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Anatomia Humana MEMBRO INFERIOR 2 SUMÁRIO Introdução........................................................................................................................................3 Objetivos ..........................................................................................................................................3 Conceitos ..........................................................................................................................................3 Cíngulo dos membros inferiores ...................................................................................................3 Membros Inferiores .........................................................................................................................4 Exercícios .........................................................................................................................................6 Gabarito ............................................................................................................................................7 Resumo .............................................................................................................................................8 3 Introdução Nesta aula abordaremos a morfologia óssea dos membros inferiores do corpo humano. Identificando como é a atividade e qual o papel de cada osso. Objetivos • Identificar qual a função de cada osso no sistema motor inferior • Visualizar a estrutura óssea • Separar o estudo, entre quadril e membros inferiores • Nomear os ossos. Conceitos Hoje iremos abordar a anatomia óssea dos membros inferiores, estudando assim a função, a divisão dos membros, nomearmos os ossos, tudo separadamente para entendermos cada papel. Cíngulo dos membros inferiores O cíngulo do membro inferior, mais conhecido como cintura pélvica, tem a função de ligar os membros inferiores à coluna vertebral e dar suporte aos órgãos da pelve. Durante a infância, o osso do quadril é separado em três partes: ílio, ísquio e púbis. Na fase adulta essas partes se unificam, formando um osso só, não sendo possível mais ver sua delimitação. Embora a sua nomenclatura permaneça a mesma, porem na região no Y, do ílio, do ísquio e do púbis existe uma cavidade hemisférica profunda, o acetábulo que acetábulo recebe a cabeça arredondada do fêmur na articulação do quadril. A pelve feminina tem algumas diferenças para a pelve masculina, por conta da função feminina da gestação. Portanto a pelve feminina tem características para conseguir gerar o bebê e ter um parto eficaz, como inclinação mais para frente em comparação a masculina, ossos mais leves, cavidade pélvica mais larga, cóccix mais reto. A pelve possui aberturas superior e inferior que permitem a passagem de estruturas abdominais e a comunicação de estruturas pélvicas com o meio externo na região do períneo. Quando a mulher entra em trabalho de parto, essa abertura se dilata ainda mais e a cabeça do bebê entra nessa abertura, a sua fronte fica de frente para um ílio, e a parte de trás da sua cabeça virada para o outro. Geralmente, depois que a cabeça da criança passa através da abertura superior da pelve, ela roda de modo que a fronte agora fique voltada posteriormente, e a parte de trás da cabeça, anteriormente. Essa é a posição normal da cabeça quando o bebê deixa o corpo da mãe. O Sacro é a parte final da coluna vertebral no quadril. Sua função é conectar a coluna e o quadril. 4 O Ílio é um osso plano formado na região superior do osso do quadril. Seu formato é côncavo, similar ao interior da asa de uma ave. A margem superior espessa do osso é a crista ilíaca. Muitos músculos se apoiam a essa crista, e cada uma termina anteriormente em uma espinha ilíaca ântero-superior separada e, posteriormente, em uma espinha ilíaca póstero-superior, pontudo. Sua principal função é sustentar a pélvis e manter o equilíbrio do tronco, proteger a região e transferir o peso para as pernas. No resumo consta a imagem, com mais detalhes. O Ísquio, popularmente conhecido como quadril, forma a região póstero- inferior do osso do quadril. Ele complementa com o osso do púbis, na idade adulta, os dois compartimentos já unidos, formam o forame obturado, que é uma abertura por onde passa o feixe vasculonervoso obturatório que super a musculatura medial da coxa e parte de pele medial. A função é dar suporte ao corpo quando não está ereto. O Púbis localiza na parte inferior do quadril. O corpo do púbis localiza -se no centro e sua margem anterior é espessada para formar a crista púbica. Esse osso se complementa com o ísquio, formando o forame obturado. É ele também que define a cavidade pélvica mais larga, no caso de ser um quadril feminino, além de dar suporte ao corpo humano, juntamente com o ísquio. Mais abaixo contém as imagens com as composições de cada parte de cada osso. Membros Inferiores Os membros inferiores sustentam todo o peso do corpo quando ele está ereto, bem como estão submetidos a tarefas ou exercícios físicos. Assim, os ossos dos membros inferiores são mais resistentes que os ossos dos membros superiores equivalentes. Os três segmentos do membro inferior são coxas, perna e pé. A coxa contém apenas um osso chamado de fêmur qual é o maior, mais longo e mais forte osso do corpo. Sua resistência é pelo do fato de que ele pode suportar até 280 kg por cm2, ou 2 toneladas por polegada quadrada. O fêmur se ajusta centralizado em direção ao joelho, para que possa dar equilíbrio ao corpo humano. A cabeça em formato similar a uma esfera do fêmur tem uma pequena depressão em seu centro chamada fóvea da cabeça do fêmur. Um ligamento curto, o ligamento da cabeça do fêmur, vai dessa depressão ao acetábulo do osso do quadril. A cabeça do fêmur é suportada por um colo do fêmur, que se projeta lateralmente em ângulo com a diáfise do osso, com a qual continua. Na junção da diáfise e do colo estão o trocanter maior na lateral e o trocanter menor posteriormente e inferiormente, para fixar os músculos. Os dois trocanteres estão interligados pela linha intertrocantérica anteriormente e pela proeminente crista intertrocantérica posteriormente. Inferior à crista intertrocantérica, na face posterior da diáfise, está a tuberosidade glútea. A parte inferior dessa tuberosidade junta -se com uma elevação vertical longa, a linha áspera. Essas áreas também são locais de fixação muscular. O fêmur expande -se para terminar nos côndilos lateral e medial, em forma de rodas largas. Essas são as superfícies que se articulam com a tíbia. Os pontos mais elevados ao lado desses côndilos são os epicôndilos lateral e medial, nos quais músculos e ligamentos se fixam. O tubérculo do adutor é uma intumescência na parte superior do epicôndilo medial. Anteriormente, os dois côndilos estão separados por 5 uma face patelar lisa, que se articula com a patela (rótula). Posteriormente, os côndilos são separados por uma fossa intercondilar profunda. Estendendo -se superiormente a partir dos respectivos côndilos para a linha áspera estão as linhas supracondilares lateral e medial. A patela é um osso sesamoide triangular que mantém o tendão do músculo quadríceps femoral anteriormente à tíbia que protege a articulação do joelho e melhora a alavancagem do músculo quadríceps, ao agir no joelho. A perna é definida pela parteentre o joelho e o tornozelo e é composta por dois ossos paralelos, a tíbia e a fíbula. A tíbia, localizada medialmente, é mais maciça do que a fíbula e articulam entre si, tanto superior como inferiormente. Uma membrana interna conecta a tíbia e a fíbula ao longo de todo o seu comprimento. A tíbia articula-se com o fêmur para formar a articulação do joelho e com o osso tálus do pé (tarso) na articulação do tornozelo. A fíbula contribui para a articulação do joelho ao nível da articulação tibiofibular proximal. A tíbia popularmente chamada de canela, recebe o peso do corpo a partir do fêmur e o transmite para o pé. É o segundo maior osso, depois do fêmur em tamanho e resistência. Na sua epífise proximal os amplos côndilos lateral e medial dispõem -se lado a lado na parte superior da diáfise, e se articulam com os côndilos correspondentes do fêmur. Os côndilos da tíbia são separados por uma projeção irregular, a eminência intercondilar. Na parte inferior do côndilo da tíbia lateral está uma face que se articula com a fíbula para formar a articulação tibiofibular superior. Logo em seguida, inferior aos côndilos, na superfície anterior da tíbia, está a tuberosidade da tíbia, local de inserção do ligamento da patela. A diáfise da tíbia é triangular em secção transversal. A margem anterior acentuada fica logo abaixo da pele e é facilmente palpável. Do outro lado, a extremidade da tíbia é plana onde ela se articula com o tálus do pé. Medial a essa superfície de articulação, a tíbia tem uma projeção inferior chamada maléolo medial, que forma a protuberância medial do tornozelo. A incisura fibular, na face lateral da epífise distal da tíbia, articula com a fíbula, formando a sindesmose tibiofibular. A fíbula, localizada lateralmente à tíbia, é um osso fino e longo com duas extremidades expandidas, que se complementa com a tíbia. A epífise proximal é a cabeça e epífise distal é o maléolo lateral. Esse maléolo forma a saliência lateral do tornozelo e articula -se com o osso tálus do pé (tarso). A diáfise da fíbula é bem enrugada por isso a fíbula não suporta peso, mas vários músculos se originam a partir dela. O esqueleto do pé compreende os ossos tarsais, os ossos metatarsais e as falanges. As funções do pé são: ele suporta o peso do corpo e funciona como uma alavanca para impulsionar o corpo para a frente durante um exercício físico. Um único osso poderia servir a ambos os propósitos, mas teria um desempenho pobre em um terreno irregular. Sua estrutura multicomponente torna o pé flexível, evitando esse problema. O tarso corresponde à metade posterior do pé e é composto por sete ossos chamados tarsais. O peso do corpo é suportado principalmente pelos dois maiores ossos tarsais, mais posteriores: tálus, que se articula com a tíbia e a fíbula 6 superiormente, e o calcâneo que forma o calcanhar do pé. A tíbia articula -se com o tálus na tróclea do tálus. Inferiormente, o tálus articula -se com o calcâneo. O tendão de Aquilis se insere na tuberosidade do calcâneo. A parte do calcâneo que toca o solo é a tuberosidade do calcâneo e a projeção medial em forma de prateleira é o sustentáculo do tálus. O metatarso se trata de um conjunto de cinco ossos pequenos e alongados chamados metatarsais. Arco do pé se trata de uma estrutura composta de múltiplos componentes que só pode suportar peso se for arqueada. O pé tem três arcos: arco longitudinal medial, arco longitudinal lateral e arco transverso. Esses arcos funcionam como um sistema completo de travamento, onde todos os elementos articulam entre si, compostos por ligamentos fortes e pela tração de alguns tendões durante a atividade muscular. Como resultado, os arcos “cedem” quando é aplicado peso sobre o pé, depois retornam a sua posição original quando o peso é removido. O tálus, perto da articulação talonavicular, é a peça chave desse arco, que se origina no calcâneo, sobe até o tálus e depois desce aos três metatarsais mais mediais. O arco longitudinal lateral é mais baixo, para elevar a margem lateral do pé apenas o suficiente para redistribuir parte do peso do corpo para o calcâneo e parte para a cabeça do quinto metatarsal (isto é, para as duas extremidades do arco). O osso cuboide é a peça chave desse arco lateral. Os dois arcos longitudinais servem como base para o arco transverso, que está inclinado de um lado ao outro do pé, seguindo a linha das articulações tarsometatarsais. Juntos, os três arcos formam uma meia cúpula, que distribui para os ossos do calcanhar aproximadamente metade do peso de uma pessoa, em pé e caminhando, e a outra metade para as cabeças dos metatarsais. Os pés possuem 14 falanges nos dedos são nomeadas falanges proximal, média e distal. A função das falanges é manter a estabilidade dos ossos do pé. Exercícios 1. A principal função do cíngulo do membro superior é a mobilidade. (a) Qual a principal função do cíngulo do membro inferior? (b) Relacione essas diferenças funcionais com as diferenças anatômicas entre os cíngulos. 2. Liste três diferenças entre as pelves masculina e feminina. 3. Descreva a localização de cada uma das seguintes estruturas ósseas: (a) trocante maior, (b) linha áspera, (c) tróclea, (d) processo coronoide, (e) tuberosidade deltóideia, (f) tubérculo maior, (g) incisura isquiática maior. 7 Gabarito 1. (a) O cíngulo do membro inferior promove a sustentação e fixação dos membros inferiores – fêmur, tíbia, fíbula, tarso, metatarso – através da cintura pélvica. Suporta os órgãos viscerais pélvicos. Assim como, recebe uma parcela do peso corporal e perpassa para os membros inferiores. (b) A cintura escapular e cintura pélvica se diferenciam por suas cavidades que aderem aos membros superior e inferior respectivamente e funcionalidade. O cíngulo do membro superior – clavícula e escápula - fixa os membros superiores junto ao esqueleto axial. A articulação acromioclavicular comunica as estruturas que formam a cintura escapular. Enquanto a cavidade glenoidal da escápula é articulada com o úmero, promove mobilidade e força. A diferenciação entre mobilidade proporcionada pelo cíngulo do membro superior e imobilidade oriunda do cíngulo do membro inferior corresponde as cavidades intercomunicantes. Os membros inferiores tem como função a sustentação do peso. 2. Superior a linha terminal acomoda-se os órgãos da região abdominal que se localizam na pelve falsa. Na parte inferior da linha fica a pelve verdadeira, região de localização dos órgãos pélvicos. Esta delimitação é válida independente do sexo, mas, as pelves masculina e feminina apresentam variações correspondentes. Em nível estrutural, consistência tecidual, peso e amplitude as pelves masculina e feminina se diferenciam. Portanto, a pelve feminina apresenta maior inclinação para frente em relação à masculina, para que se adeque ao parto, os ossos são leves e o arco púbico apresenta maior largura. A pelve masculina tem osso mais pesado, menor ângulo do arco púbico e suporta pesos maiores. 3. Sendo assim, as particularidades ósseas localizam-se nos seguintes órgãos ósseos: (a) Região proximal, na junção da diáfise e colo do fêmur (b) Elevação vertical no comprimento do fêmur (c) Região distal, porção medial do úmero (d) Extremidade proximal da ulna (e) Abaixo da diáfise, na face lateral do úmero (f) Região proximal, face lateral do úmero (g) No ísquio, abaixo da espinha ilíaca posteroinferior 8 Resumo Cíngulo dos membros inferiores Abaixo estão ilustrados e catalogados as partes dos ossos estudados nessa aula. Como podemos ver os membros inferiores sedividem em 4 partes, que segue na ilustração a seguir. A) Cíngulo do membro inferior B) Coxa C) Pé 1. Osso do quadril 11. Sínfese púbica 2. Sacro 12. Articulação do quadril 3. Femur 13. Articulação do joelho 4. Patela 14. Articulação tibiofibular proximal 5. Fibula 15. Articulação tibiofibular distal 6. Tibia 16. Articulação talocrural 7. Ossos tarsais 17. Articulação talocalcaneonavicular 8. Ossos metatarsais 18. Articulação tarsometatarsais 9. Falanges 19. Articulação metatarsofalangicas 10. Articulação sacroiliaca 20. Articulação interfalangicas 9 10 1. Processo articular superior do sacro; 14. Linha Pectínea do púbis; 2. Espinha superior ilíaca póstero superior; 15. Tubérculo Púbico; 3. Base do sacro ; 16. Sínfise púbica; 4. Promontório; 17. Canal Sacral; 5. Cóccix; 18. Asa do Sacro; 6. Espinha isquiática; 19. Posição da articulação sacroilíaca; 7. Lábio externo (Crista Ilíaca); 20. Fossa ilíaca; 8. Linha intermedia (Crista Ilíaca); 21. Linha terminal; 9. Lábio interno (Crista Ilíaca); 22. Crista Ilíaca; 10. Linha arqueada; 11. Espinha ilíaca ântero- superior; 12. Espinha ilíaca ântero- inferior; 13. Eminência ilíopúbica; 11 12 Membros Inferiores 13 1. Côndilo lateral; 17. Linha para o músculo sóleo; 2. Posição da articulação tibiofibular; 18. Margem medial da tíbia; 3. Cabeça da fíbula; 19. Face posterior da tíbia; 4. Margem interóssea da tíbia; 20. Sulco maleomodar; 5. Corpo da fíbula; 21. Face articular do maléolo lateral; 6. Margem interóssea da fíbula; 22. Ápice da cabeça da fíbula; 7. Face lateral da fíbula; 23. Face posterior da fíbula; 8. Posição da articulação tibiofibular; 24. Margem posterior da fíbula; 9. Maléolo lateral; 25. Tubérculo intercodilar medial; 10. Côndilo medial; 26. Área intercodilar posterior; 11. Tuberosidade da fíbia; 27. Área intercodilar anterior; 12. Corpo da fíbia (diáfise); 28. Tubérculo intercondilar. 13. Margem anterior da tíbia; 14. Maléolo medial; 15. Face articular inferior na tíbia; 14 15 16 17 Referências MARIEB, ELAINE N.; WILHELM, PATRICIA BRADY; MALLATT, JON; ANATOMIA HUMANA, 7ª EDIÇÃO , PÁG. 202 A 212. ROHEN, JOHANNES W.; YOKOCHI, CHIHIRO; LÜTJEN-DRECOLL, ELKE; ANATOMIA HUMANA, 5ª EDIÇÃO, PAG. 418 E 429 DUFOUR, MICHEL; ANATOMIA DO APARELHO LOCOMOTOR- VOLUME 1 MEMBRO INFERIOR; PAG 30 A 107
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