos mm. abdutores do dedo mínimo e flexor curto do dedo mínimo (seccionado) 9) Ligamentos plantares (lâminas) 10) Mm. Interósseos (seccionado) 11) 5º osso metatarsal 12) Ligamentos metatarsais plantares 13) Tuberosidade do 5º metatarsal 14) Tendão do m. fibular curto 15) Cuboide 16) Tendão do m. fibular longo 17) Tuberosidade do cuboide 18) Ligamento plantar longo 19) Ligamento calcaneocubóideo plantar (“plantar curto”) 20) Calcâneo 21) Processo medial da tuberosidade do calcâneo 22) Processo lateral da tuberosidade do calcâneo 23) Tuberosidade do calcâneo 24) Tubérculos medial e lateral do processo posterior do tálus 25) Tendão do m. flexor longo do hálux (seccionado) 26) Sustentáculo do tálus 27) Tendão do m. flexor longo dos dedos (seccionado) 28) Tendão do m. tibial posterior 29) Ligamento calcaneonavicular plantar (“mola”) 30) Tuberosidade navicular 31) Ligamento cuboideonavicular plantar 32) Ligamento cuneonavicular plantar 33) Tendão do m. tibial anterior (seccionado) 34) Cuneiforme medial 35) Ligamentos tarsometatarsais plantares 36) 1º osso metatarsal 37) Tendões dos mm. adutor do hálux e da cabeça lateral do m. flexor curto do hálux 38) Tendões dos mm. abdutor do hálux e da cabeça medial do m. flexor curto do hálux 39) Ossos sesamoides 40) Articulação metatarsofalângicas 41) Falange proximal do 1º dedo (hálux) 42) Tendão do m. flexor longo do hálux(seccionado) 43) Articulação Interfalângicas Angelo de Souza Ramos Filho - Turma LI 32 | P á g i n a 44) Falange distal do 1º dedo (hálux) Angelo de Souza Ramos Filho - Turma LI 33 | P á g i n a 4. Teórica - Articulações 4.1. Articulação do Quadril: A articulação do quadril é a conexão entre o membro inferior e o cíngulo do membro inferior. É uma articulação sinovial esferóidea multiaxial forte e estável. A cabeça do fêmur é a esfera e o acetábulo é a cavidade. Depois da articulação do ombro, é a mais móvel de todas as articulações. Na posição de pé, todo o peso da parte superior do corpo é transmitido através dos ossos do quadril para as cabeças e os colos dos fêmures. 4.1.1. Faces articulares do quadril: O limbo do acetábulo e a face semilunar formam aproximadamente três quartos de um círculo; o segmento inferior ausente do círculo é a incisura do acetábulo. O lábio do acetábulo é uma orla fibrocartilaginosa fixada ao limbo do acetábulo que aumenta em quase 10% a área articular do acetábulo. O ligamento transverso do acetábulo, uma continuação do lábio, transpõe a incisura do acetábulo. Em razão da altura do limbo e do lábio, mais da metade da cabeça do fêmur encaixa- se no acetábulo. 4.1.2. Cápsula da articulação do quadril: As articulações do quadril são revestidas por cápsulas articulares fortes, formadas por uma camada fibrosa externa (cápsula fibrosa) frouxa e uma membrana sinovial interna. A parte proximal, a camada fibrosa fixa- se ao acetábulo, na região imediatamente periférica ao limbo do acetábulo, no qual se fixa o lábio, e ao ligamento transverso do acetábulo. Na região distal, a camada fibrosa fixa-se no colo do fêmur apenas anteriormente na linha intertrocantérica e na raiz do trocanter maior. Na parte posterior, a camada fibrosa cruza o colo proximal à crista intertrocantérica, mas não está fixada nela. Partes espessas da camada fibrosa formam os ligamentos da articulação do quadril (3), que seguem em trajeto espiral da pelve até o fêmur. Anterior e superiormente, há o forte ligamento iliofemoral em forma de Y, que se fixa à espinha ilíaca anteroinferior e ao limbo do acetábulo na parte proximal e à linha intertrocantérica na parte distal. Considerado o mais forte do corpo. Anterior e inferiormente, há o ligamento pubofemoral, que se origina da crista obturatória do púbis, segue em sentido lateral e inferior e se une à camada fibrosa da cápsula articular. Esse ligamento une-se à parte medial do ligamento iliofemoral. Posteriormente, há o ligamento isquiofemoral, que se origina da parte isquiática do limbo do acetábulo. O mais fraco dos três ligamentos, espirala-se em sentido superolateral até o colo do fêmur, medial à base do trocanter maior. Angelo de Souza Ramos Filho - Turma LI 34 | P á g i n a Os músculos e ligamentos puxam a cabeça do fêmur medialmente em direção ao acetábulo e, desse modo, alcançam um equilíbrio mútuo. Os flexores mediais, em posição anterior, existem em menor número, são mais fracos e têm menor vantagem mecânica, enquanto os ligamentos anteriores são mais fortes. Em contraposição, os ligamentos são mais fracos posteriormente, onde os rotadores mediais são abundantes, mais fortes e têm maior vantagem mecânica. O ligamento da cabeça do fêmur, basicamente uma prega sinovial que conduz um vaso sanguíneo, é fraco e tem pouca importância no fortalecimento da articulação do quadril. A extremidade larga fixa-se nas margens da incisura do acetábulo e no ligamento transverso do acetábulo; a extremidade estreita fixa-se na fóvea da cabeça do fêmur. 4.1.3. Movimentos da articulação do quadril: Os movimentos do quadril são flexão–extensão, abdução–adução, rotação medial–lateral e circundação. O grau de flexão e extensão possível na articulação do quadril depende da posição do joelho. Se o joelho estiver fletido, relaxando os músculos isquiotibiais, a articulação do quadril pode ser ativamente fletida até a coxa quase alcançar a parede abdominal anterior, e pode chegar até ela por meio de flexão passiva adicional. Nem todo esse movimento ocorre na articulação do quadril; parte dele resulta da flexão da coluna vertebral. Durante a extensão da articulação do quadril, a camada fibrosa da cápsula articular, sobretudo o ligamento iliofemoral, está tensa; portanto, o quadril geralmente só pode ser estendido um pouco além do eixo vertical, exceto pelo movimento da pelve óssea (flexão das vértebras lombares). A partir da posição anatômica, a amplitude de abdução da articulação do quadril geralmente é um pouco maior do que a de adução. É possível obter 60° de abdução quando a coxa está estendida na articulação do quadril, e mais ainda quando está fletida. A rotação lateral é muito mais forte do que a rotação medial. 4.2. Articulação do Joelho: A articulação do joelho é a maior articulação e a mais superficial. É basicamente uma articulação sinovial do tipo gínglimo, que permite flexão e extensão. Embora a articulação do joelho seja bem construída, é comum o comprometimento de sua função quando é hiperestendida (ex: em esportes de contato, como hóquei no gelo e futebol). 4.2.1. Faces articulares do joelho: As faces articulares do joelho são caracterizadas pelas grandes dimensões e formatos complexos e incongruentes. A articulação do joelho é formada por três articulações: Angelo de Souza Ramos Filho - Turma LI 35 | P á g i n a Duas articulações femorotibiais (lateral e medial) entre os côndilos laterais e mediais do fêmur e da tíbia; Uma articulação femoropatelar intermediária entre a patela e o fêmur. A articulação do joelho é relativamente fraca do ponto de vista mecânico em razão da incongruência de suas faces articulares. A estabilidade da articulação do joelho depende (1) da força e das ações dos músculos adjacentes e seus tendões e (2) dos ligamentos que unem o fêmur e a tíbia. Os músculos são os mais importantes entre essas sustentações; portanto, muitas lesões sofridas durante a prática de esportes podem ser evitadas mediante condicionamento e treinamento apropriado. O músculo mais importante na estabilidade da articulação do joelho é o grande músculo quadríceps femoral, sobretudo as fibras inferiores dos músculos vastos medial e lateral (Figura 5.86A). Se o músculo quadríceps femoral estiver bem condicionado, a articulação do joelho funciona muito bem após a distensão do ligamento. A posição ereta e estendida é a mais estável da articulação do joelho. Nessa posição, as faces articulares são mais congruentes (o contato é minimizado em todas as outras posições); os ligamentos primários da articulação (ligamentos colaterais e cruzados) encontram-se tensos e os muitos tendões que circundam a articulação proporcionam um efeito de imobilização. 4.2.2. Cápsula articular do joelho: A cápsula articular do joelho é típica por consistir em uma camada fibrosa externa e uma membrana sinovial interna que reveste todas as faces internas da cavidade articular não recobertas por cartilagem articular. A camada fibrosa tem algumas partes espessas que formam ligamentos intrínsecos, mas é fina em sua maior parte e, na verdade, incompleta em algumas áreas. Na parte posterior, a camada fibrosa envolve os côndilos e a fossa intercondilar. A camada fibrosa tem uma abertura posterior ao côndilo lateral da tíbia para permitir que o tendão do músculo poplíteo saia da cápsula articular e se fixe na tíbia. Na parte inferior, a camada fibrosa fixa-se na margem da face articular superior da tíbia (platôtibial), exceto no lugar onde o tendão do músculo poplíteo cruza o osso. O tendão do músculo quadríceps femoral, a patela e o ligamento da patela substituem a camada fibrosa anteriormente – isto é, a camada fibrosa é contínua com as margens lateral e medial dessas estruturas, e não há camada fibrosa distinta na região dessas estruturas. A extensa membrana sinovial da cápsula reveste todas as superfícies que limitam a cavidade articular (o espaço que contém líquido sinovial) e não são cobertas por cartilagem articular. Assim, fixa-se na periferia da cartilagem articular que cobre os côndilos do fêmur e da tíbia; na face posterior da patela; e nas margens dos meniscos. A membrana sinovial reveste a face interna da camada fibrosa lateral e medialmente, mas separa-se da camada fibrosa na parte central. Angelo de Souza Ramos Filho - Turma LI 36 | P á g i n a 4.2.3. Ligamentos extracapsulares da articulação do joelho: A cápsula articular é fortalecida por cinco ligamentos extracapsulares ou capsulares (intrínsecos) (ás vezes são chamados de ligamentos externos para diferenciá-los dos ligamentos internos, como os ligamentos cruzados.): Ligamento da patela: é o ligamento anterior da articulação do joelho constituindo a parte distal do tendão do quadríceps femoral. Recebe os retináculos medial e lateral da patela, expansões aponeuróticas dos músculos vastos medial e lateral e fáscia muscular sobrejacente. Os retináculos formam a cápsula articular do joelho de cada lado da patela e têm papel importante na manutenção do alinhamento da patela em relação à face articular patelar do fêmur. Ligamento colateral fibular (LCF): um ligamento extracapsular semelhante a um cordão, é forte. Estende-se inferiormente a partir do epicôndilo lateral do fêmur até a face lateral da cabeça da fíbula. O tendão do poplíteo passa profundamente ao LCF, separando-o do menisco lateral. O tendão do bíceps femoral é dividido em duas partes pelo LCF. Ligamento colateral tibial (LCT): é uma faixa forte, plana, intrínseca (capsular) que se estende do epicôndilo medial do fêmur ao epicôndilo medial e parte superior da face medial da tíbia. Em seu ponto médio, as fibras profundas do LCT estão firmemente fixadas no menisco medial. A lesão do LCT, que é mais fraco do que o LCF, é mais comum. Consequentemente, o LCT e o menisco medial rompem-se com frequência durante a prática de esportes de contato como futebol americano e hóquei no gelo. Ligamento poplíteo oblíquo: é uma expansão recorrente do tendão do semimembranáceo que reforça a cápsula articular posteriormente quando transpõe a fossa intracondilar (Figura 5.86B). O ligamento origina-se posteriormente ao côndilo medial da tíbia e segue em sentido superolateral em direção ao côndilo lateral do fêmur, fundindo-se com a parte central da face posterior da cápsula articular. Ligamento poplíteo arqueado: também fortalece a parte posterolateral da cápsula articular. Origina- se da face posterior da cabeça da fíbula, segue em sentido superomedial sobre o tendão do poplíteo, e estende-se sobre a face posterior da articulação do joelho. Seu desenvolvimento parece estar inversamente relacionado com a presença e ao tamanho de uma fabela na fixação proximal da cabeça lateral do músculo gastrocnêmio. 4.2.4. Ligamentos intra-articulares do joelho: Os ligamentos intra-articulares do joelho consistem nos ligamentos cruzados e meniscos. O tendão poplíteo também é intraarticular durante parte de seu trajeto. Os ligamentos cruzados cruzam-se dentro da cápsula articular, mas fora da cavidade sinovial. Os ligamentos cruzados estão localizados no centro da articulação e cruzam-se obliquamente, como a letra X. Durante a rotação medial da tíbia sobre o fêmur, os ligamentos cruzados espiralam-se ao redor um do outro. Os ligamentos cruzados mantêm contato com as faces articulares do fêmur e da tíbia durante a flexão do joelho. Angelo de Souza Ramos Filho - Turma LI 37 | P á g i n a Ligamento cruzado anterior (LCA): o mais fraco dos dois ligamentos cruzados, origina-se na área intercondilar anterior da tíbia, imediatamente posterior à fixação do menisco medial. Estende-se em sentido superior, posterior e lateral e se fixa na parte posterior da face medial do côndilo lateral do fêmur. Limita a rolagem posterior dos côndilos do fêmur sobre o platô tibial durante a flexão, convertendo-o em rotação (sem sair do lugar). Também impede o deslocamento posterior do fêmur sobre a tíbia e a hiperextensão da articulação do joelho. Ligamento cruzado posterior (LCP): o mais forte dos dois ligamentos cruzados, origina-se da área intercondilar posterior da tíbia. O LCP segue em sentido superior e anterior na face medial do LCA para se fixar à parte anterior da face lateral do côndilo medial do fêmur. O LCP limita a rolagem anterior do fêmur sobre o platô tibial durante a extensão, convertendo-a em rotação. Também impede o deslocamento anterior do fêmur sobre a tíbia ou o deslocamento posterior da tíbia sobre o fêmur e ajuda a evitar a hiperflexão da articulação do joelho. Meniscos da articulação do joelho: são lâminas em forma de meia-lua (“hóstias”) de fibrocartilagem na face articular da tíbia que aprofundam a superfície e absorvem o choque. Os meniscos são mais espessos em suas margens externas e afilam-se até formarem margens finas, não fixadas no interior da articulação. Uma faixa fibrosa delgada, o ligamento transverso do joelho une-se às margens anteriores dos meniscos, cruzando a área intercondilar anterior e fixando os meniscos um ao outro durante movimentos do joelho. o Menisco medial: tem formato de C, é mais largo na parte posterior do que na anterior. Sua extremidade (corno) anterior está fixada à área intercondilar anterior da tíbia, anteriormente à fixação do LCA. A extremidade posterior está fixada à área intercondilar posterior, anteriormente à fixação do LCP. O menisco medial adere firmemente à face profunda do LCT. O menisco medial é menos móvel sobre o platô tibial do que o menisco lateral. o Menisco lateral: é quase circular, menor e tem mais mobilidade do que o menisco medial. O tendão do músculo poplíteo tem duas partes na região proximal. Uma parte fixa-se no epicôndilo lateral do fêmur e segue entre o menisco lateral e a parte inferior da face epicondilar lateral do fêmur (sobre a face medial do tendão) e o LCF que se situa na sua face lateral. A outra parte mais medial do tendão do músculo poplíteo fixa-se no ramo posterior do menisco lateral. Uma alça tendínea forte, o ligamento meniscofemoral posterior, une o menisco lateral ao LCP e ao côndilo medial do fêmur. 4.2.5. Movimentos da articulação do joelho: A flexão e a extensão são os principais movimentos do joelho. Embora o movimento de rolamento dos côndilos do fêmur durante a flexão e a extensão seja limitado (convertido em rotação) pelos ligamentos cruzados, há algum rolamento, e o ponto de contato entre o fêmur e a tíbia move-se posteriormente com a flexão e retorna anteriormente com a extensão. Além disso, durante a rotação do joelho, um côndilo femoral move-se anteriormente sobre o côndilo da tíbia correspondente enquanto o outro côndilo do fêmur move- se posteriormente, girando em torno dos ligamentos cruzados. Os meniscos devem ser capazes de migrar sobre o platô tibial quando os pontos de contato entre o fêmur e a tíbia se modificam. Angelo de Souza Ramos Filho - Turma LI 38 | P á g i n a 4.3. Articulação Tibiofibular: A articulação tibiofibular é uma articulação sinovial plana entre a face articular plana na cabeça da fíbula e uma face articular semelhante em posição posterolateral no côndilo lateral da tíbia. Uma cápsulaarticular tensa circunda a articulação e fixa-se nas margens das faces articulares da fíbula e tíbia. A cápsula articular é fortalecida pelos ligamentos anterior e posterior da cabeça da fíbula. A articulação é cruzada posteriormente pelo tendão do poplíteo. 4.3.1. Sindesmose tibiofibular: é uma articulação fibrosa composta. É a união fibrosa da tíbia e fíbula por meio da membrana interóssea (que une os corpos) e os ligamentos tibiofibulares anterior, interósseo e posterior. A integridade da sindesmose tibiofibular é essencial para a estabilidade da articulação talocrural porque mantém o maléolo lateral firmemente contra a face lateral do tálus. 4.4. Articulação do Tornozelo: 4.4.1. Articulação talocrural: A articulação talocrural (articulação do tornozelo) é sinovial do tipo gínglimo. Está localizada entre as extremidades distais da tíbia e da fíbula e a parte superior do tálus. 4.4.1.1. Faces articulares da articulação talocrural: As extremidades distais da tíbia e da fíbula (junto com a parte transversal inferior do ligamento tibiofibular posterior) formam um encaixe maleolar no qual se encaixa a tróclea do tálus, que tem formato de polia. A tróclea é a face articular superior arredondada do tálus. A face medial do maléolo lateral articula-se com a face lateral do tálus. A tíbia articula-se com o tálus em dois lugares. A face inferior forma o teto do encaixe maleolar, transferindo o peso do corpo para o tálus, já o maléolo medial articula-se com a face medial do tálus. 4.4.1.2. Ligamentos da articulação talocrural: A articulação talocrural é reforçada lateralmente pelo ligamento colateral lateral, uma estrutura composta formada por três ligamentos completamente separados: ligamentos talofibulares anterior, posterior e calcaneofibular. Angelo de Souza Ramos Filho - Turma LI 39 | P á g i n a 4.4.1.3. Movimento da articulação talocrural: Os principais movimentos da articulação talocrural são dorsiflexão e flexão plantar do pé, que ocorrem em torno de um eixo transversal que passa pelo tálus. Como a extremidade estreita da tróclea do tálus situa-se frouxamente entre os maléolos quando o pé encontra-se em flexão plantar, é possível algum “balanço” (pequenos graus de abdução, adução, inversão e eversão) nessa posição instável. A dorsiflexão do tornozelo é produzida pelos músculos no compartimento anterior da perna. A dorsiflexão geralmente é limitada pela resistência passiva do músculo tríceps sural ao estiramento e por tensão nos ligamentos colaterais medial e lateral. A flexão plantar do tornozelo é produzida pelos músculos no compartimento posterior da perna. Quando os bailarinos dançam na ponta dos pés, por exemplo, o dorso do pé está alinhado com a face anterior da perna. 4.5. Articulações do Pé: As articulações intertarsais importantes são a articulação talocalcânea e a articulação transversa do tarso (articulações calcaneocubóidea e talocalcaneonavicular). A inversão e a eversão do pé são os principais movimentos dessas articulações. No pé, a flexão e a extensão ocorrem no antepé, nas articulações metatarsofalângica e interfalângica. A inversão é potencializada por flexão dos dedos (sobretudo o hálux e o 2o dedo), e a eversão por sua extensão (sobretudo dos dedos laterais). Os ossos das articulações metatarsofalângicas e interfalângicas são unidos pelos ligamentos colaterais lateral e medial. 4.5.1. Principais ligamentos: Ligamento calcaneonavicular plantar: sustenta a cabeça do tálus e tem papéis importantes na transferência de peso do tálus e na manutenção do arco longitudinal do pé, do qual é o elemento fundamental (elemento superior); Ligamento plantar longo: algumas de suas fibras estendem-se até as bases dos metatarsais, formando, assim, um túnel para o tendão do músculo fibular longo. O ligamento plantar longo é importante para manter o arco longitudinal do pé; Ligamento calcaneocubóideo planta: estende-se da face anterior da face inferior do calcâneo até a face inferior do cuboide. Também participa na manutenção do arco longitudinal do pé. 4.5.2. Arcos do pé: Como o pé é formado por muitos ossos unidos por ligamentos, tem considerável flexibilidade, o que permite sua deformação a cada contato com o solo e a absorção de grande parte do choque. Além disso, os ossos tarsais e metatarsais são dispostos em arcos longitudinais e transversos sustentados passivamente e contidos ativamente por tendões flexíveis que aumentam a capacidade de sustentação de peso e a Angelo de Souza Ramos Filho - Turma LI 40 | P á g i n a resiliência do pé. Desse modo, forças musculares muito menores e de maior duração são transmitidas através do sistema esquelético. Os arcos distribuem o peso sobre o pé, agindo não apenas na absorção de choque, mas também como trampolins para impulsioná-lo durante a marcha, a corrida e o salto. O peso do corpo é transmitido da tíbia para o tálus. Então, é transmitido posteriormente ao calcâneo e anteriormente à “bola do pé” (os sesamoides do metatarsal I e a cabeça do metatarsal II), e o peso/pressão é compartilhado lateralmente com as cabeças dos 3o a 5o metatarsais quando necessário para equilíbrio e conforto. Entre esses pontos de sustentação de peso estão os arcos relativamente elásticos do pé, que são ligeiramente achatados pelo peso do corpo na posição de pé. Arco longitudinal do pé: formado pelas partes medial e lateral. Do ponto de vista funcional, as duas partes atuam como uma unidade com o arco transverso do pé, distribuindo o peso em todas as direções. o Arco longitudinal medial: é mais alto e mais importante do que o arco longitudinal lateral. Formado pelo calcâneo, tálus, navicular, três cuneiformes e três metatarsais. A cabeça do tálus é o elemento principal do arco longitudinal medial. O músculo tibial anterior, que se fixa ao 1º metatarsal e ao cuneiforme medial, ajuda a fortalecer o arco longitudinal medial. O tendão do músculo fibular longo, que segue da região lateral para a medial, também ajuda a sustentar esse arco. o Arco longitudinal lateral: é muito mais plano do que a parte medial do arco e apoia-se no solo na posição de pé. É formado pelo calcâneo, pelo cuboide e pelos dois metatarsais laterais. Arco transverso do pé: segue de um lado ao outro. É formado pelo cuboide, cuneiformes e bases dos metatarsais. As partes medial e lateral do arco longitudinal atuam como pilares para o arco transverso. Os tendões dos músculos fibular longo e tibial posterior, que cruzam sob a planta do pé como um estribo, ajudam a manter a curvatura do arco transverso. Os ligamentos plantares e a aponeurose plantar suportam a maior tensão e são mais importantes na manutenção dos arcos do pé. Angelo de Souza Ramos Filho - Turma LI 41 | P á g i n a 5. Músculos 5.1. Músculos da coxa - Face anterior (dissecação superficial) 1) Espinha ilíaca ântero-superior 2) M. ilíaco 3) M. psoas maior 4) M. glúteo médio 5) Ligamento inguinal 6) Tubérculo púbico 7) M. iliopsoas 8) M. tensor da fáscia lata 9) M. pectíneo 10) M. adutor longo 11) M. grácil 12) M. sartório 13) M. reto femoral 14) M. vaso femoral 15) M. vaso medial 16) Trato iliotibial 17) Tendão do m. reto femoral (parte inicial do tendão do m. quadríceps femoral) 18) Retináculo lateral da patela 19) Patela 20) Retináculo medial da patela 21) Ligamento patelar 22) Tendão do m. sartório (“pata-de-ganso”) 23) Tendão do m. grácil (“pata-de-ganso”) 24) Tendão do m. semitendíneo (“pata-de-ganso”) 25) Tuberosidade da tíbiaAngelo de Souza Ramos Filho - Turma LI 42 | P á g i n a 5.2. Músculos da coxa - Face anterior (dissecação profunda) 1) Espinha ilíaca ântero-inferior 2) Ligamento da articulação do quadril 3) M. Pectíneo 4) Espinha ilíaca ântero-superior 5) M. Sartório (inserção) 6) M. Tensor da fáscia lata (inserção) 7) M. Reto femoral (inserção) 8) Trocanter maior 9) M. Iliopsoas (seccionado) 10) M. Adutor longo 11) M. Grácil 12) M. Vasto lateral 13) M. Vasto intermédio 14) M. Vasto medial 15) Septo intermuscular vasto adutor (ântero-medial) 16) Trato iliotibial (seccionado) 17) Tendão do m. reto femoral (seccionado) 18) Tendão do m. quadríceps femoral 19) Patela 20) Retináculo lateral da patela 21) Retináculo medial da patela 22) Cabeça da fíbula 23) Ligamento patelar 24) Tuberosidade da tíbia 25) Tenda do m. sartório Angelo de Souza Ramos Filho - Turma LI 43 | P á g i n a 1) Espinha ilíaca ântero-superior 2) Espinha ilíaca ântero-inferior 3) Ligamento da articulação do quadril 4) Trocanter maior do fêmur 5) M. Iliopsoas (seccionado) 6) M. Pectíneo (seccionado e tracionado) 7) M. Adutor curto (seccionado e tracionado) 8) M. Vasto intermédio 9) M. Adutor longo (seccionado e tracionado) 10) A. e V. femorais passando através do hiato dos adutores (do m. adutor magno 11) M. Vasto medial (seccionado) 12) Tendão do m. reto femoral (seccionado na parte inicial do tendão do m. quadríceps femoral) 13) M. Vasto lateral (seccionado) 14) Epicôndilo lateral do fêmur 15) Patela 16) Retináculo lateral da patela 17) Ligamento colateral da fíbula 18) Cabeça da fíbula 19) Ligamento da patela 20) Tuberosidade da tíbia 21) Tendão do m. semitendíneo (“pata-de-ganso) 22) Tendão do m. grácil (“pata-de-ganso) 23) Tendão do m. sartório (“pata-de-ganso) 24) Retináculo medial da patela 25) Ligamento colateral da tíbia 26) M. Grácil (seccionado) 27) Tendão do m. adutor magno inserindo-se no tubérculo do adutor no epicôndilo medial do fêmur 28) Aberturas para os ramos perfurantes da artéria femoral profunda 29) M. Adutor magno 30) M. Adutor mínimo (parte do m. adutor magno) 31) M. Quadrado femoral 32) M. Obturador externo 33) M. Grácil (seccionado) 34) Tubérculo púbico 35) M. Adutor curto (seccionado) 36) M. Adutor longo (seccionado e tracionado) 37) Ramo superior do púbis 38) M. Pectíneo (seccionado e tracionado) Angelo de Souza Ramos Filho - Turma LI 44 | P á g i n a 5.3. Músculos da coxa - Face lateral 1) Crista ilíaca 2) Aponeurose glútea cobrindo m. glúteo médio 3) M. Glúteo máximo 4) M. Vasto lateral 5) Trato iliotibial 6) Cabeça longa do m. bíceps femoral 7) Cabeça curta do m. bíceps femoral 8) M. Semimembranáceo 9) Ligamento colateral fibular 10) M. Plantar 11) M. Gastrocnêmio (cabeça lateral) 12) Cabeça da fíbula 13) M. Fibular longo 14) M. Tibial anterior 15) Ligamento patelar 16) M. Extensor longo dos dedos 17) Patela 18) Retináculo lateral da patela 19) Côndilo lateral da tíbia e tubérculo (de Gerdy) 20) M. Reto femoral 21) M. Tensor da fáscia lata 22) M. Sartório 23) Espinha ilíaca ântero-superior 24) M. Oblíquo externo do abdome Angelo de Souza Ramos Filho - Turma LI 45 | P á g i n a 5.4. Músculos da coxa - Face posterior (dissecação superficial) 1) Crista ilíaca 2) Aponeurose glútea cobrindo o m. glúteo médio (seccionado) 3) M. Glúteo máximo 4) M. Semitendíneo 5) M. Bíceps femoral (cabeça longa) 6) M. Adutor magno 7) M. Semimembranáceo 8) Trato iliotibial 9) M. Grácil 10) Cabeça curta do m. bíceps femoral 11) Cabeça longa do m. bíceps femoral 12) M. Semimembranáceo 13) M. Semitendíneo 14) M. Poplíteo e N. Tibial 15) N. Fibular comum 16) M. Plantar 17) Cabeça medial do m. gastrocnêmio 18) Cabeça lateral do m. gastrocnêmio 19) M. Sartório 20) Arco tendíneo do m. sartório Angelo de Souza Ramos Filho - Turma LI 46 | P á g i n a 5.5. Músculos da coxa - Face posterior (dissecação profunda) 1) Aponeurose glútea cobrindo o m. glúteo médio (seccionado) 2) M. Glúteo mínimo 3) M. Glúteo máximo 4) M. Piriforme 5) N. Isquiático (ciático) 6) Ligamento sacroespinal 7) M. Gêmeo superior 8) M. Obturador interno 9) M. Gêmeo inferior 10) Ligamento sacrotuberal 11) M. Quadrado femoral 12) Túber isquiático 13) M. semitendíneo 14) Trocanter maior 15) M. Bíceps femoral (cabeça longa) 16) M. Adutor mínimo (parte do m. adutor magno) 17) M. Adutor magno 18) M. Semimembranáceo 19) Trato iliotibial 20) M. Grácil 21) Cabeça curta do m. bíceps femoral 22) Cabeça longa do m. bíceps femoral 23) M. Semimembranáceo 24) M. Semitendíneo 25) M. Plantar 26) Cabeça medial do m. gastrocnêmio 27) Cabeça lateral do m. gastrocnêmio 28) M. Sartório 29) M. Poplíteo 30) Arco tendíneo do m. sóleo 31) M. Sóleo 32) Tendão do m. plantar (seccionado) Angelo de Souza Ramos Filho - Turma LI 47 | P á g i n a 5.6. Músculos da perna - Face anterior (dissecação superficial) 1) M. Vasto lateral 2) Tendão do m. reto femoral (parte inicia do tendão do m. quadríceps femoral) 3) Trato iliotibial 4) Artéria superior lateral do joelho 5) Retináculo lateral da patela 6) Tendão do m. bíceps femoral 7) Artéria inferior lateral da patela 8) N. Fibular comum 9) Cabeça da fíbula 10) M. Fibular longo 11) M. Tibial anterior 12) N. Fibular superficial (seccionado) 13) M. Fibular curto 14) M. Extensor longo dos dedos 15) Fíbula 16) Retináculo superior dos m. extensores 17) Maléolo lateral 18) Retináculo inferior dos m. extensores 19) Tendão do m. extensor longo dos dedos 20) Tendão do m. fibular terceiro 21) Tendão do m. extensor curto dos dedos 22) Nn. Digitais dorsais do pé 23) Nn. Digitais dorsais do pé (do n. fibular profundo) 24) Tendão do m. extensor curto do hálux 25) Tendão do m. extensor longo do hálux 26) Ramo medial do n. fibular profundo 27) Tendão do m. tibial anterior 28) Maléolo medial 29) M. Extensor longo do hálux 30) M. Sóleo 31) M. Gastrocnêmio 32) Tíbia 33) Tuberosidade da tíbia 34) Inserção do m. sartório 35) Ligamento patelar 36) Capsula articular do joelho 37) N. Safeno (seccionado) 38) Ramo intrapatelar do n. safeno 39) Artéria inferior medial do joelho 40) Retináculo medial da patela 41) Ligamento colateral tibial 42) Artéria superior medial do joelho 43) Patela 44) M. Vasto medial Angelo de Souza Ramos Filho - Turma LI 48 | P á g i n a 5.7. Músculos da perna - Face anterior (dissecação profunda) 1) Artéria superior lateral do joelho 2) Ligamento colateral da fíbula 3) Retináculo lateral da patela 4) Trato iliotibial (seccionado) 5) Tendão do m. bíceps femoral (seccionado) 6) Artéria inferior lateral do joelho 7) Nervo fibular comum 8) Cabeça da fíbula 9) M. Fibular longo (seccionado) 10) Arteira tibial anterior 11) M. Extensor longo dos dedos (seccionado) 12) N. Fibular superficial 13) N. Fibular profundo 14) M. Fibular longo 15) M. Extensor longo dos dedos 16) M. Fibular curto 17) Tendão do m. fibular longo 18) Ramo perfurante da artéria
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